Especial Dia das Mães: 8 mamães que são puro rock n’ roll.

Especial Dia das Mães: 8 mamães que são puro rock n’ roll.

O Dia das Mães está chegando. Para celebrar e homenagear todas as mães, a Strip Me escolheu 8 mães super especiais, que esbanjam talento muito além da maternidade.

“Ter filhos me fez perceber que fazer do mundo um lugar melhor começa dentro de casa.” Essa frase foi dita pela Madonna, quando falava numa entrevista sobre ser mãe e, ao mesmo tempo, uma pessoa tão influente e exposta na mídia. Madonna é, notavelmente, uma mãe orgulhosa, mas não é a única no universo pop. Em especial no mundo da música, são muitos os casos de mulheres que se tornaram mães e seguiram adiante na carreira de artista, e em muitos desses casos, os filhos acabam também se envolvendo com música.

A maternidade é uma dádiva, e não um fardo (apesar de dar um trabalhão, é verdade). Para deixar isso bem claro, a Strip Me vai falar rapidamente sobre 8 mães que são verdadeiras estrelas da música pop. Se prepara aí e segue a lista.

Baby do Brasil

Também conhecida como Baby Consuelo, Baby do Brasil é dessas personagens pitorescas da cultura brasileira. De visual extravagante e voz potente, a cantora fez parte de uma das bandas mais influentes e marcantes da música contemporânea brasileira, os Novos Baianos. Baby nasceu Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade, num lar de pais conservadores no Rio de Janeiro. Quis aprender música, mas os pais negaram, almejando para a filha uma carreira como jurista ou jornalista, profissões do pai e da mãe respectivamente. Mesmo assim, ela deu um jeito de fazer aulas de violão, e chegou a ganhar um concurso de talentos na escola aos 14 anos. Com 17 anos, em 1969, inebriada pelos ventos libertários do rock n`roll, fugiu de casa e foi para Salvador. Lá conheceu Moraes Moreira e sua turma e formou-se os Novos Baianos. Baby e o guitarrista Pepeu Gomes logo se engraçaram, se apaixonaram e casaram. O relacionamento durou de 1969 a 1988, um casamento que gerou seis filhos: Sarah Sheeva, Zabelê, Nãna Shara, Pedro Baby, Krishna Baby e Kriptus Gomes. Ao longo de todo esse tempo, Baby nunca abandonou os palcos. Seus filhos todos são artistas e envolvidos de alguma forma com a música.

Chrissie Hynde

Hynde é uma dessas mulheres inacreditáveis. Talentosa, vibrante, bem resolvida e muito influente. Apesar de não ser assim tão popular aqui no Brasil, sua banda, The Pretenders, é respeitadíssima e muito popular na Inglaterra e nos Estados Unidos. Ela nasceu numa cidadezinha perto de Cleveland, Ohio. Era adolescente no começo dos anos 70 e, em Cleveland, viu shows de Iggy Pop & The Stooges, Rolling Stones e muitos outros. Se ligou que seu mundo era esse e decidiu ser jornalista de música em Londres, para onde se mudou em 1973. Lá conheceu Malcolm McLaren e uma cena musical prestes a explodir. Reza a lenda que deu os primeiros toques a Steve Jones, para que ele aprendesse a tocar guitarra, e posteriormente formasse os Sex Pistols. Em 1978 ela formou sua própria banda, The Pretenders. Se casou com Ray Davis, guitarrista da banda The Kinks, com quem teve uma filha, Natalie Ray Hynde. O relacionamento não vingou e, anos depois, ela se casou com Jim Kerr, vocalista da banda Simple Minds, com quem teve outra filha, Yasmin Kerr. Chrissie criou as duas filhas sozinha, pois logo que nasceram as meninas, os respectivos pais se afastaram após o fim do relacionamento com a mãe. Hynde nunca deixou de tocar e realizar seus projetos, e fez um ótimo trabalho ao criar duas mulheres notáveis. Natalie é uma ativista em organizações pelos diretos humanos e Yasmin é atriz.

