As 10 Melhores Cinebiografias de Todos os Tempos (e Mais Algumas que Merecem Ser Vistas)

As 10 Melhores Cinebiografias de Todos os Tempos (e Mais Algumas que Merecem Ser Vistas)

De Mozart a Tim Maia, saiba quais são os filmes que transformaram vidas reais em clássicos do cinema, e ainda seguem vivos na cultura pop. A Strip Me selecionou os 10 melhores para você. E mais alguns.

A vida imita a arte, a arte imita a vida… e o cinema é o palco onde essa troca acontece com maior intensidade. Poucas coisas são tão fascinantes quanto ver histórias reais ganhando forma na tela grande, com drama, emoção e, muitas vezes, com uma pitada de ficção. As melhores cinebiografias não são apenas retratos fiéis de seus personagens, mas obras que conseguem traduzir a alma de uma pessoa para milhões de espectadores.

Selecionar um top 10 das melhores cinebiografias é um trabalho hercúleo. Mas a Strip Me não se intimida assim tão fácil, e encarou esse desafio. Para elaborar essa lista, nos guiamos por uma combinação de fatores: qualidade cinematográfica (com direção afiada, roteiro bem construído, fotografia exuberante), repercussão de público e crítica (incluindo bilheteria e premiações), impacto da performance do ator ou atriz que interpreta o biografado, e, claro, a relevância que o filme conquistou na cultura pop. Muita coisa boa ficou de fora. Por isso, além do nosso Top 10, não resistimos e elencamos também uma lista de menções honrosas e outra com cinebiografias brasileiras que merecem ser lembradas.

Portanto, sem mais delongas, a Strip Me apresenta as 10 melhores cinebiografias de todos os tempos, organizadas em ordem cronológica de lançamento:


Raging Bull (1980) – Martin Scorsese

Robert De Niro mergulha no papel do boxeador Jake LaMotta como se estivesse lutando pela própria alma. Com direção brutal e sensível de Scorsese, o filme retrata com intensidade a autodestruição, o orgulho e a redenção de um homem dividido entre a violência e a vulnerabilidade. Esteticamente um filme lindíssimo, filmado em preto e branco e com uma fotografia marcante. Clássico absoluto do cinema norte-americano.

Amadeus (1984) – Milos Forman

A rivalidade entre Mozart e Salieri se transforma em uma ópera cinematográfica arrebatadora. Visualmente deslumbrante, com atuações inesquecíveis (Tom Hulce como o excêntrico gênio e F. Murray Abraham como o invejoso Salieri), o filme conquistou 8 Oscars e permanece como uma das maiores cinebiografias da história. Além de competir em pé de igualdade com Um Estranho no Ninho pelo título de obra prima de Milos Forman.

Great Balls of Fire! (1989) – Jim McBride

Dennis Quaid interpreta o selvagem Jerry Lee Lewis com energia explosiva e carisma. A cinebiografia é elétrica, exagerada e cheia de rock n’ roll, exatamente como seu protagonista. Um retrato divertido e caótico de um dos nomes mais polêmicos da música americana. O longa conta com a direção frenética de McBride e roteiro escrito por Myra Lewis, ninguém menos que a esposa de Jerry Lee.

The Doors (1991) – Oliver Stone

Val Kilmer não atuou em The Doors, mas sim incorporou Jim Morrison em uma performance hipnotizante, quase sobrenatural. Oliver Stone constrói um retrato psicodélico e visceral da banda, da contracultura e do caos que cercava o “Rei Lagarto”. Um mergulho intenso na mente de um ícone pop controverso e eterno.

Malcolm X (1992) – Spike Lee

Um retrato poderoso de uma das figuras mais importantes do século 20. Denzel Washington brilha, ou melhor, incendeia, no papel do líder ativista, em um épico dirigido com urgência e paixão por Spike Lee. O filme emociona, revolta e inspira, tudo ao mesmo tempo. Um marco indispensável do cinema negro, e uma das obras mais influentes dos anos 90.

O Povo Contra Larry Flynt (1996) – Milos Forman

Woody Harrelson vive Larry Flynt, o controverso criador da revista Hustler, em uma cinebiografia provocadora sobre liberdade de expressão e moralidade pública. Com toques de humor ácido e um roteiro afiado, o filme mostra como até os personagens mais polêmicos podem se tornar defensores de princípios democráticos. Mais uma obra irretocável de Milos Forman, que conta ainda com atuações brilhantes de Edward Norton e Courtney Love.

