De Ivete a Lady Gaga, passando por Stones, Madonna e Jorge Ben Jor. A Strip Me relembra os megashows que arrastaram milhões para Copacabana, a praia mais famosa do Brasil.
Copacabana não é só calçadão, cerveja gelada, pé na areia e vista deslumbrante. É também palco de alguns dos maiores shows ao ar livre da história da música mundial. Desde os anos 90, o bairro mais famoso do Brasil virou passarela para ícones da música brasileira e internacional desfilarem seu talento. Tudo de graça e à beira-mar para milhões de pessoas curtirem numa boa muito barulho, diversão e arte.
Sendo assim, ainda impactada pelo espetáculo que Lady Gaga protagonizou no primeiro fim de semana de maio de 2025, a Strip Me relembra 10 apresentações históricas em Copacabana, que geraram repercussão global e momentos inesquecíveis. No fim, ainda falamos da nova iniciativa da prefeitura do Rio, “Todo Mundo no Rio”, e especulamos quem será a próxima estrela a pisar nesse palco lendário, ou melhor, nessas areias cheias de história.
Na virada de 1993 para 1994, dois pilares da música brasileira transformaram Copacabana numa pista de dança de soul e funk com muita brasilidade. Estima-se que 3 milhões de pessoas dançaram ao som de Tim Maia e Jorge Ben Jor, que mandaram um show gratuito inesquecível! Um Réveillon épico que ficou marcado como um dos maiores já realizados no país. Energia, suingue e carisma transbordaram na praia.
Um ano depois, o palco de Copacabana recebeu uma constelação da MPB em tributo a Tom Jobim, falecido um ano antes. Chico, Gil e Caetano, acompanhados de Gal Costa, Milton Nascimento e outros gigantes, celebraram a bossa nova e a poesia brasileira. O show emocionou milhares e eternizou a conexão entre música e paisagem carioca.
Rod Stewart – Reveillón 1994
Na mesma virada, logo após os mestres da MPB, o britânico Rod Stewart subiu ao palco e quebrou tudo, incluindo alguns recordes. Cerca de 3,5 milhões de pessoas se aglomeraram em Copacabana para assistir ao show, que entrou para o Guinness como o maior público de um artista solo na história da música. Um Réveillon que ninguém esquece.
Lenny Kravitz – 21/03/2005
Mesmo com uma chuvinha chata que não deu trégua o dia todo na cidade maravilhosa, Lenny Kravitz levou seu groove à praia, num show gratuito que reuniu cerca de 500 mil pessoas. A apresentação fez parte das comemorações do aniversário da cidade do Rio de Janeiro, que completava então 440 anos. O show foi tumultuado, atrasou para começar, mas depois que a primeira canção tocou, o clima mudou e ganhou ares de festival, com muita paz, amor e guitarras.
Um dos momentos mais lendários da história do rock em solo brasileiro. Os Rolling Stones tocaram para 1,5 milhão de pessoas. O show fez era parte da turnê A Bigger Bang, com direito a palco flutuante e transmissão internacional. Um verdadeiro tsunami sonoro na orla carioca, com direito a Mick Jagger mandando em bom português a tradicionalíssima saudação: “Oi, tudo bem?” Foi um show épico.
Ivete Sangalo – Reveillón 2006
Virada de 2006 para 2007, e quem deixou rolar a festa foi Ivete Sangalo, no auge de sua popularidade. Cerca de 2 milhões de pessoas celebraram o ano novo ao som de Abalou e outros sucessos da musa do axé. O show teve estrutura digna de artista gringo, com luzes e telões moderníssimos, além daquela energia que só Ivete sabe entregar.
Stevie Wonder – 25/12/2012
Pois é, nem só de festa de Reveillón vive Copacabana. O Natal de 2012 trouxe de presente para os cariocas o mestre do soul Stevie Wonder. O multiinstrumentista se apresentou para mais de 500 mil pessoas no dia 25 de dezembro, encerrando o ano com emoção e elegância. Apesar de algumas críticas pela escolha da data, o show foi um presentão para quem esteve lá.
Alok – 26/08/2023
O DJ brasileiro mais bombado do planeta levou seu set futurista para Copacabana em 2023, com direito a drones, laser, telões e remix de hits nacionais. Mesmo com chuva e confusão, o show atraiu cerca de 1 milhão de pessoas e consolidou Alok como um dos nomes mais populares da música eletrônica no mundo.
Madonna – 04/05/2024
Comemorando 40 anos de carreira, Madonna aterrissou em Copacabana para um show gratuito histórico. Foram 1,6 milhão de pessoas na areia, em um espetáculo de duas horas com coreografias, hits e muita nostalgia pop. A imprensa internacional definiu como “uma apresentação monumental”. Rolaram umas críticas na imprensa especializada, é verdade, principalmente por conta da ausência de músicos no palco e etc. Mas Madonna não é a maior diva do pop por acaso, e para o público, foi um show memorável.
E quando achamos que não dava pra superar a Madonna, Lady Gaga vem e entrega uma ópera pop gótica para 2,1 milhões de Little Monsters em Copacabana. Teve Shallow, Bad Romance, uma baita banda afiada tocando, dança com esqueletos e até momento dramático ao piano. O Rio inteiro virou palco da Haus of Gaga.
Todo Mundo no Rio: o futuro gigante dos shows em Copacabana
Em 2024, a Prefeitura do Rio lançou o projeto “Todo Mundo no Rio”, com a proposta de realizar um megashow gratuito por ano em Copacabana até 2028. A ideia é simples e infalível: trazer grandes nomes da música global para apresentações abertas ao público. Assim, movimenta a economia local, aquece o turismo e reforça o Rio de Janeiro como capital cultural do planeta.
