Coleção Brasilidades Strip Me: O melhor do Brasil é a brasilidade.

Coleção Brasilidades Strip Me: O melhor do Brasil é a brasilidade.

Brasilidade é aquele tempero especial que só se encontra por aqui. A Strip Me transformou todo esse tempero em camisetas lindas, que fazem parte da Coleção Brasilidades.

Em vários lugares do mundo a expressão “Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada.” é conhecida. Mas aqui no Brasil o buraco é mais embaixo, e se a vida nos dá um limão, a gente faz logo uma caipirinha, aproveita o embalo e já mete fogo na churrasqueira, chama os amigos. Tudo porque a vida nos deu um limão. Foi pensando justamente que o Brasil tem esse ritmo diferente e tantas outras peculiaridades, que a Strip Me criou uma coleção incrível dedicada às nossas brasilidades. Nossos hábitos, o jeito de falar, a cultura, a gastronomia, e até mesmo o controverso jeitinho brasileiro… o melhor do Brasil é a brasilidade!

Aliás, o jeitinho brasileiro é uma boa maneira de começar esse nosso papo sobre brasilidade. Com razão, é um termo que tem certo peso pejorativo, porque, muito já se viu que essa criatividade do brasileiro é usada muitas vezes para o mal. Não à toa, o jeitinho brasileiro é também conhecido por Lei de Gerson. Gerson de Oliveira é um ex-jogador de futebol, foi um meio campista de primeira, considerado um dos melhores jogadores da seleção brasileira tricampeã de 1970. Seleção essa que tinha também Pelé no seu auge. Inclusive, durante a copa de 1970, Pelé protagonizou um acontecimento único na história do futebol. Ele imortalizou um gol perdido, após uma jogada inacreditável, dando o famoso drible da vaca no goleiro uruguaio no final do jogo entre Brasil e Uruguai, semifinal da competição. Mesmo sem o gol, o lance foi tão bonito, que entrou pra história. Bom, voltando. Gerson, meio campo da seleção, carioca da gema, foi convidado em 1976 para protagonizar o comercial de TV de uma marca de cigarros. Sim, um jogador de futebol fazendo propaganda de cigarro. Outros tempos… Enfim. No comercial, Gerson era entrevistado por um jornalista, que perguntava por que ele tinha escolhido a marca de cigarros Vila Rica. Ele responde: “Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também!” A frase “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?”, dita no mais malemolente carioquês virou bordão, e sempre que alguém precisa justificar alguma subversão desde então, já manda “É a lei de Gerson, né? Eu preciso levar a minha vantagem.”

O outro lado do jeitinho brasileiro, que não tem essa carga pejorativa e tal, já está explícita no parágrafo acima. Faz parte do jeitinho brasileiro contar umas duas histórias diferentes, acabar invariavelmente falando de futebol, para explicar uma coisa que poderia ser dita em duas ou três frases. Convenhamos. Explicar o jeitinho brasileiro falando do gol que não foi mais famoso do mundo e de um jogador de futebol fazendo propaganda de cigarro é o mais puro suco de Brasil! Através de tantas histórias e peculiaridades como essas, a Strip Me se inspira para criar camisetas super estilosas e brasileiríssimas como a camiseta Campinho, a camiseta Não Gol e a camiseta Suco de Brasil. São camisetas mega confortáveis e lindas, cujas estampas são muito bem elaboradas, com personalidade e um toque minimalista. Equilíbrio perfeito entre estilo e simplicidade.

Tá aí! Simplicidade é outra palavrinha fundamental para explicar um pouco melhor esse nosso conceito de brasilidade. Se a gente tivesse que escolher um único ícone, que resumisse tudo que envolve brasilidade, sem sombra de dúvida, o escolhido seria o nosso amado doguinho vira lata caramelo. Pensa bem. O vira lata caramelo é o mestre da adaptação, se sente em casa em qualquer calçada, e, sem fazer força, consegue ser mais fiel que qualquer corinthiano. Ele está lá quando a gente mais precisa, para não desperdiçar aquele petisco que caiu da mesa do boteco na calçada ou para acompanhar o amigo bêbado que, prudentemente, resolveu deixar o carro na frente do bar e foi embora a pé. Importante ressaltar, inclusive, que boteco que se preza tem um vira lata caramelo perambulando entre as mesas. Aquele bar que não tem cardápio de mesa, mas aquele menu pendurado na parede, com as opções e respectivos valores escritos com giz. Onde a cerveja é sempre estupidamente gelada, também conhecida por canela de pedreiro, o único lugar capaz de transformar desconhecidos em amigos de infância em poucos goles. O botequim é a maior instituição da cultura brasileira. Tanto é que até hoje é lembrado o Zicartola, boteco capitaneado pelo casal Dona Zica e Cartola, um dos maiores gênios do samba. Localizado na legendária Rua da Carioca, no centro da cidade do Rio de Janeiro, o estabelecimento servia desde simples porções de salaminho fatiado, até portentosas feijoadas, não deixando faltar a cervejinha gelada e um bom batuque, que era feito pelos próprios clientes. Gente como Zé Ketti, Aracy de Almeida, Nara Leão, Paulinho da Viola e tantos outros. Por pura inaptidão para administrar o negócio, o Zicartola durou apenas 20 meses, de setembro de 1963 a maio de 1965. O estabelecimento passou das mãos de Cartola para outra lenda da música brasileiro, o mestre Jackson do Pandeiro. Ainda bem que o que não falta, ainda mais no Rio de Janeiro, é botequim, que é pra vira lata caramelo nenhum se sentir abandonado.

