Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

O brasileiro sabe que quem tem limite é município. Na arte, na gastronomia, na música, no esporte, a originalidade do brasileiro é incomparável. Mas é no idioma que a gente se supera mesmo! Por isso a Strip Me selecionou as 10 expressões que só o brasileiro fala, e entende.

Não tem pra ninguém! Só quem é daqui entende de cabo a rabo uma boa conversa no mais puro brasileirês. É que num bate papo desses, as palavras vem acompanhadas de um tempero todo especial, tanto é que, na gringa, um brasileiro identifica o outro só de bater o olho. E não adianta fazer vista grossa, o nosso português é muito melhor que o do lado de lá do Atlântico. Afinal, as tais expressões idiomáticas, a gente tem aqui a dar com pau. Muitas delas, quem vem de fora pode achar sem pé nem cabeça, mas pra nós, faz todo o sentido. Mas não vamos ficar aqui batendo na mesma tecla e chovendo no molhado, até porque já publicamos aqui no blog um texto do balacobaco elencando e dando o significado de algumas palavras que só são encontradas no brasileirês. Para ler, clica aqui. Mas não é por isso que vamos ficar aqui moscando. A Strip Me hoje fala na lata as 10 expressões idiomáticas mais populares no Brasil, e que só nós falamos e entendemos em sua plenitude.

Nós na fita.

Essa expressão se popularizou nos anos 90, em especial em São Paulo, mas logo se espalhou para o resto do Brasil. Não tem uma origem conhecida, mas o mais provável é que tenha sido derivada da expressão da mesma época “sair bem na fita”, significando aparecer bem ao ser filmado ou fotografado, lembrando que até o começo dos anos 2000 vídeos e fotos não eram digitais, mas sim gravados em… fitas! De sair bem na fita, veio o “nós na fita” já com uma conotação mais firme, querendo dizer “tamo aí, na atividade”, ou seja, se fazer presente, pronto para o que der e vier.

Cair a ficha.

Mais uma expressão analógica, que para os mais jovens, ainda é usada, seu significado é sabido, mas talvez sua origem não seja tão conhecida. Bom, cair a ficha significa entender alguma coisa depois de um tempo. O uso mais comum da expressão é em frases como “Demorou mas a ficha caiu.” que quer dizer, custou, levou um tempo, mas entendi. Muito antes do celular, se você estava na rua e precisava fazer uma ligação, o único jeito era usar um telefone público, o popular orelhão. Mas, claro, não era de graça. Você precisava comprar fichas, que eram inseridas no telefone, tal qual um fliperama. Fliperama era uma máquina de video game que… bom, deixa pra lá. O fato é que você colocava a ficha no telefone e discava o número. Quando a ligação era conectada, ouvia-se a ficha caindo dentro do aparelho. Portanto, você esperava ali alguns segundos, até que a ficha caía, e você sabia que a ligação havia sido feita. Assim, quando uma pessoa pensa por algum tempo sobre algo que lhe foi explicado, para só então confirmar que compreendeu, convencionou-se dizer: Caiu a ficha.

Para inglês ver.

Filha direta do onipresente jeitinho brasileiro, a expressão “para inglês ver” tem o significado de farsa, enganação, ou então fazer alguma coisa sem cuidado, de qualquer jeito. Quando um produto parece ter boa aparência, mas é de má qualidade, costumamos dizer que pra inglês ver. A origem dessa expressão é macabra e remonta um dos mais cruéis momentos históricos do Brasil. No século XIX o Brasil era o destino de um número obsceno de africanos escravizados. Nessa época, a Inglaterra, impulsionada pela sia Revolução Industrial, já havia abolido a escravidão e forçava os outros países do ocidente a fazer o mesmo. O Brasil, devendo uma grana preta aos ingleses, fazia um decreto atrás do outro proibindo o tráfico de escravos, todos eles solenemente ignorados por traficantes e pelas autoridades que deveriam puní-los. Assim, diziam que tais leis eram só pra inglês ver. Na atualidade, é ainda o equivalente a dizer que no Brasil tem lei que não pega.

Chutar o balde.

Chutar o balde significa agir de forma exagerada, impulsiva, irresponsável. Mas o que isso tem a ver com um balde? A origem da expressão é desconhecida, mas especula-se que vem dos tempos em que criminosos eram condenados à morte por enforcamento. Na maioria dos países europeus, a forca era formada por uma armação de madeira, um tablado com um alçapão embaixo de onde ficava o condenado com a corda no pescoço. No momento da execução, o carrasco abria o alçapão, “tirando o chão” do condenado, que ficava suspenso pelo pescoço, morrendo sufocado. Aqui, as forcas eram mais improvisadas. Sem o tablado, colocava-se uma banqueta, um bloco de madeira ou um balde virado de boca para baixo, onde o condenado subia, ficando à altura da corda que lhe envolvia o pescoço. O carrasco então chutava a banqueta, o bloco ou o balde sob os pés do condenado, que ficava pendurado. Outra teoria, um pouco mais branda, diz que a expressão se originou no interior, entre fazendeiros. Ao ordenhar as vacas, acontecia de alguma ficar mais irritada e chutar o balde onde estava sendo coletado o leite. O que, claramente, deixava o fazendeiro igualmente irritado, a ponto de chutar o balde já chutado pela vaca, é claro.

Chorar as pitangas.

Um dos exemplos mais completos de como o idioma brasileiro se tornou autêntico em relação ao português de Portugal. A expressão chorar as pitangas significa se lamentar, se vitimizar, se fazer de coitado. É uma expressão que tem um teor pejorativo forte, indicando que quem fica chorando as pitangas, está exagerando, se vitimizando sem motivo. A expressão tem origem em Portugal, onde usava-se a expressão chorar lágrimas de sangue. Sendo que aquele que chora lágrimas de sangue é falso, por exemplo, um homem que trai a mulher e fica se lamentando tentando reconquista-la, diz-se que este traiu a mulher e agora chora lágrimas de sangue para reconquista-la. No Brasil, a pitanga sempre foi uma fruta muito apreciada pelos portugueses. Seu formato e cor vermelho escarlate remetiam a gotas de sangue, assim, chorar lágrimas de sangue acabou virando chorar as pitangas. E, convenhamos, para o brasileiro, que adora um deboche, é muito melhor falar chorar as pitangas do que chorar lágrimas de sangue.

Cheio de nove horas.

Esse é uma das melhores expressões brasileiras. Aparentemente, não tem pé nem cabeça, afinal como é possível alguém estar cheio de nove horas, se até o relógio, que é quem conta o tempo, tem apenas uma marcação de nove horas? Pra piorar, o significado da expressão não tem nada a ver com horário ou tempo, mas sim representa uma pessoa muito detalhista, meticulosa, cheia de manias e frescuras. Com o passar do tempo, passou a significar também pessoas que gostam de utilizar muitos apetrechos e aparelhos tecnológicos complicados, o que acaba meio que dando no mesmo, afinal, uma pessoa assim, é uma pessoa cheia de frescuras… enfim, chata. A expressão tem origem no fim do século XIX, quando as grandes cidades do Brasil começaram a ter uma vida noturna mais efervescente. Estava em vigor na época um toque de recolher, que se dava às nove da noite. Quem fosse visto na rua depois desse horário poderia até ser preso, mas claro que isso acontecia só com negros e pobres. Com o passar do tempo, os jovens que queriam ficar na rua até mais tarde e eram confrontados pelos pais, que insistiam que eles voltassem para casa no horário de recolher, diziam que os velhos vinham falar com eles cheios de nove horas. Assim, a expressão virou sinônimo de gente implicante, e foi se modificando de lá pra cá.

A luz dormiu acesa.

Essa é uma expressão simples e fácil de entender. Tem muito gringo, incluindo portugueses, que gostam de fazer piada com essa expressão, dizendo que, onde já se viu um objeto inanimado dormir. Assim como a luz dormir acesa, a porta também pode dormir aberta sim, senhor! Afinal, nada mais é do que passar a noite, as pessoas da casa foram dormir e esqueceram de apagar uma luz ou fechar uma porta. Essa expressão faz parte de tantas outras frases que a gente usa pra facilitar a comunicação, dar ênfase em alguma coisa… como dizer segue reto toda vida, ou quando vai colocar um bife pra fritar e dizer escuta o cheiro. São expressões como essa que fazem do português brasileiro o mais charmoso do mundo!

Falar pelos cotovelos.

Mais uma dessas expressões que parecem não fazer sentido nenhum. Pois é, de fato, nenhum ser humano consegue falar por outra parte do corpo que não a boca. Não existe registro da origem dessa expressão, mas sabe-se que é utilizada já há muito tempo por aqui. Especula-se que sua origem seja por conta de pessoas que costumam falar de maneira histriônica, gesticulando e falando muito rápido. Por movimentar muito os braços quando falam, passamos a dizer que a pessoa fala pelos cotovelos. Outra teoria, menos popular, mas também plausível, diz que quem fala pelos cotovelos é aquela pessoa que fala muito e, quando numa conversa, costuma cutucar seu interlocutor com os cotovelos para chamar atenção ou enfatizar alguma frase. Mas o ideal mesmo é só falar pela boca, sem exagero, de preferência.

Jogar conversa fora.

Em 1923 o antropólogo polonês Bronisław Malinowski cunhou o termo “comunicação fática” para designar uma conversa casual, ou seja, um tipo de comunicação social despretensiosa. Ele afirmou ainda que saber e conseguir conduzi-la é um tipo de habilidade social. Isso é pra dizer que não existe uma origem para a expressão jogar conversa fora, mas provavelmente, ela surgiu de alguém que presenciou uma conversa sem conteúdo relevante e, a achando descartável, disse que estavam desperdiçando a fala, ou seja, jogando conversa fora. Mais carinhosos com a comunicação fática de Malinowski, os ingleses chamam esse bate papo de “small talk”, ou seja, uma conversa pequena. Mas cuidado, porque aqui pra nós conversinha é outra parada. Quem vem com conversinha é gente que quer enganar, passar pra trás… mas enfim. Já estamos jogando conversa fora demais neste tópico.

Eita.

A palavra eita poderia ter entrado no texto citado no início deste texto, em que abordamos as palavras mais utilizadas no brasileirês. Mas acontece que o eita é uma palavra muito versátil, que vem sempre acompanhada de outra palavra, que é o que vai determinar seu significado. Não tem uma origem conhecida, mas provavelmente começou como uma interjeição de assombro ou surpresa, assim como o ai é uma interjeição de dor. Porém, começou a ser utilizada em diferentes situações, sempre associada a outra palavra. As mais utilizadas são:
Eita porra! – Indica surpresa, espanto.
Eita lelelê. – Indica reprovação, desânimo.
Eita nóis! – Indica empolgação, animação.
A palavra eita também pode ser utilizada sozinha, para indicar grande surpresa, algo muito inesperado e ao mesmo tempo empolgante. Neste caso, a palavra é alongada no início e, em geral, exclamada num grito: Eeeeeita! Aliás, fica aqui o nosso reconhecimento e admiração pelo apresentador e embaixador do eita no Brasil, o grande Fausto Silva.

Menção honrosa: Teu cu.

Expressão coringa, pode ser usada em qualquer circunstância. É o argumento definitivo e finalizador de qualquer discussão. Apesar do pronome possessivo em segunda pessoa estar presente, a expressão tem força muito maior e abrangente do que a simples designação do orifício do interlocutor. Afinal, representa um argumenta de refutação expressa, de discordância veemente e divergência taxativa, além de proporcionar a quem verbaliza a expressão o raro prazer de saber que está com a razão. A utilização de “teu cu” em qualquer situação é o mais puro suco de Brasil.

Bom, parece que já falamos pelos cotovelos hoje por aqui. Mas antes de picar a mula, precisamos te lembrar que a Strip Me é toda trabalhada na brasilidade com muito orgulho. No nosso site você confere toda essa nossa originalidade exuberante nas coleções de Carnaval, Brasilidades, Verão e Tropics, mas também em todo todas as outras coleções, como as camisetas de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você tamb;em fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada, cheia de brasilidade. Borogodó 2 top 10 tracks.

8 filmes imperdíveis do inconfundível Wes Anderson.

8 filmes imperdíveis do inconfundível Wes Anderson.

Wes Anderson ganhou notoriedade no cinema como o mestre da simetria e das cores pastéis. Mas sua obra mostra que seu talento vai muito além disso. A Strip Me selecionou os 8 melhores filmes do cineasta para comprovar.

Wes Anderson é o tipo de cineasta que, mesmo que você nunca tenha ouvido falar dele (o que é difícil), com certeza já viu uma cena ou outra de seus filmes em algum lugar. Uma paleta de cores pastéis, personagens excêntricos que parecem saídos de uma vitrine de loja de brinquedos, e uma simetria tão precisa que faria até um engenheiro civil se emocionar. É assim que o mundo de Wes Anderson funciona, uma mistura mágica de nostalgia, humor peculiar e um toque de estranheza que só ele sabe fazer.