O evento de 2025 com Lady Gaga superou todas as expectativas — tanto em público quanto em repercussão mundial — e já criou uma nova tradição carioca.
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E para 2026… quem vem aí?
Com Madonna e Gaga já carimbadas, os rumores são fortes: Coldplay, Beyoncé, Adele ou até uma volta triunfal de Taylor Swift? Ou será a vez de um brasileiro como Anitta ou Caetano Veloso encabeçar o palco novamente? Seja quem for, uma coisa é certa: em maio de 2026, Copacabana vai ferver, e a Strip Me já está pronta para te ajudar a arrasar no look. Afinal, na nossa loja você encontra a camiseta perfeita para qualquer rolê, do festival ao churrasquinho com a galera. Cola lá para conferir nossas coleções de camisetas de música, cinema, cultura pop, bebidas, brasilidades e muito mais. Além disso, no nosso site você também fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist animadíssima, com os clássicos de cada um dos shows citados neste texto. Copacabana Concerts top 10 tracks.
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O Brasil tem um histórico notável de festivais de música, todos com momentos inesquecíveis. A Strip Me mostra hoje que nem só de Rock in Rio e Lollapalooza vive o brasileiro.
Juntar vários artistas num mesmo palco não é um negócio novo. Muito antes da contra cultura hippie, Woodstock e etc, já rolavam as caravanas de artistas, que viajavam de cidade em cidade tocando em feiras agropecuárias e quermesses de igrejas. Isso tanto na gringa como aqui no Brasil. Vamos lembrar que nos anos 50, umas dessas caravanas no sul dos Estados Unidos carregava Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. Mas, sim, o conceito de festival de música como a gente conhece hoje, nasceu ali nos anos 60. Já falamos sobre isso aqui no blog, num texto bem legal sobre o Woodstock, que você pode ler aqui. No Brasil não foi diferente. Do mesmo jeito que rolavam as caravanas, que reuniam Inezita Barroso, Chitãozinho e Xororó e outros artistas, também nos anos 60 os hippies tupiniquins organizaram um mega festival, o nosso Woodstock, a ser realizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Batizado de Festival da Primavera, e carinhosamente apelidado de Ibirastock, o rolê estava marcado para os dias 15 e 16 de novembro de 1969. Porém, os militares fizeram com que o festival fosse cancelado dias antes. O que sobrou, e foi amplamente reproduzido, se tornando item de decoração, foi o cartaz psicodélico criado pelo artista Antonio Peticov.
Mas a história do Brasil com festivais de música vai muito além da ditadura militar. Antes do Ibirastock, os festivais realizados pelos canais de televisão já geravam um fuzuê danado tendo cenas antológicas como Gilberto Gil e Os Mutantes tocando Domingo no Parque, o bossanovista Sérgio Ricardo full pistola espatifando seu violão, Caetano Veloso cantando É Proibido Proibir e fazendo um discurso indignado contra o público, gritando “Vocês não entendem nada! Nada!”… enfim, isso tudo, é claro, até 1968, quando o AI 5 foi decretado e a censura se instaurou de vez, culminando no cancelamento dp Ibirastock. Porém, dali em diante, a contra cultura, músicas de protesto e a cultura pop em geral faziam com que artistas e bandas seguissem produzindo e nunca faltou quem quisesse fazer um festivalzinho aqui e ali. Até que, em 1975, finalmente rolou o Festival de Águas Claras, e o Brasil nunca mais ficou sem ter um festival de música rolando. Hoje a Strip Me relembra os festivais mais importantes que rolaram por aqui, mas que não existem mais.
Festival de Águas Claras
Os hippies brasileiros finalmente conseguiram ter seu Woodstock em 1975, graças aos esforços de um estudante de engenharia e amante da música, que resolveu realizar um festival na fazenda de sua família, na pequena cidade de Iacanga, no interior de São Paulo. Entre o cancelamento do Ibirastock em 1969 e o Festival de Águas Claras, outros festivais até rolaram, mas com pouca expressão e muita repressão. O jovem organizador do Festival de Águas Claras, era bem articulado e tinha boas conexões. Usou isso em seu favor e conseguiu autorizações do DOPS e outros orgãos de censura para realizar o festival. A primeira edição, em 1975, contou com várias bandas de rock como O Som Nosso de Cada Dia, Os Mutantes, O Terço e outros. A segunda edição foi a mais bem sucedida, aconteceu em 1981, quando já havia começado a abertura política da ditadura. Contou com um line up mais variado e estrelado, com nomes como João Gilberto, Gilberto Gil, Alceu Valença, Raul Seixas, Luiz Gonzaga e muitos outros. O festival ainda contou com duas outras edições, em 1983 e 1984, mas sem a mesma qualidade. A crise econômica e um certo amadorismo que, no início dava certo charme ao festival, acabaram atrapalhando. No ano seguinte veio o Rock in Rio e elevou o nível de maneira tão radical, que desanimou os organizadores a produzir novas edições.
