Arctic Monkeys: One Point Perspective… and more.

Arctic Monkeys: One Point Perspective… and more.

O ano de 1998 foi prodigioso para o cinema. Muitos filmes marcantes foram lançados. Entre eles, vale destacar O Resgate do Soldado Ryan, O Show de Truman, Outra História Americana, O Grande Lebowski, A Vida é Bela, Quem Vai Ficar com Mary? E tantos outros. Mas teve um filme naquele ano que destoa de todos os outros. Por não ser um épico de guerra, ou um filme provocador contra a mídia, muito menos uma comédia romântica repleta de clichês ou um filme cult por excelência. Veja, nenhum desses filmes são ruins. Pelo contrário, são muito bons. Mas nenhum deles é tão bizarro e instigante quanto Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes. Um filme divertidíssimo e super violento do diretor Guy Ritchie, que mistura violência e humor negro tipicamente britânico. É neste filme que, em determinada cena, o personagem Barry The Baptiste, interpretado pelo ator Lenny McLean, resmunga ao criticar seus subordinados a frase “Fucking northern monkeys!”.

A expressão northern monkeys é usada há muito tempo na Inglaterra, de maneira depreciativa, claro, para designar os moradores do norte do país. O termo northern monkeys, macacos do norte, quer dizer algo como os idiotas do norte, os estúpidos do norte. Não por acaso, o norte da Inglaterra é famoso por ter um povo carrancudo, mas ao mesmo tempo muito bem humorado, o que faz com que tenham um humor encharcado de sarcasmo, nonsense e auto depreciação. Exemplo disso são os Beatles, vindos de Liverpool. George Harrison, típico inglês do norte, era maravilhosos em entrevistas. “George, como se chama esse corte de cabelo de vocês?” e ele responde: “Arthur.”, “George, você é o beatle que menos aparece sorrindo nas fotos. Por quê?” e ele responde “Porque meus lábios doem.”.

Liverpool é uma cidade litorânea, um dos portos mais importantes da Inglaterra. Se você dirigir na direção leste, 100 quilômetros pelo interior do país, você chega em Sheffield, uma das cidades mais importantes da revolução industrial. Além de sua importância histórica, a cidade é conhecida por ter entre seus moradores, ilustres estrelas do rock. São de lá o cantor Joe Cocker, o vocalista do Simply Red, Mick Hucknall e todos os integrantes da banda Def Leppard. E mais recentemente, a cidade revelou uma das bandas mais importantes dos últimos 20 anos na música pop, os Arctic Monkeys.

No natal de 2001, os amigos e vizinhos Alex Turner e Jamie Cook ganharam de seus respectivos familiares uma guitarra cada um. No ano seguinte, já estavam montando uma banda com a turma do colégio, os camaradas Glyn Jones no vocal, Andy Nicholson no baixo e Matt Helders na bateria. A banda se chamava Bang Bang e tocava covers de Led Zeppelin e outros clássicos, mas também eram ligadíssimos em Oasis, Strokes e Queens of the Stone Age. Glyn Jones não durou muito na banda, acabou cansando e saiu fora. A vaga de vocalista caiu no colo de Alex Turner, que era tímido e precisou aprender a lidar com isso para ser o frontman. Além disso, a saída de Glyn motivou a banda a mudar de nome e começar a escrever suas próprias canções.

A banda passou a se chamar Arctic Monkeys e a tocar em vários lugares do norte da Inglaterra. Em 2003 a banda distribuía para o público que frequentava seus shows alguns CDs com gravações demo de algumas de suas músicas. Como as cópias eram limitadas, quem ganhava o CD invariavelmente copiava para outros amigos e convertia as faixas para distribuir pela internet. E cada vez mais gente se interessava pela banda. Uma página no extinto Myspace chegou a ser criada com o nome e as músicas da banda, sem que nenhum dos integrantes tivessem alguma coisa a ver com aquilo. Literalmente, a banda viralizou. Em 2004, sem nenhuma gravação oficial, a banda já era muito popular no Reino Unido, se apresentou na rádio BBC e tocou em alguns dos principais festivais da Inglaterra, o Reading Festival e o Leeds.

Em 2005 lançam o EP Five Minutes with Arctic Monkeys, com apenas 1500 cópias em CD e 2000 em vinil de 7 polegadas, além de estar disponível no iTunes Music Store. Com esse EP, assinam com a gravadora independe Domino, que lança o single I Bet You Look Good on the Dancefloor. O single foi pras cabeças e a banda apareceu na capa da tradicionalíssima revista New Music Express, a NME. Nessa altura do campeonato, não só o single, mas as faixas dos EPs e das demos antigas circulavam loucamente pela internet. E isso não impediu que o lançamento do primeiro disco da banda fosse um estouro. Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not saiu em 2006 e vendeu mais de 300 mil cópias em uma semana, um recorde no Reino Unido até então.

Tá, mas o que essa banda tem de mais pra ser tão celebrada? Pra começar, Alex Turner é um compositor muito criativo. A banda tem uma sonoridade atemporal, suja, mas atraente. A postura “Foda-se o que você pensa de mim” da banda, herdada dos Oasis, uma de suas maiores influências, fica evidente na sonoridade e no jeito de cantar de Turner. A sobreposição de guitarras remete aos Strokes com arranjos simples, mas truncados e surpreendentes. E aqui estamos falando só sobre o primeiro disco da banda, ainda hoje um dos mais influentes do século XXI. E o lance é que só melhorou depois disso.

Em 2007 lançaram o segundo disco, Favourite Worst Nightmare, que também vendeu muito! Em seguida, a banda se junta a um dos seus heróis para lançar Humbug em 2009, que teve a produção de Josh Homme, do Queens of the Stone Age. O quarto disco, Suck It and See, de 2011, manteve o alto nível de canções. Mas nada comparado ao salto que a banda daria a seguir. Em 2013 lançam o antológico AM, disco irretocável e considerado por muitos a obra prima dos Monkeys. Além da pegada suja e direta, a banda incorporou uma sonoridade mais soturna, um quê de David Bowie, um som que deixa a dúvida entre o vintage e o moderno. Sem falar nas composições excelentes. Imagina as expectativas depois de um disco desse! Pois eles conseguiram, se não se superar, manter o mesmo altíssimo nível de AM com o disco Tranquility Base Hotel & Casino, lançado em 2018. Atualmente a banda lançou 2 singles, Body Paint e There’d Better Be a Mirrorball e tem seu sétimo disco programado para sr lançado no dia 21 de outubro deste ano. Aguardemos.

Legal demais conhecer a história a banda, seus influências, seus discos… muito bom. Mas tem aquela curiosidade que não quer calar. De onde esses caras tiraram esse nome maluco, Arctic Monkeys? A verdade é que ninguém sabe ao certo. A própria banda se recusa a responder essa pergunta, as poucas vezes que falou a respeito, foram dadas respostas controversas, cada hora um conta uma história diferente. Mas tem uma teoria que, por ser tão simples e sem graça, merece ser citada, e justifica o, aparentemente deslocado, primeiro parágrafo deste texto. O filme do Guy Ritchie, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, contém um dos poucos registros diretos do uso da expressão Northern Monkeys. Ninguém se espantaria que alguns moleques do norte da Inglaterra pegassem essa expressão e, com o seu humor auto depreciativo, tentasse exagerá-la ao máximo.  Ora, qual é o ponto mais ao norte do planeta? Exatamente. O Ártico.

Só mesmo a Strip Me para te contar a história de uma das bandas mais legais dos últimos tempos e, de quebra, te dar uma teoria absurda, mas coerente, sobre o nome da banda, pra você poder contar na mesa do bar pros seus amigos! E, vamos falar sério, não tem como não amar os Arctic Monkeys, uma banda do c@r#l%o! E é lógico que ela está bem representada com pelo menos duas estampas excelentes na Strip Me! E não é só camiseta de música não! Também tem de cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra essas e outras estampas e  fica por dentro de todos os nossos lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada, a dificílima tarefa de selecionar 10 das melhores faixas dos Arctic Monkeys! Arctic Monkeys Top 10 tracks.

Para assistir: Pra quem ainda não viu, tem que ver. E pra quem já viu, vale a pena demais rever! Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, filme de 1998 do Guy Ritchie é uma pérola escondida do cinema cult que merece ser lembrada! Um filmaço!

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Pensar no look perfeito faz parte do planejamento de quem vai a algum evento ou festival de música. E para saber como se vestir bem é necessário conhecer alguns detalhes muito importantes, como o tema do festival, o seu próprio estilo, duração, quem vai tocar e muito mais.

Um exemplo é que, dependendo do dia, a camiseta Rock in Rio precisará conter elementos que fazem referência aos grandes nomes do Rock e do Heavy Metal, ou então deverá ter ícones da cultura POP.

Já a camiseta Lollapalooza pode ter detalhes minimalistas, coloridos, que cite uma banda ou um artista que participará do evento.

Agora, se for a camiseta para o Primavera Sound, você pode investir em um look mais alternativo. Na hora de escolher a camiseta de festival perfeita, tudo vai depender do local, do horário e do que você quer expressar com o seu look.

Vários jovens com mãos pra cima vistos de costas curtindo festival de música

3 dicas para arrasar no look

Agora você confere 3 dicas para saber como se vestir bem em um festival e arrasar no look. Continue lendo!

Escolha roupas confortáveis e adequadas para o local

Na hora de escolher a camiseta para festival para aproveitar todos os momentos sem incômodo, pense em manter o estilo sem perder o conforto, sem passar muito frio ou muito calor.

Para isso, considere se o evento estará cheio, se ocorre a céu aberto ou em local fechado, se será durante o dia ou durante à noite e, por consequência, a temperatura e o clima.

Modelo masculino de calça preta básica e camiseta branca com estampa Hip Hop, modelo exclusivo Strip Me
Camiseta Hip Hop Strip Me Clothing

Utilize acessórios

O que não faltam são acessórios para deixar o seu look ainda mais completo e descolado.

Seja com itens coloridos ou até mesmo em uma única cor, em formatos distintos ou com diversas funcionalidades, eles são uma ótima opção para deixar o seu visual mais autêntico e diferente.

05 modelos de bolsas shoulder bag Strip Me, Cores: preto com verde, preto com cinza, preto com roxo, preto com preto e preto com branco
Shoulder Bags Strip Me Clothing

Não deixe de passar a sua personalidade

O look é onde a sua personalidade pode e deve ser comunicada. É a partir da construção dos detalhes que a sua identidade ficará em evidência para os outros participantes do festival.

Modelo feminina usando a camiseta WTF preta Strip Me
Camiseta WTF preta Strip Me Clothing

Opções para montar o seu look ideal não faltam e, para deixá-lo ainda melhor e totalmente com o seu estilo, visite o site e escolha as camisetas Strip Me que mais tem sua cara. Não tem como errar 😉

Primavera Sound: O Florescer de um festival.

Primavera Sound: O Florescer de um festival.

É, parece que esse negócio de festival de música veio mesmo pra ficar. Claro que essa frase provavelmente foi dita em algum momento do fim dos 60, com a consagração do Woodstock. Mas tal frase ainda soa verdadeira em 2022. Até dezembro, o Brasil terá recebido pelo menos 10 festivais de grande porte. Os que já aconteceram se provaram de grande sucesso. João Rock, MITA, Lollapalooza, Rock in Rio, Festival DoSol, Coala e MADA todos tiveram grande público e ótimas apresentações. E ainda tem outros festivais por acontecer até o fim do ano. Um deles se destaca por acontecer pela primeira vez no Brasil e trazer uma proposta um pouco diferente, de integração com a cidade que o recebe.