Fernanda Takai

A banda Pato Fu foi uma das mais brilhantes bandas surgidas no rock brasileiro dos anos 90. Uma banda que se distanciava da onda maníaco-depressiva do grunge e evocava Mutantes, mas com uma linguagem moderna. Tudo graças à inventividade do guitarrista John Ulhoa e, principalmente, do carisma e talento de Fernanda Takai, vocalista. Fernanda Takai é uma mulher fantástica. Além de compor, cantar e tocar violão e guitarra no Pato Fu, tem uma excelente e consolidada carreira solo como cantora, e também escreve livros de crônicas e contos. Casada com seu parceiro de banda, John, desde 1995, o casal teve uma filha, nascida em 2003, Nina Takai Ulhoa. A maternidade fez Fernanda amadurecer muito e, por consequência, produzir trabalhos literários e musicais mais profundos. Além disso, a o casal Fernanda e John aproveitaram a chegada da pequena Nina para gravarem os discos Música de Brinquedo, volumes 1 e 2, onde fazem versões super divertidas de canções pop usando somente instrumentos de brinquedo e participação de crianças cantando.

Amy Lee

Amy Lee é a mais jovem dessa lista, representa uma geração mais atual. Apesar de mais jovem do que as demais mulheres aqui citadas, ela não deixa nada a desejar em talento e atitude. Amy Lee nasceu na California, mas ao longo de sua infância, morou em cidades da Florida e Illinois. Em sua adolescência, a família finalmente fixa residência em Little Rock, Arkansas. Amy Lee estudou piano por nove anos e, ainda jovem, almejava ser concertista de música clássica. Mas no fim dos anos noventa acabou sendo atraída pela música pop e o rock n’ roll. Em 1998 montou a banda Evanescence, com a qual se tornou mundialmente famosa. O primeiro disco da banda foi lançado em 2003 e, de lá pra cá, ela nunca mais parou. Além de sua banda, Amy tem uma prolífica carreira solo , tendo feito trilhas sonoras para filmes e participado de vários projetos, incluindo parcerias com as bandas Korn e Bring Me The Horizon. Casada desde 2007, Amy Lee teve seu primeiro filho em 2014, Jack Lion Hartzler. A maternidade a impactou de tal forma, que ela acabou compondo e produzindo todo um disco com músicas inspiradas no seu filho. O álbum com 12 faixas foi lançado em 2016, chamado Dream too Much.

Rita Lee

Falando em Lee, a nossa rainha do rock não podia ficar de fora dessa lista. Rita Lee Jones já nasceu com nome de rockstar, em São Paulo no ano de 1947. Compositora, cantora, multi instrumentista, escritora, atriz e ativista vegana e defensora dos animais, Rita Lee é uma das artistas mais importantes da música brasileira. Fez parte da fundamental banda Mutantes 5e em sua carreira solo vendeu mais de 55 milhões de discos, sendo a mulher que mais vendeu discos na história da música no Brasil, ficando apenas em quarto lugar no geral, atrás apenas de Roberto Carlos, Nelson Gonçalves e Tonico e Tinoco. Em 1976 ela se casou com Roberto de Carvalho, parceiro da vida e da música, com quem teve três filhos: Beto, João e Antônio. Dos três, o primogênito Beto Lee se destacou como músico, fazendo parte inclusive da banda de apoio da mãe em algumas turnês como guitarrista. Rita Lee faleceu, vítima de um câncer, em maio de 2023. Ela deixa um legado inestimável de arte e de vida, inspirando as mulheres a lutarem por seus direitos, sendo e fazendo o que bem quiserem.

