Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

O brasileiro sabe que quem tem limite é município. Na arte, na gastronomia, na música, no esporte, a originalidade do brasileiro é incomparável. Mas é no idioma que a gente se supera mesmo! Por isso a Strip Me selecionou as 10 expressões que só o brasileiro fala, e entende.

Não tem pra ninguém! Só quem é daqui entende de cabo a rabo uma boa conversa no mais puro brasileirês. É que num bate papo desses, as palavras vem acompanhadas de um tempero todo especial, tanto é que, na gringa, um brasileiro identifica o outro só de bater o olho. E não adianta fazer vista grossa, o nosso português é muito melhor que o do lado de lá do Atlântico. Afinal, as tais expressões idiomáticas, a gente tem aqui a dar com pau. Muitas delas, quem vem de fora pode achar sem pé nem cabeça, mas pra nós, faz todo o sentido. Mas não vamos ficar aqui batendo na mesma tecla e chovendo no molhado, até porque já publicamos aqui no blog um texto do balacobaco elencando e dando o significado de algumas palavras que só são encontradas no brasileirês. Para ler, clica aqui. Mas não é por isso que vamos ficar aqui moscando. A Strip Me hoje fala na lata as 10 expressões idiomáticas mais populares no Brasil, e que só nós falamos e entendemos em sua plenitude.

Nós na fita.

Essa expressão se popularizou nos anos 90, em especial em São Paulo, mas logo se espalhou para o resto do Brasil. Não tem uma origem conhecida, mas o mais provável é que tenha sido derivada da expressão da mesma época “sair bem na fita”, significando aparecer bem ao ser filmado ou fotografado, lembrando que até o começo dos anos 2000 vídeos e fotos não eram digitais, mas sim gravados em… fitas! De sair bem na fita, veio o “nós na fita” já com uma conotação mais firme, querendo dizer “tamo aí, na atividade”, ou seja, se fazer presente, pronto para o que der e vier.

Cair a ficha.

Mais uma expressão analógica, que para os mais jovens, ainda é usada, seu significado é sabido, mas talvez sua origem não seja tão conhecida. Bom, cair a ficha significa entender alguma coisa depois de um tempo. O uso mais comum da expressão é em frases como “Demorou mas a ficha caiu.” que quer dizer, custou, levou um tempo, mas entendi. Muito antes do celular, se você estava na rua e precisava fazer uma ligação, o único jeito era usar um telefone público, o popular orelhão. Mas, claro, não era de graça. Você precisava comprar fichas, que eram inseridas no telefone, tal qual um fliperama. Fliperama era uma máquina de video game que… bom, deixa pra lá. O fato é que você colocava a ficha no telefone e discava o número. Quando a ligação era conectada, ouvia-se a ficha caindo dentro do aparelho. Portanto, você esperava ali alguns segundos, até que a ficha caía, e você sabia que a ligação havia sido feita. Assim, quando uma pessoa pensa por algum tempo sobre algo que lhe foi explicado, para só então confirmar que compreendeu, convencionou-se dizer: Caiu a ficha.

Para inglês ver.

Filha direta do onipresente jeitinho brasileiro, a expressão “para inglês ver” tem o significado de farsa, enganação, ou então fazer alguma coisa sem cuidado, de qualquer jeito. Quando um produto parece ter boa aparência, mas é de má qualidade, costumamos dizer que pra inglês ver. A origem dessa expressão é macabra e remonta um dos mais cruéis momentos históricos do Brasil. No século XIX o Brasil era o destino de um número obsceno de africanos escravizados. Nessa época, a Inglaterra, impulsionada pela sia Revolução Industrial, já havia abolido a escravidão e forçava os outros países do ocidente a fazer o mesmo. O Brasil, devendo uma grana preta aos ingleses, fazia um decreto atrás do outro proibindo o tráfico de escravos, todos eles solenemente ignorados por traficantes e pelas autoridades que deveriam puní-los. Assim, diziam que tais leis eram só pra inglês ver. Na atualidade, é ainda o equivalente a dizer que no Brasil tem lei que não pega.

Chutar o balde.