O Primavera Sound começou como um festival de um dia só, na cidade de Barcelona, Espanha. Ainda em meados dos anos 90, o festival já acontecia com regularidade, mas sem artistas de grande expressão como headliners. Foi em 2001 que o evento realmente cresceu. Passou a ser realizado no Pueblo Espanhol, uma espécie de parque temático, que recria a vida medieval da Espanha em meio a um bosque. Neste ano o festival reuniu quase 8 mil pessoas e trouxe um line up diverso, com DJs e músicos de várias partes do planeta. Ali começou a escalada. Em 2002 um dia a mais é adicionado, ocorrendo nos dias 17 e 18 de maio, e um line up bem mais robusto se apresenta, com nomes como Echo & The Bunnymen, J. Mascis, Le Tigre, Dave Clark Jr. e The Moldy Peaches. No ano seguinte, o publico chegou a 28 mil pessoas e 5 palcos foram montados por todo o Pueblo Espanhol, com apresentações de gente como Belle And Sebastian, Yo La Tengo, Teenage Fanclub, Sonic Youth, Mogwai, The White Stripes e Television. Nada mau, hein…

Em 2004 a coisa cresceu ainda mais. O festival atendeu 40 mil pessoas e acresceu mais um dia de shows. Além disso tudo, ainda promoveu uma feira com palestras e convenções voltada para o mercado fonográfico, com participação de diretores de várias grandes gravadoras. Os principais nomes a se apresentar naquele ano foram PJ Harvey, Primal Scream, Wilco e Franz Ferdinand. Em 2005 o Pueblo Espanhol ficou pequeno e o festival foi realocado no Parc del Fòrum, nos arredores de Barcelona, um espaço pelo menos 3 vezes maior que o Pueblo Espanhol. Nessa edição rolou New Order, Iggy Pop & The Stooges, Sonic Youth, Gang of Four, entre outros. 2006 foi um ano de poucas mudanças, mas de afirmação da importância do festival. Além de trazer sempre artistas locais e independentes, os headliners traziam ainda mais imponência ao evento. Em 2006 contou com nomes como Lou Reed, Motörhead, Yo La Tengo, The Flaming Lips, Yeah Yeah Yeahs e Isobel Campbell. 2007 ficou marcado como o ano que bateu 60 mil pessoas e apresentou dois shows antológicos: a veterana Patti Smith com um show eletrizante e o Sonic Youth, já prata da casa, tocando na íntegra o clássico disco Daydream Nation.

Em 2010 Primavera Sound já se torna um dos maiores festivais da Europa. Com público de mais de 100 mil pessoas e com a oficialização da PrimaveraPro, aquela feira para profissionais da indústria, se estabelecendo como um evento à parte muito importante em todo o mundo. Em 2019 a organização do festival apresenta uma política invejável: igualar no line up o número de artistas homens e mulheres. Segundo a própria organização, a intenção é quebrar o paradigma vigente desde sempre no mundo do rock e pop, que foi muito bem descrito como “pale, male and stale”, ou seja, homem branco e velho. Neste ano os destaques foram  Interpol, Tame Impala e Miley Cyrus.

Desde 2012 o festival passou a ter uma edição extra na cidade do Porto, Portugal. Na cidade portuguesa, o festival sempre acontece uma ou duas semanas depois de Barcelona e, normalmente, com o mesmo line up. Assim, podemos dizer que o Primavera Sound é um festival internacional desde então. Mas mais ou menos, né… afinal, como costuma se dizer na Europa, Portugal é uma pequena ilha cercada de mar e de Espanha. É como você fazer uma festa na sala da sua casa, e depois repetir a mesma festa no quintal. Mas agora, em 2022, 10 anos depois de estrear a versão lusitana, o Primavera Sound finalmente se internacionalizou pra valer! Neste ano o festival tem edições em Los Angeles, Estados Unidos, Santiago, Chile, Buenos Aires, Argentina e… São Paulo, Brasil! Sim, o festival chegou até aqui! Em L.A. o festival já rolou, entre os dias 16 e 18 de setembro. Aqui na América Latina rola entre o fim de outubro e começo de novembro.

Em São Paulo o Primavera Sound vai trazer mais de 30 artistas e bandas, que se apresentarão entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro em 3 lugares diferentes: Cine Joia, Audio e Anhembi. O festival mesmo é no fim de semana dos dias 5 e 6 de novembro. Mas uma semana antes, a partir do dia 31 de outubro, rolam vários shows durante a semana promovidos pela organização do festival nos citados locais. É o que eles chamam de Primavera na Cidade. Aí, quem compra o passaporte integral do festival, tem acesso a esses shows durante a semana e também ao festival pra valer no Anhembi no fim de semana do dia 5. A proposta dos caras é realmente interessante. De acordo com uma nota divulgada pela produção do festival, eles afirmam o seguinte: “O festival é feito para todas as pessoas, com o objetivo de conectar, fortalecer e enriquecer a cultura local. Não se trata, afinal, do que a cidade pode fazer para o Primavera Sound e, sim, sobre o que o Primavera Sound pode fazer por cada cidade.”. Muito legal.

Mas vamos ao que interessa. Quem vai tocar. O line up desta primeira edição em São Paulo está bem diversa, contemplando artistas consagrados e independentes gringos e brasileiros. Os destaques são Arctic Monkeys, Björk, Father John Misty, Interpol, Gal Costa, Hermeto Pascoal e Terno Rei. Mas tem muito mais coisa. E, aparentemente, a vibe do festival é das melhores, afinal, a começar pelo próprio nome, é um rolê que celebra a natureza, a chegada da primavera, a integração e diversidade. Tem tudo pra ser excelente. E a programação completa, com datas e informações de ingressos você confere no site oficial do festival. É só clicar aqui.

Fala a verdade! Baita rolê inspirador esse festival! É o tipo de coisa que tem tudo a ver com a Strip Me, e que a gente faz questão de falar a respeito e divulgar! Afinal, boa música, alto astral e diversidade tem tudo a ver com a gente! Agora imagina, você curtindo um festival desse com uma camiseta no peito tão firmeza quanto os shows que vão rolar! Camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Confere a nossa loja e se liga que sempre tem lançamento novo pintando!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist cremosa com o que de melhor vai rolar no Primavera Soud SP! Primavera Sound SP Top 10 tracks!

Para assistir: Se você curte festivais, não pode perder o excelente documentário sobre o Woodstock ’99! Trainwreck: Woodstock ’99 foi lançado neste ano pela produtora RAW. Está disponível na Netflix e mostra exatamente tudo o que não se deve fazer ao organizar e conduzir um festival de música!

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Envelhecer é inevitável. Mas envelhecer bem é uma arte. Poderíamos fazer aqui aquelas analogias batidas entre envelhecer com vigor e saúde e um bom vinho envelhecido por décadas e blá blá blá. Mas o nosso negócio aqui é justamente deixar o óbvio de lado e dar valor a outros pontos de vista. Enfim, hoje vamos falar sobre envelhecer bem, com viço e saúde, com propriedade e relevância.

Em especial nas artes, envelhecer bem não é nada fácil. Afinal, a arte, seja ela pintura, música, cinema, teatro, escultura ou fotografia, acaba absorvendo muito do momento em que é concebida. Ainda que seja simplesmente pela estética, o Davi de Michelangelo é expressão clara de seu tempo, o renascimento, com suas formas que carregam uma aura de ultrarrealismo e divindade ao mesmo tempo.

Um Cão Andaluz de Buñuel está encharcado de referências ao seu próprio tempo, de uma Europa pós Primeira Guerra, festiva e questionadora de si mesma. Velvet Underground and Nico, o disco de estreia da Velvet Underground, expressa com nitidez a aura de contra cultura, rebeldia e, até mesmo, certa alienação da juventude dos anos 60.

O que essas três obras tem em comum é que envelheceram bem. Ainda hoje são impactantes, admiráveis e relevantes. Seguem sendo referência para quem quer produzir algo novo hoje em dia.

Por isso, para demonstrar de uma vez por todas, o que significa uma obra de arte envelhecer bem, listamos 5 filmes cults que passaram dos 20 anos e continuam incríveis, que, se vistos ou revistos, hoje em dia ainda vão empolgar, emocionar, divertir e fazer pensar. Vamos á lista!

Cães de Aluguel – 1992

Começamos com o mais velhinho da lista. O primeiro filme escrito e dirigido por Quentin Tarantino completa 30 anos, mas com carinha de bebê. Um bebê bem safadinho e violento, é verdade. O simples fato de o filme se passar, na maior parte do tempo, dentro de um galpão fechado e seus personagens usarem ternos pretos  já ajuda muito para que ele seja atemporal, poderia se passar nos anos 70 ou no ano 2000. Mas é a riqueza e brilhantismo do roteiro e dos diálogos, a edição fantástica, as atuações irresistíveis e a trilha sonora impecável que fazem deste filme, ainda hoje, uma baita obra de arte!

Trainspotting – 1996

Se Cães de Aluguel é esteticamente atemporal por se passar num galpão e os personagens, em sua maioria vestirem ternos, em Trainspotting é tudo escancaradamente anos 90. O diretor Danny Boyle fez questão de retratar o tempo e espaço, uma Escócia agitada e colorida numa época de excessos e mudança de comportamento, principalmente para a juventude. O que faz Trainspottig se manter um filme empolgante até hoje é sua postura contestadora, o questionamento filosófico eterno de Sartre, de que o homem está condenado a ser livre, que envolve o roteiro e, mais uma vez, atuações excelentes e uma trilha sonora arrebatadora.

O Grande Lebowski – 1998

A premissa deste filme chega a ser desanimadora. Personagens homônimos ou fisicamente parecidos que trocam de lugar ou são confundidos um com o outro e se metem em mil confusões é uma parada muito antiga no cinema. O que faz de O Grande Lebowski ser tão diferente e tão marcante até hoje é… o grande Lebowski! Claro que tudo funciona lindamente no filme, os personagens coadjuvantes super bem construídos, a trama insólita em constante evolução, a estética desleixada e charmosa dos anos 90, o ar de contracultura… mas o carisma do personagem principal, o inigualável The Dude, que Jeff Bridges entrega com perfeição, é arrebatador. É o tipo de filme que você pode já ter visto várias vezes, mas se estiver zapeando a TV à cabo e passar por ele, é irresistível parar e assistir até o fim.

Quero Ser John Malkovich – 1999

Podemos dizer que se trata de um filme de novatos. Mas que novatos! Este foi o primeiro filme de destaque do Spike Jonze como diretor e o do Charlie Kaufman como roteirista. Ambos rapidamente ganharam o status de gênios do cinema cult. E não é para menos. Em Quero ser John Malkovich o realismo fantástico de Charlie Kaufman se mostra ilimitado, mas sempre ancorado em questões existenciais e muita ironia, a direção bucólica de Spike Jonze é magistral e as atuações impactantes de John Cusack, Cameron Diaz, Catherine Keener e o próprio John Malkovich completam a receita. É um filme atemporal e envelheceu muito bem, porque é realmente fascinante e inusitado de tal forma, que segue sendo instigante e desafiador.

Clube da Luta – 1999

Completamos esta lista com o maior filme cult dos últimos tempos. Todo mundo conhece o Tyler Durden e sabe muito bem qual a primeira regra do clube a luta. Regra esta que quebramos aqui mais uma vez para falar da força descomunal deste filme. Um filme lançado 23 anos atrás e que, de toda essa lista, é o que se mantém mais atual. Afinal o roteiro, excelente diga-se, levanta questões que transcendem qualquer evolução tecnológica, pois diz respeito ao consumismo, a relação com o trabalho, a solidão, empatia, conformismo, a mídia doutrinadora, depressão e etc. Fora isso, tudo é bem feito e funciona no filme. As atuações impecáveis de Brad Pitt e Edward Norton, a direção caótica de David Fincher, a trilha sonora pesada, a fotografia contemporânea e visceral. É um filme que, não só envelheceu bem, mas continua influente e profundo. E assim seguirá pelos próximo 30, 40 anos a frente.

