Decoração, tipografia e gambiarra: O Manual Não Oficial da Estética Brasileira

Decoração, tipografia e gambiarra: O Manual Não Oficial da Estética Brasileira

Boteco, piso de caquinho e cartaz de oferta amarelo são ícones da brasilidade. A Strip Me te leva num passeio divertido pela estética brasileira raiz. Identidade visual, afeto e criatividade popular.

A estética brasileira vendida para o mundo é linda, poética, quase idílica. O Cristo Redentor de braços abertos, praias de areia branquíssima e mar azul-turquesa, o brilho dos desfiles de escola de samba, dribles e gols estonteantes de jogadores de futebol. Isso tudo realmente existe. (Ok, nosso futebol anda devendo faz um tempinho… mas deixa isso pra lá.)

O fato é que tudo isso faz parte da estética brasileira. Mas essa é só uma camada. É a fachada do estabelecimento. Porque aqui, do lado de dentro, tem muito mais.

Existe outra estética — mais profunda, mais cotidiana, mais verdadeira. Uma estética que não se aprende em faculdade de design e não aparece em comerciais de TV. Ela vive nas ruas, nos mercados, nos botecos, nos improvisos e nas soluções criativas que só o brasileiro é capaz de conceber.

É a gambiarra que funciona, o cartaz de oferta que grita em pincel atômico, o piso de caquinho que sobrevive a reformas, a samambaia que enfeita a sala. Uma estética feita de identidade visual popular, memória afetiva e personalidade única.

A Strip Me apresenta hoje esse Brasil colorido, criativo e autêntico. Um manual não oficial — mas totalmente reconhecível. E você com certeza vai se identificar em todos os capítulos.

Capítulo 1 — Boteco Design: estilo e brasilidade

Se você quer entender a estética do Brasil profundo, entre no primeiro botequim que encontrar. Aquela mesa de plástico colorida gasta, que outrora estampava alguma marca de cerveja. A parede de azulejo antigo que sobreviveu a reformas. O cardápio escrito à mão, pendurado na parede perto da TV. Aliás, TV esta que está estrategicamente colocada em cima de uma geladeira velha, e está sempre ligada, passando algum jogo de futebol ou capítulo de novela.

É uma decoração espontânea, e muito funcional. Cada item tem sua história e seu propósito. E tudo isso junto forma um estilo inconfundível, que combina nostalgia com improviso. Não é à toa que a gente se sinta tão em casa no boteco.


Capítulo 2 — Tipografia vernacular: a arte dos cartazes de supermercado

Os cartazes fluorescentes com preços absurdamente específicos (R$ 7,93, R$ 5,47…) são um capítulo à parte da estética brasileira. As letras desenhadas com pincel atômico em folhas coloridas são um exemplo claro do que se chama tipografia vernacular — um design espontâneo, direto, nascido da necessidade.

Esse tipo de lettering, feito à mão por funcionários de mercado, virou arte popular. Uma estética que não segue regras formais, mas que salta aos olhos e cumpre seu papel: comunicar com força, urgência e identidade.


Capítulo 3 — Decoração de casa: camadas de história e afeto

Na casa brasileira, estilos se misturam sem pedir licença. Piso de caquinho na varanda e no quintal, parede com textura de esponja na sala, filtro de barro na cozinha, ventilador de parede no quarto com umas fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim amarradas na frente, manta de crochê no sofá, toalhinha sobre a TV e rede na sala. Isso sem falar nos bibelôs ornamentando uma prateleira, onde uma Nossa Senhora e um Buda convivem na mais plena harmonia.

E, claro, as plantas: samambaia pendurada na varanda, costela de adão perto da janela, espada-de-são-jorge protegendo a entrada. É um ecossistema estético que vai além do visual — é memória afetiva, é aconchego, é o mais puro suco de Brasil.


Capítulo 4 — Estética das férias: o charme do descomplicado

A praia é um recorte muito peculiar da estética brasileira. Guarda-sol listrado, isopor com adesivo de cerveja, cadeira de alumínio com tecido desbotado, canga estampada com onça ou flores. E o som ambiente — que mistura o pagodinho com os gritos do vendedor de picolé — completa o cenário.

Tudo parece bagunçado, mas há uma ordem invisível. Uma lógica do improviso que funciona. É a estética da liberdade, do sol, da alegria coletiva.


Capítulo 5 — Gambiarra: a arte da solução brasileira

Poucas coisas definem melhor o Brasil do que a gambiarra. A criatividade diante da necessidade se transforma em arte cotidiana. É o ventilador amarrado com arame, o varal feito com fio de internet, a extensão tripla pendurada num prego.

Mais do que resolver problemas, a gambiarra brasileira inventa um novo jeito de olhar o mundo. Um jeito onde a estética também é adaptação. Por quê chamar de improviso, se podemos chamar de gambiarra?

Essa estética que a gente vê nas ruas, nos botecos, nos mercados e nas casas brasileiras é muito mais do que decoração ou improviso — é um espelho da nossa história, da nossa criatividade e da forma como encaramos a vida. Ela fala de afeto, de solução prática, de beleza espontânea. Fala de um país que se reinventa todos os dias, com ou sem verba, com ou sem régua, mas sempre com identidade. E na Strip Me, o que não falta é personalidade, e exaltação às brasilidades. Confere na nossa loja as coleções de camisetas de Carnaval, Brasilidades, Plantas, Cultura Pop e muito mais. No nosso site você também ficas por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai Fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichadíssima, que é brasilidade pura! Brasilidades Top 10 tracks.

Inspiração para o Dia dos Namorados: saiba o que 4 casais icônicos da cultura pop escolheriam para presentear.

Inspiração para o Dia dos Namorados: saiba o que 4 casais icônicos da cultura pop escolheriam para presentear.

Para o Dia dos Namorados que está chegando, a Strip Me se inspirou em quatro casais icônicos da cultura pop para ajudar você a encontrar o presente ideal, com personalidade, estilo e muito amor.

Presentear quem a gente ama parece fácil, mas não é bem assim. Se você está no começo do relacionamento, ainda está descobrindo os gostos e o estilo da pessoa amada, se o relacionamento já tem alguns anos de vida, vai ficando cada vez mais difícil surpreender. Mas, no fim das contas, esse é um dos charmes do Dia dos namorados, esse desafio, essa vontade de dar um presente incrível, a ansiedade de saber o que você vai ganhar… isso sem falar no jantarzinho, ficar agarradinhos no sofá. Enfim, Dia dos Namorados é tudo de bom!

E, pensando nessa escolha do presente ideal, a Strip Me está aqui para te dar uma forcinha. Para isso, criamos um cenário divertido: e se alguns casais icônicos trocassem presentes com as nossas coleções? O que será que Beyoncé daria pro Jay Z? E o que Elton John escolheria para David Furnish? Assim, selecionamos quatro casais famosos, cada um com uma personalidade marcante, e imaginamos o que eles escolheriam da Strip Me para presentear um ao outro. O resultado foram combos apaixonados, estilosos e com muita personalidade.

Beyoncé & Jay Z

Rainha do pop e do empoderamento, Beyoncé é uma força criativa que transborda talento e presença. Jay Z é um dos maiores nomes do rap e do business musical, dono de uma mente afiada tanto no microfone quanto nos negócios. Juntos, formam um dos casais mais poderosos (e estilosos) da cultura pop. Música, arte e atitude são a alma dessa parceria.

De Beyoncé para Jay Z:

Queen B não deixaria passar a chance de presentear seu rei com peças que celebram suas raízes. O combo escolhido por ela é um tributo ao som que moldou a carreira de ambos. A camiseta Pick Up traz o visual old school dos toca-discos, enquanto a camiseta Hip Hop celebra com orgulho o hip hop dos anos 90, que inspirou e fez de Jay Z uma lenda viva.

De Jay Z para Beyoncé:

Jay sabe que sua musa brilha em qualquer pista. Por isso, ele apostaria na elegância vintage da camiseta Grace Pleasures, com a diva Grace Jones em destaque, e na vibe dançante da camiseta Let’s Dance, inspirada no clássico de Bowie. Afinal, ela merece presentes com referências a ícones que estejam a altura de seu talento e estilo.

Daniela Mercury & Malu Verçosa

Daniela e Malu são sinônimo de amor, liberdade e luta por igualdade. A cantora e a jornalista, ambas baianas, se tornaram um símbolo da visibilidade LGBTQIA+ no Brasil ao celebrarem publicamente sua união. Juntas, irradiam brasilidade, alegria e engajamento. Um casal vibrante, que mistura música, cor e afeto em tudo o que fazem.

De Malu para Daniela:

Quando se trata de brasilidade, cor e intensidade, ninguém supera Daniela Mercury. Malu escolheu para ela a camiseta Cajuína, que explode em cores vibrantes como as que Daniela carrega em sua música e presença. Já a camiseta Jaboticaba é um toque pessoal: um carinho aos olhos escuros, doces e intensos da cantora, que são como jaboticabas maduras.

De Daniela para Malu:

Daniela retribui com duas camisetas que são puro axé e afeto. A camiseta Bonfim, com fitinhas típicas da Bahia, carrega pedidos de sorte, saúde e amor. Já a camiseta Cocada é tropical, doce e vibrante como o sorriso de Malu. Ambas celebrando as origens das duas com muito bom gosto e estilo. Viva a Bahia!

Elton John & David Furnish

Elton John dispensa apresentações — um ícone da música, do estilo e da extravagância, com um coração gigante. David Furnish, cineasta e produtor, é seu parceiro de vida há décadas, sempre discreto, sensível e com um olhar artístico apurado. Eles representam um amor longevo, cúmplice e cheio de brilho. Glamour e parceria definem.

De David para Elton

David conhece bem a alma glitter e dançante de Elton. A camiseta Discoball homenageia toda a era disco, com muito brilho e atitude, já a camiseta Sounds Better é uma verdadeira declaração: “music sounds better with you”. Porque por mais genial que Elton seja, para David, a música sempre soa melhor quando eles estão juntos.