É verdade que ele parece ter uma régua invisível nas mãos. Os enquadramentos de seus filmes são tão meticulosamente calculados que ficam no limite entre o TOC e a genialidade. E ele adora tons suaves, que remetem à infância, como amarelo mostarda, rosa claro e verde menta. Parece que tudo no mundo dele foi pintado à mão, com pinceladas cuidadosas para criar uma sensação de sonho. Mas, se o visual já é peculiar, espere até conhecer os personagens. Anderson tem uma habilidade única de criar personagens excêntricos, como se colocassem os caras do Monty Python para escrever contos de fadas na Disney, onde as crianças são geniais e os adultos têm crises existenciais. Sim, Wes Anderson também é um roteirista brilhante e original, criando não só personagens fantásticos, mas histórias bem contadas, com diálogos muito bem construídos. Seus filmes transmitem uma teatralidade difícil de se ver nas telas de cinema e que funciona muito bem. Muitas vezes se tem a impressão de, ao ver um de seus filmes, estar presenciando uma peça de teatro.

Para celebrar a obra deste cineasta tão singular, a Strip Me pinçou da filmografia de Anderson seus 8 melhores trabalhos.

A Crônica Francesa (2021)

Ainda que não esteja entre seus melhores filmes, A Crônica Francesa é um retrato fiel da obra de Wes Anderson como um todo. Sua estética sempre tão meticulosa, com simetria e cores distintas, transmitem uma ideia de limiar entre sonho e realidade, inocência e vida mundana. Aqui, ao retratar um editor de revista à beira da morte e a virada do século com o mundo editorial se adaptando aos novos tempos, Anderson nos coloca nesse lugar entre dois mundos. Um filme delicado e cativante.
Onde assistir: Disney+

Três é Demais (1998)

Não deixe que o péssimo título em português te desanime a assistir esse ótimo filme. O título em inglês, Rushmore, é bem melhor e poderia ser mantido, afinal se trata da instituição de ensino onde Max, o protagonista, estuda. Rushmore é o segundo longa da carreira de Wes Anderson, e já traz todos os elementos que o tornariam inconfundível. A começar pelo protagonista, que, propositalmente, não gera empatia ou identificação com o espectador, mas é carismático. Sem falar, é claro, na estética marcante. É uma comédia deliciosa sobre amizade e aprendizado.
Onde assistir: Amazon Prime

Viagem a Darjeeling (2007)

A fórmula de sucesso d’Os Excêntricos Tenenbaums, de uma tragicomédia sobre uma família disfuncional se repete aqui, porém, numa pegada mais dinâmica. No fim das contas, trata-se de um road movie sobre relações interpessoais, laços familiares e redenção. A aura mística e misteriosa da Índia é o pano de fundo perfeito para uma história muito bem escrita com uma fotografia impecável. A busca do sentido da vida é ilustrado aqui através de uma viagem de trem conturbada e exuberante. Esteticamente, está entre os mais belos de Wes Anderson.
Onde assistir: Disney+

A Ilha dos Cachorros (2018)

Um dos trabalhos mais ousados de Wes Anderson por se tratar de uma animação em stop motion com uma temática aparentemente infantil, mas de profundidade filosófica impressionante. Antes de qualquer coisa, é importante dizer que é um filme visualmente lindíssimo! Livre para criar cenários sem depender de locações e paisagens reais, Anderson nos entrega uma obra de arte. O roteiro completa o longa com questionamentos fundamentais sobre a vida em sociedade, o autoritarismo, preconceito, solidariedade… olha, é muita coisa. Mas tudo embrulhado numa história de aventura bem humorada, que traz toda essa carga com certa leveza. É um filme brilhante!

Os Excêntricos Tenenbaums (2001)

Foi o filme que realmente fez com que Wes Anderson tivesse reconhecimento na indústria cinematográfica. À época do lançamento do longa, sua recepção por parte da crítica ficou dividida entre quem amou e quem odiou. Mas foi sucesso de público e rapidamente Anderson passou a figurar entre os cineastas queridinhos da turma do cinema cult, ao lado de Tarantino, os irmãos Coen e Roman Polanski. O filme retrata uma história sobre reconciliação familiar e padrões de comportamento em sociedade. Um clássico cult.
Onde assistir: Disney+ – Amzon Prime

O Fantástico Sr. Raposo (2009)

Esta foi a primeira experiência de Wes Anderson com animação em stop motion. E, olha, foi uma baita de uma estreia! O Fantástico Sr. Raposo é uma adaptação para o cinema de um livro de 1970 de mesmo título, escrito por Roald Dahl. Trata-se de um livro infantil, mas como toda boa obra infantil, tem sempre um fundo de crítica social, ou algo do gênero. Anderson captou essa essência da história para elaborar um filme, que consegue ser encantador para crianças e impactante para adultos. Uma história sobre roubo, conspiração e amor. É imperdível!
Onde assistir: Disney+

Moonrise Kingdom (2012)

Muita gente considera este o melhor filme de Wes Anderson. Pode até ser, realmente é uma obra de arte. Aqui, mais do que nunca, a estética andersoniana se faz presente de forma exuberante. A fotografia é linda! E o roteiro muito bem escrito, uma história com drama e comédia na medida certa, com personagens encantadores e diálogos espertos. Uma aventura deliciosa sobre amizade, padrões sociais questionáveis e a inconsequente inocência da juventude. A cereja do bolo é um elenco fabuloso com Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray, Frances McDormand e Tilda Swinton.
Onde assistir: Disney+ – Amazon Prime

O Grande Hotel Budapeste (2014)

A obra prima de Wes Anderson é ambientada no período entre as duas guerras mundiais, em que, num hotel, o gerente e um jovem empregado se tornam grandes amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de uma obra de arte renascentista, a fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX. É a obra máxima de Anderson porque ele conseguiu dar um passo adiante em sua fórmula, tanto na estética quanto na escrita. Além disso, o elenco todo apresenta atuações memoráveis. É desses filmes que a gente não cansa de ver, e se você esbarra nele zapeando os canais da TV, vai acabar parando pra assistir. Ah, sim, é claro que ele ganhou 4 Oscars e foi uma das maiores bilheterias daquele ano. É cult e blockbuster ao mesmo tempo!
Onde assistir: Disney+ – Amazon Prime

Como não admirar um artista que consegue absorver as melhores referências (Kubrick, Almodóvar, Lars Von Trier, Terrence Malik…) e produzir obras com tanta personalidade? Wes Anderson consegue essa proeza, evidenciar suas referências, mas ser autoral. Assim é também a Strip Me. A gente faz as camisetas mais lindas e confortáveis, ideais para qualquer rolê, com estampas que esbanjam as melhores referências, e com aquele estilo que só a gente tem. Vai lá no nosso site e confere a coleção de camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop, bebidas e muitas outras, isso sem falar que por lá você fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist delícia com algumas das grandes canções que aparecem nos filmes de Wes Anderson. Wes Anderson Top 10 tracks.

Nostalgia STM: 8 Festivais que marcaram época e não existem mais.

Nostalgia STM: 8 Festivais que marcaram época e não existem mais.

O Brasil tem um histórico notável de festivais de música, todos com momentos inesquecíveis. A Strip Me mostra hoje que nem só de Rock in Rio e Lollapalooza vive o brasileiro.

Juntar vários artistas num mesmo palco não é um negócio novo. Muito antes da contra cultura hippie, Woodstock e etc, já rolavam as caravanas de artistas, que viajavam de cidade em cidade tocando em feiras agropecuárias e quermesses de igrejas. Isso tanto na gringa como aqui no Brasil. Vamos lembrar que nos anos 50, umas dessas caravanas no sul dos Estados Unidos carregava Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. Mas, sim, o conceito de festival de música como a gente conhece hoje, nasceu ali nos anos 60. Já falamos sobre isso aqui no blog, num texto bem legal sobre o Woodstock, que você pode ler aqui. No Brasil não foi diferente. Do mesmo jeito que rolavam as caravanas, que reuniam Inezita Barroso, Chitãozinho e Xororó e outros artistas, também nos anos 60 os hippies tupiniquins organizaram um mega festival, o nosso Woodstock, a ser realizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Batizado de Festival da Primavera, e carinhosamente apelidado de Ibirastock, o rolê estava marcado para os dias 15 e 16 de novembro de 1969. Porém, os militares fizeram com que o festival fosse cancelado dias antes. O que sobrou, e foi amplamente reproduzido, se tornando item de decoração, foi o cartaz psicodélico criado pelo artista Antonio Peticov.

Mas a história do Brasil com festivais de música vai muito além da ditadura militar. Antes do Ibirastock, os festivais realizados pelos canais de televisão já geravam um fuzuê danado tendo cenas antológicas como Gilberto Gil e Os Mutantes tocando Domingo no Parque, o bossanovista Sérgio Ricardo full pistola espatifando seu violão, Caetano Veloso cantando É Proibido Proibir e fazendo um discurso indignado contra o público, gritando “Vocês não entendem nada! Nada!”… enfim, isso tudo, é claro, até 1968, quando o AI 5 foi decretado e a censura se instaurou de vez, culminando no cancelamento dp Ibirastock. Porém, dali em diante, a contra cultura, músicas de protesto e a cultura pop em geral faziam com que artistas e bandas seguissem produzindo e nunca faltou quem quisesse fazer um festivalzinho aqui e ali. Até que, em 1975, finalmente rolou o Festival de Águas Claras, e o Brasil nunca mais ficou sem ter um festival de música rolando. Hoje a Strip Me relembra os festivais mais importantes que rolaram por aqui, mas que não existem mais.

Festival de Águas Claras

Os hippies brasileiros finalmente conseguiram ter seu Woodstock em 1975, graças aos esforços de um estudante de engenharia e amante da música, que resolveu realizar um festival na fazenda de sua família, na pequena cidade de Iacanga, no interior de São Paulo. Entre o cancelamento do Ibirastock em 1969 e o Festival de Águas Claras, outros festivais até rolaram, mas com pouca expressão e muita repressão. O jovem organizador do Festival de Águas Claras, era bem articulado e tinha boas conexões. Usou isso em seu favor e conseguiu autorizações do DOPS e outros orgãos de censura para realizar o festival. A primeira edição, em 1975, contou com várias bandas de rock como O Som Nosso de Cada Dia, Os Mutantes, O Terço e outros. A segunda edição foi a mais bem sucedida, aconteceu em 1981, quando já havia começado a abertura política da ditadura. Contou com um line up mais variado e estrelado, com nomes como João Gilberto, Gilberto Gil, Alceu Valença, Raul Seixas, Luiz Gonzaga e muitos outros. O festival ainda contou com duas outras edições, em 1983 e 1984, mas sem a mesma qualidade. A crise econômica e um certo amadorismo que, no início dava certo charme ao festival, acabaram atrapalhando. No ano seguinte veio o Rock in Rio e elevou o nível de maneira tão radical, que desanimou os organizadores a produzir novas edições.

M2000 Summer Concerts

O que se pode dizer, logo de cara, sobre o festival M2000 Summer Concerts, é que foi um baita evento ousado. Organizado pela então muito popular marca de tênis M2000, foi um festival emblemático porque levou essa estrutura de grandes festivais para o litoral, para cidades que, com exceção do Rio de Janeiro, não estavam habituadas a receber eventos daquele tamanho. Além do mais, os shows foram de graça, na areia da praia. E, para completar, os shows rolaram entre janeiro e fevereiro de 1994, época em que rolava em São Paulo e no Rio o legendário Hollywood Rock. O M2000 Summer Concerts rolou em 4 cidades do litoral: Santos, Rio de Janeiro, Florianópolis e Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul. O festival contou com nomes internacionais de peso como Three Walls Down, Chaka Demus, Shabba Ranks, Fito Paez, Helmet, Rollins Band, Lemonheads e Mr. Big. O M2000 Summer Concerts ficou marcado por ser o primeiro festival de grande porte a levar milhares de pessoas para praia para curtir shows de graça. Também tem sua importância por ter sido o primeiro palco grande onde se apresentaram Chico Science & Nação Zumbi e também os Raimundos, que em seguida ganhariam notoriedade nacional.

Claro Q É Rock!

Em 2004 a empresa de telefonia Claro, com a intenção de fortalecer sua marca, resolveu promover um festival de música. A organização acertou a mão ao se concentrar num nicho que era muito pouco levado em conta nos line ups dos principais festivais, o rock e pop alternativo. A grande atração do evento foi a banda Placebo. O festival rolou em São Paulo e teve uma aceitação imensa do público. O que motivou a empresa em investir ainda mais no ano seguinte. A segunda edição do Claro Q É Rock, em 2005, foi realmente memorável com Iggy Pop, Sonic Youth, Flaming Lips, Fantômas, Good Charlotte e Nine Inch Nails. Um line up nunca antes visto, juntando tudo quanto é tipo de gente. O festival rolou na Chácara do Jockey, em São Paulo, no final de novembro, época de muita chuva. Mas o lamaçal não atrapalhou e o que se viu ali foram shows realmente inesquecíveis. Destaque para Mike Patton a frente dos Fantômas destilando bizarrices sonoras, mas também tocando um ou outro clássico do Faith no More, o vocalista dos Flaming Lips dentro de uma bolha rolando acima do público, Iggy Pop incansável fazendo mosh e chamando o público para invadir o palco e o Nine Inch Nails com um show absurdamente pesado e recheado de hits. Infelizmente, o festival parou por aí, mas deixou sua marca na história.

