Em 2014 a venda de discos de vinil ultrapassou a marca de 9 milhões de unidades, maior número desde 1991, e um dos maiores motivos para a revitalização do bom e velho bolachão é a experiência que o mesmo proporciona aos aficionados musicais, a possibilidade de ouvir as canções, tocar o disco e de apreciar com detalhes as artes estampadas em suas capas, torna o ato de ouvir seu álbum algo muito mais prazeroso. Para comemorar o renascimento desse ótimo costume escolhemos 6 designs icônicos, que passam o recado do álbum antes mesmo da primeira nota ser reproduzida e adicionam ainda mais complexidade e beleza a obras tão importantes para a cultura pop.
A capa mais icônica do rock foi imaginada por Storm Thorgerson, que utilizou um prisma para fazer alusão à iluminação de palco usada pelo Pink Floyd no início da década de 1970. Além de remeter às performances da banda, o design estava de acordo com o único pedido da banda, algo simples e ousado, como a temática das letras do álbum. Um clássico instantâneo, assim como suas canções.
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
A ousadia de Sgt. Pepper’s começa em sua capa. A arte conta com dezenas de personalidades selecionadas pelos Beatles, entre artistas, líderes religiosos e esportistas estão: Bob Dylan, Marlon Brando, Marilyn Monroe, Edgar Allan Poe, Karl Marx, William Burroughs e Albert Einstein, além dos próprios Beatles, ao lado da imaginária Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Com os anos, dezenas de interpretações sobre a efervescência cultural que o álbum traz em suas canções foram relacionados com elementos da capa, aumentando a genialidade e sapiência da obra como um todo.
The Velvet Underground & Nico
Em meados da década de 1960 a banda Velvet Underground, liderada por Lou Reed, caiu nas graças do lendário artista visual Andy Warhol devido a suas performances experimentais e temáticas polêmicas. Em 1966, Warhol sugeriu a parceria com a cantora alemã Nico e bancou o estúdio de gravação para que a colaboração fosse registrada em um álbum. O fato de The Velvet Underground & Nico se tornar um álbum fundamental para o Rock ajudou, mas o design concebido por Warhol estava destinado ao status de icônico, independente da música que o acompanhasse.
London Calling
Instrumentos destruídos não era uma visão comum nos shows do Clash, porém, durante uma apresentação no Palladium de Nova Iorque, em que os seguranças não deixavam os espectadores levantarem de suas cadeiras, o baixista Paul Simonon demonstrou sua frustração com a situação arremessando seu instrumento contra o palco. Para a capa do álbum, além da foto que captura o espírito do rock and roll, um momento de perda total de controle, o nome foi estilizado com fontes fazendo alusão ao disco de estreia de Elvis Presley, finalizando a representação visual mais expressiva do estilo.
Unknown Pleasures
O designer Peter Saville traduziu para imagem um sinal de rádio emitido pela Universidade de Cambridge, linhas brancas sobre um fundo preto, fazendo uma capa que não tinha nem o nome do álbum nem o nome da banda. Desde seu lançamento em 1979, a imagem já foi reproduzida milhares de vezes de todas as maneiras possíveis, transcendendo o nicho musical, sem nunca perder seu impacto. Intrigante, simplista e hipnotizante, tão revolucionário quanto a proposta musical do pós-punk do Joy Division.
Is This It
Tão despretensioso quanto o som da banda, a foto de Colin Lane nasceu em seu apartamento, ao ver sua namorada saindo nua do banho, ele decidiu fotografá-la com uma luva que estava jogada pelo lugar. O resultado veio após poucos registros, assim, sem muito conceito além de tentar parecer sexy. A foto, tão simples, cool e empolgante quanto a banda, caiu como uma luva (com o perdão do trocadilho).
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