De Elton para David:

Para um diretor e produtor como David, Elton pensaria em algo que mistura arte, cinema e história. A camiseta Câmera 8mm tem a vibe nostálgica do cinema analógico, e a camiseta Tolouse-Lautrec é um aceno ao universo boêmio e criativo que tanto inspira os dois.

Rodrigo Hilbert & Fernanda Lima

O casal queridinho do Brasil! Rodrigo e Fernanda formam uma dupla que encanta pela leveza, beleza e sintonia. Ela, apresentadora e atriz de espírito livre; ele, o multitarefas que cozinha, constrói e faz de tudo um pouco — sempre com charme e simplicidade. Juntos, são o retrato da harmonia entre afeto, estilo de vida e autenticidade.

De Fernanda para Rodrigo:

Fernanda apostaria em camisetas que gritam orgulho de ser quem se é. A camiseta Feito no Brasil e a camiseta Latino Americano refletem bem a vibe do Rodrigo: pé no chão, raiz, engajado e, claro, feito à mão.

De Rodrigo para Fernanda:

Rodrigo não é só marido, pai, cozinheiro, apresentador, marceneiro, ferreiro… ele é também um cara criativo. Por isso, escolheria a camiseta Love, direta e simbólica, e não resistiria a colocar a mão na massa ao escolher uma camiseta personalizada, com estampa criada por ele mesmo. Porque se tem uma coisa que o Rodrigo ama é fazer, especialmente quando é pra ela.

Seja para um namoro recém-começado ou para uma relação que já passou por muitas fases, a Strip Me tem camisetas, bermudas e acessórios que contam histórias, revelam personalidades e mostram sentimentos. Tudo com muito bom gosto, qualidade, conforto e originalidade. Então, neste Dia dos Namorados, celebre o amor com estilo. Chega lá na nossa loja e conheça todas as nossas coleções. Tem arte, música, cinema, cultura pop, bebidas, brasilidades, minimalistas, florais e muito mais! Além disso, no nosso site você fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada e mega romântica pra curtir a dois. Dia dos Namorados Top 10 tracks.

As 10 Melhores Cinebiografias de Todos os Tempos (e Mais Algumas que Merecem Ser Vistas)

As 10 Melhores Cinebiografias de Todos os Tempos (e Mais Algumas que Merecem Ser Vistas)

De Mozart a Tim Maia, saiba quais são os filmes que transformaram vidas reais em clássicos do cinema, e ainda seguem vivos na cultura pop. A Strip Me selecionou os 10 melhores para você. E mais alguns.

A vida imita a arte, a arte imita a vida… e o cinema é o palco onde essa troca acontece com maior intensidade. Poucas coisas são tão fascinantes quanto ver histórias reais ganhando forma na tela grande, com drama, emoção e, muitas vezes, com uma pitada de ficção. As melhores cinebiografias não são apenas retratos fiéis de seus personagens, mas obras que conseguem traduzir a alma de uma pessoa para milhões de espectadores.

Selecionar um top 10 das melhores cinebiografias é um trabalho hercúleo. Mas a Strip Me não se intimida assim tão fácil, e encarou esse desafio. Para elaborar essa lista, nos guiamos por uma combinação de fatores: qualidade cinematográfica (com direção afiada, roteiro bem construído, fotografia exuberante), repercussão de público e crítica (incluindo bilheteria e premiações), impacto da performance do ator ou atriz que interpreta o biografado, e, claro, a relevância que o filme conquistou na cultura pop. Muita coisa boa ficou de fora. Por isso, além do nosso Top 10, não resistimos e elencamos também uma lista de menções honrosas e outra com cinebiografias brasileiras que merecem ser lembradas.

Portanto, sem mais delongas, a Strip Me apresenta as 10 melhores cinebiografias de todos os tempos, organizadas em ordem cronológica de lançamento:


Raging Bull (1980) – Martin Scorsese

Robert De Niro mergulha no papel do boxeador Jake LaMotta como se estivesse lutando pela própria alma. Com direção brutal e sensível de Scorsese, o filme retrata com intensidade a autodestruição, o orgulho e a redenção de um homem dividido entre a violência e a vulnerabilidade. Esteticamente um filme lindíssimo, filmado em preto e branco e com uma fotografia marcante. Clássico absoluto do cinema norte-americano.

Amadeus (1984) – Milos Forman

A rivalidade entre Mozart e Salieri se transforma em uma ópera cinematográfica arrebatadora. Visualmente deslumbrante, com atuações inesquecíveis (Tom Hulce como o excêntrico gênio e F. Murray Abraham como o invejoso Salieri), o filme conquistou 8 Oscars e permanece como uma das maiores cinebiografias da história. Além de competir em pé de igualdade com Um Estranho no Ninho pelo título de obra prima de Milos Forman.

Great Balls of Fire! (1989) – Jim McBride

Dennis Quaid interpreta o selvagem Jerry Lee Lewis com energia explosiva e carisma. A cinebiografia é elétrica, exagerada e cheia de rock n’ roll, exatamente como seu protagonista. Um retrato divertido e caótico de um dos nomes mais polêmicos da música americana. O longa conta com a direção frenética de McBride e roteiro escrito por Myra Lewis, ninguém menos que a esposa de Jerry Lee.

The Doors (1991) – Oliver Stone

Val Kilmer não atuou em The Doors, mas sim incorporou Jim Morrison em uma performance hipnotizante, quase sobrenatural. Oliver Stone constrói um retrato psicodélico e visceral da banda, da contracultura e do caos que cercava o “Rei Lagarto”. Um mergulho intenso na mente de um ícone pop controverso e eterno.

Malcolm X (1992) – Spike Lee

Um retrato poderoso de uma das figuras mais importantes do século 20. Denzel Washington brilha, ou melhor, incendeia, no papel do líder ativista, em um épico dirigido com urgência e paixão por Spike Lee. O filme emociona, revolta e inspira, tudo ao mesmo tempo. Um marco indispensável do cinema negro, e uma das obras mais influentes dos anos 90.

O Povo Contra Larry Flynt (1996) – Milos Forman

Woody Harrelson vive Larry Flynt, o controverso criador da revista Hustler, em uma cinebiografia provocadora sobre liberdade de expressão e moralidade pública. Com toques de humor ácido e um roteiro afiado, o filme mostra como até os personagens mais polêmicos podem se tornar defensores de princípios democráticos. Mais uma obra irretocável de Milos Forman, que conta ainda com atuações brilhantes de Edward Norton e Courtney Love.

Ray (2004) – Taylor Hackford

Jamie Foxx simplesmente é Ray Charles. A performance rendeu a ele o Oscar de Melhor Ator, em uma cinebiografia que combina talento musical, drama pessoal e superação com ritmo e emoção. Um tributo poderoso a uma verdadeira lenda do soul. Vale lembrar que Taylor Hackford também dirigiu o memorável O Advogado do Diabo, além de vários clipes e um ótimo documentário sobre Chuck Berry. Em Ray, ele juntou sua expertise em vídeos musicais com seu talento para dirigir dramas.

Walk the Line (2005) – James Mangold

A trajetória conturbada de Johnny Cash ganha vida com Joaquin Phoenix no papel principal e Reese Witherspoon como June Carter. O filme mostra os altos e baixos de uma lenda do rock n’ roll e da música country, com um toque romântico e performances arrebatadoras. Recentemente, Mangold voltou ao mundo da música ao conceber o excelente A Complete Unknown, que só não entrou nessa lista porque não é exatamente uma biografia, já que retrata só um breve recorte da vida de Bob Dylan.

Vice (2018) – Adam McKay

Christian Bale está irreconhecível como Dick Cheney, o vice-presidente mais poderoso (e controverso) da história americana. O filme mistura crítica política, humor ácido e uma montagem ousada para contar como o “homem nos bastidores” moldou uma era inteira da política mundial. O filme em si é realmente maravilhoso. A versatilidade e fluidez que McKay imprime é deliciosa. Mas o destaque aqui vai para Christian Bale que não só entregou uma interpretação fantástica. Ele se recusou a usar maquiagem pesada e enchimentos nas roupas, engordando quase 20 quilos para interpretar Cheney.

Oppenheimer (2023) – Christopher Nolan

Um épico moderno que fez história. Nolan leva o espectador para dentro da mente de J. Robert Oppenheimer, o físico responsável pela criação da bomba atômica. Cillian Murphy entrega uma performance intensa e complexa, em um filme monumental que levanta dilemas éticos e existenciais com maestria. Ao lado de Interstelar, esta é uma das obras mais grandiosas de Nolan!


Top 5 – Menções Honrosas

São tantos filmes memoráveis que não dá pra não falar desses também! São verdadeiras joias que quase entraram no Top 10:

  • Man on the Moon (1999) – Jim Carrey como Andy Kaufman em uma performance excêntrica e arrebatadora.
  • Frida (2002) – Um retrato sensorial e intenso da artista mexicana Frida Kahlo.
  • Capote (2005) – Philip Seymour Hoffman mergulha no escritor Truman Capote, em um estudo de personagem impecável.
  • Milk: A Voz da Igualdade (2008) – Sean Penn vive o ativista Harvey Milk em um filme inspirador e necessário.
  • A Teoria de Tudo (2014) – Eddie Redmayne se transforma em Stephen Hawking com emoção e sensibilidade.

Top 5 – Cinebiografias Brasileiras

O Brasil tem histórias incríveis, e muitas delas já viraram grandes filmes. Aqui vão cinco que merecem ser lembrados:

  • Garrincha: Estrela Solitária (2003) – A vida do “anjo das pernas tortas”, em toda sua glória e tragédia.
  • Olga (2004) – Uma história de amor, política e tragédia com forte impacto histórico.
  • Cazuza – O Tempo Não Para (2004) – O furacão que foi Cazuza, com poesia, música e intensidade.
  • Chico Xavier (2010) – A jornada espiritual e humana do médium mineiro.
  • Tim Maia (2014) – Soul, funk, temperamento e talento em uma cinebiografia à altura do síndico.