Linda McCartney

Mesmo que não tivesse se casado com um dos maiores nomes da música pop de todos os tempos, Linda seria considerada uma mulher a frente do seu tempo. É verdade que ela nasceu em berço de ouro, teve acesso às melhores escolas e provavelmente teria uma vida muito confortável mesmo se optasse por nunca trabalhar na vida. Mas o que ela mais fez foi trabalhar. Se formou em artes e se apaixonou por fotografia. Já como fotógrafa profissional ela trabalhou, entre outras publicações, para a revista Rolling Stone. Ao longo da década de sessenta, ainda antes de conhecer seu futuro marido, Linda Eastman fotografou The Who, Jimi Hendrix, The Doors, Bob Dylan, Aretha Franklin, Ottis Redding e muitos outros, até que fotografou os Beatles em 1968, conheceu Paul McCartney e o resto é história. Ao lado de Paul, Linda continuou sua carreira como fotógrafa, mas também passou a cantar e tocar teclado ao lado do marido na banda Wings. Linda já tinha uma filha antes de conhecer Paul. O beatle adotou legalmente a criança, que passou a se chamar Heather McCartney. O casal teve mais 3 filhos depois de se casar: Mary, que também é fotógrafa, Stella, uma das mais celebradas estilistas de moda do mundo, e James, músico como o pai. Linda também era vegetariana e ativista pelos direitos dos animais. Ela faleceu em 1998, em decorrência de um câncer.

Elis Regina

Elis era uma força da natureza. Dona de um carisma magnético e uma voz poderosíssima, Ela começou cedo na música. Aos 16 anos já trabalhava numa rádio em Porto Alegre, cidade onde nasceu. Descoberta por um produtor, ela foi para o Rio de Janeiro, onde realmente sua carreira deslanchou. Com sua personalidade forte, se consolidou indo na direção oposta ao padrão da época. Enquanto todo mundo cantava bossa nova baixinho, no melhor estilo João Gilberto, Elis soltava a voz sem medo. Foi pioneira na concepção de grandes shows de música, com roteiro, direção e cenário. Autêntica, sem medo de ser polêmica, com opiniões firmes e uma incessante luta pela liberdade, não só do país, que vivia um momento político castrador, como das mulheres, Elis Regina sempre foi um exemplo de mulher. Elis se casou duas vezes e teve três filhos, aos quais ela criou muito bem, sem nunca parar de trabalhar. Tanto que os três, João Marcelo Bôscoli, Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, têm carreiras de sucesso no mundo musical. Elis morreu em janeiro de 1982 sob circunstâncias controversas. Tudo indica que ela sofreu uma overdose de cocaína e bebida alcoólica, mas há quem diga que, ainda que ela usasse drogas e bebesse com frequência, era controlada e raramente cometia excessos, sugerindo que ela sofreu uma parada cardíaca, que poderia acontecer com qualquer pessoa, mesmo sem o uso de drogas ou álcool. De qualquer maneira, o que fica é o legado e a obra de Elis Regina, a maior cantora da música popular brasileira.

Madonna

A diva maior e rainha do pop é mais uma dessas mulheres mega inspiradoras e admiráveis. Madonna nasceu numa cidadezinha no meio do Michigan, sempre foi muito ligada à família. Por ter perdido a mãe muito nova, que morreu por conta de um câncer, Madonna sempre foi muito apegada ao pai e aos irmãos. Mas também era dedicada aos estudos e à arte, em especial a dança. Com 17 anos se mudou para New York com nada mais que 35 dólares no bolso. Lá, migrou da dança para a música, fazendo parte de bandas de rock até iniciar uma carreira solo vitoriosa. Além de ser a cantora mais reverenciada no mundo, Madonna também é empresária, atriz e escritora. Ela já declarou que a maternidade mudou radicalmente sua vida, fazendo com que ela explorasse novos sentimentos em sua música, bem como a aproximando de uma espiritualidade que, até então, ela não tinha. Madonna tem ao todo seis filhos, sendo dois deles biológicos e quatro adotados: Lourdes Maria, Rocco, David, Mercy James, Stella e Estere. Além de todos os méritos de Madonna como artista, ela deve ser lembrada como uma mãe exemplar, que deixa claro que o amor materno não se resume unicamente aos filhos gerados pela mulher.

Isso tudo é só pra exaltar mesmo todas as mães do mundo, as famosas e anônimas, artistas ou engenheiras, dançarinas ou médicas, poetisas ou matemáticas, atrizes ou empresárias… ou tudo junto, afinal, se tem uma coisa que só as mães conseguem é ser um monte de coisas ao mesmo tempo. Esta é uma homenagem da Strip Me a todas as mães. E você pode contar com a gente para presentear a sua mãe com uma camiseta linda das nossas coleções de arte, música, cinema, cultura pop e muito mais, e você pode também personalizar como quiser uma camiseta para ela, basta entrar no nosso site e seguir as instruções. Dá uma olhada na nossa loja e aproveita pra ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá todo dia.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist delícia com uma música de cada artista que citamos aqui, e mais duas músicas especiais sobre maternidade. Mother Top 10 tracks.