Pronto. Se você quer ter um fim de semana mais tranquilo e caseiro, já tem aí uma listinha respeitável de filmes para ver ou rever. Uma lista que tem tudo a ver com a Strip Me! Para nós a arte contestadora, de vanguarda e questionadora, como são estes cinco filmes, tem um cantinho especial no coração. Por isso fazemos questão de estar sempre entregando camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e comportamento com um olhar mais aguçado, mas sem perder a elegância e bom gosto. Pra conferir, é só acessar a nossa loja, onde sempre tem novos lançamentos pipocando.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma Playlist com o melhor da trilha sonora de cada um dos filmes listados: Cine Cult top 10 tracks.

Para assistir: Além desse top 5 retumbante, vamos quebrar o seu galho e falar de mais um filme cult clássico e irretocável, mas que não tem mais de 20 anos, por isso não entrou na lista acima. Estamos falando de 500 Days of Summer, um filme cult por excelência, com direito a estética vintage, um caminhão de referências pop e The Smiths na trilha sonora. Mais cult que isso, impossível. E é um filme divertidíssimo mesmo! Pra ver e rever naquele domingo de chuva comendo pipoca no sofá. Ah, sim, o filme é de 2009, dirigido pelo Marc Webb e estrelado pela Zooey Deschanel e Joseph Gordon Levitt.

The Queen is Pop!

The Queen is Pop!

The queen is dead, boys. And it’s so lonely on a limb. Life is very long when you´re lonely.” De certa forma, esses versos de Morrissey neste clássico dos anos oitenta dizem muito sobre a Rainha Elizabeth II. Morta aos 96 anos de idade num castelo na Escócia no dia 8 deste mês, a rainha da Inglaterra teve uma vida longa e, ao que tudo indica, solitária realmente. Apesar de estar sempre cercada por súditos, assessores e sua própria família, desavenças familiares, um casamento conturbado e paixões cerceadas certamente tornaram a vida da monarca um pouco mais amarga e solitária. Mas, independente disso, foram quase cem anos muito bem vividos, dos 96, 70 anos foram como rainha. Ela viu o mundo mudar e conheceu as pessoas mais importantes do mundo ao longo do século XX  e XXI. E a gente sabe disso tudo porque, além de tudo, a rainha Elizabeth II acabou se tornando ícone pop. Mesmo sem querer.

Claro, o ambiente conta muito. A Inglaterra praticamente criou o jornalismo da fofoca. Os tabloides londrinos se especializaram em esmiuçar a vida íntima da família real, que por sua vez, sempre forneceu vasto material para polêmicas. Desde que o tio de Elizabeth, Edward VIII, renunciou ao trono da Inglaterra para se casar com uma mulher norte americana, que era divorciada, a imprensa britânica se acostumou a chafurdar nas intrigas familiares da coroa. Foi essa renúncia ao trono, inclusive, que fez com que Elizabeth se tornasse rainha. Com a morte do rei George V, avô da Elizabeth, Edward VIII, era o sucessor direto ao trono, pois era o filho mais velho do rei. Na real, nem era pra Elizabeth ter sido rainha. Mas com a renúncia, a sucessão voltou-se para o filho mais novo do rei, que era o pai da Elizabeth. Ele foi coroado rei George VI, mas acabou morrendo cedo, por conta de um enfisema pulmonar. Foi assim que a coroa praticamente caiu no colo da Elizabeth, a filha mais velha do rei morto. Ela foi coroada aos 26 anos de idade, em 1952.

A Rainha Elizabeth II reinou justamente na época da explosão da indústria cultural pós Segunda Guerra Mundial. Os veículos de comunicação se tornavam mais acessíveis, a televisão se tornava cada vez mais presente e a música e o cinema se tornavam cada vez mais influentes. Ela fez seu primeiro discurso televisionado no fim do ano de 1957. Desde então, todo ano, ela fazia um discurso de fim de ano transmitido para todo o Reino Unido nas festas de fim de ano. À medida que o mundo, os países ocidentais em especial, vão se tornando mais liberais, com governos modernos, baseados em ideais republicanos e democráticos, a monarquia inglesa vai se mantendo firme, e acaba se tornando pitoresca para o mundo, ainda mais quando fica cada vez mais claro que quem manda mesmo no reino é o primeiro ministro. Numa singela canção, os Beatles até chegaram a cantar que “sua majestade é uma garota muito bacana, mas ela não tem muita coisa pra dizer.”.

Não só os Beatles, mas muitos outros artistas ingleses não perderam a oportunidade de escrever uma ou outra canção sobre a rainha. Na maioria das vezes fazendo críticas, é verdade. Ok, sejamos francos, a esmagadora maioria das músicas sobre a rainha são de protesto e críticas. Mas “falem mal, mas falem de mim”, certo? Uma das exceções, e anda assim, nem tanto uma exceção, data de 2012, quando a rainha celebrou o jubileu de diamante, que comemorou seus 60 anos de reinado. O compositor britânico Leon Rosselson, pouco conhecido por aqui, mas respeitadíssimo na Inglaterra, escreveu a canção On Her Silver Jubilee. Uma bela canção folk que fala sobre o reinado de Elizabeth II desde o início e sobre sua imagem ser tão utilizada pelos punks em 1977. Com a boa e velha ironia britânica, a letra da música faz uma boa análise da rainha como pessoa pública, para o bem e para o mal. De fato, 1977 não foi um ano fácil para ela. Independente da forte censura que se abateu sobre o compacto, God Save the Queen, dos Sex Pistols, se tornou um verdadeiro hino contra o conservadorismo da monarquia, e um dos maiores clássicos do rock n’ roll. Lançada em compacto e incluída no essencial Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols, God Save the Queen é uma música irresistível, um riff simples e melódico, guitarras saturadas, ritmo instigante e, pra coroar, com o perdão do trocadilho, a capa do single, criada pelo artista Jamie Reid, é perfeita, até hoje uma das imagens mais icônicas do punk rock.

Outras canções bem legais escritas com a rainha como tema central, são Elizabeth My Dear, dos Stone Roses, uma verdadeira pérola, a citada no início do texto The Queen is Dead, dos Smiths, uma das músicas mais emblemáticas da banda, Rule for no Reason, do Billy Bragg, uma balada muito bonita, que retrata esse aparente vazio, a melancolia que envolve a rainha Elizabeth II, e tem também a curiosa Dreaming of the Queen, dos Pet Shop Boys. Nesta última, o duo pop britânico relata um sonho dos dois músicos tomando um chá com a rainha Elizabeth e a Lady Diana. A letra é muito legal. Vale a pena conferir. Voltando ás canções de protesto, vale citar a belíssima Flag Day, da banda The Housemartins, banda indie britânica dos anos 80, que não fez tanto sucesso no Brasil, mas tem uma obra riquíssima, com grandes canções. Pra fechar a parte musical, vale também citar o rapper britânico Slowthai, que escreveu a pesada Nothing Great About Britain, uma música de batida forte e letra extremamente crítica. Ah, sim, também é importante lembrar que God Save The Queen é o hino da Inglaterra. Escrita em 1774, e oficializado como hino nacional em 1780, a música varia o gênero usado na letra de acordo com o monarca vigente. Até semana passada cantava-se God Save the Queen, agora, já se canta God Save the King. Você pode ouvir numa roupagem mais moderna esta bela peça musical no disco A Night at the Opera, da banda Queen. É a faixa que encerra o disco.

Se na música a rainha foi amplamente retratada, no cinema e na televisão então, nem se fala! No começo do reinado, Elizabeth II procurava se manter distante da mídia, mas isso foi mudando com o tempo. No início só o que se via da rainha na televisão eram imitações. Uma das mais famosas foi a de Carol Burnett. Ela se notabilizou por ser a primeira mulher a protagonizar um programa de comédia nos Estados Unidos, o Carol Burnett Show, em 1967. Porém, se tem alguém que entende de imitar a rainha Elizabeth II é a atriz Jeannette Charles. Pra começo de conversa ela atua interpretando a rainha no excelente mockumentário All You Need is Cash, a história da banda The Rutles, em 1978. Depois ela não parou mais. Interpretou a rainha em alguns episódios do Saturday Night Live e em filmes como Férias Frustradas II, Corra que a Polícia Vem Aí e Austin Powers: O Homem do Membro de Ouro. Mas claro, até aqui estamos falando de comédia, imitações…nada sério. Por outro lado, existem também alguns filmes em que a rainha é retratada com seriedade, respeito… e até um pouco de realidade demais. A então criança Freya Wilson interpreta Elizabeth II no excelente filme O Discurso do Rei, de 2010, onde a rainha aparece ainda como uma criança. Já no impactante A Rainha, Helen Mirren interpretou a Elizabeth II com tamanha entrega, que acabou levando o Oscar de Melhor Atriz em 2007, além de o filme ter concorrido em outras 5 categorias. O filme A Rainha mostra os maus bocados pelo que passou a família real após a morte da Lady Diana, já que era notório que a rainha e a Lady Di não se davam muito bem. Retratando um momento antes, o belíssimo filme Spencer, mostra justamente a ascensão da Lady Diana de súdita comum a uma das mais populares figuras da realeza. Kristen Stewart está impressionante interpretando a Lady Di, e a veterana Stella Gonet entrega uma rainha Elizabeth II sóbria, quase soturna.

Cada série, cada filme, comédia ou drama, mostra uma face e uma fase diferente da rainha. A série The Crown merece destaque porque mostra todas as fases e faces da rainha Elizabeth II com uma produção impecável. A produção é da Netflix e até agora conta com 4 temporadas. A quinta temporada já está toda gravada e deve estrear em novembro deste ano. Mesmo antes da morte da rainha e o príncipe Philip, marido dela, em 2021, já se falava que a série terminaria na sexta temporada, e dificilmente atingiria os dias atuais. A previsão era de que esta última temporada fosse exibida em 2023, mas com os últimos acontecimentos, é possível que aconteçam alterações drásticas no roteiro, para que a série se encerre com a morte da rainha. Neste caso, a chance é de que a sexta temporada chegue só em 2024. The Crown já é conhecida como umas produções mais caras da TV. Mas não é para menos. A produção é realmente incrível, cenografia, figurino, ambientação de diferentes épocas e as atuações são excelentes. O roteiro equilibra muito bem a parte política com a vida pessoal da rainha, o que traz certa leveza, e cativa o espectador. Certamente uma série que faz jus a grandeza da rainha.

Porém, um episódio muito marcante, e muito divertido, vivido pela rainha, infelizmente não foi retratado na série The Crown: A condecoração dos Beatles com a medalha e a concessão do título MBE (Member of the Order of the British Empire). O MBE é uma honraria concedida aos súditos da Inglaterra que, através da arte, cultura e ciência, elevam o nome do Reino Unido. Em 1965 o primeiro ministro Harold Wilson, aproveitou o sucesso mundial dos Beatles para fazer uma média com seu eleitorado jovem do norte da Inglaterra e indicou os rapazes de Liverpool para receber a honraria, por conta de seus valiosos serviços prestados á coroa, levando o nome da Inglaterra por todo o mundo através da boa música. Assim, no dia 26 e outubro de 1965 os Beatles chegaram, logo de manhãzinha no palácio de Buckingham. Foram orientados a como se portar (se curve, nunca dê as costas para a rainha e etc). Estavam tão ansiosos que foram juntos para o banheiro para fumar um… cigarro! Sim, por anos a lenda de que os Beatles haviam fumado maconha antes de conhecer a rainha prevaleceu. E foi o próprio John Lennon quem contou a mentira. Só quase trinta anos depois, George Harrison, numa entrevista, esclareceu o fato. Estavam realmente nervosos, mas sabiam que não podiam estragar a situação, então foram para o banheiro para ficarem um pouco sozinhos e fumar seus cigarros em paz. De qualquer forma, o espírito anárquico da banda prevaleceu. Ao ficar frente a frente com Elizabeth II, John se apresentou como sendo Paul, Paul se apresentou como sendo John, deixando a rainha confusa. Após dar lhes a medalha, ela perguntou se fazia tempo que eles estavam juntos. Ringo respondeu “Há uns 40 anos”. Todos riram. Em 1969 John Lennon devolveu a medalha como protesto pelo envolvimento da Inglaterra na guerra do Vietnã e nos conflitos na Nigéria.

