Está tudo conectado, cara! Não, não estou falando da internet! Estou falando da vida, do mundo, e até mesmo deste blog! Aqui você já leu sobre a geração beat que mudou a literatura, sobre a Pop Art que revolucionou a cultura pop, já leu sobre as delícias de se entregar a uma estrada e viver experiências incríveis, tudo isso relacionado aos conceitos que você carrega na mente e no peito, através das nossas camisetas.
O minimalismo tem tudo a ver com esse lance de tudo estar conectado. Afinal, ele começou como um movimento artístico paralelo à Pop Art, nos anos 1950, mas acabou se tornando uma filosofia de vida, que influencia a moda, a arquitetura, comportamentos de consumo e hábitos de saúde. Como o próprio nome sugere, o minimalismo vai contra os exageros, mostrando que com o mínimo de cores, de elementos, de produtos… é possível criar lindas obras de arte, ter espaços funcionais e confortáveis e uma vida feliz e equilibrada.
Na arte, o minimalismo tem como principais nomes Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson, todos artistas norte americanos que abriram caminho para a Pop Art. Afinal, a arte minimalista é pautada pelo uso de cores fortes e figuras geométricas, buscando a essência das coisas. A grande diferença do minimalismo em relação à Pop Art é que a maior parte das obras são abstratas e muito subjetivas. A linearidade e simplicidade das obras minimalistas influenciaram muito a arquitetura, que passou a valorizar espaços amplos e linhas retas e simétricas. O holandês Gerrit Rietveld foi um dos arquitetos mais influentes do começo do século XX. Foi uma das cabeças por trás do De Stijl, movimento artístico europeu, e precursor da arquitetura minimalista.
E uma coisa puxa a outra. Começou nas artes plásticas, depois foi para a arquitetura. A arquitetura já trouxe em sua linguagem o conceito estético aliado a funções práticas. Ou seja, com linhas retas, cômodos amplos, sem muitos móveis, o ambiente fica naturalmente mais iluminado e com maior espaço de circulação, transmitindo tranquilidade, conforto e… liberdade! O pensamento minimalista propõe o apreço ao que nos é essencial. Assim como na arquitetura, ter espaços livres em nossas vidas, onde cada um possa se dedicar a si mesmo, seja meditando, tocando um instrumento musical, lendo um livro… não se prender ao consumismo compulsivo, não trabalhar obsessivamente, mas sim fazer viagens, conhecer pessoas e se conectar com tudo que lhe pareça positivo.
E olha que a gente está só arranhando a superfície aqui. Porque o conceito minimalista foi adaptado em todas as áreas. Na música existem eruditos como Phillip Glass, que incorporou o minimalismo em melodias simples, mesmo usando orquestrações, bem como o duo White Stripes, que tem toda uma linguagem minimalista, desde sua formação (guitarra e bateria) até a estética de seus discos, usando majoritariamente duas cores, inclusive, um dos melhores discos da dupla se chama De Stijl! Tá vendo? Tudo conectado, cara! Também tem escritores considerados minimalistas, que se fazem valer de palavras mais simples e uma estética mais apurada na impressão de suas obras. Esses autores estão mais vinculados à poesia concreta, como E. E. Cummings, Ezra Pound e os brasileiros Augusto de Campos e Décio Pignatari. Também tem o minimalismo na moda, que propõe o uso de roupas mais confortáveis, com estampas discretas, ou nenhuma estampa, e cores mais sóbrias, porém, nada imposto, mas sim proposto, entendendo que quem sabe o que é melhor para você é você mesmo. E ainda tem alimentação, yoga, tatuagens… o minimalismo está em tudo!
Então é isso. Já deu pra sacar que o minimalismo é liberdade! Sinta-se livre para usar e abusar dele. Você pode começar agora mesmo dando uma olhada nas nossas camisetas minimalistas. Que tal?
VAI FUNDO!
Para ouvir: Sempre presente nossa playlist com 10 tracks especialíssimas. Aqui temos um Top 10 de canções que trazem o minimalismo em seu DNA, seja na melodia, seja na estética dos discos.
Para assistir: The White Stripes Under Great White Northern Lights é um filme imperdível! Retrata a tour da dupla pelo Canadá com apresentações explosivas ao vivo e alguns depoimentos bem interessantes.
Para ler: Para quem curte poesia, o livro 2 ou + corpos no mesmo espaço (o título é assim mesmo, tudo em minúsculas… minimalismo, né) é muito saboroso! Do poeta e músico Arnaldo Antunes, este livro traz o olhar moderno e sensível do autor sobre uma época de muitas mudanças no mundo. Livro lançado pela editora Perspectiva em 1997.