Fim de Ano Strip Me: Natal à Moda Brasiliera.

Fim de Ano Strip Me: Natal à Moda Brasiliera.

O Natal é celebrado no mundo inteiro. Mas só no Brasil tem farofa na ceia, amigo secreto caótico e Papai Noel suando em bicas com saco de presentes numa mão e lata de cerveja na outra. A Strip Me está aqui pra te provar que o melhor Natal do mundo é o do brasileiro.

É verdade. O Natal é comemorado em todo o mundo, uma festa cristã importantíssima, uma das mais tradicionais da história da humanidade. Entretanto, ao redor do mundo, o Natal é celebrado de maneiras diferentes. A começar que no hemisfério norte é inverno. E, uma vez que nossas referências vem essencialmente dos Estados Unidos e da Europa, estamos acostumados aos enfeites com bonecos de neve e de um Papai Noel muito bem agasalhado num verão tropical. Mas não é só isso. Em muitos países o Natal é uma celebração mais contida, que inspira reflexão e religiosidade. Por isso tudo, o Natal brasileiro se destaca. É um verdadeiro espetáculo tropical que mistura Papai Noel suado, ventilador na velocidade máxima, pratos abarrotados de uva-passa e a Simone cantando “então é Natal…”. Enquanto boa parte do mundo está enfrentando nevascas e tomando chocolate quente pacificamente em frente à lareira, o brasileiro está brindando o Natal com um copo de caipirinha na mão.

A Strip Me, expert em brasilidade, está aqui hoje para provar por A + B que o Natal brasileiro é o melhor do mundo. E para cada momento das festas de fim de ano, a Strip Me te acompanha com as melhores camisetas, além de bermudas e acessórios incríveis! Confira!

Pré Ceia

Faz parte do ritual do Natal brasileiro aquela reunião dos amigos e de parte da família no boteco na tarde do dia 24 de dezembro. Afinal de contas, não é todo mundo que se engaja em ficar na cozinha preparando a ceia. E ficar enfurnado em casa só vai atrapalhar os preparativos para a noite. Então, a melhor solução é aplacar o calor com uma cerveja gelada, um bom bate papo com a turma e aquele torresmo bem fritinho com limão por cima. A Pré Ceia no boteco é essencial para abrir os trabalhos, já dar aquela preparada no organismo e renovar as piadas que serão feitas na ceia em família, para não ficar restrito à imortal piada do “é pavê ou pacumê”.

Para este momento descontraído, a Strip Me está presente com a belíssima camiseta Menu de Bar ou a já clássica Duas Cervejas. Além disso você também tem a opção de usar o descolado e super confortável shorts casual preto jaboticaba, uma novidade quentinha da Strip Me.

Amigo Secreto

Assim como o Natal, o amigo secreto, ou amigo oculto, não é exclusividade do brasileiro. Mas inquestionavelmente, ninguém o faz como nós! O amigo secreto brasileiro é animadíssimo, tem aquele suspense, o famoso coro de “Marmelada! Marmelada!” quando a mãe tira o filho, isso quando a gente não resolve desvirtuar pra valer a parada, fazendo o popular “inimigo secreto”, dando presentes sacaneando o coleguinha. Sem dúvida o amigo secreto é um dos pontos altos da celebração do Natal brasileiro.

No amigo secreto, a Strip Me é presença garantida. Pra começar, você não precisa chegar carregando seu presente na mão, se dá pra fazê-lo no maior estilo trazendo o presente na sua tote bag Grito Preto e Branco super descolada! Mas, claro, também não tem erro presentear seu amigo secreto com uma das nossas camisetas básicas, que são mega confortáveis, ou ainda o lindo boné dad hat raio fun verde.

Pós Ceia

Se a Pré Ceia no boteco abre os trabalhos de confraternização, é no Pós Ceia que a mágica acontece de verdade. O Pós Ceia é aquele momento em que, depois da meia noite, todo mundo confraternizou com a família, bateu aquele pratão bruto de salpicão, farofa, tender, leitoa e arroz na ceia, pegou umas latas de cerveja da geladeira, ou aquela garrafa de vodka que estava marcando em cima da mesa, e foi encontrar os amigos. A reunião dos amigos no Pós Ceia é praticamente uma tradição brasileira, ainda mais porque sempre acontece de ter aqueles amigos que moram longe e só se encontram no fim de ano. Tal encontro pode se dar tanto na casa de alguém, como também pode acabar sendo uma baladinha. Tanto faz. O importante é a galera reunida pra curtir e já programar qual vai ser o rolê do Ano Novo na semana seguinte.

Se o Pós Ceia é na casa de um amigo, nada melhor do que aparecer com uma camiseta super estilosa e bem humorada como a camiseta Chega de Internet ou ainda a linda camiseta Cerveza, pra já mostrar a que você veio! Já se o Pós Ceia é na balada, já chega chegando com a incrível camiseta Discoball.

Almoço de Natal

O almoço de Natal é um acontecimento único! Se a ceia na noite anterior foi uma coisa mais família, que não tinha tanta gente, acabou cedo, com o pessoal mais jovem saindo depois da meia noite e etc, o almoço é uma revolução. De repente, entre família e amigos, tem o triplo de gente que tinha na ceia da noite, enquanto um tio já está metendo fogo na churrasqueira, tem outro preparando caiprinhas. Mãe, tias e avós enchem a mesa com tudo que sobrou da ceia, ignorando o fato que já tem churrasco sendo preparado ali do lado. Se na noite anterior era Simone e suas canções natalinas, no almoço já é o Molejão varrendo qualquer resquício de ressaca. Se tem Natal melhor no mundo, a gente desconhece.

Para o almoço de Natal, a Strip Me te ajuda a disfarçar a carinha de quem chutou longe o balde no Pós Ceia com o maravilhoso óculos de sol Calivibe. Para seu maior conforto, ainda mais no calor senegalês que sempre faz no Natal, você também pode se fazer valer da camiseta branca off white corte a fio. Já se sua intenção no almoço de família é dar aquela cutucada no seu tio reaça, a linda camiseta Universo cumpre essa função com louvor!

Praia

E por falar em calor, tem muito brasileiro que passa o Natal na praia. Papai Noel, boneco de neve, leitoa assada… que nada! A vibe na praia é outra! É bermuda e camiseta, no máximo um gorrinho de Papai Noel na cabeça! Na ceia, um belo peixe, camarão e cervejinha gelada. Deu meia noite, todo mundo pra praia. Já aproveita pra ensaiar os pulinhos das ondas, que serão dados no Ano Novo. Isso sem falar naquela confraternização deliciosa que sempre rola na praia, de abraçar gente que você nunca viu na vida pra desejar um feliz Natal, já fazer amizade e dividir uma cerveja. Isso sem falar no dia seguinte, né? Pé na areia, água de côco e caipirinha! Não tem jeito melhor de comemorar o Natal e se encaminhar para o encerramento do ano!

Para a praia, a Strip Me já tem o kit completo pra você. Além das camisetas maravilhosas e super confortáveis que você já conhece, tem a excelente tote bag Democracia, o óculos de sol watercolor, que é novidade no nosso site, e o clássico boné dad hat raio colors preto. Praia e strip Me é garantia de barulho, diversão e arte, e muito estilo e conforto!

No final das contas, o Natal do Brasil é mais do que uma celebração, é um verdadeiro evento cultural. É calor humano, calor do verão e aquele calorzinho no coração que só a brasilidade consegue proporcionar. Então, com todo respeito ao resto do mundo, o nosso Natal é, sim, o mais animado e original que existe! E por falar em originalidade, a Strip Me, que te acompanha em todos os rolês também tem tudo a ver com esse Natal brasileiríssimo e inigualável que acabamos de demonstrar. Para ficar por dentro de todos os nossos lançamentos e novidades, chega lá no nosso site.

Feliz Natal!

Vai fundo!

Para ouvir: É lógico que temos aqui uma playlist caprichada com versões de músicas natalinas deliciosas de se ouvir. Natal STM top 10 tracks.

10 motivos para você assistir Twin Peaks.

10 motivos para você assistir Twin Peaks.

Uma das séries mais importantes da história da televisão, saída da cabeça privilegiada de David Lynch e influente até hoje, Twin Peaks é uma obra prima! A Strip Me celebra este clássico revelando 10 motivos para você assistir (ou rever) essa série maravilhosa.

Na noite do dia 8 de abril de 1990, quem assistia televisão nos Estados Unidos foi transportado para um mundo de mistério e muita esquisitice. E a maioria dessas pessoas fez questão de não sair desse mundo, deixando ecoar na mente uma só pergunta: “Quem matou Laura Palmer?”, a garota encontrada embrulhada em plástico na beira de um rio. A pequena cidade de Twin Peaks, que dá nome à série, é fictícia, porém, a cidade de Snoqualmie, no estado de Washington e pertinho de Seattle é conhecida hoje por muita gente como a verdadeira Twin Peaks, afinal foi lá que boa parte da série foi filmada. A cidade recebe fãs da série o ano todo, e por isso mesmo, mantém muitos dos imóveis e até mesmo a entrada da cidade, como foi retratado na série.

Twin Peaks é uma criação do cineasta David Lynch em parceria com o roteirista Mark Frost. Muitas são as lendas e curiosidades que envolvem a série. Exibida inicialmente em duas temporadas, em 1990 e 1991, teve dois longas metragens dirigidos pelo próprio Lynch e uma nova temporada, que deu sequência às duas primeira, lançada em 2017. Cultuada desde seu lançamento até hoje em dia, Twin Peaks é um marco do entretenimento e merece ser vista pelas novas gerações e revisitada por quem já viu mais de uma vez. Pra deixar isso claro, a Strip Me te dá 10 motivos para assistir Twin Peaks.

Tudo começou com a Marilyn Monroe.

No final dos anos oitenta, David Lynch e Mark Frost estavam trabalhando na adaptação para o cinema de um livro sobre a biografia de Marilyn Monroe. A coisa desandou e o projeto foi abortado, reza a lenda, porque Lynch insistia numa teoria da conspiração de que JFK esteve envolvido na morte da estrela, e estúdio nenhum de Hollywood queria comprar uma briga dessa. De qualquer forma, alguns elementos dessa biografia foram aproveitados na elaboração da série, como a morte de Laura Palmer, que aconteceu antes que ela contasse que estava envolvida com uma famosa figura da cidade, informação esta que constava em seu diário. O mesmo aconteceu com Monroe, que mantinha um diário e estava decidida a revelar seu relacionamento extraconjugal com Kennedy quando morreu, segundo o livro e as teorias de Lynch.

Os sinais estão noir.

O gênero cinematográfico noir tornou-se incrivelmente popular entre os anos 50 e 60, e acabou por influenciar radicalmente as gerações futuras de cineastas. Lynch e Frost sempre foram apaixonados pelo gênero e, não só fizeram de Twin Peaks uma série noir surrealista e perturbadora, como inseriram inúmeros elementos que fazem referêncvia aos filmes clássicos do gênero. Por exemplo, Maddy Ferguson, por exemplo, a versão morena de Laura Palmer, interpretada pela atriz Sheryl Lee, tem o mesmo nome de uma das personagens de Kim Novak no clássico filme Vertigo, de Hitchcock. Duas personagens, porque, assim como na série, Novak interpretava duas garotas, uma loira, que foi assassinada e uma sósia de cabelos pretos. Tem também na série um agente de seguros chamado Walter Neff, nome do personagem de Fred MacMurray em Pacto de Sangue, de Billy Wilder lançado em 1944. Isso sem falar em várias referências aos filmes Laura, de 1944, Crepúsculo dos Deuses, de 1950, e muitos outros. Twin Peaks é uma ode ao cinema noir.

Spielberg ficou na vontade.

Às vezes pode parecer exagerado quando a gente fala de uma série como Twin Peaks com tamanho entusiasmo. Mas não é exagero, foi realmente uma parada muito impactante e revolucionária na época. Tanto é que na segunda temporada muita gente grande quis fazer parte de alguma forma daquilo, pois sacaram que se tratava de uma série histórica. Uma dessas pessoas foi ninguém menos que Steven Spielberg, que na época, 1991, já era um dos cineastas mais celebrados do mundo. Spielberg se encantou com a série e chegou a pedir a Lynch que ele dirigisse um episódio Cogitou-se então dar o primeiro episódio da segunda temporada na mãos de Spielberg. Mas não rolou. Dizem que Lynch e Spielberg tiveram uma longa conversa, e que Spielberg havia prometido que faria a direção deixando o episódio o mais “estranho” possível, detalhando algumas de suas ideias. No fim, Lynch achou a abordagem de Spielberg muito convencional e dirigiu ele mesmo a estreia da segunda temporada, garantindo que Spielberg iria dirigir algum episódio no futuro. Mas o criador de ET e de Indiana Jones ficou a ver navios e está até hoje esperando tal oportunidade.

Reprovado em Cannes.