Histórias reais sempre mexem com a gente. Talvez porque lembrem que por trás de todo ídolo, gênio ou herói, existe um ser humano cheio de contradições, dúvidas e paixões. E é justamente essa humanidade que faz da arte algo tão poderoso. Aqui na Strip Me, a gente também acredita no poder de histórias bem contadas, e no estilo que acompanha cada uma delas. Se toda vida daria um filme, certamente a Strip Me é o melhor figurino. Vem conhecer nossa coleção de camisetas de cinema, música, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas as nossas coleções e fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o que há de melhor nas trilhas sonoras de alguns dos filmes citados nesse post. Cinebiografia top 10 tracks.

10 Curiosidades incríveis sobre a trilha sonora de Pulp Fiction que você precisa conhecer.

10 Curiosidades incríveis sobre a trilha sonora de Pulp Fiction que você precisa conhecer.

Mais do que músicas de fundo, as canções de Pulp Fiction ajudaram a contar a história, mudaram a indústria fonográfica e marcaram a cultura pop para sempre. A Strip Me desvenda para você os segredos dessa trilha sonora inesquecível!

De maneira geral, a trilha sonora não é apenas um acessório no cinema, ela está integrada à narrativa. A música (ou ausência dela) ajuda a transmitir com mais intensidade a mensagem ali contida. Por exemplo, é a ausência de música que faz de Onde os Fracos Não Tem Vez uma obra tão avassaladora, bem como é a música genial de John Willians que faz E.T. – O Extraterrestre tão emocionante, ou Indiana Jones ser tão empolgante. Além disso, o uso de canções pop também sempre tiveram esse efeito ao longo da história do cinema. Born to Be Wild está eternamente ligada ao filme Easy Rider, assim como Mrs. Robinson ao A Primeira Noite de Um Homem, e assim como tantas outras canções ligadas a filmes memoráveis. Tendo tudo isso em mente, fica evidente o quão revolucionário para o cinema foi Pulp Fiction, a obra prima de Quentin Tarantino, em 1994.

Propositalmente, Tarantino não quis nenhuma música composta para o filme, nenhum tema ou música incidental. Ele apenas fez uma seleção de canções que iam do surf ao country, passando pelo soul, funk e rock e as distribuiu pelo filme. Numa entrevista de 1995, Tarantino diz que utilizou a surf music como fio condutor de todo o filme porque percebeu que soa como se Morricone fizesse rock n’ roll. Em Pulp Fiction, as músicas vão muito além de ambientar as cenas, para serem parte ativa da narrativa. Cada escolha musical feita por Tarantino carrega peso emocional e simbólico, ajudando a descrever estados de espírito, antecipar reviravoltas ou intensificar a atmosfera de uma sequência de cenas. O disco da trilha sonora foi lançado praticamente junto com o filme e realmente mudou o cenário da música pop e a forma como a indústria cinematográfica iria trabalhar as trilhas sonoras dali em diante.

Uma trilha sonora tão emblemática como essa não poderia deixar de ser celebrada pela Strip Me, que se identifica completamente com a pegada rock n’ roll e a diversidade de estilos que Pulp Fiction apresenta. Por isso, trouxemos hoje 10 curiosidades sobre essa obra prima.

A seleção.
Como Tarantino escolheu as músicas de Pulp Fiction

Tornou-se notório depois de Pulp Fiction que Tarantino escolhe muitas músicas das trilhas sonoras de seus filmes antes mesmo de escrever as cenas. Indo um pouco além de Pulp Fiction, para ilustrar isso, o cineasta afirmou que já sabia que queria usar a música Don’t Let Me Be Misunderstood para um duelo com espadas samurai, e a cena toda do final de Kill Bill foi coreografada em cima da canção. A mesma coisa aconteceu com boa parte das canções de Pulp Fiction. Tarantino desenvolveu as cenas já tendo as músicas como referência. E foi essa relação simbiótica que fez essa trilha sonora ser tão revolucionária.

Não é só música.
Os diálogos memoráveis entre as canções

Um dos grandes charmes do álbum de Pulp Fiction é que ele não traz apenas música, intercalando trechos de diálogos memoráveis do filme entre as faixas. O efeito é imediato: ao ouvir o álbum, você praticamente reassiste ao filme na cabeça, revivendo cenas, personagens e toda a atmosfera única da trama. Embora Pulp Fiction não tenha sido o primeiro a misturar falas e músicas em uma trilha sonora, foi um dos responsáveis por popularizar esse formato e transformá-lo em tendência. Poucos meses depois, a trilha de Assassinos por Natureza (que também tem o dedo de Tarantino, aliás) seguiria um caminho parecido. A diferença é que, em Pulp Fiction, as falas foram incorporadas de forma tão natural que o álbum inteiro se transforma numa experiência cinematográfica auditiva.

Ferramenta narrativa.
Como a trilha ajuda a contar a história do filme

Ao invés de buscar músicas da época ou encomendar composições incidentais para cada cena, Tarantino escolheu faixas que causassem emoção, que pudessem efetivamente reforçar o humor ácido, a tensão, ou a sensação de nostalgia artificial que permeia todo o filme. Em Pulp Fiction, as músicas são parte do storytelling. Bullwinkle Part II acompanha a viagem de heroína de Vincent, criando um clima sombrio e alucinado. Girl, You’ll Be a Woman Soon serve como trilha para a sedução e o prenúncio da tragédia. Comanche transforma uma cena violenta num espetáculo ainda mais desconcertante.
Tarantino usa a trilha sonora como se fosse mais um roteirista, guiando pelas emoções dos personagens e amplificando a experiência sensorial do espectador.

Sucesso.
A trilha sonora que vendeu mais que muita banda grande

Estima-se que o disco da trilha sonora de Pulp Fiction vendeu aproximadamente 6 milhões e 300 mil cópias ao redor do mundo. Só nos Estados Unidos foram pelo menos 3 milhões de cópias. Um feito gigantesco para uma coletânea de músicas antigas e sem nenhuma faixa pop contemporânea à época de seu lançamento. Foi um verdadeiro marco para o mercado fonográfico. Vale lembrar também que ali entre 1994 e 1995 rolou a popularização do CD, que tornava a experiência de ouvir o disco mais agradável, não sendo necessário interromper a audição para virar o lado do disco. Qualquer pessoa que tenha vivido os anos 90 certamente tem uma história com essa trilha sonora. Na maioria das vezes, essas histórias se resumem a ouvir o disco repetidas vezes por meses a fio.

Um empurrãozinho rumo ao mainstream.
Como a banda Urge Overkill estourou graças a Tarantino

A banda Urge Overkill foi formada em 1986 em Chicago. Uma típica banda de rock alternativo, como muitas que surgiram na época, aparentemente fadada a tocar nas college radios, e só. Entre 1989 e 1991, lançou 3 discos independentes. Após receber alguns elogios abrindo shows do Nirvana em 1991, na lendária tour do Nevermind, a banda assinou com a Geffen e lançou um EP em 1992 e um novo disco em 1993. Mesmo com contrato com uma grande gravadora, estavam longe de ser uma banda famosa e muito popular. Foi quando Tarantino se encantou com a versão que a banda fez para uma música de Neil Diamond, gravada no tal EP de 1992. Depois do estouro de Pulp Fiction, catapultados pela música Girl, You’ll Be a Woman Soon, a banda passou a tocar em festivais, aparecer na mídia e tudo mais. Mas não conseguiram segurar a onda. Lançaram um disco às pressas em 1995, que não foi muito bem sucedido e a banda se separou em seguida. Rolou uma reunião da banda em 2010, e eles seguem por aí até hoje, sem fazer muito alarde.

Surf Revival.
O renascimento da surf music pós-Pulp Fiction

A surf music foi concebida e ganhou notoriedade no comecinho dos anos 60, se dividindo em duas vertentes: a surf music e as surf songs. A surf music propriamente dita era essencialmente instrumental, inspirado por bandas como The Ventures, o guitarrista Dick Dale formatou a música surf como a conhecemos. Guitarra estralada, levemente distorcida e afundada em reverb, sobre uma batida cadenciada e um baixo hipnótico. Já as surf songs eram as músicas de bandas como Beach Boys e Jan and Dean, que emulavam um pouco dessa sonoridade, mas tinha vocais trabalhados, músicas com letras falando sobre praia e etc. O gênero era muito popular, mas foi perdendo espaço para a psicodelia, o rock de protesto… e caiu no ostracismo ali pelos anos 70. Até que Tarantino resolveu utilizar a surf music como base para a trilha sonora de Pulp Fiction. Os anos 90 viveram um baita revival de surf music por conta de Pulp Fiction. Dick Dale voltou a gravar discos e fazer shows e pintaram novas bandas, como Man or Astro-Man, totalmente inspiradas na linguagem surf.

Clássico mediterrâneo.
Misirlou: de melodia exótica a hino pop dos anos 90

A faixa mais emblemática de toda a trilha sonora de Pulp Fiction certamente é Misirlou. Mas se engana quem pensa que foi Dick Dale o criador da obra. Misirlou, na verdade, é uma música tradicional dos povos do mar Mediterrâneo, principalmente Grécia e Turquia. É dessas músicas antiquíssimas, cujo autor é desconhecido. Ela já foi gravada algumas vezes, inclusive, antes de Dale. Reza a lenda que Dick Dale estava numa festa tocando guitarra, e foi desafiado por amigos a tocar uma música usando apenas uma corda do instrumento. Lembrou-se então dessa melodia que seu pai, de origem turca, cantarolava em casa. Tocou e gostou do resultado. Acabou desenvolvendo o arranjo e gravando Misirlou em 1962. Pouco mais de 30 anos depois, Tarantino desenterrou essa pérola e a tornou uma das músicas instrumentais mais populares dos anos 90, chegando a tocar massivamente nas rádios (coisa raríssima para uma música instrumental). Mais recentemente, ela serviu de base para o Black Eyed Peas cravar um dos maiores clássicos da primeira década do século vinte e um, a música Pump It.