Planeta Terra Festival

Em 2007 o grupo de telecomunicação Terra Network resolveu entrar na onda dos festivais de música para alavancar sua marca entre os jovens. Malandramente, a organização acabou indo na mesma onda do Claro Q É Rock, que causou tanto furor em 2005. Na sua primeira edição, trouxeram nomes como Kasabian, Lily Allen e os mega influentes Devo. A fórmula funcionou muito bem. Tanto que o festival, a cada ano trazia pelo menos um nome desses, que é super importante e influente, mas não necessariamente tão popular. Assim, em 2008, trouxeram os papas do shoegaze The Jesus and Mary Chain, em 2009 Iggy Pop & The Stooges e Sonic Youth, em 2010 Smashing Pumpkins e Pavement, em 2011 The Strokes e Beady Eye, em 2012 Garbage e Kings of Leon e em 2013 Blur e Lana DelRey. Em 2014 a organização do festival anunciou que por conta da Copa do Mundo no Brasil e das eleições presidenciais, o evento não iria acontecer, mas prometeram que voltaria em 2015. O que nunca aconteceu. Ficamos orfãos de um dos festivais mais legais que já passaram por aqui, com line ups sempre surpreendentes.

Skol Beats

Sacando que nem tudo nessa vida é rock e de olho na alta popularidade que a música eletrônica e a cultura DJ tinham na virada do milênio, a cervejaria Skol decidiu realizar um festival de música eletrônica para promover sua marca.. Sua primeira edição aconteceu no ano 2000 e cobriu todos os estilos que estavam bombando na época como Jungle, Drum ‘n’ Bass, Trance, House e o Techno, trazendo nomes de peso como Paul Oakenfold, Armand van Helden, Frankie Knuckles, Bob Sinclar, DJ Rap, Fabio, Optical, Green Velvet, Stacey Pullen, além de nacionais como DJ Marky, Anderson Noise e Mau Mau. O Skol Beats rolou todo ano, de 2000 a 2008, na cidade de São Paulo e, nesse período se consolidou como o maior evento de música eletrônica da América do Sul. O festival nunca parou de crescer em seus 9 anos de existência. Portanto, todo mundo recebeu com surpresa a notícia de que a Skol estava cancelando a realização do festival de 2009 em diante, pois a marca não queria mais se envolver na realização de grandes eventos, mais sim patrocinar shows e eventos menores. Até hoje estamos tentando entender essa lógica e morrendo de saudade do festival Skol Beats.

SWU

O SWU foi um festival sem precedentes no Brasil. Idealizado por um publicitário e realizado por um grupo diverso de pessoas, o SWU Music & Arts Festival uniu a importância de se discutir a sustentabilidade com manifestações artísticas e música. Realizado no interior de São Paulo, o festival contava com uma infra estrutura que condizia com o seu ideal, utilizando geradores de energia movidos a biodiesel, por exemplo. Além de promover palestras e fóruns sobre sustentabilidade, o SWU, sigla para Starts With You, trouxe grandes nomes da música em suas duas edições. Trouxe pela primeira vez ao Brasil Rage Against the Machine, Lynyrd Skynyrd e Stone Temple Pilots, além de grandes nomes como Pixies, Faith No More, Alice in Chains, Dave Matthews Band, Regina Spektor, Joss Stone, Black Eyed Peas, Queens of the Stone Age, Linkin Park, Duran Duran… olha, foram realmente duas edições memoráveis, ocorridas em 2010 e 2011. Não se sabe a razão pela qual o festival deixou de ser realizado. Especula-se que o crescimento e surgimento de cada vez mais festivais no país, ou seja, a concorrência cada vez maior, fez com que os organizadores desistissem do projeto.

Free Jazz Festival/Tim Festival

A empresa de cigarros Souza Cruz se aventurou no negócio de festivais de música modestamente em 1975, dando origem a um dos festivais mais importantes da história do Brasil, o Hollywood Rock, que naquele ano foi idealizado pelo escritor Nelson Motta. A experiência não foi das mais positivas. Até que em 1985, com o sucesso do Rock in Rio a marca resolveu investir nesse ramo mais uma vez. Porém, preferiu se distanciar do rock, até para evitar comparações com o Rock in Rio, e foi criado o Free Jazz Festival. Além de trazer uma das marcas mais populares da empresa, o nome deixava claro que o foco era o jazz, mas havia liberdade para que outros estilos comparecessem. O festival rolou anualmente de 1985 a 2001, sendo que em apenas 1990 o evento não aconteceu por conta da crise econômica causada pelo famigerado Plano Collor. O Free Jazz fez história pelo seu ecletismo e grandes nomes da música que trouxe para tocar no Brasil, de Chet Baker a Fatboy Slim, passando por Ray Charles, Nina Simone, John Lee Hooker, Dizzy Gillespie, Duke Ellington, Albert King, Bo Diddley, Chuck Berry, James Brown, BB King, Stevie Wonder, Jamiroquai, Isaac Hayes, Bjork, Jeff Beck, Ben Harper, Sean Lennon, Manu chao, Belle and Sebastian… realmente eram line ups admiráveis. Em 2003, uma das prerrogativas da lei antitabagista aprovada pelo governo era que marcas de cigarro não poderiam patrocinar eventos culturais. Assim, a organização do festival passou para as mãos da empresa de telefonia Tim, passando a se chamar Tim Festival. O Tim Festival seguiu a mesma linha do Free Jazz, dando maior ênfase ao jazz, à música eletrônica e alternativa. Sob o nome Tim festival, ao longe de suas 6 edições, entre 2003 e 2008, vieram ao Brasil nomes como The White Stripes, Public Enemy, Kanye West, Cat Power, Arctic Monkeys, The Killers, Herbie Hancock, Patti Smith, Daft Punk, Arcade Fire, Wilco, Libertines e muito mais. O festival encerrou as atividades por conta da crise financeira de 2008, e nunca mais voltou.

Hollywood Rock

Pois é, como já foi dito acima, a primeiríssima edição do Hollywood Rock foi organizada pelo Nelson Motta em 1975, e a Souza Cruz entrou como patrocinadora, mas não deu pitaco na organização do festival, que contou apenas com artistas brasileiros. O evento rolou no estádio do Botafogo, no Rio de Janeiro, e foi marcado por muitos problemas técnicos, aparelhagem ruim e muita chuva. Mesmo assim, shows de Raul Seixas, Mutantes, Rita Lee & Tutti Frutti, o Peso e Vímana foram marcantes. Em 1988, com o Free Jazz dando bons resultados, a marca resolveu investir no Hollywood Rock, mas agora tendo mais autonomia sobre a organização. Com o know how do Free Jazz nas costas, trouxeram grandes atrações como UB40, Simply Red, Duran Duran e Supertramp. Foi um sucesso. Em 1989 o festival não rolou, por conta da caótica campanha para eleições presidenciais. Em 1990 o Hollywood Rock se consolidou de vez ao trazer Bob Dylan, Marillion e Bon Jovi, que estava no auge de sua carreira. Em 1992 seguiu trazendo grandes nomes e proporcionando uma estrutura cada vez melhor. Os destaques daquele ano foram EMF, Seal, Living Colour, Skid Row e Extreme. 1993 foi o ano mais emblemático do festival. O ano do grunge, cujo line up trazia L7, Alice in Chains, Red Hot Chilli Peppers e, é claro, Nirvana. O show do Nirvana em São Paulo é considerado o pior show da banda, já o do Rio de Janeiro entrou para história por Kurt Cobain ter cuspido nas câmeras da Rede Globo e exposto suas partes íntimas. A passagem do Nirvana pelo Brasil graças ao Hollywood Rock rendeu diversas histórias que serão lembradas para sempre, como a noitada de Cobain com João Gordo por São Paulo e o bilhete que Kurt escreveu para Arnaldo Baptista, mostrando ser fã dos Mutantes. Depois disso, o festival ainda durou por mais 3 anos. Em 1994 trouxe Ugly Kid Joe, Poison, Aerosmith e Robert Plant, em 1995 recebeu a tour Voodoo Lounge dos Rolling Stones, tendo Spin Doctors como banda de abertura e em 1996 trouxe Page & Plant, The Cure, Smashing Pumpkins, Supergrass e Black Crowes. Com as primeiras leis antitabagismo circulando a partir de 1997, a Souza Cruz precisou fazer cortes de custo e optou por manter o Free Jazz e cancelar o Hollywood Rock.

Poucas coisas são tão divertidas quanto estar num festival de música, curtindo com a turma shows de seus artistas favoritos. Por isso a Strip Me faz questão de celebrar os festivais que fizeram história no Brasil e, é claro, também os festivais que ainda estão por aí gerando grandes momentos e memórias. Se você, assim como nós, é apaixonado por música, precisa conferir a nossa coleção de camisetas de música. Mas não só isso, para os melhores rolês e festivais, temos ainda camisetas de arte, cultura pop, cinema, bebidas e muito mais. Passa lá no nosso site e aproveita para ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist no talo com músicas gravadas ao vivo de bandas que passaram pelos festivais aqui citados! Festival top 10 tracks.

Para assistir: Vale a pena conferir na Netflix o ótimo documentário O Barato de Iacanga, que conta a história do Festival de Águas Claras, o Woodstock brasileiro.

8 Bandas que se separam e se reuniram com sucesso anos depois.

8 Bandas que se separam e se reuniram com sucesso anos depois.

No dia 27 de agosto a banda Oasis anunciou seu retorno tão aguardado pelos fãs. Para celebrar essa ótima notícia, a Strip Me relembra 8 bandas que se separaram, mas voltaram tempos depois e se deram bem.

Vamos combinar que o convívio em sociedade não é nada fácil. Sempre que um grupo de pessoas tem que passar muito tempo junto, coisas boas e ruins resultam disso. Pode ser que surja uma amizade para a vida toda, como pode originar desafetos incorrigíveis. Na real, quanto mais a relação entre esse grupo depender de tomada de decisões e assumir responsabilidades, maior a chance de dar alguma merda e sair uma briga. E os motivos para isso acontecer são os mais variados. Desde de uma piadinha inocente sendo mal interpretada, até alguém mal intencionado tentar levar muita vantagem em cima dos demais. Um dos exemplos mais claros desse tipo de situação pode ser observada numa banda de rock.

Vamos pegar aqui o estereótipo mais tradicional possível de uma banda, ou seja, três ou quatro amigos que gostam do mesmo estilo de música e resolvem aprender a tocar instrumentos e fazer seu próprio som. Seguindo nos clichês que já cansamos de ler em biografias de estrelas do rock, se a banda alcança sucesso comercial, logo os problemas se intensificam. A pressão de empresários faz com que surjam divergências entre os músicos sobre fazer um som mais comercial ou mais agressivo, sexo e drogas passam a fazer parte da rotina, nublando a percepção de realidade… a amizade começa a rachar, e de repente, do nada, o baixista joga uma garrafa de Jack Daniel’s na cabeça do guitarrista no camarim e pronto. A banda acaba. Se essa relação de amizade e parceria musical vai cicatrizar e voltar a ser como antes, só o tempo e a necessidade de dinheiro dirão.

E muitas dessas relações acabam voltando sim. E com êxito. A Strip Me selecionou 8 grandes bandas que se separaram por um tempo, voltaram a tocar anos depois e se deram bem.

Sex Pistols

Os Sex Pistols é um caso único na história do rock n’ roll. A banda durou apenas dois anos, lançou um único disco, e mesmo assim deixou uma marca permanente na música pop e é reverenciada até hoje. A banda começou em 1976 com John Lydon no vocal, Paul Cook na bateria, Steve Jones na guitarra e Glen Matlock no baixo. Matlock foi substituído por Sid Vicious no início de 1977, ainda antes da banda entrar em estúdio para gravar o indispensável disco Never Mind The Bollocks, Here’s the Sex Pistols. Ironicamente, Glen Matlock foi contratado como músico de estúdio para gravar algumas linhas de baixo no lugar de Sid, que era um músico bem ruinzinho. A banda era um verdadeiro caos. O comportamento agressivo de Lydon e o abuso desenfreado de drogas de Sid Vicious fez a banda entrar em colapso durante uma tour nos Estados Unidos no início de 1978, que decretou o fim da banda.

Em 1996, para a surpresa de muitos, é anunciada a reunião dos Sex Pistols para uma série de shows. A turnê foi apropriadamente intitulada Filthy Lucre (lucro sujo), já que declaradamente, o quarteto não era mais o que se pode chamar de bons amigos. John Lydon, Steve Jones, Paul Cook e Glen Matlock empreenderam uma tour de 6 meses que passou pela Europa, Austrália, América do Norte e América do Sul, e certamente rendeu bons lucros para a banda. Em 2000 foi lançado o documentário The Filth and The Fury, que incentivou a banda a se reunir para mais shows, que foram se sucedendo com êxito até 2008. Depois disso, o clima pesou de novo entre John Lydon e Steve Jones, e o vocalista deixou a banda definitivamente. Mas Jones, Cook e Matlock seguiram tocando juntos colocando Frank Carter no lugar de Lydon. Com essa formacão, os Sex Pistols, vira e mexe, ainda aparecem em algum festival.