Ray (2004) – Taylor Hackford

Jamie Foxx simplesmente é Ray Charles. A performance rendeu a ele o Oscar de Melhor Ator, em uma cinebiografia que combina talento musical, drama pessoal e superação com ritmo e emoção. Um tributo poderoso a uma verdadeira lenda do soul. Vale lembrar que Taylor Hackford também dirigiu o memorável O Advogado do Diabo, além de vários clipes e um ótimo documentário sobre Chuck Berry. Em Ray, ele juntou sua expertise em vídeos musicais com seu talento para dirigir dramas.

Walk the Line (2005) – James Mangold

A trajetória conturbada de Johnny Cash ganha vida com Joaquin Phoenix no papel principal e Reese Witherspoon como June Carter. O filme mostra os altos e baixos de uma lenda do rock n’ roll e da música country, com um toque romântico e performances arrebatadoras. Recentemente, Mangold voltou ao mundo da música ao conceber o excelente A Complete Unknown, que só não entrou nessa lista porque não é exatamente uma biografia, já que retrata só um breve recorte da vida de Bob Dylan.

Vice (2018) – Adam McKay

Christian Bale está irreconhecível como Dick Cheney, o vice-presidente mais poderoso (e controverso) da história americana. O filme mistura crítica política, humor ácido e uma montagem ousada para contar como o “homem nos bastidores” moldou uma era inteira da política mundial. O filme em si é realmente maravilhoso. A versatilidade e fluidez que McKay imprime é deliciosa. Mas o destaque aqui vai para Christian Bale que não só entregou uma interpretação fantástica. Ele se recusou a usar maquiagem pesada e enchimentos nas roupas, engordando quase 20 quilos para interpretar Cheney.

Oppenheimer (2023) – Christopher Nolan

Um épico moderno que fez história. Nolan leva o espectador para dentro da mente de J. Robert Oppenheimer, o físico responsável pela criação da bomba atômica. Cillian Murphy entrega uma performance intensa e complexa, em um filme monumental que levanta dilemas éticos e existenciais com maestria. Ao lado de Interstelar, esta é uma das obras mais grandiosas de Nolan!


Top 5 – Menções Honrosas

São tantos filmes memoráveis que não dá pra não falar desses também! São verdadeiras joias que quase entraram no Top 10:

  • Man on the Moon (1999) – Jim Carrey como Andy Kaufman em uma performance excêntrica e arrebatadora.
  • Frida (2002) – Um retrato sensorial e intenso da artista mexicana Frida Kahlo.
  • Capote (2005) – Philip Seymour Hoffman mergulha no escritor Truman Capote, em um estudo de personagem impecável.
  • Milk: A Voz da Igualdade (2008) – Sean Penn vive o ativista Harvey Milk em um filme inspirador e necessário.
  • A Teoria de Tudo (2014) – Eddie Redmayne se transforma em Stephen Hawking com emoção e sensibilidade.

Top 5 – Cinebiografias Brasileiras

O Brasil tem histórias incríveis, e muitas delas já viraram grandes filmes. Aqui vão cinco que merecem ser lembrados:

  • Garrincha: Estrela Solitária (2003) – A vida do “anjo das pernas tortas”, em toda sua glória e tragédia.
  • Olga (2004) – Uma história de amor, política e tragédia com forte impacto histórico.
  • Cazuza – O Tempo Não Para (2004) – O furacão que foi Cazuza, com poesia, música e intensidade.
  • Chico Xavier (2010) – A jornada espiritual e humana do médium mineiro.
  • Tim Maia (2014) – Soul, funk, temperamento e talento em uma cinebiografia à altura do síndico.

Histórias reais sempre mexem com a gente. Talvez porque lembrem que por trás de todo ídolo, gênio ou herói, existe um ser humano cheio de contradições, dúvidas e paixões. E é justamente essa humanidade que faz da arte algo tão poderoso. Aqui na Strip Me, a gente também acredita no poder de histórias bem contadas, e no estilo que acompanha cada uma delas. Se toda vida daria um filme, certamente a Strip Me é o melhor figurino. Vem conhecer nossa coleção de camisetas de cinema, música, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas as nossas coleções e fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o que há de melhor nas trilhas sonoras de alguns dos filmes citados nesse post. Cinebiografia top 10 tracks.

12 Filmes que contam a história do Rock! Parte 2

12 Filmes que contam a história do Rock! Parte 2

No mês do rock, a Strip Me apresenta 12 histórias de cinema, sobre alguns dos mais importantes artistas da música pop!

