Rainha Caipirinha & Outros Drinks Brasileiros

Rainha Caipirinha & Outros Drinks Brasileiros

Nessa semana começa o mês de dezembro e entraremos oficialmente no período mais animado do ano! Por toda a parte, praticamente todo dia tem uma festa acontecendo. Por conta das férias de fim de ano, amigos que moram em cidades diferentes se encontram, tem confraternização da empresa e, é claro, as festividades de natal e ano novo. Mas fora isso tudo, é época de muito calor, onde vai muito bem um botequinho ao cair da tarde e um churrasquinho com piscina. E em todas essas ocasiões a brasileiríssima caipirinha se faz presente. Por isso a Strip Me fez questão de homenagear essa instituição brasileira da alegria etílica com a camiseta Caipirinha! Uma camiseta super estilosa que combina com todos os rolês, desde o jogo da seleção no boteco até a reunião em família no fim do ano.

Verdade seja dita, nem só de cervejinha vive o brasileiro. Assim como a cerveja, a caipirinha é um drink versátil e saboroso. Vai bem no boteco com os amigos, no churrasquinho de domingo, acompanhando uma feijoada e muito mais. Além disso, é um drink 100% brasileiro conhecido no mundo inteiro. Mas ela não é a única. Criar drinks é uma arte que o brasileiro domina com maestria, incluindo a elaboração de nomes muito inusitados. É o caso, por exemplo, do Xixi de Anjo, drink feito com cachaça, leite condensado, limão e laranja. Tem também o famoso Suco Gummy, feito com vodka, refrigerante de limão e suco em pó, uma bebida doce até o talo e muito popular entre os jovens. Nessa mesma onda, tem também o Chevette, drink que mistura Corote de limão, água de coco e suco em pó sabor baunilha com limão. Tamanha é a diversidade de drinks brasileiros, que resolvemos fazer uma boa triagem e trazer um top 5, os melhores e mais conhecidos drinks genuinamente brasileiros. Então já prepara a coqueteleira aí!

Rabo de Galo

Esse drink tradicionalíssimo brasileiro tem uma historia curiosa, pois foi inventado quase que como uma ação de marketing. O vermute sempre foi uma bebida muito consumida na Itália. Com a imigração massiva de italianos no começo do século XX para o Brasil, a marca Cinzano lançou no mercado o seu vermute, uma bebida feito à base de vinho, açúcar, ervas e especiarias. Até os anos 1940 a marca vendeu muito bem. Mas a partir de então, as vendas começaram a cair. Após fazer uma pesquisa de mercado, a Cinzano constatou que os italianos que consumiam o vermute, haviam tomado gosto pela nossa cachaça, deixando o vermute meio de lado. Para estimular as vendas, os representantes da marca passaram a espalhar pelos bares da cidade de São Paulo a receita de uma novo drink, que misturava vermute, cachaça e um pouquinho de limão. Sem ideias para batizar a bebida, chamavam de cocktail, palavra que, em inglês designa qualquer tipo de drink que misture duas ou mais bebidas. Pra facilitar, alguns donos de bares preferiram traduzir o nome para o português. Assim nasceu o nosso popular Rabo de Galo. A receita clássica é:
1 dose de vermute
1 dose de cachaça
Algumas gotinhas de limão taiti
O gelo é opcional.

Hi-Fi

No final dos anos 1950 o rock n’ roll dominou o mundo. Aqui o Brasil não foi diferente. Influenciados por Bill Halley e Elvis Presley, começaram a pintar alguns jovens músicos brasileiros empunhando guitarras elétricas. Os mais notórios foram os irmãos Tony e Celly Campello, responsáveis pelo clássico Estúpido Cupido. A dupla apresentava um programa na televisão chamado Crush em Hi-Fi, onde apresentavam novos artistas, sempre voltados para o rock n’ roll. O nome misturava a marca do principal patrocinador do programa, o refrigerante Crush, com o termo utilizado na época para definir gravações de alta qualidade: Hi-Fi, uma abreviação de High Definition. Os jovens que curtiam o programa e consumiam o Crush, que era um refrigerante sabor laranja, passaram a turbinar o refri misturando com vodka, para animar suas festinhas, e passaram a chamar a bebida de Hi-Fi, por causa do programa. O drink virou febre entre os jovens nos anos 1960, se igualando ao Cuba Libre (drink que mistura Coca-Cola e rum) em popularidade. A receita é simples, refrescante e deliciosa:
1/2 dose de vodka
2 doses de refrigerante de laranja
Gelo

Bombeirinho

Outro drink muito popular entre os bares do país. É um drink mais novo, se comparado com o Rabo de Galo e o Hi-Fi. Foi criado nos anos 1980. Na época o Brasil vivia uma crise econômica terrível. Para economizar, os donos de bares deixaram de servir drinks que precisavam de frutas ou qualquer outro ingrediente fresco. Assim, caipirinhas de diferentes sabores e batidas de vinho com frutas foram substituídas por drinks à base de produtos industrializados como leite condensado e groselha. Assim surgiu o Bombeirinho, uma simples mistura de cachaça e groselha. O nome do drink deve-se à sua cor vermelha e também ao fato de que a doçura da groselha faz com que a cachaça, mesmo sendo de qualidade duvidosa, não desça queimando na garganta. Existem várias versões de Bombeirinho botecos afora pelo Brasil, com variações de ingredientes como xarope de romã, suco de laranja, cachaça envelhecida e até leite condensado. Mas a receita clássica e definitiva é:
30 ml de cachaça
10 ml de suco de limão tahiti
10 ml de groselha
Gelo

Capeta

Este drink que virou hit nacional, surgiu em Porto Seguro, Bahia, em 1984. O jovem chamado Antônio Carlos tinha uma barraca de bebidas na praia e queria criar um drink que deixasse as pessoas animadas a noite toda, principalmente durante o carnaval, numa época em que ainda não existiam os energéticos. Sabendo de suas propriedades estimulantes, resolveu criar um drink com pó de guaraná. Como o pó de guaraná é amargo, ele acrescentou mel, vodka e gelo. Pronto! Começou a vender, e vender bem! Quem bebia dizia que ficava com o capeta no corpo. E a bebida ganhou o nome de Capeta.  Mas acontece que era um drink realmente forte, e acabava sendo consumido mais pelos homens. Para agradar o público feminino, Antônio Carlos acrescentou leite condensado, que além de doçura, trouxe cremosidade à bebida. Aí sim, o sucesso foi geral e absoluto! Hoje em dia, o Capeta tem algumas variações, mas a receita mais comum e saborosa é a seguinte:
1 colher de chá de Guaraná em pó
1 pitada de Canela em pó
1 dose de vodka
2 colheres de sopa de Leite condensado
1 colher de sopa de Mel
2 colheres de sopa de Achocolatado em pó
3 ou 4 cubos de Gelo
Bata tudo na coqueteleira ou no liquidificador.

Caipirinha

Claro que não podia faltar a rainha das bebidas brasileiras nessa lista! A origem da caipirinha é desconhecida. Claro, existem várias versões, mas todas sem nenhuma comprovação sólida. A teoria mais antiga é do início do século XIX, quando a família real portuguesa veio para o Brasil. Diz-se que a rainha Carlota Joaquina, além de apreciar cigarrinhos de diamba, também era muito chegada a uma cachacinha, e a consumia misturando com frutas. Uma dessas misturas foi com limão e açúcar. Outra teoria diz que na região de Piracicaba, São Paulo, os ricos fazendeiros de açúcar criaram o drink para valorizar a cachaça produzida em seus alambiques, na segunda metade do século XIX. Tal medida foi tomada porque, com a vinda da família real para o Brasil, os portos foram abertos para o comércio internacional, e a cachaça começou a perder espaço para vinhos, uísques e conhaques importados. Há também a teoria de que, já no início do século XX, os artistas modernistas, em busca de suas raízes brasileiras, tomavam cachaça com limão. Uma das maiores entusiastas da bebida era a Tarsila do Amaral, que também adorava se vestir com roupas simples como as que usava quando jovem no interior de São Paulo. Assim, ela era chamada pelos amigos de caipirinha, e o apelido acabou sendo transferido para a bebida favorita da pintora. Porém, a teoria mais aceita, inclusive por alguns historiadores, é que um médico do interior de São Paulo, diante da escassez de remédios para tratar os inúmeros doentes durante o surto da gripe espanhola, começou a receitar uma mistura de cachaça, alho, mel e limão, para combater a gripe. Depois de curados os doentes continuaram a consumir o remédio, só que tirando o alho. A bebida chegou até a cidade de São Paulo e, como tinha sido criada no interior, ganhou o nome de caipirinha. Mas seja qual for a verdadeira origem, a caipirinha é uma unanimidade nacional e a receita infalível de caipirinha é:
60 ml de cachaça
1 limão
2 colheres de chá de açúcar
O limão é cortado em rodelas. Reserva duas, as outras coloque no copo com o açúcar e esmague levemente. Se esmagar com força, a casca do limão solta um amargor desagradável. Depois é só encher o copo com gelo, acrescentar as duas rodelas inteiras de limão, completar com a cachaça, mexer levemente e correr pro abraço!

Com esses drinks maravilhosos a festa está garantida! Pra completar, só falta você caprichar no visual com as camisetas Strip Me. Além da camiseta Caipirinha, você encontra muitas outras ligadas a bebidinhas deliciosas, e também camisetas de música, arte, cinema e cultura pop! Se liga na nossa loja pra conferir os lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist vertiginosamente etílica pra você beber, cair e levantar no maior astral! Cachaça Top 10 tracks!

Para assistir: Tem no Youtube um documentário bem legal sobre cachaça chamado Devotos da Cachaça, lançado em 2010 e escrito e dirigido por Dirley Fernandes. É um doc bem completo, com muita informação interessante e dados históricos da mais brasileira das bebidas alcoólicas. Vale a pena o play.

Give Peace a Chance

Give Peace a Chance

A música é algo atemporal, isso não é novidade para ninguém. Uma sinfonia de Beethoven pode soar tão atual quanto uma canção do Daft Punk. Tudo depende apenas da sensibilidade e das preferências pessoais de cada um. Mas existe um fator extra que pode fazer uma canção se tornar, não só atemporal, mas também essencial. É quando ela traz consigo uma mensagem, um significado relevante e comum a todos os povos. É por isso que a Strip Me elaborou duas estampas inspiradas numa das campanhas mais emblemáticas da cultura pop do século XX: Give Peace a Chance e War is Over. A primeira faz menção à irresistível canção de John Lennon e a segunda evoca os cartazes e outdoors criados pelo casal Lennon e Ono espalhados por várias cidades do mundo pedindo o fim da guerra do Vietnã.