10 Fatos que justificam a majestade de Rita Lee, a nossa Rainha do Rock.

10 Fatos que justificam a majestade de Rita Lee, a nossa Rainha do Rock.

Rita Lee é mais que a Rainha do Rock Brasileiro. É uma das artistas mais importantes da música e uma das mulheres mais influentes do Brasil! Portanto é absolutamente apropriado que este texto seja publicado hoje, dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Afinal, é uma maneira de exaltarmos todas as mulheres ao homenagear a Rita F*cking Lee, uma mulher de 75 anos de idade que revolucionou o rock n’ roll no Brasil, é uma das artistas que mais vendeu discos na história da música pop brasileira, é ativista pelo feminismo e pelos direitos dos animais, já foi elogiada pelo atual rei da Inglaterra, além de cantora e compositora, é artista plástica, atriz e escritora e recentemente vem lutando bravamente contra um câncer. Rita Lee é certamente nossa super-heroína!

Nascida em 31 de dezembro de 1947, Rita Lee Jones é a terceira filha do casal Charles e Romilda. Ele filho de pais norte americanos, vindos do Alabama para se estabelecer em Santa Barbara D’Oeste, ela filha de italianos vindos do sul da Itália. Rita nasceu e foi criada no bairro Vila Mariana, na capital paulista. Lá estudou, fez amizades, montou sua primeira banda, namorou,  saiu da casa dos pais, mas alugou uma casa no bairro, casou, se divorciou e teve um filho. Rita Lee só deixou de morar na Vila Mariana após 1977. Estabeleceu uma parceria simbiótica com Roberto de Carvalho, que se tornou parceiro musical e amante, numa relação que perdura até hoje. Foi com ele que ela escreveu seus maiores sucessos. Sempre foi apaixonada por bichos, quando criança, dizia querer ser veterinária. Já teve tudo quanto é bicho de estimação, inclusive uma jaguatirica, que andava livremente pela casa como um enorme e manhoso gato. Enfim, a vida de Rita Lee é uma grande e empolgante aventura que é difícil de se resumir. Por isso, separamos 10 fatos marcantes de sua vida, que mostram porque Rita Lee é uma das mulheres mais importantes da história contemporânea do Brasil.

1 – Origens.

Caetano Veloso já cantou que Rita Lee é a mais perfeita tradução da cidade de São Paulo. Constatação irrefutável. Sendo descendente de estadunidenses e italianos, Rita Lee cresceu entre a cultura cosmopolita e moderna dos Estados Unidos e a cultura tradicionalista e passional da Itália. Tudo isso vivendo na maior cidade da América Latina. Desde cedo, era curiosa e afeita à leitura. Apesar das aspirações infantis de ser veterinária, e da vontade do pai que ela seguisse seus passos e fosse dentista, Rita ingressou na USP para cursar comunicação social e ser jornalista. Mas nessa época, ela já estava envolvida com a música e optou por largar a faculdade para seguir os caminhos do rock n’ roll.

2 – Girl Power.

Em 1963 Rita Lee saiu da banda onde fazia alguns vocais para montar sua própria banda. E fez questão de que fosse uma banda só de garotas. Surgiu então o trio Teenage Singers. A banda fez algumas apresentações e tinham certo reconhecimento entre os jovens paulistanos, mas era um conjunto limitado. O forte delas era cantar e sentiam que precisavam de um instrumental mais coeso acompanhando-as. Foi quando elas conheceram um outro trio, os Wooden Faces, cujos integrantes eram os irmãos Arnaldo e Sérgio Baptista e o baterista Dinho. Os dois trios se juntaram formando o conjunto O’Seis, que, após algumas mudanças de formação, ficariam famosos como Os Mutantes.

3 – Multi Rita.