M2000 Summer Concerts
O que se pode dizer, logo de cara, sobre o festival M2000 Summer Concerts, é que foi um baita evento ousado. Organizado pela então muito popular marca de tênis M2000, foi um festival emblemático porque levou essa estrutura de grandes festivais para o litoral, para cidades que, com exceção do Rio de Janeiro, não estavam habituadas a receber eventos daquele tamanho. Além do mais, os shows foram de graça, na areia da praia. E, para completar, os shows rolaram entre janeiro e fevereiro de 1994, época em que rolava em São Paulo e no Rio o legendário Hollywood Rock. O M2000 Summer Concerts rolou em 4 cidades do litoral: Santos, Rio de Janeiro, Florianópolis e Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul. O festival contou com nomes internacionais de peso como Three Walls Down, Chaka Demus, Shabba Ranks, Fito Paez, Helmet, Rollins Band, Lemonheads e Mr. Big. O M2000 Summer Concerts ficou marcado por ser o primeiro festival de grande porte a levar milhares de pessoas para praia para curtir shows de graça. Também tem sua importância por ter sido o primeiro palco grande onde se apresentaram Chico Science & Nação Zumbi e também os Raimundos, que em seguida ganhariam notoriedade nacional.
Claro Q É Rock!
Em 2004 a empresa de telefonia Claro, com a intenção de fortalecer sua marca, resolveu promover um festival de música. A organização acertou a mão ao se concentrar num nicho que era muito pouco levado em conta nos line ups dos principais festivais, o rock e pop alternativo. A grande atração do evento foi a banda Placebo. O festival rolou em São Paulo e teve uma aceitação imensa do público. O que motivou a empresa em investir ainda mais no ano seguinte. A segunda edição do Claro Q É Rock, em 2005, foi realmente memorável com Iggy Pop, Sonic Youth, Flaming Lips, Fantômas, Good Charlotte e Nine Inch Nails. Um line up nunca antes visto, juntando tudo quanto é tipo de gente. O festival rolou na Chácara do Jockey, em São Paulo, no final de novembro, época de muita chuva. Mas o lamaçal não atrapalhou e o que se viu ali foram shows realmente inesquecíveis. Destaque para Mike Patton a frente dos Fantômas destilando bizarrices sonoras, mas também tocando um ou outro clássico do Faith no More, o vocalista dos Flaming Lips dentro de uma bolha rolando acima do público, Iggy Pop incansável fazendo mosh e chamando o público para invadir o palco e o Nine Inch Nails com um show absurdamente pesado e recheado de hits. Infelizmente, o festival parou por aí, mas deixou sua marca na história.
Planeta Terra Festival
Em 2007 o grupo de telecomunicação Terra Network resolveu entrar na onda dos festivais de música para alavancar sua marca entre os jovens. Malandramente, a organização acabou indo na mesma onda do Claro Q É Rock, que causou tanto furor em 2005. Na sua primeira edição, trouxeram nomes como Kasabian, Lily Allen e os mega influentes Devo. A fórmula funcionou muito bem. Tanto que o festival, a cada ano trazia pelo menos um nome desses, que é super importante e influente, mas não necessariamente tão popular. Assim, em 2008, trouxeram os papas do shoegaze The Jesus and Mary Chain, em 2009 Iggy Pop & The Stooges e Sonic Youth, em 2010 Smashing Pumpkins e Pavement, em 2011 The Strokes e Beady Eye, em 2012 Garbage e Kings of Leon e em 2013 Blur e Lana DelRey. Em 2014 a organização do festival anunciou que por conta da Copa do Mundo no Brasil e das eleições presidenciais, o evento não iria acontecer, mas prometeram que voltaria em 2015. O que nunca aconteceu. Ficamos orfãos de um dos festivais mais legais que já passaram por aqui, com line ups sempre surpreendentes.
Skol Beats
Sacando que nem tudo nessa vida é rock e de olho na alta popularidade que a música eletrônica e a cultura DJ tinham na virada do milênio, a cervejaria Skol decidiu realizar um festival de música eletrônica para promover sua marca.. Sua primeira edição aconteceu no ano 2000 e cobriu todos os estilos que estavam bombando na época como Jungle, Drum ‘n’ Bass, Trance, House e o Techno, trazendo nomes de peso como Paul Oakenfold, Armand van Helden, Frankie Knuckles, Bob Sinclar, DJ Rap, Fabio, Optical, Green Velvet, Stacey Pullen,além de nacionais como DJ Marky, Anderson Noise e Mau Mau. O Skol Beats rolou todo ano, de 2000 a 2008, na cidade de São Paulo e, nesse período se consolidou como o maior evento de música eletrônica da América do Sul. O festival nunca parou de crescer em seus 9 anos de existência. Portanto, todo mundo recebeu com surpresa a notícia de que a Skol estava cancelando a realização do festival de 2009 em diante, pois a marca não queria mais se envolver na realização de grandes eventos, mais sim patrocinar shows e eventos menores. Até hoje estamos tentando entender essa lógica e morrendo de saudade do festival Skol Beats.
SWU
O SWU foi um festival sem precedentes no Brasil. Idealizado por um publicitário e realizado por um grupo diverso de pessoas, o SWU Music & Arts Festival uniu a importância de se discutir a sustentabilidade com manifestações artísticas e música. Realizado no interior de São Paulo, o festival contava com uma infra estrutura que condizia com o seu ideal, utilizando geradores de energia movidos a biodiesel, por exemplo. Além de promover palestras e fóruns sobre sustentabilidade, o SWU, sigla para Starts With You, trouxe grandes nomes da música em suas duas edições. Trouxe pela primeira vez ao Brasil Rage Against the Machine, Lynyrd Skynyrd e Stone Temple Pilots, além de grandes nomes como Pixies, Faith No More, Alice in Chains, Dave Matthews Band, Regina Spektor, Joss Stone, Black Eyed Peas, Queens of the Stone Age, Linkin Park, Duran Duran… olha, foram realmente duas edições memoráveis, ocorridas em 2010 e 2011. Não se sabe a razão pela qual o festival deixou de ser realizado. Especula-se que o crescimento e surgimento de cada vez mais festivais no país, ou seja, a concorrência cada vez maior, fez com que os organizadores desistissem do projeto.