John Lennon certamente é o mais controverso e plural dos 4 Beatles, além de ser uma das personalidades mais importantes do século XX. Inquieto, logo no início da banda, Lennon já demonstrava ser contestador, se opondo aos limites que o empresário Brian Epstein impunha. Em 1965, indo contra as recomendações de Epstein, John falou publicamente sobre maconha, se posicionou contra a guerra do Vietnã e protagonizou a famosa polêmica sobre os Beatles serem maiores que Jesus Cristo. Depois, entre 1967 e 1968, foi ele quem interpelou o guru Maharishi Mahesh Yogi, questionando seus supostos abusos contra algumas garotas em seu retiro espiritual. Por fim, chega 1969, quando John se casa com Yoko Ono e o casal resolve aproveitar a mídia que naturalmente atraía para promover uma campanha pela paz e pelo fim da guerra do Vietnã, que se tornava cada vez mais sangrenta.

John e Yoko se casaram no dia 20 de março de 1969 em Gibraltar, território ao sul da Espanha que pertence ao Reino Unido. Foram passar a lua de mel em Amsterdã. Percebendo que por onde passavam atraíam muitos fotógrafos e repórteres, o casal teve a ideia de convidar a imprensa para entrar em seu quarto de hotel. Em novembro de 1968 John e Yoko haviam lançado o disco Two Virgins, uma colagem de ruídos pretensamente avant-garde. Acontece que nesse disco, John e Yoko aparecem nus na capa e contra-capa. Com isso em mente, quando a imprensa foi convidada a entrar no quarto do casal,  os jornalistas esperavam algo tão provocador quanto a capa do Two Virgins. Mas o que encontraram foram John e Yoko de pijamas brancos, recostados na cama e rodeados por cartazes pedindo paz e o fim da guerra. Começava assim os famosos bed-ins de John e Yoko pela paz.

Os bed-ins nada mais eram do que uma coletiva de imprensa dentro de um quarto de hotel, onde John e Yoko, de pijamas, sentados numa cama falavamo com repórteres e autoridades sobre a paz e o fim da guerra. Os primeiros bed-ins aconteceram entre os dias 25 e 31 de março de 1969 em Amsterdã, e depois entre os dias 26 de maio e 1 de junho do mesmo ano em Montreal, no Canadá. E foi justamente no último dia em Montreal que John arranjou um gravador portátil e reuniu alguns amigos, entre eles o entusiasta do LSD Timothy Leary, a cantora Petula Clark, o comediante Tommy Smothers, o ativista negro Dick Gregory, para gravar uma canção recém escrita por ele e Yoko. A emblemática Give Peace a Chance.

Give Peace a Chance é uma música brilhante por vários motivos. Tem uma melodia simples e cativante, um refrão que, além de fácil de cantar, tem uma mensagem imponente e funciona muito melhor quando cantado em uníssono por várias pessoas. Por isso mesmo, John quis reunir um número grande de pessoas para a gravação, que conta apenas com um violão e um ou outro instrumento de percussão na parte instrumental. É uma canção tipicamente folk, quase dylanesca.  Fora o refrão, John entrega nos versos uma letra questionadora, onde diz que tem se falado sobre tudo no mundo, sobre revolução, inflação, regulação, meditação, sobre John e Yoko, Timothy Leary, Bob Dylan, Allen Ginsberg… enfim, tudo, menos sobre paz! Para assim, entrar no refrão: “tudo que estamos dizendo é para dar uma chance á paz”. Give Peace a Chance foi lançada no início do segundo semestre de 1969 e atingiu logo as primeiras posições da Billboard, tornando-se um hino para todos os ativistas pelo fim da guerra.

John e Yoko, satisfeitos com a repercussão dos bed-ins resolvem dar sequência à sua luta pela paz. Com o fim do ano de 1969 se aproximando, eles iniciam a campanha War is Over. Escolhem 11 grandes cidades ao redor do mundo para nelas espalharem outdoors e cartazes em branco, somente com os dizeres War is Over If You Want It. Happy Christmas from John & Yoko. Londres, Paris, Roma, Amsterdã, Atenas, Berlim (naquela época Berlim Ocidental), Los Angeles, New York, Toronto, Montreal e Tóquio receberam cartazes do tipo lambe-lambe, além de grandes outdoors brancos com a frase War is Over. A campanha foi lançada oficialmente no dia 15 de dezembro em Londres com um show da Plastic Ono Band, banda de John e Yoko que teve várias formações. Para este show especificamente, a banda era formada por Keith Moon, Billy Preston, Eric Clapton e George Harrison. Inclusive, este show acabou sendo a primeira vez que John e George subiam num palco juntos desde 1966, e também foi a última vez que a dupla se apresentou em público. A campanha ainda rendeu a música Happy Xmas (War is Over), lançada como single por John Lennon em 1 de dezembro de 1971. A música ganhou o mundo, subindo até o topo das paradas de sucesso em vários países e sendo regravada por muitos artistas ao longo dos anos, se tornando um verdadeiro hino de natal. Aliás, aqui no Brasil foi um dos primeiros memes da internet, antes do termo meme existir, através da versão em português da cantora Simone.

Em abril de 1975 a guerra do Vietnã chegava ao fim. Os Estados Unidos deixaram o país asiático às pressas, sua embaixada em Saigon foi evacuada num um desenfreado desespero, em cenas que ganharam o mundo. Em dezembro de 1980 John Lennon foi assassinato em frente ao prédio onde morava em New York. Mais de 50 anos depois de lançadas, as músicas de John Lennon seguem sendo relevantes. Independente de qual seja a guerra em curso mundo afora, Give Peace a Chance ainda é um hino pela paz e Happy Xmas um belo e questionador hino de Natal. Os bed-ins e a campanha War is Over ainda hoje são relembradas e cultuadas como marcos da contra cultura, da luta por direitos humanos e da cultura pop de maneira geral.

O conjunto da obra fala por si própria. Ou seja, somam-se os fatos de John Lennon ser um dos Beatles, de serem Give Peace a Chance e Happy Xmas grandes canções, de toda a campanha pela paz ter um verniz de arte conceitual muito bacana graças a Yoko Ono e a mensagem transmitida ser tão atemporal e indispensável. Tudo isso faz com que a Strip Me se inspire para lançar camisetas de música, arte, cinema, cultura pop e muito mais, sempre ligadas a princípios humanos, libertários e de preservação à vida e ao meio ambiente. Confira essas e outras estampas na nossa loja e fique esperto por lá para acompanhar as novidades da seção de lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: As músicas de protesto mais marcantes de John Lennon em sua carreira solo! Power to the People Top 10 Tracks.

Para assistir: John e Yoko fizeram alguns registros em vídeo durante os bed ins em Montreal que resultaram num mini documentário chamado Bed Peace. Tem completinho no Youtube, mas sem legenda em português. Porém, vale a pena ver pelo registro da época e conferir o clima que rolava durante essas entrevistas.

Gal Costa: Um adeus à diva tropicalista.

Gal Costa: Um adeus à diva tropicalista.

De junho em diante, quando estava no sexto mês de gravidez, Mariah Costa Penna passou a fazer sessões regulares de audição de música clássica, ficando sozinha, concentrada apenas nas melodias, desejando que a criança que estava em seu ventre viesse ao mundo e tivesse uma conexão forte com o mundo musical, que ela própria, Mariah, adorava. E não é que funcionou? No dia 26 de setembro de 1945 nasceu Maria da Graça Costa Penna Burgos. A mulher que seria no futuro conhecida como Gal Costa, uma das maiores vozes da música brasileira.

Gal Costa – Foto de Eduardo Nicolau (2005)

Gal Costa faleceu aos 77 anos de idade na manhã desta quarta feira, dia 9 de novembro. Gal estava a algumas semanas afastada dos palcos para tratar de um nódulo no nariz. A causa da morte ainda não foi confirmada pela assessoria da cantora. Uma perda irreparável para a música brasileira, num momento em que a cultura vive um efervescente resgate dos revolucionários anos 60 e 70 o país, com enfoque na bossa nova e na tropicália. Tanto é que Gal Costa vinha fazendo shows e parcerias com artistas jovens como Tim Bernardes e Criolo.

Gal nasceu  e foi criada em Salvador. Espevitada e comunicativa, logo se interessou pelas artes e pela música. Adolescente, ficou amiga de Sandra e Andréa, duas irmãs que namoravam jovens e promissores músicos baianos. Sandra namorava Gilberto Gil e Andrea namorava Caetano Veloso. Foi assim que Gal rapidamente se tornou tão próxima de Gil, Caetano e Maria Bethânia. Ainda jovem, ela vivia literalmente rodeada pela música. Quando não estava entre seus amigos, ela trabalhava como vendedora numa das maiores lojas de discos de Salvador. A vida a empurrava para a música por todos os lados.

Gal Costa e Gilberto Gil – Foto de Fábio Tito (2017)

Foi 1963 o ano em que Gal conheceu Caetano e Gil. Nessa época, ela já tinha sido impactada pela monumental canção Chega de Saudade, interpretada por João Gilberto. A bossa nova já lhe era uma grande influência. Com Gil e Caetano, seus horizontes se ampliaram para outros estilos. Nas rodas de violão com os amigos, ela começou a soltar a voz. E que voz! Afinada, potente e doce. Gal estreou profissionalmente cantando na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador, em 1964. O espetáculo se chamava Nós, Por Exemplo. Contava com Caetano, Gil, Tom Zé, Maria Bethânia e outros músicos, e fora idealizado por Caetano como um show em conjunto para celebrar a nova geração de músicos, que queriam renovar a música brasileira. Gal, que na época ainda se apresentava como Maria da Graça, cantou a composição de Caetano Sol Negro, e arrebentou, sendo considerado um dos pontos altos do show.

No ano seguinte, 1965, Gal se muda para o Rio de Janeiro, tal qual fez Maria Bethânia. E foi com Bethânia que Gal entra em estúdio pela primeira vez, para gravar em dueto justamente a canção Sol Negro, no disco de estreia de Bethânia. Em 1967 Caetano e Gal se juntam para gravar um disco, o disco de estreia de ambos: Domingo. Disco inspiradíssimo com canções como Coração Vagabundo, Avarandado e Quem me Dera. Um ano depois a tropicália era oficialmente deflagrada com o antológico disco Tropicália ou Panis et Circencis, que reuniu Mutantes, Gil, Caetano, Tom Zé, Gal Costa e outros sob a batuta de Rogério Duprat. Disco este que muitos consideram o Sgt. Pepper’s… tupiniquim. Seu primeiro disco solo saiu em 1969, um disco brilhante, com músicas de Caetano, Gilberto Gil e Jorge Benjor. Ainda no mesmo ano lançou mais um disco, simplesmente intitulado Gal, e que tem uma pegada mais rock n’ roll, onde, além da capa psicodélica, tem a canção Meu Nome é Gal, composta por Roberto e Erasmo Carlos, eliminando qualquer rusga e mostrando a união da tropicália com a jovem guarda.