O boteco não precisa de glamour para ser bom, assim como o vira lata caramelo não precisa de pedigree para ser amado. Glamour e pedigree, aliás, palavras estrangeiras. Ambos são brasilidade em estado bruto: descomplicados, alegres, e com um carisma que derrete qualquer mau humor. É nessa vibe de simplicidade, descontração e afeto que as estampas da coleção Brasilidades da Strip Me são elaboradas. Camisetas de altíssimo nível, perfeitas pra qualquer rolê. Do boteco à balada, do churrasquinho ao festival de música. Se liga, por exemplo na camiseta Sextou, na camiseta Menu de Bar e na camiseta Caramelo do Brasil, pra ver que é exatamente a síntese de tudo que a gente falou até agora.

A gente podia ficar o dia todo aqui especificando brasilidades. Do Abaporu à bossa nova, da jaboticaba à samambaia, da praia de Copacabana à fitinha de nosso Senhor do Bom Fim, do café à cachacinha. É tanta coisa, que a coleção Brasilidades da Strip Me tem mais de 70 estampas! Todas elas, além do bom gosto da estampa, são camisetas confeccionadas com tecido leve e confortável, com certificado BCI (Better Cotton Initiative), com corte e caimento perfeitos do P ao 2XGG. Uma verdadeira celebração à cultura brasileira e tudo que a gente tem de melhor! No nosso site, você confere toda a coleção Brasilidades, além das camisetas de arte, cinema, música, cultura pop, bebidas e muito mais. Lá você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma brasilidade indiscutível é a música. Portanto, confira a nossa playlist Brasilidades Top 10 Tracks.

Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

Brasileirês: 10 expressões que só o brasileiro fala.

O brasileiro sabe que quem tem limite é município. Na arte, na gastronomia, na música, no esporte, a originalidade do brasileiro é incomparável. Mas é no idioma que a gente se supera mesmo! Por isso a Strip Me selecionou as 10 expressões que só o brasileiro fala, e entende.

Não tem pra ninguém! Só quem é daqui entende de cabo a rabo uma boa conversa no mais puro brasileirês. É que num bate papo desses, as palavras vem acompanhadas de um tempero todo especial, tanto é que, na gringa, um brasileiro identifica o outro só de bater o olho. E não adianta fazer vista grossa, o nosso português é muito melhor que o do lado de lá do Atlântico. Afinal, as tais expressões idiomáticas, a gente tem aqui a dar com pau. Muitas delas, quem vem de fora pode achar sem pé nem cabeça, mas pra nós, faz todo o sentido. Mas não vamos ficar aqui batendo na mesma tecla e chovendo no molhado, até porque já publicamos aqui no blog um texto do balacobaco elencando e dando o significado de algumas palavras que só são encontradas no brasileirês. Para ler, clica aqui. Mas não é por isso que vamos ficar aqui moscando. A Strip Me hoje fala na lata as 10 expressões idiomáticas mais populares no Brasil, e que só nós falamos e entendemos em sua plenitude.

Nós na fita.

Essa expressão se popularizou nos anos 90, em especial em São Paulo, mas logo se espalhou para o resto do Brasil. Não tem uma origem conhecida, mas o mais provável é que tenha sido derivada da expressão da mesma época “sair bem na fita”, significando aparecer bem ao ser filmado ou fotografado, lembrando que até o começo dos anos 2000 vídeos e fotos não eram digitais, mas sim gravados em… fitas! De sair bem na fita, veio o “nós na fita” já com uma conotação mais firme, querendo dizer “tamo aí, na atividade”, ou seja, se fazer presente, pronto para o que der e vier.

Cair a ficha.

Mais uma expressão analógica, que para os mais jovens, ainda é usada, seu significado é sabido, mas talvez sua origem não seja tão conhecida. Bom, cair a ficha significa entender alguma coisa depois de um tempo. O uso mais comum da expressão é em frases como “Demorou mas a ficha caiu.” que quer dizer, custou, levou um tempo, mas entendi. Muito antes do celular, se você estava na rua e precisava fazer uma ligação, o único jeito era usar um telefone público, o popular orelhão. Mas, claro, não era de graça. Você precisava comprar fichas, que eram inseridas no telefone, tal qual um fliperama. Fliperama era uma máquina de video game que… bom, deixa pra lá. O fato é que você colocava a ficha no telefone e discava o número. Quando a ligação era conectada, ouvia-se a ficha caindo dentro do aparelho. Portanto, você esperava ali alguns segundos, até que a ficha caía, e você sabia que a ligação havia sido feita. Assim, quando uma pessoa pensa por algum tempo sobre algo que lhe foi explicado, para só então confirmar que compreendeu, convencionou-se dizer: Caiu a ficha.

Para inglês ver.

Filha direta do onipresente jeitinho brasileiro, a expressão “para inglês ver” tem o significado de farsa, enganação, ou então fazer alguma coisa sem cuidado, de qualquer jeito. Quando um produto parece ter boa aparência, mas é de má qualidade, costumamos dizer que pra inglês ver. A origem dessa expressão é macabra e remonta um dos mais cruéis momentos históricos do Brasil. No século XIX o Brasil era o destino de um número obsceno de africanos escravizados. Nessa época, a Inglaterra, impulsionada pela sia Revolução Industrial, já havia abolido a escravidão e forçava os outros países do ocidente a fazer o mesmo. O Brasil, devendo uma grana preta aos ingleses, fazia um decreto atrás do outro proibindo o tráfico de escravos, todos eles solenemente ignorados por traficantes e pelas autoridades que deveriam puní-los. Assim, diziam que tais leis eram só pra inglês ver. Na atualidade, é ainda o equivalente a dizer que no Brasil tem lei que não pega.

Chutar o balde.