Em 1992 Twin Peaks reinava absoluta como a grande série de TV do momento. Porém, Lynch e Frost não estavam prontos para uma terceira temporada. No entanto, produziram um longa metragem excelente revelando os dias que antecederam a morte de Laura Palmer. Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (título original Twin Peaks: Fire Walk With Me) foi lançado em 1992, e Lynch fez questão de apresentá-lo no Festival de Cannes. Apesar de todo o sucesso da série, da fotografia ousada do longa, do ótimo elenco, da trilha sonora inspirada… apesar de tudo isso, o filme levou uma vaia vigorosa ao final da exibição no festival. Claramente porque a platéia não entendeu nada. Não entendeu, inclusive, o que todos os admiradores de Lynch e de Twin Peaks sacaram desde sempre: não é pra entender, mas sim pra sentir, pra curtir, pra pirar, pra dar risada… Além disso, não tem nada mais antiestablishment do que ser reprovado em Cannes. Portanto, mais um ponto positivo para Twin Peaks.

David Bowie esteve aqui.

Por falar no longa metragem Twin Peaks: Fire Walk With Me, assim como Spielberg, outro admirador declarado da série é ninguém menos que David Bowie. Este sim, tem tudo a ver com a aura lynchniana de Twin Peaks. Tanto que, quando soube disso, Lynch convidou Bowie para atuar no longa e escreveu um papel especialmente para ele, o agente do FBI Phillip Jeffries. E Bowie, solto e canastrão está excelente no filme! Ele também aparece no filme de 2014, Twin Peaks: The Missing Pieces, que Lynch dirigiu. Trata-se de um compilado de cenas deletadas, tanto da série, como do filme, que com uma montagem e edição eficientes, formam um filme interessante, trazendo novos pontos de vista sobre o assassinato de Laura Palmer. Bowie estava escalado também para atuar na terceira temporada da série, que estreou em 2017, porém, ele faleceu um ano antes.

Quem matou Laura Palmer?

Pois é, como uma boa obra de cinema noir que se preze, Twin Peaks é carregada de mistério, sobretudo envolvendo um assassinato. E tudo que se quer numa história de assassinato é descobrir quem é o assassino. Lynch e Frost sempre souberam disso. Tanto que encerraram a primeira temporada sem revelar o assassino. A segunda temporada, lançada no ano seguinte, ia pelo mesmo caminho. Amontoavam-se pistas aqui e ali, teorias, bizarrices cada vez maiores… mas nada de revelar quem matou Laura Palmer. A ABC, canal de TV que transmitia a série, estava pressionando Lynch e Frost para revelarem o assassino desde a primeira temporada. Mas quando a segunda começou sem dar nenhum sinal que tal revelação ia rolar, eles pararam de pedir com gentileza, empurrando o programa para um horário péssimo que prejudicaria a audiência. Pouco depois da metade da segunda temporada, o assassino foi revelado. Lynch era contra, pois, com razão, sabia que a série se mantinha por conta do mistério, e que era muito mais sobre a cidade em si do que simplesmente sobre o assassinato de Laura. Ele estava tão certo que o tiro da ABC saiu pela culatra, e depois que o assassino foi revelado, a audiência caiu consideravelmente.

Angelo Badalamenti.

O músico e compositor Angelo Badalamenti já era amigo e parceiro de Lynch desde muito antes de Twin Peaks e fez muita coisa boa. Suas trilhas sonoras são realmente muito inspiradas, sobretudo a do filme Blue Velvet, de Lynch, lançado em 1986. Mas em Twin Peaks Badalamenti se supera, compondo uma trilha soberba, cheia de camadas e densidade. A música de abertura da série, inicialmente intitulada simplesmente Love Theme, é brilhante e, reza a lenda, foi composta em apenas 20 minutos. Além de ser responsável pelas trilhas sonoras de praticamente todos os filmes de Lynch, incluindo o excelente Cidade dos Sonhos, Badalamenti ainda compôs as trilhas de grandes filmes como O Suspeito da Rua Arlington, de Mark Pellington, lançado em 1999, o maravilhosos Secretária, de Steven Shainberg, lançado em 2002, Água Negra, do brasileiro Walter Salles, lançado em 2005 e muitos outros.

Te confundindo pra te esclarecer.

As duas primeiras temporadas de Twin Peaks, em 1990 e 1991, foram indiscutivelmente revolucionárias. Lynch e Frost (Lynch principalmente) pegou todas as regras e padrões de uma produção de série para tv e jogou no lixo (talvez tenha até colocado fogo em seguida, pra não sobrar nada mesmo). Twin Peaks não só trouxe uma linguagem mais cinematográfica para a TV, mas trouxe também conceitos de arte como o surrealismo e a psicodelia. Isso na estética. Já no roteiro, a beleza e originalidade estão justamente em dar ênfase nos personagens e na cidade, criar climas, diálogos… fazer com que o espectador se envolva de fato com a trama, sem dar respostas claras. Aliás, sem dar resposta nenhuma, praticamente, e ainda encher a sua cabeca de caraminholas, dando pano pra manga em teorias e divagações. Como já foi dito, Twin Peaks não é uma série para ser entendida racionalmente, não tem um começo, meio e fim estabelecidos, não dá muitas repostas, tem várias pontas soltas de roteiro… mas apresenta um retrato irresistível do inconsciente, do delírio e do sobrenatural! Lynch e Frost são Dali e Buñuel dos anos 90.

Tronco carismático.

Entre as milhares de bizarrices e excentricidades apresentadas na série, uma chama muito a atenção e se tornou um dos maiores ícones de Twin Peaks: o tronco de Margaret Lanterman. Margaret, mais conhecida como a Dama do Tronco, era uma moradora de Twin Peaks conhecida por carregar consigo um tronco cortado, com quem ela conversava e alegava ser capaz de prever eventos. Para a maioria dos moradores da cidade, ela era considerada apenas uma doente mental, pois frequentemente falava coisas sem sentido. No entanto, para além de suas falas aparentemente desconexas, Margaret tinha poderes xamânicos, capaz de interagir com o mundo espiritual. Margaret era interpretada pela atriz Catherine Coulson, que foi presenteada com o tal tronco quando acabaram as gravações de Twin Peaks. A atriz faleceu poucas semanas após o final das gravações da terceira temporada, em 2017, onde ela protagonizou uma cena de forte carga emocional falando sobre morte. O tronco segue com a família da atriz, que frequentemente recebe propostas de compras do objeto, chegando a valores que ultrapassam 300 mil dólares.

It’s David “Fucking” Lynch!

Se tudo que foi dito até agora não fosse suficiente, o simples fato de ser uma obra de David Lynch já deveria ser um argumento forte o suficiente para te convencer a assistir Twin Peaks. Afinal, estamos falando de um dos cineastas mais disruptivos, criativos e provocadores da história do cinema! Lynch carrega ares de divindade para caras como Tim Burton, Almdóvar, Dennis Villeneuve, Lars Von Trier e Darren Aronofsky. Lynch já estreou com um filme brilhante, o clássico Eraserhead, de 1977, depois vieram outros filmes inacreditáveis como O Homem Elefante, Blue Velvet, Coração Selvagem, Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos… enfim, David Lynch é um dos grandes mestres do cinema e só isso já é suficiente para você querer ver e rever Twin Peaks, e toda a filmografia de Lynch!

Concluindo, se você gosta de séries como Arquivo X, True Detective, Lost, Dark, Stranger Things e tantas outras, você precisa agradecer a Twin Peaks. E a Strip Me não só agradece a Twein Peaks e ao David Lynch, como faz questão de prestar sua homenagem elaborando sempre camisetas cheias de personalidade e originalidade. As camisetas de cinema, por exemplo, estão repletas de referências a grandes filmes, diretores e séries. E tem também as camisetas de música, arte, cultura pop e muito mais. Você confere tudo no nosso site, e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com os melhores sons que rolaram tanto na série quanto nos filmes. Twin Peaks Top 10 tracks.

7 curiosidades para entender o folclore brasileiro.

7 curiosidades para entender o folclore brasileiro.

Claro, ninguém está competindo, mas não dá pra negar que o folclore brasileiro é o melhor do mundo, né? plural e riquíssimo, nosso folclore vai da gastronomia às lendas mais fascinantes. A Strip Me traz 7 curiosidades sobre o folclore brasileiro, pra você ficar sabendo tudo sobre o assunto.

No dia 22 de agosto de 1846, o escritor inglês William John Thoms inventou o termo folklore, unindo as palavras folk (pessoas, povo) e lore (conhecimento, saber), para designar os conhecimentos e cultura tradicionais que formam a identidade de um povo ou sociedade. Isso significa que o termo engloba todo o tipo de manifestações culturais, como música e dança, mas a melhor e mais clara personificaçãso do folclore são histórias e lendas contadas oralmente. Tanto é que dois dos mais famosos pioneiros no estudo do folclore foram os Irmãos Grimm, que coletaram e registraram em livros muitas das lendas folclóricas da Europa, que acabariam por se tornar os populares contos de fadas (que de infantis não tinham nada). Portanto, o conceito de folclore surgiu no século XIX e foi se espalhando pelo mundo, fazendo com que cada povo buscasse seus elementos folclóricos.

Aqui no Brasil, até rolaram alguns estudos sobre o folclore brasileiro ainda na segunda metade do século XIX, mas foi só no século XX que isso se tornou uma pauta realmente relevante entre intelectuais e a coisa toda desenrolou. A Strip Me traz 7 curiosidades que vão te deixar muito bem informado sobre o folclore brasileiro e tudo que ele envolve.

Origens.

Antes de mais nada, é bom ressaltar que um dos fundamentos do folclore de maneira geral é não se saber a origem de seus elementos, uma vez que eles são natos à sua sociedade e transmitidos de maneira oral ao longo de gerações. Portanto, aqui não vamos tratar da origem de personagens, lendas e etc, mas sim dar uma geral em como esses elementos começaram a ser estudados, catalogados e etc. O nome mais importante do folclore brasileiro é o historiador e antropólogo Luiz da Câmara Cascudo. Mas não foi o único. Enquanto Câmara Cascudo fazia seus estudos no Rio Grande do Norte, em São Paulo Mário de Andrade também mergulhava no Brasil profundo, bem como Monteiro Lobato. Aliás, a Semana de Arte Moderna de 1922 foi importantíssima para gerar curiosidade e interesse de cada vez mais pessoas pelo folclore brasileiro.

Personagens mais conhecidos.

São muitos os personagens do folclore brasileiro. Muitos deles conhecidos apenas em algumas regiões, já que as lendas do nosso folclore são distintas nas diferentes partes de um país tão grande, afinal, tais lendas e personagens surgem em ambientes diferentes. A região norte tem suas lendas mais ligadas às florestas e aos indígenas, no nordeste tem muita influência africana, dada a alta concentração de escravizados em Pernambuco e na Bahia no período colonial. Nas regiões sul e sudeste são lendas e personagens relacionadas às fazendas e no centro oeste misturam-se lendas de fazendeiros com a cultura indígena. Entretanto, por terem sido retratados em livros, filmes e séries de TV, alguns personagens dessas lendas ficaram conhecidos no país todo. Alguns deles são:

Saci-Pererê: Entidade zombeteira, Saci é um pequeno negrinho conhecido por realizar travessuras contra viajantes e moradores da zona rural. Possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e fuma cachimbo.
Boitatá: cobra de fogo que, na lenda, atacava aqueles que incendiavam a floresta.
Curupira: Entidade da floresta, de cabelos vermelhos como o fogo e os pés ao contrário (com os calcanhares para frente). É o protetor da floresta, aterrorizando os homens brancos que a desmatam..
Boto cor-de-rosa: Personagem do folclore amazônico, é um boto (o golfinho de água doce) que se transforma em um homem sedutor, frequenta festas, seduzindo e engravidando mulheres solteiras.
Mula sem Cabeça: A história varia um pouco de um lugar para o outro, mas em geral, trata-se de uma mulher que se deitou com um sacerdote religioso e foi amaldiçoada, se transformando em uma mula com labaredas de fogo no lugar da cabeça, que galopa pelos campos de noite, assombrando as pessoas.
Iara: É a sereia brasileira. A lenda de Iara vem dos índios. Dizem que Iara era uma habilidosa guerreira, que despertava a inveja de seus irmãos homens. Os irmãos armaram uma emboscada para matá-la, mas ela não só escapou, como acabou matando seus irmãos. Seu pai, indignado pela morte dos filhos homens jogou Iara no encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Os peixes a resgataram e a transformaram em sereia. Desde então, ela aparece vez por outra para encantar com sua beleza e seu canto pescadores que se aventuram pelos rios da Amazônia.
Cuca: Personagem que surgiu na Península Ibérica e se enraizou no folclore brasileiro através dos colonos portugueses e espanhóis que vieram para cá na época das grandes navegações. É uma bruxa que pode ter a forma de uma velha, ou de uma mulher com cara de jacaré. Uma das versões da lenda diz que, a cada 1.000 anos, brota de um ovo uma nova Cuca. Então, a Cuca “antiga” se transforma em um pássaro de canto triste, enquanto a nova Cuca assume seu papel, fazendo maldades maiores do que a anterior. Recentemente, muita gente tem implorado para ser pego pela Cuca, que foi repaginada e interpretada pela maravilhosa Alessandra Negrini numa série de TV.