Doces Bárbaros – Foto do Arquivo Estadão (1978)

Daí em diante a carreira de Gal Costa cresceu vertiginosamente. Intérprete versátil, ela passou a estabelecer um repertório marcante, que ia do rock ao baião, do samba ao jazz, tudo com uma marca muito particular: sua voz. Em 1976 Maria Bethânia idealizou um espetáculo que se tornaria um marco da contra cultura brasileira. Os Doces Bárbaros era um conjunto formado pelos inseparáveis Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa. O show do grupo rendeu um filme e um disco, lançados no mesmo ano. Como era de esperar, a censura caiu matando em cima dos concertos do conjunto, que acabou tendo vida curta. No fim da década de 70 Gal deu uma virada na sua carreira. Em 1978 lançou o disco Água Viva, que se tornou rapidamente disco de ouro, um dos mais vendidos da carreira da cantora até hoje. A turnê de divulgação deste disco ficou conhecida como Gal Tropical. Nesses shows, Gal deixa de lado sua estética hippie, para ganhar uma aura mais sensual e mainstream. A turnê foi tão bem sucedida que acabou virando disco, também chamado Gal Tropical.

Os anos 80 começam com um dos duetos mais aguardados e formidáveis da música brasileira. Num especial para a televisão Gal Costa e Elis Regina se juntam numa apresentação avassaladora, uma aula de musicalidade e talento. Em 1985 mais um dueto de peso marca a carreira de Gal. Para o seu disco Bem Bom, Gal canta junto com Tim Maia o clássico Um dia de Domingo. A década acaba com Gal se aproximando das novas gerações ao gravar músicas de Lulu Santos e a grandiosa Brasil, composição de Cazuza, mas que Gal imortalizou com sua voz. Na década de 90 Gal continuou lançando discos de alto nível. Em 1994 os Doces Bárbaros se reúnem para alguns shows e para serem homenageados pela escola de samba carioca Mangueira. Em 1997 lança seu disco acústico pela MTV, renovando mais uma vez seu público com um disco recheado de hits memoráveis. Atenta às novidades, Gal avançou pelo novo século de olho em novos artistas. Gravou e fez parcerias com muitos artistas, entre eles, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Marisa Monte, Céu, Moreno Veloso, Malu Magalhães, Nando Reis e Tim Bernardes.

Gal Costa se apresentando no lendário Carnegie Hall – Foto de Scott Gries (2003)

Aos 77anos de idade, Gal completava 57 anos de carreira e estava exuberante. Sua apresentação no Primavera Sound São Paulo era um dos shows mais aguardados do festival, mas acabou sendo cancelado em cima da hora por conta de uma cirurgia que a cantora precisou fazer, para retirar um nódulo da narina direita. Entretanto, ela se recuperava bem da cirurgia. Ainda não se sabe a causa da morte.

De qualquer forma, se faz extremamente necessário que todos nós prestemos nossas homenagens a esta artista tão emblemática da nossa música. Não por acaso, Gal já estava presente em algumas das estampas da Strip Me, seja nominalmente na camiseta MPB, seja na frase da camiseta Atento e Forte, ou ainda na camiseta Tropicalismo. Todo o nosso respeito e admiração por Gal Costa. No dia de sua morte, celebramos sua obra, que será eterna.

Gal Costa em ensaio para a capa de seu primeiro disco solo – Foto do Arquivo Estadão (1969)

Vai fundo!

Para ouvir: Claro, uma playlist com o melhor da obra de Gal Costa. RIP Gal Gosta top 10 tracks.

Bicicleta & Good Vibes!

Bicicleta & Good Vibes!

Alguns simples objetos conseguem nos transmitir muitos sentimentos e memórias, e ter significados distintos.  Foi pensando nesse mix de sentimentos e significados tão bons que a Strip Me lançou recentemente a camiseta Bicicleta. Com uma estética super atraente, uma bicicleta estampada numa camiseta  significa liberdade, beleza, simplicidade, saúde e até mesmo música e psicodelia! Neste caso, a leveza pode ser sentida diretamente, já que a camiseta em questão é feita com uma malha premium de algodão orgânico, com selo BCI, e a estampa é impressa com tinta a base de água. Uma camiseta tão natural quanto um bom passeio de bike no parque.

A bicicleta foi inventada na Alemanha em 1817 pelo barão Karl Van Drais. Ele batizou sua criação de laufmaschine, traduzindo, máquina corredora. Mas não era bem uma máquina, e nem corria tanto assim. Para se ter ideia, ela não tinha pedais. Eram duas rodas, uma na frente da outra, presas a uma armação e o cidadão ia sentado no meio, dando o impulso com os pés para andar, e ia se equilibrando  ali em cima sem ter onde apoiar os pés. Por incrível que pareça, a ideia vingou e muita gente gostou. Muitos anos depois a ideia do barão alemão chegou na Escócia, onde o ferreiro Kirkpatrick MacMillan aperfeiçoou a ideia e fez o esquema de engrenagens e corrente que ligava as rodas a dois pedais, presos na roda dianteira. Daí em diante realmente a bicicleta ficou popular em muitas partes do mundo. Passou por mais algumas mudanças até chegar ao modelo que conhecemos hoje. Até o fim do século XIX a roda dianteira era bem maior que a traseira, por exemplo. Em 1870 passou a ser construída toda de metal, e era conhecida como bone shaker, já que fazia o corpo do ciclista tremer todo ao passar pelas ruas de paralelepípedo das cidades europeias.

Em 1888 foram desenvolvidas as primeira bicicletas com pneus de borracha nas rodas, para amortecer impactos e tornar o passeio mais confortável. Na década seguinte, elas começam a ser produzidas em larga escala e se tornam um meio de transporte muito popular, já nos moldes que conhecemos hoje, com as duas rodas de tamanho igual e pedais no corpo da bicicleta, e não presos à roda dianteira. Começava assim uma revolução.

Sem exagero. Revolução em vários aspectos. Primeiro que a revolução industrial estava a todo o vapor (com o perdão do trocadilho) no fim do século XIX. Trabalhadores cada vez mais precisavam de meio de transportes para ir trabalhar, em fábricas que ficavam distante de alguns bairros residenciais. O fim do século XIX  e começo do século XX foram tempos turbulentos e, pela primeira vez a bicicleta vai se tornar símbolo de alguma coisa que extrapola sua função de meio de transporte. As bicicletas acabaram sendo muito utilizadas pelas mulheres como meio de transporte. A imagem da bicicleta acabou sendo associada ao movimento sufragista, o surgimento do feminismo e as lutas das mulheres por direitos iguais. Nota-se que desde o início as mulheres sempre fizeram as escolhas mais sábias. Afinal, até hoje a bicicleta é considerada um dos mais eficientes e completos meios de transporte do mundo.

Tudo ia muito bem e a bicicleta se tornava um meio de transporte popularíssimo. Até chegar o Henry Ford e sua turma. A invenção do carro foi um baque para os fabricantes de bicicleta. Com a popularização dos automóveis, as próprias cidades passaram a se desenvolver pensando nos carros e não em ciclistas. Além do mais, com carros pesados e andando em alta velocidade, o risco de ser atropelado por um ao andar calmamente de bicicleta pela cidade aumentou muito, e as vendas caíram. A solução foi diminuir, não o preço, mas sim a altura das bicicletas, que passaram a ser comercializadas como um brinquedo saudável para as crianças. A estratégia funcionou. Pelo menos até o fim dos anos 90, nove entre dez crianças tinha pelo menos um causo de tombo de bicicleta pra contar.

Eis que chega a Segunda Guerra Mundial. Muitas das grandes cidades da Europa viviam sob ataque. O químico Albert Hoffman trabalhava num laboratório farmacêutico e fazia pesquisas para tentar encontrar um composto que fosse um estimulante circulatório. Foi assim que ele chegou aos derivados do ácido lisérgico e acabou sintetizando o LSD! Personagem importantíssimo em toda a contra cultura dos anos 60, o LSD, e principalmente seus efeitos, foram descobertos por acaso. E por causa da Segunda Guerra Mundial ele ficou conhecido eternamente por bicicleta! No dia 19 de abril de 1943, Hoffman, com objetivos puramente científicos, mandou pra dentro 250 microgramas de LSD! Para se ter ideia, um microponto de ácido, consumido de forma recreativa e que dá aquela viagenzinha matreira, costuma ter em média 100 microgramas. Então, Albert Hoffman dropou dois micropontos de uma vez. Quando bateu, a viagem foi forte e ele não tinha condições de ficar no laboratório trabalhando. Então ele pediu para seu assistente o levar para casa. Mas tinha uma guerra lá fora, e por segurança, estava proibida a circulação de carros pela cidade. Hoffman então foi de bicicleta pra casa, viajandão!

Essa história ficou tão famosa que, não só o LSD passou a ser associado à bicicleta, como foi escolhido o dia 19 de abril como o dia da bicicleta! Claro que o dia da bicicleta não diz respeito ao consumo de alucinógenos, mas sim, é um dia de incentivo à prática de esportes e de se pensar na bicicleta como transporte sustentável e alternativo nas grandes cidades. Então, se você não sabia dessa história e é fã do Pink Floyd, agora está entendo porque o disco mais psicodélico da banda, e o único sob a liderança de Syd Barrett (um dos mais proeminentes consumidores de LSD do Reino Unido), se encerra com uma canção chamada Bike.

Com o passar do tempo e o desenvolvimento urbano, algumas grandes cidades da Europa passaram a incentivar o uso de bicicletas como alternativa ao carro e ao transporte público (trens, metrôs e ônibus). Em especial Amsterdã e Copenhague foram pioneiras e tem hoje em dia quase metade de sua população se locomovendo às pedaladas. Claro, são cidades planejadas e com um relevo plano, o que facilita muito o conforto para se andar de bicicleta. Mas muitas outras cidades se mobilizaram para criar ciclovias. Quanto mais gente de bicicleta, menos gente usando carros e poluindo o ar. Menos gente também no transporte público, desafogando lotações e tornando trens e ônibus mais confortáveis para aqueles que realmente dependem destes transportes, por necessidade financeira ou por morar muito longe. Isso sem falar que quem anda de bicicleta não se preocupa com o preço do combustível ou com IPVA e cuida da saúde física e mental.

Afinal, andar de bike acaba por se tornar um lazer, mesmo que você esteja indo ou voltando do trampo! Sempre dá pra tentar escolher caminhos mais arborizados e tranquilos, mandar aquela playlist delícia no fone de ouvido pra curtir o passeio… é só vantagem! A bicicleta tá aí! Faz parte da cultura pop e tem tudo a ver com sustentabilidade, natureza, saúde… tudo que a gente valoriza na Strip Me! Então, para conferir essa estampa da bicicleta e muitas outras, visite a nossa loja. Camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais, e toda semana tem estampa nova chegando na seção de lançamentos. Confere lá e bom passeio!

Vai fundo!

Para ouvir: Montamos uma playlist delícia com sons good vibes pra você curtir no rolê de bike! Bike Trip Top 10 tracks.