Dança no improviso.
A cena da dança mais icônica do cinema

A sequência mais marcante de Pulp Fiction é a dança de Mia Wallace e Vincent Vega competindo pelo troféu do Concurso de Twist do Jack Rabbit Slim’s. Essa cena acabou se tornando umas das mais parodiadas do cinema desde então. E foi uma cena idealizada por Tarantino já tendo a música You Never Can Tell, do Chuck Berry como trilha. Provavelmente foi a música que inspirou a criação da cena, inclusive. Mas o mais curioso aqui é que tudo foi feito meio que no improviso. Principalmente a dança. Normalmente, numa situação como essa, a dança é coreografada e os atores ensaiam antes de filmar pra valer a cena. Mas aqui não. Tarantino simplesmente montou todo o set e orientou Uma Thurman e John Travolta a improvisarem. Colocou a música pra tocar e disse ao casal algo como: “Dancem e se divirtam, que a gente vai filmando aqui”. Deu no que deu.

Legado.
Como a trilha de Pulp Fiction virou referência cultural

Quando Pulp Fiction chegou aos cinemas em 1994, ele não apenas reinventou o cinema independente, mas também revolucionou a maneira como o público e a indústria encaravam trilhas sonoras. A trilha sonora de Pulp Fiction definiu o tom do filme e se tornou um fenômeno cultural que redefiniu a importância das músicas licenciadas no cinema. Com seu ecletismo calculado, Tarantino provou que uma boa trilha pode ser tão icônica quanto os próprios personagens, elevando a narrativa e gerando um impacto que ultrapassa as telas. Ainda hoje, ao ouvir qualquer faixa dessa seleção histórica, é impossível não ser transportado de volta para o universo estilizado e explosivo do filme. Para ver esse impacto basta pegar os filmes da metade dos anos 90 pra cá. Além de usarem cada vez mais as falas intercaladas às músicas, podemos notar trilhas cada vez mais cuidadosas na seleção das músicas utilizadas. Repare, por exemplo, nas trilhas de filmes como Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (1998), Onze Homens e Um Segredo (2001) e, recentemente, o ótimo Cruella (2021). Este é o legado da trilha sonora de Pulp Fiction.

Edição de colecionador.
A edição especial da trilha com faixas bônus e raridades

Para celebrar os 10 anos do lançamento de Pulp Fiction, a MCA Records lançou em 2003 uma reedição da trilha sonora de Pulp Fiction. Music From The Motion Picture Pulp Fiction (Collector’s Edition) foi lançado apenas em CD nos Estados Unidos e Europa. Traz uma capa diferente, com apenas um recorte do cartaz do filme, com o olhar fatal de Uma Thurman. O disco traz ainda quatro músicas extras, que aparecem no filme, mas não entraram no disco. São elas Since I First Met You, da banda The Robins e Rumble, do guitarrista Link Wray, que tocam na cena da conversa entre Mia e Vincent no Jack Rabbit Slim’s, Strawberry Letters #23 dos Brothers Johnson, que aparece brevemente no início do filme, quando Jules e Vincent andam pelo corredor do prédio, e Out of Limits, da banda The Marketts, mais um surf que toca após Bruce Willis acelerar a moto, quer dizer, a chopper, ao dizer “Zed’s dead, baby.” Por fim, o disco traz ainda um trecho de uma entrevista onde Tarantino fala sobre a trilha sonora de Pulp Fiction. E a faixa começa com ele logo dizendo: “A primeira coisa que faço quando tenho uma ideia para um novo filme, é ir até minha coleção de discos e começo a ouvir música.”

A verdade é que Pulp Fiction é uma fonte inesgotável de inspiração. Seja pela estética, pela história desconstruída, pelos diálogos inesquecíveis ou pela trilha sonora arrebatadora e atemporal. Não é à toa que a obra prima de Tarantino seja um dos temas mais explorados pela Strip Me, tanto nas estampas de camisetas, sempre lindas e originais, seja nos textos aqui do blog. Para conhecer todas as nossas camisetas que fazem referência a Pulp Fiction e ainda conferir toda a nossa coleção de camisetas de cinema, dá uma olhada na nossa loja. Além disso, por lá você encontra camisetas de música, arte, cultura pop, bebidas e muito mais, e também todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Olha, a gente até poderia, como de costume, fazer um top 10 com as melhores músicas da trilha sonora do filme. Mas é uma tarefa deveras inglória. Então vamos colocar aqui o link pra você simplesmente ouvir toda a trilha sonora, e rever o filme mais uma vez na sua mente, enquanto curte cada faixa. Ouça aqui.

O Lado B da Música Brasileira: Ritmos que Contam Outras Histórias do Brasil.

O Lado B da Música Brasileira: Ritmos que Contam Outras Histórias do Brasil.

A riqueza musical brasileira vai além do sertanejo e do samba. A nossa música pulsa com ritmos regionais cheios de identidade e tradição, que nem sempre alcançam todos os cantos do país. Por isso, a Strip Me apresenta 5 ritmos típicos que revelam as raízes culturais do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Parece óbvio dizer isso. Mas, nem só de Caetano Veloso, Anitta, Gilberto Gil, Belo e Chitãozinho & Xororó vive a música brasileira. Existe um Brasil musical que não sobe ao palco do Rock in Rio, que raramente aparece nas playlists das mais tocadas do Spotify, mas que faz parte da alma sonora do país. Estamos falando do lado B da música brasileira, gêneros musicais e ritmos regionais que são muito populares em determinadas regiões, mas que não alcançam visibilidade nacional. Gêneros musicais que contam recortes únicos da história do Brasil, com autenticidade e identidade própria.

Do Norte ao Sul, passando pelo Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, cada canto do país vibra ao som de gêneros que merecem ser descobertos. Se liga nessa trip sonora pelos ritmos mais incríveis, apesar de pouco conhecidos nacionalmente, da nossa música, que a Strip Me preparou para você.

Milonga. O som e a poesia dos pampas gaúchos.

Com origens nas tradições gauchescas e forte influência da cultura platina, a milonga é um gênero musical que expressa a vida no campo, o amor pela terra e o espírito do gaúcho. É marcada por compasso lento, melodia melancólica e letras profundas. A milonga é o lado mais introspectivo e poético do Sul. Se originou entre os povos pampeanos ainda entre o fim do século dezenove e início do século vinte. Uma região onde as culturas uruguaia, argentina e brasileira se misturaram de maneira muito intensa. Inclusive, considera-se que a milonga deu origem ao tango argentino, mas no Brasil não sofreu tantas mudanças rítmicas e segue sendo uma das mais tradicionais formas de expressão do povo gaúcho, tendo sido incorporada até mesmo no rock, com bandas como Graforréia Xilarmônica e Engenheiros do Hawaii.

Moda de Viola. O lirismo do interior do sudeste.

Nascida nas roças e estradas de Minas e São Paulo, a moda de viola é uma forma musical que narra a vida rural com lirismo e profundidade. A viola caipira de 10 cordas dá o tom às histórias cantadas por duplas, que cantam fazendo harmonia em intervalo de terças. A moda de viola deu origem ao que conhecemos hoje nacionalmente por sertanejo. Na real, a música sertaneja vem passando por muitas modificações ao longo das décadas. Começou com a moda de viola, depois foi mudando sua estrutura rítmica e melódica incorporando elementos de guarânias paraguaias, enveredou pelo pop romântico, ganhou solos de guitarra, e hoje se divide entre a sofrência e o sertanejo universitário, muito mais urbano. Mas a moda de viola segue viva e representa o Sudeste longe da urbanização, com cheiro de terra molhada e café coado na hora.

Rasqueado. O som envolvente do Pantanal.

Mistura de polca paraguaia, ritmos indígenas, música sertaneja e até mariachis mexicanos, o rasqueado mato-grossense é um gênero alegre e contagiante. Presente em festas de peão e festivais regionais, ele é tocado com viola, acordeão e muito improviso. É o coração sonoro de Cuiabá e adjacências. Seu nome se refere à forma como os dedos “rasgam” as cordas de instrumentos como a viola de cocho, criando um ritmo característico. O rasqueado influenciou muito a música sertaneja atual (também chamada de sertanejo universitário). Em algumas canções de artistas matogrossenses como Zé Lucas & Benício e Luan Santana, dá pra notar o ritmo contagiante do rasqueado.

Brega. Os nordestinos também amam.

Talvez o gênero musical mais conhecido nacionalmente dessa lista, o brega se popularizou Brasil afora ali pelo fim dos anos noventa, comecinho dos dois mil, com Frank Aguiar e seu Morango do Nordeste. Mas, muito antes do brega ser cool, ele já era trilha sonora dos corações partidos no Nordeste brasileiro. Com letras diretas e dramáticas, o brega mistura romantismo exagerado e arranjos eletrônicos. De Reginaldo Rossi ao atual brega funk de Recife, o gênero se reinventa sem perder a essência popular. O brega, na verdade, já tem derivações distintas que fogem do padrão do estilo até os anos oitenta, alguns dos quais distantes da linha romântica popular, como são os casos do brega pop e do tecnobrega, categorizados pela modernização dos instrumentos musicais e por uma batida mais dançante. Por muito tempo chamado de cafona, o brega é, na verdade, uma das maiores expressões do sentimento popular nordestino. Suas letras falam de dor de cotovelo, paixão, traição e redenção com uma intensidade dramática única. É música pra cantar junto com lágrimas nos olhos e cerveja na mão.

Guitarrada. A surf music da Amazônia.