Chutar o balde significa agir de forma exagerada, impulsiva, irresponsável. Mas o que isso tem a ver com um balde? A origem da expressão é desconhecida, mas especula-se que vem dos tempos em que criminosos eram condenados à morte por enforcamento. Na maioria dos países europeus, a forca era formada por uma armação de madeira, um tablado com um alçapão embaixo de onde ficava o condenado com a corda no pescoço. No momento da execução, o carrasco abria o alçapão, “tirando o chão” do condenado, que ficava suspenso pelo pescoço, morrendo sufocado. Aqui, as forcas eram mais improvisadas. Sem o tablado, colocava-se uma banqueta, um bloco de madeira ou um balde virado de boca para baixo, onde o condenado subia, ficando à altura da corda que lhe envolvia o pescoço. O carrasco então chutava a banqueta, o bloco ou o balde sob os pés do condenado, que ficava pendurado. Outra teoria, um pouco mais branda, diz que a expressão se originou no interior, entre fazendeiros. Ao ordenhar as vacas, acontecia de alguma ficar mais irritada e chutar o balde onde estava sendo coletado o leite. O que, claramente, deixava o fazendeiro igualmente irritado, a ponto de chutar o balde já chutado pela vaca, é claro.

Chorar as pitangas.

Um dos exemplos mais completos de como o idioma brasileiro se tornou autêntico em relação ao português de Portugal. A expressão chorar as pitangas significa se lamentar, se vitimizar, se fazer de coitado. É uma expressão que tem um teor pejorativo forte, indicando que quem fica chorando as pitangas, está exagerando, se vitimizando sem motivo. A expressão tem origem em Portugal, onde usava-se a expressão chorar lágrimas de sangue. Sendo que aquele que chora lágrimas de sangue é falso, por exemplo, um homem que trai a mulher e fica se lamentando tentando reconquista-la, diz-se que este traiu a mulher e agora chora lágrimas de sangue para reconquista-la. No Brasil, a pitanga sempre foi uma fruta muito apreciada pelos portugueses. Seu formato e cor vermelho escarlate remetiam a gotas de sangue, assim, chorar lágrimas de sangue acabou virando chorar as pitangas. E, convenhamos, para o brasileiro, que adora um deboche, é muito melhor falar chorar as pitangas do que chorar lágrimas de sangue.

Cheio de nove horas.

Esse é uma das melhores expressões brasileiras. Aparentemente, não tem pé nem cabeça, afinal como é possível alguém estar cheio de nove horas, se até o relógio, que é quem conta o tempo, tem apenas uma marcação de nove horas? Pra piorar, o significado da expressão não tem nada a ver com horário ou tempo, mas sim representa uma pessoa muito detalhista, meticulosa, cheia de manias e frescuras. Com o passar do tempo, passou a significar também pessoas que gostam de utilizar muitos apetrechos e aparelhos tecnológicos complicados, o que acaba meio que dando no mesmo, afinal, uma pessoa assim, é uma pessoa cheia de frescuras… enfim, chata. A expressão tem origem no fim do século XIX, quando as grandes cidades do Brasil começaram a ter uma vida noturna mais efervescente. Estava em vigor na época um toque de recolher, que se dava às nove da noite. Quem fosse visto na rua depois desse horário poderia até ser preso, mas claro que isso acontecia só com negros e pobres. Com o passar do tempo, os jovens que queriam ficar na rua até mais tarde e eram confrontados pelos pais, que insistiam que eles voltassem para casa no horário de recolher, diziam que os velhos vinham falar com eles cheios de nove horas. Assim, a expressão virou sinônimo de gente implicante, e foi se modificando de lá pra cá.

A luz dormiu acesa.

Essa é uma expressão simples e fácil de entender. Tem muito gringo, incluindo portugueses, que gostam de fazer piada com essa expressão, dizendo que, onde já se viu um objeto inanimado dormir. Assim como a luz dormir acesa, a porta também pode dormir aberta sim, senhor! Afinal, nada mais é do que passar a noite, as pessoas da casa foram dormir e esqueceram de apagar uma luz ou fechar uma porta. Essa expressão faz parte de tantas outras frases que a gente usa pra facilitar a comunicação, dar ênfase em alguma coisa… como dizer segue reto toda vida, ou quando vai colocar um bife pra fritar e dizer escuta o cheiro. São expressões como essa que fazem do português brasileiro o mais charmoso do mundo!

Falar pelos cotovelos.

Mais uma dessas expressões que parecem não fazer sentido nenhum. Pois é, de fato, nenhum ser humano consegue falar por outra parte do corpo que não a boca. Não existe registro da origem dessa expressão, mas sabe-se que é utilizada já há muito tempo por aqui. Especula-se que sua origem seja por conta de pessoas que costumam falar de maneira histriônica, gesticulando e falando muito rápido. Por movimentar muito os braços quando falam, passamos a dizer que a pessoa fala pelos cotovelos. Outra teoria, menos popular, mas também plausível, diz que quem fala pelos cotovelos é aquela pessoa que fala muito e, quando numa conversa, costuma cutucar seu interlocutor com os cotovelos para chamar atenção ou enfatizar alguma frase. Mas o ideal mesmo é só falar pela boca, sem exagero, de preferência.

Jogar conversa fora.

Em 1923 o antropólogo polonês Bronisław Malinowski cunhou o termo “comunicação fática” para designar uma conversa casual, ou seja, um tipo de comunicação social despretensiosa. Ele afirmou ainda que saber e conseguir conduzi-la é um tipo de habilidade social. Isso é pra dizer que não existe uma origem para a expressão jogar conversa fora, mas provavelmente, ela surgiu de alguém que presenciou uma conversa sem conteúdo relevante e, a achando descartável, disse que estavam desperdiçando a fala, ou seja, jogando conversa fora. Mais carinhosos com a comunicação fática de Malinowski, os ingleses chamam esse bate papo de “small talk”, ou seja, uma conversa pequena. Mas cuidado, porque aqui pra nós conversinha é outra parada. Quem vem com conversinha é gente que quer enganar, passar pra trás… mas enfim. Já estamos jogando conversa fora demais neste tópico.