Festas.

Nem só de lendas e personagens curiosos vive o folclore. Os costumes e cultura tradicionais de um povo também fazem parte do folclores. Desta forma, algumas festas típicas, celebradas há muito tempo e que caracterizam a cultura brasileira podem ser consideradas folclóricas. assim é o Carnaval, a Festa Junina e o Bumba Meu Boi (ou Boi Bumbá). Curiosamente, as 3 festas tem origem européia, sofrendo adaptações e transformações, se mesclando às culturas de povos originários e africanos e se tornando autenticamente brasileiras. Essas festas são todas reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Gastronomia.

E não tem festa sem comida, né? Mas falando sério, a gastronomia faz parte da cultura, principalmente quando se trata de um prato cuja a origem é desconhecida ou tem muitas versões e existe faz muito tempo. Provavelmente o mais emblemático desses pratos seja a feijoada, cuja a origem gera muita polêmica. A maioria dos historiadores negam a versão de que a feijoada foi criada pelo escravos, que pegavam as partes do porco que seus donos não comiam. Pois ensopados de feijão com aparas de carnes já eram comuns na Europa antes da colonização do Brasil. Possivelmente, a feijoada, assim como as festas e algumas lendas, é resultado da mistura de culturas, alguma receita européia que foi adaptada com ingredientes brasileiros. O mesmo vale para o pato no tucupI, o acarajé e até mesmo o churrasco de chão, típico do sul do país. Tudo isso faz parte do nosso folclore. E, claro, para ajudar na digestão, a nossa boa e velha cachaça também é folclórica!

Música.

A música é parte fundamental do folclore. Não só aqui, mas em todo lugar. Aqui no Brasil a gente se acostumou a tratar o folclore como uma coisa restrita a essa parte de lendas, do Saci e da Mula Sem Cabeça. Já em outros países, a música tradicional é tão presente que se tornou um gênero, a folk music. Claro, rolou aí uma apropriação do termo folklore entre os gringos, em especial os estadunidenses. Uma coisa é o Woody Guthrie, ou até mesmo o Bob Dylan, tocando canções antigas ao violão, outra coisa é uma gurizada mais nova tocando canções originais, novas e dizendo que fazem folk music. Mas pra nós isso não interessa. O que interessa é que a nossa música folc é riquíssima! O samba é folc, a moda de viola é folc, o frevo é folc, o baião é folc! E gente como Cartola, Luis Gonzaga, Tonico e Tinoco e muitos outros são autores autênticos da música folclórica brasileira!

Literatura.

Voltando aos personagens e lendas, o folclore, como já dissemos aqui é essencialmente formado por histórias contadas de forma oral e transmitidas de geração para geração. Mas alguns escritores ajudaram a popularizar essas lendas para além de suas regiões de origem através da literatura. Muitos livros foram escritos tanto romances e contos, como compêndios e estudos sobre lendas do folclore. Aqui vamos citar os dois mais importantes, um na área do romance e outro na área dos estudos. O modernista Mário de Andrade escreveu uma obra definitiva sobre o folclore brasileiro, o livro Aspectos do Folclore Brasileiro. Um compilado de ensaios sobre diferentes pontos de vista e abordagens do nosso folclore. Foi relançado pela Editora Global em 2019 sob a supervisão de mestres e doutores titulares do curso de antropologia da USP (Universidade de São Paulo). Outra obra que não pode deixar de ser citada é O Sítio do Pica Pau Amarelo, a obra mais conhecida de Monteiro Lobato. Trata-se de 23 volumes, escritos entre 1921 e 1947. Entre os volumes mais célebres estão Reinações de Narizinho, O Saci, Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática e Histórias de Tia Nastácia. Todas as histórias se passam num sítio e são permeadas por lendas e personagens do folclore brasileiro. Todos os 23 livros foram lançados por várias editoras ao longo dos anos, mas os mais caprichados são os lançados pela Editora Brasiliense, em capa dura.

Filmes e Séries.

TV As produções do audiovisual envolvendo o folclore brasileiro não é assim tão vasto quanto a literatura. Claro, é uma mídia bem mais cara e trabalhosa. Ainda assim, existem vários títulos excelentes disponíveis por aí, alguns não tão fáceis de serem encontrados, é verdade, mas que vale a pena procurar. Entre os filmes, recomendamos duas produções recentes e muito interessantes. A primeira é Recife Assombrado, um filme de terror muito bem executado, dirigido por Adriano Portela e lançado em 2019. Trata-se da história de um jovem que procura seu irmão desaparecido na cidade de Recife, e acaba se deparando com assombrações, muitas delas ligadas a lendas do folclore. Na mesma pegada de terror, dirigido por Erlanes Duarte e lançado em 2021, temos Curupira, O Demônio da Floresta. Um filme intenso onde um grupo de jovens se perde na floresta amazônica e enfrentam um truculento caçador e o assustador Curupira. Recife Assombrado é um filme mais difícil de ser encontrado, já Curupira, O Demônio da Floresta está disponível na Amazon Prime e na Apple TV.

Já as séries, temos a clássica produção da TV Globo de Sítio do Pica Pau Amarelo, lançada em 1977 e feita até 1986, tendo 14 temporadas. A série adapta para a TV boa parte da obra de Monteiro Lobato com muita eficiência, além de ter na abertura a música de Gilberto Gil que se tornou um clássico absoluto. Mais recente, a Netflix produziu entre 2021 e 2023 a série Cidade Invisível, onde as criaturas folclóricas vivem na atualidade disfarçadas entre as pessoas comuns, mas acabam sendo ameaçadas. A série tem apenas duas temporadas, a segunda é mais fraquinha, mas a primeira é excelente e vale muito a pena assistir.

Pois é. O folclore brasileiro é vasto, muito rico e abrangente. Igualzinho a Strip Me, que tem um catálogo vasto, muito rico e abrangente de camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas e muito mais. Tudo com o borogodó que só a gente tem, com brasilidade saindo pelos poros! Vai pro nosso site conferir, e aproveita pra ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: uma playlist caprichada com músicas inspiradas no folclore brasileiro. Folclore top 10 tracks.

Cachaça: tudo que você precisa saber sobre a mais brasileira das bebidas.

Cachaça: tudo que você precisa saber sobre a mais brasileira das bebidas.

Brasileiríssima, a cachaça é a mais antiga bebida alcoólica destilada das Américas consumida até hoje. Para você ficar mais íntimo da branquinha, a Strip Me traz 5 curiosidades sobre a bebida e 5 drinks feitos com cachaça.

Se você pensa que cachaça é água, está no lugar certo. Porque aqui você vai conhecer cada detalhe sobre essa bebida tão maravilhosa e icônica da cultura brasileira, pra nunca mais fazer confusão. Presente não só no balcão do bar, mas na culinária, na música, no cinema… enfim, a cachaça faz parte da história do Brasil. Mais do que isso, é reconhecida como patrimônio cultural brasileiro. Estudos apontam que o consumo moderado de cachaça pode até trazer benefícios para a saúde, como redução do estresse e ajudar a digestão. E quem somos nós para questionar a ciência, certo? Dividida entre a branquinha e a envelhecida, a cachaça é versátil e pode muito bem ser consumida pura, como protagonizar drinks incríveis. E a Strip Me traz 5 curiosidades sobre a cachaça e 5 opções deliciosas de drinks com a bebida que vão além da tradicional caipirinha.

Cachaça ou aguardente?

Essa é uma questão simples de responder. Toda cachaça é aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça. O que acontece é que se denomina aguardente toda bebida destilada de vegetais, ou ainda de vinho e licores. Por definição, são bebidas alcoólicas, obtidas pela fermentação e posterior destilação de mostos açucarados. Portanto, vodca, rum, gim, steinhager, bagaceira ou grappa, conhaque, tequila… é tudo aguardente. Inclusive a cachaça. Entretanto, a cachaça, assim como acontece com o vinho do Porto ou o champagne, só pode receber essa denominação se for produzida no Brasil. Quando produzida em qualquer outro lugar do mundo, é chamada de aguardente de cana.

A Revolta da Cachaça.

A cana de açúcar é nativa das ilhas da Polinésia, Papua Nova Guiné e Filipinas, ali entre a Austrália e o sul da Ásia. Chegou ao ocidente através dos árabes. Entre os séculos XV e XVI, portugueses e espanhóis já dominavam sua cultura. A Ilha da Madeira, em Portugal, por exemplo, era grande produtora de açúcar. A planta chegou no Brasil pouco depois da chegada de Cabral, por volta de 1530. Se adaptou incrivelmente bem entre os atuais estados de Pernambuco e Bahia. Logo o Brasil passou a produzir muito açúcar. A história de que a cachaça foi descoberta por acaso por escravos é pura lenda. A real é que os colonos portugueses, acostumados a produzir aguardente dos restos da uva, a bagaceira, certamente usaram tais conhecimentos para criar uma aguardente de cana. Uma vez desenvolvida, a cachaça rapidamente se tornou popular entre fazendeiros e escravos. Como consequência, caiu vertiginosamente o consumo de vinho, importado da Europa no Brasil. Descontente com as baixas vendas do vinho português, o rei Dom João IV proibiu a produção de cachaça no Brasil. De cara, a lei não colou. Brasil, né… Em 1659 uma nova lei mandava que todos os alambiques da Bahia e Pernambuco fossem destruídos, bem como embarcações que fossem flagradas transportando a bebida. Já no Rio de Janeiro e São Paulo cada alambique seria taxado com impostos abusivos. Em 1660 mais de 100 donos de engenhos de açúcar se juntaram a tomaram a cidade do Rio de Janeiro, onde estava o governador, exigindo o fim dos impostos e a liberação do comércio e consumo da cachaça. Importante dizer também que a cachaça era uma das mais valiosas moedas de troca por negros escravizados na África. Claro, a revolta foi logo abafada pelas tropas portuguesas, que prenderam ou mataram todos os revoltosos. E em 1661, visando não comprometer o tráfico negreiro, ainda mais após as primeiras descobertas de ouro em Minas Gerais, os impostos foram abaixados e o comércio e consumo da branquinha foram liberados.

Um santo remédio.

Obviamente, aqui precisamos começar dizendo que o consumo em excesso de cachaça, ou qualquer outra bebida alcoólica, não é nem um pouco saudável, e pode causar vários problemas sérios de saúde. Porém, se tomar de forma moderada, a cachaça tem várias propriedades que podem fazer bem. A cachaça é rica em antioxidantes, que protegem as células sadias do organismo, contém anticoagulantes, que melhoram a circulação sanguínea e previnem o AVC e a trombose, dilata os vasos sanguíneos, o que ajuda a proteger o coração contra infartos, tem propriedades diuréticas, que ajudam a eliminar toxinas do organismo e, por fim, o álcool presente na cachaça pode estimular a produção de suco gástrico, o que ajuda a quebrar os alimentos e facilita a digestão. Não é à toa que muita gente toma aquela dosinha matreira de pinga antes do almoço, para abrir o apetite.

Madeira.

A cachaça pode ser divida basicamente em dois tipos, a branca e a envelhecida. a branca é a mais tradicional, após ser produzida, normalmente é armazenada em tonéis de aço, que não alteram em nada seu aroma e sabor. É transparente e não passa por nenhum tipo de envelhecimento antes de ser comercializada. Já a envelhecida passa por um processo mais cuidadoso de armazenamento, sendo maturada por meses em barris de madeira. O tempo de maturação e a madeira utilizada no barril de armazenamento vão ditar a coloração, o aroma e sabor dessa cachaça. As madeiras mais comuns utilizadas são o carvalho europeu, a amburana, o jequitibá-rosa, amendoeira e o bálsamo. De maneira geral, as cachaças envelhecidas em madeira são mais encorpadas, tem uma bela coloração âmbar ou dourada, aroma herbal e sabor com notas mais intensas e levemente adocicadas. Justamente por esse trampo todo e por requerer um cuidado maior no preparo e nesse tempo todo de maturação, normalmente as envelhecidas são bem mais caras. Mas são uma delícia.

Mais cara do mundo.

A cachaça mais cara do mundo custa 180 mil DÓLARES! Isso dá quase 1 milhão de reais! Você não leu errado, são quase um milhão de reais por uma garrafa de cachaça! Mas calma, porque é isso mesmo. São quase um milhão de reais pela garrafa, já os 700 mi de cachaça que vem dentro custa em média duzentos e trinta reais. Na real, essa foi uma baita jogada de marketing da tradicionalíssima marca Velho Barreiro. Eles pegaram sua cachaça premium, produzida em alambique, de forma artesanal, chegando a um teor alcóolico entre 39% e 40%, que depois vai para tonéis de madeira especial, a amburana, onde fica armazenado por cerca de quatro anos, envelhecendo para que o sabor seja mais adocicado e floral. Já a garrafa é coberta por ouro rosé e centenas de pequenos diamantes. O layout, inclusive, foi desenhado pelo próprio presidente da empresa e confeccionada por um ourives de sua confiança. Só existe uma garrafa disponível à venda, e outra só será produzida após a venda desta. Já a cachaça, é sim de excelente qualidade, mas é a mesmíssima encontrada em qualquer supermercado da linha premium da Velho Barreiro, só que em humildes garrafas comuns, de vidro mesmo.