A banda Calypso, com seu inconfundível guitarrista Chimbinha, é apenas a ponta do iceberg de um gênero musical irresistível chamado guitarrada. Sabe aquele som estalado de uma stratocaster sem distorção, carregada no reverb? Então, essa é a base da guitarrada. Uma mistura de carimbó, cúmbia, merengue e rock instrumental, que resulta num som dançante e hipnótico. Criada por Mestre Vieira nos anos 1970, seguido por nomes como Aldo Sena e Manoel Cordeiro, a guitarrada é popularíssima no norte do Brasil, mas conquista também o povo nordestino. O maior expoente recente do gênero, aliás, é uma banda alagoana chamada Figueroas, com clássicos como Melô do Jonas e Bangladesh. Para saber como Dick Dale soaria se tivesse nascido em Belém do Pará, basta pegar qualquer disco do Aldo Sena.

Esses ritmos são mais que estilos musicais, são manifestações culturais vivas, ligadas ao cotidiano, à história oral e à ancestralidade do povo brasileiro. Ao dar play nesses sons, a gente se conecta com o Brasil profundo, plural e diverso que nem sempre aparece nos holofotes da mídia. E você bem sabe que a Strip Me veste a camiseta da brasilidade e da música brasileira em toda a sua diversidade. Se você curtiu essa viagem musical pelos ritmos regionais do país, aproveita o embalo e cola lá no nosso site. Conheça nossas coleções de camisetas de música, brasilidades, Carnaval, cultura pop e muito mais. Além disso, você fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Claro, uma playlist caprichada com o lado B da música popular brasileira. Lado B da MPB top 10 tracks.

David Fincher em estado bruto: todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

David Fincher em estado bruto: todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

Obcecado por crimes, detalhes e personagens quebrados, David Fincher moldou o cinema moderno com estilo inconfundível. Hoje a Strip Me celebra sua obra com um ranking cheio de tensão e personalidade.

Quando o assunto é cinema de suspense com estética sombria, reviravoltas de tirar o fôlego e personagens complexos, não tem pra ninguém, David Fincher é o cara. Diretor visionário, perfeccionista assumido e mestre na arte de nos deixar desconfortáveis na poltrona, Fincher construiu uma das filmografias mais impactantes das últimas décadas. Seu olhar clínico para os detalhes, a obsessão por múltiplas tomadas e a parceria com roteiristas afiados transformaram cada um de seus filmes em experiências profundas. Não é à toa, que ele foi escalado para dirigir a continuação de uma das obras mais impactantes de Quentin Tarantino, Era Uma Vez em Hollywood.

Mas não para por aí. Antes de dominar Hollywood, Fincher fez história dirigindo videoclipes memoráveis para artistas como Madonna, Aerosmith, Nine Inch Nails e George Michael, apresentando sua linguagem visual estilizada que ficou célebre posteriormente nas telas de cinema. Para celebrar esse artista polivalente, a Strip Me vai rankear os filmes de David Fincher do menos marcante ao mais inesquecível.


10. Alien 3 (1992)

A estreia de David Fincher nos cinemas foi turbulenta. Marcado por muitas interferências de produtores, Alien 3 não é um grande filme. O próprio Fincher renega a obra. Ainda assim, dá pra sacar alguns traços do estilo que viria depois, a atmosfera opressiva, o senso estético, a câmera inquieta. É um filme imperfeito, mas com ecos do talento bruto que ele lapidaria mais tarde. Um começo conturbado para uma carreira brilhante.

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Video.


9. The Killer (2023)

Aqui Fincher mergulha na rotina de um assassino profissional, mas deixa de lado o efeito surpresa presente em seus melhores trabalhos. O mais recente da lista é uma espécie de volta às origens minimalistas do diretor. Um filme frio e metódico como seu protagonista, um assassino profissional. A estética é impecável, como sempre, a narração é envolvente, quase hipnótica, mas falta aquele impacto emocional que outros filmes causam. Ainda assim, é um estudo interessante sobre obsessão, rotina e violência, com um Michael Fassbender mandando muito bem.

Onde assistir: Netflix.


8. Quarto do Pânico (2002)

Um suspense de ambiente fechado que explora bem a tensão entre mãe e filha presas em casa durante uma invasão. É o mais comercial dos filmes de Fincher, e ainda assim é muito melhor do que a média do gênero. Jodie Foster manda bem como mãe em modo sobrevivência, Kristen Stewart pré-Crepúsculo já mostra talento, e o uso do espaço e da câmera digital é um show à parte. Tenso, direto, eficiente. Fincher no modo menos é mais. É um filme muito bom, mas apesar de sólido, não chega ao nível das obras-primas do diretor.

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Video.


7. The Game (1997)

Um thriller psicológico com clima de pesadelo. O filme que fez todo mundo desconfiar do próprio aniversário. The Game é um quebra-cabeça paranoico estrelado por Michael Douglas e cheio de reviravoltas. Talvez não envelheça tão bem quanto outros trabalhos de Fincher, mas ainda prende do começo ao fim. Sabe aquela sensação de que o chão vai sumir sob seus pés? Isso aqui tem de sobra.

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Video.


6. Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2011)

Adaptação sombria e elegante do livro de Stieg Larsson. A performance de Rooney Mara como Lisbeth Salander é um dos pontos altos do filme. Aqui temos o mais puro suco de David Fincher: trilha sonora marcante do mestre Trent Reznor, aquele clima sombrio, personagens quebrados e um mistério denso. Uma obra com um peso visual e narrativo de respeito!

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Video.


5. Garota Exemplar (2014)

Um estudo de personagem disfarçado de suspense policial. Fincher entrega uma narrativa afiada sobre manipulação, casamento e mídia. Que fique claro, boa parte do êxito deste filme se deve ao roteiro, muito bem adaptado do livro de mesmo título e assinado por Gillian Flynn, que é também a autora do livro. Somam-se ao roteiro as atuações brilhantes de Rosamund Pike e Ben Affleck, e aquela tensão crescente que Fincher domina como poucos, Gone Girl é uma aula de como contar uma história sombria com elegância e veneno.

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Video.


4. O Curioso Caso de Benjamin Button (2008)

Aqui Fincher sai da sua zona de conforto para contar uma história delicada sobre o tempo, a vida e o amor. A fotografia e os efeitos visuais são deslumbrantes, e Brad Pitt entrega uma ótima atuação. Visualmente impressionante e emocionalmente ambicioso, esse épico romântico é talvez o trabalho mais fora da curva de Fincher. Mas, convenhamos, falta aquela tensão visceral que marca os grandes filmes do diretor. Ainda assim, foi indicado a 13 Oscars e mostra que Fincher também sabe brincar com o coração, mesmo que não seja seu playground favorito.

Onde assistir: Netflix, Apple TV e Amazon Prime Video.


3. A Rede Social (2010)

Com roteiro afiado de Aaron Sorkin e trilha de Trent Reznor e Atticus Ross, Fincher transforma a história da criação do Facebook num drama tenso e elegante. Aqui temos a direção precisa e eficiente de Fincher, que faz deste drama moderno com ritmo de thriller, um filme surpreendente e subestimado. É sobre ambição, ego, ambição, traição, ambição, tecnologia… já falamos ambição?

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Video.


2. Zodíaco (2007)

Baseado em fatos reais, é um thriller investigativo que foge do convencional. Fincher cria um retrato minucioso do caos e da frustração em busca da verdade. Meticuloso. Longo. Obsessivo. E absolutamente hipnotizante. Zodíaco é uma das obras-primas de Fincher, um mergulho profundo num caso que nunca foi resolvido. Não espere respostas, mas prepare-se para uma investigação que vai ficando cada vez mais densa, angustiante e real. Desses filmes que crescem a cada vez que é visto de novo.

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Vide

1. Empate Técnico

Não tem jeito. São filmes distintos no enredo e estética, duas obras brilhantes e revolucionárias. Além disso, ambos os filmes trazem, com certeza, as duas melhores atuações de Brad Pitt em toda sua carreira. Não tinha como colocar um acima do outro.

Clube da Luta (1999)

A maior subversão da cultura pop desde o movimento punk. Fight Club virou culto, camiseta, tatuagem e frase de efeito. Por trás da estética suja e dos socos na cara, temos uma crítica brutal ao capitalismo, à masculinidade tóxica e à alienação moderna. A dupla Edward Norton e Brad Pitt entregam atuações inacreditáveis, a fotografia caótica, os cortes bruscos da edição, o clima denso que David Fincher consegue criar, tudo isso resulta numa obra assombrosa e excitante ao mesmo tempo. Ao final só resta mesmo perguntar Where’s My Mind?

Onde assistir: Apple TV e Amazon Prime Video.


Seven – Os Sete Crimes Capitais (1995)

Atmosfera pesada, direção implacável, performances arrepiantes e um dos finais mais impactantes da história do cinema. Um clássico que redefiniu o jeito de se fazer thrillers policiais. Brad Pitt merecia um Oscar pela sequência final no deserto, uma atuação muito poderosa. Não fosse Clube da Luta, poderíamos afirmar com tranquilidade que Seven é a obra-prima de David Fincher.

Onde assistir: HBO Max, Apple TV e Amazon Prime Video.


Poucos diretores contemporâneos conseguiram imprimir uma identidade tão forte e reconhecível quanto David Fincher. Seus filmes falam de obsessão, sistemas corrompidos, violência disfarçada e emoções reprimidas, tudo embalado por uma estética impecável e direção precisa. Para além das telas de cinema, Fincher também deixou sua marca na cultura pop por meio de videoclipes e séries de TV. Um artista autêntico e dinâmico. Claramente, é referência e inspiração para a Strip Me criar camisetas com excelência e originalidade. Camisetas de cinema, música, arte, cultura pop, bebidas e muito mais. Acesse nosso site, descubra as coleções e fique por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Como a maioria das trilhas sonoras dos filmes de David Fincher são mais focadas em temas incidentais do que em canções, vamos fazer uma playlist com as músicas que ele produziu videoclipes. E tem muita coisa boa! David Fincher Top 10 tracks.