É exagero dizer que Rita Lee era a alma dos Mutantes. Até porque o principal compositor e quem criava as concepções psicodélicas da banda era Arnaldo Baptista. Porém, Rita Lee era a carta na manga, o super trunfo dos Mutantes. Enquanto cada integrante se limitava a no máximo dois instrumentos, Rita Lee tocava de tudo! Piano, sintetizador, percussão, pandeirola, violão, escaleta e até mesmo uma bomba de detetização. Além disso, era compositora de mão cheia. É dela, por exemplo, a icônica canção 2001, escrita em parceria com Tom Zé. Rita também se encarregava dos figurinos  e trazia para a banda um bom humor e leveza irresistíveis.

4 – Sem tempo, irmãos.

Rita Lee foi mandada embora dos Mutantes.  A verdade é essa. Verdade confirmada pelos próprios irmãos Baptista tempos depois da dissolução da banda. Acontece que no começo dos anos 70 Arnaldo e Sérgio entraram numa onda de virtuosismo, estudando ao máximo seus instrumentos e embevecidos pela pompa do aristocrático rock progressivo que despontava.  Um som que se levava a sério até demais. Rita Lee fazia de tudo um pouco, mas não era virtuose em nenhum instrumento. E também não via muita graça em Emerson, Lake and Palmer. E os irmãos Baptista não viam mais espaço para Rita Lee nos Mutantes, que agora seriam uma banda séria de rock progressivo. Mas se você acha que isso a abalou, achou errado. Não só ela seguiu uma bem sucedida carreira solo, como convenceu os Mutantes a serem sua banda de apoio em suas primeiros discos solo, que não tinham nada de rock progressivo.

5 – Rasgando o verbo.

Rita Lee e Arnaldo Baptista, além de companheiros de banda, se tornaram namorados. Mas o ano era 1968 e o bicho grilismo imperava entre a juventude. A banda chegou a morar um tempo numa comunidade hippie na serra da Cantareira e o casal praticava o amor livre, atualmente conhecido como relacionamento aberto. Muitos anos depois a própria Rita afirmaria que eles não se amavam de verdade, mas que ela se sentia traída quando via Arnaldo com outras mulheres. E nessa época, justamente para poder morar fora e levar sua vida como quisesse, Rita precisou se casar, para ter aceitação da família. O casamento só serviu para uma coisa: uma cena épica, ao vivo na televisão. No programa da Hebe Camargo, em 1972, Rita Lee rasgou sua certidão de casamento na frente das câmeras.

6 – Fruto de sucesso.

Em 1973 Rita Lee, já rompida de vez com os Mutantes, conhece o guitarrista Luis Carlini e monta uma nova banda, a Tutti Frutti. Porém, nos discos, pelo contrato com a gravadora, Rita Lee era uma artista solo, então a banda ficou sendo Rita Lee & Tutti Frutti. Em 1974 a banda lança o ótimo disco Atrás do Porto Tem uma Cidade. Mas o sucesso vem mesmo no ano seguinte, quando é lançado o disco Fruto Proibido. Alavancado pelo single Ovelha Negra, o disco acaba como um dos mais vendidos de 1975 e se torna um clássico absoluto do rock brasileiro. E não é para menos. Fruto Proibido conta com performances excelentes de Luis Carlini e Lee Marcucci e traz, além de Ovelha Negra, hits como Agora Só falta Você e Esse Tal de Roque Enrow.

7 – Xilindró.

Em 1976, Rita Lee conheceu Roberto de Carvalho. Os dois se apaixonaram perdidamente e logo já estavam morando juntos e Rita engravidou. Com o sucesso avassalador, depois da libertária música Ovelha Negra, Rita Lee se tornou um alvo para a ditadura militar que vigorava no Brasil. Logo após Rita declarar na imprensa que tinha parado de usar drogas e beber por conta da gravidez, os militares fizeram uma batida na casa da cantora e a levaram presa, após encontrar porções de maconha, haxixe e LSD. Claramente, o que fora apreendido eram restos de drogas consumidas por amigos que frequentavam a casa de Rita. Mesmo assim, ela foi condenada e ficou um ano presa. A única artista a visitar Rita na prisão, e defende-la vigorosamente na imprensa, foi Elis Regina, de quem Rita se tornaria amiga desde então.

8 – Lança Perfume.