Free Jazz Festival/Tim Festival
A empresa de cigarros Souza Cruz se aventurou no negócio de festivais de música modestamente em 1975, dando origem a um dos festivais mais importantes da história do Brasil, o Hollywood Rock, que naquele ano foi idealizado pelo escritor Nelson Motta. A experiência não foi das mais positivas. Até que em 1985, com o sucesso do Rock in Rio a marca resolveu investir nesse ramo mais uma vez. Porém, preferiu se distanciar do rock, até para evitar comparações com o Rock in Rio, e foi criado o Free Jazz Festival. Além de trazer uma das marcas mais populares da empresa, o nome deixava claro que o foco era o jazz, mas havia liberdade para que outros estilos comparecessem. O festival rolou anualmente de 1985 a 2001, sendo que em apenas 1990 o evento não aconteceu por conta da crise econômica causada pelo famigerado Plano Collor. O Free Jazz fez história pelo seu ecletismo e grandes nomes da música que trouxe para tocar no Brasil, de Chet Baker a Fatboy Slim, passando por Ray Charles, Nina Simone, John Lee Hooker, Dizzy Gillespie, Duke Ellington, Albert King, Bo Diddley, Chuck Berry, James Brown, BB King, Stevie Wonder, Jamiroquai, Isaac Hayes, Bjork, Jeff Beck, Ben Harper, Sean Lennon, Manu chao, Belle and Sebastian… realmente eram line ups admiráveis. Em 2003, uma das prerrogativas da lei antitabagista aprovada pelo governo era que marcas de cigarro não poderiam patrocinar eventos culturais. Assim, a organização do festival passou para as mãos da empresa de telefonia Tim, passando a se chamar Tim Festival. O Tim Festival seguiu a mesma linha do Free Jazz, dando maior ênfase ao jazz, à música eletrônica e alternativa. Sob o nome Tim festival, ao longe de suas 6 edições, entre 2003 e 2008, vieram ao Brasil nomes como The White Stripes, Public Enemy, Kanye West, Cat Power, Arctic Monkeys, The Killers, Herbie Hancock, Patti Smith, Daft Punk, Arcade Fire, Wilco, Libertines e muito mais. O festival encerrou as atividades por conta da crise financeira de 2008, e nunca mais voltou.
Hollywood Rock
Pois é, como já foi dito acima, a primeiríssima edição do Hollywood Rock foi organizada pelo Nelson Motta em 1975, e a Souza Cruz entrou como patrocinadora, mas não deu pitaco na organização do festival, que contou apenas com artistas brasileiros. O evento rolou no estádio do Botafogo, no Rio de Janeiro, e foi marcado por muitos problemas técnicos, aparelhagem ruim e muita chuva. Mesmo assim, shows de Raul Seixas, Mutantes, Rita Lee & Tutti Frutti, o Peso e Vímana foram marcantes. Em 1988, com o Free Jazz dando bons resultados, a marca resolveu investir no Hollywood Rock, mas agora tendo mais autonomia sobre a organização. Com o know how do Free Jazz nas costas, trouxeram grandes atrações como UB40, Simply Red, Duran Duran e Supertramp. Foi um sucesso. Em 1989 o festival não rolou, por conta da caótica campanha para eleições presidenciais. Em 1990 o Hollywood Rock se consolidou de vez ao trazer Bob Dylan, Marillion e Bon Jovi, que estava no auge de sua carreira. Em 1992 seguiu trazendo grandes nomes e proporcionando uma estrutura cada vez melhor. Os destaques daquele ano foram EMF, Seal, Living Colour, Skid Row e Extreme. 1993 foi o ano mais emblemático do festival. O ano do grunge, cujo line up trazia L7, Alice in Chains, Red Hot Chilli Peppers e, é claro, Nirvana. O show do Nirvana em São Paulo é considerado o pior show da banda, já o do Rio de Janeiro entrou para história por Kurt Cobain ter cuspido nas câmeras da Rede Globo e exposto suas partes íntimas. A passagem do Nirvana pelo Brasil graças ao Hollywood Rock rendeu diversas histórias que serão lembradas para sempre, como a noitada de Cobain com João Gordo por São Paulo e o bilhete que Kurt escreveu para Arnaldo Baptista, mostrando ser fã dos Mutantes. Depois disso, o festival ainda durou por mais 3 anos. Em 1994 trouxe Ugly Kid Joe, Poison, Aerosmith e Robert Plant, em 1995 recebeu a tour Voodoo Lounge dos Rolling Stones, tendo Spin Doctors como banda de abertura e em 1996 trouxe Page & Plant, The Cure, Smashing Pumpkins, Supergrass e Black Crowes. Com as primeiras leis antitabagismo circulando a partir de 1997, a Souza Cruz precisou fazer cortes de custo e optou por manter o Free Jazz e cancelar o Hollywood Rock.
