
Boteco, piso de caquinho e cartaz de oferta amarelo são ícones da brasilidade. A Strip Me te leva num passeio divertido pela estética brasileira raiz. Identidade visual, afeto e criatividade popular.
A estética brasileira vendida para o mundo é linda, poética, quase idílica. O Cristo Redentor de braços abertos, praias de areia branquíssima e mar azul-turquesa, o brilho dos desfiles de escola de samba, dribles e gols estonteantes de jogadores de futebol. Isso tudo realmente existe. (Ok, nosso futebol anda devendo faz um tempinho… mas deixa isso pra lá.)
O fato é que tudo isso faz parte da estética brasileira. Mas essa é só uma camada. É a fachada do estabelecimento. Porque aqui, do lado de dentro, tem muito mais.

Existe outra estética — mais profunda, mais cotidiana, mais verdadeira. Uma estética que não se aprende em faculdade de design e não aparece em comerciais de TV. Ela vive nas ruas, nos mercados, nos botecos, nos improvisos e nas soluções criativas que só o brasileiro é capaz de conceber.
É a gambiarra que funciona, o cartaz de oferta que grita em pincel atômico, o piso de caquinho que sobrevive a reformas, a samambaia que enfeita a sala. Uma estética feita de identidade visual popular, memória afetiva e personalidade única.
A Strip Me apresenta hoje esse Brasil colorido, criativo e autêntico. Um manual não oficial — mas totalmente reconhecível. E você com certeza vai se identificar em todos os capítulos.
Capítulo 1 — Boteco Design: estilo e brasilidade

Se você quer entender a estética do Brasil profundo, entre no primeiro botequim que encontrar. Aquela mesa de plástico colorida gasta, que outrora estampava alguma marca de cerveja. A parede de azulejo antigo que sobreviveu a reformas. O cardápio escrito à mão, pendurado na parede perto da TV. Aliás, TV esta que está estrategicamente colocada em cima de uma geladeira velha, e está sempre ligada, passando algum jogo de futebol ou capítulo de novela.
É uma decoração espontânea, e muito funcional. Cada item tem sua história e seu propósito. E tudo isso junto forma um estilo inconfundível, que combina nostalgia com improviso. Não é à toa que a gente se sinta tão em casa no boteco.
Capítulo 2 — Tipografia vernacular: a arte dos cartazes de supermercado

Os cartazes fluorescentes com preços absurdamente específicos (R$ 7,93, R$ 5,47…) são um capítulo à parte da estética brasileira. As letras desenhadas com pincel atômico em folhas coloridas são um exemplo claro do que se chama tipografia vernacular — um design espontâneo, direto, nascido da necessidade.
Esse tipo de lettering, feito à mão por funcionários de mercado, virou arte popular. Uma estética que não segue regras formais, mas que salta aos olhos e cumpre seu papel: comunicar com força, urgência e identidade.
Capítulo 3 — Decoração de casa: camadas de história e afeto

Na casa brasileira, estilos se misturam sem pedir licença. Piso de caquinho na varanda e no quintal, parede com textura de esponja na sala, filtro de barro na cozinha, ventilador de parede no quarto com umas fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim amarradas na frente, manta de crochê no sofá, toalhinha sobre a TV e rede na sala. Isso sem falar nos bibelôs ornamentando uma prateleira, onde uma Nossa Senhora e um Buda convivem na mais plena harmonia.
E, claro, as plantas: samambaia pendurada na varanda, costela de adão perto da janela, espada-de-são-jorge protegendo a entrada. É um ecossistema estético que vai além do visual — é memória afetiva, é aconchego, é o mais puro suco de Brasil.
Capítulo 4 — Estética das férias: o charme do descomplicado

A praia é um recorte muito peculiar da estética brasileira. Guarda-sol listrado, isopor com adesivo de cerveja, cadeira de alumínio com tecido desbotado, canga estampada com onça ou flores. E o som ambiente — que mistura o pagodinho com os gritos do vendedor de picolé — completa o cenário.
Tudo parece bagunçado, mas há uma ordem invisível. Uma lógica do improviso que funciona. É a estética da liberdade, do sol, da alegria coletiva.
Capítulo 5 — Gambiarra: a arte da solução brasileira

Poucas coisas definem melhor o Brasil do que a gambiarra. A criatividade diante da necessidade se transforma em arte cotidiana. É o ventilador amarrado com arame, o varal feito com fio de internet, a extensão tripla pendurada num prego.
Mais do que resolver problemas, a gambiarra brasileira inventa um novo jeito de olhar o mundo. Um jeito onde a estética também é adaptação. Por quê chamar de improviso, se podemos chamar de gambiarra?



Essa estética que a gente vê nas ruas, nos botecos, nos mercados e nas casas brasileiras é muito mais do que decoração ou improviso — é um espelho da nossa história, da nossa criatividade e da forma como encaramos a vida. Ela fala de afeto, de solução prática, de beleza espontânea. Fala de um país que se reinventa todos os dias, com ou sem verba, com ou sem régua, mas sempre com identidade. E na Strip Me, o que não falta é personalidade, e exaltação às brasilidades. Confere na nossa loja as coleções de camisetas de Carnaval, Brasilidades, Plantas, Cultura Pop e muito mais. No nosso site você também ficas por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.
Vai Fundo!
Para ouvir: Uma playlist caprichadíssima, que é brasilidade pura! Brasilidades Top 10 tracks.