É tanta história e tanta referência na cultura pop, que seria impossível a Strip Me não prestar sua homenagem a Rainha Elizabeth II. Uma mulher incrível, corajosa e cheia de talentos. Em especial adorava animais. Depois de 96 anos de vida e mais de 70 como rainha, hoje em dia com certeza Elizabeth II tinha muita coisa a dizer. Por isso deixa um legado tão grande. Para encontrar ícones da cultura pop, da música e do cinema, é só colar com a gente. Na loja da Strip Me você encontra camisetas de arte, cinema, música, cultura pop, estilo de vida e muito mais. Fica de olho por lá, que sempre estão pintando novos lançamentos.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com todas essas canções onde a rainha foi fonte de inspiração. The Queen is Dead Top 10 tracks.

Para assistir: Certamente a recomendação maior é assistir a série The Crown. Uma obra impressionante, com ótimo roteiro e uma produção deslumbrante. E tá facinho de ver, lá na Netflix.

Tim Maia – 10 curiosidades sobre o nosso eterno síndico.

Tim Maia – 10 curiosidades sobre o nosso eterno síndico.

Neste mês de setembro, se vivo, Tim Maia completaria 80 anos de idade. Quem o conheceu pessoalmente fica admirado por ele ter vivido até os 56. Quem apenas conhece as histórias de loucura e abusos, se espanta por ele não ter morrido aos 40. Mas quem conhece a obra de Tim Maia, quem se liga em música e sabe da importância dele para a música brasileira, sabe que o ideal é que ele continuasse vivo, e fazendo música, por pelo menos mais 80 anos para frente.

Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, foi um fenômeno na música brasileira. Uma mistura poderosa e nunca antes vista de fúria do rock n’ roll com a sensualidade da soul music, o ritmo irresistível do funk e a malandragem do samba. Com toda sua versatilidade, Tim Maia era um nervo exposto. Talento e sensibilidade incontroláveis que refletiam na compulsão insaciável por dinheiro, por comida e por toda e qualquer tipo de droga alucinógena. A única vez que ele achou ter encontrado algum equilíbrio e sentido na vida, acabou tão desiludido, que renunciou essa fase até seu último dia de vida, ainda que tenha sido muito prolífica musicalmente. Portanto, para conhecer um pouco melhor quem era esse maluco que acabou conhecido como o síndico do Brasil, e para entender sua importância, separamos 10 momentos marcantes da vida de Tim Maia. Confere aí!

The Sputniks

Tim Maia nasceu e cresceu no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Ainda garoto, ficou amigo de Erasmo Esteves. Tim ensinou Erasmo a tocar violão e os dois, com outros 3 amigos, montaram uma banda, inspirada nos filmes de Bill Halley and his Comets e de Elvis Presley. Era o fim dos anos 50 e o Brasil vivia uma efervescência na música jovem, graças a gente como Carlos Imperial e a turma da bossa-nova. A turma de garotos ligados á musica na Tijuca era grande, incluindo um rapaz de apelido Babulina, pois tocava sempre a canção de Ronnie Self, Bop-a-Lena, com um inglês sofrível, para dizer o mínimo. Mas com um ritmo impressionante na mão direita ao tocar violão. Mas na banda The Sputniks, um dos rapazes, não era da Tijuca, mas sim de Cachoeiro do Itapemirim, cidadezinha no estado de Espírito Santo. Ao se apresentar para um teste, para participar o programa de TV de Carlos Imperial, o tal garoto de Cachoeiro do Itapemirim, deu uma de traíra, deixou a banda de lado e foi se apresentar sozinho para Imperial. Tim Maia, na época conhecido como Tião Maia, ficou puto, rolou uma baita briga e a banda acabou. Foi cada um pra um lado. O garoto traíra era Roberto Carlos, que iniciou ali uma sólida carreira solo. Na onda de Roberto, Erasmo Esteves trocou seu nome para Erasmo Carlos, em homenagem ao seu amigo Roberto e ao produtor e apresentador Carlos Imperial, e também decolou como cantor. O tal Babulina, não era da banda, mas também acabaria fazendo muito sucesso, mas com seu próprio nome: Jorge Ben. Já o Tião Maia, ficou decepcionado e resolveu viajar pros Estados Unidos e mudar de vida.

Estados Unidos

A decisão de Tim Maia de ir para os Estados Unidos surgiu quando ele estava muito desapontado com a música e soube que a arquidiocese do Rio de Janeiro estava levando alguns seminaristas para estudar nos Estados Unidos. Tim Maia, que não era nada católico, deu um jeito de entrar nessa turma, arranjou dinheiro e um contato de uma amiga da tia da vizinha da mãe dele que poderia recebê-lo lá. Assim, ele foi para New York. Ao chegar, sem falar uma palavra em inglês, acabou sendo recebido pela família que havia sido indicada a ele, ainda que essa família nunca tivesse sido avisada de sua chegada. Ele ficou com essa família por 2 meses, depois se mudou para um apartamento com alguns amigos e não parou mais. Morou em vários lugares, quando não tinha onde morar, dormia nos metrôs, vivia de bicos, aprendeu a falar inglês, mas, acima de tudo, teve contato e assimilou a música negra que explodia na época através da Motown e da Stax. Tim Maia ficou nos Estados Unidos por 4 anos, até que foi preso por roubar gasolina e por porte de drogas. Foi deportado e voltou para o Brasil.

Guia turístico preso

Quando voltou, em 1963, a Jovem Guarda já estava acontecendo. Roberto e Erasmo mandavam ver na TV e faziam muito sucesso. Tim Maia desembarcou no Rio de Janeiro sem eira nem beira. Sem trabalho, acabou praticando alguns furtos com um amigo da Tijuca. Até que surgiu uma oportunidade de trabalho: Guia turístico. Graças aos 4 anos nos Estados Unidos, Tim voltou para o Brasil falando inglês fluente, sem sotaque e ainda falando gírias. Os turistas adoravam. Só que quando ele começou a engrenar no trampo de guia turístico, foi ajudar um amigo a roubar umas cadeiras do jardim de uma casa e acabou preso. Na cadeia, como se não bastasse estar encarcerado, ele lê num jornal que Roberto Carlos acabara de comprar seu oitavo carro, um carro de luxo, zero quilômetro. Foi um alivio quando, dois meses depois de ser preso Tim soube que seria solto antes do final de sua sentença. Acontece que um grupo de 40 professores da Universidade de Wiscosin, estava a passeio no Rio de Janeiro, e faziam questão de ter como guia turístico e famoso Tim Maia, que lhes fora muito bem recomendado. Como a sentença já estava para acabar mesmo, a polícia o liberou para o trabalho. Mas assim que foi solto, a primeira coisa que Tim Maia fez foi ir atrás de Roberto Carlos.

Não Vou Ficar

Foi através da esposa de Roberto Carlos, Nice, que Tim Maia finalmente conseguiu falar com a grande estrela da Jovem Guarda. Tim Maia estava atrás de um trabalho, talvez como músico. Mas, durante a conversa, Roberto disse que precisava renovar seu repertório e estava muito interessado na onda de música negra que começava a dar as caras por aqui através de Wilson Simonal e Toni Tornado. Tim Maia então sacou da manga uma música cheia de suingue para Roberto gravar. Não Vou Ficar foi lançada no disco Roberto Carlos de 1969 e foi sucesso absoluto. Tim Maia ganhou algum dinheiro com os direitos da música e teve as portas abertas no mundo das gravadoras. Ele não perdeu tempo e, já em 1970, lançou seu primeiro disco. Um petardo cheio de suingue com clássicos com Coronel Antonio Bento, Cristina, Azul da Cor do Mar e Primavera. O disco foi lançado pela gravadora Polydor, por indicação da banda Os Mutantes, amigos de Tim.

Baurete e Garrastazu

Tim Maia era famoso por criar apelidos e inventar gírias. Ao fazer um show em 1970 na cidade de Bauru, interior de São Paulo, o cantor falou, entre uma música e outra: “Será que alguém aí na plateia não tem um… um… um baurete?” Enquanto falava, ele fazia o indefectível gesto de “soltar pipa”. Um hippie que assistia ao show jogou um baseado no palco para a alegria de Tim, que passou a usar a gíria para maconha. Além da música, um dos pontos em comum entre Tim Maia e os Mutantes, era o apreço por fumar bauretes, tanto que a gíria acabou no título de um dos discos dos Mutantes. Outra gíria que Tim criou foi garrastazu. Se fazendo valer do nome do meio do então presidente do Brasil, o general Emílio Garrastazu Médici, o mais truculento dos presidentes durante a ditadura de 1964, Tim Maia chamava de garrastazu um esconderijo propício para fumar um baurete sem ser incomodado. Certa feita, Tim Maia e os Mutantes estavam no prédio da gravadora Polydor e resolveram fumar um pra relaxar. Tim Maia então diz que descobriu um garrastazu perfeito para queimar um baurete dentro da gravadora, uma salinha fechada, onde fica uma máquina grande e que ninguém fica lá dentro. Pois lá foram eles e mandaram ver nas baforadas. O que eles não sabiam é que o garrastazu em questão era a central do ar condicionado do prédio. De repente, as salas de todos os diretores e funcionários da gravadora foram tomadas por um forte e inexplicável cheiro de maconha.

Universo em Desencanto

Em 1974 Tim Maia já era considerado um dos artistas mais brilhantes da música brasileira. E já corria a notícia que ele estava com sua banda afiadíssima, com material instrumental pronto para um novo disco arrasador. Certo dia, Tim vai na casa de um amigo, fica sozinho na sala por alguns minutos e pega um livro pra folhear, que estava ali jogado. Ele lê frases como “Nós somos originários de um planeta distante e perfeito e estamos na Terra exilados… A única salvação é a imunização racional, que se conquista lendo o livro e seguindo seus ensinamentos. Só assim podemos nos purificar e ser resgatados pelos discos voadores de volta a nosso planeta de origem superior: o Racional Superior”. Tim Maia pirou na ideia, pediu o livro emprestado, o leu de cabo a rabo numa tacada só e logo já estava se enturmando com o pessoal da seita da Cultura Racional. Parou de beber, fumar e usar qualquer tipo de droga, só vestia roupa branca e obrigou todos os músicos da sua banda a, não só se vestir de branco e pintar seus instrumentos de branco, como também os proibiu de beber, fumar e se drogar durante ensaios, gravações e shows. Curiosamente, foi quando Tim Maia produziu seu material mais sofisticado e criativo musicalmente. Mas só musicalmente, porque nas letras… a ladainha o Universo em Desencanto domina a temática dos dois discos lançados nessa época.