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Poucas coisas são tão divertidas quanto estar num festival de música, curtindo com a turma shows de seus artistas favoritos. Por isso a Strip Me faz questão de celebrar os festivais que fizeram história no Brasil e, é claro, também os festivais que ainda estão por aí gerando grandes momentos e memórias. Se você, assim como nós, é apaixonado por música, precisa conferir a nossa coleção de camisetas de música. Mas não só isso, para os melhores rolês e festivais, temos ainda camisetas de arte, cultura pop, cinema, bebidas e muito mais. Passa lá no nosso site e aproveita para ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist no talo com músicas gravadas ao vivo de bandas que passaram pelos festivais aqui citados! Festival top 10 tracks.
Para assistir: Vale a pena conferir na Netflix o ótimo documentário O Barato de Iacanga, que conta a história do Festival de Águas Claras, o Woodstock brasileiro.
| Por Strip Me Clothing | Comentários desativados em As brigas mais legais do mundo da música
Brigas sempre chamam atenção. Pode ser uma disputa verbal, alguém xingando muito no Twitter ou saindo na mão, todos vão acabar dando uma opinião ou comentando o ocorrido. E esse fascínio toma uma proporção global quando grandes músicos estão envolvidos no quebra-pau.
Seja por conflito de egos, diferenças de interesses ou só pela publicidade da coisa, essas trocas de farpas sempre rendem muitas histórias e algumas horas de boa leitura sobre o acontecido.
Lennon e McCartney eram grandes amigos na juventude e nos primeiros anos da carreira dos Beatles, porém, a relação dos dois foi piorando com o passar do tempo. Após o fim da banda, John não escondeu de ninguém a raiva que tinha de Paul, chegando a escrever a música ‘How Do You Sleep’, sugerindo que o ex-companheiro só fez uma música boa na vida, e disse em várias entrevistas que o mesmo era mercenário e controlador. Apesar dessa época de pouca paz e nenhum amor entre os dois, em 1974 os dois se encontraram e restabeleceram uma relação de cortesia, que durou até a morte de Lennon.
Ao contrário de Lennon e McCartney, Mick e Keith nunca se deram muito bem, mas se toleravam devido ao interesse mútuo no sucesso dos Stones. Essa relação de amor e ódio nunca foi segredo para ninguém, e isso sempre aparecia da mesma maneira, Keith dava uma entrevista reclamando de Jagger, que sempre desconversava em suas aparições públicas, mas exigia desculpas nos bastidores. A relação quase acabou de vez em 2010, quando Richards publicou em sua autobiografia palavras pouco amigáveis sobre a qualidade da carreira solo de Jagger, o chamou de controlador e ainda fez comentários sobre o tamanho de seu órgão sexual. Mais uma vez, Keith teve que pedir desculpas a Jagger, que quase cancelou compromissos da banda por causa da situação.
A disputa entre os líderes do Pink Floyd começou na década de 1980, na época, eles disseram que diferenças criativas dificultaram a relação. A coisa desandou quando Gilmour lançou um álbum solo, em 1984, deixando Waters furioso e o levando a lançar seu próprio álbum e excursionar sozinho. Após declarar que o Pink Floyd havia se tornado uma perda de tempo, Waters saiu da banda em 1985 e tentou impedir Gilmour e Mason de usarem o nome da banda através de ações legais. Após a vitória judicial, Gilmour lançou o disco A Momentary Lapse of Reason, considerado por Waters um álbum de “terceira classe”. Depois de anos de disputa, os dois parecem ter encontrado paz, Waters admitiu em entrevistas que estava errado em processar os ex-companheiros de banda, além disso, a formação clássica do Pink Floyd se reunião para uma última apresentação, em 2005.
De fãs a companheiros de banda, Axl Rose já brigou com todo mundo. E seu encontro com o Nirvana, durante o VMA de 1992, não acabou de outra maneira. No backstage do evento, Rose passou pelo trailer do Nirvana e Courtney Love pediu que Axl batizasse a recém-nascida Frances Bean Cobain, o vocalista do Guns n’ Roses se ofendeu com as palavras de Love e mandou Kurt controlar sua mulher. Enquanto o Nirvana se encaminhava ao palco para apresentar Lithium, Duff McKagan tomou as dores de Rose e partiu pra cima do baixista Krist Novoselic, mas foram impedidos pela turma do deixa disso. Ao fim da música, Dave Grohl resolveu entrar na confusão e foi ao microfone saudar Axl Rose para o mundo todo ver, Kurt Cobain ainda cuspiu no piano que o Guns n’ Roses usaria para tocar o hit November Rain, Kurt teve uma surpresa ao ver que Elton John era convidado da banda para tocar o instrumento, e foi ele quem acabou levando o presente de Cobain.
Após o fim do Nirvana, Courtney Love e Dave Grohl, junto com Krist Novoselic, tinham controle sobre o lançamento de novos materiais da banda. Tudo ia bem, até que um dia Courtney acordou e decidiu que só ela poderia apitar sobre os lançamentos do Nirvana, fato que deu início a uma briga judicial de mais ou menos uma década. Entre um processo e outro, Love e Grohl trocavam elogios pela mídia, ela disse que o Foo Fighters era uma banda ‘gay’ e chegou a alegar que Dave Grohl se insinuou sexualmente a Frances Bean Cobain. Ele se manteve calado sobre o assunto, mas chegou a falar mal de Love em raras ocasiões, também reza a lenda que a música I’ll Stick Around, foi feita como um ataque direcionado a Courtney. Depois de anos de briga, os dois se reconciliaram durante a indução do Nirvana no Hall da Fama do Rock, em 2014.
