Top 10 Strip Me: 10 coisas gringas que o brasileiro melhorou.

Top 10 Strip Me: 10 coisas gringas que o brasileiro melhorou.

O Brasil tem muitas tradições, hábitos e invenções autênticas, genuinamente brasileiras. Mas tem também muita coisa de outros países, que o brasileiro, não só incorporou, mas melhorou. A Strip Me te mostra 10 coisas gringas que ficaram melhores no Brasil.

O brasileiro bem sabe que quem tem limite é município. Para a criatividade, ousadia e alegria de quem é nascido e criado neste país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, certamente não há limite. Mesmo tendo sido colonizado por europeus, o Brasil criou uma cultura própria e muito original. Mesclando conhecimento de povos originários, africanos escravizados e colonizadores europeus, criamos o samba, a cachaça e o hábito de tomar dois ou três banhos por dia quando está muito calor. Enfim, coisas que só se encontra aqui no Brasil. Mas, claro, tem muita coisa que nós absorvemos de outras culturas, como comer guacamole, ouvir reggae e fumar cigarrinho de artista… e depois comer guacamole de novo.

Mas muita coisa gringa que a gente acaba absorvendo para a nossa cultura, é drasticamente modificada e adaptada à nossa realidade, e acaba invariavelmente sendo melhorada. Do dogão de rua ao futebol, da cerveja ao Carnaval. A Strip Me lista agora para você as 10 melhorias mais marcantes de coisas gringas que fazem parte da cultura brasileira.

Futebol

Esporte inventado na fria e sisuda Inglaterra, o futebol chegou aqui no Brasil no final do século XIX trazidos pelo Charles Miller. Rapidamente, o futebol se popularizou, e o brasileiro não só dominou o jogo, como o elevou a outro nível. Ainda mais depois de Pelé, Garrincha, Zico, doutor Sócrates e tantos outros magos da bola. Que o brasileiro melhorou o futebol, é algo inquestionável. Mas se você quiser um argumento realmente imbatível, basta comparar quantas copas do mundo o Brasil ganhou e quantas a Inglaterra ganhou.

Rock n’ Roll

Os Mutantes

Já que estamos falando de ingleses, eis aqui outra coisa tipicamente inglesa que o Brasil melhorou. Mas, calma. Antes de qualquer coisa, a gente sabe que o rock nasceu nos Estados Unidos, Chuck Berry, Elvis e etc. Mas, convenhamos, foram os ingleses que realmente formataram o rock n’ roll de maneira mais dinâmica e cativante através dos Beatles, Stones, The Who e tantos outros. Mas aí vieram os brasileiros e pegaram esse rock britânico e sapecaram ali um suíngue maroto, um temperinho latino, mas sem deixar perder a atitude. Claro que estamos falando do movimento tropicalista, que fez essa revolução musical invejável. Duvida? Basta perguntar pra caras como Sean Lennon, Beck e David Byrne (e se tiver a oportunidade de uma experiência espiritual, ao Kurt Cobain) qual a banda mais criativa que eles já ouviram. A resposta será Os Mutantes.

Fotografia

Amazônia no olhar de Sebastião Salgado

A primeira fotografia feita é atribuída a um francês, Joseph Nicéphore Niépce. E, por um longo período, principalmente na primeira metade do século XX, a fotografia foi dominada por europeus como Henri Cartier-Bresson e Robert Capa. Mas esse jogo virou nos anos 70 quando um fotógrafo mineiro começou a fotografar. Não é exagero dizer que Sebastião Salgado revolucionou a fotografia e o fotojornalismo. Seu olhar sensível e técnica apuradíssima para captar contrastes, nuances e ângulos perfeitos elevam a fotografia ao patamar de obra de arte. Mas o Sebastião Salgado não é o único brasileiro a se destacar mundo afora com seu talento na fotografia. Temos ainda grandes nomes como Araquém Alcântara, Claudia Andujar, Luiza Dorr, Rui Mendes e Walter Firmo.