Independente na cadeia

Quando Tim Maia fechou as 9 canções do que seria o disco Tim Maia Racional Vol. 1 e as apresentou na gravadora, de cara foi esculachado. Não sem um pouco de razão, os diretores diziam que era suicídio comercial lançar um disco que, musicalmente até que era bom, mas com letras tão estranhas sobre uma seita bizarra. Tim Maia então resolveu se virar. E virou um os primeiros artistas independentes do Brasil. Comprou da gravadora as masters das músicas e criou um selo para lançar o disco pro conta própria. Assim surgiu a Seroma Discos, as primeiras sílabas de seu nome, Sebastião Rodrigues Maia. A Seroma Discos acabou lançando dois discos desta fase, Tim Maia Raciona Vol. 1, de 1974 e Tim Maia Racional Vol. 2, de 1975. Com essa temática toda, os discos não venderam bem, e menos ainda era fácil conseguir vender o show com aquelas músicas, e se negando a tocar sucessos antigos. Eis que surge um convite inusitado. Entro da seita, havia um diretor de um presídio no interior do Rio de Janeiro. Ele convidou Tim Maia a tocar lá para os presos, tal Johnny Cash fizera em 1968. Por incrível que pareça, o show no presídio foi um sucesso, os presos piraram nas músicas e aplaudiram de pé, fazendo com que Tim Maia se acabasse em lágrimas em cima do palco.

Imunização Racional

Talvez não seja à toa que o livro da cultura racional se chame O Universo em Desencanto. Porque quando a pessoa se dá conta da patacoada e enganação que é aquilo tudo, o sentimento deve ser esse mesmo, de desencanto. Numa noite, no fim de 1975, ele flagrou o grão-mestre e líder da cultura racional flertando com algumas garotas, e ele pregava dentre tantas outras privações, o jejum sexual. Tim Maia, que já estava sem dinheiro, fazendo poucos shows e, claro, morrendo de vontade de tomar uns tragos e comer um bife mal passado, se sentiu enganado e mandou tudo às favas. Saiu pela rua gritando que o mestre da cultura racional era um pilantra e mandou um dos músicos da sua banda ir comprar carne, carvão, cerveja, maconha e cocaína. Os músicos respiraram aliviados. Tim Maia estava de volta.

O Síndico

Com o passar dos anos, Tim Maia ficou muito conhecido por seu comportamento errático, ausência em shows já marcados e o abuso de drogas, coisa que ele nunca estimulou, mas também nunca negou que fazia. Apesar disso, entre o fim dos anos 70 e começo dos 90, Tim Maia produziu muito, e com muita qualidade. Entre 1976 e 1990 Tim Maia gravou mais de 14 discos. Mas claro, sua fama de doidão acabou sendo proporcional a sua obra musical.  E essa fama acabou inspirando seu velho amigo da Tijuca a compor uma das músicas mais famosas e emblemáticas dos anos 90 no Brasil. Numa festa de fim de ano da agência de publicidade W/Brasil, Jorge Ben Jor e Washington Olivetto batiam um papo animado sobre a vida entre muitas doses de uísque. Eis que Jorge Ben fala pra Olivetto que sua vida andava tão destrambelhada, que se ela fosse um prédio, o síndico seria Tim Maia. Olivetto gostou tanto da frase que disse que ela tinha que virar música. E virou mesmo. Jorge Ben juntou várias falas e acontecimentos daquela noite com Washington Olivetto e escreveu o clássico W/Brasil (Chama o Síndico), imortalizando Tim Maia como síndico do Brasil. O que é, convenhamos, nada mais justo, afinal num país tão maluco quanto este, não poderíamos ter um síndico mais adequado.

Cantar até morrer

Tim Maia dizia em tom de piada que, antes de seus shows fazia o “triathlon”, que consistia em tomar uísque, cheirar cocaína e fumar um baseado na sequência. Além do consumo em doses cavalares de álcool e drogas, Tim Maia comia muito. Em 1996, por conta da diabetes e obesidade, teve um princípio de gangrena de Fournier, uma infecção aguda na região genital, e precisou ser operado. Ainda assim, não mudou seus hábitos. No dia 8 de março de 1998 ele faria um show grandioso no Teatro Municipal de Niterói, que seria transmitido pelo canal de tv a cabo Multishow e seria registrado em vídeo para ser lançado posteriormente. Tim Maia já não vinha se sentindo bem. Naquela noite, entrou no palco vagaroso, com a respiração forte e suando muito. Começou a cantar a primeira música, Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar). Mas não passou do primeiro verso. Fez um gesto para a plateia, como quem diz, “espera aí, que eu volto.” E saiu do palco. No camarim teve um colapso e foi direto para o hospital de Niterói. Ficou internado até o dia 15 de março, quando faleceu por falência múltipla dos órgãos e infecção generalizada. A morte de Tim Maia acabou ficando marcada. O cantor que se notabilizou por não aparecer para fazer seus shows, acabou morrendo por insistir em comparecer e cantar naquela noite.

Tim Maia foi um artista indescritível. Músico virtuoso, com um ouvido apurado, sabia reconhecer uma canção de sucesso e conseguia interpretá-la com perfeição. Além de todo esse poder artístico, ainda traz consigo uma história de vida riquíssima, cheia de episódios curiosíssimos, engraçados, emocionantes e intensos. Um artista com tanta vida também encanta todo mundo aqui na Strip Me. Dentre nossas camisetas de música, você encontra algumas com referências incríveis ao Tim Maia. Além disso, você ainda pode conferir nossas camisetas de arte, cinema, cultura pop, comportamento e muito mais. É só ficar ligado na nossa loja e ficar por dentro dos últimos lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o  crème de la crème da obra do Tim Maia. Som pra ninguém botar defeito. Tim Maia Top 10 tracks.

Pra assistir: O filme Tim Maia, escrito e dirigido pelo Mauro Lima é muito bom. Inspirado no livro Vale Tudo, do Nelson Motta, o filme retrata vários desses momentos inacreditáveis, que só o Tim Maia poderia protagonizar. O filme foi lançado em 2014. Ao procurar para assistir, fuja da minissérie da Globo, que recortou em episódios curtos, e acabou cortando algumas cenas importantes.

Para ler: Claro que o livro é sempre muito melhor que o filme. Vale Tudo, a biografia de Tim Maia escrita pelo Nelson Motta e lançada em 2007 pela editora Objetiva é um livro delicioso! Riquíssimo em detalhes, o livro conta toda a trajetória pessoal e profissional de Tim Maia. O livro virou best seller, e não foi à toa. É excelente!

A música de chuteiras.

A música de chuteiras.

A cada 4 anos vivemos este clima efervescente, de muito debate, expectativa e patriotismo! Em cada mesa de bar do país se discute quem deve entrar e quem deve sair, e até mesmo são questionados os dispositivos eletrônicos, recentemente incorporados na disputa. É claro que você já entendeu sobre o que vamos falar hoje: Futebol! Faltam apenas 2 meses para começar a Copa do Mundo e já começamos a ouvir ao longe o som de gritos de torcida e vuvuzelas incessantes, já sentimos o cheiro da pipoca que será consumida assistindo aos jogos, já marcamos no calendário os dias de jogos do Brasil pra não marcar nenhuma reunião na empresa, já vemos adultos em toda a parte comprando álbum de figurinhas da Copa e se justificando pros amigos, dizendo que comprou pro filho! É o clima de Copa do Mundo, este momento mágico do futebol mundial, que encanta até aqueles que nem gostam tanto assim de esporte e passam os três anos que não tem Copa sem dar bola, com o perdão do trocadilho, para o futebol.

Por outro lado, tem muita gente, mas muita mesmo, que é super ligada no futebol. Torcedores apaixonados, que pautam vários momentos de sua vida de acordo com seu time do coração. Num país como o Brasil, onde o futebol faz parte da cultura pop, é muito comum a gente ver artistas de todos os segmentos, mas em especial da música, se manifestando sobre seus times e sobre o futebol em geral. Também é notável a relação de artistas britânicos com o futebol. Também, pudera, tal esporte efetivamente nasceu na Inglaterra. No mundo do rock inglês, tem de tudo, astros que são torcedores desencanados até astros que se tornaram dirigentes de times. A história da música pop, e do rock n’ roll em especial, é permeada por saborosíssimas histórias envolvendo o futebol.

Seria como cometer uma falta pra cartão falar de rock n’ roll e futebol e não mencionar com honras o MTV RockGol. O programa começou no longínquo ano de 1995 na MTV Brasil. A ideia do programa surgiu durante uma confraternização entre VJs e alguns músicos que faziam churrasco e batiam uma bolinha no fim de semana. Em 1995 e 1996 os jogos não eram transmitidos na íntegra e nem tinham narração, apareciam alguns momentos dos jogos e entrevistas com os músicos. Foi em 1997 que a coisa realmente cresceu e ganhou o formato totalmente excelente que todo mundo conhece. A MTV contratou o então grupo de humor Os Sobrinhos do Ataíde, que faziam sucesso arrebatador nas rádios paulistanas para capitanear o projeto. Com narração de Paulo Bonfá, comentários de Marco Bianchi e Felipe Xavier como repórter de campo, o RockGol ganhou vida e se tornou o programa de maior sucesso do canal. Além de contar com o bom humor da equipe de narração, os times proporcionavam um show à parte. No início os times levavam o nome das bandas de seus jogadores, mas depois passaram a ter outros nomes engraçados. E a graça era que a maioria dos músicos era realmente ruim de bola, proporcionando jogadas desencontradas, tombos, e trombadas inesquecíveis. A fase áurea do RockGol durou até 2008. Retornou com outra equipe de narração e cobertura em 2011, mas sem o mesmo brilho. Em 2013 o programa foi ao ar pela última vez.

O MTV RockGol só veio comprovar um fato já antigo. A música brasileira sempre se fez valer de grandes jogadores de futebol. Antes de revolucionar a música popular brasileira, o paraibano Jackson do Pandeiro atuou como goleiro do time Treze de Campina Grande na década de 1940. Somente aos 30 anos de idade o músico abandonou os campos de futebol para se dedicar á música. Djavan foi outro músico que começou dentro das quatro linhas. Era meio campista, e dos bons, dizem, do CSA-AL, time de Maceió. Ele jogou até os 19 anos. Quando precisou escolher entre subir para o time profissional ou se dedicar à música, ele escolheu tocar violão e escrever emblemáticos versos como “Insiste em zero a zero e eu quero um a um. (…) Mais fácil aprender japonês em braile, do que você decidir se dá ou não”. Imagine se tivesse virado jogador… Outro que foi jogador quando jovem foi Jorge Bem Jor, jogando como volante no juvenil do Flamengo. Jorge Ben acabou seguindo a carreira musical, mas o futebol nunca saiu de sua vida. Muitas de suas músicas abordam o tema, algumas delas se tornaram imenso sucesso, como Ponta de Lança Africano (Umbabarauma) e Filho Maravilha. Além de ex-jogadores, o rock brasileiro conta com vários torcedores fanáticos que levam o futebol para o palco, como o cruzeirense Samuel Rosa que escreveu a célebre canção Uma Partida de Futebol, Humberto Gessinger, (ex-Engenheiros do Hawaii) que rotineiramente se apresenta usando a camisa do Grêmio de Porto Alegre e Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, são-paulino doente que está sempre no Morumbi assistindo aos jogos.