Quando Rita foi libertada, logo engatou numa tour frenética ao lado de Gilberto Gil. Enquanto isso, se transformava musicalmente, absorvendo elementos da MPB  e da música pop. Em 1979 Rita e Roberto de Carvalho engatam uma prolífica parceria musical e lançam o disco Rita Lee, que traz clássicos como Mania de Você e Doce Vampiro. Mas é na virada da década, em 1980, que a dupla realmente se consagra. Mais um disco intitulado simplesmente Rita Lee. Mas dessa vez com sucessos radiofônicos instantâneos como Baila Comigo, Nel Luxo Nem Lixo, Ôrra Meu, Bem me Quer e, principalmente, a faixa Lança Perfume. Esse disco chegou a fazer sucesso nas rádios da França e Itália. Foi quando o jovem príncipe Charles, filho mais velho da rainha da Inglaterra, declarou à imprensa que que sua cantora favorita naquele momento era a brasileira Rita Lee.

9 – Like a rolling stone.

Em 1995, os Rolling Stones vieram ao Brasil para tocar em São Paulo e Rio de Janeiro, parte da tour Voodoo Lounge. Estava tudo certo. Os Stones teriam duas atrações de abertura: Os norte americanos Spin Doctors e os brasileiros Barão Vermelho. Tudo no contrato, tudo certinho. Porém, quando chegou até os integrantes dos Stones os nomes das atrações de abertura, Mick Jagger escreveu um bilhete, de próprio punho, e enviou por fax para os promoters brasileiros fazendo uma exigência: Ele fazia questão que a Rita Lee tocasse também. Assim, ela foi incluída como terceira atração. No show de São Paulo, ela acabou nem tocando, por conta da chuva torrencial que desabou. Mas no Rio, sabe-se lá porque inverteram a ordem das apresentações. Era pra ser Barão Vermelho, Rita Lee e Spin Doctors. Ma na hora, os Spin Doctors entraram depois do Barão Vermelho, e a Rita Lee tocou diretamente antes dos Stones e fez um show memorável! Ela relembra em sua autobiografia, que o próprio Jagger liberou o corredor de acesso ao palco para ela subir e tocar. Zerou a vida, né…

10 – Recordes.

 Rita Lee é uma mulher de superlativos. Porque ela extrapolou todos os recordes da indústria fonográfica no Brasil. Ela é a mulher que mais vendeu discos na história da música brasileira e é a artista brasileira que mais emplacou hits nas trilhas de abertura de novelas. Rebelde e questionadora, também é a mulher que mais teve músicas censuradas durante a ditadura militar. Em 1980 Lança Perfume ficou em primeiro lugar na França e chegou a entrar no top 100 da Billboard nos Estados Unidos, rendendo versões em vários idiomas, inclusive uma versão pitoresca em hebraico. Em 2016 escreveu sua autobiografia, o livro se tornou um best seller instantâneo, vendendo mais de 200 mil exemplares, um fenômeno de vendas num país que lê tão pouco. Em 2017, seu livro foi indicado para o Prêmio Jabuti, o Oscar brasileiro da literatura.

Que mulher é a Rita Lee! Um dos grandes exemplos de mulher livre, de talento e dona de seu próprio destino! Entre Anita Garibaldi, Fernanda Montenegro, Carmem Miranda e muitas outras, Rita Lee é uma mulher brasileira que nos enche de orgulho e inspira a Strip Me prestar cada vez mais homenagens como essa e a transmitir, através das nossas camisetas, a arte a liberdade, a diversidade e o amor, nas camisetas de música, arte, cinema e cultura pop. Na nossa loja você confere tudo isso e fica por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana. Assim como a Rita Lee, a Strip Me é puro barulho, diversão e arte!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o que há de melhor na obra da Rita Lee, é claro. Rita Lee Top 10 tracks.

Para ler: Recomendadíssimo o livro da própria Rita, Rita Lee Uma Autobiografia, lançado em 2016 pela Editora Globo. Um livro divertido e muito bem humorado, onde a cantora narra em detalhes sua vida e obra!

Cadastre-se na Newsletter
X

Receba nossos conteúdos por e-mail.
Clique aqui para se cadastrar.