Eita.

A palavra eita poderia ter entrado no texto citado no início deste texto, em que abordamos as palavras mais utilizadas no brasileirês. Mas acontece que o eita é uma palavra muito versátil, que vem sempre acompanhada de outra palavra, que é o que vai determinar seu significado. Não tem uma origem conhecida, mas provavelmente começou como uma interjeição de assombro ou surpresa, assim como o ai é uma interjeição de dor. Porém, começou a ser utilizada em diferentes situações, sempre associada a outra palavra. As mais utilizadas são:
Eita porra! – Indica surpresa, espanto.
Eita lelelê. – Indica reprovação, desânimo.
Eita nóis! – Indica empolgação, animação.
A palavra eita também pode ser utilizada sozinha, para indicar grande surpresa, algo muito inesperado e ao mesmo tempo empolgante. Neste caso, a palavra é alongada no início e, em geral, exclamada num grito: Eeeeeita! Aliás, fica aqui o nosso reconhecimento e admiração pelo apresentador e embaixador do eita no Brasil, o grande Fausto Silva.

Menção honrosa: Teu cu.

Expressão coringa, pode ser usada em qualquer circunstância. É o argumento definitivo e finalizador de qualquer discussão. Apesar do pronome possessivo em segunda pessoa estar presente, a expressão tem força muito maior e abrangente do que a simples designação do orifício do interlocutor. Afinal, representa um argumenta de refutação expressa, de discordância veemente e divergência taxativa, além de proporcionar a quem verbaliza a expressão o raro prazer de saber que está com a razão. A utilização de “teu cu” em qualquer situação é o mais puro suco de Brasil.

Bom, parece que já falamos pelos cotovelos hoje por aqui. Mas antes de picar a mula, precisamos te lembrar que a Strip Me é toda trabalhada na brasilidade com muito orgulho. No nosso site você confere toda essa nossa originalidade exuberante nas coleções de Carnaval, Brasilidades, Verão e Tropics, mas também em todo todas as outras coleções, como as camisetas de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você tamb;em fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada, cheia de brasilidade. Borogodó 2 top 10 tracks.

Brasileirês: 12 palavras que só o brasileiro entende.

Brasileirês: 12 palavras que só o brasileiro entende.

A língua portuguesa é um idioma encantador, sem dúvida um dos mais bonitos do ocidente. Mas o brasileiro o eleva a níveis de originalidade sem precedentes, e a Strip Me te mostra isso com muita propriedade.

São 9 no mundo os países que tem o português como idioma oficial. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Certamente cada um deles tem seu sotaque, suas gírias e palavras que foram incluídas no dicionário local. Mas a gramática e estrutura linguística são as mesmas. Então, se um português, um angolano, um brasileiro e um timorense se encontrarem no bar, eles vão conseguir se comunicar tranquilamente. Além de ter uma baita cara de começo de piada, esse encontro no bar seria uma experiência muito interessante para constatar as semelhanças e diferenças entre um mesmo idioma.

Na verdade, a gente sabe que o português brasileiro é muito mais rico e interessante do que os outros portugueses falados mundo afora. Afinal, onde mais você vai ouvir uma frase como “A parada começou na zueira, mas depois virou uma puta treta, mas tudo se resolveu na mais pura malemolência!” O brasileirês é maravilhoso, justamente porque é nosso, tão nosso quanto a jabuticaba, o brigadeiro, o dia dos namorados em junho e o cheque pré-datado. E tem algumas palavrinhas que podem até constar no dicionário de outros países de língua portuguesa, mas que ninguém as utiliza com a destreza e com o “borogodó”do brasileiro. A Strip Me listou 12 delas para você conferir.

Abestado.

No nordeste do Brasil é uma gíria muito antiga. É uma palavra auto explicativa, trata-se de um adjetivo para alguém bobo, lerdo, ingênuo… enfim, besta. Nos anos 90 se espalhou para o resto do país, principalmente através do sucesso de cantores nordestinos como Tiririca e Genival Lacerda.

Bamboleio.

Temos aqui uma palavra que exemplifica muito bem o português BR. É uma derivação da palavra bamba, que tem origem africana e significa valentia, coragem. Tanto que ainda se usa muito dizer que quem é o maioral em alguma coisa é o bambambã. Em certo ponto, ganhou outra conotação, quando surgiu a expressão “andar na corda bamba”, designando que quem o faz tem coragem para correr riscos e se equilibrar. Assim surgiu o verbo bambolear. E o bamboleio é essa ginga brasileira, de se equilibrar, ter jogo de cintura. Isso em tudo na vida.

Borogodó.

Provavelmente a mais brasileira das palavras. O borogodó não tem uma etimologia conhecida. Provavelmente tem ali uma origem africana, mas nunca se identificou isso de fato. Além do mais, é uma palavra relativamente nova. Começou a aparecer entre as décadas de 1920 e 1930 e se popularizou rapidamente, logo sendo utilizada na música e na literatura. E o que é o borogodó? Borogodó é um elemento que torna alguém ou alguma coisa muito cativante, irresistível e única. Carmen Miranda era cheia de borogodó, Pelé era cheio de borogodó… enfim, o Brasil é puro borogodó!

Firmeza.

Para qualquer outro país de língua portuguesa, firmeza é simplesmente uma derivação da palavra firme, que define algo como sólido, rígido. Mas aqui no Brasil vai muito além disso. A premissa é a mesma, mas pra nós, firmeza é alguém ou alguma coisa com muitas qualidades, admirável, confiável. Pode muito bem ser substituída pela expressão ponta firme, que tem a mesma conotação. Firmeza também ganhou o status de cumprimento, substituindo a palavra beleza. É uma palavra mais utilizada no sudeste do Brasil, especificamente em São Paulo, mas pode ser ouvida Brasil afora, graças ao som de gente como Racionais e Emicida. Que, aliás, são muito firmeza!