Fora do Brasil, a maior concentração de músicos famosos ligados ao futebol está na Inglaterra. Além do país ser tradicionalíssimo no futebol, tem algumas das torcidas mais fanáticas e dedicadas do mundo. E quando a gente fala de músicos ingleses, a primeira coisa que vem na cabeça é Beatles, nessa relação com o futebol, já pensamos então no Liverpool F.C. Acontece que nenhum dos 4 músicos em questão era muito ligado ao esporte. Paul McCartney já foi visto ao longo dos anos em sua terra natal assistindo a alguns jogos do… Everton F.C.! Sim, o velho Macca torce para o time menor da cidade de Liverpool, o Everton. Que não é dos maiores da Inglaterra, mas não deixa de ser um time competitivo. Já Robert Plant, o eterno vocalista do Led Zeppelin, é torcedor fanático do Wolverhampton Wanderers, também conhecido como Wolves. Plant é tão presente na vida do time que chegou a ser eleito presidente de honra do clube! Já Elton John foi além. Em 1977 ele comprou o Watford F.C., time pelo qual sempre torceu e estava em baixa na época.  Elton John investiu no time e o presidiu até 2002! Sob o comendo do pianista, o Watford subiu para a primeira divisão e de lá nunca mais saiu, conquistando alguns títulos, inclusive.

Os músicos ingleses têm mesmo algumas histórias bem curiosas relacionadas aos seus times do coração. Eric Clapton, por exemplo, chegou a desembolsar uma grana considerável só para que seu time, o West Brom, pudesse participar de um jogo classificatório  fora do país. Em 1978 o clube vivia uma crise financeira, mas fazia uma boa campanha na Copa UEFA. Em setembro daquele ano, então  o guitarrista bancou a viagem do time até a Turquia para enfrentar o Galatasaray, pela primeira fase da competição. Ele bancou a viagem e hospedagem de todo o time. Ainda bem que o time não decepcionou e venceu os turcos por 3 a 1. Outra história inusitada, e até hoje sem uma explicação clara diz respeito à banda Pink Floyd. No disco Meddle, de 1971, consta a música Fearless, uma bela balada acústica que acaba com uma gravação da apaixonada torcida do Liverpool F.C. entoando seu cântico mais célebre, o refrão da música You’ll Never Walk Alone. Não só nenhum dos integrantes da banda nunca deram uma explicação de por qual motivo inseriram aquela gravação, como a dupla de compositores da música, Roger Waters e David Gilmour são de Londres, não de Liverpool, e torcedores declarados do Arsenal.

Ainda falando dos ingleses, não podemos deixar de citar a fortíssima fama de pé frio de Mick Jagger. Tudo começou em 2010, na Copa do Munda da África. Nas oitavas de final da competição, Jagger resolveu comparecer a alguns jogos e deu algumas declarações apoiando um ou outro time. E ele sempre acabava ficando do lado perdedor. O primeiro jogo foi Estados Unidos X Gana. Jagger sentou-se junto á torcida norte americana, e os Estados Unidos perderam por 2 x 1 para a seleção de Gana. Na sequência, foi acompanhar o jogo da Inglaterra, que foi sumariamente goleada por 4 x 1 numa verdadeira blitzkrieg da Alemanha. Nas quartas de final, correu a notícia que Jagger estaria no jogo Brasil X Holanda, torcendo pela seleção canarinho junto de seu filho Lucas. A notícia caiu como uma bomba na internet entre a infalível e impiedosa indústria de memes brasileira. E nem precisamos dizer que o Brasil foi eliminado. Mas não é só isso. Antes do jogo do Brasil, Jagger deu uma entrevista e disse que acreditava muito que a Argentina seria campeã. Dias depois a Alemanha metia 4 a 0 nos hermanos, e Tevez e sua turma se despediram da competição. Chega  2014 e pouco antes da Copa do Mundo do Brasil começar, os Stones faziam um show em Lisboa e Jagger vaticina para o público que Portugal tinha Cristiano Ronaldo e venceria aquela Copa do Mundo. No primeiro jogo dos portugueses, não só eles levaram uma goleada dos alemães, como foram eliminados ainda na primeira fase. A Inglaterra também não durou muito na competição. Mas como a Copa era no Brasil, Jagger estava lá para torcer ao lado de seu filho brasileiro. E é claro que ele estava lá, segurando uma bandeira brasileira naquela tarde fatídica no Mineirão, no célebre 7 a 1 da Alemanha.

Pra finalizar, vale a pena contar a história da vinda de Bob Marley ao Brasil. Em 1980 a gravadora BMG Ariola era inaugurada e um dos diretores da gravadora teve a ideia de convidar Bob Marley para a festa de inauguração, já que ele era do cast da gravadora na Europa. O rei do reggae veio, mas não trouxe sua banda e nem veio pra cá pensando em fazer shows. Queria apenas curtir uns dias de descanso. Em sua primeira entrevista em solo brasileiro, ele já mandou: “Estou feliz por estar aqui. Rivelino, Jairzinho, Pelé… A Jamaica gosta de futebol por causa do Brasil.” Marley fez questão de se encontrar com Pelé, de quem ganhou uma camisa 10 do Santos. No Rio de Janeiro, ele conheceu o ex-jogador Paulo Cézar Caju, que jogou na seleção tricampeã de 1970. Caju tinha alguns amigos músicos que já tinham o hábito de se juntar para fazer um churrasquinho e jogar bola numa chácara de propriedade de Chico Buarque. Logo já armaram o esquema pra rolar uma pelada daquelas para Bob Marley participar. No time de Bob Marley jogaram Chico Buarque, Toquinho, Moraes Moreira, Alceu Valença e Paulo Cézar Caju. Eles ganharam por 3 a 0, um dos gols de Marley. No outro time entre alguns desconhecidos estavam o sambista Carlinhos Vergueiro e o então jovenzinho Evandro Mesquita. Por fim, Marley veio ao Brasil e não fez show, mas jogou bola, alguns dizem que muito bem. Meses depois, em 1981 ele morreria de câncer na Jamaica.

É claro que este clima de bola no mato, que o jogo é de campeonato também bate forte no time da Strip Me, que se liga que o futebol e cultura pop andam muito juntos, como ficou claro neste post. Então aproveita essa onda pra conferir nossas camisetas de música incríveis, assim como as camisetas de arte, cinema, cultura pop, comportamento e muito mais. Na nossa loja você encontra tudo isso e muito mais. Aliás, é bom ficar sempre de olho, porque sempre tem novos lançamentos pintando na grade área por lá, pra você matar seu look no peito e marcar um gol de placa no rolê.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist caprichada com músicas sobre este nobre esporte bretão, que acabou virando paixão nacional brasileira. Bola na rede top 10 tracks.

Para assistir: Vale a pena deixar o clubismo de lado para assistir esse documentário. Apesar de não dizer respeito diretamente à música ou algo assim, a época da Democracia Corinthiana foi mágica e muito ligada à movimentos libertários, incluindo a amizade entre jogadores como Casagrande e Sócrates com músicos da cena roqueira como Titãs e Rita Lee. O doc Democracia em Preto e Branco, lançado em 2014 e dirigido pelo Pedro Asbeg é muito bom, e conta essa fase do futebol brasileiro com clareza, de forma envolvente. Recomendadíssimo.

Com Sequências de 2022: Séries e filmes mais aguardados do ano!

Com Sequências de 2022: Séries e filmes mais aguardados do ano!

Existe uma grande diferença entre saudosismo e nostalgia. O saudosismo é uma saudade tão grande de um momento vivenciado, que a pessoa sente necessidade de reviver aquele momento. Sabe quando aquele seu tio de cinquenta e tantos anos fica bêbado no churrasco e resolve tentar andar no seu skate “em nome dos velhos tempos”? Então, isso é saudosismo. Já a nostalgia é um sentimento mais sereno e doce, é a lembrança do momento vivido, que quando rememorado, traz alegria, mas não a vontade de voltar no tempo para revivê-lo.  Porém, existe um mundo onde saudosismo e nostalgia se misturam, onde podemos reviver emoções, rever pessoas às quais nos apegamos e, claro, às vezes nos decepcionarmos também. É claro que estamos falando do mágico e maravilhoso mundo do entretenimento, com suas sequências e spin-offs!

2022 é, sem dúvida, um ano de retomada. A pandemia não acabou, é verdade, mas está controlada. O mundo vem, cada vez mais, voltando á sua normalidade. Produções de séries que tinham sido adiadas em 2020 e 2021 por conta do distanciamento social, voltaram com força total. O mesmo acontece na produção de filmes, já que as pessoas estão voltando a frequentar as salas de cinema. E essa turma toda sabe o quanto nós somos apegados às nossas séries e filmes favoritos. Portanto, o que melhor para instigar ainda mais o público do que proporcionar o reencontro com antigos e queridos personagens, fazer referência a histórias que já conhecemos e amamos e, dentro de todo esse contexto, nos apresentar novas aventuras. Por isso, este ano já chegou recheado de novidades sobre alguns de nossos velhos conhecidos. Selecionamos aqui 5 séries e 5 filmes que são sequências ou spin-offs lançados em 2022 pra você conferir. Então já separa aí sua camiseta de série ou de cinema favorita e vamos à lista!

House of the Dragon

Esta série, que acabou de estrear na HBO, é um presente a todos os fãs que, desde 2019, estão órfãos de uma das séries mais emblemáticas e populares da última década no mundo todo: Game of Thrones. House of the Dragon é ambientada em Westeros e os acontecimentos narrados se passam 172 anos antes do início da saga de Ned Stark, em Game of Thrones. A série já havia sido anunciada em 2019, com o envolvimento do autor, George R. R. Martin, tudo certinho. Mas a pandemia acabou atrasando a produção. Agora, House of the Dragon já está disponível. Não importa se você está no hemisfério norte ou sul do planeta, se prepare. Porque neste ano, em agosto… “Winter is coming!”

Better Call Saul

Para muita gente, Breaking Bad é a melhor série de todos os tempos. Parece exagero, mas a afirmação tem fundamento. Claro, já houveram séries mais impactantes, mais cultuadas e que viraram clássicos eternos. Mas pouquíssimas conseguiram o feito de Breaking Bad: Manter a história nos trilhos, uma tensão crescente, personagens carismáticos e uma trama com começo, meio e fim, impecável. Não teve aquele negócio de colocar uma temporada a mais pra faturar. Em compensação, um ano depois do fim da série, já foi laçada uma nova série, um spin-off de BB, protagonizada por um dos personagens mais divertidos de Breaking Bad, o advogado Saul Goodman. Better Call Saul é uma serie divertidíssima, recheada de referências a BB e com uma trama igualmente instigante. A série chega ao seu final neste ano. A última temporada já está disponível na Netflix, para os fãs se despedirem com todas as honras deste personagem tão maravilhoso.

Stranger Things

Se é nostalgia e saudosismo que você quer, então Stranger Things é a pedida ideal. A série que estreou em 2016 com um sucesso estrondoso na Netflix mistura Steven Spielberg e Stephen King num caldeirão de referências à cultura pop os anos 80. A quarta temporada da série, lançada recentemente na Netflix, já fez um baita estrago! Além de ser sucesso de público e crítica, graças a Stranger Things, Metallica e Kate Bush bombaram no Spotify, e tem muita gente por aí que não só comprou a camiseta do Hell Fire Club, como andou tirando a poeira dos livros e tabuleiros de RPG. A quarta temporada, lançada neste ano, era super aguardada e supriu todas as expectativas. Agora é esperar pela quinta temporada, que já está prometida. Será que finalmente veremos Mike, Dustin, Will, Lucas, Max e Eleven adolescentes nos anos 90 ouvindo pela primeira vez o Nevermind, tornando assim profética a camiseta da Strip Me Smells Like Teen Spirit? To be continued…

O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder

Por si só, os livros de Tolkien já são clássicos absolutos e ícones incontestes da cultura pop. Quando o diretor Peter Jackson, antes de se meter com aquela turma de Liverpool, concebeu a trilogia O Senhor dos Anéis no cinema, a saga de Frodo tomou proporções inimagináveis! E quando a gente achava que tudo já tinha sido feito, a Amazon anuncia a produção de uma série exclusiva baseada na obra de Tolkien. Com estreia anunciada para 2 de setembro de 2022, a série O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder é um prequel. A série se baseia na Segunda Era das histórias de Tolkien, que se passam na Terra Média milhares de anos antes das histórias contadas nos filmes O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Além de ser muito aguardada, a série já esta se tornando célebre por ser uma das produções mas caras da história. Ainda bem que tem muita gente mesmo disposta a pagar pra ver!