Para assistir: Os cineastas italianos Lorenzo Veracini, Nandini Nambiar e Marco Avoletta fizeram uma animação imperdível inspirada no passeio do Albert Hoffman em 1943. O curta metragem de animação A Bycicle Trip foi lançado em 2007 é um primor! Vale a pena demais assistir. Tem inteirinho no Youtube.

A calçada de Copacabana e a garota de Ipanema.

A calçada de Copacabana e a garota de Ipanema.

A Strip Me está sempre lançando novidades, com uma frequência invejável. Toda semana tem pelo menos uma ou duas camisetas novas, com estampas originalíssimas e de muito bom gosto. Toda estampa criada tem sua importância e alguma ligação com esse nosso universo de diversidade, cultura, barulho, diversão e arte. Um dos lançamentos mais recentes é a “Copacabana”, uma camiseta minimalista com estampa do icônico desenho do calçadão da praia mais famosa do Rio de Janeiro. Além de nos remeter ao verão, aos passeios à beira mar e à natureza, a praia de Copacabana carrega muito da história da cultura brasileira. Hoje Vamos falar sobre uma dessas histórias.

O calçadão de Copacabana foi construído em 1906, com 4,15 quilômetros de comprimento e abrange as praias do Leme e de Copacabana. O desenho de ondas foi inspirado no calçamento da Praça do Rocio, em Lisboa. Trata-se de uma das praças mais tradicionais do centro da capital portuguesa e o desenho das ondas claras e escuras representam o encontro das águas do rio Tejo com o Oceano Atlântico. Inicialmente, no calçadão carioca, o desenho das ondas ficava perpendicular ao calçamento. Só depois de uma reforma na década de 1970, que teve como arquiteto o legendário Burle Marx, que as ondas passaram a ser paralelas ao calçamento, como conhecemos atualmente. Todo o calçadão foi feito com pedras trazidas de Portugal, bem como a equipe que instalou e até hoje faz a manutenção do calçadão periodicamente é formada por trabalhadores portugueses especialistas nesse tipo de trabalho.

Por sua beleza natural e boa localização, a praia de Copacabana logo foi habitada por pessoas de posses ao longo do século XIX, quando a família real portuguesa veio para o Brasil e causou uma drástica urbanização na então capital do Brasil. Em 1923 foi inaugurado, entre mansões e palacetes à beira mar, o imponente hotel Copacabana Palace. O hotel de quartos luxuosos e um enorme cassino logo tornou-se ícone do Rio de Janeiro e abrigava as mais altas celebridades do Brasil e do Mundo. Em 1946 o jogo foi proibido no país e o cassino do hotel foi transformado em sala de shows e espetáculos. Desta forma o hotel, em especial suas áreas de convivência como o bar, o restaurante e a piscina, tornaram-se ponto de encontro de intelectuais e boêmios cariocas. Ainda hoje o Copacabana Palace hospeda os mais importantes artistas e políticos que visitam o Rio de janeiro. A longa lista de hóspedes ilustres conta com nomes como Walt Disney, Brigitte Bardot, Clark Gable, princesa Diana, Nelson Mandela, Paul McCartney, Barack Obama, Tom Cruise, Mick Jagger e muitos outros.

Foi em um prédio próximo ao Copacabana Palace, o Edifício Palácio Champs Élysées, na Avenida Atlântica, nº 2.856, em Copacabana, que nasceu o movimento musical brasileiro que ganharia o mundo: a bossa nova. O edifício era dividido em três blocos (Louvre, Trianon e Versalhes) com entradas independentes. O apartamento 303 do bloco Louvre pertenceu à família da cantora Nara Leão. Por volta de 1957 o apartamento reunia alguns amigos de Nara, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e Ronaldo Bôscoli. Essa turma receberia mais tarde a adição de João Gilberto, vindo da Bahia. Todos eram muito jovens naquela época, por volta de 18, 19 anos. Foi através de João Gilberto que essa turma jovem se ligou a dois caras um pouco mais velhos, que foram fundamentais para a explosão da bossa nova: Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Em 1962 a bossa nova já tinha se popularizado. A canção Chega de Saudade, de João Gilberto, já era um grande sucesso, vendeu muitos discos e era a música símbolo da bossa nova. Mas no fim de junho daquele ano isso começava a mudar. Vinícius de Moraes e Tom Jobim se reuniam frequentemente num bar a um quarteirão da praia de Ipanema, vizinha de Copacabana, para tomar chopp durante a tarde. Sempre escolhiam uma mesa na calçada para observar o movimento. Toda semana viam uma garota passar por eles de maiô e sacola pendurada no braço indo para a praia. Uma garota deslumbrante, linda mesmo! Depois de tanto admirar aquela moça passando, resolveram escrever uma canção.

Nessa época Vinícius de Moraes estava escrevendo uma peça de teatro, uma comédia, chamada Blimp, e encomendou a Tom alguns temas musicais para serem utilizados na peça. O roteiro da peça era meio bobo, contava a história de um extraterrestre que caía por engano no Rio de Janeiro e se apaixonava por uma carioca. Para a peça, Tom Jobim compôs três melodias, que acabariam se tornando canções famosas. São elas Samba do Avião, Só Danço Samba e Garota de Ipanema. Por fim, a peça não saiu do papel. E quando veio a ideia da música sobre a moça da praia, Vinícius escolheu uma daquelas três canções que Tom tinha composto, e que estavam sem letra.

Pouca gente sabe, mas inicialmente Vinícius escreveu uma letra bem diferente para a música, bem mais introspectiva. Dizia assim: “Vinha cansado de tudo, de tantos caminhos. Tão sem poesia, tão sem passarinhos. Com medo da vida, com medo do amor. Quando, na tarde vazia, tão linda no espaço, eu vi a menina que vinha num passo cheio de balanço a caminho do mar.” Pega o começo da música e canta essa parte por cima, que você vai ver que dá certinho. Mas acontece que o Tom Jobim não gostou muito, ele queria uma letra mais ensolarada, mais leve. Vinícius então volta pra casa e escreve os versos que mudariam a música brasileira: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça…”. Tal a grandeza da música, Garota de Ipanema foi apresentada ao público pela primeira vez num show que foi gravado e saiu em disco. Foi um show no restaurante Au Bon Gourmet, em Copacabana, que contava com Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto, acompanhados pelo conjunto Os Cariocas. Para apresentar a nova canção Tom, Vinícius e João Gilberto fizeram uma deliciosa introdução. Sobre uma delicada melodia ao piano, João Gilberto começava cantando: “Tom, e se você fizesse agora uma canção que possa nos dizer, contar o que é o amor?”. Tom Jobim respondia: “Olha, Joãozinho, eu não saberia sem Vinícius pra fazer a poesia.”. E Vinícius retrucava: “Para essa canção se realizar, quem dera o João para cantar.”. E João Gilberto: “Ah, mas quem sou eu? Eu sou mais vocês. Melhor se nós cantássemos os três.”. E entra a imbatível introdução de Garota de Ipanema.

Garota de Ipanema teve sua primeira versão em estúdio gravada por Pery Ribeiro em 1963, no disco Pery é Todo Bossa. Outras gravações vieram na sequência, com destaque para as versões instrumentais do Tamba Trio e do próprio Tom Jobim, que após perceber o sucesso dos shows de bossa nova realizados no Carnegie Hall, em New York, lançou a faixa com o título em inglês, The Girl from Ipanema. Em 1964 o saxofonista de jazz Stan Getz se junta a João Gilberto para gravar um disco antológico, que escancara as portas do mundo para a bossa nova. É deste disco, Getz/Gilberto, a versão mais famosa da canção, cantada em inglês pela então esposa de João Gilberto, Astrud Gilberto. Em 1967, se ainda havia no mundo alguém que não conhecia The Girl from Ipanema, acabaria conhecendo de qualquer maneira. Pois a música entra no disco Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim. Sim, Sinatra se apaixona pela bossa nova e grava um disco inteiro com Tom Jobim. A história deste disco, por si só, merece um texto inteiro. Para se ter ideia, Sinatra telefonou dos Estados Unidos para a casa de Tom, que não estava. Sinatra insistiu tanto em falar com Tom Jobim que fez com que a telefonista o procurasse, fazendo ligações para vários lugares. O encontrou, claro, no mesmo bar em que a ideia de Garota de Ipanema surgiu. O garçom foi até a mesa de Tom e disse ”Olha, tem um gringo no telefone querendo falar com o senhor, não estou entendo nada.”. Era Frank Sinatra.

Garota de Ipanema fez com que a bossa nova se tornasse um dos estilos musicais mais populares em todo o mundo durante os anos 60 e 70, levando consigo o nome do Brasil. Garota de Ipanema é a segunda música mais regravada do mundo, com mais de 250 versões! Ela só perde para Yesterday, dos Beatles. E quando essa constatação foi divulgada, foram perguntar ao Tom Jobim o que ele achava disso. E ele falou: “Olha, pra mim está ótimo. Afinal estou em segundo lugar, mas a música que está em primeiro lugar é dos Bestles, e os Beatles são em 4, né? Eu sou um só.”.

É por histórias tão ricas e interessantes como essas que a Strip Me se dedica a lançar estampas tão incríveis, como essa, inspirada no calçadão de Copacabana, também na bossa nova e na cultura brasileira de maneira geral. E não só isso, mas muito mais. São camisetas de arte, música, cinema, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você fica por dentro de todos os lançamentos e promoções. Confere lá!

Vai fundo!

Para ouvir: Se Garota de Ipanema é a segunda música mais gravada do mundo, com certeza dá pra fazer uma bela playlist com as 10 melhores versões. Ouça e escolha a sua favorita entre versões de Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Amy Winehouse, Tim Maia, entre outros. Garota de Ipanema Top 10 tracks.

Para assistir: Claro que na onda do sucesso mundial de Garota de Ipanema, foi feito um filme com o mesmo nome e com a bossa nova como trilha sonora. O roteiro em si é fraco, mais uma desculpa para que várias canções sejam tocadas, funcionando como um compilado de videoclipes. O filme Garota De Ipanema foi lançado em 1967 e dirigido pelo Leon Hirszman. O roteiro foi escrito por várias pessoas em parceria, entre eles Vinícius de Moraes e Glauber Rocha. No elenco, boa parte da turma da bossa nova e da MPB aparecem, de Tom Jobim a Chico Buarque. Vale a pena ver como curiosidade e pela boa música. Tem inteiro no Youtube.

Para ler: Olha, a gente poderia aqui recomendar livros e mais livros que se prestam a dissecar a bossa nova. Mas, ao invés disso, recomendamos um dos melhores livros do Vinícius de Moraes. Livro este que, por se tratar de uma compilação de crônicas e poemas, tem muita bossa ali, já que as crônicas geniais de Vinícius tinham um ritmo delicioso e os poemas a beleza deslumbrante, como a de algumas praias cariocas. O livro Para Viver um Grande Amor foi lançado originalmente em 1972 e está disponível atualmente numa bela edição pela Companhia das Letras.