Velvet Underground

Apesar de não ser tão popular, o Velvet Underground é uma das bandas mais influentes e fundamentais do rock. Uma banda totalmente anticlimax, que propunha uma sonoridade letárgica e letras sombrias, em contraponto com o clima festivo de paz e amor vigente entre a juventude da época. Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Maureen Tucker são os avós do punk rock e da música alternativa. Existe muita mística envolvendo a história da banda e seu desenvolvimento. Os abusos de heroína e outras drogas e o ambiente caótico e alienante do submundo artístico de New York fez com que a banda, ainda que muito criativa, produzisse muito pouco e vivesse mais de shows. Lou Reed e John cale, os dois principais compositores, se desentendiam frequentemente, em 1969 Cale foi expulso da banda por Reed e substituído pelo guitarrista Doug Yule, e foi o começo do fim. Em 1970 Lou Reed decide abandonar a banda para seguir carreira solo. O Velvet Underground ainda segue com Sterling Morrison, Maureen Tucker e Doug Yule, que assumiu os vocais, até 1973, quando a banda finalmente encerra suas atividades.

Em 1990 Lou Reed e John Cale se juntam para gravar o disco Songs for Drella, compostas pela dupla em homenagem a Andy Warhol, morto em 1987 e amigo íntimo de todos da banda. Com o disco, começam a pipocar boatos sobre uma reunião do Velvet Underground. A reunião se concretiza em 1992, quando a banda sai em uma celebrada tour pela Europa e Estados Unidos. A tour é um sucesso, em seguida a banda começa a excursionar com o U2 e pinta até um convite da MTV para que a banda grave um acústico. Tudo ia muito bem até que, em 1994, Reed e Cale brigam novamente. Para finalizar qualquer possibilidade da banda produzir algo novo, Sterling Morrison morreu em agosto de 1995, vítima de um linfoma. Foi uma reunião breve, é verdade, mais muito significativa, dada a importância da banda. Afinal, tenha certeza que sem Velvet Underground, não existiria Ramones, Talking Heads, Sonic Youth, Strokes

Pixies

Por falar em banda influente, os Pixies não poderiam ficar de fora desta lista. Assim como o Velvet Underground, os Pixies nunca foram um sucesso estrondoso de público, mas desde de seu primeiro EP, Come on Pilgrim, de 1987, é elogiadíssima pela crítica. A banda começou em Boston em 1986, formado por Black Francis na guitarra e voz, Kim Deal no baixo e voz, Joey Santiago na guitarra e Dave Lovering na bateria. Com seu som melódico e barulhento os Pixies conquistaram o coração de caras como Kurt Cobain, que inúmeras vezes rasgou elogios à banda na imprensa e chegou a declarar que Smells Like Teen Spirit havia sido uma tentativa de emular o som dos Pixies. Entre 1987 e 1991 a banda lançou 4 discos excelentes e fez muitos shows, mas o comportamento autoritário de Black Francis e a verve rebelde e criativa de Kim Deal fizeram com a banda se separasse em 1992.

Em 2004 foi anunciado o retorno dos Pixies aos palcos com sua formação original, tendo Black Francis e Kim Deal se reconciliado. Com a internet já popular e o público tendo mais acesso à informações e discos, o retorno dos Pixies foi muito celebrado, e a banda fez uma turnê mundial extensa e muito bem sucedida, passando inclusive pelo Brasil. Até 2013 a banda seguiu fazendo shows e começou a pintar até a vontade de gravar um novo disco de inéditas. Foi aí que o caldo desandou, e Black Francis e Kim Deal se desentenderam de novo. Deal anunciou sua saída, mas a banda seguiu em frente contratando a baixista Paz Lenchantin. De lá pra cá, a banda segue em plena atividade, tendo lançado 4 discos de inéditas.
Nota do editor: O show dos Pixies em Curitiba, em 2004, foi memorável, um dos melhores que já vi na vida.

The Police

O Police fez história como uma das bandas mais competentes da história, um power trio imbatível. O baixista e vocalista Sting tinha um histórico de músico de jazz, já o baterista Stewart Copeland vinha do rock progressivo e o guitarrista Andy Summers, ainda que um músico muito técnico, trazia a linguagem do punk e da new wave. Os três componentes se condensaram e o resultado foi um pop afiadíssimo, moderno e cativante. A banda atuou de 1977 a 1983 enfileirando hits radiofônicos e ganhando Grammys. Neste período lançaram 5 discos, todos resultando em altas vendas e turnês mundiais. Realmente, a banda praticamente não parou de trabalhar ao longo desses 6 anos. A convivência e as pressões de gravadora e empresários deixou o trio exausto e sedento por explorar novos caminhos. Assim, em 1983, anunciaram uma pausa das atividades da banda, para que cada integrante pudesse se dedicar a outros projetos. Essa pausa acabou se prolongando tanto, que acabou sendo considerada o fim do Police.

Ainda que o trio tenha voltado a tocar junto esporadicamente em um ou outro evento especial, foi só em 2007 que foi anunciado o triunfal retorno do Police. A banda fez uma extensa turnê mundial entre 2007 e 2008 que realmente consagrou o Police como uma das bandas mais importantes dos últimos tempos. Essa tour passou pelo Brasil lotando o Maracanã numa noite histórica. Depois disso, em 2008, coube a Stewart Copeland anunciar que a banda estava definitivamente encerrando as atividades de uma vez por todas. Como curiosidade, vale citar que cada membro do trio seguiu com seus projetos próprios. O guitarrista Andy Summers acabou se ligando muito ao Brasil. Gravou disco com a Fernanda Takai e montou uma banda chamada Call The Police, onde toca com o baixista Rodrigo Santos (ex-Barão Vermelho) e João Barone (Paralamas do Sucesso) os maiores sucessos do Police desde 2014 até atualmente.

Blink 182

O Blink 182 é uma dessas bandas cuja formação considerada “clássica” não é a original. A banda começou em 1992 com Tom DeLonge na guitarra, Mark Hoppus no baixo e Scott Reynor na bateria. Com essa formação a banda lançou dois discos, alcançando até certo reconhecimento no mainstream, empurrados pela onda punk que assolava as rádios graças ao Green Day e Offspring. Porém, à medida que a popularidade da banda crescia, o baterista Scott Reynor foi se perdendo cada vez mais nas farras e bebedeiras. Durante uma tour em 1998 ele simplesmente desapareceu, deixando a banda na mão. Convocado às pressas, Travis Barker não deixou a baqueta cair e assumiu os tambores da banda definitivamente. No ano seguinte, a banda lança Enema of the State e estoura de vez, ficando conhecida no mundo inteiro. Em 2005 a banda anunciou oficialmente que estava encerrando as atividades, por divergências musicais entre os integrantes da banda.

Em 2009 a banda apareceu de surpresa na cerimônia do Grammy e anunciou seu retorno aos palcos. E foi uma volta retumbante. As tours foram sucesso de público, o que incentivou a banda a começar a trabalhar em novas canções. Em 2011 lançam o disco Neighborhoods e seguem em frente a todo vapor. A alegria durou até 2015, quando DeLonge anunciou que estava saindo da banda, pois queria se dedicar a outros projetos para além do universo da música. Hoppus e Barker continuaram trabalhando com Matt Skiba no lugar de DeLonge. Em 2021, Mark DeLonge publicou em suas redes sociais estar em tratamento por conta de um câncer. Em 2022, já curado e grato aos fãs pela enxurrada de boas vibrações que recebeu, anunciou seu retorno à banda, que lançou um disco novo em 2023 e saiu em turnê mundo afora, chegando a desembarcar no Brasil, inclusive. E não dão sinais de que vão parar tão cedo.

Faith No More

Outra banda cuja formação clássica não é a original. Na real, o Faith No More é o tipo de banda que acabou sendo identificada muito mais pelo seu frontman do que pelos demais integrantes. Ainda que o Faith No More não seja o Faith No More sem a presença do batera Mike Bordin, do baixista Billy Gould e do tecladista Roddy Bottum, sem dúvida é Mike Patton que carrega o nome da banda nas costas. Faith no More começou em 1982, além de Bordin, Gould e Bottum, fazia parte da banda o guitarrista Jim Martin. Até ficarem com Chuck Mosley, muita gente passou pela cargo de vocalista da banda, até mesmo uma ilustre desconhecida até então chamada Courtney Love, que na época era namorada do tecladista. Mosley ficou na banda de 1984 até 1989 e chegou a gravar dois discos. Insatisfeitos com as limitações vocais e excessos alcoólicos de Mosley, o vocalista foi demitido. Em seu lugar entra Mike Patton e tudo muda! A banda grava, logo de cara, um disco avassalador, que vende milhões de cópias mundo afora. Em pouco tempo, Patton toma conta da banda com sua energia criativa e bizarrices sonoras. Apesar de Jim Martin ter seu valor e ter feito parte dos discos mais importantes da banda (The Real Thing e Angel Dust), ele não concordava com as estripulias de Patton e saiu fora em 1993. Muitos guitarristas passaram pela banda desde então. O Faith No More encerrou as atividades em 1998, depois de todos os integrantes estarem encarando a banda como um reles emprego, estanto todos interessados em outros projetos.

Em 2009 a banda anuncia que está se reunindo para fazer uma turnê europeia. O curioso dessa história é que Patton e companhia, nas entrevistas sobre o retorno da banda, não tinham nenhum pudor em afirmar que o retorno da banda estava acontecendo porque todos eles estavam precisando levantar uma grana. Desta forma despretensiosa, a banda acabou fazendo uma tour que, além da Europa, passou pela América do Norte e América do Sul, incluindo o Brasil, claro. Com shows bombásticos, o Faith No More surpreendeu o público mundo afora fazendo shows e até mesmo lançando um disco de inéditas em 2015. Atualmente, a banda está oficialmente parada porque Mike Patton está em tratamento, desde 2020, após ser diagnosticado com agorafobia, um distúrbio que causa crises de ansiedade e pânico.
Nota do editor: O show do Faith No More em São Paulo em 2009 também figura entre os mais memoráveis que já presenciei.

Guns n’ Roses

Uma convergência de fatores fez com que os Guns n’ Roses fossem considerados a maior banda de rock do mundo entre 1987 e 1991, quando foram atropelados pelo grunge. A banda começou em 1985 como uma dissidência da banda L.A. Guns. Tracii Guns (guitarra solo), Ole Beich (baixo) e Robbie Gardner (bateria), que faziam parte dos L.A. Guns se juntaram aos amigos Axl Rose, que era vocalista, e Izzy Stradlin, guitarrista. A junção de L.A. Guns com Axl Rose, gerou o nome Guns n’ Roses. Mas essa formação durou pouco. Tretas e chapações fizeram a banda se separar, mas Axl e Izzy ficaram com o nome e convocaram o guitarrista Slash, o baixista Duff McKagan e o batera Steve Adler. e o resto é história. O talento inegável de Axl Rose e Slash para compor grandes canções, a pose hedonista e a MTV dando seus primeiros passos, sedenta por bandas que aparecessem bem na telinha, alçaram rapidamente os Guns n’ Roses ao estrelato. Na real, a banda nunca encerrou suas atividades oficialmente. Axl Rose manteve o nome da banda de pé, mesmo sem nenhum dos integrantes da fase áurea da banda (leia-se os discos Appetite for Destruction e Use Your Illusion 1 e 2). O primeiro a deixar a banda foi Slash, em 1995. Em 1997 Duff McKagan foi o último dos integrantes daquela época a deixar a banda nas mãos de Axl Rose.

Depois de muita negociação, conversas entre os ex-integrantes e até mesmo um histórico desabafo choroso de Axl Rose no palco em pleno Rock in Rio 2001, a trinca de ouro dos Guns n’ Roses, Axl Rose, Slash e Duff McKagan acertaram os ponteiros e finalmente anunciaram que voltariam a tocar juntos. O retorno rolou em grande estilo, no festival Coachella de 2016. Desde então a banda segue excursionando mundo afora e disparando seus grandes hits, que marcaram toda uma geração de moleques cabeludos.