Réveillon

A tradição de celebrar a virada do ano é comum a vários lugares do mundo, mas só no Brasil temos milhões de pessoas vestindo branco e pulando sete ondinhas na praia. Com direito a fogos de artifício e simpatias que vão de comer lentilha a colocar romã na carteira, o Ano Novo no Brasil é um espetáculo à parte. Vale a pena ressaltar que uma das coisas que torna a virada do ano tão bonita e divertida é essa preocupação com a cor da roupa a ser usada, o branco da paz, o amarelo da riqueza, o rosa do amor… enfim. Isso é uma coisa tipicamente brasileira. Se você for passar a virada do ano em qualquer outro país, dificilmente vai encontrar um monte de gente vestida de branco. Aliás, a origem mesmo de se usar branco no Ano Novo vem das religiões de matrizes africanas, que celebram sempre de branco, pulam ondas e fazem oferenda a Iemanjá.

Festa Junina

E por falar em celebração, a festa junina é uma tradição católica que veio da Europa, através dos colonos portugueses, que celebravam o dia de São João, portanto, era chamada de festa joanina. Mas o brasileiro, que não pode ver uma festa, logo juntou os 3 principais santos católicos que tem seus dias celebrados no mês de junho, Santo Antônio, São Pedro e São João, pra poder fazer festa o mês inteiro, festas que passaram a se chamar, portanto, festas juninas. E a festa de São João em Portugal pode até ser ali muito bonita, tem sardinha assada e tal… e tem o fado, que é bonito, mas é triste, né… Aqui, meu camarada, a festa junina bota pra quebrar com música sertaneja animada, forró, quadrilha, sem falar nos rangos! Pipoca, milho cozido, paçoca, quentão, vinho quente… Olha, a gente melhorou, e foi muito, a festa de São João.

Carnaval

A história do Carnaval está relacionada principalmente com a Idade Média, mas, na real, remonta aos festivais da Idade Antiga, na Babilônia, e depois na Grécia e Roma. Apesar do forte secularismo presente no Carnaval, a festa é tradicionalmente ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma. O Carnaval como a gente conhece tem influência direta do Carnaval que rolava em Veneza, na Itália, séculos atrás, quando as pessoas saíam pelas ruas de máscaras, dançando e bebendo livremente. Mas não tinha ziriguidum, né? Fica até difícil saber por onde começar pra justificar que a gente melhorou o Carnaval. O samba, os desfiles das escolas, os bloquinhos, os trios elétricos… olha, não é que a gente melhorou o Carnaval. A gente simplesmente o reinventou.

Dia dos Namorados

Aqui o papo é direto e reto. Você já experimentou comer fondue no verão, com calor de mais de 30 graus de noite? Você acha que romantismo e monogamia combinam com bloquinho e Carnaval de rua? Claramente, o dia dos namorados em fevereiro é uma sandice para nós, brasileiros. Muito melhor é ter o dia dos namorados em junho, que está mais friozinho, clima propício para um jantar a dois, uma taça de vinho. Até a festa típica do mês, a festa junina, exala romantismo, já que tem casamento na quadrilha e um dos santos celebrados é Santo Antônio, o santo casamenteiro. Inquestionavelmente, dia dos namorados brasileiro é muito melhor.

Português

São 9 no mundo os países que tem o português como idioma oficial. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Em todos eles, o português falado se assemelha muito ao de seu país de origem, Portugal, com o sotaque e vocabulário. Exceto um, o Brasil, é claro! A gente claramente melhorou o idioma, não só com palavras e expressões únicas e charmosas como borogodó, malemolência e eita nóis, mas também imprimindo um ritmo na fala mais agradável e sonoro. E olha que nem vamos entrar aqui nos deliciosos sotaques diferentes que temos aqui no Brasil, todos maravilhosos. A malandragem do carioca, o bom humor do nordestino, o vigor do gaúcho, a leveza do mineirês e as expressões únicas dos nortistas. É igual o futebol. A gente não só aprendeu, mas dominou a parada e melhorou demais.

Tomar cerveja

Vamos com calma. A gente não vai dizer aqui que o brasileiro melhorou a cerveja. De maneira geral, a gente sabe que não dá nem pra comparar as nossas cervejas mais populares com cervejas alemãs, belgas ou holandesas. Agora, o jeito de tomar cerveja, isso a gente melhorou sim, e não tem o que discutir. Onde já se viu tomar cerveja em temperatura ambiente? Esses gringos já viram como é que é a nossa temperatura ambiente aqui? Além do mais, não é só o prazer de tomar uma cerveja estupidamente gelada. Mas é o boteco, a mesa na calçada, a churrasqueirinha com espetinho, a conversa animada com a turma, o torresmo bem fritinho… Não tem pra ninguém! Não tem pub irlandês ou biergarten alemão que supere a aura do boteco. A gente melhorou o jeito de tomar cerveja sim, e pronto!