O Dia Mundial do Rock é mais brasileiro do que mundial. Basta você procurar mundo afora para ver quem realmente comemora essa data fora do Brasil. A história toda por trás disso é interessante. O dia 13 de julho de 1985 entrou para a história por conta do Live Aid, o grande festival que rolou simultaneamente nos Estados Unidos e Inglaterra e foi televisionado para o mundo todo. O evento reuniu gente como Paul McCartney, The Who, Queen e muitos outros. Aqui no Brasil o festival teve uma audiência enorme, já que o país ainda respirava a euforia do Rock In Rio, que aconteceu em janeiro daquele ano. Numa entrevista, falando sobre o Live Aid, Phil Collins, emocionado após ter participado do festival, declarou: “O dia 13 de julho deveria ser lembrado como o dia mundial do rock.” Pouca gente deu atenção a isso, exceto os jornalistas brasileiros. Desde então, rádios e publicações brasileiras dedicadas ao rock passaram a celebrar a data, e a moda pegou. E cá estamos. Celebrando o nosso brasileiríssimo Dia Mundial do Rock!

Para celebrar esse dia, selecionamos 12 filmes que ajudam a contar a história do rock n’ roll mundial e brasileiro. A lista foi dividida em duas partes. A primeira, publicada semana passada, você pode ler clicando aqui. E hoje apresentamos a parte 2, celebrando não só o dia 13, mas o mês de julho, que pode ser realmente considerado o mês do rock! Então já vai treinando o air guitar aí e confira a parte 2 da nossa lista de filmes sobre o rock n’ roll.

Last Days (2005)

Keyart for Last Days.

Incluir esse filme na lista é foi uma decisão difícil. Primeiro porque não é uma obra literalmente sobre um artista real, segundo porque é um filme muito mais introspectivo, pesado, sem praticamente nenhum apelo comercial. É o que a turma costuma chamar de filme cabeça, que pode ser um sinônimo de filme chato. O longa é escrito e dirigido por Gus Van Sant e foi inspirado nos últimos dias de vida de Kurt Cobain. Na verdade trata-se sim de um relato bem fiel do que foram os últimos dias de Cobain em sua casa, antes de se matar. Os nomes dos personagens foram alterados simplesmente porque não se chegou a um acordo entre o cineasta e a família de Cobain, com relação a diretos e tal. Apesar de não ser uma produção empolgante, cheia de música e personagens carismáticos, como estamos acostumados a ver na maioria das cinebiografias, Last Days é um filme muito bom, com uma fotografia cuidadosa, ótima atuação do protagonista Michael Pitt e que transmite com eficiência desoladora a angústia de alguém que não vê mais sentido na vida.

Simonal (2018)

Wilson Simonal foi um artista como poucos no Brasil. Misturou ritmos, praticamente criou um estilo novo, que viria a influenciar toda a música pop brasileira, do samba ao rock. Chegou a ser o artista mais bem pago do país, vendeu mais discos que Roberto Carlos e, quando estava no auge de sua carreira, levou um tombo do qual nunca mais se recuperaria. Foi acusado de colaborar com os militares e dedurar artistas considerados subversivos, durante a ditadura de 1964. Até hoje essa história é questionada. Leonardo Domingues escreveu e dirigiu Simonal, filme que retrata com muita beleza e fluidez a trajetória de Simonal ao estrelato, seu posicionamento contra o racismo e a controversa relação do cantor com a política. É um filme muito bem feito mesmo, com um roteiro muito bem elaborado, uma história interessantíssima e muita música boa.

The Doors (1991)

“Is everybody in? The ceremony is about to begin.”Sim, este é um dos filmes mais icônicos dos anos 90! Tudo convergiu para que este filme se tornasse um clássico imediato. A música dos Doors, a persona de Jim Morrison, que o ator Val Kilmer incorporou de maneira quase xamânica e a estética de videoclipe do diretor Oliver Stone. Se parar pra pensar, o roteiro em si não tem nada de novo. É a história de uma banda que começa por baixo, tem talento, consegue gravar um disco, faz sucesso, se perde em excessos… Mas Jim Morrison foi um artista único no rock. Mais poeta que músico, mais blues que rock, mais inconformismo que depravação, mais alucinógenos que insanidade. Oliver Stone arrebenta na direção deste filme, a edição e montagem são alucinantes, os diálogos são ótimos, a trilha sonora excelente… tudo funciona! Um filme para ver e rever!

Legalize Já – Amizade Nunca Morre (2017)

Skunk idealizou e ajudou a compor o material da banda Planet Hemp, mas não viveu para ver o seu sucesso e a polêmica que iria causar em todo o país. Entretanto, seu legado está presente e é reverenciado até hoje. Mas ele não fez isso sozinho. Ao seu lado estava seu grande amigo Marcelo D2. O filme Legalize Já retrata com propriedade o início da amizade entre Skunk e D2, a formação da banda Planet Hemp e o início do seu sucesso com o disco Usuário, lançado em 1995. Dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, e escrito por Felipe Braga, o longa tem uma cara de filme independente, uma fotografia ousada e muito bonita, além de ótimas atuações e uma ótima trilha sonora. Um filme para o qual se mantenha o respeito.