Anarchy in the UK: A explosão do punk na Inglaterra.

Anarchy in the UK: A explosão do punk na Inglaterra.

Sujeira, anarquia, drogas, contestação, estética kitsch, faça você mesmo…  e mais um pouquinho de sujeira. Certamente a década de 70 foi a mais insana da humanidade nos últimos dois séculos. E, sem dúvida, o filho pródigo dessa década é o movimento punk. Antes de mais nada, deixamos claro que, até pode ser que o punk enquanto música tenha surgido nos Estados Unidos, entre Detroit e New York. Mas a personificação, a estética e o lifestyle são todos originais da Inglaterra, e ninguém contesta. Tal qual o rock n’ roll, o punk nasceu nos Estados Unidos de maneira genuína e inequívoca, mas foi moldado e ganhou sua melhor versão na terra da finada rainha.

A Inglaterra do início dos anos 70 não ia nada bem. A economia ia mal, o desemprego estava altíssimo, havia conflitos por toda a parte, a Irlanda queimava sob os protestos do IRA e o então primeiro ministro, Edward Heath, era um conservador convicto, o que fazia da Inglaterra um país desigual, onde eram mantidas as aparências de uma sociedade de pompa, circunstância e moralismo. Só que essa sociedade era uma minoria aristocrata. Foi nessa época que a maioria dos grandes artistas da música, como Led Zeppelin, Rolling Stones, Rod Steward e tantos outros se mudaram de sua terra natal para fugir dos altos impostos. O rock n’ roll parecia ser uma boa saída para que jovens expurgassem suas frustrações e tédio através da música. Mas instrumentos e equipamentos eram caros para poder montar uma banda. Mas para alguns, havia uma solução.

Em 1972 um moleque de 17 anos chamado Steve estava entre as milhares pessoas no primeiro show de uma temporada que David Bowie faria no Hammersmith Odeon, em Londres, apresentando a turnê do disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. Após o concerto, Steve ficou perambulando dentro da casa de show. Quando deu por si, o lugar estava vazio. Olhou para o palco e viu todo o equipamento da banda lá montado. Olhou em volta e não viu nenhum segurança. Pulou para cima do palco e se colocou no centro, na frente do microfone onde Bowie havia cantado, microfone este que ainda estava com uma mancha de batom, da maquiagem de Bowie. Tirou o microfone do pedestal, desconectou o cabo e colocou o microfone no bolso. Em seguida, olhou em volta. Pegou um carrinho e colocou um amplificador de baixo, pratos da bateria, mesa de som, mais microfones… e se mandou empurrando aquilo tudo rua afora. Foi com esse equipamento que ele montou sua primeira banda, The Strand, com seus amigos Paul Cook e Wally Nightingale.

O tal Steve era Steve Jones, um jovem vindo de uma família pobre e problemática.  Analfabeto e inconformado aprendeu desde cedo a praticar furtos para satisfazer seus desejos, fosse comer um chocolate ou dar uma volta num carro esportivo. Não era violento, não assaltava e tal. Mas sabia como roubar sem ser percebido. Um dos lugares que ele frequentava para “pegar” algumas roupas era uma boutique descolada chamada Sex. Na real, seus furtos, de vez em quando, eram até notados, mas tolerados. O dono da boutique, Malcom McLaren, gostava do Steve e sabia que ele pegava roupas para dar estilo á sua banda. E McLaren já estava ligado no negócio do rock n’ roll fazia um tempo.

Malcom McLaren era um agitador cultural contestador. Com ideais anarquistas e uma vasta bagagem de arte de vanguarda, via nas bandas mais viscerais de rock um instrumento de protesto valioso. No início dos anos 70 esteve nos Estados Unidos, conviveu com a excêntrica turma de Andy Warhol e chegou a ser empresário da banda New York Dolls, uma das bandas seminais do punk novaiorquino. Quando retornou a Londres em 1975, McLaren se depara com uma safra de bandas que chamam a atenção pela crueza de seu som e por seus membros serem jovens pobres, da classe operária. Eram chamadas de pub rock bands, pois tocavam em pubs londrinos noite adentro canções autorais e covers que iam de The Kinks a Iggy Pop & The Stooges. Em uma dessas bandas, McLaren viu potencial para abalar não só a música pop, mas o establishment moralista da velha Inglaterra. Era a banda de Steve Jones, The Strand, que McLaren rebatizou de Sex Pistols e passou a empresariar.

A cena do tal pub rock estava realmente crescendo. A cada dia surgiam novas bandas. As duas principais e mais relevantes bandas até então eram Eddie and the Hot Rods e The 101’ners. Além deles, bandas como The Stranglers, Dr. Feelgood, Brinsley Schwarz, The Deviants e Doctor of Madness são todas bandas consideradas proto punks, assim como foram MC5, Television e The Modern Lovers nos Estados Unidos. Ou seja, o som das bandas, ao vivo nos pubs, cru, barulhento e longe do perfeccionismo do rock progressivo, vigente nas rádios, já era essencialmente punk. E é curioso notar que isso acontecia nos Estados Unidos e na Inglaterra ao mesmo tempo, sem que houvesse muito contato de uma cena com a outra.

O primeiro show dos Sex Pistols foi um divisor de águas. Eles tocaram numa festa da Saint Martin’s School Of Art no dia 6 de novembro de 1975, abrindo o show da banda Bazooka Joe’s. Um dos presentes naquela noite era o guitarrista da banda 101’ners. Ele ficou impressionado com a energia e com o tom crítico das letras das músicas, entendeu que sua própria banda deveria também mudar sua atitude. O guitarrista dos 101’ners em questão era Joe Strummer. E justamente sob este impacto do primeiro show dos Pistols, Strummer conhece dias depois Mick Jones, que tinha uma banda chamada London SS, e que já ensaiava algumas letras mais politizadas. Os dois se juntam e formam o The Clash. No ano seguinte, 1976, no dia 4 de julho, os Ramones se apresentam pela primeira vez na Inglaterra, tocando no Roundhouse, em Londres. Esse show foi histórico e marca a explosão do punk britânico. Quem viu aquele show e ainda não fazia parte de uma banda, saiu de lá e correu para montar uma. Todos dos Sex Pistols e The Clash estavam lá, bem como integrantes do The Damned, The Buzzcoks, The Pretenders e muitos outros.

Ainda em outubro de 1976 foi lançado o que se considera o primeiro single do punk britânico: New Rose/Help, do Dammed. Na sequência, em novembro, é lançado Anarchy in the UK. Os Sex Pistols ganham atenção da mídia e o punk se espalha por toda a Inglaterra. Em dezembro, a banda é convidada a se apresentar e ser entrevistada no programa de TV do jornalista Bill Grundy. O apresentador estava claramente incomodado com a aparência e comportamento de seus convidados. O clima era tenso. Os Pistols foram ao programa levando mais 4 amigos, entre eles, Siouxsie Sioux e Steven Severin, da banda Siouxsie and the Banshees. Durante a entrevista a tensão aumenta. Em certo ponto, depois de uma pífia comparação, claramente provocadora, de Grundy entre os Pistols e Mozart ou Beethoven, Johnny Rotten murmura algo como “”Era só a merda do trabalho deles.”. O programa era ao vivo, em horário nobre. E pela primeira vez na história da TV britânica alguém dizia a palavra “merda”. Mas, claro, era só o começo. Do meio para o fim da entrevista, todos já nervosos, após uma insinuação de Grundy para a Siouxie Sioux, Steve Jones dispara “You dirty fucker”. E o programa acaba. Não só merda, como fodido, foram as palavras ditas em horário nobre pela primeira vez na história da TV na Inglaterra.

No dia seguinte o jornal Daily Mirror estampa em sua capa a manchete The filth and the fury!, a sujeira e a fúria, com uma foto da banda e uma matéria sobre os Sex Pistols. Foi como jogar gasolina numa fogueira. A cena punk se espalha por toda a Inglaterra, bandas começam a surgir por todo o lado. Em 1977, considerado o ano do punk, alguns dos discos mais importantes do movimento são lançados, entre eles, Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols, o primeiro disco do The Clash, autointitulado, Damned Damned Damned, dos Damned, Stranglers IV (Rattus Norvegicus), dos Stranglers e Life on the Line, de Eddie and The Hot Rods. O punk estava oficialmente deflagrado na Inglaterra e faria história. Enquanto a cena punk de New York se contentava com os excessos de drogas e uma pretensa vanguarda artística, produzindo canções hedonistas sobre tédio e chapação, os ingleses traziam uma fúria incontrolável contra um sistema moralista e opressor, e uma crise econômica aguda.

Justamente por essa diferença, o punk como o conhecemos hoje, tanto na estética quanto na atitude, é o punk inglês, de moicano colorido, jeans rasgado, adereços fetichistas, alfinetes e sempre contra o establishment e qualquer tipo de repressão ou cerceamento de liberdades. Sobre as duas bandas mais importantes daquela época, os Sex Pistols lançaram um único disco e a banda se separou no ano seguinte. Steve Jones se tornou produtor musical, Johnny Rotten formou a banda Public Image e Sid Vicious, o baixista, morreu de overdose em 1979, após, supostamente, esfaquear sua namorada, Nancy Spugen. Já o The Clash teve uma carreira mais longeva. Joe Strummer e Mick Jones viviam entre os bairros de Notting Hill e Brixton, que abrigava uma grande comunidade de jamaicanos e operários. Não só suas letras eram mais políticas, como eles agregavam ao seu som elementos do ska e reggae. A banda lançou 6 discos entre 1977 e 1985, sendo que em 1979 lançam o seminal London Calling, em 1981 mais um disco fundamental, Combat Rock, e, em 1983, Mick Jones sai da banda, acabando com a parceria com Joe Strummer. O Clash se manteve com Strummer até meados de 1986, quandoa banda finalmente encerrou atividades. Em 2002 Joe Strummer e Mick Jones se reuniram novamente num show da banda The Mescaleros, de Strummer. Eles tocaram  as canções White Riot e London’s Burning, tocando juntos no mesmo palco pela primeira vez desse 1983. Um mês depois deste show, Joe Strummer morreu, vítima de um ataque cardíaco. Mick Jones segue em atividade. Nos anos 80 montou a banda Big Audio Dynamite – BAD, banda de beat reggae dub, no fim dos anos 90 participou da banda Carbon/Silicon e também fez parte da moderninha banda virtual Gorillaz.

O punk foi uma verdadeira revolução cultural. Foi não. Ainda é! Não só mudou a música, dando luz a bandas tão empolgantes e diversas, como também mudou a moda, muito por conta do estilo visionário e anárquico de Vivienne Westwood, dona da boutique Sex, esposa de Malcom McLaren na época do surgimento dos Sex Pistols e até hoje uma estilista influente. Mas o mais importante, o movimento punk mudou  o comportamento! Incentivou os jovens a agirem por conta própria, se informar e se posicionar por uma sociedade livre e plural. O punk faz parte da essência da Strip Me, uma empresa totalmente Do it Yourself! Então é claro que aqui você encontra camisetas de música com estampas relacionadas ao punk e muito mais, tudo com personalidade e muito estilo. Além de música, rolam camisetas de arte, cinema, cultura pop, comportamento e muito mais. Na nossa loja você conhece todas elas e ainda fica por dentro dos nossos lançamentos mais recentes.