Maínha.

De maneira objetiva, é o diminutivo de mãe. Aliás, o diminutivo de mãezinha. Termo usado desde sempre no nordeste brasileiro. Mas acabou virando gíria nacional, sendo que em todo o Brasil você vai encontrar gente que, quando quer se referir à mãe de maneira mais afetuosa, logo mete um maínha na frase. Mas em boa parte do nordeste, a palavra não se limita a referir-se à mãe com carinho, mas sim é uma substituta direta de mãe ou mamãe. Por exemplo, uma criança baiana pode dizer um carinhoso “Maínha, eu te amo.” como um corriqueiro “Maínha, acabei, vem me limpar!”

Malemolência.

Tal qual o borogodó, a etimologia precisa de malemolência é desconhecida. Por óbvio, deduzimos que é uma derivação da palavra mole, como molenga, por exemplo, mas com uma conotação mais leve e positiva.A malemolência remete a uma leveza sedutora, um gingado suave. A malemolência é um samba do Martinho da Vila, é uma tapioca quentinha com manteiga e um cafezinho coado na hora. Malemolência, acima de tudo é um estado de espírito!

Perrengue.

Certamente esta é a palavra com a origem mais inusitada. Na verdade, trata-se de uma palavra de origem espanhola, que era muito popular até o século XVII na Espanha e suas colônias, mas que depois disso caiu em desuso. É uma derivação da palavra perro, cachorro em espanhol. Na época, para os espanhóis, perrengue era adjetivo para pessoas teimosas, arredias. Quando queriam dizer que Fulano é teimoso como um cachorro, diziam Fulano é um perrengue. A palavra sobreviveu ao tempo só no Brasil (que, sim, foi colônia da Espanha entre 1580 e 1640), e no século XIX ganhou a conotação de situação complicada, problemática. Isso porque, da palavra perro também derivam os termos aperrear e emperrar, significando situação que é travada, obstruída à força. Ao longo do tempo, devem ter rolado algumas confusões de significado, sendo palavras da mesma origem e bem parecidas. Assim, perrengue virou isso aí… uma situação embaçada, tá ligado? Um perrengue!

Ranço.

É uma palavrinha que, assim como firmeza, certamente é utilizada em outros países de língua portuguesa. Mas não com a mesma malemolência que nós usamos por aqui! A etimologia da palavra ranço do latim rancidus, significa podre, fétido, ou seja, um adjetivo para uma coisa que cheira mal. Mas por aqui, transformamos essa palavra num sentimento, que extrapola o significado da palavra em si. Afinal, um cheiro podre, ruim, causa na gente o sentimento de asco e desprezo. Assim, passamos a utilizar a palavra ranço para demonstrar esse desprezo e nojo de certas pessoas ou situações. Por exemplo, é muito comum a gente dizer que tem ranço de gente homofóbica e intolerante.

Remelexo.

Remelexo, meus amigos e minha amigas, nada mais é do que o bom e velho rebolado! Numa linguagem mais formal, movimento em que os quadris se movem de maneira ritmada. Obviamente deriva da palavra mexer , mais precisamente remexer. O fofinho Rei Julian se remexe muito e tem lá seu valor, mas jamais terá o remelexo do brasileiro numa roda de samba!

Treta.

Treta vem do latim tret, que significa perspicácia na prática da esgrima, daí, derivou-se a palavra treita no português arcaico significando manha, jeito. Atualmente, treta, em Portugal, ainda tem essa conotação de habilidade. Presume-se que, uma vez que treta é um jargão da esgrima, ou seja, de uma luta, no Brasil a palavra ganhou esse significado de confusão, briga, situação caótica. Mas tá tudo bem. Cada país com o sua treta. Não vai ser por isso que nós vamos arranjar treta com os portugueses, até porque pode ser que eles venham com as tretas deles pra cima de nós.

Ziriguidum.

Essa é fácil! Ziriguidum é o samba em seu esplendor! A etimologia da palavra, claro, é incerta e duvidosa. Mas é 100% brasileira, isso não há dúvida. Sua origem, muito provavelmente, é onomatopeica, ou seja, é a reprodução em palavra de um som. No caso, é o som do movimento do pandeiro junto com a batida do samba entre um e outro compasso. “Dum dum ziriguidum dum dum”. Mas claro que nós ampliamos o sentido da palavra para caracterizar algo tipicamente brasileiro, dá pra dizer que é uma palavra meio irmã do borogodó.

Zueira.

Mais uma palavra de origem onomatopeica, zueira deriva de zumbido, que, por sua vez, emula o som dos insetos voadores. Sabe aquele pernilongo que curte dar uns rasantes perto da sua orelha quando você tá tentando dormir? Então… Convencionou-se chamar de zueira, um lugar onde tem muito ruído, ou muito zumbido. Agora, como a palavra ganhou a conotação de brincadeira, sacanagem, piada… ninguém sabe. Talvez seja porque toda boa baguncinha boa que se preze seja bem barulhenta, uma zueira danada! Mas caso você ache que não tem nada a ver, e que a gente está aqui de zueira, tudo bem.

Gonçalves Dias já dizia que as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá. Sendo assim, como poderíamos nós, brasileiríssimos e cheios de borogodó, falar o mesmo português que eles falam lá, ora pois? E a Strip Me, sempre com muita malemolência e ziriguidum, se inspira nesse jeitinho brasileiro todo especial para criar camisetas lindas e super estilosas que esbanjam brasilidade! Basta conferir as nossas coleções de Carnaval, Verão e Tropics, isso sem falar nas camisetas de música, cinema, arte, bebidas, cultura pop… olha, é muita coisa! Vai lá na nossa loja conferir, e aproveita pra ficar por dentro dos nossos lançamentos que pintam lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist do balacobaco cheia de brasilidades! Borogodó Top 10 tracks.