Chutar o balde significa agir de forma exagerada, impulsiva, irresponsável. Mas o que isso tem a ver com um balde? A origem da expressão é desconhecida, mas especula-se que vem dos tempos em que criminosos eram condenados à morte por enforcamento. Na maioria dos países europeus, a forca era formada por uma armação de madeira, um tablado com um alçapão embaixo de onde ficava o condenado com a corda no pescoço. No momento da execução, o carrasco abria o alçapão, “tirando o chão” do condenado, que ficava suspenso pelo pescoço, morrendo sufocado. Aqui, as forcas eram mais improvisadas. Sem o tablado, colocava-se uma banqueta, um bloco de madeira ou um balde virado de boca para baixo, onde o condenado subia, ficando à altura da corda que lhe envolvia o pescoço. O carrasco então chutava a banqueta, o bloco ou o balde sob os pés do condenado, que ficava pendurado. Outra teoria, um pouco mais branda, diz que a expressão se originou no interior, entre fazendeiros. Ao ordenhar as vacas, acontecia de alguma ficar mais irritada e chutar o balde onde estava sendo coletado o leite. O que, claramente, deixava o fazendeiro igualmente irritado, a ponto de chutar o balde já chutado pela vaca, é claro.

Chorar as pitangas.

Um dos exemplos mais completos de como o idioma brasileiro se tornou autêntico em relação ao português de Portugal. A expressão chorar as pitangas significa se lamentar, se vitimizar, se fazer de coitado. É uma expressão que tem um teor pejorativo forte, indicando que quem fica chorando as pitangas, está exagerando, se vitimizando sem motivo. A expressão tem origem em Portugal, onde usava-se a expressão chorar lágrimas de sangue. Sendo que aquele que chora lágrimas de sangue é falso, por exemplo, um homem que trai a mulher e fica se lamentando tentando reconquista-la, diz-se que este traiu a mulher e agora chora lágrimas de sangue para reconquista-la. No Brasil, a pitanga sempre foi uma fruta muito apreciada pelos portugueses. Seu formato e cor vermelho escarlate remetiam a gotas de sangue, assim, chorar lágrimas de sangue acabou virando chorar as pitangas. E, convenhamos, para o brasileiro, que adora um deboche, é muito melhor falar chorar as pitangas do que chorar lágrimas de sangue.

Cheio de nove horas.

Esse é uma das melhores expressões brasileiras. Aparentemente, não tem pé nem cabeça, afinal como é possível alguém estar cheio de nove horas, se até o relógio, que é quem conta o tempo, tem apenas uma marcação de nove horas? Pra piorar, o significado da expressão não tem nada a ver com horário ou tempo, mas sim representa uma pessoa muito detalhista, meticulosa, cheia de manias e frescuras. Com o passar do tempo, passou a significar também pessoas que gostam de utilizar muitos apetrechos e aparelhos tecnológicos complicados, o que acaba meio que dando no mesmo, afinal, uma pessoa assim, é uma pessoa cheia de frescuras… enfim, chata. A expressão tem origem no fim do século XIX, quando as grandes cidades do Brasil começaram a ter uma vida noturna mais efervescente. Estava em vigor na época um toque de recolher, que se dava às nove da noite. Quem fosse visto na rua depois desse horário poderia até ser preso, mas claro que isso acontecia só com negros e pobres. Com o passar do tempo, os jovens que queriam ficar na rua até mais tarde e eram confrontados pelos pais, que insistiam que eles voltassem para casa no horário de recolher, diziam que os velhos vinham falar com eles cheios de nove horas. Assim, a expressão virou sinônimo de gente implicante, e foi se modificando de lá pra cá.

A luz dormiu acesa.

Essa é uma expressão simples e fácil de entender. Tem muito gringo, incluindo portugueses, que gostam de fazer piada com essa expressão, dizendo que, onde já se viu um objeto inanimado dormir. Assim como a luz dormir acesa, a porta também pode dormir aberta sim, senhor! Afinal, nada mais é do que passar a noite, as pessoas da casa foram dormir e esqueceram de apagar uma luz ou fechar uma porta. Essa expressão faz parte de tantas outras frases que a gente usa pra facilitar a comunicação, dar ênfase em alguma coisa… como dizer segue reto toda vida, ou quando vai colocar um bife pra fritar e dizer escuta o cheiro. São expressões como essa que fazem do português brasileiro o mais charmoso do mundo!

Falar pelos cotovelos.