Oasis

Pra finalizar, não poderíamos deixar de falar sobre a banda que inspirou a elaboração dessa lista! Oasis tem uma história interessante de apropriação. Começou com o baixista Paul McGuigan, o guitarrista Paul “Bonehead” Arthurs, o baterista Tony McCarroll e Chris Hutton nos vocais, que formavam uma banda chamada Rain, em 1991. Insatisfeitos com as performances do vocalista, Hutton foi substituído por Liam Gallagher, que era camarada dos caras da banda. Logo ao entrar, Liam propôs que a banda trocasse de nome para Oasis, sugestão aceita. Eles seguiram tocando pelos bares de Manchester sem grandes pretensões. Noel, irmão mais velho de Liam, costumava acompanhar a banda e dar uma força como roadie. Notando que a banda tinha potencial, mas não conseguia desenvolver boas canções, Noel propôs entrar para a banda com uma condição: ele ser o líder, e único compositor, e que os músicos se comprometessem a encarar a busca pelo sucesso com seriedade. Por alguma razão, aquela molecada que era quatrou ou cinco anos mais nova, aceitou. Noel virou o dono da banda e… não é que deu certo? Logo eles conseguem assinar com uma grande gravadora, lançam um disco de estreia soberbo e começam uma escalada veloz rumo ao estrelato. Mas, claro, no meio do caminho haviam egos inflados, drogas, pressão de empresários, gravadoras… e mais egos inflados. Liam passou a disputar as atenções e liderança com Noel e entre 1996 até meados da década de 2000, foi uma sucessão de briga e volta entre os dois irmãos, e, de fato, acabou que a banda se resumiu aos dois mesmo. A coisa toda se arrastou até 2009, quando Noel anunciou sua saída e, por consequência, o fim da banda, numa nota em que dizia: “É com tristeza e grande alívio que venho dizer que deixei o Oasis hoje à noite. As pessoas vão escrever e dizer o que quiserem, mas eu simplesmente não poderia continuar trabalhando com Liam por mais um só dia.”

Desde então, órfãos do Oasis sonham com uma reunião dos irmãos Gallagher nos palcos, e quem sabe nos estúdios, compondo material novo. Enquanto isso, se contentam com as carreiras solo de Liam e Noel. Até que, dias atrás, pintou no Instagram da banda uma imagem com a data “27 de agosto de 2024”. Todo mundo ficou alvoraçado com uma possível volta da banda. E esse retorno realmente se confirmou! Na última terça feira, dia 27 de agosto, foi anunciada e já começaram as vendas de uma tour da banda pelo Reino Unido, e já rolam várias especulações sobre uma tour mundial! Só nos resta torcer e aguardar.
Nota do editor: Caso se confirme um show do Oasis no Brasil, pretendo estar presente, certo de que será mais um entre os memoráveis shows que já vi.

Nada como a notícia da reunião de uma banda amada pra aquecer os nossos corações! E se é show bom que está por vir, a Strip Me já está prontinha pra te fornecer as mais incríveis e charmosas camisetas para vestir nesses momentos! A nossa coleção de camisetas de música é um arraso! Vai lá na nossa loja conferir! E tem também as camisetas de cinema, arte, cultura pop, bebidas e muito mais. Ah, sim. No nosso site você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Aquela playlist arrasadora com as bandas que foram, mas voltaram! Back Together top 10 tracks.

Para assistir: Para entender bem esse lance todo de como funciona uma banda por dentro e sacar porque as bandas acabam se separando, mesmo quando estão por cima, vale a pena assistir a divertidíssima minissérie Daisy Jones and The Six, a história de uma banda fictícia que se deu bem e depois se deu mal. Além de uma fotografia linda e roteiro super bem escrito, a trilha sonora é ótima!

Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

O humor é marca indelével de todo o catálogo da Strip Me. Seja uma piada descarada ou uma ironia discreta, as nossas camisetas unem estilo e bom gosto com muito bom humor. Por isso, não podemos deixar de falar sobre comédia e seus variados gêneros. E hoje a bola da vez é o stand up comedy.

O riso é uma reação complexa que começa no cérebro. Quando algo engraçado é percebido, o cérebro processa essa informação e desencadeia a resposta, o riso. A região do cérebro conhecida como córtex pré-frontal é a responsável por interpretar o humor. Quando uma situação é percebida como engraçada, essa informação é enviada para o sistema límbico, a área do cérebro associada às emoções. Dentro desse sistema, a amígdala e o hipotálamo desempenham papéis cruciais. A amígdala ajuda a regular as emoções e respostas emocionais, enquanto o hipotálamo coordena as reações físicas do riso, como a contração dos músculos faciais e a ativação dos sistemas respiratório e vocal. Ao rir, os batimentos cardíacos aumentam um pouco, o que melhora a circulação sanguínea, e a hipófise, uma glândula no cérebro, produz e libera a endorfina, um hormônio delícia que promove bem estar e prazer.

Muitas vezes o riso desperta de maneira involuntária. O que nos leva a crer que desde que o ser humano se entende por gente, sacou que rir é uma parada bem gostosinha e começou a criar situações engraçadas, para rir e se sentir bem. A comédia, portanto, é tão antiga quanto a humanidade e vem se desenvolvendo desde as pinturas rupestres até as plataformas de streaming. E, no meio disso, pintou a tal stand up comedy. A grosso modo, a comédia stand up surgiu nos Estados Unidos no começo do século XX com os apresentadores, ou mestres de cerimônia, de feiras de variedades, que faziam umas piadolas antes de apresentar os artistas. Se formos cavar um pouco mais fundo, podemos encontrar suas sementes plantadas nos espetáculos de vaudeville do final do século XIX, mas acaba que é quase a mesma coisa.

Na virada dos anos 50 para os anos 60 que a parada começou pra valer. Caras como Lenny Bruce e Bill Cosby se tornaram famosos se apresentando apenas fazendo observações cômicas sobre o cotidiano e sobre si mesmos. Clubes de comédia como o The Comedy Store em Los Angeles e o The Improv em New York se tornaram trampolins para comediantes que surgiam, como Woody Allen, George Carlin, Andy Kaufman, Richard Pryor, Steve Martin e muitos outros. A televisão logo viu potencial nessa turma e o legendário programa Saturday Night Live, por exemplo, virou um antro de comediantes de stand up. Nos anos 80 o gênero perdeu força, mas nunca chegou a desaparecer. Nos anos 90 uma nova geração de comediantes trouxe o stand up para as cabeças de novo, graças a Jerry Seinfeld, que inseriu o stand up numa sitcom irresistível. Paralelamente, e surfando na onda de Seinfeld, vieram grandes comediantes como Ellen DeGeneres, Tim Allen, Chris Rock e Ray Romano. Daí em diante, a popularização da TV à cabo e, posteriormente, os streamings deram a liberdade que esses artistas precisavam para filmar seus shows e se tornarem cada vez mais populares no mundo todo. Inclusive no Brasil.

Apesar de pouco popular, e sequer reconhecido pelo nome de comédia stand up, o gênero já rolava em terras tupiniquins desde os anos 70. O primeiro a fazer um show nos moldes do stand up por aqui foi o genial Zé Vasconcelos. Em seguida, Jô Soares e Chico Anysio também começaram a fazer shows no mesmo estilo. Mas a coisa virou mesmo só no começo dos anos 2000. Entre 2004 e 2005 surgem os primeiros grupos de stand up em São Paulo e no Rio de Janeiro, com comediantes veteranos como Marcelo Mansfield e Márcio Ribeiro e jovens talentos como Rafinha Bastos, Diogo Portugal, Fábio Rabin e Fábio Porchat. Uma década depois, uma nova geração revoluciona o gênero e dá, de fato, um tempero brasileiro ao stand up, com uma linguagem mais dinâmica, interações frequentes com a platéia e um foco maior em histórias pessoais. Dessa nova geração, se destacam nomes como Afonso Padilha, Igor Guimarães, Thiago Ventura, Bruna Louise e outros.

Na era dos streamings ninguém investe mais na comédia stand up do que a Netflix. A plataforma produz e veicula especiais de comédia do mundo inteiro e tem uma extensa lista de ótimos shows em seu catálogo. Para concluir esta singela celebração a este gênero tão delicioso da comédia, a Strip Me selecionou 6 shows do catálogo da Netflix para te recomendar, 3 gringos e 3 brasileiros. Confere aí.

Wanda Sykes – Not Normal 2019

Abrindo a lista com chave de ouro, a brilhante Wanda Sykes apresenta aqui um show verborrágico e engraçadíssimo, mas sempre com um subtexto corrosivo de crítica social e política. De todos os comediantes da atualidade, Sykes é quem chega mais perto do estilo feroz de George Carlin. É um show ideal para quem revira os olhos e não disfarça o desânimo quando alguém começa a falar das benesses do liberalismo e de como a meritocracia é importante.

Maurício Meirelles – Levando o Caos 2020

O título do especial de comédia de Maurício Meirelles não poderia ser mais apropriado. Seu texto de pouco mais de uma hora aborda tantos assuntos diferentes, que passa realmente a impressão de ser algo caótico. Entretanto, o comediante conduz tudo com muita firmeza e coesão, e com ótimas piadas! Ele se equilibra bem entre temas espinhosos como feminismo e drogas, intercalando com situações de sua vida pessoal. É uma ótima pedida para quem tem um churrasquinho marcado no fim de semana e quer chegar apavorando com umas opiniões descoladas e engraçadinhas sobre o cotidiano.

Ricky Gervais – Armageddon 2023

Podemos estabelecer, de cara, que Ricky Gervais é um dos melhores comediantes da atualidade, certo? Ok. Além de filmes e séries (incluindo aí The Office), Gervais lança com certa periodicidade seus especiais de stand up. E Armageddon, o mais recente, é simplesmente excelente! Nele Gervais aborda o fim dos tempos, que seria basicamente o tempo presente. Ou seja, o homem evoluiu, conquistou o planeta, dominou os outros animais… E agora se ofende com palavras! Ele costura com brilhantismo críticas à cultura woke e outras alucinações com memórias de sua infância. Show mais que recomendado para quem ouve as músicas da fase racional do Tim Maia e acha que até tem um fundo de verdade ali naquelas letras.

Bruna Louise – Demolição 2022

Bruna Louise carrega o mérito de ser a primeira mulher brasileira a ter um especial de comédia na Netflix. Também é considerada um dos grandes nomes do stand up comedy no Brasil. E isso de maneira geral, não só entre mulheres. Este seu solo, entitulado Demolição porque chega justamente para quebrar tabus (a começar pela conquista de ter seu especial na plataforma), é carregado de feminismo, sim senhor. Mas nem precisa achar ruim, porque Bruna Louise tem um ótimo texto e boas piadas, bem amarradas através de experiências pessoais e histórias hilárias de relacionamentos amorosos. Show que cai como uma luva para a galerinha que curte bloquinho do Baixo Augusta e que se recusa a admitir que leu algum livro do Monteiro Lobato na infância.

Richard Pryor – Live in Concert 1979

Pryor é um gênio. Ator estupendo e comediante mordaz. Este show é uma aula de stand up comedy. Ao assistí-lo você vai se dar conta que todo mundo que veio depois tem Richard Pryor como referência. Tem de tudo nessa apresentação. Humor físico que influenciou caras como Robin Williams, piadas de protesto que inspiraram Chris Rock, humor negro que encantou Dave Chappelle… tudo com um ritmo alucinante e timing perfeito para cada piada que Pryor vai soltando aos montes. Show indispensável para pessoas que falam que precisam acordar cedo pra não ir pra balada, mas ficam assistindo filme dos anos 80 pela milhonésima vez na TV.

Afonso Padilha – Alma de Pobre  2020

Sem dúvida Afonso Padilha é o mais workaholic dos comediantes brasileiros. O que é ótimo, porque seu texto é muito bem acabado e muito, mas muito engraçado mesmo! Quando ele se mete a falar de qualquer assunto, ele pesquisa antes, vai atrás pra saber como é… e volta com um amontoado de ótimas piadas a respeito. Neste show, no entanto, ele trocou a pesquisa pela sua própria vivência, e conta com muita graça como as pessoas que eram pobres e enriqueceram (ele incluso) não perdem uma certa essência de pobre, que pode soar pejorativa a princípio, mas ao longo do show se prova o oposto disso. Show ideal para quem já tem grana suficiente para pagar Spotify Premium sem reclamar, mas ainda compra requeijão no copo de vidro, só pra poder reutilizar o copo depois.

Bonus Track

Poderíamos aqui citar muitos outros especias de comédia de artistas incríveis. Por exemplo, o impagável show de 1999 do Chris Rock, entitulado Bigger and Blacker, onde ele destila um texto hilário e contundente sobre racismo e que está disponível na HBO Max. Ou ainda o excelente show Tá Embaçado, do Fábio Rabin, lançado ano passado na Amazon Prime Video, onde Rabin apresenta um texto envolvente sobre vários dilemas da sociedade moderna. Mas a bonus track em questão aqui é um show de 2022 produzido pela Netflix chamado The Hall, onde é criado uma espécie de Hall of Fame para comediantes, e 4 comediantes já falecidos são homenageados por 4 colegas ainda em atividade. assim, temos George Carlin, Robin Williams, Joan Rivers, e Richard Pryor sendo homenageados por Jon Stewart, John Mulaney, Chelsea Handler, e Dave Chappelle. Vale a pena demais conferir.

Pois é. A comédia nada mais é do que um espelho, mas um desses espelhos que aumentam tudo, deixando na cara todas as qualidades e todos os defeitos ali refletidos. E esse espelho pode estar voltado para a sociedade ou para o próprio comediante. E a Strip Me, muitas vezes se faz valer desse espelho, para criar camisetas incríveis que vão acabar deixando você bem na fita em qualquer situação. Em todas as nossas coleções, você vai encontrar pitadas generosas de bom humor, seja nas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas, games e tantas outras. Cola lá na nossa loja pra conferir e ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist hilariante só com músicas engraçadinhas. Comédia Top 10 tracks.