Gastronomia

No que diz respeito a melhorar coisas estrangeiras, é na gastronomia que o brasileiro brilha de verdade. A começar pelo fato de gostarmos de colocar nomes gringos, que nem sempre condizem com o local mencionado. O pão francês não é um pão tradicional da França, a torta holandesa é criação nossa, e nada tem a ver com os Países Baixos, a linguiça calabresa não tem uma correspondente sequer parecida na Calábria, Itália, e por aí vai. Já pratos tradicionais de outros países ganham mais vida no Brasil. O mirrado hot dog norte americano aqui vira dogão e o céu é o limite para a quantidade de ingredientes a serem acrescentados à salsicha. O sushi japonês, cru e frio, aqui virou o hot roll, que nada mais é que o sushi frito e acrescido de cream cheese, salmão e, às vezes até goiabada. Mas o prato gringo mais brasileiro que existe é o indefectível filé à parmegiana. Na Itália, é tradicional o prato Melanzane alla Parmigiana, ou beringela à parmegiana, que se resume apenas à beringela frita servida com molho de tomate e queijo. Aqui, a gente troca a beringela por um bifão caprichado, empanado e frito, por cima bastante queijo e molho de tomate. E não é servido só não! Ainda acompanha arroz e batata frita, dois carboidratos de uma vez, que é pra dar sustança (sustança, aliás, uma palavra que mostra que a gente realmente melhorou muito o português).

Enfim, está aí, mais que provado que não tem pra ninguém! O brasileiro é insuperável em customizar, adaptar e melhorar qualquer coisa. Enquanto a gente espera a Nasa chegar para estudar o brasileiro, dá uma conferida no nosso site a belíssima coleção de camisetas de brasilidades. A Strip Me se inspira na criatividade e bum humor do brasileiro para desenvolver camisetas originais, super estilosas e muito confortáveis! Na nossa loja você confere todas as coleções e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com músicas gringas que os brasileiros melhoraram com versões em português. Versão Brasileira top 10 tracks.

Coleção Brasilidades Strip Me: O melhor do Brasil é a brasilidade.

Coleção Brasilidades Strip Me: O melhor do Brasil é a brasilidade.

Brasilidade é aquele tempero especial que só se encontra por aqui. A Strip Me transformou todo esse tempero em camisetas lindas, que fazem parte da Coleção Brasilidades.

Em vários lugares do mundo a expressão “Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada.” é conhecida. Mas aqui no Brasil o buraco é mais embaixo, e se a vida nos dá um limão, a gente faz logo uma caipirinha, aproveita o embalo e já mete fogo na churrasqueira, chama os amigos. Tudo porque a vida nos deu um limão. Foi pensando justamente que o Brasil tem esse ritmo diferente e tantas outras peculiaridades, que a Strip Me criou uma coleção incrível dedicada às nossas brasilidades. Nossos hábitos, o jeito de falar, a cultura, a gastronomia, e até mesmo o controverso jeitinho brasileiro… o melhor do Brasil é a brasilidade!

Aliás, o jeitinho brasileiro é uma boa maneira de começar esse nosso papo sobre brasilidade. Com razão, é um termo que tem certo peso pejorativo, porque, muito já se viu que essa criatividade do brasileiro é usada muitas vezes para o mal. Não à toa, o jeitinho brasileiro é também conhecido por Lei de Gerson. Gerson de Oliveira é um ex-jogador de futebol, foi um meio campista de primeira, considerado um dos melhores jogadores da seleção brasileira tricampeã de 1970. Seleção essa que tinha também Pelé no seu auge. Inclusive, durante a copa de 1970, Pelé protagonizou um acontecimento único na história do futebol. Ele imortalizou um gol perdido, após uma jogada inacreditável, dando o famoso drible da vaca no goleiro uruguaio no final do jogo entre Brasil e Uruguai, semifinal da competição. Mesmo sem o gol, o lance foi tão bonito, que entrou pra história. Bom, voltando. Gerson, meio campo da seleção, carioca da gema, foi convidado em 1976 para protagonizar o comercial de TV de uma marca de cigarros. Sim, um jogador de futebol fazendo propaganda de cigarro. Outros tempos… Enfim. No comercial, Gerson era entrevistado por um jornalista, que perguntava por que ele tinha escolhido a marca de cigarros Vila Rica. Ele responde: “Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também!” A frase “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?”, dita no mais malemolente carioquês virou bordão, e sempre que alguém precisa justificar alguma subversão desde então, já manda “É a lei de Gerson, né? Eu preciso levar a minha vantagem.”