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Blur x Oasis
As duas bandas brigaram pelo topo do Britpop ao longo da década de 1990. A disputa parecia algo arquitetado por um roteirista de Hollywood, enquanto os integrantes do Blur cresceram em subúrbios tranquilos de Londres e formaram a banda em uma faculdade, os Gallagher e seus companheiros de Oasis vinham da industrial Manchester, com famílias problemáticas e passagens pela polícia. No dia 14 de agosto de 1995, Blur e Oasis lançaram os singles Country House e Roll With It, respectivamente, para uma briga direta pelo primeiro lugar nas paradas. Pouco depois, Noel Gallagher, que adora um insulto, disse que esperava que Damon Albarn e Alex James pegassem AIDS e morressem. Após um pedido de desculpas da banda de Manchester, Blur e Oasis passaram a viver em relativa harmonia, inclusive com relatos de Albarn e Noel Gallagher juntos por pubs ingleses.
Era de se imaginar que dois dos maiores nomes do blues rock dos últimos 15 anos tivessem, no mínimo, uma simpatia mútua. Coisa nenhuma. A treta entre o ex-líder do White Stripes e a dupla de Ohio começou em agosto de 2014, quando e-mails que Jack White trocou com sua ex-esposa vazaram para a imprensa, neles, White estava bravo, pois seus filhos estavam estudando com os filhos de Dan Auerbach, vocalista do Black Keys, e afirmou que o mesmo insistia em copiá-lo em tudo. Depois de algumas declarações de panos quentes, a situação acalmou. Pouco mais de um ano depois, em setembro de 2015, o baterista do Black Keys, Dan Carney, foi ao twitter descrever um encontro que teve com Jack White em um bar de Nova Iorque, onde White tentou agredir Carney. No dia seguinte os dois já vieram a público novamente para dizer que conversaram e resolveram as diferenças pelo telefone.
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| Por Strip Me Clothing | Comentários desativados em BB King ou A história do blues em uma nota
Em toda a história, poucos são os casos de artistas que conseguiram personificar tão bem um estilo musical. E, provavelmente nenhum artista tenha criado uma identificação tão direta e emocional quanto BB King e o Blues.
O gigante de família pobre, nascido nos confins do Mississipi, que aprendeu a tocar guitarra em uma cidade sem luz elétrica, e que iniciou na música sendo DJ em rádios de música negra nos 50, conquistou o mundo, ironicamente, com a ajuda dos fascinados músicos brancos da Inglaterra, que tinham em BB a personificação do Blues.
Pense em qualquer banda ou artista: Eric Clapton, Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Rolling Stones, The Beatles; todos, sem exceção, são fruto direto da alma escancarada de BB King, alma essa impressa em cada música, em cada frase, em cada nota tirada de sua guitarra Lucille.
Dizer que BB King é um patrimônio da música seria pouco, muito pouco. Sua influência transcende a música e nos remete ao imaginário do nascimento do blues nos campos de algodão do Mississipi, nos remete às questões raciais e sociais dos anos 50 e 60, nos remete ao ideal de outros tempos, onde artistas existiam por sua mais pura definição: talento.
Fato é que a morte de BB King também significa a morte de um pedaço enorme da música. Pedaço esse dos mais ricos, celeiro de artistas com talento transcendental e que tinham na música muito provavelmente a única forma de galgar uma vida melhor. E mais que isso, a morte de BB King é também o desaparecimento de um período da história: BB é o elo perdido entre a música atual e o nascimento do Blues.
Um nota. É apenas isso o que precisamos para reconhecer BB King. E uma nota é também tudo o que ele precisa para nos emocionar. Um legítimo rei, de sangue azul, de blues.
| Por Strip Me Clothing | Comentários desativados em Keith Richards, um estilo de vida. Por Bruno Vinícius Silva
“Se Keith Richards não existisse, o rock ‘n’ roll teria que inventá-lo” – Lester Bangs, 1971.
Com vocês uma compilação das melhores respostas de Keith Richards nas mais diversas entrevistas ao longo de sua carreira. Enjoy it!
Q: O que você considera sua grande realização na vida?
Keith: Acordar.
Q: E qual foi sua viagem preferida?
Keith: A vida.
Q: Qual a pergunta que mais lhe fazem?
Keith: Essa que você acabou de perguntar.
Q: Como moldou seu estilo, que é reverenciado hoje por atores como Johnny Depp?
Keith: Você não encontra seu estilo. Seu estilo encontra você.
Q: E sobre a fama de apagar em festas e ocasiões especiais?
Keith: Acontece, mas nunca passei mal no banheiro de ninguém. Considero isso o ápice da falta de educação.
Q: Os Beatles tinham como tema predominante o amor. Você acha que os Stones tem um tema predominante?
Keith: Sim, mulheres.
Q: Você não é umas das pessoas mais vaidosas do mundo. Não acha que o apelo visual esta em voga demais atualmente?
Keith: Você pode estar todo podre, mas se estiver bronzeado, todo mundo acha que esta em excelente forma.
Q: Qual a substância mais estranha que já usou?
Keith: Já cheirei meu pai.
Q: Quais as principais discordâncias entre você e Mick?
Keith: Não temos muitas. Discordamos apenas na música, na banda e no que fazemos juntos.
Q: Sobre a lenda de sua transfusão completa de sangue. O que tem a dizer que ainda não foi dito sobre isso?
Keith: Pense comigo, quem iria querer o meu sangue?
Q: Você ficou Dez anos liderando a lista de prováveis celebridades que morreriam no ano. O que achava disso?
Keith: Fiquei muito triste quando sai da lista.
Q: Por que não canta mais músicas nos discos dos Stones?
Keith: E o que sobraria para o Mick fazer?