Tupi or not Tupi: 5 hábitos indígenas que mantemos até hoje.

Tupi or not Tupi: 5 hábitos indígenas que mantemos até hoje.

O Brasil deve muito a seus povos originários, isso todo mundo sabe. Para reforçar essa ideia, a Strip Me traz hoje 5 hábitos que mantemos atualmente, e que são herança direta dos indígenas que viviam aqui antes da chegada dos europeus.

Todo mundo que já entrou numa trip de auto conhecimento, seja na ayahuasca ou na psicanálise, teve que entrar em contato com um passado distante, entender um pouco seus antepassados e etc. Bom, faz todo o sentido, né. É como diz aquela frase, povo que não sabe de onde veio, não sabe pra onde vai. Conhecer o passado, a história, é fundamental para a gente entender o presente e evoluir na futuro. E entrar nessa onda de conhecer o passado pode ser bem interessante, a gente acaba se ligando e entendendo muita coisa mesmo! Imagina que muito antes do Cabral e sua turma chegar aqui, há milênios já existiam várias nações vivendo ao longo de todo o território da América do Sul. Dos Incas aos Tupiniquins, vários povos se espalhavam por essas bandas. Na porção mais a leste do continente, abrangendo o litoral do norte, nordeste e sudeste, predominava a nação Tupi, que tinha várias tribos diferentes, como os Tupiniquins, Tupinambás, Tamoios, Carijós e outros. Já na porção central, do cerrado até boa parte da floresta amazônica, se estabelecia a nação Jê, como os Xavantes, Bororós, Botocudos, Crenaques, Caiapós, Goitacás e outros. No sul, na região dos pampas vivia a nação Charrua, os Guayantiranes, Minuanos, Mepenes, Tocagues e outros. Por fim, mais a oeste, na região do pantanal, onde hoje temos as fronteiras com o Paraguai e Bolívia, vivia a nação Guarani, cujas tribos mais conhecidas são os Kaiowás, Mbiás, Tapietês, Nhandevas e outras. Isso pra ficar só no território brasileiro, ainda tinham outras nações ao longo da cordilheira dos Andes, no deserto da Patagônia e na mata tropical próxima ao mar do Caribe.

Photo by: Sebastião Salgado

Apesar de povos muito diferentes, com culturas e crenças distintas, essa turma toda tinha muita coisa em comum. Por conta da colonização do Brasil ter acontecido de leste para oeste, os primeiros europeus, e em especial os bandeirantes, tiveram muito mais contato com os povos Tupi do que qualquer outro. Aliás, sabemos hoje que os bandeirantes, também conhecidos como paulistas, eram homens violentos e inescrupulosos, que viviam da captura e escravização de índios. Foi por isso que eles acabaram desbravando todo o interior do Brasil. E esses paulistas viviam praticamente como os indígenas. Andavam pela mata de pés descalços, dormiam em redes e falavam fluentemente a língua tupi. Mesmo com o genocídio indígena produzido pelos europeus (mais de 5 milhões de indígenas viviam no Brasil em 1500, no início do século vinte, restavam menos de 500 mil), muitos dos seus hábitos e cultura foram incorporados pelos homens brancos ao longo do tempo e perduram até hoje. Orgulhosamente, a Strip Me resgata um pouco da história dos povos originários do Brasil falando sobre cinco hábitos que herdamos dos indígenas.

Pés Descalços.

Antes de mais nada, é sempre bom lembrar: Andar descalço pode trazer uma série de benefícios para o corpo e a mente. Os pés descalços ajudam a fortalecer os músculos dos pés, tornozelos e pernas, promovendo uma melhor postura e equilíbrio. Além disso, essa prática pode aumentar a sensação de conexão com o ambiente ao redor, estimulando os sentidos e proporcionando uma sensação de liberdade. Talvez os indígenas não tivessem consciência disso tudo, mas viviam de pés descalços, mesmo depois que o os europeus chegaram com suas botas e sapatos. E não demorou para que esses mesmos europeus se ligarem que andar na mata com os pés descalços era realmente bem melhor, pois acabavam prestando muito mais atenção por onde andavam e conhecendo com mais detalhes cada particularidade da mata. Sem falar no calorão e o bem estar que dá ficar com os pés descalços, descansando numa boa. Ainda hoje, é o que a gente faz.  A primeira coisa que a maioria das pessoas faz quando chega em casa é tirar o sapato, quem tem uma graminha em casa então, aproveita ainda mais! E aquela caminhadinha na areia da praia no fim da tarde? Andar descalço é tudo de bom!

Caiu na rede, é gente!

Dormir na rede é coisa nossa! Literalmente! Isso porque não existe registro da rede como os indígenas a utilizavam em lugar nenhum do mundo até a chegada dos europeus por aqui. Então é bem capaz de a rede ter sido uma invenção dessa turminha que vivia por aqui. E é indiscutivelmente uma maravilha! Na rede o corpo fica numa posição levemente inclinada, relaxando a coluna e as pernas, e ainda ajuda no fluxo da circulação sanguínea. O leve balanço ajuda a proporcionar um sono mais tranquilo e reparador, além de, mesmo nas noites quentes de verão, poder sentir um leve frescor. Dar uma relaxada na rede tem raízes profundas na cultura indígena, refletindo não apenas a busca por conforto, mas também uma relação com o ambiente e a natureza. A praticidade, a leveza, a facilidade de transporte e a adaptação a diferentes tipos de terreno tornaram as redes um item indispensável para os povos indígenas, e essa tradição tem sido preservada ao longo dos séculos. Hoje a rede é mais que um legado, é uma forma prática e toda nossa de descansar.