Mais uma dessas expressões que parecem não fazer sentido nenhum. Pois é, de fato, nenhum ser humano consegue falar por outra parte do corpo que não a boca. Não existe registro da origem dessa expressão, mas sabe-se que é utilizada já há muito tempo por aqui. Especula-se que sua origem seja por conta de pessoas que costumam falar de maneira histriônica, gesticulando e falando muito rápido. Por movimentar muito os braços quando falam, passamos a dizer que a pessoa fala pelos cotovelos. Outra teoria, menos popular, mas também plausível, diz que quem fala pelos cotovelos é aquela pessoa que fala muito e, quando numa conversa, costuma cutucar seu interlocutor com os cotovelos para chamar atenção ou enfatizar alguma frase. Mas o ideal mesmo é só falar pela boca, sem exagero, de preferência.

Jogar conversa fora.

Em 1923 o antropólogo polonês Bronisław Malinowski cunhou o termo “comunicação fática” para designar uma conversa casual, ou seja, um tipo de comunicação social despretensiosa. Ele afirmou ainda que saber e conseguir conduzi-la é um tipo de habilidade social. Isso é pra dizer que não existe uma origem para a expressão jogar conversa fora, mas provavelmente, ela surgiu de alguém que presenciou uma conversa sem conteúdo relevante e, a achando descartável, disse que estavam desperdiçando a fala, ou seja, jogando conversa fora. Mais carinhosos com a comunicação fática de Malinowski, os ingleses chamam esse bate papo de “small talk”, ou seja, uma conversa pequena. Mas cuidado, porque aqui pra nós conversinha é outra parada. Quem vem com conversinha é gente que quer enganar, passar pra trás… mas enfim. Já estamos jogando conversa fora demais neste tópico.

Eita.

A palavra eita poderia ter entrado no texto citado no início deste texto, em que abordamos as palavras mais utilizadas no brasileirês. Mas acontece que o eita é uma palavra muito versátil, que vem sempre acompanhada de outra palavra, que é o que vai determinar seu significado. Não tem uma origem conhecida, mas provavelmente começou como uma interjeição de assombro ou surpresa, assim como o ai é uma interjeição de dor. Porém, começou a ser utilizada em diferentes situações, sempre associada a outra palavra. As mais utilizadas são:
Eita porra! – Indica surpresa, espanto.
Eita lelelê. – Indica reprovação, desânimo.
Eita nóis! – Indica empolgação, animação.
A palavra eita também pode ser utilizada sozinha, para indicar grande surpresa, algo muito inesperado e ao mesmo tempo empolgante. Neste caso, a palavra é alongada no início e, em geral, exclamada num grito: Eeeeeita! Aliás, fica aqui o nosso reconhecimento e admiração pelo apresentador e embaixador do eita no Brasil, o grande Fausto Silva.

Menção honrosa: Teu cu.

Expressão coringa, pode ser usada em qualquer circunstância. É o argumento definitivo e finalizador de qualquer discussão. Apesar do pronome possessivo em segunda pessoa estar presente, a expressão tem força muito maior e abrangente do que a simples designação do orifício do interlocutor. Afinal, representa um argumenta de refutação expressa, de discordância veemente e divergência taxativa, além de proporcionar a quem verbaliza a expressão o raro prazer de saber que está com a razão. A utilização de “teu cu” em qualquer situação é o mais puro suco de Brasil.

Bom, parece que já falamos pelos cotovelos hoje por aqui. Mas antes de picar a mula, precisamos te lembrar que a Strip Me é toda trabalhada na brasilidade com muito orgulho. No nosso site você confere toda essa nossa originalidade exuberante nas coleções de Carnaval, Brasilidades, Verão e Tropics, mas também em todo todas as outras coleções, como as camisetas de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você tamb;em fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada, cheia de brasilidade. Borogodó 2 top 10 tracks.

Brasileirês: 12 palavras que só o brasileiro entende.

Brasileirês: 12 palavras que só o brasileiro entende.

A língua portuguesa é um idioma encantador, sem dúvida um dos mais bonitos do ocidente. Mas o brasileiro o eleva a níveis de originalidade sem precedentes, e a Strip Me te mostra isso com muita propriedade.

São 9 no mundo os países que tem o português como idioma oficial. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Certamente cada um deles tem seu sotaque, suas gírias e palavras que foram incluídas no dicionário local. Mas a gramática e estrutura linguística são as mesmas. Então, se um português, um angolano, um brasileiro e um timorense se encontrarem no bar, eles vão conseguir se comunicar tranquilamente. Além de ter uma baita cara de começo de piada, esse encontro no bar seria uma experiência muito interessante para constatar as semelhanças e diferenças entre um mesmo idioma.