1899

Esta série está um pouquinho deslocada do tema geral desta post, mas se encaixa por ser tão aguardada e ter ligação com uma das séries mais hypadas dos últimos anos: a série alemã Dark. 1899 é escrita e produzida pela dupla Baran Bo Odar e Jantje Firese, criadores de Dark. Nesta nova série, tudo se passa num navio que zarpou da Europa ruma aos Estados Unidos, cheio de imigrantes de diversas nacionalidades, que vão buscar uma nova vida na América. Malandramente, a Netflix ainda está fazendo suspense quanto a data de lançamento da série, mas estima-se que vai acontecer entre outubro e novembro. O trailer que já está rolando é realmente instigante, e se tiver a mesma pegada de mistério e suspense de Dark, tem tudo pra ser uma série maravilhosa. Como não há muito mais informações, só nos resta aguardar. Estamos todos no mesmo barco.

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

Entrando no território do cinema, começamos com o terceiro filme da franquia “Animais Fantásticos”, um spin-off do universo de bruxarias de Harry Potter & Cia, criação da escritora J. K. Rowling. O filme estreou em abril e fez estardalhaço entre os fãs da Franquia Harry Potter/Animais Fantásticos. A história que começou a ser contada no filme Animais Fantásticos e Onde Habitam, de 2016 acontece algumas décadas antes de Harry Potter ser iniciado no mundo da bruxaria, mas já conta com alguns personagens familiares à turma que conhece Hogwarts. É diversão garantida.

Jurassic World: Dominion

Em 1993 Steven Spielberg revolucionou o cinema com o grandioso Jurassic Park. Com tecnologia de última geração na época e um roteiro cativante, o filme arrebatou uma verdadeira fortuna de bilheteria e instaurou uma dinomania mundo afora. O filme rendeu ainda mais dois filmes, de 1997 e 2001, não tão bem sucedidos e inovadores, mas acabam sendo bem divertidos. Já se distanciando da trama dos 3 Jurassic Parks iniciais, surge em 2015 Jurassic World, com uma outra pegada e novos personagens. O filme é bem legal e traz o carismático Chris Pratt como protagonista. Em 2018 sai Jurassic World: Reino Ameaçado. E finalmente agora, em junho de 2022, foi lançado Jurassic World: Dominion. Este filme foi tão aguardado porque prometia unir as histórias, trazer referências do primeiro Jurassic Park, incluindo a participação dos atores Sam Neill como Dr. Alan Grant, Laura Dern como a Dra. Ellie Sattler e Jeff Goldblum como o Dr. Ian Malcolm. Não é um filme memorável como o primeiro da franquia, mas pelas referências, os efeitos especiais e as cenas de ação, é um filme muito empolgante.

Pânico

Wes Craven e Kevin Williamson reinventaram o gênero terror em 1996, com o clássico Pânico, título original: Scream. Com pitadas de humor e uma toneladas e referências a filmes clássicos do gênero, Pânico se tornou sucesso absoluto e ganhou 3 sequências: Pânico 2, em 1997, Pânico 3, em 2000 e Pânico 4, em 2011. Quando foi anunciado mais um filme para a franquia, ano passado, o público se dividiu entre fãs empolgados com altas expectativas e fãs críticos ressabiados pelo fato de um filme não ter no roteiro e direção a dupla de criadores, Craven e Williamson. Sem ter o número 5 no título, o novo filme aparece somente como Pânico, e acaba funcionando como um reboot da franquia. Por fim das contas, o filme estreou em janeiro deste ano e fez muito sucesso! Repleto de auto referências e easter eggs, Pânico, aparentemente, eixou todo mundo de queixo caído.

Avatar 2

Avatar encantou o mundo e, não à toa, ganhou 3 Oscars, nas categorias Direção de Arte, Fotografia e  Efeitos Visuais. Lançado em 2009, o filme de James Cameron segue até hoje sendo a maior bilheteria da história do cinema, com mais de 2,8 bilhões de dólares! Então, você calcula aí como deve estar a expectativa, não só do público que quer ver um novo Avatar, mas dos produtores que investiram uma grana nesse projeto. Pois bem, tudo indica que Avatar 2 será uma sequência direta do primeiro filme, que conta com o mesmo elenco, James Cameron na direção… tudo certinho. A continuação da história de Pandora agora vai pegar o caminho dos oceanos e promete mais uma explosão de efeitos visuais. O filme está prevista para estrear no dia 15 de dezembro deste ano. Fábio Porchat pintado de azul ainda não confirmou presença.

Top Gun: Maverick

Se é nostalgia que você quer, ela vem á jato! Bom, mais ou menos, né… afinal, essa sequência demorou 34 anos pra chegar. Mas chegou com os dois pés no peito! Lançado em maio deste nos cinemas, Top Gun: Maverick é empolgante e divertido. Apresenta uma trama simples, mas bem desenvolvida em torno de Maverick, personagem de Tom Cruise, e joga na tela o que o povo gosta de ver no cinema: cenas de ação e muitas explosões! Além disso, o longa tem um sabor muito especial para quem viveu na época e assistiu o clássico Top Gun nos anos 80. É uma sequência que vem repleta de referências e funciona como homenagem ao já falecido diretor do primeiro filme, Tony Scott, e ao ator Val Kilmer, cujo personagem Iceman é fundamental no primeiro filme. Kilmer teve que ter sua voz recriada para este novo filme, já que ele vem lutando contra um câncer na garganta. Enfim, um filme divertidíssimo, daqueles que você termina de ver com a energia aqui ó, lá em cima!

E se o mundo do entretenimento, séries de TV  e filmes, se reinventam e ressurgem sempre trazendo novidades, assim também é a Strip Me, que pega todas essas referências, tantas séries, filmes, discos e recodifica, te entregando camisetas de séries surpreendentes, camisetas de filmes super descoladas, camisetas de música inspiradoras, camisetas de obras de arte provocantes, além de muitos outros temas incríveis envolvendo cultura pop e comportamento. Sem falar que, assim como o mundo do entretenimento, a Strip Me está constantemente lançando novidades, numa produção incansável! Então entra na nossa loja pra conferir e conhecer todos esses lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist esperta com referências a todas as séries e filmes citados neste post! Com Sequências de 2022 – Top 10 tracks.

Para ler: Pouca gente sabe, mas o clássico filme Jurassic Park, de 1993, foi feito baseado num livro. Pois é.  Jurassic Park, o livro, foi escrito em 1990 por Michael Crichton e traz uma narrativa um pouco mais densa e sombria do que a retratada no filme. É um livro excelente, que vale muito a pena ser lido. Ele saiu aqui no Brasil pela editora Aleph em 2015 com um tratamento gráfico bem caprichado.

Nossa Senhora Rainha do Mar

Nossa Senhora Rainha do Mar

O ano era 1962. O poeta Vinícius de Moraes e o violonista Baden Powell começavam uma parceria, que se mostraria muito prolífica no futuro. Era noite, os dois na casa de Vinícius conversavam e tomavam uísque enquanto ouviam música e buscavam inspiração para começar a compor. O Poetinha então coloca pra tocar uma fita que ganhara de um amigo baiano, com gravações feitas ao vivo de sambas de roda cantados em alguns terreiros de candomblé de Salvador. Aquelas músicas pegaram a dupla de jeito! Enquanto Vinícius de Moraes se encantava com a sonoridade das palavras de origem africana, as melodias simples e cativantes, Baden Powell ficou fascinado com os ritmos e em especial, com o som do berimbau. A dupla mergulhou na cultura afro-brasileira, de onde emergiu, em 1966, um dos discos mais importantes da música popular brasileira: Os Afro Sambas, de Vinícius de Moraes e Baden Powell.

Se hoje em dia uma figura como Iemanjá é tão presente na cultura brasileira, com certeza deve-se muito à obra de Vinícius e Baden. Foram eles que tiraram a cultura afro-brasileira dos guetos e apresentou para toda uma sociedade branca e judaico-cristã as belezas do candomblé e da umbanda, tornando Iemanjá, em especial, sua figura mais carismática e acolhedora. E não é para menos. A história de Iemanjá é riquíssima e cheia de mistérios!

Para entender a origem de Iemanjá, precisamos ter mente que ela resulta de diferentes lendas, cada uma vinda de um lugar diferente da África. Por si próprio, o candomblé é uma religião genuinamente brasileira, com matrizes africanas. Como bem sabemos, o Brasil recebeu milhões de negros escravizados, vindos da África. E eles vinham de povos e tribos muito distintas entre si. Congo, Moçambique, Guiné Bissau, Angola, Nigéria, Senegal… cada um desses países contavam com povos de culturas e crenças diferentes, mas com uma ou outra similaridade. O candomblé é o resultado do sincretismo entre essas culturas, onde predomina o Iorubá. A palavra Iorubá destina-se tanto a um grupo étnico, como também a uma religião, que é regida pelos orixás. Entre esses orixás, está Iemanjá.

Olocum é um dos mais antigos e poderosos orixás. Ele é o senhor soberano dos mais profundos oceanos. Reza a lenda que Iemanjá é sua filha. Já adulta, Iemanjá se casou e teve dez filhos, todos se tornariam orixás, ou seja, divindades. Para amamentar todos os filhos, ela acabou desenvolvendo seios muito grandes. Isso fez com que ela tivesse vergonha de si mesma, e também sofresse com chacota de outros orixás, incluindo seu marido. Cheia de raiva e vergonha, ela decide abandonar o marido e partir para outras terras. Nessa jornada, ela se apaixona por um rei muito possessivo. Porém esse rei a trai e ela, mais uma vez resolve partir. Mas o rei era muito poderoso e a perseguia por toda parte. Iemanjá então usou uma poção mágica dada por seu pai para escapar do rei. Tal poção a transformou num rio que desaguava no mar. Assim, Iemanjá se tornou a rainha dos mares e dos navegantes.

Existe ainda uma outra lenda interessante relacionada a origem de Iemanjá. A lenda conta que o primeiro filho de Iemanjá, Orungã, teria nutrido uma paixão incontrolável pela mãe. Certa feita, Orungã se aproveitou da ausência do pai para tentar violentar sua mãe. Iemanjá conseguiu escapar, mas, ao correr, acabou tropeçando e caindo e batendo a cabeça. Tal queda acabou por matá-la. Seu corpo então começou a inchar, e de seus seios e ventre, começaram a jorrar água, seu corpo se tornando um rico manancial de vida, que deu origem a um rio que desaguava no mar. Desse jorro de vida se originaram todos os outros orixás, como Xangô, o deus do trovão, Ogum, deus do ferro e das guerras, Oiá, deusa do rio Níger, Oxóssi, o deus dos caçadores e Omolu, o deus das doenças.  Essa versão da origem de Iemanjá, além de coloca-la como geradora de todos os orixás, alçando-a a importância e poder comparado somente a Oxalá, o orixá supremo, traz uma semelhança curiosa com a lenda do rei grego Édipo, que também se apaixonou por sua mãe, que também acaba morta.

Ainda há de ser dito que os sincretismos religiosos no Brasil uniram as religiões de matriz africana com o cristianismo. Surge assim a Umbanda. Neste caso os orixás também são reconhecidos como santos. No caso, Oxalá, o orixá supremo, é representado pela santíssima trindade: Pai, Filho e Espirito Santo e Iemanjá é reconhecida como Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e a própria Virgem Maria.