Brasileirês: 12 palavras que só o brasileiro entende.

Brasileirês: 12 palavras que só o brasileiro entende.

A língua portuguesa é um idioma encantador, sem dúvida um dos mais bonitos do ocidente. Mas o brasileiro o eleva a níveis de originalidade sem precedentes, e a Strip Me te mostra isso com muita propriedade.

São 9 no mundo os países que tem o português como idioma oficial. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Certamente cada um deles tem seu sotaque, suas gírias e palavras que foram incluídas no dicionário local. Mas a gramática e estrutura linguística são as mesmas. Então, se um português, um angolano, um brasileiro e um timorense se encontrarem no bar, eles vão conseguir se comunicar tranquilamente. Além de ter uma baita cara de começo de piada, esse encontro no bar seria uma experiência muito interessante para constatar as semelhanças e diferenças entre um mesmo idioma.

Na verdade, a gente sabe que o português brasileiro é muito mais rico e interessante do que os outros portugueses falados mundo afora. Afinal, onde mais você vai ouvir uma frase como “A parada começou na zueira, mas depois virou uma puta treta, mas tudo se resolveu na mais pura malemolência!” O brasileirês é maravilhoso, justamente porque é nosso, tão nosso quanto a jabuticaba, o brigadeiro, o dia dos namorados em junho e o cheque pré-datado. E tem algumas palavrinhas que podem até constar no dicionário de outros países de língua portuguesa, mas que ninguém as utiliza com a destreza e com o “borogodó”do brasileiro. A Strip Me listou 12 delas para você conferir.

Abestado.

No nordeste do Brasil é uma gíria muito antiga. É uma palavra auto explicativa, trata-se de um adjetivo para alguém bobo, lerdo, ingênuo… enfim, besta. Nos anos 90 se espalhou para o resto do país, principalmente através do sucesso de cantores nordestinos como Tiririca e Genival Lacerda.

Bamboleio.

Temos aqui uma palavra que exemplifica muito bem o português BR. É uma derivação da palavra bamba, que tem origem africana e significa valentia, coragem. Tanto que ainda se usa muito dizer que quem é o maioral em alguma coisa é o bambambã. Em certo ponto, ganhou outra conotação, quando surgiu a expressão “andar na corda bamba”, designando que quem o faz tem coragem para correr riscos e se equilibrar. Assim surgiu o verbo bambolear. E o bamboleio é essa ginga brasileira, de se equilibrar, ter jogo de cintura. Isso em tudo na vida.

Borogodó.

Provavelmente a mais brasileira das palavras. O borogodó não tem uma etimologia conhecida. Provavelmente tem ali uma origem africana, mas nunca se identificou isso de fato. Além do mais, é uma palavra relativamente nova. Começou a aparecer entre as décadas de 1920 e 1930 e se popularizou rapidamente, logo sendo utilizada na música e na literatura. E o que é o borogodó? Borogodó é um elemento que torna alguém ou alguma coisa muito cativante, irresistível e única. Carmen Miranda era cheia de borogodó, Pelé era cheio de borogodó… enfim, o Brasil é puro borogodó!

Firmeza.

Para qualquer outro país de língua portuguesa, firmeza é simplesmente uma derivação da palavra firme, que define algo como sólido, rígido. Mas aqui no Brasil vai muito além disso. A premissa é a mesma, mas pra nós, firmeza é alguém ou alguma coisa com muitas qualidades, admirável, confiável. Pode muito bem ser substituída pela expressão ponta firme, que tem a mesma conotação. Firmeza também ganhou o status de cumprimento, substituindo a palavra beleza. É uma palavra mais utilizada no sudeste do Brasil, especificamente em São Paulo, mas pode ser ouvida Brasil afora, graças ao som de gente como Racionais e Emicida. Que, aliás, são muito firmeza!

Maínha.

De maneira objetiva, é o diminutivo de mãe. Aliás, o diminutivo de mãezinha. Termo usado desde sempre no nordeste brasileiro. Mas acabou virando gíria nacional, sendo que em todo o Brasil você vai encontrar gente que, quando quer se referir à mãe de maneira mais afetuosa, logo mete um maínha na frase. Mas em boa parte do nordeste, a palavra não se limita a referir-se à mãe com carinho, mas sim é uma substituta direta de mãe ou mamãe. Por exemplo, uma criança baiana pode dizer um carinhoso “Maínha, eu te amo.” como um corriqueiro “Maínha, acabei, vem me limpar!”

Malemolência.

Tal qual o borogodó, a etimologia precisa de malemolência é desconhecida. Por óbvio, deduzimos que é uma derivação da palavra mole, como molenga, por exemplo, mas com uma conotação mais leve e positiva.A malemolência remete a uma leveza sedutora, um gingado suave. A malemolência é um samba do Martinho da Vila, é uma tapioca quentinha com manteiga e um cafezinho coado na hora. Malemolência, acima de tudo é um estado de espírito!

Perrengue.

Certamente esta é a palavra com a origem mais inusitada. Na verdade, trata-se de uma palavra de origem espanhola, que era muito popular até o século XVII na Espanha e suas colônias, mas que depois disso caiu em desuso. É uma derivação da palavra perro, cachorro em espanhol. Na época, para os espanhóis, perrengue era adjetivo para pessoas teimosas, arredias. Quando queriam dizer que Fulano é teimoso como um cachorro, diziam Fulano é um perrengue. A palavra sobreviveu ao tempo só no Brasil (que, sim, foi colônia da Espanha entre 1580 e 1640), e no século XIX ganhou a conotação de situação complicada, problemática. Isso porque, da palavra perro também derivam os termos aperrear e emperrar, significando situação que é travada, obstruída à força. Ao longo do tempo, devem ter rolado algumas confusões de significado, sendo palavras da mesma origem e bem parecidas. Assim, perrengue virou isso aí… uma situação embaçada, tá ligado? Um perrengue!

Ranço.

É uma palavrinha que, assim como firmeza, certamente é utilizada em outros países de língua portuguesa. Mas não com a mesma malemolência que nós usamos por aqui! A etimologia da palavra ranço do latim rancidus, significa podre, fétido, ou seja, um adjetivo para uma coisa que cheira mal. Mas por aqui, transformamos essa palavra num sentimento, que extrapola o significado da palavra em si. Afinal, um cheiro podre, ruim, causa na gente o sentimento de asco e desprezo. Assim, passamos a utilizar a palavra ranço para demonstrar esse desprezo e nojo de certas pessoas ou situações. Por exemplo, é muito comum a gente dizer que tem ranço de gente homofóbica e intolerante.

Remelexo.

Remelexo, meus amigos e minha amigas, nada mais é do que o bom e velho rebolado! Numa linguagem mais formal, movimento em que os quadris se movem de maneira ritmada. Obviamente deriva da palavra mexer , mais precisamente remexer. O fofinho Rei Julian se remexe muito e tem lá seu valor, mas jamais terá o remelexo do brasileiro numa roda de samba!

Treta.

Treta vem do latim tret, que significa perspicácia na prática da esgrima, daí, derivou-se a palavra treita no português arcaico significando manha, jeito. Atualmente, treta, em Portugal, ainda tem essa conotação de habilidade. Presume-se que, uma vez que treta é um jargão da esgrima, ou seja, de uma luta, no Brasil a palavra ganhou esse significado de confusão, briga, situação caótica. Mas tá tudo bem. Cada país com o sua treta. Não vai ser por isso que nós vamos arranjar treta com os portugueses, até porque pode ser que eles venham com as tretas deles pra cima de nós.

Ziriguidum.

Essa é fácil! Ziriguidum é o samba em seu esplendor! A etimologia da palavra, claro, é incerta e duvidosa. Mas é 100% brasileira, isso não há dúvida. Sua origem, muito provavelmente, é onomatopeica, ou seja, é a reprodução em palavra de um som. No caso, é o som do movimento do pandeiro junto com a batida do samba entre um e outro compasso. “Dum dum ziriguidum dum dum”. Mas claro que nós ampliamos o sentido da palavra para caracterizar algo tipicamente brasileiro, dá pra dizer que é uma palavra meio irmã do borogodó.

Zueira.

Mais uma palavra de origem onomatopeica, zueira deriva de zumbido, que, por sua vez, emula o som dos insetos voadores. Sabe aquele pernilongo que curte dar uns rasantes perto da sua orelha quando você tá tentando dormir? Então… Convencionou-se chamar de zueira, um lugar onde tem muito ruído, ou muito zumbido. Agora, como a palavra ganhou a conotação de brincadeira, sacanagem, piada… ninguém sabe. Talvez seja porque toda boa baguncinha boa que se preze seja bem barulhenta, uma zueira danada! Mas caso você ache que não tem nada a ver, e que a gente está aqui de zueira, tudo bem.

Gonçalves Dias já dizia que as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá. Sendo assim, como poderíamos nós, brasileiríssimos e cheios de borogodó, falar o mesmo português que eles falam lá, ora pois? E a Strip Me, sempre com muita malemolência e ziriguidum, se inspira nesse jeitinho brasileiro todo especial para criar camisetas lindas e super estilosas que esbanjam brasilidade! Basta conferir as nossas coleções de Carnaval, Verão e Tropics, isso sem falar nas camisetas de música, cinema, arte, bebidas, cultura pop… olha, é muita coisa! Vai lá na nossa loja conferir, e aproveita pra ficar por dentro dos nossos lançamentos que pintam lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist do balacobaco cheia de brasilidades! Borogodó Top 10 tracks.

Skate & Música: 10 artistas que são skatistas.

Skate & Música: 10 artistas  que são skatistas.

Depois de se tornar esporte olímpico, o skate vem ganhando cada vez mais popularidade. E a música sempre esteve intrinsicamente ligada ao skate. Hoje a Strip Me explica essa ligação e aponta 10 artistas que são entusiastas e praticantes do skate.

Na trilogia de filmes De Volta Para o Futuro um dos elementos mais importantes é o skate. Além de ser o principal meio de transporte de Marty McFly, a cena de perseguição em 1955, ao contrário do que muita gente pensa, não fez de McFly o precursor do skate. Já se a franquia profetizou a invenção e popularização de skates sem rodas, sendo apenas uma prancha flutuando no chão, provavelmente ainda teremos que esperar para saber. Não se sabe ao certo quem inventou o skate e nem exatamente quando. O que sabemos é que isso aconteceu na mesma California da cidade fictícia de Hill Valley, entre Los Angeles e San Francisco por jovens surfistas no início dos anos 50, que ficavam ociosos em tempos de maré baixa e poucas ondas. Nessa época, era uma brincadeira perigosa, já que os surfistas simplesmente adaptaram rodinhas de ferro em pranchas. Essas rodinhas eram muito escorregadias, sem aderência ao solo, causando vários tombos.

O skate passou a ser fabricado em série e vendido em lojas em 1959. Mas a parada evoluiu mesmo nos anos 70. Em 1972 surgiram as rodinhas de poliuretano, uma espécie de plástico muito resistente, e os eixos foram melhorados, dando mais controle e flexibilidade. Os skatistas começam a invadir espaços de grandes cidades e criar manobras em escadarias e rampas, e acabaram sendo vistos como marginais por uma parcela da sociedade. Na mesma época o punk rock emergia de centros urbanos como New York trazendo uma mensagem de desprezo por essa sociedade careta e introduzindo o conceito “do it yourself”. Claramente o skate e o punk foram feitos um para o outro. Enquanto os skatistas entravam na onda faça você mesmo e desenvolviam rampas de madeira e criavam pistas e circuitos, a energia do som das bandas punk eram a trilha sonora perfeita para as manobras alucinadas. Nos anos 80 a cena punk da California fundiu de vez as duas coisas, criando festivais com bandas tocando e onde rolavam competições de skate.

À medida que a popularidade do skate crescia, os skatistas desenvolviam também diferentes personalidades. O inerente fator cosmopolita do esporte acabou também sendo abraçado pelo movimento do hip hop que crescia no fim dos anos 80. Foi nesse período que o skate realmente ganhou popularidade, graças à MTV e às locadoras de fitas VHS. Enquanto a MTV exibia clipes de bandas como Circle Jerks, Suicidal Tendencies e Bad Religion, onde aparecem várias manobras de skate, a Espn produzia competições que ficaram conhecidas como X Games, que eram filmados e depois disponibilizados em home videos, fitas de VHS, que eram alugadas. E é claro que a trilha sonora dessas fitas era toda composta por bandas de punk e hardcore. Essas fitas, inclusive ajudaram muito a tornar conhecidas mundo afora algumas bandas como Offspring e Pennywise, que eram conhecidas apenas na cena californiana. Ou seja, a música sempre alimentou o skate, e o skate também sempre alimentou a música. Para deixar isso mais claro, a Strip Me elencou 10 nomes da música que tem forte ligação com o skate. Confere aí.