Camiseta preta básica: o item favorito de 10 celebridades (e você vai entender por quê)

Camiseta preta básica: o item favorito de 10 celebridades (e você vai entender por quê)

Simples, versátil e cheia de atitude: a camiseta preta é aquele clássico que nunca sai de cena. De ícones do rock a estrelas de Hollywood, ela é a escolha certeira de quem sabe que menos é mais. Neste post, a Strip Me te mostra 10 celebridades que usam (e abusam) da camiseta preta básica no dia a dia.

Se existe um item que reina absoluto no universo da moda e do estilo minimalista, é a camiseta preta básica. Atemporal, versátil e sempre elegante, mesmo quando usada despretensiosamente, ela habita os guarda roupas de fashionistas e desencanados com o mesmo peso. Seja como base neutra pra compor visuais mais elaborados, ou como statement de simplicidade e autenticidade, a camiseta preta se impõe soberana. É o tipo de peça que diz muito, mesmo quando parece não querer dizer nada.

E o mais curioso disso tudo é que, entre tantas opções disponíveis no mundo da moda, são justamente as celebridades, esses ícones marcados pelo exagero, glamour e exposição, que não abrem mão desse clássico. Em looks de aeroporto, capas de revista, palcos, passarelas ou mesmo longe dos holofotes, indo ali só comprar um cigarro, a camiseta preta é figurinha carimbada. Não por acaso, ela transmite personalidade, atitude e, claro, muito estilo.

Se você está afim de se inspirar para montar um look com camiseta preta ou simplesmente curte ver como gente famosa incorpora o minimalismo na prática, vem com a gente nessa lista com 10 celebridades que provam que a camiseta preta é a escolha mais certeira do guarda-roupa.

James Dean

O retrato da juventude rebelde. James Dean eternizou a camiseta preta como símbolo de atitude. Com calca jeans justa, botas e uma expressão facial “tô nem aí”, ele moldou o estilo do século XX.

Johnny Cash

O Man in Black fez do preto sua armadura. Variando entre camisas e camisetas, sempre pretas, seu uniforme era praticamente um manifesto anti establishment. Estilo com causa, e muito carisma, claro.

Lou Reed

O poeta urbano de New York e avô do punk. Lou Reed praticamente inventou a postura “não estou tentando agradar ninguém, muito pelo contrário”. Lou e camiseta preta é uma coisa só, não dá pra dissociar um do outro. Seco, direto, real. Estilo sem filtro.

Keanu Reeves

Fiel à camiseta preta como parte de seu visual discreto, Keanu Reeves é prova de que o básico pode ter profundidade. Ele não precisa de muito pra parecer cool. Aliás, tamanha é sua discrição perambulando pelas ruas de LA ou New York, que podemos dizer que ele é o rei do quiet cool.

Kate Moss

Rainha do menos é mais, Kate Moss virou sinônimo de elegância casual. Ela mostra que uma camiseta preta pode ser tão sofisticada quanto qualquer peça de alta-costura, se usada com confiança e sabedoria.

Steve Jobs

O homem que nos ensinou a pensar diferente também provou que vestir-se igual todos os dias pode ser revolucionário. Jobs trajando sua camiseta preta virou ícone do minimalismo e eficiência, que refletem os conceitos básicos de sua empresa.

Rihanna

Ela pode usar o que quiser, e escolhe, muitas vezes, a camiseta preta como ponto de partida pra composições ousadas, super fashion e confortáveis. A camiseta preta, com ela, vai do básico ao glamouroso em questão de segundos.

Winona Ryder

Winona Ryder sempre soube que uma camiseta preta pode carregar toda sua intensidade artística. Nos anos 90, ela era o espírito gótico grunge encarnado. Camiseta preta, cabelo bagunçado e aquela vibe de que ela sabia de coisas que ninguém mais sabia. Estilo eterno.

Angelina Jolie

Poucas pessoas entendem tão bem o poder do preto quanto Angelina Jolie. Ela mistura peças básicas com sofisticação e intensidade. Camiseta preta e calça social? Ela faz funcionar. Camiseta preta e jeans? ela faz o óbvio ser encantador.

Patti Smith

A madrinha do punk trouxe poesia, atitude e roupas andróginas do palco para as ruas. Sua camiseta preta, geralmente por baixo de um blazer masculino, é puro manifesto visual.

A camiseta preta é mais do que uma tendência, é um manifesto de simplicidade, autenticidade e atemporalidade. As celebridades aqui listadas, e muitas outras comprovam que o estilo minimalista, quando bem-feito, fala mais alto do que qualquer mega produção fashion. E, se você curte essa pegada e quer trazer esse visual versátil pro seu dia a dia, a Strip Me tem uma linha de camisetas básicas maravilhosas, com tecido 100% algodão e certificação BCI, corte exclusivo e caimento impecável. O tipo de peça que funciona em qualquer look, pra qualquer rolê, com estilo e muito conforto. Dá uma olhada no nosso site pra conferir e ficar por dentro de todas as nossas coleções e lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com canções dos 4 arautos da camiseta preta básica citados nessa lista. Camiseta Preta top 10 tracks.

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Top 10 Strip Me: Os 10 filmes mais emblemáticos dos anos 80.

Top 10 Strip Me: Os 10 filmes mais emblemáticos dos anos 80.

Os anos 80 foram marcados por uma mudança drástica na indústria cinematográfica, com uma profusão incontável de filmes com uma nova estética e linguagem. A Strip Me dá uma geral nessa década única para o cinema, elencando os filmes mais emblemáticos dos anos oitenta.

O cinema dos anos 80 foi um verdadeiro furacão cultural. Foi a década que consolidou o blockbuster, elevou os efeitos especiais a um novo patamar e nos presenteou com algumas das histórias mais incríveis já contadas na telona. Além disso, a estética vibrante, as trilhas sonoras inesquecíveis e o carisma dos personagens criaram um legado que nos atrai até hoje. Dos filmes de ação aos sci-fi visionários, passando pelas comédias adolescentes e aventuras inesquecíveis, essa foi uma época em que Hollywood encontrou a fórmula perfeita para capturar a imaginação do público.

Não é à toa que o cinema dessa década ainda influencia produções atuais, seja por meio de continuações tardias, reboots, ou pela infinidade de referências espalhadas em filmes e séries modernas. Para não deixar dúvida a esse respeito, a Strip Me fez um difícil recorte para chegar a um top 10 definitivo dos filmes mais marcantes dos anos 80. A lista está em ordem cronológica, já que a intenção não é estabelecer que um é melhor que o outro.

Star Wars: O Império Contra-Ataca (1980)

A continuação que não apenas superou o original, mas também elevou a franquia Star Wars a um nível de excelência raramente visto em sequências. Isso sem falar das cenas inesquecíveis e largamente parodiadas. “Luke, eu sou seu pai”… precisa dizer mais alguma coisa?

Apertem Os Cintos, O Piloto Sumiu ( 1980)

Jim Abrahams, David Zucker e Jerry Zucker reinventaram a comédia nonsense neste clássico repleto de referências à cultura pop, que gerou dezenas de filmes semelhantes nas décadas seguintes, de Corra que A Polícia Vem Aí até Todo Mundo em Pânico.

Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Aventuras nunca mais foram as mesmas depois que Harrison Ford colocou o chapéu e empunhou o chicote e quase foi esmagado por uma bola de pedra gigante. Steven Spielberg e George Lucas redefiniram o gênero com esse clássico, que deu origem a uma franquia campeã de bilheteria com 5 filmes lançados.

Blade Runner (1982)

O cyberpunk nasceu aqui. Visualmente deslumbrante e filosoficamente profundo, esse sci-fi influenciou tudo que veio depois, de Matrix a Westworld. Além do texto brilhante, trouxe inovações em efeitos especiais nunca vistos antes.

E.T. – O Extraterrestre (1982)

Steven Spielberg em sua melhor forma emocional, consegue traçar a linha mais evidente que diferencia os anos 70 e os anos 80 no cinema. Ele próprio dirigiu, em 1977, um outro filme envolvendo aliens, que é muito mais denso e sombrio. Já em E.T. ele traz uma história cheia de aventura, leve e envolvente sobre a amizade entre um menino e um alienígena, que conquistou corações no mundo todo. Além de redefinir a imagem que todo mundo tinha de um alienígena.

Ghostbusters (1984)

Quem você vai chamar? Essa mistura de comédia, terror e ficção científica trouxe efeitos inovadores e personagens que são lembrados até hoje. Isso sem falar no visual, o carro, a logo, os uniformes, os equipamentos… E, pra completar o pacote, uma trilha sonora inesquecível.

De Volta Para o Futuro (1985)

De Volta Para o Futuro é a síntese dos anos 80, evidenciando sua estética, o comportamento e a sociedade em geral. Até porque evidenciando tais características, reforça a diferença entre épocas tão distintas como os idílicos anos 50 e os caóticos anos 80. Essa diferença na cara, deixa o filme bem mais divertido. Viagens no tempo, DeLorean, Marty McFly e Doc Brown formam um combo inesquecível que ainda gera discussões e teorias entre os fãs.

O Clube dos Cinco (1985)

Sem sombra de dúvidas, este é o filme que capturou o espírito adolescente da década de 80. John Hughes definiu o gênero com esse drama sensível e atemporal sobre cinco jovens descobrindo suas identidades. É um filme teen, mas com uma profundidade poucas vezes vista antes no gênero. Um clássico atemporal.

Top Gun (1986)

Está tudo lá! Cenas deslumbrantes de ação, aviões fazendo manobras, Tom Cruise, óculos aviador, jaqueta de couro e uma trilha sonora arrebatadora. Esse filme elevou o conceito de blockbuster a um novo patamar e virou sinônimo de cultura pop oitentista.

Duro de Matar (1988)

John McClane chegou para reinventar o cinema de ação. Um herói improvável preso em um arranha-céu tomado por terroristas. Fórmula perfeita para um dos maiores thrillers de todos os tempos. Depois dele, se tornou comum ver no cinema um cara sozinho explodindo coisas aos borbotões e salvando o dia. Yippee-Ki-Yay, motherf*cker!