Q: Quando Mick Jagger foi condecorado Sir pela Rainha, não era de se esperar que você, como co-fundador da banda, também fosse convidado?
Keith: Eles não me ofereceram esse título, pois sabiam muito bem onde eu mandaria enfiar.
Q: Ao longo dos anos, você adquiriu o status de cara mais “cool” do rock´n roll. Como você explica isso?
Keith: Se for para ficar doidão, que fique com elegância.
Q: Qual o segredo para sobreviver a tantos excessos?
Keith: Veja bem, já fui preso, execrado, perdi um filho, vários amigos, já vi assassinatos, mas nunca perdi o humor. E sempre fui exigente com as substâncias que usei.
Q: Você poderia dizer qual o maior problema que as drogas já lhe causaram?
Keith: Nunca tive problemas com drogas, só com a polícia.
Q: O que pensa sobre a lenda urbana que somente você e as baratas sobreviveriam a um holocausto nuclear?
Keith: Pobres baratas.
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Qual a razão do eterno charme dos Rolling Stones? O que esses senhores de 70 anos, que já protagonizaram escândalos que fariam bandas como os Guns´n Roses ou os Sex Pistols ficarem coradas de vergonha, representam atualmente em uma indústria de entretenimento cada vez mais escassa de atitude e que parece ser planejada por contadores americanos ávidos por dinheiro? E porque ainda precisamos dos velhos e malvados Stones?
Precisamos dos Rolling Stones basicamente porque a função do rock´n roll desde o seu início é de romper com padrões vigentes, sair do marasmo e sacudir as pessoas e a sociedade em que essas estão inseridas. Os Stones parecem viver permanentemente em um túnel do tempo, em uma era que os astros do rock não eram apenas marionetes instruídas por assessores de imprensa em sintonia com o politicamente correto e sim dândis hedonistas da livre expressão artística.
Que figuras tristes são os astros atuais se comparados aos Stones. Mal começam a fazer sucesso e já começam a ostentar, menosprezar seu público, se acomodam e passam a se levar a sério demais.
E esse é um dos charmes dos Stones, não se levarem tão a sério. Como não gostar da única banda que ousou rivalizar com os sacrossantos Beatles, ao se comportarem de uma maneira tão espontânea, insolente e divertida. Algumas canções clássicas dos Stones renderiam uma visita inesperada da polícia se fossem lançadas atualmente (Exagero? Veja a letra de Stray Cat Blues de 1968 ou de Some Girls de 1978 só como exemplos).
Aliás, na contra capa de seu primeiro álbum já estava dada a dica: “Os Rolling Stones não são apenas uma banda, são um estilo de vida” – * (A contra capa do segundo disco, entretanto já ia além e sugeria ao jovem que não tivesse dinheiro para comprar o disco que roubasse de um cego, o que deu merda é lógico).
E o que seria esse estilo de vida Stones de ser? De acordo com Bill Wyman, ser um Stone é ser um aventureiro, uma pessoa que goste de viajar, que não fica parada no tempo e faz acontecer. Em outras palavras a tradução do trecho que inspirou o nome da banda – “A Rolling Stone gathers no moss”, ou seja, Pedra que Rola não cria Limo.
Assistir um show ou ouvir um disco clássico como Sticky Fingers nos conecta imediatamente com essas figuras insolentes e suas histórias de rebeldia, transgressão, prisões, brigas e traições entre integrantes e de sobrevivência. Aliás, essa tem sido a tônica do grupo desde os anos 60. Depois de terem sido escolhidos como bodes expiatórios da sociedade conservadora e passado por um numero infindável de batidas policiais, processos, perseguições da imprensa, a banda insiste em sobreviver.
Como diriam em uma de suas canções definitivas, Jumpin Jack Flash, em que Jagger cita ser criado por uma velha e desdentada bruxa, ter sido surrado nas costas, afogado e deixado para morrer, mas que estava tudo legal, de fato isso que dá gás, o que em outras palavras significa, “Passei pelo pior, mas sobrevivi com um sorriso.”
Para se livrarem de sua antiga gravadora (A famosa Decca que recusou os Beatles e que os censurava constantemente), os Stones estavam devendo três álbuns. Depois de uma combinação ardilosa de coletâneas antigas e discos ao vivo, ficou faltando um single exigido por contrato. Mick Jagger e Keith Richards então compuseram algo que sabiam que a gravadora não teria coragem de lançar. Um single homoerótico chamado Cocksucker Blues (O Blues do chupador de p**), com diversas palavras de baixo calão que acusava o próprio dono da Decca de procurar rapazes nos becos de Londres. Obviamente o contrato foi rescindido. Algum artista atual teria a coragem e autoconfiança para isso?
Feito isso a imagem definitiva dos Rolling Stones (aquela de 1972, época do inimitável Exile on Main Street) foi construída sobre esse amálgama de sobrevivência e decadência. 24 horas no ar, com farras intermináveis, agora donos da própria gravadora e do próprio nariz, tudo que era moderno, descolado e subversivo passava pelos Stones dos anos 70. O nome do documentário que foi censurado em todos os países que registrou esse período? Cocksucker Blues.
Keith Richards certa vez disse que Bob Dylan, no auge do seu estrelato nos 60, disse: “Eu poderia ter escrito Satisfaction, mas vocês não conseguiriam escrever Blowin in the Wind“. A resposta de Keith foi unicamente “Vá se Foder cara”.
