Convenhamos, as idas e vindas do Marty McFly para o passado e para o futuro, e até mesmo para um universo paralelo, foram um passeio no parque perto do que Jonas Kahnwald e o pessoal da cidadezinha de Winden passaram, não é mesmo? Crianças desaparecidas, seitas misteriosas, incidentes nucleares, apocalipse, traições, assassinatos e um vai vem temporal que não está no gibi! Não é à toa que Dark se tornou o assunto mais comentado do mundo pop das últimas semanas.
A série é uma produção alemã criada pelo jovem e talentoso cineasta Baran bo Odar e distribuída pela Netflix. Com 3 temporadas, a série começou em 2017 e foi concluída em 2020. Desde o seu lançamento, foi muito elogiada pela crítica e agradou o público. Não por acaso.
Dark nos apresenta a pequena cidade de Winden, na Alemanha, cercada de mistérios. Crianças que desaparecem, uma caverna esquisita e uma usina nuclear muito suspeita. Neste cenário, o jovem Jonas acaba descobrindo uma maneira de viajar no tempo. Começa então uma saga que envolve toda a comunidade da cidadezinha. Jonas, decidido a reparar os acontecimentos terríveis que presencia, precisa encontrar as respostas no passado, no futuro, ou num universo paralelo, onde ele talvez não exista.
Complicado, né? Você nem imagina, cara… Mas acaba que esse é um dos atrativos da série. O roteiro é brilhante e incrivelmente bem amarrado, dada essa complexidade toda. Os personagens são super bem construídos e se sustentam bem para dar corpo à trama. Também o trabalho dos atores é monumental. Outro destaque é a fotografia, que além de muito bem executada, ajuda a contar a história, discretamente mudando as tonalidades de acordo com o tempo que a cena se passa. A trilha sonora também arrebenta, vagando entre o gótico, pós-punk, eletrônico, rock, folk…
Como eu disse no começo, são muitos os fatores que fazem desta série um verdadeiro fenômeno. O mistério que envolve o espectador, a complexidade desafiadora e que acaba recompensando o seu esforço para entender toda a trama com um final delicioso. Olha, é uma série que vale a pena maratonar. Corre lá que ainda dá tempo. Se bem que o tempo é relativo, né…