Vai fundo!

Para ouvir: Playlist feroz com o mais puro e concentrado suco de punk britânico. UK Punks Top 10 tracks.

Para assistir: A série Pistol, disponível na Star+, é simplesmente maravilhosa e recomendadíssima! Lançada neste ano, a série retrata a trajetória dos Sex Pistols sob a ótica do guitarrista Steve Jones. A fotografia é incrível, as atuações são ótimas, o roteiro é muito bom e a trilha sonora é excelente! Vale a pena demais conferir! Ah, sim, e a direção é do Danny Boyle, diretor do clássico Trainspotting!

Para ler: Crescendo com os Sex Pistols: Precisa-se de Sangue Novo é um ótimo livro para conhecer a história dos Sex Pistols  por uma ótica mais imparcial, já que rola muita divergência entre as versões de Steve Jones, John Lydon e Malcom McLaren. O livro foi escrito em parceria entre Alan Parker, cineasta e escritor, e o jornalista Mick O’Shea. Foi lançado em 2012 e é uma leitura muito agradável de uma história quase inacreditável!

10 camisetas de música para ir do happy hour à balada

10 camisetas de música para ir do happy hour à balada

Chegou a sexta-feira e você marcou de encontrar os amigos em uma balada, mas antes tem o happy hour da empresa e você quer aproveitar até o final, sem correr riscos de se atrasar para o próximo compromisso?

Saiba que é possível ir de um lugar para o outro sem precisar passar em casa para trocar a camiseta.

Quer saber como? A gente te conta!

Por isso, separamos 10 camisetas de música que te deixarão pronto para ir do happy hour à balada sem perder o estilo. Confira! 

10 camisetas para sair do happy hour e ir direto para a balada

Vestir uma camiseta de banda ou com ícones musicais é uma ótima pedida para esses momentos, principalmente porque elas são divertidas, representam estilo e criatividade e caem bem para toda e qualquer ocasião.

Camiseta Pick-Up

A camiseta Pick-Up é ideal para você que respira música e quer juntar o clássico com o moderno!

Camiseta headphone

A camiseta headphone foi pensada com conceitos da música, da arte, do cinema e da cultura pop para você curtir todos os rolês sem perder o conforto e o estilo.

Camiseta do Nirvana – Super Smile

Trazendo uma mistura perfeita de ícones da década de 90: o Nirvana e o videogame, essa é a camiseta para quem gosta de misturar exclusividade e nostalgia.

Camiseta do Pink Floyd – Triângulo Minimalista

Vintage e minimalista para você que curte detalhes mais discretos e descolados ao mesmo tempo. Além de linda, essa camiseta do Pink Floyd já mostra o seu bom gosto musical de saída.

Camiseta de Rock com guitarras icônicas

A guitarra é um dos ícones mais marcantes na história do Rock e, claro, que isso não seria possível sem os grandes guitarristas que conhecemos ao longo do tempo. Com esta camiseta de Rock você veste atitude e uma homenagem aos principais nomes da guitarra. Slash, Hendrix, Keith Richards, Page, Eddie V.Halen… Todos os ícones do rock’n’roll têm uma guitarra icônica: essa é a homenagem da Strip Me.

Camiseta do Queen – Break Free

E por falar em icônico, temos aqui uma camiseta do Queen com um dos momentos mais memoráveis da banda (e da música). A camiseta Break Free é para quem gosta de exclusividade e não quer passar despercebido na pista de dança.

Camiseta Jimi Hendrix

Uma estampa com um dos maiores nomes da história da música e que vem marcando gerações há décadas por seu estilo autêntico de tocar guitarra. Mais que uma camiseta do Jimi Hendrix, essa é para quem gosta de um look ousado e cheio de atitude com um gênio do rock que dispensa apresentações.

Camiseta disco minimalista

Seu estilo é clássico e cheio de personalidade? A camiseta com um disco de vinil estampado em conceito minimalista traz o clean e o super cool para deixar o seu look ainda mais exclusivo.

Camiseta David Bowie: Let’s Dance

Se você gosta de dançar muito e abalar a pista de dança ao lado de outras pessoas, além de curtir a vida com conforto e estilo, essa camiseta é para você! Se você curte um visual classudo chic como Bowie aprovaria, essa camiseta é pra você. Se você ama se vestir com conforto e elegância: essa camiseta é pra você.

Camiseta Daft Punk – Robot

Juntando a dupla mais legal da música eletrônica com o teste utilizado para barrar robôs na web, essa camiseta é divertida, estilosa, criativa, exclusiva e diferente. Perfeita para quem quer se destacar na multidão com muita autenticidade.

Depois dessas 10 opções incríveis, não tem mais desculpa para você não sair de um rolê para o outro sem precisar passar em casa para trocar de roupa! Visite o site da Strip Me na categoria Música e veja muito mais looks e opções para quem quer se vestir bem com camisetas descoladas, bonitas e sustentáveis.

A Copa do Mundo é Pop!

A Copa do Mundo é Pop!

É inegável. Se tem uma coisa que mexe com a gente, vira nossa rotina de cabeça pra baixo, nos deixa ansiosos, histéricos, empolgados e, muitas vezes, revoltados, mas a gente não sabe viver sem, essa coisa é a Copa do Mundo. Até quem não torce para time nenhum e não liga pra futebol, quando chega a Copa, curte assistir aos jogos, debater com os amigos sobre quem joga bem ou joga mal e quem vai ser campeão do mundo. Mas o que faz com que isso tudo aconteça?

Bom, pra começo de conversa, a Copa do Mundo já se tornou parte da cultura pop. Não se trata simplesmente de uma disputa esportiva entre seleções do mundo. Mas sim uma festa, jogos televisionados, com verdadeiros ídolos em campo, álbum de figurinhas, jingles e músicas marcantes e, mais recentemente, uma infinidade de memes e piadocas difundidas em larga escala em redes sociais. Só por aí, já temos um panorama da importância da Copa do Mundo. Mas vai além, principalmente no Brasil. Afinal, temos aqui uma tradição antiga de apaixonados por futebol. Ainda que o esporte não tenha sido criado aqui, indiscutivelmente nos apoderamos dele, e fizemos do futebol a nossa mais emblemática marca mundo afora.

Chega a ser engraçado que ainda hoje haja quem diga que futebol não se discute. Porra, é o assunto mais discutido no país desde sempre! Seja um Grenal, um Corinthians e Palmeiras, um Flaflu, o futebol está sempre na pauta do brasileiro. Nem que seja para puxar assunto com um desconhecido ou mudar de assunto durante uma conversa desconfortável, com a inabalável frase “E o Corinthians, hein… ?”. E na época da Copa do Mundo isso se intensifica. Começa no sorteio das chaves, onde a gente descobre quem vai jogar contra quem na primeira fase. Depois tem a convocação dos jogadores, momento sempre tenso e que gera muita conversa. E, por fim, os jogos! A melhor parte! Quem não gosta de ir almoçar em plena terça feira e conferir um jogão entre Tunísia e Coréia do Sul?

Mas, além disso tudo, cada edição de Copa do Mundo é marcado por pelo menos um momento muito inusitado, ou um placar de jogo impensável, uma jogada muito controversa, e até mesmo teorias da conspiração. Sendo o Brasil o país que mais participou de Copas do Mundo, aliás, o Brasil é o único país do mundo que esteve presente em todas as edições da competição, é natural que tenhamos muitos desses causos famosos, que entram para a história. Selecionamos aqui 5 destes momentos marcantes do Brasil em Copas do Mundo para contar para você.

Maracanazo

Também conhecido como Maracanaço, mas a expressão em espanhol, Maracanazo, parece mais apropriada. Trata-se do fatídico 16 e julho de 1950. Por incrível que pareça, a Copa do Mundo de 1950 tem muito em comum com a edição de 2014. Começa que ambas aconteceram no Brasil. Assim como em 2014, o Brasil esteve envolvido num jogo que terminou 7 a 1, porém, desta vez o Brasil saiu vitorioso marcando 7 gols na seleção da Suécia. Por fim, a Copa acabou em vexame para o Brasil, que não se sagrou campeão. O estádio do Maracanã acabara de ser inaugurado e era o palco para a final da Copa, entre Brasil e Uruguai. Nas quartas de final e na semifinal, o Brasil vinha de resultados espetaculares, como o 7 a 1 na Suécia e um 6 a 1 na Espanha, enquanto o Uruguai vinha de uma campanha mais sofrida, com um empate entre 2 a 2 e uma vitória de 3 a 2. O clima de “já ganhou” era tão exagerado que o jornalista e empresário Paulo Machado de Carvalho, que viria a ser homenageado no futuro  tendo seu nome na fachada do estádio do Pacaembu, esteve na concentração da seleção brasileira no dia anterior e ficou impressionado com o clima de festa. Ao chegar em casa, de noite, na véspera da final, chegou a dizer para o seu filho: “Vamos perder.”. Dito e feito. O Uruguai entrou em campo determinado, segurando os ataques brasileiros e avançando no campo de ataque. O primeiro tempo acabou sem gols, mas com a superioridade dos uruguaios evidente. No segundo tempo, o Brasil abre o placar com gol de França nos primeiros minutos de jogo.  A resposta uruguaia vem com o gol de Schiaffino com 20 minutos do segundo tempo. O jogo se torna dramático, e a torcida, que até então vibrava, diminui o tom, com ar preocupado. Mas aos 34 minutos do segundo tempo, o ponta direita Ghiggia recebe a bola no campo de ataque, entra na grande área e dispara um chute em diagonal. A bola passa entre as mãos do goleiro Barbosa e vai para o fundo do gol. Uruguai 2 a 1 e um silêncio fúnebre no estádio do Maracanã lotado, com 200 mil pessoas. Até daria tempo de correr atrás do prejuízo, mas a seleção brasileira, que já vinha jogando com dificuldade, desabou frente ao silêncio da torcida. O jogo acabou e o estádio foi se esvaziando. O então presidente da Fifa, Jules Rimet, entregou a taça ao capitão do time uruguaio, Obdulio Varela, em silêncio, com apenas um aperto de mão. O time do Uruguai sequer comemorou a vitória no estádio, dado o clima de velório. O goleiro Barbosa abandonou o futebol, e ainda assim, viveu marcado como o artífice do vexame, e a Confederação Brasileira de Desportos, CBD, Achou por bem remodelar o uniforme da seleção, trocando as camisas brancas com golas e detalhes nas mangas azuis, para o uniforme amarelo com calções azuis que conhecemos hoje. Tudo isso fez com que ficasse eternamente marcado na história o dia 16 de julho de 1950 como Maracanazo.