Banho é todo dia!

Se hoje em dia o europeu ainda tem fama de não tomar banho todo dia, imagina 500 anos atrás! Para nós, brasileiros, um banho por dia é o mínimo. Com o calor que tem feito, tem gente que toma banho igual remédio: um ao acordar, outro na hora do almoço e mais um antes de jantar. Imagine você que nosso primeiro monarca, o rei Dom João VI, no período em que esteve no Brasil, de 1808 a 1821, tomou apenas um único banho! E só o fez por recomendação médica, pois estava com alguma pereba ou irritação brava na pele, que só um banho poderia curar. Já o seu filho, o nosso galante imperador Dom Pedro I, logo que chegou no Brasil, se adaptou à vida dos nativos, tomava banhos diários nas praias do Rio de Janeiro e explorava cada centímetro da mata atlântica que cercava a quinta da Boa Vista. O fato é que desde muito antes da chegada dos europeus, os povos originários brasileiros tinham hábitos de higiene como tomar banho todo dia e manter unhas e pelos bem aparados. E muitos dos colonizadores que chegaram na América riam e desdenhavam desses costumes. Ainda bem que, nesse quesito, a gente puxou para os nossos ancestrais indígenas e prezamos por bons hábitos de higiene, e não dispensamos um bom banho, seja de chuveiro, de piscina, de rio ou de mar

Comida.

Certamente uma das heranças mais fortes e presentes dos indígenas até hoje é a culinário e os hábitos alimentares. A alta gastronomia tipicamente brasileira é cada vez mais celebrada no mundo todo, através de chefs renomados como Alex Atala e Thiago Castanho. E mesmo essa gastronomia super requintada e elitista é quase toda baseada em hábitos e conhecimentos que herdamos dos indígenas. A começar pelo uso da mandioca em seus mais diferentes formatos: cozida em pedaços, farinha e em caldo, o famoso tucupi. Além disso, os indígenas sempre foram exímios caçadores e pescadores. E costumavam secar as carnes de peixe ou de caça e misturar com a farinha de mandioca, socando no pilão, produzindo uma paçoca salgada que podia ser guardada por muitos dias e era extremamente nutritiva. Uma tribo na nação Tupi que vivia no nordeste brasileiro, por exemplo, era conhecida como Potiguara, palavra que em tupi significa comedores de camarão. Imagina se eles conhecessem a cervejinha naquele tempo! Mas é real, a nossa relação com a comida, com os bichos e frutas tem muito a ver com a cultura indígena. O peixe assado na folha de bananeira, o pato no tucupi, a paçoca, a farinha de mandioca, as frutas que nos habituamos a comer direto do pé, jabuticaba, caju, pitanga, carambola, manga, goiaba… aliás, nomes esses todos de origem indígena, né? Não dá pra negar, a nossa cozinha é raiz demais!

PT BR, A língua portuguesa é nossa!

Outra grande marca da cultura indígena que está permanentemente atrelada a nós até hoje é a nossa língua. Não é novidade pra ninguém que o português falado em Portugal é bem diferente que o falado aqui. E uma das razões para isso foi a mistura da língua de Camões com as línguas indígenas e africanas. Em especial a língua tupi se mesclou muito ao português, muitas vezes criando um novo vocabulário. Pra começar, temos ainda muitos nomes de lugares que são de origem indígena. Os estados da Paraíba e o Paraná, cidades então, tem centenas, desde Campo dos Goitacazes até Botucatu, passando por Ubatuba, Parati e tantas outras. Só na cidade de São Paulo, o tanto de lugares com nomes indígenas é incrível. Anhangabaú, Jabaquara, Tucuruvi, Tietê, Tatuapé, Itaquera, Guaianases, Ipiranga, Ibirapuera, Butantã… Isso sem falar nas inúmeras palavras que usamos e que tem origem etimológica no tupi. Confira algumas:
Carioca – Do tupi kari’oca, que significa casa (oca) do homem branco (kari).
Pindaíba – Do tupi pinda’ïwa, que significa  pinda (anzol) + ‘ïwa (vara). Essa expressão, indicava que o índio possui apenas uma vara pra pescar, mostrando que ele estaria na miséria, daí o termo “estar na pindaíba”.
Mingau – Do tupi minga’u, quer dizer comida que gruda.
Peteca – Do tupi pe’teka, que indica bater com a palma da mão.
Nhem-nhem-nhem – do tupi “Nhem”, que quer dizer “Falar”. Os portugueses durante o século XVI, ficavam irritados com o falatório dos índios, sem entender o que eles diziam. Assim popularizaram a expressão “Os índios só ficam de nhem nhem nhem.”, significando falatório irritante.
Catupiri – Não. Não é um tipo de queijo. A palavra vem do tupi e significa “ótimo”, “excelente”. Em 1911 uma empresa desenvolveu esse queijo cremoso e adotou Catupiry como marca.
Aipim – Do tupi aipĩ, é algo que nasce ou brota do fundo da terra.
Samambaia – Do tupi çama-mbai, significa algo “trançado de cordas”, e faz referência às raízes da planta.
Moqueca – palavra tupi que quer dizer peixe assado embrulhado em folhas, que geralmente é folha de bananeira ou de caeté.
Paçoca – Do tupi pa’soka ou po-çoc, tem o sentido de esmigalhar o alimento com a mão.
Capenga – Do tupi “akanga”, que é “osso” e “penga”, que significa “quebrado”. Portanto, é algo ou alguém que puxa a perna, é manco.
Inhaca – Em tupi “yakwa” tem o sentido de “odoroso”, alguma coisa que tem o cheiro forte.
Caipira – do Tupi caaipura, sigbnifica de dentro do mato. Nome que os índios do interior de São Paulo deram aos colonizadores.