O outro lado do jeitinho brasileiro, que não tem essa carga pejorativa e tal, já está explícita no parágrafo acima. Faz parte do jeitinho brasileiro contar umas duas histórias diferentes, acabar invariavelmente falando de futebol, para explicar uma coisa que poderia ser dita em duas ou três frases. Convenhamos. Explicar o jeitinho brasileiro falando do gol que não foi mais famoso do mundo e de um jogador de futebol fazendo propaganda de cigarro é o mais puro suco de Brasil! Através de tantas histórias e peculiaridades como essas, a Strip Me se inspira para criar camisetas super estilosas e brasileiríssimas como a camiseta Campinho, a camiseta Não Gol e a camiseta Suco de Brasil. São camisetas mega confortáveis e lindas, cujas estampas são muito bem elaboradas, com personalidade e um toque minimalista. Equilíbrio perfeito entre estilo e simplicidade.

Tá aí! Simplicidade é outra palavrinha fundamental para explicar um pouco melhor esse nosso conceito de brasilidade. Se a gente tivesse que escolher um único ícone, que resumisse tudo que envolve brasilidade, sem sombra de dúvida, o escolhido seria o nosso amado doguinho vira lata caramelo. Pensa bem. O vira lata caramelo é o mestre da adaptação, se sente em casa em qualquer calçada, e, sem fazer força, consegue ser mais fiel que qualquer corinthiano. Ele está lá quando a gente mais precisa, para não desperdiçar aquele petisco que caiu da mesa do boteco na calçada ou para acompanhar o amigo bêbado que, prudentemente, resolveu deixar o carro na frente do bar e foi embora a pé. Importante ressaltar, inclusive, que boteco que se preza tem um vira lata caramelo perambulando entre as mesas. Aquele bar que não tem cardápio de mesa, mas aquele menu pendurado na parede, com as opções e respectivos valores escritos com giz. Onde a cerveja é sempre estupidamente gelada, também conhecida por canela de pedreiro, o único lugar capaz de transformar desconhecidos em amigos de infância em poucos goles. O botequim é a maior instituição da cultura brasileira. Tanto é que até hoje é lembrado o Zicartola, boteco capitaneado pelo casal Dona Zica e Cartola, um dos maiores gênios do samba. Localizado na legendária Rua da Carioca, no centro da cidade do Rio de Janeiro, o estabelecimento servia desde simples porções de salaminho fatiado, até portentosas feijoadas, não deixando faltar a cervejinha gelada e um bom batuque, que era feito pelos próprios clientes. Gente como Zé Ketti, Aracy de Almeida, Nara Leão, Paulinho da Viola e tantos outros. Por pura inaptidão para administrar o negócio, o Zicartola durou apenas 20 meses, de setembro de 1963 a maio de 1965. O estabelecimento passou das mãos de Cartola para outra lenda da música brasileiro, o mestre Jackson do Pandeiro. Ainda bem que o que não falta, ainda mais no Rio de Janeiro, é botequim, que é pra vira lata caramelo nenhum se sentir abandonado.

O boteco não precisa de glamour para ser bom, assim como o vira lata caramelo não precisa de pedigree para ser amado. Glamour e pedigree, aliás, palavras estrangeiras. Ambos são brasilidade em estado bruto: descomplicados, alegres, e com um carisma que derrete qualquer mau humor. É nessa vibe de simplicidade, descontração e afeto que as estampas da coleção Brasilidades da Strip Me são elaboradas. Camisetas de altíssimo nível, perfeitas pra qualquer rolê. Do boteco à balada, do churrasquinho ao festival de música. Se liga, por exemplo na camiseta Sextou, na camiseta Menu de Bar e na camiseta Caramelo do Brasil, pra ver que é exatamente a síntese de tudo que a gente falou até agora.