TOP 5 Drinks feitos com cachaça.

Batida de coco

Tradicionalíssima, refrescante, adocicada e elegante, a batida de coco é simples e uma delícia. Para seu preparo, são necessários 60 ml de cachaça, 60 mil de leite de coco, 30 ml de leite condensado, uma pitada de noz moscada e gelo. Há quem goste de bater o gelo, a cachaça, o leite de coco e o leite condensado no liquidificador, e depois só finalizar com a noz moscada já no copo. Outra maneira é misturar a cachaça, o leite de coco, o leite condensado e o gelo na coqueteleira, e, da mesma forma, finalizar com a noz moscada no copo.

Nega Rosa

Um drink inusitado e muito saboroso feito com cachaça, xarope de gengibre, licor de melancia e suco de limão siciliano e um talo de capim santo. É verdade que alguns ingredientes não são tão fáceis de achar, como o xarope de gengibre ou o licor de melancia, mas vale a pena procurar, porque fica realmente muito bom. O modo de preparo é o seguinte: Macere 3 ou 4 pedaços de melancia com o suco de limão siciliano e o xarope de gengibre em uma coqueteleira, depois é só adicionar o licor de melancia e a cachaça, uns cubos de gelo e bater. Quando for servir, coloque no copo um pedaço inteiro de melancia e o talo de capim santo quebrado, para que ele solte mais sabor, acrescente a mistura da coqueteleira e pronto.

Rabo de Galo

Certamente o mais clássico drink com cachaça depois da caipirinha, e, sem dúvida o mais consumido nos bares pelo Brasil afora. De preparo simples e sabor intenso, este drink, cujo nome simplesmente traduz o termo cocktail e tem uma origem simples em balcões de padarias e botequins, vem ganhando espaço nos cardápios de bares requintados. Seu modo de preparo é bem simples. Num copo pequeno, misture uma dose de cachaça, meia dose de vermute tinto e meia dose de Cynar. Para finalizar, um tiwst de limão. Mais simples, impossível!

Bombeirinho

Um drink tão marcante dos anos 80 que periga começar a tocar A-Ha do nada quando você tomar. Mas é delicioso! Para fazer, é só misturar 50 ml de cachaça, 20 ml de suco de laranja, 20 ml de suco de limão siciliano e 20 ml de groselha. Bata vigorosamente isso tudo na coqueteleira com uns 4 ou 5 cubos de gelo. Sirva num copo baixo. Pra dar uma enfeitada, vale colocar meia rodela de limão taiti ou siciliano junto. Aí é só colocar o disco da Cindy Lauper pra tocar e a festa está garantida.

Drink de Cachaça de Jambu

Mas se é brasilidade que você quer, não tem pedida melhor que um exótico, refrescante e saboroso drink com cachaça de jambu. O jambu é uma planta nativa do norte do Brasil e muito utilizada na gastronomia paraense e amazonense. Ela tem sabor intenso, picante e chega a ter propriedades anestésicas, deixando dormente a língua quando ingerida. A cachaça de jambu é feita com o infusão das folhas na bebida. Até algum tempo atrás, não era tão fácil encontrar a cachaça de jambu fora do região norte, mas hoje ela se popularizou e pode ser encontrada facilmente em adegas e lojas especializadas em bebidas de todo o país. Mas vamos ao drink. É super simples. Em um copo com gelo, coloque 50 ml de cachaça de jambu, suco de meio limão e 250 ml de água tônica. Misture bem com uma colher e finalize com meia rodela de limão siciliano.

Impossível nós, como bons brasileiros que somos, não exaltarmos a cachaça, a versão engarrafada da alma brasileira! Símbolo de diversão e resistência, só ela poderia inspirar poesias, músicas e as mais estapafúrdias e maravilhosas filosofias de balcão de boteco. Afinal, com uma dose de cachaça, qualquer conversa vira sabedoria ancestral. A Strip Me, que entende tudo e mais um pouco de brasilidade, traz para suas estampas toda essa aura da branquinha. Dá uma olhada nas coleções de bebidas, brasilidades e Carnaval lá na nossa loja. Aliás, lá você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana, e confere todas as nossas coleções.

Vai fundo!

Para ouvir: Aquela playlist que destila o que há de melhor na música brasileira tendo como tema a boa e velha cachacinha! Cachaça top 10 tracks.

O caramelo é nosso!

O caramelo é nosso!

Dois anos atrás a Strip Me lançava um dos seus maiores hits, a camiseta Caramelo Republic, inspirada por uma cadelinha caramelo. Conheça essa história.

Que o doguinho caramelo é orgulho nacional, todo mundo sabe faz tempo. Bem como sabemos que os caramelos, e vira latas em geral, são dos mais inteligentes, dóceis e fiéis cães que existem. Assim sendo, no caótico ano de 2020, os diretores da Strip Me adotaram uma pequena cadelinha, prontamente batizada Britney. Entretanto, logo ganhou a alcunha de Cabrita, dada sua invejável habilidade de pular e saltar pela casa. Assim sendo, hoje já tem por nome de registro Britney Spears Caramela Cabrita. Além de ser um dos pets dos diretores da Strip Me, a serelepe Britney acabou se tornando inspiração para vários produtos da empresa.

O primeiro deles foi a camiseta Caramelo Republic. Uma esperta sacada onde a bandeira da California é antropofagicamente transformada: o urso dá lugar uma bela imagem da Cabrita pulando. Os dizeres Caramelo Republic arrematam a estampa, não deixando dúvida de que somos realmente a nação dos doguinhos caramelos! A estampa Caramelo Republic foi lançada pela Strip Me em 2022, e se tornou rapidamente um hit de vendas e uma das estampas mais amadas, e copiadas, da marca. Tanto que, além de camiseta, ele virou moleton, ecobag e até quadro decorativo. E esse foi só o primeiro passo, ou melhor, pulo, da Britney nas estampas da Strip Me.

Na sequência, vieram várias outras camisetas inspiradas na Britney. Entre elas, mais um mashup maravilhoso, a camiseta Vira Lata Caramelo, onde a famosa logo da produtora de cinema MGM deixa o leão de lado para colocar sob os holofotes nossa amada Cabrita, pronta para distribuir lambeijos, ao invés de um cafona rugido. Mas, provavelmente, a estampa que melhor define o espírito livre e bem humorado da Strip Me seja a camiseta Van Dog, onde a Britney, com uma orelha a menos, posa altiva onde antes estava o pintor Van Gogh em seu famoso auto retrato. É mais uma que virou hit instantâneo. Também, pudera, temos um diverso e imenso público de muito bom gosto, espalhado por vários lugares do mundo.

A Britney Spears Caramela Cabrita é um dos pets dos diretores da Strip Me. E seu amor por pets se reflete na produção das camisetas, tanto que já são tantas envolvendo este universo que foi criada a coleção Pet Friendly, com mais de 25 estampas. Além disso, a venda de nossas camisetas já colaborou com vários ONGs que cuidam de animais abandonados. Isso sem falar na nossa produção feita por demanda, com tecidos certificados com selo BCI e tintas biodegradáveis, fazendo da Strip Me uma empresa que defende e pratica a sustentabilidade.

Hoje, portanto, celebramos os 2 anos de lançamento da Caramelo Republic, que inaugurou uma nova e efervescente fase da Strip Me, que culminou na criação da coleção Pet Friendly. Assim como o vira lata caramelo é o orgulho do Brasil a camiseta Caramelo Republic é um orgulho, originalíssimo, diga-se, da Strip Me! Para conhecer mais sobre nossas camisetas Pet Friendly, bem como camisetas de cultura pop, florais, sustentabilidade, bebidas, música, cinema e muito mais, dá uma olhada na nossa loja, onde você também fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai Fundo!

Para ouvir: Uma playlist deliciosa, cheio de lambeijos! 10 canções que foram escritas de seus donos artistas para seus amados cãezinhos. E tem música ali que você nem imaginava que era feita pra cachorro! Top 10 tracks músicas pra cachorro! 

10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

Determinados elementos são tão marcantes que viram referência. Na cultura pop, bigodes das mais diferentes formas e espessuras viraram verdadeiros ícones. A Strip Me elencou os 10 mais memoráveis.

Conjunto de pêlos faciais que cresce acima do lábio superior e abaixo do nariz. Resumindo muito basicamente, essa é a definição do bigode. Atualmente é meramente estético, mas na antiguidade, já foi símbolo de poder, religiosidade e bravura. Ainda que os primeiros registros mais confiáveis de homens ostentando bigode date do século IX, há indícios que já no Antigo Egito, ele já fosse utilizado. A origem da palavra mustache, bigode em inglês, tem origem no grego helenístico, vindo se transformando ao longo dos séculos. Já a palavra bigode em si tem origem mais interessante. Na Idade Média, os bárbaros germânicos usavam bigodes volumosos e tinham por grito de guerra “Bei Gott!”, ou seja, por Deus. O pessoal da península ibérica associou o grito de guerra aos homens peludos entre a boca e o nariz e passaram a chamar os bárbaros de bigode, que acabou virando a palavra latina para designar o tal conjunto de pêlos faciais.

Já no século XIX o bigode realmente se popularizou, e os homens começaram a explorar cada vez mais diferentes maneiras de ostentá-lo. Um bigode vistoso e bem desenhado era sinal de classe e elegância. E, por fim, o bigode está aí até hoje firme e forte. E durante todo o século XX, com o surgimento da mídia, celebridades e etc, alguns bigodes se tornaram icônicos, marcaram época e foram copiados à exaustão. A Strip Me selecionou os 10 bigodes mais marcantes da cultura pop. Confira.

Friedrich Nietzsche

Ainda que o filósofo alemão seja anterior à cultura contemporânea, fica impossível falar de bigodes e não citá-lo. É amplamente sabido que Nietzsche foi um dos filósofos mais influentes da segunda metade do século XIX. Seus textos críticos à religião, à moral da sociedade em que vivia, e, de certa forma, até mesmo à cultura, fizeram dele um escritor controverso e, ao mesmo tempo inovador. Ele ajudou a moldar o conceito que hoje entendemos por existencialismo. E, acima de tudo, como um bom bárbaro germânico, Nietzsche ostentava um volumoso e imponente bigode que lhe cobria toda a boca, e que se tornou sua marca registrada.

Charlie Chaplin

Sem dúvida o pioneiro da comédia no cinema, Chaplin era multi tarefa. Dirigia, escrevia e atuava. É considerado um dos criadores do cinema e referência para praticamente todo mundo que veio depois dele. Controverso e desafiador, Chaplin nunca assumiu um posicionamento político, mas acabou sendo incluído na famosa e infame Lista Negra de Hollywood no fim dos anos 40, considerado subversivo. Além de sua trajetória de grandes trabalhos, Chaplin acabou imortalizado na imagem de seu mais notório personagem, denominado simplesmente O Vagabundo, mas também conhecido por Carlitos na América Latina. O personagem aparece em vários filmes de Chaplin, sendo os mais notórios deles Luzes da Cidade e O Imigrante. Além do chapéu coco e da bengala de bambu, destaca-se o diminuto, mas marcante bigode, que virou moda nos anos 30.

Salvador Dali

O mestre do surrealismo teve não só sua obra marcada pela excentricidade e brilhantismo, mas teve também uma vida pessoal igualmente excêntrica, além de conturbada e sabidamente controversa. Por exemplo, numa época em que sequer existia o conceito de relacionamento aberto, Dali e Gala, sua esposa, já viviam um casamento aberto sem o menor pudor. Dalí morreu de insuficiência cardíaca em 1989, aos 84 anos, em Figueres, na Espanha, onde foi sepultado. Em 2017 seu corpo foi exumado para obtenção de amostras de DNA, para um processo de paternidade, que deu negativo. E o que mais chamou a atenção é que seu bigode estava intacto! Em 1955 Dali deu uma entrevista à BBC e contou o segredo para um bigode tão espevitado. Ele disse que, após um almoço, estava comendo tâmaras. Com as mãos sujas da fruta, modelou o bigode, que ficou a tarde toda daquele jeito. Foi então que ele decidiu adotar o estilo. Ficou um tempo usando a oleosidade da tâmara, mas depois passou a usar uma cera de origem húngara. Em 2010 uma pesquisa elegeu o bigode de Dali o mais famoso do mundo. Nada mais justo, para um dos artistas mais revolucionários da humanidade.