Bateu na trave, mas não entrou.

Alguns filmes foram deixados de fora com muita dor no coração, mas não podemos ignorar sua importância. Afinal são filmes populares até hoje, influenciaram muita gente e tem a cara dos anos 80. São eles:

Curtindo a Vida Adoidado
Os Goonies
Dirty Dancing
Quero Ser Grande
Máquina Mortífera

O cinema dos anos 80 moldou a cultura pop de forma única, criando personagens, visuais e histórias que continuam vivos na memória coletiva. Seja revendo essas obras ou percebendo suas influências em filmes e séries modernos, uma coisa é certa: essa década colorida e tresloucada nunca será esquecida! E, no que depender da Strip Me, não só não será esquecida, como será sempre celebrada. Dá uma conferida na nossa coleção de camisetas de cinema pra ver. E não é só isso, tem as camisetas de música, cultura pop, bebidas e muito mais. Além disso, no nosso site você fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Claro, uma playlist caprichada com o que tem de melhor nas trilhas sonoras dos filmes citados no texto. Cinema 80’s top 10 tracks.

Top 10 Strip Me: 10 gatos inesquecíveis da cultura pop.

Top 10 Strip Me: 10 gatos inesquecíveis da cultura pop.

Se tem um bicho que domina o imaginário popular, é o gato. Presente em todas as mídias e expressões artísticas, fica evidente que a vida humana sem um bichano por perto seria muito sem graça. Por isso a Strip Me hoje destaca os gatos mais famosos da cultura pop.

Desde tempos imemoriais, os gatos fascinam e intrigam os seres humanos. Acredita-se que a domesticação desses felinos tenha começado há cerca de 9.000 anos, quando agricultores do Oriente Médio perceberam que os gatos eram ótimos caçadores de roedores. No Antigo Egito, os gatos foram elevados ao status de divindades, sendo associados à deusa Bastet, símbolo da proteção e fertilidade. Sua importância era tamanha que a pena para quem matasse um gato era a morte. De lá para cá, esses animais se espalharam pelo mundo, conquistando lares, corações e, claro, a cultura pop.

O escritor Charles Bukowski, apaixonado por gatos, disse numa entrevista o seguinte: “Se você está se sentindo mal, basta olhar para os gatos, você vai se sentir melhor, porque eles sabem que tudo é exatamente como é. Não há nada para ficar animado. Eles simplesmente sabem. Eles são salvadores. Quanto mais gatos você tiver, mais tempo você viverá”. Misteriosos, independentes e cheios de personalidade, os felinos conquistaram seu espaço no cinema, na TV, nos quadrinhos e até na música. Às vezes eles são parceiros fiéis de personagens icônicos, outras vezes são vilões de bigodes afiados, mas uma coisa é certa: quando um gato aparece na tela, ele rouba a cena.

De mafiosos a bruxas, de desenhos animados a clássicos do rock, os gatos marcaram presença em diversas mídias e ajudaram a construir alguns dos momentos mais memoráveis do entretenimento. A Strip Me apresenta uma lista cheia de fofura com alguns dos felinos mais famosos da cultura pop e sua importância para cada obra.

1. O Gato de Vito Corleone (O Poderoso Chefão)

Nada como um gato no colo para suavizar a imagem de um chefão da máfia. O felino que ronrona tranquilamente enquanto Vito Corleone, interpretado por Marlon Brando, intimida um patrício durante a festa de casamento de sua filha foi um achado de última hora. Diz a lenda que o gato nem estava no roteiro e foi encontrado perambulando pelos estúdios pelo próprio diretor Francis Ford Coppola, que resolveu incluí-lo na cena, que se tornou icônica.

2. O Gato de Holly Golightly (Bonequinha de Luxo)

Audrey Hepburn e seu gato sem nome formaram um dos pares mais inesquecíveis do cinema. No filme Bonequinha de Luxo, o bichano simboliza o espírito livre da protagonista, Holly Golightly. O momento em que ela, no auge da angústia, abandona o gato na chuva e depois o reencontra é de amolecer o coração do mais brutos dos seres humanos.

3. Gato Félix (Quadrinhos e Animação)

Antes mesmo do Mickey Mouse dar as caras neste mundo, o Gato Félix já brilhava nas telonas do cinema mudo. Criado nos anos 1910, esse gato de sorriso largo e truques mágicos encantou gerações. Sua bolsa mágica e sua capacidade de se safar de qualquer enrascada o transformaram em um verdadeiro ícone da animação e dos quadrinhos.

4. Garfield (Quadrinhos e Animação)

Preguiçoso, cínico e adorador de lasanha, Garfield é o gato que todos amam (e se identificam). Criado por Jim Davis em 1978, ele conquistou o mundo com suas tirinhas cheias de humor ácido. Seu ódio às segundas-feiras e suas constantes provocações ao ingênuo cão Odie fazem parte da cultura pop até hoje.

5. Salem Saberhagen (Sabrina, Aprendiz de Feiticeira)

Nenhum gato falante é tão sarcástico e espirituoso quanto Salem. Na série Sabrina, Aprendiz de Feiticeira, esse ex-feiticeiro transformado em gato por tentar dominar o mundo, garante algumas das melhores tiradas da série. Com sua voz grave e comentários afiados, ele rouba a cena sempre que aparece.

6. Bola de Neve (Os Simpsons)

Os Simpsons já tiveram vários gatos chamados Bola de Neve ao longo dos anos, mas o mais lembrado é o Bola de Neve II. Esse felino preto acompanha a família amarela em várias aventuras, sempre mantendo a pose indiferente e misteriosa típica dos gatos. Um verdadeiro clássico da TV.

7. Tom (Tom & Jerry)

Tom é o eterno perseguidor do esperto ratinho Jerry, numa das animações mais famosas da história. Criado em 1940, ele já sofreu todo tipo de pancada, explosão e quedas sem fim. Apesar de sempre acabar derrotado, sua resiliência e expressões exageradas garantiram sua popularidade por décadas.

8. Frajola (Looney Tunes)

“Eu acho que vi um gatinho!” Sim, todos nós vimos mesmo! Frajola é o eterno caçador do passarinho Piu-Piu e, assim como Tom, está fadado a falhar constantemente. Com seu sotaque engraçado e sua insistência em capturar a presa amarela, ele se tornou um dos felinos mais queridos da animação.

9. Stray Cat Strut (Stray Cats)

A banda Stray Cats trouxe o rockabilly de volta às paradas nos anos 80, e sua música Stray Cat Strut é praticamente um hino dos felinos independentes. A canção conta a história de um gato de rua cheio de atitude, que vive a vida do jeito que quer. Um verdadeiro espírito livre, assim como o rock n’ roll, e como todo gato deve ser.

10. The Lovecats (The Cure)

Os britânicos do The Cure entregaram um dos maiores sucessos de sua carreira, The Lovecats, fazendo uma singela e cativante ode aos felinos. Lançada em 1983, a música tem uma melodia envolvente e brincalhona, e seu clipe repleto de gatos consolidou sua conexão com o universo felino. Uma homenagem perfeita ao charme dos bichanos.

Menção honrosa

Ficou muito gato de fora dessa lista, é verdade. Da Mulher-Gato ao Manda Chuva, passando pelos Thundercats, o gato enigmático de Alice no País das Maravilhas, o Gato de Botas do Shrek e tantos outros. Mas não podemos encerrar essa lista sem sequer citar o clássico maior da televisão, uma canção curta, mas cheia de sentimento. Claro que estamos falando de Smelly Cat, o hit inquestionável da querida Phoebe Buffay em Friends. É um dos momentos mais emblemáticos da série. E, seja onde for, sempre que tem um momento emblemático, tem um gato em algum canto observando com desprezo e indiferença.

Seja na tela grande, nos quadrinhos ou na música, os gatos continuam encantando todo mundo com suas personalidades marcantes. Eles podem ser engraçados, sofisticados e notavelmente indiferentes, mas uma coisa é certa: são sempre inesquecíveis. Além da cultura pop, os gatos também deixaram sua marca no mundo das artes plásticas. Um dos exemplos mais famosos é o cartaz “Tournée du Chat Noir“, criado por Théophile Steinlen no século XIX para divulgar o famoso cabaré parisiense Le Chat Noir. A imagem do gato negro elegante e misterioso se tornou um símbolo artístico atemporal tão marcante, que inspirou a Strip Me a criar uma camiseta lindissima. Mas não fica nisso, na coleção de camisetas pet friendly, você encontra muitas outras camisetas incríveis estampadas com gatos e doguinhos. Isso sem falar nas camisetas de cultura pop, cinema, artes e muito mais. No nosso site você confere tudo e ainda fica por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist todinha dedicada a gatos e gatas. Gatos top 10 tracks.

Para ler: A Editora L&PM lançou aqui no brasil o excelente Sobre Gatos, uma coletânea composta de textos e poemas inéditos sobre esses bichos maravilhosos que conquistaram a alma do nosso querido Velho Safado, Charles Bukowski. Leitura recomendadíssima.

Top 10 Strip Me: 10 coisas gringas que o brasileiro melhorou.

Top 10 Strip Me: 10 coisas gringas que o brasileiro melhorou.

O Brasil tem muitas tradições, hábitos e invenções autênticas, genuinamente brasileiras. Mas tem também muita coisa de outros países, que o brasileiro, não só incorporou, mas melhorou. A Strip Me te mostra 10 coisas gringas que ficaram melhores no Brasil.