Na verdade, a gente sabe que o português brasileiro é muito mais rico e interessante do que os outros portugueses falados mundo afora. Afinal, onde mais você vai ouvir uma frase como “A parada começou na zueira, mas depois virou uma puta treta, mas tudo se resolveu na mais pura malemolência!” O brasileirês é maravilhoso, justamente porque é nosso, tão nosso quanto a jabuticaba, o brigadeiro, o dia dos namorados em junho e o cheque pré-datado. E tem algumas palavrinhas que podem até constar no dicionário de outros países de língua portuguesa, mas que ninguém as utiliza com a destreza e com o “borogodó”do brasileiro. A Strip Me listou 12 delas para você conferir.

Abestado.

No nordeste do Brasil é uma gíria muito antiga. É uma palavra auto explicativa, trata-se de um adjetivo para alguém bobo, lerdo, ingênuo… enfim, besta. Nos anos 90 se espalhou para o resto do país, principalmente através do sucesso de cantores nordestinos como Tiririca e Genival Lacerda.

Bamboleio.

Temos aqui uma palavra que exemplifica muito bem o português BR. É uma derivação da palavra bamba, que tem origem africana e significa valentia, coragem. Tanto que ainda se usa muito dizer que quem é o maioral em alguma coisa é o bambambã. Em certo ponto, ganhou outra conotação, quando surgiu a expressão “andar na corda bamba”, designando que quem o faz tem coragem para correr riscos e se equilibrar. Assim surgiu o verbo bambolear. E o bamboleio é essa ginga brasileira, de se equilibrar, ter jogo de cintura. Isso em tudo na vida.

Borogodó.

Provavelmente a mais brasileira das palavras. O borogodó não tem uma etimologia conhecida. Provavelmente tem ali uma origem africana, mas nunca se identificou isso de fato. Além do mais, é uma palavra relativamente nova. Começou a aparecer entre as décadas de 1920 e 1930 e se popularizou rapidamente, logo sendo utilizada na música e na literatura. E o que é o borogodó? Borogodó é um elemento que torna alguém ou alguma coisa muito cativante, irresistível e única. Carmen Miranda era cheia de borogodó, Pelé era cheio de borogodó… enfim, o Brasil é puro borogodó!

Firmeza.

Para qualquer outro país de língua portuguesa, firmeza é simplesmente uma derivação da palavra firme, que define algo como sólido, rígido. Mas aqui no Brasil vai muito além disso. A premissa é a mesma, mas pra nós, firmeza é alguém ou alguma coisa com muitas qualidades, admirável, confiável. Pode muito bem ser substituída pela expressão ponta firme, que tem a mesma conotação. Firmeza também ganhou o status de cumprimento, substituindo a palavra beleza. É uma palavra mais utilizada no sudeste do Brasil, especificamente em São Paulo, mas pode ser ouvida Brasil afora, graças ao som de gente como Racionais e Emicida. Que, aliás, são muito firmeza!

Maínha.

De maneira objetiva, é o diminutivo de mãe. Aliás, o diminutivo de mãezinha. Termo usado desde sempre no nordeste brasileiro. Mas acabou virando gíria nacional, sendo que em todo o Brasil você vai encontrar gente que, quando quer se referir à mãe de maneira mais afetuosa, logo mete um maínha na frase. Mas em boa parte do nordeste, a palavra não se limita a referir-se à mãe com carinho, mas sim é uma substituta direta de mãe ou mamãe. Por exemplo, uma criança baiana pode dizer um carinhoso “Maínha, eu te amo.” como um corriqueiro “Maínha, acabei, vem me limpar!”

Malemolência.

Tal qual o borogodó, a etimologia precisa de malemolência é desconhecida. Por óbvio, deduzimos que é uma derivação da palavra mole, como molenga, por exemplo, mas com uma conotação mais leve e positiva.A malemolência remete a uma leveza sedutora, um gingado suave. A malemolência é um samba do Martinho da Vila, é uma tapioca quentinha com manteiga e um cafezinho coado na hora. Malemolência, acima de tudo é um estado de espírito!

Perrengue.