Charles Bronson

Tanto a carreira de Charles Bronson, como seu bigode acabam ganhando notoriedade por serem ordinários, ou seja, comuns. Já a vida pessoal do ator foi super movimentada. Filho de um casal de lituanos vivendo na Pensilvania, Bronson passou boa parte de sua infância sem falar inglês, foi aprender o idioma depois de adolescente. Serviu o exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial como artilheiro de cauda do bombardeiro B-29, chegando a ganhar a medalha Purple Heart, uma das mais importantes condecorações de guerra. Nos anos 50 ingressou no cinema por acaso, como figurante e foi ficando, ganhando papéis secundários aqui e ali. Fez vários westerns, mas foi na década de 70 que se destacou com os filmes de pouca conversa e muita ação. Seu maior sucesso foi o clássico Desejo de Matar, de 1974. Assim como seu bigode simples e ralo, no filme Bronson interpreta um pacato arquiteto, que tem sua esposa e filha estupradas e vai em busca de vingança. Desejo de Matar teve mais cinco sequências, além disso Bronson estrelou vários outros filmes do mesmo estilo. E seu bigode ajudou a criar essa imagem de tiozinho ranzinza tão cativante.

Freddie Mercury

Com vasta diversidade em cabelos compridos e vistosas costeletas, o rock n’ roll nunca foi tão marcado por bigodes. Claro, teve um ou outro, os Beatles na fase Sgt. Peppers…, Frank Zappa, Lemmy Kilmister (que, a rigor, considera-se bigode e barba). Mas pelo menos um bigode ficou realmente marcado na história do rock. Um bigode espesso e bem desenhado. Claro que estamos falando de Freddie Mercury, a colossal voz a frente da banda Queen. Desde suas primeiras experiências musicais, antes de conhecer Brian May, até seus últimos dias, Freddie Mercury mudou muito de estilo. Usava roupas psicodélicas, depois couro, collants… enfim. Mas a mudança que mais ficou marcada e imortalizou sua imagem foi a do bigode. Segundo um amigo pessoal de Mercury, dois fatores foram determinantes para que ele adotasse o bigode. Primeiro que, em meados dos anos 70, estava se criando nos Estados Unidos uma imagem de homem viril, o popular machão, que ostentava bigode. Essa imagem foi prontamente adotada pela comunidade gay e Freddie Mercury a adotou, pois além de gostar do estilo, o bigode disfarçava seus dentes levemente protuberantes que tanto o incomodavam. Assim, se consolidou o bigode mais emblemático do rock n’ roll.

Tom Selleck

Falar de bigode e não citar Tom Selleck é como falar de guitarra sem mencionar Jimi Hendrix. Sem dúvida Selleck carrega o bigode mais famoso dos anos 80. Protagonista da famosa série Magnum, Tom Selleck inspirou muitos homens a cultivar um espesso e bem aparado bigode. Bigode este que acabou por se tornar sua marca registrada. Em praticamente todos os filmes e séries em que atuou, sempre manteve o bigode, no máximo deixava crescer a barba. Agora imagine você que Selleck foi a primeira opção de Spielberg e George Lucas para interpretar seu personagem recém criado, Indiana Jones. Tratativas chegaram a ser feitas, mas os produtores da série Magnum não o liberaram para filmar o longa Caçadores da Arca Perdida, e o papel acabou caindo no colo de Harrison Ford. Certamente se Indiana Jones tivesse um bigode de respeito como aquele, não ia ter nazista nenhum querendo se meter a besta com ele.

Hulk Hogan

A luta livre é uma das formas mais curiosas de entretenimento que existem. Hoje já não é tão popular, mas entre as décadas de 60 e 80 tinham um público cativo imenso e gerava celebridades conhecidas internacionalmente. É uma mistura de luta com teatro, onde personagens se enfrentam no ringue, executam golpes mirabolantes, sendo que o resultado já é sabido por todos, pois sempre há entre os combatentes o “bom” e o “mau”. Foi nesse contexto que o personagem Hulk Hogan surgiu e transcendeu o ringue, se tornando uma persona, um alter ego, do esportista e ator Terry Gene Bollea. Carismático, Hulk Hogan se tornou a maior estrela da luta livre, além de atuar com frequência em filmes e séries. Seu bigode, que contorna todo o lábio superior e desce até o queixo se tornou sua marca registrada e virou febre nos anos 80, chegando a ter como um de seus imitadores o frontman do Metallica, James Hetfield. No Brasil a luta livre também foi muito popular através do programa de TV Telecatch, onde a estrela era o personagem Teddy Boy Marino, mas sem a mesma imponência do Hulk Hogan por não ter um fio de bigode sequer.

Sam Elliott

Depois de Tom Selleck, Sam Elliott é certamente o ator mais lembrado quando se fala em bigode. Até porque nos quesitos exuberância e volume, o bigode de Elliott é praticamente imbatível. Sam Elliott é aquele tipo de ator que sempre agrada, mas que nunca teve um papel realmente grande, como protagonista. Seus papéis mais marcantes foram no clássico western moderno Tombstone, de 1993 (onde Kurt Russell exibe um belíssimo bigode também), faz aparições cirúrgicas e excelentes no maravilhoso O Grande Lebowski, de 1998, e, talvez seu papel mais marcante, no filme A Star is Born (juntos e shallow now, lembra?) onde sua atuação foi elogiadíssima, rendendo até indicações a vários prêmios, incluindo o Oscar de ator coadjuvante. Enfim, atrás daquele imenso bigode, há um ótimo ator.

Daniel Day-Lewis

E se estamos falando de bigodes no cinema, Daniel Day-Lewis não pode ficar de fora. Ainda que o ator não use bigode frequentemente, pelo menos dois de seus mais célebres personagens ostentavam bigodes memoráveis. Em Sangue Negro, o personagem implacável Daniel Plainview tem um farto bigode que lhe confere seriedade e certo garbo. Já no épico de Martin Scorsese Gangues de Nova Iorque, o personagem Billy The Butcher apresenta o que pode ser considerado o mais imponente e vistoso bigode do cinema. Para além do fato de Day-Lewis ter ganhado o Oscar de melhor ator por ambos os personagens, Billy The Butcher , em especial, tem tamanha densidade e força no filme por combinar o talento de Day-Lewis como ator, com uma estética de época imponente, que inclui um bigode longo, mas bem aparado, com as pontas levemente retorcidas. Realmente um bigode inesquecível.

Frida Kahlo

Dá pra cravar que se trata da maior artista plástica da América Latina. Mulher que passou poucas e boas, viveu intensamente e produziu arte com paixão e talento. Mas, peraí! Mulher num texto de bigode, coisa de homem? Pois é… não é assim que Frida Kahlo fosse bigoduda, mas ela tinha sim um buço mais evidente. E ela própria não se furtava a escondê-lo. Na maioria de seus auto retratos, ela pintava a si mesma evidenciando essa característica. Portanto, em nome da diversidade (e também do bom humor) achamos por bem incluí-la nessa lista. Até porque nunca é demais falar sobre Frida Kahlo e sua obra magnífica. Portanto fica aqui a nossa homenagem a esta grande artista, que se destacou como poucas em universos tão dominados por homens, como o das artes plásticas e do bigode.

Bonus Track: Bigodes Brasileiros

O Brasil também foi prodigioso em gerar homens com bigodes marcantes. Quem viveu a redemocratização na segunda metade dos anos 80 teve que conviver frequentemente na TV, jornais e revistas com aquele largo bigode grisalho do então presidente José Sarney. Ao contrário dele, Rivelino e seu vultuoso bigode deu muita alegria aos brasileiros jogando na seleção tricampeã de 1970, bem como em times como Corinthians e Fluminense. Para encerrar, não há no Brasil bigode mais famoso e imponente que o de Belchior, sem dúvida um compositor único bem como seu bigode.

Quando uma promessa é feita “no fio do bigode” significa que é um compromisso de honra, que não precisa de assinatura. A origem da expressão é incerta, mas reza a lenda que, em algum momento da história, quando dois homens precisavam selar um acordo, arrancavam cada um um fio de seu bigode para demonstrar boa fé ou confiança. Portanto, é no fio do bigode que a Strip Me garante as melhores e mais confortáveis camisetas, que são perfeitas para qualquer rolê, do churrasquinho à balada. São camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas as coleções e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com grandes canções interpretadas por célebres bigodudos. Bigode top 10 tracks.

8 fatos que você precisa saber sobre o mestre Belchior.

8 fatos que você precisa saber sobre o mestre Belchior.

Um dos compositores mais influentes e geniais da música brasileira, Belchior segue sendo celebrado, mesmo passados sete anos de sua morte. A Strip Me traz fatos e curiosidades que você precisa saber para conhecer melhor este que é um dos grandes mestres da MPB.

É muito comum no universo da música que compositores geniais não se tornem tão conhecidos quanto suas próprias canções, que acabam ganhando notoriedade na interpretação de outros artistas. Isso quando não acontece de determinada canção ficar tão vinculada ao intérprete, que o público sequer fica sabendo quem a compôs. Afinal, quanta gente não tem por aí até hoje achando que Twist and Shout é uma composição de Lennon & McCartney, ou que All Along the Watchtower foi escrita por Jimi Hendrix? Na música brasileira não é diferente. Não pense você que Vapor Barato é uma canção original d’O Rappa, ou que Evidências foi escrita pelo Chitãozinho & Xororó. Mas um dos mais emblemáticos exemplos dessa simbiose entra canção e intérprete na música brasileira é Como Nossos Pais, imortalizada na voz potente de Elis Regina. Um verdadeiro clássico, cujo compositor é o cearense Belchior.

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes (literalmente um dos maiores nomes da MPB) nasceu em Sobral, no Ceará, no dia 26 de outubro de 1946. Desde criança demonstrava aptidão para as artes, em especial a escrita. Com 10 anos de idade participava de feiras e quermesses se candidatando em concursos de canto, além de fazer repente e escrever poemas. Também, ainda criança, desenvolveu o gosto pela leitura. Quando jovem, largou a faculdade para se dedicar à música, mudou-se pro sudeste, passou perrengue, mas conseguiu emplacar algumas canções. Ganhou notoriedade, para anos depois cair no ostracismo, o qual o compositor abraçou e, pode se dizer, se dedicou a ele. Faleceu em abril de 2017, vítima de um aneurisma. Depois de sua morte, vem sendo redescoberto pelas novas gerações e celebrado como um dos mais importantes e talentosos compositores do Brasil. A Strip Me traz alguns detalhes interessantes sobre a trajetória de Belchior, que só realçam seu brilhantismo e excentricidade.

Ego ego, delicto meo.

Aos 16 anos de idade, Belchior mudou-se de Sobral para Fortaleza para estudar. Católico, optou por ingressar num colégio interno de frades italianos capuchinhos, onde aprendeu latim e italiano, além de estudar filosofia, teologia e canto gregoriano. Com dezenove anos, passou em medicina na Faculdade Federal do Ceará, mas não concluiu o curso, abandonando a universidade no quarto ano parta se dedicar à música. Nessa fase, com 24 anos de idade, além de latim e italiano, Belchior dominava o inglês, espanhol e francês. Não à toa, suas composições se destacam justamente pelas letras, repletas de reflexões filosóficas e referências literárias, resultado de sua vivência acadêmica. Todavia, a beleza da obra de Belchior é que ele consegue transmitir isso tudo com simplicidade e leveza, sem soar professoral ou pedante, além de não deixar de incluir sempre suas referências de música e cultura pop.

Pessoal do Ceará.

No final dos anos 60, começo dos 70, Fortaleza tinha uma cena cultural efervescente. Compositores, poetas e filósofos costumavam se encontrar pelos bares da cidade e ajudavam a divulgar os trabalhos uns dos outros. O escritor e poeta Augusto Pontes foi um dos principais incentivadores da formalização daquela cena como um movimento, inspirado pelo movimento tropicalista que surgia na Bahia e do Clube da Esquina em Minas Gerais. Ao mesmo tempo, em 1971, Belchior ganhava o IV Festival Universitário de Música Brasileira com sua composição Hora do Almoço, interpretada pela dupla Jorginho Telles e Jorge Nery. Em 1972 a canção Mucuripe, composta por Belchior em parceria com Fagner, é gravada por Elis Regina. Com prestígio entre a classe musical, Belchior e Fagner se mudam para o Rio de Janeiro. Juntos vão Ednardo, Amelinha, Rodger Rogério, Téti e outros músicos, que acabam conhecidos por Pessoal do Ceará. O nome pega e o tal movimento cearense almejado por Augusto Pontes ganha nome. Em 1973 essa turma se junta para gravar o disco Pessoal do Ceará – Meu Corpo Minha Embalagem Todo Gasto na Viagem. Curiosamente, Belchior não participa do disco, porque já estava envolvido com a gravação de seu próprio disco, que seria lançado um ano depois.

Blackbird e Assum Preto.