O brasileiro bem sabe que quem tem limite é município. Para a criatividade, ousadia e alegria de quem é nascido e criado neste país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, certamente não há limite. Mesmo tendo sido colonizado por europeus, o Brasil criou uma cultura própria e muito original. Mesclando conhecimento de povos originários, africanos escravizados e colonizadores europeus, criamos o samba, a cachaça e o hábito de tomar dois ou três banhos por dia quando está muito calor. Enfim, coisas que só se encontra aqui no Brasil. Mas, claro, tem muita coisa que nós absorvemos de outras culturas, como comer guacamole, ouvir reggae e fumar cigarrinho de artista… e depois comer guacamole de novo.

Mas muita coisa gringa que a gente acaba absorvendo para a nossa cultura, é drasticamente modificada e adaptada à nossa realidade, e acaba invariavelmente sendo melhorada. Do dogão de rua ao futebol, da cerveja ao Carnaval. A Strip Me lista agora para você as 10 melhorias mais marcantes de coisas gringas que fazem parte da cultura brasileira.

Futebol

Esporte inventado na fria e sisuda Inglaterra, o futebol chegou aqui no Brasil no final do século XIX trazidos pelo Charles Miller. Rapidamente, o futebol se popularizou, e o brasileiro não só dominou o jogo, como o elevou a outro nível. Ainda mais depois de Pelé, Garrincha, Zico, doutor Sócrates e tantos outros magos da bola. Que o brasileiro melhorou o futebol, é algo inquestionável. Mas se você quiser um argumento realmente imbatível, basta comparar quantas copas do mundo o Brasil ganhou e quantas a Inglaterra ganhou.

Rock n’ Roll

Os Mutantes

Já que estamos falando de ingleses, eis aqui outra coisa tipicamente inglesa que o Brasil melhorou. Mas, calma. Antes de qualquer coisa, a gente sabe que o rock nasceu nos Estados Unidos, Chuck Berry, Elvis e etc. Mas, convenhamos, foram os ingleses que realmente formataram o rock n’ roll de maneira mais dinâmica e cativante através dos Beatles, Stones, The Who e tantos outros. Mas aí vieram os brasileiros e pegaram esse rock britânico e sapecaram ali um suíngue maroto, um temperinho latino, mas sem deixar perder a atitude. Claro que estamos falando do movimento tropicalista, que fez essa revolução musical invejável. Duvida? Basta perguntar pra caras como Sean Lennon, Beck e David Byrne (e se tiver a oportunidade de uma experiência espiritual, ao Kurt Cobain) qual a banda mais criativa que eles já ouviram. A resposta será Os Mutantes.

Fotografia

Amazônia no olhar de Sebastião Salgado

A primeira fotografia feita é atribuída a um francês, Joseph Nicéphore Niépce. E, por um longo período, principalmente na primeira metade do século XX, a fotografia foi dominada por europeus como Henri Cartier-Bresson e Robert Capa. Mas esse jogo virou nos anos 70 quando um fotógrafo mineiro começou a fotografar. Não é exagero dizer que Sebastião Salgado revolucionou a fotografia e o fotojornalismo. Seu olhar sensível e técnica apuradíssima para captar contrastes, nuances e ângulos perfeitos elevam a fotografia ao patamar de obra de arte. Mas o Sebastião Salgado não é o único brasileiro a se destacar mundo afora com seu talento na fotografia. Temos ainda grandes nomes como Araquém Alcântara, Claudia Andujar, Luiza Dorr, Rui Mendes e Walter Firmo.

Réveillon

A tradição de celebrar a virada do ano é comum a vários lugares do mundo, mas só no Brasil temos milhões de pessoas vestindo branco e pulando sete ondinhas na praia. Com direito a fogos de artifício e simpatias que vão de comer lentilha a colocar romã na carteira, o Ano Novo no Brasil é um espetáculo à parte. Vale a pena ressaltar que uma das coisas que torna a virada do ano tão bonita e divertida é essa preocupação com a cor da roupa a ser usada, o branco da paz, o amarelo da riqueza, o rosa do amor… enfim. Isso é uma coisa tipicamente brasileira. Se você for passar a virada do ano em qualquer outro país, dificilmente vai encontrar um monte de gente vestida de branco. Aliás, a origem mesmo de se usar branco no Ano Novo vem das religiões de matrizes africanas, que celebram sempre de branco, pulam ondas e fazem oferenda a Iemanjá.

Festa Junina

E por falar em celebração, a festa junina é uma tradição católica que veio da Europa, através dos colonos portugueses, que celebravam o dia de São João, portanto, era chamada de festa joanina. Mas o brasileiro, que não pode ver uma festa, logo juntou os 3 principais santos católicos que tem seus dias celebrados no mês de junho, Santo Antônio, São Pedro e São João, pra poder fazer festa o mês inteiro, festas que passaram a se chamar, portanto, festas juninas. E a festa de São João em Portugal pode até ser ali muito bonita, tem sardinha assada e tal… e tem o fado, que é bonito, mas é triste, né… Aqui, meu camarada, a festa junina bota pra quebrar com música sertaneja animada, forró, quadrilha, sem falar nos rangos! Pipoca, milho cozido, paçoca, quentão, vinho quente… Olha, a gente melhorou, e foi muito, a festa de São João.

Carnaval

A história do Carnaval está relacionada principalmente com a Idade Média, mas, na real, remonta aos festivais da Idade Antiga, na Babilônia, e depois na Grécia e Roma. Apesar do forte secularismo presente no Carnaval, a festa é tradicionalmente ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma. O Carnaval como a gente conhece tem influência direta do Carnaval que rolava em Veneza, na Itália, séculos atrás, quando as pessoas saíam pelas ruas de máscaras, dançando e bebendo livremente. Mas não tinha ziriguidum, né? Fica até difícil saber por onde começar pra justificar que a gente melhorou o Carnaval. O samba, os desfiles das escolas, os bloquinhos, os trios elétricos… olha, não é que a gente melhorou o Carnaval. A gente simplesmente o reinventou.

Dia dos Namorados

Aqui o papo é direto e reto. Você já experimentou comer fondue no verão, com calor de mais de 30 graus de noite? Você acha que romantismo e monogamia combinam com bloquinho e Carnaval de rua? Claramente, o dia dos namorados em fevereiro é uma sandice para nós, brasileiros. Muito melhor é ter o dia dos namorados em junho, que está mais friozinho, clima propício para um jantar a dois, uma taça de vinho. Até a festa típica do mês, a festa junina, exala romantismo, já que tem casamento na quadrilha e um dos santos celebrados é Santo Antônio, o santo casamenteiro. Inquestionavelmente, dia dos namorados brasileiro é muito melhor.

Português

São 9 no mundo os países que tem o português como idioma oficial. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Em todos eles, o português falado se assemelha muito ao de seu país de origem, Portugal, com o sotaque e vocabulário. Exceto um, o Brasil, é claro! A gente claramente melhorou o idioma, não só com palavras e expressões únicas e charmosas como borogodó, malemolência e eita nóis, mas também imprimindo um ritmo na fala mais agradável e sonoro. E olha que nem vamos entrar aqui nos deliciosos sotaques diferentes que temos aqui no Brasil, todos maravilhosos. A malandragem do carioca, o bom humor do nordestino, o vigor do gaúcho, a leveza do mineirês e as expressões únicas dos nortistas. É igual o futebol. A gente não só aprendeu, mas dominou a parada e melhorou demais.

Tomar cerveja

Vamos com calma. A gente não vai dizer aqui que o brasileiro melhorou a cerveja. De maneira geral, a gente sabe que não dá nem pra comparar as nossas cervejas mais populares com cervejas alemãs, belgas ou holandesas. Agora, o jeito de tomar cerveja, isso a gente melhorou sim, e não tem o que discutir. Onde já se viu tomar cerveja em temperatura ambiente? Esses gringos já viram como é que é a nossa temperatura ambiente aqui? Além do mais, não é só o prazer de tomar uma cerveja estupidamente gelada. Mas é o boteco, a mesa na calçada, a churrasqueirinha com espetinho, a conversa animada com a turma, o torresmo bem fritinho… Não tem pra ninguém! Não tem pub irlandês ou biergarten alemão que supere a aura do boteco. A gente melhorou o jeito de tomar cerveja sim, e pronto!

Gastronomia

No que diz respeito a melhorar coisas estrangeiras, é na gastronomia que o brasileiro brilha de verdade. A começar pelo fato de gostarmos de colocar nomes gringos, que nem sempre condizem com o local mencionado. O pão francês não é um pão tradicional da França, a torta holandesa é criação nossa, e nada tem a ver com os Países Baixos, a linguiça calabresa não tem uma correspondente sequer parecida na Calábria, Itália, e por aí vai. Já pratos tradicionais de outros países ganham mais vida no Brasil. O mirrado hot dog norte americano aqui vira dogão e o céu é o limite para a quantidade de ingredientes a serem acrescentados à salsicha. O sushi japonês, cru e frio, aqui virou o hot roll, que nada mais é que o sushi frito e acrescido de cream cheese, salmão e, às vezes até goiabada. Mas o prato gringo mais brasileiro que existe é o indefectível filé à parmegiana. Na Itália, é tradicional o prato Melanzane alla Parmigiana, ou beringela à parmegiana, que se resume apenas à beringela frita servida com molho de tomate e queijo. Aqui, a gente troca a beringela por um bifão caprichado, empanado e frito, por cima bastante queijo e molho de tomate. E não é servido só não! Ainda acompanha arroz e batata frita, dois carboidratos de uma vez, que é pra dar sustança (sustança, aliás, uma palavra que mostra que a gente realmente melhorou muito o português).

Enfim, está aí, mais que provado que não tem pra ninguém! O brasileiro é insuperável em customizar, adaptar e melhorar qualquer coisa. Enquanto a gente espera a Nasa chegar para estudar o brasileiro, dá uma conferida no nosso site a belíssima coleção de camisetas de brasilidades. A Strip Me se inspira na criatividade e bum humor do brasileiro para desenvolver camisetas originais, super estilosas e muito confortáveis! Na nossa loja você confere todas as coleções e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com músicas gringas que os brasileiros melhoraram com versões em português. Versão Brasileira top 10 tracks.

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