A gente podia ficar o dia todo aqui especificando brasilidades. Do Abaporu à bossa nova, da jaboticaba à samambaia, da praia de Copacabana à fitinha de nosso Senhor do Bom Fim, do café à cachacinha. É tanta coisa, que a coleção Brasilidades da Strip Me tem mais de 70 estampas! Todas elas, além do bom gosto da estampa, são camisetas confeccionadas com tecido leve e confortável, com certificado BCI (Better Cotton Initiative), com corte e caimento perfeitos do P ao 2XGG. Uma verdadeira celebração à cultura brasileira e tudo que a gente tem de melhor! No nosso site, você confere toda a coleção Brasilidades, além das camisetas de arte, cinema, música, cultura pop, bebidas e muito mais. Lá você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma brasilidade indiscutível é a música. Portanto, confira a nossa playlist Brasilidades Top 10 Tracks.

A Copa do Mundo é Pop!

A Copa do Mundo é Pop!

É inegável. Se tem uma coisa que mexe com a gente, vira nossa rotina de cabeça pra baixo, nos deixa ansiosos, histéricos, empolgados e, muitas vezes, revoltados, mas a gente não sabe viver sem, essa coisa é a Copa do Mundo. Até quem não torce para time nenhum e não liga pra futebol, quando chega a Copa, curte assistir aos jogos, debater com os amigos sobre quem joga bem ou joga mal e quem vai ser campeão do mundo. Mas o que faz com que isso tudo aconteça?

Bom, pra começo de conversa, a Copa do Mundo já se tornou parte da cultura pop. Não se trata simplesmente de uma disputa esportiva entre seleções do mundo. Mas sim uma festa, jogos televisionados, com verdadeiros ídolos em campo, álbum de figurinhas, jingles e músicas marcantes e, mais recentemente, uma infinidade de memes e piadocas difundidas em larga escala em redes sociais. Só por aí, já temos um panorama da importância da Copa do Mundo. Mas vai além, principalmente no Brasil. Afinal, temos aqui uma tradição antiga de apaixonados por futebol. Ainda que o esporte não tenha sido criado aqui, indiscutivelmente nos apoderamos dele, e fizemos do futebol a nossa mais emblemática marca mundo afora.

Chega a ser engraçado que ainda hoje haja quem diga que futebol não se discute. Porra, é o assunto mais discutido no país desde sempre! Seja um Grenal, um Corinthians e Palmeiras, um Flaflu, o futebol está sempre na pauta do brasileiro. Nem que seja para puxar assunto com um desconhecido ou mudar de assunto durante uma conversa desconfortável, com a inabalável frase “E o Corinthians, hein… ?”. E na época da Copa do Mundo isso se intensifica. Começa no sorteio das chaves, onde a gente descobre quem vai jogar contra quem na primeira fase. Depois tem a convocação dos jogadores, momento sempre tenso e que gera muita conversa. E, por fim, os jogos! A melhor parte! Quem não gosta de ir almoçar em plena terça feira e conferir um jogão entre Tunísia e Coréia do Sul?

Mas, além disso tudo, cada edição de Copa do Mundo é marcado por pelo menos um momento muito inusitado, ou um placar de jogo impensável, uma jogada muito controversa, e até mesmo teorias da conspiração. Sendo o Brasil o país que mais participou de Copas do Mundo, aliás, o Brasil é o único país do mundo que esteve presente em todas as edições da competição, é natural que tenhamos muitos desses causos famosos, que entram para a história. Selecionamos aqui 5 destes momentos marcantes do Brasil em Copas do Mundo para contar para você.