Com a sorte de ter nascido numa família de classe média, cujo pai era juiz e a mãe dona de casa e integrante do coral da igreja, Belchior teve a oportunidade de consumir muita música, além de ter acesso livre à biblioteca do pai. Quando jovem, ouvia os grandes nomes do rádio como Ângela Maria e Cauby Peixoto, mas se encantava mesmo era com o ritmo contagiante e as histórias cantadas pelo vozeirão de Luis Gonzaga. Na faculdade, convivendo com jovens mais antenados, conheceu os Beatles e Bob Dylan, que fizeram com que ele tivesse um novo olhar sobre a música. Principalmente nos dois primeiros discos de Belchior é possível identificar claramente como essa mistura entre a música nordestina e o folk rock acontecia e funcionava bem. Em especial na música Velha Roupa Colorida, ficam as evidentes as referências de Belchior, que passam inclusive pelo escritor Edgar Alan Poe.

Almoço ou janta.

Elis Regina gravou Mucuripe em 1972, mas só foi conhecer pessoalmente Belchior e escolher algumas músicas do compositor para incluir no seu novo disco três anos depois. Mesmo tendo ganhado um festival, tendo uma música de sucesso moderado gravada por Elis Regina e sendo elogiado no meio artístico, Belchior estava numa baita pindaíba quando se mudou para o sudeste, primeiro para o Rio de Janeiro e em seguida São Paulo. Foi na capital paulista que ele gravou seu primeiro disco em 1974. O álbum não teve muita repercussão, mas já trazia grandes canções como A Palo Seco, Todo Sujo de Batom e Mote e Glosa. Em 1975, morando de favor na casa em reforma de um amigo, Belchior soube que Elis Regina estava no estúdio de sua gravadora na cidade e foi tentar falar com ela. Lá chegando ficou numa sala ao lado de estúdio e ouviu ela dizendo: “Esse rapaz que está aí é o Belchior? Que bom, eu quero ouvir as músicas dele… ” ao serem apresentados, Belchior já deu a real: “Eu não posso mostrar minhas músicas para você agora porque eu não tenho gravador. Estou morando numa construção e não tenho violão. Portanto, se você não me der as condições para que eu possa mostrar as minhas músicas, nada feito. Mas eu posso ir na sua casa. Se a senhora morar longe, é só me passar o endereço. E, se o convite for feito para eu ir na sua casa, que seja na hora do almoço ou do jantar.” Belchior foi embora do estúdio com o convite para jantar com Elis e mostrar suas músicas. Desse encontro, Como Nossos Pais e Velha Roupa Colorida seriam escolhidas para serem incluídas no clássico disco Falso Brilhante.

Eu não estou interessado em nenhuma tiuria.

Belchior ainda não tinha 30 anos de idade completos quando foi lançada sua obra prima. O disco Alucinação foi lançado em junho de 1976. Elis Regina, que já era uma cantora consagrada, foi generosa ao propor que seu disco, Falso Brilhante, contendo duas canções de Belchior, fosse lançado poucos meses antes do lançamento do segundo disco do compositor, Alucinação, que continha as mesmas duas músicas, mas interpretadas pelo seu autor. As músicas Como Nossos Pais e Velho Roupa Colorida já vinham sendo tocadas por Elis em seus shows mesmo antes do lançamento de Falso Brilhante e já faziam muito sucesso. Isso impulsionou muito as vendas de Alucinação. E o disco acabou se tornando um clássico para além dos hits de Elis. Apenas um Rapaz Latino Americano vinha de encontro à realidade do jovem brasileiro daquela época. Os anseios e lamentações da canção são certeiros. Já na música Alucinação, Belchior traz uma reflexão que permanece atual sobre a vida em sociedade nas grandes cidades. Outra das mais impactantes do disco é Sujeito de Sorte, um petardo recheado de suíngue e inconformismo. Musicalmente é um disco muito mais de rock do que MPB, é quase dylanesco. Não só porque as canções são todas calcadas em levadas de violão, com forte acento folk, mas também pelas letras longas, com métricas de rima inconstantes e cantadas com uma voz anasalada, em vários momentos sendo mais recitadas em tom de desabafo do que propriamente cantadas. Essas interpretações mais como lamentos, dão personalidade e sentimento às canções. Trata-se, realmente, de um disco impecável e fundamental.

Era uma vez o homem e seu tempo.

É inquestionável que Alucinação foi o disco mais importante e brilhante da carreira de Belchior. Entretanto, ele continuou produzindo e lançando ótimos discos depois disso. Ao todo são 14 discos de inéditas lançados entre 1974 e 1999. Em especial os discos lançados até 1979 são realmente irrepreensíveis. Em especial o disco Era Uma Vez o Homem e Seu Tempo, lançado em 1979, onde, além do clássico Medo de Avião, consta também a bela canção Comentário a Respeito de John, uma inspirada homenagem a John Lennon escrita um ano antes do beatle ser assassinado em Nova Iorque. Ao longo dos anos oitenta a qualidade de seus discos caiu um pouco, mas mesmo com discos um pouco abaixo da média, é possível pinçar boas canções. Nos anos 90 Belchior volta a lançar trabalhos mais inspirados. Baihuno, de 1993 e Vício Elegante, de 1996, são ótimos discos. O fato é que Belchior nunca deixou de compor, e sempre soube retratar muito bem o momento em que vivia. Sua discografia, acima de tudo, é um retrato de si mesmo.

Oi, sumido.

Após o lançamento de Vício Elegante, Belchior começava a ficar à margem da indústria fonográfica, que colocava todas as suas fichas em bandas de rock engraçadinhas, duplas sertanejas e conjuntos de axé. Em 1999 lança o regular Autorretrato, último disco de inéditas de sua carreira. Após a virada do século, faz cada vez menos shows. Em 2006 seu empresário por mais de 30 anos resolve se aposentar e se muda para a Espanha. Sem empresário, o compositor acaba por definitivamente não fazer mais shows. Para piorar, enfrentava na mesma época alguns processos judiciais por conta de suas duas filhas e também contra uma gravadora. Sem poder acessar seus rendimentos por direitos autorais, com alguns bens apreendidos pela justiça e conta bancária bloqueada, Belchior simplesmente abandonou sua casa em São Paulo e se mudou para o Rio Grande do Sul, onde abraçou de vez o ostracismo e morou de favor em hotéis, em casas de amigos e até mesmo de fãs. A partir de 2008 não se ouviu falar mais dele, e Belchior foi dado como desaparecido. Em 2009 foi encontrado no Uruguai por jornalistas, quando declarou estar compondo material para um novo disco. Porém, em 2012 sumiu de novo, para reaparecer em Porto Alegre anos depois. Até que, em 2017, foi divulgada a notícia de sua morte na pequena cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul. Seu corpo foi transportado para o Ceará, onde foi sepultado, já que era esse seu desejo.

Belchior vive!

A obra de Belchior vem se provando mais do que duradoura, e não é de hoje. E nos mais diversos campos da música pop. Para se ter ideia, em 1997 Mano Brown já citava Belchior na bombástica faixa Capítulo 4, Versículo 3, no verso “Sou apenas um rapaz Latino Americano. Apoiado por 50 mil manos. Efeito colateral que seu sistema fez. Racionais Capítulo 4 Versículo 3.” Já mais próximo da linha que separa o rock e a MPB, Humberto Gessinger concebeu uma bela versão da música Alucinação, com um arranjo moderno, no disco Minuano, lançado também em 1997. Outro admirador de Belchior e seu estilo folk era Erasmo Carlos, que ainda em 1976 gravou a bela canção Paralelas. Cantoras da MPB moderna como Ana Cañas e Maria Rita também exaltam Belchior e já gravaram versões de canções do nordestino. Mas a mais recente e notória homenagem a Belchior foi feita pelo rapper Emicida, que sampleou e incluiu na sua música AmarElo o refrão acachapante de Sujeito de Sorte. Enfim, a obra de Belchior segue firme e forte, viva e pulsante, inspiradora e impactante.

Sujeitos de sorte somos nós por poder desfrutar de tantas canções escritas por este eterno rapaz latino americano. E a Strip Me faz questão de reverenciar este grande mestre e se inspirar para criar cada vez mais camisetas incríveis, perfeitas para qualquer rolê, com cabelo ao vento e gente jovem reunida. Na nossa loja você encontra camisetas de música e muitas outras coleções, como camisetas de cinema, arte, cultura pop e muito mais, além de ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist alucinante com o que há de melhor na obra do Belchior. Belchior top 10 tracks.

Para assistir: Vale muito a pena assistir ao documentário Belchior – Apenas um Coração Selvagem. Com a direção sensível de Camila Cavalcanti e Natalia Dias, este doc lançado em 2022 retrata a vida e obra de Belchior e como ele segue influente na cultura brasileira. Disponível no catálogo da Globoplay.

Para ler: Recomendadíssima a biografia Belchior: Apenas um Rapaz Latino Americano, escrito pelo crítico e jornalista Jotabê Medeiros e lançado em 2017 pela editora Todavia. Um livro revelador sobre a vida pessoal de Belchior, além de detalhes curiosos sobre sua obra.

Ranking PTA: Todos os filmes de Paul Thomas Anderson, do “pior” ao melhor.

Ranking PTA: Todos os filmes de Paul Thomas Anderson, do “pior” ao melhor.

Um dos mais inventivos e diretores do cinema autoral dos últimos 30 anos, Paul Thomas Anderson tem uma filmografia invejável. A Strip Me listou toda a obra de PTA, do “pior” ao melhor.

O cenário é uma cafeteria na beira de uma rodovia, no meio do deserto. Em uma mesa, dois homens conversam sobre uma situação difícil, enquanto tomam café e fumam cigarros. Em outra mesa um casal em plena lua de mel tem uma DR, enquanto tomam café e o rapaz fuma um cigarro. Do lado de fora, um cara com jeitão de poucos amigos estaciona seu carro e vai ao telefone público. Em seguida, entra na cafeteria, compra café e um maço de cigarros. Os dois homens, o casal e o rapaz sozinho não se conhecem. Mas estão conectados por uma nota de vinte dólares. Foi assim que Paul Thomas Anderson ingressou no negócio do cinema. Seu curtametragem Cigarettes and Coffee, lançado em 1993, impressionou tanto os críticos que ganhou o Festival de Sundance e rendeu ao diretor a oportunidade de produzir um longa metragem.

Paul Thomas Anderson, PTA para os mais chegados, é o tipo de cineasta que parece estar jogando outro jogo, enquanto todo mundo está tentando entender as regras do jogo em curso. Nasceu em 1970, em uma Los Angeles que respira cinema. Não por acaso, a maioria dos seus filmes se passam em LA. Anderson despontou como o garoto prodígio do cinema cult dos anos 90, mas, em vez de seguir fórmulas, ele decidiu fazer um mix louco de personagens disfuncionais, roteiros ousados e uma câmera que dança ao som de sua própria música. Rankear seus 9 filmes é tarefa hercúlea, além de muito polêmica. Mas a Strip Me não tem medo de cinéfilos enfurecidos e comprou essa briga. Vale dizer, é claro, que mesmo o pior filme de Paul Thomas Anderson é um filme ótimo, muito acima da média. Também é importante ressaltar que usamos aqui critérios mais tangíveis do cinema. A maior dificuldade de se rankear os filmes de PTA é que eles, invariavelmente, envolvem emoções e geram no espectador uma conexão afetiva. Por isso, essa é uma lista que pode variar muito de pessoa para pessoa.

9 – Jogada de Risco (1996)

Pode ser considerada a versão estendida do curta Cigarettes and Coffee, até porque o longa foi feito graças ao curta ter sido premiado em Sundance três anos antes. A trama gira em torno de um veterano do blackjack em Las Vegas que começa a ensinar seus truques a um jovem rapaz. Os dois se tornam bons amigos, mas a amizade desanda depois que o rapaz se apaixona por uma cativante garçonete. O roteiro é simples, mas bem amarradinho, tem ótimas atuações, incluindo Philip Seymour Hoffman, que trabalharia com PTA dali em diante até sua morte prematura, e também já mostra a leveza e olhar aguçado de Anderson ao conduzir a câmera. Não tem nada de mais, mas é um filme acima da média, que consegue prender a atenção do espectador e entreter com eficiência.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

8 – Licorice Pizza (2021)

Curiosamente, o primeiro e o mais recente filme da carreira de PTA constam nesta lista como os “mais fracos” de sua obra. Ainda assim, trata-se de um filme delicioso, não se deixe enganar. Aqui temos um formato que Anderson utiliza em alguns de seus filmes, mas que aqui alcança um patamar diferente. É o de construir o filme todo em função dos personagens. A trama em si não tem reviravoltas ou eventos que vão mudar a vida das pessoas. Licorice Pizza se presta simplesmente a acompanhar um rapaz e uma mulher que se apaixonam e como suas vidas e o relacionamento se desenvolve. Temos como pano de fundo um bucólico subúrbio de LA nos anos 70 muito bem construído e excelentes atuações. Neste quesito, aliás, destaque para Bradley Cooper, que faz apenas uma participação e aparece em poucos momentos, mas quando o faz, rouba a cena completamente. É um filme leve e surpreendente, para assistir naquele domingo de tarde e sorrir.
Onde assistir: Amzon Prime

7 – Vício Inerente (2014)