Ben Harper

Além de um baita compositor e multi instrumentista, Ben Harper também manda bem nas quatro rodinhas. Já fez demonstrações em alguns desses programas de TV late nights norte americanos e, vira e mexe, é flagrado rodando em cidades como Lisboa ou Paris. Ele já declarou que anda de skate desde moleque, mas que nunca entrou na pira de competir. Manja de várias manobras e tem se dedicado a ensiná-las a seus filhos.

Jeff Ament

O baixista da banda Pearl Jam é um notório skatista do rock. Na real, Ament sempre esteve muito envolvido com esportes. Uma das coisas que ajudou a estreitar os laços entre ele e Eddie Vedder no começo da banda foi a paixão por basquete. Na época, recém chegado de San Diego, Vedder curtia surfar, mas não era tão ligado ao skate. Já Jeff Ament sempre teve o skate e os Ramones como suas grandes paixões.

Henry Rollins

Henry Rollins é o exemplo perfeito dessa simbiose entre o skate e o punk. Ainda antes de se tornar vocalista da fundamental banda punk Black Flag, Rollins já andava de skate e era envolvido no esquema do ti yourself. Junto com os Dead Kennedys, a banda Black Flag ajudou a remodelar o punk na California, estabelecendo as bases do que ficou conhecido como hardcore. E por várias vezes Rollins aparecia no palco fazendo uns flips em seu skate enquanto a banda tocava.

James Hetfield

O vocalista do Metallica também era desses que andava de skate desde moleque. Quando sua banda começou a ganhar fama e fazer turnês cada vez mais longas, Hetfield via no skate uma maneira de matar o tempo, andando em estacionamentos de hotel e onde mais pudesse. Até que em 1987, durante a tour do disco Master of Puppets, em que eles abriam os shows do Ozzy Osbourne, Hatfield foi mandar um down hill, caiu do skate e quebrou o pulso, tendo que fazer os shows seguintes apenas cantando, sem tocar guitarra. Desde então o empresário da banda fez com que todos assinassem um contrato proibindo skates durante as turnês.

Travis Barker

Barker é a personificação do jovem californiano dos anos noventa. Cresceu assistindo os X Games e indo aos shows de Bad Religion, Circle Jerks, Black Flag e tantas outras bandas. Portanto, não é surpresa para ninguém que o baterista do Blink 182 seja um apaixonado por skate, até porque os clipes da banda sempre tiveram uma ou outra ceninha ali com imagens de skate.

Avril Lavigne

Finalmente uma mulher nessa lista! Avril apareceu na cena do rock justamente com uma música sobre skate, Sk8ter Boi. Ela aparece no clip da música andando de skate, inclusive, e já foi vista várias vezes em momentos de lazer e descontração rodando por aí. Apesar de muito roqueiro mala torcer o nariz para ela, Avril Lavigne ajudou muito a mostrar que tem muita menina por aí que manja de skate e de rock n’ roll, e que elas merecem igual visibilidade e respeito.

Devendra Banhart

Devendra Banhart não é só o maior ícone do folk psicodélico moderno, é também um ávido skatista, que inclusive já quebrou a perna mais de uma vez rodando por aí. Autor de declarações polêmicas como “Os Mutantes são melhores que os Beatles.” o maluco também já disse em entrevistas que começou a se interessar por rock assistindo aos vídeos de skate da Espn. Justifica-se assim a presenca dele nesta lista.

Miley Cyrus

Miley Cyrus aprendeu a andar de skate em 2012, com seu então noivo, Liam Hemsworth. Desde então vem se mostrando uma entusiasta do esporte e é frequentemente flagrada nas ruas de Los Angeles dando rolezinho em seu skate. Abraçando a cultura do skate, a cantora reforça ainda mais sua ligação com o rock n’ roll, provando que é muito mais que uma estrela pop qualquer.

Lil’ Wayne

Representante brabo do hip hop no skate, Lil’ Wayne dispensa apresentações. Mesmo sendo o quinto rapper mais rico do mundo, segue curtindo dar um rolê de skate, como fazia quando era moleque na quebrada de New Orleans, onde cresceu. Aliás, numa ação em 2022 ele se juntou a Torey Pudwill, Keelan Dadd e Yosef Ratleff, três grandes skatistas profissionais, para presentear as crianças do bairro onde Lil’ Wayne cresceu com kits de skate, com capacetes, joelheiras e tudo.

Justin Bieber

Sim, Justin Bieber. Ainda que ele seja uma celebridade sem muita expressão para quem tem mais de 30 anos de idade, Justin Bieber tem seu valor. É um artista controverso, em constante atividade e sempre tentando se desvencilhar dessa imagem de crush de menininhas de 15 anos. Uma das maneiras de transmitir um pouco mais de rebeldia é andando de skate, coisa que ele faz desde moleque, antes da fama, vale dizer. Portanto, aí está. Justin Bieber também é do skate!

O skate é realmente uma parada fascinante, ainda mais quando combinada à boa música. E agora, com o Brasil mandando bem nas Olimpíadas, o skate cresce cada vez mais e se coloca como um esporte divertido, democrático e contestador, afinal é sobre ele que os jovens tomam conta dos espaços públicos. Skate é música e cultura pop! Portanto, também está ali, na miríade encantadora de influências da Strip Me para desenvolver camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, games, bebidas e muito mais. Cola lá na nossa loja pra conferir e ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada pra curtir em alto volume rodando de skate por aí! Skate top 10 tracks.

Guia Dia dos Pais STM: O presente ideal para papais de todos os estilos. Parte 2

Guia Dia dos Pais STM: O presente ideal para papais de todos os estilos. Parte 2

Dia dos Pais chegando e a Strip Me está prontinha pra facilitar a sua vida! Nest post apresentamos a segunda parte das nossas sugestões incríveis de presente para cada estilo de pai.

Pai. O herói que não usa capa. O amigão, o coruja, o cara que tem a difícil tarefa de disciplinar, ensinar e divertir, ao mesmo tempo. Aquele que, como dizia aquele dinossaurinho cor de rosa, não é a mamãe, mas consegue se virar e fazer a função com amor e dedicação. No fim das contas, há quem diga que pai é tudo igual, mas a gente sabe que não é bem assim. Claro, a essência é a mesma, de amor incondicional e dedicação, mas, para ficar ainda nos chavões, cada um é cada um. E está chegando o dia de celebrar todos os tipos de pais. A Strip Me te dá uma forcinha para dar o presente ideal para cada tipo de papai. Então se liga na segunda parte das nossas sugestões de presente para o Dia dos Pais.

O Papai Cervejeiro.

O papai cervejeiro é um mestre dos sabores. Tem forte ligação com a gastronomia de maneira geral e, em sua maioria, curte se aventurar na cozinha. Mas sua paixão, claro, é a boa e velha cervejinha. Animado, é um pai sempre disposto a brincar com os filhos e promover confraternizações. Afinal, os papais cervejeiros costumam se reunir frequentemente, fazendo de um simples churrasquinho de fim de semana uma grande festa com a criançada correndo e brincando junta e os papais e mamães botando a conversa em dia. Para aquele papai que se liga em esportes para além do levantamento de copo, a camiseta Pódio é uma excelente pedida. Já para os mais nostálgicos, que curtem as good vibes daquele fim de tarde no boteco, a camiseta Duas Cervejas é uma escolha certeira. Tem também o pai cervejeiro que se amarra em música e, em especial, no rock n’ roll. Para ele, a cerveja Beer Fans é sucesso garantido.

O Papai Estradeiro.

Metódico e com espírito livre, o papai estradeiro é aquele que está sempre pronto para embarcar numa viagem. Pode ser uma road trip sem destino definido, uma viagem à praia, ou até mesmo uma esticada rápida até uma cachoeira da região. Como toda viagem requer um mínimo de planejamento, o pai estradeiro é organizado e muito tranquilo. Isso tudo faz com que ele seja um pai amoroso, que consegue educar sem precisar ser rígido ou muito exigente, além de sempre proporcionar grandes aventuras. O papai estradeiro sempre tem um pouco de alma hippie, já que tem uma forte ligação com a música (afinal, não dá pra pegar estrada sem uma boa playlist engatilhada) e com a natureza. Justamente por isso, tanto a camiseta Paz, como a camiseta Things são, além de lindas, ideais para este tipo de pai. Quem curte viajar, acaba também se ligando em fotografia, para registrar cada momento especial. Sendo assim, a camiseta Photo Wave é outra opção super descolada que certamente vai agradar.

O Papai Minimalista.

O papai minimalista é uma figura fascinante. Calmo, de bem com a vida, parece não ter preocupações. Se liga em arte e design e vive na linha tênue entre o “está tudo sob controle” e o “deixa a vida me levar”. Com os filhos é um pai que gosta de conversar e saber tudo sobre qualquer assunto do interesse das crianças. Gosta de brincadeiras mais tranquilas e faz questão de sempre arrumar os brinquedos na prateleira ou em caixas organizadoras no fim do dia. Para este estilo de pai, as camisetas básicas da Strip Me são um arraso! Com cores lindas e caimento perfeito, são um presente e tanto! Mas também tem aquelas camisetas com estampas discretas e sofisticadas. Por exemplo, qualquer papai minimalista certamente vai se derreter pela camiseta Bauhaus 1923. E para deixar claro que o negócio é relaxar, a camiseta Just Chilling é super estilosa e vai rapidamente se tornar uma das favoritas do guarda roupas do papai.

Exclusiva do Papai.

Independente de gostos, estilos e interesses, lógico que cada pai é único e original. E isso é algo a ser celebrado, certamente. Para tal, a gente te lembra que a Strip Me, além de todas as suas coleções lindas, também oferece a possibilidade de você presentear seu pai com uma camiseta exclusiva, personalizada. É a qualidade inconteste das nossas camisetas, produzidas com tecido certificado com selo BCI e de caimento perfeito, com a estampa que você quiser. Para isso, basta você ir até o nosso site e acessar a seção “Personalize” e seguir as instruções. Você manda a sua arte, escolhe a cor e tamanho da camiseta e pronto. O resto fica por nossa conta.

Enfim, o amor paterno em todas as formas tem mais é que ser celebrado. Afinal, pai é quem gera, mas também é quem cria, quem adota, quem dá amor e quem está sempre presente! E presente para o Dia dos Pais é o que não falta aqui na Strip Me. Você pode conferir outras sugestões de presente na primeira parte deste texto, publicada. na semana passada ou no texto que produzimos para o Dia dos Pais do ano passado. E, é claro, você pode ir no nosso site e conferir todas as estampas sugeridas neste post, explorar a nossa loja todinha e ainda ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist daquelas, com músicas que falam sobre a paternidade. Dia dos Pais top 10 tracks.

Guia Dia dos Pais STM: O presente ideal para papais de todos os estilos. Parte 1

Guia Dia dos Pais STM: O presente ideal para papais de todos os estilos. Parte 1

Dia dos Pais chegando e a Strip Me está prontinha pra facilitar a sua vida! Nest post e em outro semana que vem, te entregaremos sugestões incríveis de presente para cada estilo de pai.

A paternidade é uma viagem sem volta. E, ainda bem que é assim. São muitos os clichês que exprimem o quão transformadora e surpreendente é a chegada de um filho. Mas a base de tudo é saber que a paternidade não é um complemento da maternidade, mas sim uma totalidade, um conjunto de sentimentos, ações e pensamentos que, por óbvio e naturalmente, vão se conectar e somar ao mesmo conjunto da mãe. Não tem fórmula ou explicação teórica para ser pai, o importante mesmo, no fim das contas, é ser presente e autêntico. E é exatamente na autenticidade que este texto se ancora. Neste texto e no que será publicado na semana que vem, a Strip Me vai dar uma geral nos diferentes estilos de pai, para assim sugerir o presente ideal para o seu pai.

O Papai Folião.

Ele é incansável e divertidíssimo! Não só topa todas as brincadeiras, como vai fundo encarando fantasias e outras caracterizações. É assim o ano inteiro. Mas em fevereiro… Ah, no Carnaval é onde ele se encontra em seu habitat natural, é seu momento de brilhar! Na casa do papai folião nunca falta música e dança, em especial aquele sambinha bom, que quem não gosta é ruim da cabeça ou doente do pé. A coleção de Carnaval da Strip Me é perfeita para este pai tão animado e alegre. A camiseta Malemolência, por exemplo, traz estampada no peito tudo que o papai tem de sobra. Já a camiseta Folião é mais objetiva e vai direto ao ponto, pero sin perder la ternura. Por fim, a camiseta Cartola traz este homem que foi a personificação do samba em sua imagem mais famosa., ideal para aquele papai que é folião e e realmente apaixonado por música.

O Papai Gamer.

É o papai companheiro, parceiro para todas as horas e que, mesmo sendo super competitivo, vai deixar o filho ganhar no videogame (sendo que, quando o filho crescer e pegar as manhas, é ele quem vai deixar o pai ganhar de vez em quando, só pra não ficar chato). O papai gamer manja tudo de tecnologia e está sempre ligado nas mais novas tendências dos games, porém não vai deixar jamais de ter à mão um Super Mario clássico pra relaxar. Mas claro que precisamos ter em mente que as pessoas são multifacetadas, e ninguém tem só um hobby ou interesse. Falando em mente, os papais que curtem games e outras cores, sempre com a cabeças feita, certamente vão se encantar com a camiseta Psy Station. Já aqueles que viveram intensamente os anos 90, certamente vão amar a camiseta Super Smile. Já o papai que está sempre com um pé no game e outro na luta de classes, não pode ficar sem a camiseta Activism.