Maracanazo

Também conhecido como Maracanaço, mas a expressão em espanhol, Maracanazo, parece mais apropriada. Trata-se do fatídico 16 e julho de 1950. Por incrível que pareça, a Copa do Mundo de 1950 tem muito em comum com a edição de 2014. Começa que ambas aconteceram no Brasil. Assim como em 2014, o Brasil esteve envolvido num jogo que terminou 7 a 1, porém, desta vez o Brasil saiu vitorioso marcando 7 gols na seleção da Suécia. Por fim, a Copa acabou em vexame para o Brasil, que não se sagrou campeão. O estádio do Maracanã acabara de ser inaugurado e era o palco para a final da Copa, entre Brasil e Uruguai. Nas quartas de final e na semifinal, o Brasil vinha de resultados espetaculares, como o 7 a 1 na Suécia e um 6 a 1 na Espanha, enquanto o Uruguai vinha de uma campanha mais sofrida, com um empate entre 2 a 2 e uma vitória de 3 a 2. O clima de “já ganhou” era tão exagerado que o jornalista e empresário Paulo Machado de Carvalho, que viria a ser homenageado no futuro  tendo seu nome na fachada do estádio do Pacaembu, esteve na concentração da seleção brasileira no dia anterior e ficou impressionado com o clima de festa. Ao chegar em casa, de noite, na véspera da final, chegou a dizer para o seu filho: “Vamos perder.”. Dito e feito. O Uruguai entrou em campo determinado, segurando os ataques brasileiros e avançando no campo de ataque. O primeiro tempo acabou sem gols, mas com a superioridade dos uruguaios evidente. No segundo tempo, o Brasil abre o placar com gol de França nos primeiros minutos de jogo.  A resposta uruguaia vem com o gol de Schiaffino com 20 minutos do segundo tempo. O jogo se torna dramático, e a torcida, que até então vibrava, diminui o tom, com ar preocupado. Mas aos 34 minutos do segundo tempo, o ponta direita Ghiggia recebe a bola no campo de ataque, entra na grande área e dispara um chute em diagonal. A bola passa entre as mãos do goleiro Barbosa e vai para o fundo do gol. Uruguai 2 a 1 e um silêncio fúnebre no estádio do Maracanã lotado, com 200 mil pessoas. Até daria tempo de correr atrás do prejuízo, mas a seleção brasileira, que já vinha jogando com dificuldade, desabou frente ao silêncio da torcida. O jogo acabou e o estádio foi se esvaziando. O então presidente da Fifa, Jules Rimet, entregou a taça ao capitão do time uruguaio, Obdulio Varela, em silêncio, com apenas um aperto de mão. O time do Uruguai sequer comemorou a vitória no estádio, dado o clima de velório. O goleiro Barbosa abandonou o futebol, e ainda assim, viveu marcado como o artífice do vexame, e a Confederação Brasileira de Desportos, CBD, Achou por bem remodelar o uniforme da seleção, trocando as camisas brancas com golas e detalhes nas mangas azuis, para o uniforme amarelo com calções azuis que conhecemos hoje. Tudo isso fez com que ficasse eternamente marcado na história o dia 16 de julho de 1950 como Maracanazo.

O Mágico Tricampeonato

Em partes, o Brasil nunca superou o Maracanazo, tanto que estamos aqui, em 2022, ainda falando dele. Mas, por outro lado, superou sim. E o futebol brasileiro se aperfeiçoou e cresceu. Na Copa da Suécia, em 1958, o Brasil foi campeão pela primeira vez. Em 1962, a competição foi no Chile e o Brasil se sagrou bicampeão. Ganhando o tricampeonato, o Brasil poderia levar a taça Jules Rimet para casa, e uma nova taça seria forjada para que a seleção que conquistasse o título por 3 vezes pudesse fazer o mesmo, coisa que não aconteceu até agora. A Copa de 1966 foi na Inglaterra o Brasil teve uma performance mediana, sendo eliminado nas oitavas de final. Mas em 1970, no México, a situação era diferente. O Brasil vinha com um time praticamente imbatível. Pelé estava no auge de sua forma física e já era um jogador experiente, de muita técnica. Ao lado dele um time impressionante com  Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres, todos jogadores habilidosos em seu melhor momento profissional. O Brasil simplesmente passou pela fase de eliminatórias e por toda a Copa do Mundo invicto, sem perder nenhum jogo sequer! Algumas das jogadas espetaculares de Pelé e sua turma durante aquela Copa são reprisadas até hoje e tidas como jogadas insuperáveis. É quando se imortaliza o salto de Pelé dando um soco no ar ao comemorar seus gols. Mesmo com as demonstrações ufanistas não sendo muito bem vistas por boa parte da sociedade brasileira, que vivia o auge da violência na ditadura militar, ninguém resistiu a comemorar o tricampeonato. A taça Jules Rimet finalmente era nossa, e ficaria exposta numa das salas da Confederação Brasileira de Desportos, CBD, que atualmente se chama Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. A Jules Rimet lá permaneceu por pouco mais de 10 anos, até ser roubada, em dezembro de 1983, num dos episódios mais pitorescos e inacreditáveis da história do Brasil.