Certamente esta é a palavra com a origem mais inusitada. Na verdade, trata-se de uma palavra de origem espanhola, que era muito popular até o século XVII na Espanha e suas colônias, mas que depois disso caiu em desuso. É uma derivação da palavra perro, cachorro em espanhol. Na época, para os espanhóis, perrengue era adjetivo para pessoas teimosas, arredias. Quando queriam dizer que Fulano é teimoso como um cachorro, diziam Fulano é um perrengue. A palavra sobreviveu ao tempo só no Brasil (que, sim, foi colônia da Espanha entre 1580 e 1640), e no século XIX ganhou a conotação de situação complicada, problemática. Isso porque, da palavra perro também derivam os termos aperrear e emperrar, significando situação que é travada, obstruída à força. Ao longo do tempo, devem ter rolado algumas confusões de significado, sendo palavras da mesma origem e bem parecidas. Assim, perrengue virou isso aí… uma situação embaçada, tá ligado? Um perrengue!

Ranço.

É uma palavrinha que, assim como firmeza, certamente é utilizada em outros países de língua portuguesa. Mas não com a mesma malemolência que nós usamos por aqui! A etimologia da palavra ranço do latim rancidus, significa podre, fétido, ou seja, um adjetivo para uma coisa que cheira mal. Mas por aqui, transformamos essa palavra num sentimento, que extrapola o significado da palavra em si. Afinal, um cheiro podre, ruim, causa na gente o sentimento de asco e desprezo. Assim, passamos a utilizar a palavra ranço para demonstrar esse desprezo e nojo de certas pessoas ou situações. Por exemplo, é muito comum a gente dizer que tem ranço de gente homofóbica e intolerante.

Remelexo.

Remelexo, meus amigos e minha amigas, nada mais é do que o bom e velho rebolado! Numa linguagem mais formal, movimento em que os quadris se movem de maneira ritmada. Obviamente deriva da palavra mexer , mais precisamente remexer. O fofinho Rei Julian se remexe muito e tem lá seu valor, mas jamais terá o remelexo do brasileiro numa roda de samba!

Treta.

Treta vem do latim tret, que significa perspicácia na prática da esgrima, daí, derivou-se a palavra treita no português arcaico significando manha, jeito. Atualmente, treta, em Portugal, ainda tem essa conotação de habilidade. Presume-se que, uma vez que treta é um jargão da esgrima, ou seja, de uma luta, no Brasil a palavra ganhou esse significado de confusão, briga, situação caótica. Mas tá tudo bem. Cada país com o sua treta. Não vai ser por isso que nós vamos arranjar treta com os portugueses, até porque pode ser que eles venham com as tretas deles pra cima de nós.

Ziriguidum.

Essa é fácil! Ziriguidum é o samba em seu esplendor! A etimologia da palavra, claro, é incerta e duvidosa. Mas é 100% brasileira, isso não há dúvida. Sua origem, muito provavelmente, é onomatopeica, ou seja, é a reprodução em palavra de um som. No caso, é o som do movimento do pandeiro junto com a batida do samba entre um e outro compasso. “Dum dum ziriguidum dum dum”. Mas claro que nós ampliamos o sentido da palavra para caracterizar algo tipicamente brasileiro, dá pra dizer que é uma palavra meio irmã do borogodó.

Zueira.

Mais uma palavra de origem onomatopeica, zueira deriva de zumbido, que, por sua vez, emula o som dos insetos voadores. Sabe aquele pernilongo que curte dar uns rasantes perto da sua orelha quando você tá tentando dormir? Então… Convencionou-se chamar de zueira, um lugar onde tem muito ruído, ou muito zumbido. Agora, como a palavra ganhou a conotação de brincadeira, sacanagem, piada… ninguém sabe. Talvez seja porque toda boa baguncinha boa que se preze seja bem barulhenta, uma zueira danada! Mas caso você ache que não tem nada a ver, e que a gente está aqui de zueira, tudo bem.

Gonçalves Dias já dizia que as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá. Sendo assim, como poderíamos nós, brasileiríssimos e cheios de borogodó, falar o mesmo português que eles falam lá, ora pois? E a Strip Me, sempre com muita malemolência e ziriguidum, se inspira nesse jeitinho brasileiro todo especial para criar camisetas lindas e super estilosas que esbanjam brasilidade! Basta conferir as nossas coleções de Carnaval, Verão e Tropics, isso sem falar nas camisetas de música, cinema, arte, bebidas, cultura pop… olha, é muita coisa! Vai lá na nossa loja conferir, e aproveita pra ficar por dentro dos nossos lançamentos que pintam lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist do balacobaco cheia de brasilidades! Borogodó Top 10 tracks.

Cadastre-se na Newsletter
X

Receba nossos conteúdos por e-mail.
Clique aqui para se cadastrar.