O Papai das Plantas.

Há quem diga que, para crescer saudável, criança tem brincar na terra. Para o papai das plantas isso é uma realidade. É aquele pai que vai tomar banho de chuva no jardim com as crianças nos dias quentes de verão. Em geral é um papai vegetariano que manja dos temperos e sempre faz rangos deliciosos. Mas, acima de tudo é o pai que vai ensinar sua prole a amar e cuidar da natureza, a começar pelo cuidado com as plantinhas da casa. Todo papai de plantas que se preze sabe que não tem nada mais importante do que defender a preservação dos nossos biomas. E a camiseta Mata Atlântica, além de linda, deixa isso claro. Para o papai que cultiva com esmero uma exuberante urban jungle, sugerimos a descolada camiseta Monstera Deliciosa. E para o papai que tem aquela plantinha escondida ali no meio do jardim, e que de vez em quando fica com uma baita fome do nada, a camiseta THC pode ser uma boa pedida.

Exclusiva do Papai.

Independente de gostos, estilos e interesses, lógico que cada pai é único e original. E isso é algo a ser celebrado, certamente. Para tal, a gente te lembra que a Strip Me, além de todas as suas coleções lindas, também oferece a possibilidade de você presentear seu pai com uma camiseta exclusiva, personalizada. É a qualidade inconteste das nossas camisetas, produzidas com tecido certificado com selo BCI e de caimento perfeito, com a estampa que você quiser. Para isso, basta você ir até o nosso site e acessar a seção “Personalize” e seguir as instruções. Você manda a sua arte, escolhe a cor e tamanho da camiseta e pronto. O resto fica por nossa conta.

O Dia dos Pais é uma data realmente especial. A paternidade é essa viagem sem volta por um novo mundo desafiador e irresistível. E se você ainda não identificou o estilo do seu pai neste texto, se prepara, que semana que vem tem mais. Vamos dar continuidade falando sobre papais incríveis e seus estilos, bem como sugerindo um presente melhor que o outro! E se você quiser continuar lendo sobre sugestões de presentes para o Dia dos Pais, dá uma olhada aqui, neste texto que publicamos aqui ano passado. Lembrando que na nossa loja você encontra camisetas para todos os estilos! São coleções de camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas, games, brasilidades, sustentabilidade e muito mais, além dos lançamentos que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist daquelas, com músicas que falam sobre a paternidade. Dia dos Pais top 10 tracks.

Samba rock: o que é, quem inventou e os 10 discos essenciais.

Samba rock: o que é, quem inventou e os 10 discos essenciais.

No embalo do mês do rock, a Strip Me traz o rock à brasileira por excelência. O samba-rock começou na década de 1950 e segue sendo uma das mais genuínas expressões artísticas do Brasil. Saiba tudo sobre este gênero aqui.

“Eu só boto bebop no meu samba quando o Tio Sam tocar um tamborim. Quando ele pegar no pandeiro e na zabumba, quando ele aprender que o samba não é rumba. Aí eu vou misturar Miami com Copacabana, chiclete eu misturo com banana e o meu samba vai ficar assim. Olha aí o samba-rock, meu irmão!” Ironicamente a primeira menção ao termo samba-rock se encontra nesta música de 1959, um dos grandes clássicos da música brasileira, interpretada pelo mestre Jackson do Pandeiro. E a ironia é que a canção é justamente um manifesto em prol da pureza do samba contra os estrangeirismos que invadiam o Brasil naquela época, exigindo que, se é pra rolar essa fusão, que seja feita igualmente. Nem mesmo ritmicamente a música remete ao gênero. Ainda assim, pode ser considerada um dos pontos de origem do samba-rock. Hoje a Strip Me dá uma geral no samba-rock, com suas origens, principais nomes e os 10 discos essenciais do gênero.

No passinho.

O samba-rock é um caso interessante, onde a dança veio antes que a música. Anos antes de Jorge Ben eternizar sua batida de violão inigualável no clássico Samba Esquema Novo, já rolavam em São Paulo grandes bailes, onde pessoas de classe média e classe baixa se divertiam e dançavam ao som dos grandes sucessos internacionais e brasileiros da época. Em meados dos anos 50 os melhores salões de baile da cidade de São Paulo eram animados por grandes orquestras e prevalecia um elitismo descarado, com segregação racial e tudo. Já os bailes frequentados pelas classes menos abastadas eram animados por grandes sistemas de som, onde rolavam os discos de sucesso do momento. Como era comum rolar um rock e depois um samba no som, o pessoal começou a misturar os passos de dança. Principalmente os negros que frequentavam esses bailes, começaram a desenvolver passos de twist e rock no ritmo do samba. E isso virou febre, essa nova dança acabou chegando no Rio de Janeiro e ganhou o nome de samba-rock.

Tudo Ben.

Se a gente quiser ser muito técnico e racional, podemos dizer que o samba-rock é um samba onde a acentuação rítmica é alterada, sendo o compasso do samba, que é binário (2/4), adaptado ao compasso quaternário (4/4) do rock. Além disso, é marcante o uso de guitarra, baixo e bateria, com o adicional de alguma percussão e naipe de metais. Mas como toda arte realmente expressiva e original, tudo aconteceu naturalmente, de maneira instintiva.

É senso comum que quem realmente inventou o samba-rock foi Jorge Ben Jor (à época conhecido apenas como Jorge Ben). O próprio já contou em entrevistas que, sendo um músico autodidata, acabou desenvolvendo uma batida de violão única ao tentar emular o violão bossanovista de João Gilberto. Isso fez com que ele tivesse uma batida de violão mais suingada e sincopada, que ficava entre a bossa nova e o rock. Apesar do disco de estreia de Jorge Ben, Samba Esquema Novo, ser um clássico absoluto, com músicas como Mais que Nada e Chove Chuva, seus 4 primeiros discos são discos mais convencionais, de samba e bossa nova. Foi em 1969, com o disco entitulado simplesmente Jorge Ben, que Jorge conscientemente começou a lapidar seu estilo, criando algo novo. Neste disco estão hits como País Tropical, Que Pena (Ela Não Gosta Mais de Mim), Charles Anjo 45, Take it Easy My Brother Charles e Cadê Tereza. E o samba-rock seria cristalizado definitivamente como gênero musical distinto no antológico disco de 1974 A Tábua de Esmeralda, onde Jorge Ben realmente alcança seu auge criativo.

10 discos essenciais do samba-rock.

Jorge Ben (1969) A Tábua de Esmeralda (1974) África Brasil (1976)

Jorge Ben Jor estabeleceu os fundamentos do samba-rock nesses 3 discos. No disco de 1969 ainda encontramos muitos elementos, incluindo as bases rítmicas, mais voltadas para o samba, mas tanto na temática das letras quanto nos arranjos, dá pra sacar algo mais. São canções mais ensolaradas e empolgantes. N’A Tábua de Esmeralda Jorge Ben já consolidou uma cadência singular e arrebatadora. A real é que convencionou-se chamar o gênero de samba-rock, simplesmente por misturar a música brasileira com elementos da música negra norte americana, o rock aí incluso. Mas, além do rock, também o soul e o funk fazem parte dessa mistura. A Tábua de Esmeralda já abre com uma levada de violão irresistível, que nada mais é do que um samba funkeado. E o disco todo tem essa toada, com composições brilhantes. Em África Brasil Jorge Ben atinge um nível altíssimo de qualidade em suas canções. Um disco conceitual muito bem elaborado onde, através de canções como Ponta de Lança Africano, Taj Mahal, Xica da Silva, A História de Jorge, África Brasil (Zumbi), Jorge Ben se conecta seus ancestrais e conta a história dos negros no Brasil. É um disco irretocável.

Di Melo – Di Melo (1975) Cheio de Razão – Bebeto (1978) Branca Mete Bronca – Branca di Neve (1987)

Como já foi dito, o samba-rock também tem em seu DNA muito do soul e funk. E foram artistas mais ligados nesse tipo de som que embarcaram na onda do samba-rock, alguns com mais ênfase no groove, o que deu uma nova cara ao estilo. Por isso, o disco do pernambucano Di Melo figura entre os mais relevantes não só do samba-rock, mas da música popular brasileira dos anos 70. Com grandes canções, Di Melo mescla ritmos e estilos com naturalidade. O disco em questão, seu primeiro LP, ainda hoje é reverenciado pela sua inventividade, sendo sampleado por muitos DJs mundo afora. Já com o pé mais fincado no samba, Bebeto foi outro que entendeu bem a mensagem de Jorge Ben e conseguiu conceber um disco delicioso de se ouvir, cheio de suíngue e boas melodias. O percussionista Branca di Neve foi outro que soube como poucos compor grandes canções com muito sambalanço. Branca di Neve era paulista e fez parte do lendário grupo Os Originais do Samba, além de ter sido músico de apoio de artistas como Toquinho e Nara Leão. Depois de toda uma vida dedicada a tocar com outros artistas, somente no fim dos anos oitenta resolveu gravar suas próprias composições. Branca Mete Bronca é uma aula de samba-rock.

Por Pouco – Mundo Livre S/A (2000) Samba Esporte Fino – Seu Jorge (2001) Samba Rock – Trio Mocotó (2001)

A excelente banda Mundo Livre S/A tem sua existência completamente ligada ao movimento manguebeat e ao rock mais convencional. Ainda assim, em seu quarto disco de estúdio acabaram por cometer uma obra que reverencia e referencia o samba-rock e, em especial, Jorge Ben Jor. Com letras impactantes, as canções vão além do suíngue do samba-rock ao incorporar também elementos de hip hop e outros estilos. Uma obra prima que abre as portas do século XXI na música brasileira com muita classe. No ano seguinte Seu Jorge lança seu primeiro disco, uma obra arrebatadora. Puxado pelo hit Carolina, é um disco saborosíssimo, desses que não dá vontade de pular nenhuma faixa. Compositor de mão cheia, Seu Jorge usa o samba-rock, o soul e a gafieira pra enfileirar grandes canções, a maioria exaltando o Rio de Janeiro. No mesmo ano, o legendário Trio Mocotó retornou às atividades depois de um hiato de décadas. E aqui estamos falando de verdadeiros mestres do samba-rock, afinal o grupo foi a banda de apoio de Jorge Ben entre 1969 e 1971, para em seguida seguir carreira solo. O Trio Mocotó gravou com Jorge Ben os discos Jorge Ben (1969), Força Bruta (1970) e Negro é Lindo (1971). Em 1973 a banda lançou seu primeiro disco próprio, que teve boa repercussão na mídia, mas não vendeu muito e a banda se separou em seguida. Voltaram só em 2001 com um disco arrebatador e irresistível. Excelentes canções executadas com brilhantismo e uma produção moderna e vigorosa! Um disco fundamental.

Gil & Jorge – Gilberto Gil e Jorge Ben (1975)

Mais do que um disco essencial para entender o samba-rock, Gil & Jorge é um disco monumental da música brasileira, cuja história da concepção do álbum é das mais pitorescas. No início de 1975 calhou de vir passar uns dias de férias no Brasil ninguém menos que Eric Clapton. André Midani, diretor da gravadora Philips, ao saber da notícia, logo tratou de organizar uma festinha para o guitarrista inglês, contando com vários dos artistas brasileiros contratados da gravadora. Lá estavam Caetano Veloso, Rita Lee, Gilberto Gil e Jorge Ben, entre outros. Festa rolando, eis que pintam uns instrumentos e uma jam é iniciada. Em certo ponto, só estão Clapton, Gil e Jorge Ben, o primeiro com uma guitarra o os outros dois com violões, rolando altos improvisos. Mas logo Clapton desiste de tocar, um pouco incomodado. O fato é que os improvisos de Gil e Jorge, com ritmos cambaleantes e harmonias truncadas deram um nó na cabeça do guitarrista inglês. A dupla seguiu improvisando em cima de temas já existentes e também criando novos. No dia seguinte à festa, Midani reservou alguns horários num dos estúdios da gravadora e fez com que Gilberto Gil e Jorge Ben reproduzissem aquela jam com uma banda de apoio e que tudo fosse gravado. Assim surgiu o disco antológico Gil & Jorge. E, de fato, é um disco fenomenal.

Assim como o gênero musical segue firme e se renovando, o samba-rock enquanto dança também ainda resiste e é praticado em salões por todo o país. Definitivamente uma expressão cultural brasileira única, riquíssima e recheada de boas histórias. Um prato cheio para instigar e inspirar a Strip Me. Vem conferir a nossa coleção de camisetas de música e de brasilidades pra se conectar com esse sambalanço gostoso. Aproveita pra dar uma olhada nas coleções de camisetas de arte, cinema, cultura pop, bebidas, games e muito mais. No nosso site, além disso tudo, você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist cheia de suíngue com o que tem de melhor no samba-rock! Samba-rock top 10 tracks.

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