A Decepção de 1982

Em 1977 Pelé se aposenta. Com a sua aposentadoria e os malucos anos 70 chegando ao fim, o mundo clamava por renovação. No futebol brasileiro isso não tardou a acontecer. Logo no comecinho dos anos 80 despontavam alguns jogadores de força física impressionante e muita habilidade. E não só atacantes, mas em todas as posições, como meio campo, lateral e defesa. Sob o comando do experiente e sisudo técnico Telê Santana, a seleção brasileira foi para a Copa da Espanha, em 1982, considerada pela imprensa do mundo todo e, em especial pelos torcedores brasileiros, como a melhor seleção brasileira já vista na história, com craques em todas as posições. O time titular era formado por Waldir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Junior; Toninho Cerezzo, Falcão, Sócrates e Zico; Serginho Chulapa e Éder. Na reserva o time ainda contava com Roberto Dinamite, Paulo Isidoro, Dirceu e outros mais. Era pra ser uma máquina de moer times e fazer gols. E a seleção até que chegou nas oitavas de final com certo conforto. Ganhou todos os jogos da primeira fase, com direito a goleadas de 4 a 1 em cima da Escócia e 4 a 0 em cima da Nova Zelândia. Mas já nas oitavas de final, a coisa mudou de figura. O Brasil precisou suar muito para ganhar da Argentina por 3 a 1. Ironicamente, o time vinha vencendo, mas não apresentava o espetáculo que se esperava dele. Mesmo assim, os brasileiros chegam às quartas de final para enfrentar a Itália como francos favoritos. A Itália fazia uma Copa sofrível, tendo vencido apenas um dos 5 jogos que fizera até então. Desta forma, instaurou-se mais uma vez o preocupante climão de “já ganhou” entre a comissão brasileira na Espanha. Em campo, o Brasil foi surpreendido por uma Itália aguerrida e bem organizada taticamente. Jogo foi duro. Com 5 minutos, o craque Paolo Rossi já abre o placar, marcando para a Itália. Aos 12 minutos, Sócrates responde pelo Brasil. Tudo igual. Mas Paolo Rossi estava impossível e faz o segundo da Itália aos 26 minutos do primeiro tempo. Começa o segundo tempo e o Brasil tem dificuldade de avançar. Mas num ataque rápido, Falcão marca para o Brasil e empata novamente. 2 a 2. A alegria dos brasileiros durou exatos 6 minutos. Aos 29 do segundo tempo, mais uma vez Paolo Rossi marca para a Itália, fechando o placar. O Brasil foi eliminado tendo, a que era considerada, a melhor seleção de todos os tempos, e foi eliminado no mesmo clima de “já ganhou” que fizera sua tragédia em 1950.

A Copa Vendida

Em 1998 a internet ainda engatinhava, sequer existia a banda larga, a conexão era feita através de pulso telefônico. Mesmo assim, foi a internet que desencadeou uma das teorias da conspiração mais estapafúrdias do Brasil, mas que, por se tratar de Copa do Mundo e futebol, ainda faz o maior sucesso, nem que seja pra tirar aquele sarrinho. Bom, na Copa de 1998, o time do Brasil vinha bem na competição e chegou na final contra a França, país que sediava aquela Copa. O Brasil vinha muito bem, em boa parte por conta do desempenho de Ronaldinho Fenômeno, que estava em seu auge. Pois bem, tudo naquela final conspirou para uma boa teoria da conspiração. Horas antes do jogo, Ronaldinho teve uma convulsão, chegou a ser cortado do time, mas acabou entrando em campo mesmo assim. O Brasil jogou mal e acabou perdendo de 3 a 0. França, campeã, a mesma França que sediava a Copa. Algumas horas depois do fim da final, o site da CBF foi invadido por um hacker, coisa que não era nada difícil na época. No lugar do site, entrou uma página com um texto, absolutamente mau escrito, diga-se, com passagens como “a perca da copa se deu porque…” e outros atentados à língua portuguesa. Mas enfim, o tal texto dizia que havia um acordo entre a FIFA, a CBF e a Nike, para que o Brasil entregasse o título para a França. Em troca, todos os jogadores do Brasil seriam patrocinados pela Nike, coisa que não aconteceu, a Copa seguinte seria no Brasil, o que não aconteceu, foi no Japão, a Copa de 2006 seria sediada em parceria por Japão e Austrália, um absurdo que não aconteceu, foi na Alemanha e, por fim, dizia que o Brasil seria campeão em 2002, na Copa realizada no Brasil. Até acertou que fomos campeões em 2002, mas foi do outro lado mundo. Enfim, ainda que pouca gente tivesse acesso a internet em 1998, a imprensa se encarregou de noticiar largamente a tal invasão do site da CBF e o conteúdo da teoria ali exposta, tornando a teoria popular em todo o canto. Obviamente, tudo foi rapidamente desmentido. Mas a teoria segue tendo seus adeptos até hoje. Afinal, se tem uma coisa que brasileiro gosta tanto quanto futebol, é de uma boa teoria da conspiração.