O Mágico Tricampeonato

Em partes, o Brasil nunca superou o Maracanazo, tanto que estamos aqui, em 2022, ainda falando dele. Mas, por outro lado, superou sim. E o futebol brasileiro se aperfeiçoou e cresceu. Na Copa da Suécia, em 1958, o Brasil foi campeão pela primeira vez. Em 1962, a competição foi no Chile e o Brasil se sagrou bicampeão. Ganhando o tricampeonato, o Brasil poderia levar a taça Jules Rimet para casa, e uma nova taça seria forjada para que a seleção que conquistasse o título por 3 vezes pudesse fazer o mesmo, coisa que não aconteceu até agora. A Copa de 1966 foi na Inglaterra o Brasil teve uma performance mediana, sendo eliminado nas oitavas de final. Mas em 1970, no México, a situação era diferente. O Brasil vinha com um time praticamente imbatível. Pelé estava no auge de sua forma física e já era um jogador experiente, de muita técnica. Ao lado dele um time impressionante com  Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres, todos jogadores habilidosos em seu melhor momento profissional. O Brasil simplesmente passou pela fase de eliminatórias e por toda a Copa do Mundo invicto, sem perder nenhum jogo sequer! Algumas das jogadas espetaculares de Pelé e sua turma durante aquela Copa são reprisadas até hoje e tidas como jogadas insuperáveis. É quando se imortaliza o salto de Pelé dando um soco no ar ao comemorar seus gols. Mesmo com as demonstrações ufanistas não sendo muito bem vistas por boa parte da sociedade brasileira, que vivia o auge da violência na ditadura militar, ninguém resistiu a comemorar o tricampeonato. A taça Jules Rimet finalmente era nossa, e ficaria exposta numa das salas da Confederação Brasileira de Desportos, CBD, que atualmente se chama Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. A Jules Rimet lá permaneceu por pouco mais de 10 anos, até ser roubada, em dezembro de 1983, num dos episódios mais pitorescos e inacreditáveis da história do Brasil.

A Decepção de 1982

Em 1977 Pelé se aposenta. Com a sua aposentadoria e os malucos anos 70 chegando ao fim, o mundo clamava por renovação. No futebol brasileiro isso não tardou a acontecer. Logo no comecinho dos anos 80 despontavam alguns jogadores de força física impressionante e muita habilidade. E não só atacantes, mas em todas as posições, como meio campo, lateral e defesa. Sob o comando do experiente e sisudo técnico Telê Santana, a seleção brasileira foi para a Copa da Espanha, em 1982, considerada pela imprensa do mundo todo e, em especial pelos torcedores brasileiros, como a melhor seleção brasileira já vista na história, com craques em todas as posições. O time titular era formado por Waldir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Junior; Toninho Cerezzo, Falcão, Sócrates e Zico; Serginho Chulapa e Éder. Na reserva o time ainda contava com Roberto Dinamite, Paulo Isidoro, Dirceu e outros mais. Era pra ser uma máquina de moer times e fazer gols. E a seleção até que chegou nas oitavas de final com certo conforto. Ganhou todos os jogos da primeira fase, com direito a goleadas de 4 a 1 em cima da Escócia e 4 a 0 em cima da Nova Zelândia. Mas já nas oitavas de final, a coisa mudou de figura. O Brasil precisou suar muito para ganhar da Argentina por 3 a 1. Ironicamente, o time vinha vencendo, mas não apresentava o espetáculo que se esperava dele. Mesmo assim, os brasileiros chegam às quartas de final para enfrentar a Itália como francos favoritos. A Itália fazia uma Copa sofrível, tendo vencido apenas um dos 5 jogos que fizera até então. Desta forma, instaurou-se mais uma vez o preocupante climão de “já ganhou” entre a comissão brasileira na Espanha. Em campo, o Brasil foi surpreendido por uma Itália aguerrida e bem organizada taticamente. Jogo foi duro. Com 5 minutos, o craque Paolo Rossi já abre o placar, marcando para a Itália. Aos 12 minutos, Sócrates responde pelo Brasil. Tudo igual. Mas Paolo Rossi estava impossível e faz o segundo da Itália aos 26 minutos do primeiro tempo. Começa o segundo tempo e o Brasil tem dificuldade de avançar. Mas num ataque rápido, Falcão marca para o Brasil e empata novamente. 2 a 2. A alegria dos brasileiros durou exatos 6 minutos. Aos 29 do segundo tempo, mais uma vez Paolo Rossi marca para a Itália, fechando o placar. O Brasil foi eliminado tendo, a que era considerada, a melhor seleção de todos os tempos, e foi eliminado no mesmo clima de “já ganhou” que fizera sua tragédia em 1950.

A Copa Vendida

Em 1998 a internet ainda engatinhava, sequer existia a banda larga, a conexão era feita através de pulso telefônico. Mesmo assim, foi a internet que desencadeou uma das teorias da conspiração mais estapafúrdias do Brasil, mas que, por se tratar de Copa do Mundo e futebol, ainda faz o maior sucesso, nem que seja pra tirar aquele sarrinho. Bom, na Copa de 1998, o time do Brasil vinha bem na competição e chegou na final contra a França, país que sediava aquela Copa. O Brasil vinha muito bem, em boa parte por conta do desempenho de Ronaldinho Fenômeno, que estava em seu auge. Pois bem, tudo naquela final conspirou para uma boa teoria da conspiração. Horas antes do jogo, Ronaldinho teve uma convulsão, chegou a ser cortado do time, mas acabou entrando em campo mesmo assim. O Brasil jogou mal e acabou perdendo de 3 a 0. França, campeã, a mesma França que sediava a Copa. Algumas horas depois do fim da final, o site da CBF foi invadido por um hacker, coisa que não era nada difícil na época. No lugar do site, entrou uma página com um texto, absolutamente mau escrito, diga-se, com passagens como “a perca da copa se deu porque…” e outros atentados à língua portuguesa. Mas enfim, o tal texto dizia que havia um acordo entre a FIFA, a CBF e a Nike, para que o Brasil entregasse o título para a França. Em troca, todos os jogadores do Brasil seriam patrocinados pela Nike, coisa que não aconteceu, a Copa seguinte seria no Brasil, o que não aconteceu, foi no Japão, a Copa de 2006 seria sediada em parceria por Japão e Austrália, um absurdo que não aconteceu, foi na Alemanha e, por fim, dizia que o Brasil seria campeão em 2002, na Copa realizada no Brasil. Até acertou que fomos campeões em 2002, mas foi do outro lado mundo. Enfim, ainda que pouca gente tivesse acesso a internet em 1998, a imprensa se encarregou de noticiar largamente a tal invasão do site da CBF e o conteúdo da teoria ali exposta, tornando a teoria popular em todo o canto. Obviamente, tudo foi rapidamente desmentido. Mas a teoria segue tendo seus adeptos até hoje. Afinal, se tem uma coisa que brasileiro gosta tanto quanto futebol, é de uma boa teoria da conspiração.

Manifestações, Memes e 7 a 1.

O ano de 2013 foi dos mais conturbados para o Brasil politicamente. Por todo canto eclodiram manifestações populares, que ganharam as ruas protestando contra corrupção e o establishment político do país de maneira geral. Tais manifestações, que culminaram com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, tinham, entre outras pautas, a realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo em 2014 no Brasil, além das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Tais competições acabariam promovendo a construção de estádios e arenas que teriam seus custos superfaturados e muito dinheiro público sendo desviado, como se provou ter acontecido realmente, anos depois. Por conta disso, durante toda a Copa, que acabou acontecendo no Brasil em 2014, eram muito comuns manifestações na frente dos estádios. Mas não foi só isso que marcou essa Copa. A produção de memes espalhados pelo Twitter e Facebook foi impressionante. Tivemos a Caxirola, um instrumento musical feito para a Copa, mas que não passava de um chocalho, o Canarinho Pistola, o mascote da Copa, que era pra ser um Canário simpático, mas aparentava estar puto da cara, o Mick Jagger pé frio e muitos outros memes. Mas a marca mais profunda da Copa do Mundo de 2014 foi a derrota avassaladora do Brasil para a Alemanha, o fatídico 7 a 1. O Brasil chegou nas quartas de final contra a Colômbia com um desempenho mediano, tendo uma vitória e dois empates. O jogo contra os colombianos foi quente. O Brasil ganhou de 2 a 1, mas perdeu seu nome mais importante. Neymar foi atingido pelo colombiano Zúñiga e teve que sair de campo. Contundido, Neymar não poderia jogar contra a Alemanha na semifinal, no dia 8 de julho de 2014. O jogo foi no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Até hoje, ninguém consegue explicar direito o que aconteceu. Na imprensa, passou a ser usada a expressão “apagão” para designar a performance da seleção brasileira. Os alemães fecharam o primeiro tempo com 5 gols marcados. No segundo tempo vieram mais dois, e um gol brasileiro, marcado por Oscar aos 44 do segundo tempo. Foi uma derrota tão emblemática que, até hoje é comum que as pessoas, ao verem alguma coisa que prejudica o Brasil, seja corrupção, tragédia natural ou alguma outra coisa assim, se diga a frase “É todo dia um 7 a 1.”.

Sejam momentos tristes ou felizes, emocionantes ou engraçados, é disso que a Copa do Mundo é feita, e é por isso que gostamos tanto dela! A Copa e Pop! Por isso a Strip Me não resistiu a esse clima delicioso de Copa do Mundo que vem se aproximando e já soltou uma coleção novinha, super descolada e com estampas incríveis inspiradas na Copa do Mundo! Além das estampas exclusivas, você pode personalizar a sua camiseta inspirada nas figurinhas da Copa ou na camisa 10 da seleção. Para conhecer, entra na nossa loja e dá uma olhada na seção Coleção Copa do Mundo. Além disso, você ainda confere lá as camisetas de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais, e ainda fica por dentro dos nossos lançamentos mais recentes! Então tá feito o jogo. Mata essa bola no peito e escolha a sua camiseta.

Vai fundo!

Para ouvir: Vamos então de playlist da Copa do Mundo, com todas aquelas músicas sobre futebol que a gente ama ouvir em época de Copa! Copa do Mundo Top 10 tracks

Para assistir: Tem no Youtube um curta metragem muito legal sobre um cara nos anos 80 que quer vingar a vida arruinada do goleiro Barbosa depois do Maracanazo de 1950. É uma historinha curta e bem divertida, protagonizada pelo Antônio Fagundes. O curta se chama Barbosa, foi lançado em 1988 e dirigido pela dupla Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado.

Para ler: Um livro leve, mas muito interessante e detalhado sobre a tragédia de 1950 é A Anatomia de uma Derrota. Escrito pelo jornalista Paulo Perdigão e lançado em 2000 pela editora L&PM, a obra traz numa linguagem agradável e muito direta minúcias que tentam explicar a derrota do Brasil para o Uruguai naquele fatídico 16 de julho de 1950.