Depois desse entrevero com os Stones, Bob Dylan escreveu seu hino máximo “Like a Rolling Stone” em 1965, e apesar de jurar que nada teve a ver com a banda, ironicamente descreve perfeitamente seu espírito livre, desimpedido e rebelde.
“How Does it Feel ?
To be without a home?
Like a complete unknow?
Like a Rolling Stone?”
(Qual a sensação?
De estar sem lar?
Como um completo desconhecido?
Como uma pedra rolando?)
Pra tentar sintetizar o que é o estilo de vida de um Rolling Stone, dá o play na sensacional versão de Tumblin’ Dice de 1972. Os Stones no seu auge!
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| Por Strip Me Clothing | Comentários desativados em Altamont Speedway Free Festival: por João Vitor Grassi
Em Agosto de 1969, o gigante Woodstock Music & Art Fair provou que, com organização, era possível reunir milhares de jovens por 3 dias de paz, música, amor, e claro, muito ácido!
Em dezembro do mesmo ano, os membros da banda Jefferson Airplane queriam fazer uma espécie de Woodstock no velho oeste. Os shows seriam gratuitos e teriam bandas como Rolling Stones e Grateful Dead no line-up. Ao se referir aos Stones, o baterista do Jefferson Airplane foi enfático: “Perto dos Beatles eles são a maior banda de Rock n Roll do mundo e nós queremos que eles experimentem o que nós estamos experimentando em São Francisco.”
O evento aconteceu no dia 6 de dezembro de 1969 e teve show das bandas Flying Burrito Brothers; Santana; Jefferson Airplane; Crosby, Stills, Nash & Young; e, claro, os Rolling Stones fechando a noite. Mas a grande e tão esperada festa ao ar live não saiu como os organizadores imaginaram e foi marcada por vários incidentes, incluindo uma morte.
Tudo começou quando os produtores dos Stones resolveram, por recomendação do Grateful Dead e do Jefferson Airplane, chamar a gangue de motoqueiros “Hell’s Angels” para participar do evento, uma vez que essas mesmas bandas já tinham trabalhado com a gangue anteriormente em outros eventos, sem nenhum imprevisto ou incidente.
As bandas concordaram em pagar 500 dólares cada uma para os Hell’s Angels, apenas para que eles tomassem cerveja e impedissem que alguma coisa saísse fora do controle. O que, obviamente, deu muito errado.
No começo do evento, tudo corria bem, até que no show do Santana as duas partes, público e Hell’s Angels, já estavam fora de controle, completamente bêbados e malucos, quando começaram a se desentender. Na apresentação do Jefferson Airplane a plateia já tentava invadir o palco, e os Hell’s Angels, tentando conter aquilo tudo, acabaram agredindo com um soco o vocalista Marty Balin, deixando-o inconsciente por alguns minutos.
O pessoal do Grateful Dead, ao saber do ocorrido, resolveu pegar o próximo helicóptero, indo embora do evento o mais rápido possível, nem se quer se apresentando.
Já com o clima tenso no ar, sobrou para os Stonesa difícil tarefa de tentar acalmar o insano público do festival. Abriram o show com a explosiva Jumpin’ Jack Flash, seguida por Carol de Chuck Berry. A terceira música foi Sympathy for The Devil, que teve que ser interrompida por mais uma briga entre público e Hell’s Angels.
Após os nervos se acalmarem, a banda retoma a música com Mick Jagger dizendo: “It always happened something very funny when we start that number.” Irônico, né!?
O show continua, e, de repente, no meio da música Under My Thumb, o incidente mais trágico dessa história acontece. O jovem de 18 anos, Meredith Hunter, que tentava subir no palco junto com outros fãs, é pego por um dos Hell’s Angels, que desfere sobre ele facadas nas costas. O jovem morre logo após.
A banda, sem saber do grave ocorrido, continuou seu show até o final, terminando a noite trágica que nos deixa uma lição: nem sempre é bom reunir 300 mil malucos, no meio do nada, sem organização nenhuma.
Ficou curioso e quer saber mais sobre essa história? Tudo isso foi filmado e pode ser visto no documentário Rolling Stones – Gimme Shelter. Pegue o balde de pipoca, e enjoy!
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| Por Strip Me Clothing | Comentários desativados em 10 músicas de política e protesto que marcaram a história
Domingo, todo mundo sabe, é o dia da eleição. Para entrar no tema, selecionamos 10 músicas políticas e de protesto que marcaram a história. Aumenta o som e dá o play!
– Creedence Clearwater Revival – Fortunate Son
– Gil Scott Heron – The Revolution Will Not Be Televised
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Sexta-feira, dia mundial de esquecer chefe, trabalho, metas, prazos, horários… Dia mundial da festa, dos amigos, da balada, da diversão, alegria e tudo o mais que rolar até o domingo a noite.
E nessa pilha consultamos nossos especialistas (oh, yes, habemus especialistas!) e preparamos uma playlist treta pra bombar seu fim de semana. Aperta o play e vamo aí!
– David Bowie: Modern Love
http://www.youtube.com/watch?v=TaFvitDHMag
– The Strokes: Reptilla
– The Rolling Stones: Brown Sugar
– Arctic Monkeys: I Bet You Look Good On The Dance Floor
– Cage The Elephant: Spiderhead
– Kings of Leon: Molly’s Chambers
– The Black Keys: Lonely Boy
– Robin Thicke – Blurred Lines ft. T.I., Pharrell
– Jack White: I’m Shakin’
– Michael Jackson – Don’t Stop ‘Til You Get Enough
Curtiu? O que faltou nessa lista? Deixa sua dica nos comentários! 😉
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