Na mesma pegada de Licorice Pizza, Vício Inerente se presta unicamente a acompanhar as desventuras de um detetive particular doidão levando sua vida, fumando maconha, investigando seus casos, fumando maconha, tendo um romance , fumando maconha… enfim. O filme vale por ter um roteiro simples, mas que não é cansativo, uma fotografia excelente e uma atuação arrebatadora de Joaquim Phoenix. Em filmes como este, PTA mostra que é possível ser simples e cometido, sem apelar para grandes estripulias no roteiro, e ainda assim fazer cinema de altíssimo nível.
Onde assistir: Amazon Prime

6 – Boogie Nights (1997)

O salta de qualidade, principalmente como roteirista, que PTA deu de seu filme de estreia para este, que é o segundo de sua filmografia, é brutal! Boogie Nights é um filme cheio de camadas e simbolismos, desses que faz você repensar sobre do que ele realmente se trata quando vê mais de uma vez. Na superfície, temos um filme sobre a era de ouro das produções pornográficas no cinema e a ascensão de um grande astro. Mas, na real, é uma obra sobre pertencimento, sobre busca por raízes, por família e sobre uma utópica manifestação artística original e transcendente. Traz um elenco fabuloso e uma direção positivamente peculiar. Só não entrou no top 5 porque tem um rimo errático. Mas é um filme brilhante. Se ele está na sexta posição, imagine o que vem pela frente!
Onde assistir: HBO Max

5 – Embriagado de Amor (2002)

Sejamos francos. É uma comédia romântica. Com tudo que se espera de um filme do gênero. Incluindo o Adam Sandler. Mas calma, porque é uma comédia romântica do PTA! E isso faz toda a diferença. Temos aqui mais um filme na linha evolução de personagem. O roteiro é muito bem escrito e tem como propósito mostrar como um rapaz solitário, inseguro e reprimido vai crescer e amadurecer a partir do momento em que se apaixona por uma garota. É uma comédia romântica, mas o humor não é explícito e pastelão, mas sim um humor de desconforto, quase de vergonha alheia, mas que tem sua graça dentro do contexto da história. Temos aqui também a melhor atuação de Adam Sandler em toda sua carreira e uma excelente atuação da adorável Emily Watson. Um filme maravilhoso!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

4 – Trama Fantasma (2017)

Trama Fantasma é, indiscutivelmente, um passo a frente na filmografia de PTA. É o filme mais bonito de Anderson. Plasticamente é impecável, com uma fotografia delicada e sensível, edição e montagem que dão fluidez e ritmo perfeito, ainda mais tendo como trilha as melodias emblemáticas e belas de Jonny Greenwood, mais conhecido por ser o guitarrista da banda Radiohead, que assina a trilha sonora do longa. Para completar temos um protagonista controverso, metódico, carente e muito talentoso, interpretado pelo magnífico Daniel Day-Lewis. O filme tem como pano de fundo o glamouroso mundo da moda na alta sociedade de Londres dos anos 1950. O personagem de Day-Lewis, um costureiro aclamadíssimo e talentoso, vive vários conflitos e vê sua vida virar de cabeça pra baixo por causa de uma garota. Um filme de arte pra ninguém botar defeito.
Onde assistir: Telecine – Apple TV

3 – O Mestre (2012)

Isso aqui não é um filme, é uma catarse! PTA pegou os principais temas que trabalhou em suas obras mais relevantes até ali (Sangue Negro e Magnólia), condensou e concebeu um filme contundente e arrasador. O Mestre fala sobre fé, submissão, relações humanas e o infinito ciclo abusivo do mestre que precisa do pupilo que precisa do mestre que precisa do pupilo… Com exceção da atuação irrepreensível, que lhe rendeu o Oscar, no filme Capote (2006), de Bennett Miller, neste O Mestre Philip Seymour Hoffman entrega sua mais potente e avassaladora atuação. Da mesma forma, Joaquim Phoenix também está impressionante e Amy Adams igualmente excepcional. É um filme pesado, que levanta muitas questões fundamentais para a vida em sociedade, mas também para cada um refletir sozinho sobre si mesmo no banho ou antes de dormir.
Onde assistir: HBO Max – Amazon Prime

2 – Magnólia (1999)

É o filme mais famoso, e também o mais controverso. Daqueles que separa as pessoas em quem ama e quem detesta. Muita gente, aliás, vai dizer que ele deveria figurar na primeira colocação dessa lista. É compreensível. Um filme que traz 9 histórias distintas, mas que vão se cruzar de alguma maneira até o final do filme, todas elas histórias de conflitos, desesperança, tristeza, solidão, mentira… acaba que provavelmente o espectador vá se identificar e se conectar com pelo menos duas histórias ali. Isso faz com que quem ame este filme, tenha com ele uma conexão afetiva muito grande. É muito comum ver pela internet, em fóruns de cinema ou vídeos e podcasts, gente dizendo que Magnólia salvou sua vida, ajudou a superar uma perda, ou um vício. É muito louco isso. É um filme tão complexo, mas tão cativante, que fica quase impossível descrevê-lo. Mas é um filme genial. É a arte fazendo o seu papel, de causar no espectador as mais variadas emoções, gerar conexões com a realidade e, principalmente, fazer pensar. É um filme imperdível!
Onde assistir: HBO Max

1 – Sangue Negro (2007)

Magnólia figuraria na primeira colocação dessa lista, não fosse essa obra de arte chamada Sangue Negro. Começando pelo roteiro, soberbo, bem escrito, denso, com personagens profundos e grandes diálogos. Daniel Plainview é um dos personagens mais emblemáticos da história do cinema moderno. Ainda mais quando interpretado com verdadeira transcendência por Daniel Day-Lewis. O filme retrata a trajetória de Plainview, um homem ambicioso e incansável que, em busca de petróleo, vai entrar em conflito com um pastor de uma pequena comunidade. Esteticamente, o filme é impecável! Fotografia cheia de contrastes, montagem e edição primorosas e uma direção magistral. Em Sangue Negro PTA alcança o ápice em seu ofício. Deixando emoções e gosto pessoal de lado, sem dúvida, Sangue Negro é o filme mais completo e bem acabado de sua carreira. Uma verdadeira obra prima! Um filme que pode assustar por ser longo e com um tema tão amargo. Mas, acredite, vale cada segundo. É uma aula de cinema a cada frame.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Em resumo, a filmografia de PTA é uma caixa de surpresas: você nunca sabe o que vai encontrar, mas tem certeza de que será algo original, imprevisível e brilhante. Claro, sempre vai ter quem saia da sala de cinema sem entender metade do que viu , mas para quem se conecta com sua visão, Anderson é simplesmente um dos diretores mais inovadores do nosso tempo. Uma obra tão instigante e inspiradora não poderia ficar de foras do cardápio de referências e influências da Strip Me. Confere lá na nossa loja a coleção de camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop, games, bebidas e muito mais. No nosso site você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o qwue de melhor rola nas trilhas sonoras dos filmes do PTA. Paul Thomas Anderson top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes da lista, vale a pena conferir o curtametragem citado no início do texto. Cigarettes and Coffee está disponível de graça no Youtube. Só clicar aqui.

Coleção Brasilidades Strip Me: O melhor do Brasil é a brasilidade.

Coleção Brasilidades Strip Me: O melhor do Brasil é a brasilidade.

Brasilidade é aquele tempero especial que só se encontra por aqui. A Strip Me transformou todo esse tempero em camisetas lindas, que fazem parte da Coleção Brasilidades.

Em vários lugares do mundo a expressão “Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada.” é conhecida. Mas aqui no Brasil o buraco é mais embaixo, e se a vida nos dá um limão, a gente faz logo uma caipirinha, aproveita o embalo e já mete fogo na churrasqueira, chama os amigos. Tudo porque a vida nos deu um limão. Foi pensando justamente que o Brasil tem esse ritmo diferente e tantas outras peculiaridades, que a Strip Me criou uma coleção incrível dedicada às nossas brasilidades. Nossos hábitos, o jeito de falar, a cultura, a gastronomia, e até mesmo o controverso jeitinho brasileiro… o melhor do Brasil é a brasilidade!

Aliás, o jeitinho brasileiro é uma boa maneira de começar esse nosso papo sobre brasilidade. Com razão, é um termo que tem certo peso pejorativo, porque, muito já se viu que essa criatividade do brasileiro é usada muitas vezes para o mal. Não à toa, o jeitinho brasileiro é também conhecido por Lei de Gerson. Gerson de Oliveira é um ex-jogador de futebol, foi um meio campista de primeira, considerado um dos melhores jogadores da seleção brasileira tricampeã de 1970. Seleção essa que tinha também Pelé no seu auge. Inclusive, durante a copa de 1970, Pelé protagonizou um acontecimento único na história do futebol. Ele imortalizou um gol perdido, após uma jogada inacreditável, dando o famoso drible da vaca no goleiro uruguaio no final do jogo entre Brasil e Uruguai, semifinal da competição. Mesmo sem o gol, o lance foi tão bonito, que entrou pra história. Bom, voltando. Gerson, meio campo da seleção, carioca da gema, foi convidado em 1976 para protagonizar o comercial de TV de uma marca de cigarros. Sim, um jogador de futebol fazendo propaganda de cigarro. Outros tempos… Enfim. No comercial, Gerson era entrevistado por um jornalista, que perguntava por que ele tinha escolhido a marca de cigarros Vila Rica. Ele responde: “Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também!” A frase “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?”, dita no mais malemolente carioquês virou bordão, e sempre que alguém precisa justificar alguma subversão desde então, já manda “É a lei de Gerson, né? Eu preciso levar a minha vantagem.”

O outro lado do jeitinho brasileiro, que não tem essa carga pejorativa e tal, já está explícita no parágrafo acima. Faz parte do jeitinho brasileiro contar umas duas histórias diferentes, acabar invariavelmente falando de futebol, para explicar uma coisa que poderia ser dita em duas ou três frases. Convenhamos. Explicar o jeitinho brasileiro falando do gol que não foi mais famoso do mundo e de um jogador de futebol fazendo propaganda de cigarro é o mais puro suco de Brasil! Através de tantas histórias e peculiaridades como essas, a Strip Me se inspira para criar camisetas super estilosas e brasileiríssimas como a camiseta Campinho, a camiseta Não Gol e a camiseta Suco de Brasil. São camisetas mega confortáveis e lindas, cujas estampas são muito bem elaboradas, com personalidade e um toque minimalista. Equilíbrio perfeito entre estilo e simplicidade.

Tá aí! Simplicidade é outra palavrinha fundamental para explicar um pouco melhor esse nosso conceito de brasilidade. Se a gente tivesse que escolher um único ícone, que resumisse tudo que envolve brasilidade, sem sombra de dúvida, o escolhido seria o nosso amado doguinho vira lata caramelo. Pensa bem. O vira lata caramelo é o mestre da adaptação, se sente em casa em qualquer calçada, e, sem fazer força, consegue ser mais fiel que qualquer corinthiano. Ele está lá quando a gente mais precisa, para não desperdiçar aquele petisco que caiu da mesa do boteco na calçada ou para acompanhar o amigo bêbado que, prudentemente, resolveu deixar o carro na frente do bar e foi embora a pé. Importante ressaltar, inclusive, que boteco que se preza tem um vira lata caramelo perambulando entre as mesas. Aquele bar que não tem cardápio de mesa, mas aquele menu pendurado na parede, com as opções e respectivos valores escritos com giz. Onde a cerveja é sempre estupidamente gelada, também conhecida por canela de pedreiro, o único lugar capaz de transformar desconhecidos em amigos de infância em poucos goles. O botequim é a maior instituição da cultura brasileira. Tanto é que até hoje é lembrado o Zicartola, boteco capitaneado pelo casal Dona Zica e Cartola, um dos maiores gênios do samba. Localizado na legendária Rua da Carioca, no centro da cidade do Rio de Janeiro, o estabelecimento servia desde simples porções de salaminho fatiado, até portentosas feijoadas, não deixando faltar a cervejinha gelada e um bom batuque, que era feito pelos próprios clientes. Gente como Zé Ketti, Aracy de Almeida, Nara Leão, Paulinho da Viola e tantos outros. Por pura inaptidão para administrar o negócio, o Zicartola durou apenas 20 meses, de setembro de 1963 a maio de 1965. O estabelecimento passou das mãos de Cartola para outra lenda da música brasileiro, o mestre Jackson do Pandeiro. Ainda bem que o que não falta, ainda mais no Rio de Janeiro, é botequim, que é pra vira lata caramelo nenhum se sentir abandonado.

O boteco não precisa de glamour para ser bom, assim como o vira lata caramelo não precisa de pedigree para ser amado. Glamour e pedigree, aliás, palavras estrangeiras. Ambos são brasilidade em estado bruto: descomplicados, alegres, e com um carisma que derrete qualquer mau humor. É nessa vibe de simplicidade, descontração e afeto que as estampas da coleção Brasilidades da Strip Me são elaboradas. Camisetas de altíssimo nível, perfeitas pra qualquer rolê. Do boteco à balada, do churrasquinho ao festival de música. Se liga, por exemplo na camiseta Sextou, na camiseta Menu de Bar e na camiseta Caramelo do Brasil, pra ver que é exatamente a síntese de tudo que a gente falou até agora.