Manifestações, Memes e 7 a 1.

O ano de 2013 foi dos mais conturbados para o Brasil politicamente. Por todo canto eclodiram manifestações populares, que ganharam as ruas protestando contra corrupção e o establishment político do país de maneira geral. Tais manifestações, que culminaram com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, tinham, entre outras pautas, a realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo em 2014 no Brasil, além das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Tais competições acabariam promovendo a construção de estádios e arenas que teriam seus custos superfaturados e muito dinheiro público sendo desviado, como se provou ter acontecido realmente, anos depois. Por conta disso, durante toda a Copa, que acabou acontecendo no Brasil em 2014, eram muito comuns manifestações na frente dos estádios. Mas não foi só isso que marcou essa Copa. A produção de memes espalhados pelo Twitter e Facebook foi impressionante. Tivemos a Caxirola, um instrumento musical feito para a Copa, mas que não passava de um chocalho, o Canarinho Pistola, o mascote da Copa, que era pra ser um Canário simpático, mas aparentava estar puto da cara, o Mick Jagger pé frio e muitos outros memes. Mas a marca mais profunda da Copa do Mundo de 2014 foi a derrota avassaladora do Brasil para a Alemanha, o fatídico 7 a 1. O Brasil chegou nas quartas de final contra a Colômbia com um desempenho mediano, tendo uma vitória e dois empates. O jogo contra os colombianos foi quente. O Brasil ganhou de 2 a 1, mas perdeu seu nome mais importante. Neymar foi atingido pelo colombiano Zúñiga e teve que sair de campo. Contundido, Neymar não poderia jogar contra a Alemanha na semifinal, no dia 8 de julho de 2014. O jogo foi no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Até hoje, ninguém consegue explicar direito o que aconteceu. Na imprensa, passou a ser usada a expressão “apagão” para designar a performance da seleção brasileira. Os alemães fecharam o primeiro tempo com 5 gols marcados. No segundo tempo vieram mais dois, e um gol brasileiro, marcado por Oscar aos 44 do segundo tempo. Foi uma derrota tão emblemática que, até hoje é comum que as pessoas, ao verem alguma coisa que prejudica o Brasil, seja corrupção, tragédia natural ou alguma outra coisa assim, se diga a frase “É todo dia um 7 a 1.”.

Sejam momentos tristes ou felizes, emocionantes ou engraçados, é disso que a Copa do Mundo é feita, e é por isso que gostamos tanto dela! A Copa e Pop! Por isso a Strip Me não resistiu a esse clima delicioso de Copa do Mundo que vem se aproximando e já soltou uma coleção novinha, super descolada e com estampas incríveis inspiradas na Copa do Mundo! Além das estampas exclusivas, você pode personalizar a sua camiseta inspirada nas figurinhas da Copa ou na camisa 10 da seleção. Para conhecer, entra na nossa loja e dá uma olhada na seção Coleção Copa do Mundo. Além disso, você ainda confere lá as camisetas de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais, e ainda fica por dentro dos nossos lançamentos mais recentes! Então tá feito o jogo. Mata essa bola no peito e escolha a sua camiseta.

Vai fundo!

Para ouvir: Vamos então de playlist da Copa do Mundo, com todas aquelas músicas sobre futebol que a gente ama ouvir em época de Copa! Copa do Mundo Top 10 tracks

Para assistir: Tem no Youtube um curta metragem muito legal sobre um cara nos anos 80 que quer vingar a vida arruinada do goleiro Barbosa depois do Maracanazo de 1950. É uma historinha curta e bem divertida, protagonizada pelo Antônio Fagundes. O curta se chama Barbosa, foi lançado em 1988 e dirigido pela dupla Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado.

Para ler: Um livro leve, mas muito interessante e detalhado sobre a tragédia de 1950 é A Anatomia de uma Derrota. Escrito pelo jornalista Paulo Perdigão e lançado em 2000 pela editora L&PM, a obra traz numa linguagem agradável e muito direta minúcias que tentam explicar a derrota do Brasil para o Uruguai naquele fatídico 16 de julho de 1950.

Cadastre-se na Newsletter
X

Receba nossos conteúdos por e-mail.
Clique aqui para se cadastrar.