O couro era a lei: a saga de Mad Max

O couro era a lei: a saga de Mad Max

– por José Rubens –

Bom, vocês já devem ter percebido que Hollywood ultimamente vem se tornando uma centro de reciclagem que faria qualquer membro do PV chorar de emoção. Estão pegando fórmulas bem sucedidas e criando infinitas continuações, remakes e reboots, alguns filmes ficam bons, outros chegam até a dar uma vergonhazinha alheia, mas um em especial tem me deixado com muita expectativa, se trata do novo filme da fantástica franquia Mad Max. A desconfiança já começa pelo fato de Mel Gibson não dar vida ao Max dessa vez, contudo, existe uma luz no fim do túnel, o senhor George Miller, que é o diretor responsável pela saga antiga toda, também dirige esse novo projeto, e quem assume o papel do lendário anti-herói é o ator inglês Tom Hardy, que a princípio, parece que encarnou muito bem o personagem (o cara fez o Bane e o Bronson, pelo menos um histórico respeitável de personagem cascudo, que come cascavel e enfia o chocalho em um espeto de churrasco, o cidadão tem), mas como se trata de uma série que marcou época, a gente sempre fica com um pé atrás, vamos torcer para que dê tudo certo e que o espírito de guerreiro sanguinário, amargurado e despirocado do senhor Descompensado Max continue (Descompensado Max HAHAHAHAHA). Estamos aguardando também uma versão nacional de Mad Max com Murilo Benício no papel principal, já imaginou aquela olhada cafajeste fixa com a cabeça baixa em um mundo distópico? Seria incrível.

Mas o intuito desse post não é falar sobre o novo filme, e sim dar uma boa relembrada nos três filmes anteriores da série. Para quem não sabe do que estou falando, é um excelente momento para conhecer essa obra incrível, para quem já sabe, não custe dar uma lida (vai que bate uma saudade).

 

Mad Max (1979)

No primeiro filme da série, já temos o clássico cenário distópico de um mundo desolado. A sociedade entrou em um colapso imenso e enfrenta uma crise global. E é nesse meio apocalíptico que conhecemos o jovem patrulheiro Max Rockatansky, que ainda não se tornou um nômade de comportamento rude, mas muitas vezes nobre. No início da saga, ele é um defensor da lei honesto e cheio de princípios, casado e pai de um garotinho. Porém, uma gangue de motoqueiros acaba com a vida feliz que Max levava, matando sua esposa e seu filho. Max então deixa de lado toda a ética e os procedimentos padrões dos patrulheiros da estrada e começa a fazer justiça com as próprias mãos, até exterminar toda aquela gangue que dizimou sua família e ridicularizou sua tão estimada corporação. É aí então que começa a saga do carismático motorista de um Ford Falcon com o capeta no corpo (creio que na visão do Mel Gibson, antes o capeta do que um judeu, visto que ele não tem lá um histórico muito amistoso com a comunidade judaica).


 

Mad Max 2: The Road Warrior (1981)

Agora sim a história já começa do jeito freneticamente brutal que o público gosta. Devido ao grande sucesso que foi o primeiro filme, o orçamento inicial dessa sequência foi muito maior, logo, o cenário de distopia presente ficou ainda mais catastrófico e pós-apocalíptico, enquanto no primeiro filme a destruição era apresentada com certa ressalva, no segundo ela já era completa. Agora Max luta para sobreviver em meio a um mundo escasso de comida, água e principalmente petróleo (mas cheio de carros peculiares, motos, moicanos, bundas de fora e verdadeiras fantasias sadomasoquistas). Em uma de suas jornadas, ele acaba sendo capturado e levado a um grupo que possui um caminhão tanque, o qual é objeto de desejo de uma perigosa gangue liderada por uma figura no mínimo dantesca chamada Lord Humungus (o cidadão é tão extravagante que usa uma sunga de couro adornada com spikes, uma máscara de hockey e também é conhecido pela alcunha de “O Aiatolá do Rock And Rolla”). Max então topa escoltar o caminhão tanque e protegê-lo do selvagem exército cyberpunk de Humungus, em troca de um pouco de combustível. Maluquice, não é? Mas deixa a situação petrolífera continuar como está para vermos se não aparece algum Humungus matando gente por conta de combustível, se é que já não apareceu, mas logicamente, sem o visual de frequentador assíduo de boate gay excêntrica dos anos 80.


 

Mad Max Beyond Thunderdome (1985)

Um bom filme, mas inferior aos dois anteriores, muito popularmente associado à música We Don’t Need Another Hero (Thunderdome), cantada por Tina Turner, que também atua no filme. No terceiro filme da saga, Max acaba chegando a um lugarejo chamado Bartertown, controlado pelas mãos de ferro de Aunty Entity, interpretada por Tina Turner. Aunty faz um acordo com Max para que ele a ajude a ter o controle total da cidade, a qual é sustentada pela energia gerada por uma refinaria que retira metano de fezes de porcos, propriedade de outras duas figurinhas esquisitas chamadas Master e Blaster (Master é um anão e Blaster uma criatura gigantesca e retardada). Aunty quer que Max enfrente Blaster na “Cúpula do Trovão (dois homens entram, um homem sai)”, para que ele o derrote e acabe então com a força de Master. Quando Max descobre que Aunty contou a história bem pela metade, ela o joga para morrer no deserto, aprisiona Master e mata Blaster, Max então acaba encontrando um grupo de crianças órfãs que estão procurando uma tal de “Tomorrow-morrow Land (uma espécie de terra prometida, mas sem música eletrônica etc. Desculpem a piada, é que eu sou muito engraçado)” e com muito custo, acaba retornando a Bartertown para resgatar um grupo de crianças em fuga (visto isso, sabemos que o sangue vai tomar conta do solo). Maluquice? Acho que para um mundo consumido pelo apocalipse e imerso no caos global, é um dia nada mais do que corriqueiro…


 


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