Arctic Monkeys: One Point Perspective… and more.

Arctic Monkeys: One Point Perspective… and more.

O ano de 1998 foi prodigioso para o cinema. Muitos filmes marcantes foram lançados. Entre eles, vale destacar O Resgate do Soldado Ryan, O Show de Truman, Outra História Americana, O Grande Lebowski, A Vida é Bela, Quem Vai Ficar com Mary? E tantos outros. Mas teve um filme naquele ano que destoa de todos os outros. Por não ser um épico de guerra, ou um filme provocador contra a mídia, muito menos uma comédia romântica repleta de clichês ou um filme cult por excelência. Veja, nenhum desses filmes são ruins. Pelo contrário, são muito bons. Mas nenhum deles é tão bizarro e instigante quanto Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes. Um filme divertidíssimo e super violento do diretor Guy Ritchie, que mistura violência e humor negro tipicamente britânico. É neste filme que, em determinada cena, o personagem Barry The Baptiste, interpretado pelo ator Lenny McLean, resmunga ao criticar seus subordinados a frase “Fucking northern monkeys!”.

A expressão northern monkeys é usada há muito tempo na Inglaterra, de maneira depreciativa, claro, para designar os moradores do norte do país. O termo northern monkeys, macacos do norte, quer dizer algo como os idiotas do norte, os estúpidos do norte. Não por acaso, o norte da Inglaterra é famoso por ter um povo carrancudo, mas ao mesmo tempo muito bem humorado, o que faz com que tenham um humor encharcado de sarcasmo, nonsense e auto depreciação. Exemplo disso são os Beatles, vindos de Liverpool. George Harrison, típico inglês do norte, era maravilhosos em entrevistas. “George, como se chama esse corte de cabelo de vocês?” e ele responde: “Arthur.”, “George, você é o beatle que menos aparece sorrindo nas fotos. Por quê?” e ele responde “Porque meus lábios doem.”.

Liverpool é uma cidade litorânea, um dos portos mais importantes da Inglaterra. Se você dirigir na direção leste, 100 quilômetros pelo interior do país, você chega em Sheffield, uma das cidades mais importantes da revolução industrial. Além de sua importância histórica, a cidade é conhecida por ter entre seus moradores, ilustres estrelas do rock. São de lá o cantor Joe Cocker, o vocalista do Simply Red, Mick Hucknall e todos os integrantes da banda Def Leppard. E mais recentemente, a cidade revelou uma das bandas mais importantes dos últimos 20 anos na música pop, os Arctic Monkeys.

No natal de 2001, os amigos e vizinhos Alex Turner e Jamie Cook ganharam de seus respectivos familiares uma guitarra cada um. No ano seguinte, já estavam montando uma banda com a turma do colégio, os camaradas Glyn Jones no vocal, Andy Nicholson no baixo e Matt Helders na bateria. A banda se chamava Bang Bang e tocava covers de Led Zeppelin e outros clássicos, mas também eram ligadíssimos em Oasis, Strokes e Queens of the Stone Age. Glyn Jones não durou muito na banda, acabou cansando e saiu fora. A vaga de vocalista caiu no colo de Alex Turner, que era tímido e precisou aprender a lidar com isso para ser o frontman. Além disso, a saída de Glyn motivou a banda a mudar de nome e começar a escrever suas próprias canções.

A banda passou a se chamar Arctic Monkeys e a tocar em vários lugares do norte da Inglaterra. Em 2003 a banda distribuía para o público que frequentava seus shows alguns CDs com gravações demo de algumas de suas músicas. Como as cópias eram limitadas, quem ganhava o CD invariavelmente copiava para outros amigos e convertia as faixas para distribuir pela internet. E cada vez mais gente se interessava pela banda. Uma página no extinto Myspace chegou a ser criada com o nome e as músicas da banda, sem que nenhum dos integrantes tivessem alguma coisa a ver com aquilo. Literalmente, a banda viralizou. Em 2004, sem nenhuma gravação oficial, a banda já era muito popular no Reino Unido, se apresentou na rádio BBC e tocou em alguns dos principais festivais da Inglaterra, o Reading Festival e o Leeds.

Em 2005 lançam o EP Five Minutes with Arctic Monkeys, com apenas 1500 cópias em CD e 2000 em vinil de 7 polegadas, além de estar disponível no iTunes Music Store. Com esse EP, assinam com a gravadora independe Domino, que lança o single I Bet You Look Good on the Dancefloor. O single foi pras cabeças e a banda apareceu na capa da tradicionalíssima revista New Music Express, a NME. Nessa altura do campeonato, não só o single, mas as faixas dos EPs e das demos antigas circulavam loucamente pela internet. E isso não impediu que o lançamento do primeiro disco da banda fosse um estouro. Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not saiu em 2006 e vendeu mais de 300 mil cópias em uma semana, um recorde no Reino Unido até então.

Tá, mas o que essa banda tem de mais pra ser tão celebrada? Pra começar, Alex Turner é um compositor muito criativo. A banda tem uma sonoridade atemporal, suja, mas atraente. A postura “Foda-se o que você pensa de mim” da banda, herdada dos Oasis, uma de suas maiores influências, fica evidente na sonoridade e no jeito de cantar de Turner. A sobreposição de guitarras remete aos Strokes com arranjos simples, mas truncados e surpreendentes. E aqui estamos falando só sobre o primeiro disco da banda, ainda hoje um dos mais influentes do século XXI. E o lance é que só melhorou depois disso.

Em 2007 lançaram o segundo disco, Favourite Worst Nightmare, que também vendeu muito! Em seguida, a banda se junta a um dos seus heróis para lançar Humbug em 2009, que teve a produção de Josh Homme, do Queens of the Stone Age. O quarto disco, Suck It and See, de 2011, manteve o alto nível de canções. Mas nada comparado ao salto que a banda daria a seguir. Em 2013 lançam o antológico AM, disco irretocável e considerado por muitos a obra prima dos Monkeys. Além da pegada suja e direta, a banda incorporou uma sonoridade mais soturna, um quê de David Bowie, um som que deixa a dúvida entre o vintage e o moderno. Sem falar nas composições excelentes. Imagina as expectativas depois de um disco desse! Pois eles conseguiram, se não se superar, manter o mesmo altíssimo nível de AM com o disco Tranquility Base Hotel & Casino, lançado em 2018. Atualmente a banda lançou 2 singles, Body Paint e There’d Better Be a Mirrorball e tem seu sétimo disco programado para sr lançado no dia 21 de outubro deste ano. Aguardemos.

Legal demais conhecer a história a banda, seus influências, seus discos… muito bom. Mas tem aquela curiosidade que não quer calar. De onde esses caras tiraram esse nome maluco, Arctic Monkeys? A verdade é que ninguém sabe ao certo. A própria banda se recusa a responder essa pergunta, as poucas vezes que falou a respeito, foram dadas respostas controversas, cada hora um conta uma história diferente. Mas tem uma teoria que, por ser tão simples e sem graça, merece ser citada, e justifica o, aparentemente deslocado, primeiro parágrafo deste texto. O filme do Guy Ritchie, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, contém um dos poucos registros diretos do uso da expressão Northern Monkeys. Ninguém se espantaria que alguns moleques do norte da Inglaterra pegassem essa expressão e, com o seu humor auto depreciativo, tentasse exagerá-la ao máximo.  Ora, qual é o ponto mais ao norte do planeta? Exatamente. O Ártico.

Só mesmo a Strip Me para te contar a história de uma das bandas mais legais dos últimos tempos e, de quebra, te dar uma teoria absurda, mas coerente, sobre o nome da banda, pra você poder contar na mesa do bar pros seus amigos! E, vamos falar sério, não tem como não amar os Arctic Monkeys, uma banda do c@r#l%o! E é lógico que ela está bem representada com pelo menos duas estampas excelentes na Strip Me! E não é só camiseta de música não! Também tem de cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra essas e outras estampas e  fica por dentro de todos os nossos lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada, a dificílima tarefa de selecionar 10 das melhores faixas dos Arctic Monkeys! Arctic Monkeys Top 10 tracks.

Para assistir: Pra quem ainda não viu, tem que ver. E pra quem já viu, vale a pena demais rever! Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, filme de 1998 do Guy Ritchie é uma pérola escondida do cinema cult que merece ser lembrada! Um filmaço!

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Pensar no look perfeito faz parte do planejamento de quem vai a algum evento ou festival de música. E para saber como se vestir bem é necessário conhecer alguns detalhes muito importantes, como o tema do festival, o seu próprio estilo, duração, quem vai tocar e muito mais.

Um exemplo é que, dependendo do dia, a camiseta Rock in Rio precisará conter elementos que fazem referência aos grandes nomes do Rock e do Heavy Metal, ou então deverá ter ícones da cultura POP.

Já a camiseta Lollapalooza pode ter detalhes minimalistas, coloridos, que cite uma banda ou um artista que participará do evento.

Agora, se for a camiseta para o Primavera Sound, você pode investir em um look mais alternativo. Na hora de escolher a camiseta de festival perfeita, tudo vai depender do local, do horário e do que você quer expressar com o seu look.

Vários jovens com mãos pra cima vistos de costas curtindo festival de música

3 dicas para arrasar no look

Agora você confere 3 dicas para saber como se vestir bem em um festival e arrasar no look. Continue lendo!

Escolha roupas confortáveis e adequadas para o local

Na hora de escolher a camiseta para festival para aproveitar todos os momentos sem incômodo, pense em manter o estilo sem perder o conforto, sem passar muito frio ou muito calor.

Para isso, considere se o evento estará cheio, se ocorre a céu aberto ou em local fechado, se será durante o dia ou durante à noite e, por consequência, a temperatura e o clima.

Modelo masculino de calça preta básica e camiseta branca com estampa Hip Hop, modelo exclusivo Strip Me
Camiseta Hip Hop Strip Me Clothing

Utilize acessórios

O que não faltam são acessórios para deixar o seu look ainda mais completo e descolado.

Seja com itens coloridos ou até mesmo em uma única cor, em formatos distintos ou com diversas funcionalidades, eles são uma ótima opção para deixar o seu visual mais autêntico e diferente.

05 modelos de bolsas shoulder bag Strip Me, Cores: preto com verde, preto com cinza, preto com roxo, preto com preto e preto com branco
Shoulder Bags Strip Me Clothing

Não deixe de passar a sua personalidade

O look é onde a sua personalidade pode e deve ser comunicada. É a partir da construção dos detalhes que a sua identidade ficará em evidência para os outros participantes do festival.

Modelo feminina usando a camiseta WTF preta Strip Me
Camiseta WTF preta Strip Me Clothing

Opções para montar o seu look ideal não faltam e, para deixá-lo ainda melhor e totalmente com o seu estilo, visite o site e escolha as camisetas Strip Me que mais tem sua cara. Não tem como errar 😉

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