Seja qual for a origem de Iemanjá, o fato é que ela é um dos orixás mais poderosos e amados do candomblé. Festas e ritos em sua homenagem são realizados em várias cidades do Brasil em datas diferentes. Os mais famosos são as oferendas de Ano-Novo no Rio de Janeiro, onde, no dia 31 de dezembro, os devotos, ou filhos e filhas, de Iemanjá lançam ao mar suas homenagens. O mesmo acontece em Salvador todo dia 2 de fevereiro. A festa de Iemanjá de Salvador é a maior e mais famosa das celebrações à orixá. Neste dia, peixes, arroz, mel, rosas e palmas-brancas são colocados em pequenas canoas de madeira e soltas no mar. É comum que algumas dessas canoinhas sejam levadas pela correnteza de volta para a praia. Nestes casos, julga-se que Iemanjá não aceitou a oferenda.

Iemanjá é a personificação perfeita da cultura e espiritualidade brasileira. A imagem de uma mulher negra linda, purificada pelas águas dos rios e mares. A riqueza de sua personalidade, a multiplicidade de lendas envolvendo sua origem, sua representatividade na arte, música e religião do Brasil também encantam a todos nós da Strip Me. Por isso, entre tantas estampas incríveis e cheias de brasilidades, claro que Iemanjá ganhou seu espaço de destaque. Além disso, você ainda encontra camisetas de arte, de cinema, de música, de cultua pop e muito mais. Confere lá na nossa loja, onde, além de tudo, tem sempre lançamentos novos pipocando.

Vai fundo!

Para ouvir: o invés de uma playlist com um top 10, a recomendação é ouvir o clássico disco de Vinícius de Moraes e Baden Powell Os Afro Sambas, lançado em 1966. Um disco lindíssimo e muito inspirado. Além de sua beleza, é um disco fundamental por ter incorporado de forma intensa instrumentos de percussão  tipicamente africanos como o atabaque, congas e berimbau, que até então não eram utilizados na música popular brasileira. Além disso, foi o disco que apresentou o candomblé como fonte essencial da cultura numa época em que o Brasil vivia uma ditadura militar e imperava o pensamento conservador e exclusivamente cristão. É um disco fundamental. Ouça aqui.

BAUHAUS

BAUHAUS

Existem alguns termos que nos soam muito contemporâneos. Funcionalidade, menos é mais, acessibilidade, dentre outras, são expressões muito atuais. Acontece que 100 anos atrás elas já eram largamente usadas. Não só usadas, mas aplicadas de fato. Por 14 anos essas palavrinhas, cheias de conceitos nortearam uma escola como nunca existiu antes. Uma escola agregadora, moderna e, claramente, muito a frente do seu tempo. Portanto, em prol da funcionalidade deste texto e tendo sempre em mente que menos é mais, vamos direto ao ponto.

Em alemão, haus significa casa e bauen significa construir. A união das duas palavras numa só, Bauhaus, significa obviamente casa da construção. Parece um slogan ruim para uma loja de materiais de construção, é verdade. Mas Bauhaus foi o nome dado a uma escola concebida por um arquiteto de muito talento chamado Walter Gropius. A ideia de Gropius era implementar uma escola que transformaria uma só pessoa em artista, construtor e artesão, ensinando desenho, design, arquitetura, tecelagem, metalurgia e marcenaria. Sob esta concepção, se democratiza o conhecimento e incentiva a criação de novas e acessíveis soluções para a vida urbana. O problema é que, não só Gropius concebia uma escola com conceitos de vanguarda, muito avançados para a realidade de seu tempo, como também o fazia numa época complicada da história ocidental, em especial onde ele vivia: a Alemanha.

Em junho de 1914 o arquiduque Francisco Ferdinando (ou Franz Ferdinand para os mais chegados), que era herdeiro do trono do reino da Áustria, foi assassinado. Tal crime acabou sendo oficialmente o pontapé inicial da Primeira Guerra Mundial. A guerra durou até 1918. Um dos oficiais alemães que participou do conflito foi justamente Walter Gropius. A guerra causou nele forte impacto. Ele começou a sonhar com o momento em que a humanidade domesticaria as máquinas em benefício do homem, e não para a sua morte. Com o fim da guerra, Gropius tinha claro em sua mente que precisava fazer parte de algo totalmente novo, que pudesse mudar as condições em que ele vivera antes e durante a guerra. Justamente nesta época, em 1919, ele foi convidado a assumir a direção da Escola de Artes Aplicadas de Weimar. Era a chance que ele precisava.

Weimar é uma cidade pequena no centro da Alemanha. No início do século XX, era muito provinciana, porém já era conhecida por conta de um de seus ilustres moradores: Goethe, o famoso poeta do século XVIII. Logo que Gropius assumiu a Escola de Artes Aplicadas, uma espécie de universidade pública especializada em engenharia, arquitetura e artes, logo tratou de rebatizá-la de Bauhaus, a casa da construção, incluir novos cursos e construir grandes oficinas com maquinário pesado. Seu projeto era ambicioso, mas teve apoio do governo, porque uma das promessas é que a escola criaria projetos e construiria casas planejadas, com custo muito baixo. Era o tipo de coisa que a Alemanha precisava com urgência depois de ser arrasada pelo Tratado de Versalhes no fim da guerra.

E assim foi. Bauhaus começou a todo vapor. Os alunos que se matriculavam, logo de início já tinham aulas básicas de desenho e, em seguida, de materiais e formas. Tudo era racional e muito objetivo. Os alunos não aprendiam logo no início do curso história da arte, por exemplo. Gropuis julgava que tudo deveria ser criado por princípios racionais e intuitivos e não por padrões herdados. Os alunos só iriam estudar diferentes movimentos artísticos no quarto ano de estudo, quando suas criações já estariam em desenvolvimento com personalidade própria. Depois das aulas de desenho básico, os alunos partiam para as oficinas, para colocar em prática as noções de proporções, dimensão e formas. Começavam desenvolvendo pequenos utensílios como canecas e luminárias. Tudo que poderia ser imediatamente produzido em larga escala. Assim, já ganhavam as noções de design. Pois tudo era feito sob a supervisão de um artista plástico e um artesão. A combinação da estética do artista com o conhecimento do artesão fazia com que os produtos criados fossem diferentes, bonitos, modernos, mas sempre funcionais. Já num nível mais avançado a promessa de se produzir casas foi cumprido. Várias casas em Weimar foram construídas com uma arquitetura moderna, limpa e harmônica. As casas eram erguidas com placas pré-fabricadas, armações de ferro e vidro. Tudo otimizando o tempo de construção e barateando os custos. As casas, bem mais baratas que as de alvenaria tradicional, vendiam muito bem, apesar da altíssima inflação e crise econômica que invadia a Alemanha, fazendo com que grupos políticos extremistas ganhassem as ruas. O ano era 1924 e o partido nazista, fundado em 1920, crescia a olhos vistos.

Nessa época Bauhaus já contava com um corpo docente invejável e produzia o que havia de mais moderno em móveis e utensílios domésticos e sua arquitetura se desenvolvia e forma brilhante. Além de Gropius, lecionavam, e davam workshops e mentorias na Bauhaus o pintor alemão Lyonel Feininger, o escultor Gerhard Marcks, o pintor, escultor e designer alemão Oskar Schlemmer, que dirigiu a oficina de teatro, os pintores suíços Johannes Itten e Paul Klee, e o pintor russo Wassily Kandinsky, além do holandês Theo van Doesburg, arquiteto, artista plástico e um dos fundadores do movimento De Stijl, que exaltava o movimento modernista, criava novos paradigmas para a arte abstrata e posteriormente daria nome ao melhor disco da banda White Stripes. Apesar de exercer influência direta na arquitetura e no design, Bauhaus também foi muito importante para a arte na Alemanha, pois reunia artistas, ministrava simpósios e debates, rolavam exposições e a criação sem limites era incentivada. Era um momento de efervescência na Alemanha culturalmente. Em paralelo com a vanguarda de Bauhaus, se desenvolvia o expressionismo no cinema alemão, que praticamente inventou os filmes de terror através de clássicos como O Gabinete do Dr. Caligari, de 1920 e Nosferatu, de 1922. Toda essa aura de arte e vanguarda da Bauhaus começou a incomodar os provincianos e conservadores moradores da pequena Weimar. Em 1924 o partido nazista, que começou no sul da Alemanha, em Munique, já espalhava seus ideais conservadores por toda a Alemanha. Em 1925 tornou-se inevitável que a Bauhaus fosse transferida para uma cidade maior. Gropius então projetou um belíssimo prédio para abrigar todas as oficinas, laboratórios, salas de aula, além de contar com um auditório, refeitório e etc, na cidade de Dessau, ao norte da Alemanha.

A Bauhaus se muda então para Dessau em 1925. Mas começa a sofrer cada vez mais perseguições. O fato de Kandinsky ser russo e da grande maioria dos artistas vinculados a escola serem entusiastas do comunismo não ajudava em nada. O contexto geral também era preocupante. Em 1929 a Alemanha tinha 40% de sua população sem emprego e a inflação atingia a estratosfera. O partido nazista, já muito popular, começou a apontar o dedo para supostos culpados, os dois principais alvos eram comunistas e judeus. A maioria dos nomes mais importantes da escola, pouco a pouco, foi abandonando seus postos e fugindo do país. Em 1932, numa tentativa de se realinhar e continuar em atividade, a Bauhaus mais uma vez mudou de cidade, se instalando na capital Berlim. Mas já era tarde demais. Em 1933 Hitler assume o poder na Alemanha. Bauhaus é fechada e Walter Gropius se muda para os Estados Unidos antes que acabasse preso.

A Bauhaus como espaço físico acabou em 1933. Mas continua vivíssima como escola e movimento artístico. Bauhaus é um dos pilares mais consistentes do design no mundo, uma corrente ativa na arquitetura e uma referência inequívoca para as artes. Para ter uma dimensão, basta olhar para Brasília. Os arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer foram diretamente influenciados pela arquitetura desenvolvida na Bauhaus e conceberam a capital do Brasil com prédios super modernos, esteticamente lindos e totalmente funcionais em suas linhas retas e espaços amplos. Enquanto isso, Walter Gropius deu sequência ao seu legado pessoal como arquiteto lecionando em Harvard e erguendo edifícios monumentais, principalmente em Chicago, New York, Pittsburg e Boston, onde morreu.

É tanta informação e tamanha a importância da escola, que acabamos nem mencionando que, além de tudo, Bauhaus também acabou se tornando o nome de uma banda de pós punk da Inglaterra. Claro que a banda foi batizada cm este nome em homenagem à escola alemã. Nada mais justo. A Strip Me, que sempre teve em alta conta camisetas de design, camisetas de arte e camisetas minimalistas, também não poderia deixar de homenagear a escola de Bauhaus, seja publicando este texto, como também lançando estampas super especiais inspiradas neste revolucionário movimento artístico alemão. E assim como a Bauhaus, a Strip Me sempre continua indo além, então você também encontra camisetas de música, cinema, cultura pop, comportamento e muito mais! Confere lá na nossa loja e fica esperto pra estar sempre por dentro dos novos lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: Claro! Uma playlist selecionando as melhores canções desta que é uma banda excelente e tem uma personalidade e sonoridade tão marcantes quanto o movimento artístico que lhes dá o nome. Top 10 tracks Bauhaus!

Para assistir: Vale a pena assistir o documentário feito para a TV britânica Bauhaus: A Face do Século XX, dirigido por Julia Cave e escrito por Frank Whitford, veiculado na TV em 1994. É um documentário curto, mas muito bem montado, com depoimentos e muitas imagens. Vale a pena conferir. Tem completo e legendado no Youtube. Link aqui.

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