A gente podia ficar o dia todo aqui especificando brasilidades. Do Abaporu à bossa nova, da jaboticaba à samambaia, da praia de Copacabana à fitinha de nosso Senhor do Bom Fim, do café à cachacinha. É tanta coisa, que a coleção Brasilidades da Strip Me tem mais de 70 estampas! Todas elas, além do bom gosto da estampa, são camisetas confeccionadas com tecido leve e confortável, com certificado BCI (Better Cotton Initiative), com corte e caimento perfeitos do P ao 2XGG. Uma verdadeira celebração à cultura brasileira e tudo que a gente tem de melhor! No nosso site, você confere toda a coleção Brasilidades, além das camisetas de arte, cinema, música, cultura pop, bebidas e muito mais. Lá você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma brasilidade indiscutível é a música. Portanto, confira a nossa playlist Brasilidades Top 10 Tracks.

Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

O brasileiro sabe que quem tem limite é município. Na arte, na gastronomia, na música, no esporte, a originalidade do brasileiro é incomparável. Mas é no idioma que a gente se supera mesmo! Por isso a Strip Me selecionou as 10 expressões que só o brasileiro fala, e entende.

Não tem pra ninguém! Só quem é daqui entende de cabo a rabo uma boa conversa no mais puro brasileirês. É que num bate papo desses, as palavras vem acompanhadas de um tempero todo especial, tanto é que, na gringa, um brasileiro identifica o outro só de bater o olho. E não adianta fazer vista grossa, o nosso português é muito melhor que o do lado de lá do Atlântico. Afinal, as tais expressões idiomáticas, a gente tem aqui a dar com pau. Muitas delas, quem vem de fora pode achar sem pé nem cabeça, mas pra nós, faz todo o sentido. Mas não vamos ficar aqui batendo na mesma tecla e chovendo no molhado, até porque já publicamos aqui no blog um texto do balacobaco elencando e dando o significado de algumas palavras que só são encontradas no brasileirês. Para ler, clica aqui. Mas não é por isso que vamos ficar aqui moscando. A Strip Me hoje fala na lata as 10 expressões idiomáticas mais populares no Brasil, e que só nós falamos e entendemos em sua plenitude.

Nós na fita.

Essa expressão se popularizou nos anos 90, em especial em São Paulo, mas logo se espalhou para o resto do Brasil. Não tem uma origem conhecida, mas o mais provável é que tenha sido derivada da expressão da mesma época “sair bem na fita”, significando aparecer bem ao ser filmado ou fotografado, lembrando que até o começo dos anos 2000 vídeos e fotos não eram digitais, mas sim gravados em… fitas! De sair bem na fita, veio o “nós na fita” já com uma conotação mais firme, querendo dizer “tamo aí, na atividade”, ou seja, se fazer presente, pronto para o que der e vier.

Cair a ficha.

Mais uma expressão analógica, que para os mais jovens, ainda é usada, seu significado é sabido, mas talvez sua origem não seja tão conhecida. Bom, cair a ficha significa entender alguma coisa depois de um tempo. O uso mais comum da expressão é em frases como “Demorou mas a ficha caiu.” que quer dizer, custou, levou um tempo, mas entendi. Muito antes do celular, se você estava na rua e precisava fazer uma ligação, o único jeito era usar um telefone público, o popular orelhão. Mas, claro, não era de graça. Você precisava comprar fichas, que eram inseridas no telefone, tal qual um fliperama. Fliperama era uma máquina de video game que… bom, deixa pra lá. O fato é que você colocava a ficha no telefone e discava o número. Quando a ligação era conectada, ouvia-se a ficha caindo dentro do aparelho. Portanto, você esperava ali alguns segundos, até que a ficha caía, e você sabia que a ligação havia sido feita. Assim, quando uma pessoa pensa por algum tempo sobre algo que lhe foi explicado, para só então confirmar que compreendeu, convencionou-se dizer: Caiu a ficha.

Para inglês ver.

Filha direta do onipresente jeitinho brasileiro, a expressão “para inglês ver” tem o significado de farsa, enganação, ou então fazer alguma coisa sem cuidado, de qualquer jeito. Quando um produto parece ter boa aparência, mas é de má qualidade, costumamos dizer que pra inglês ver. A origem dessa expressão é macabra e remonta um dos mais cruéis momentos históricos do Brasil. No século XIX o Brasil era o destino de um número obsceno de africanos escravizados. Nessa época, a Inglaterra, impulsionada pela sia Revolução Industrial, já havia abolido a escravidão e forçava os outros países do ocidente a fazer o mesmo. O Brasil, devendo uma grana preta aos ingleses, fazia um decreto atrás do outro proibindo o tráfico de escravos, todos eles solenemente ignorados por traficantes e pelas autoridades que deveriam puní-los. Assim, diziam que tais leis eram só pra inglês ver. Na atualidade, é ainda o equivalente a dizer que no Brasil tem lei que não pega.

Chutar o balde.

Chutar o balde significa agir de forma exagerada, impulsiva, irresponsável. Mas o que isso tem a ver com um balde? A origem da expressão é desconhecida, mas especula-se que vem dos tempos em que criminosos eram condenados à morte por enforcamento. Na maioria dos países europeus, a forca era formada por uma armação de madeira, um tablado com um alçapão embaixo de onde ficava o condenado com a corda no pescoço. No momento da execução, o carrasco abria o alçapão, “tirando o chão” do condenado, que ficava suspenso pelo pescoço, morrendo sufocado. Aqui, as forcas eram mais improvisadas. Sem o tablado, colocava-se uma banqueta, um bloco de madeira ou um balde virado de boca para baixo, onde o condenado subia, ficando à altura da corda que lhe envolvia o pescoço. O carrasco então chutava a banqueta, o bloco ou o balde sob os pés do condenado, que ficava pendurado. Outra teoria, um pouco mais branda, diz que a expressão se originou no interior, entre fazendeiros. Ao ordenhar as vacas, acontecia de alguma ficar mais irritada e chutar o balde onde estava sendo coletado o leite. O que, claramente, deixava o fazendeiro igualmente irritado, a ponto de chutar o balde já chutado pela vaca, é claro.

Chorar as pitangas.

Um dos exemplos mais completos de como o idioma brasileiro se tornou autêntico em relação ao português de Portugal. A expressão chorar as pitangas significa se lamentar, se vitimizar, se fazer de coitado. É uma expressão que tem um teor pejorativo forte, indicando que quem fica chorando as pitangas, está exagerando, se vitimizando sem motivo. A expressão tem origem em Portugal, onde usava-se a expressão chorar lágrimas de sangue. Sendo que aquele que chora lágrimas de sangue é falso, por exemplo, um homem que trai a mulher e fica se lamentando tentando reconquista-la, diz-se que este traiu a mulher e agora chora lágrimas de sangue para reconquista-la. No Brasil, a pitanga sempre foi uma fruta muito apreciada pelos portugueses. Seu formato e cor vermelho escarlate remetiam a gotas de sangue, assim, chorar lágrimas de sangue acabou virando chorar as pitangas. E, convenhamos, para o brasileiro, que adora um deboche, é muito melhor falar chorar as pitangas do que chorar lágrimas de sangue.

Cheio de nove horas.

Esse é uma das melhores expressões brasileiras. Aparentemente, não tem pé nem cabeça, afinal como é possível alguém estar cheio de nove horas, se até o relógio, que é quem conta o tempo, tem apenas uma marcação de nove horas? Pra piorar, o significado da expressão não tem nada a ver com horário ou tempo, mas sim representa uma pessoa muito detalhista, meticulosa, cheia de manias e frescuras. Com o passar do tempo, passou a significar também pessoas que gostam de utilizar muitos apetrechos e aparelhos tecnológicos complicados, o que acaba meio que dando no mesmo, afinal, uma pessoa assim, é uma pessoa cheia de frescuras… enfim, chata. A expressão tem origem no fim do século XIX, quando as grandes cidades do Brasil começaram a ter uma vida noturna mais efervescente. Estava em vigor na época um toque de recolher, que se dava às nove da noite. Quem fosse visto na rua depois desse horário poderia até ser preso, mas claro que isso acontecia só com negros e pobres. Com o passar do tempo, os jovens que queriam ficar na rua até mais tarde e eram confrontados pelos pais, que insistiam que eles voltassem para casa no horário de recolher, diziam que os velhos vinham falar com eles cheios de nove horas. Assim, a expressão virou sinônimo de gente implicante, e foi se modificando de lá pra cá.

A luz dormiu acesa.

Essa é uma expressão simples e fácil de entender. Tem muito gringo, incluindo portugueses, que gostam de fazer piada com essa expressão, dizendo que, onde já se viu um objeto inanimado dormir. Assim como a luz dormir acesa, a porta também pode dormir aberta sim, senhor! Afinal, nada mais é do que passar a noite, as pessoas da casa foram dormir e esqueceram de apagar uma luz ou fechar uma porta. Essa expressão faz parte de tantas outras frases que a gente usa pra facilitar a comunicação, dar ênfase em alguma coisa… como dizer segue reto toda vida, ou quando vai colocar um bife pra fritar e dizer escuta o cheiro. São expressões como essa que fazem do português brasileiro o mais charmoso do mundo!

Falar pelos cotovelos.

Mais uma dessas expressões que parecem não fazer sentido nenhum. Pois é, de fato, nenhum ser humano consegue falar por outra parte do corpo que não a boca. Não existe registro da origem dessa expressão, mas sabe-se que é utilizada já há muito tempo por aqui. Especula-se que sua origem seja por conta de pessoas que costumam falar de maneira histriônica, gesticulando e falando muito rápido. Por movimentar muito os braços quando falam, passamos a dizer que a pessoa fala pelos cotovelos. Outra teoria, menos popular, mas também plausível, diz que quem fala pelos cotovelos é aquela pessoa que fala muito e, quando numa conversa, costuma cutucar seu interlocutor com os cotovelos para chamar atenção ou enfatizar alguma frase. Mas o ideal mesmo é só falar pela boca, sem exagero, de preferência.

Jogar conversa fora.

Em 1923 o antropólogo polonês Bronisław Malinowski cunhou o termo “comunicação fática” para designar uma conversa casual, ou seja, um tipo de comunicação social despretensiosa. Ele afirmou ainda que saber e conseguir conduzi-la é um tipo de habilidade social. Isso é pra dizer que não existe uma origem para a expressão jogar conversa fora, mas provavelmente, ela surgiu de alguém que presenciou uma conversa sem conteúdo relevante e, a achando descartável, disse que estavam desperdiçando a fala, ou seja, jogando conversa fora. Mais carinhosos com a comunicação fática de Malinowski, os ingleses chamam esse bate papo de “small talk”, ou seja, uma conversa pequena. Mas cuidado, porque aqui pra nós conversinha é outra parada. Quem vem com conversinha é gente que quer enganar, passar pra trás… mas enfim. Já estamos jogando conversa fora demais neste tópico.

Eita.

A palavra eita poderia ter entrado no texto citado no início deste texto, em que abordamos as palavras mais utilizadas no brasileirês. Mas acontece que o eita é uma palavra muito versátil, que vem sempre acompanhada de outra palavra, que é o que vai determinar seu significado. Não tem uma origem conhecida, mas provavelmente começou como uma interjeição de assombro ou surpresa, assim como o ai é uma interjeição de dor. Porém, começou a ser utilizada em diferentes situações, sempre associada a outra palavra. As mais utilizadas são:
Eita porra! – Indica surpresa, espanto.
Eita lelelê. – Indica reprovação, desânimo.
Eita nóis! – Indica empolgação, animação.
A palavra eita também pode ser utilizada sozinha, para indicar grande surpresa, algo muito inesperado e ao mesmo tempo empolgante. Neste caso, a palavra é alongada no início e, em geral, exclamada num grito: Eeeeeita! Aliás, fica aqui o nosso reconhecimento e admiração pelo apresentador e embaixador do eita no Brasil, o grande Fausto Silva.

Menção honrosa: Teu cu.

Expressão coringa, pode ser usada em qualquer circunstância. É o argumento definitivo e finalizador de qualquer discussão. Apesar do pronome possessivo em segunda pessoa estar presente, a expressão tem força muito maior e abrangente do que a simples designação do orifício do interlocutor. Afinal, representa um argumenta de refutação expressa, de discordância veemente e divergência taxativa, além de proporcionar a quem verbaliza a expressão o raro prazer de saber que está com a razão. A utilização de “teu cu” em qualquer situação é o mais puro suco de Brasil.

Bom, parece que já falamos pelos cotovelos hoje por aqui. Mas antes de picar a mula, precisamos te lembrar que a Strip Me é toda trabalhada na brasilidade com muito orgulho. No nosso site você confere toda essa nossa originalidade exuberante nas coleções de Carnaval, Brasilidades, Verão e Tropics, mas também em todo todas as outras coleções, como as camisetas de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você tamb;em fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

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