Bohemian Rhapsody (2018)

O diretor Bryan Singer ficou conhecido por conceber os melhores filmes da franquia X Men, além de ter dirigido o excelente Os Suspeitos, um filmaço de 1995 subestimado pela crítica. Mas foi em Bohemian Rhapsody que ele mostrou o grande diretor que é, ao retratar com tanta exuberância e cuidado a vida de Freddie Mercury e a obra do Queen. É verdade que o longa tem algumas falhas.  O roteiro de Anthony McCarten e Peter Morgantem tem alguns furos, além de alguns fatos sobre a banda serem omitidos e outros inventados, mas tudo em nome da boa e velha licença poética, que libera certos dribles na realidade para tornar a obra mais suculenta e apetitosa. O filme é vigoroso e vale a pena ser visto! Ah, sim! Há de se exaltar a brilhante atuação de Remi Malek como Freddie Mercury. O cara mandou bem demais! E a reprodução no filme da apresentação do Queen no Live Aid (olha o dia do rock aí!) é impecável!

Tim Maia (2014)

A história de Tim Maia chega a ser inacreditável! Dessas que quem ouve falar diz “Nossa, a vida desse cara dava um filme”. Pois é. Não bastou ser um dos maiores cantores do país, Tim Maia ainda teve uma vida intensa e cheia de momentos dignos de nota. A infância pobre no Rio de Janeiro. A banda promissora que foi desfeita depois de uma traição, a viagem aos Estados Unidos, a juventude transviada das drogas, a deportação e finalmente a ascensão na música. Mas não pára por aí, porque depois ainda vem a fase Racional, a criação de seu próprio selo, os shows que ele foi e os que ele não foi e a morte que quase aconteceu em cima do palco. Com uma história dessas, seria muito difícil sair um filme ruim. Ainda bem que Mauro Lima, que escreveu e dirigiu o filme, que foi inspirado no livro Vale Tudo, de Nelson Motta, soube aproveitar essa história e realizar um filmaço! Com uma direção fluída, ótima fotografia e atuações espetaculares. A trilha sonora, não precisamos nem dizer, é do c#r@l§! E se você está se perguntando o que o Tim Maia tem a ver com o rock, basta você saber que, além de ter feito uma música influente em todas as vertentes, estamos falando do cara que assumia bem humorado que, antes dos shows, praticava o triátlon, ou seja, mandava pra dentro whisky, maconha e cocaína. Se isso não é rock n’ roll, meu amigo…

Menção Honrosa

Ainda que o dia 13 de julho seja considerado o Dia Mundial do Rock mais aqui no Brasil mesmo, certamente, o mês de julho deve ser celebrado como o mês do rock n’ roll, independente disso. Em especial o dia 5 de julho é deveras significativo para a história do rock. Afinal, foi nesse dia que Elvis Presley, acompanhado de Scotty Moore e Bill Black gravou no estúdio da Sun Record a música That’s Alright Mama, a primeira gravação de Elvis, que se tornou popular e influenciou gerações a seguir. Por isso mesmo, não podemos deixar de citar o ótimo filme Elvis, escrito e dirigido por Baz Luhrmann, lançado em 2022. É um filme vigoroso e muito bem produzido, que conta toda a trajetória de Elvis. O longa conta com Tom Hanks, brilhante no papel de Coronel Tom Parker, e Austin Butler numa impressionante interpretação de Elvis. Não é só que o filme é bom, mas também a história de Elvis e sua música são inigualáveis. Não é à toa que ele ficou conhecido como o Rei do Rock, tendo influenciado todo mundo que veio depois dele. Inclusive os Beatles, cuja primeira apresentação nos Estados Unidos aconteceu no dia 5 de julho de 1964. É… talvez seja boa ideia a gente rever esse dia do rock no mês de julho.

Seja dia 5 ou dia 13, não importa! Porque todo dia é dia de rock! Pelo menos pra nós aqui da Strip Me! Por isso estamos sempre produzindo camisetas instigantes e provocadoras, além de super descoladas, claro! Entra na nossa loja pra conferir! Toda semana pintam novos lançamentos, e lá você encontra camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com músicas dos artistas biografados nos filmes citados neste texto! Rock no Cinema (Parte 2) top 10 tracks.

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