A gente nem pára pra pensar, aí, quando a gente vê isso tudo até se espanta ao se ligar o quanto a nossa vida está ligada à cultura indígena! Uma cultura milenar, interessantíssima e ainda tão pouco conhecida por termos tão poucos registros históricos. Sem falar que, ainda por cima, tem gente que quer negar aos poucos descendentes diretos desses povos o seu direito a manter essa cultura viva e poder viver e cuidar das terras que são deles por direito! E a Strip Me que além de ter em seus princípios mais básicos o cuidado com a natureza e com os animais, não pode ver uma brasilidade que já sai correndo pra abraçar, faz questão de estampar em suas camisetas esse Brasil moleque, ou melhor, curumim! Confere lá na nossa loja as coleções Tropics, Carnaval e Verão, onde a brasilidade impera! No nosso site você ainda tem à disposição muitas outras coleções e os lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist totalmente dedicada aos índios! Tupi or not Tupi top 10 Tracks.

Para assistir: A Muralha. Série produzida pela Globo e exibida no início do ano 2000, para celebrar os 500 anos do descobrimento. A série é excelente e mostra com relativa fidelidade o início da colonização no litoral paulista, a constante travessia da grande muralha que é a Serra do Mar e a busca dos paulistas por índios para escravizar e de ouro no sertão. Tem na Globoplay e vale a pena demais conferir.

Para ler: Recomendadíssimo o box com 4 livros Coleção Brasilis. Integram o box quatro livros do jornalista Eduardo Bueno sobre a colonização do Brasil. São Eles A Viagem do Descobrimento, Náufragos, Traficantes e Degredados, Capitães do Brasil e A Coroa, a Cruz e a Espada. Todos eles livros deliciosos de se ler, com uma linguagem moderna e fluiída, além de trazer detalhes interessantíssimos sobre esse período tão instigante da nossa história. O box é um lançamento da Editora Sextante.

6 Clássicos do Design Brasileiro.

6 Clássicos do Design Brasileiro.

O Brasil é tão original que, até mesmo no design dos utensílios domésticos e decoração das casas, alguns ítens brasileiríssimos se tornaram ícones pop. A Strip Me selecionou os 6 mais famosos!

Cada país tem sua identidade e cultura. Mas vamos combinar que o Brasil tem um borogodó a mais aí. Da jabuticaba ao cheque pré datado, do chuveiro elétrico à caipirinha, passando pelo candomblé, a paçoca, a capoeira, a tomada de três pinos e, é claro, nosso amado vira lata caramelo! É muita coisa que faz do nosso Brasil um lugar único e maravilhoso! Alguns de nossos hábitos mais comuns são considerados inusitados pelos gringos. Pra eles é estranho que a gente escove os dentes no banheiro do trabalho, depois de almoçar, por exemplo. Banho todo dia então, muitas vezes dois por dia, dependendo do calor, é outra aberração pra eles. Cumprimentar desconhecidos com beijinho no rosto e abraço é outra anomalia. Tem muita coisa que é herança dos africanos escravizados, mas que acabaram se tornando coisas genuinamente brasileiras. O candomblé mesmo é um grande exemplo, já que é uma religião que só existe aqui, pois é um sincretismo entre as religiões africanas com o cristianismo europeu. A mesma coisa acontece com a capoeira e o samba. A gastronomia é outro ponto emblemático na personalidade brasileira. Não precisamos nem falar das frutas, como o caju, o cupuaçu e a jabuticaba. Mas podemos falar da feijoada e da caipirinha, da paçoca, do pastel de feira, da coxinha, do brigadeiro… até dos crossovers culinários, como o nosso dogão com salsicha, purê de batata, vinagrete, milho, ervilha, bacon e o que mais couber ali, o sushi frito (hot roll), o cheeseburguer que virou x-tudo, a pizza de strogonoff, o churros recheado de doce de leite com cobertura de chocolate e muitos outros.

Além disso tudo, o brasileiro também tem suas particularidades nos utensílios domésticos e na decoração de casa. O Design BR é único! Desde as capas de crochê para botijão de gás até a mesinha de centro feita de vime e bambu. Tem pra todos os gostos. Até mesmo o uso amplo de plantas como ;itens de decoração é uma parada bem brasileira. Apesar do nome em inglês, a urban jungle também é coisa nossa! Alguns desses ítens são tão marcantes na nossa cultura, que se tornaram ícones pop! Hoje a Strip Me exalta a brasilidade selecionando os ítens domésticos e de decoração mais marcantes do país!

Boneca namoradeira.

Num tempo em que não existia rádio e nem televisão, quem ficava em casa sem ter muito o que fazer, ia pra janela, para ver o movimento da rua. Na época, o comum era que as mulheres ficassem em casa, portanto, eram elas que ficavam nas janelas. E era comum acabar rolando uns flertes com os homens que passavam. Com base nesse hábito, vários artesãos e escultures começaram a fazer bustos de mulheres, com argila, cerâmica ou gesso, e as pintavam com muitas cores. Isso começou em algumas cidades de Minas Gerias, mas logo se tornou comum no Brasil inteiro. Ficaram conhecidas como bonecas namoradeiras e são usadas em bancadas e janelas.

Rede.

Talvez o mais brasileiro de todos os ítens da casa. Afinal as redes já estavam presente na ocas dos índios séculos antes dos europeus chegarem por aqui. Vale, ela não era exclusividade dos indígenas do território brasileiro. Mas pode ser considerada originalmente brasileira por ser amplamente utilizada por aqui há tempos imemoriais. Além de trazer todo um charme para qualquer cômodo da casa, ou sacada do apartamento, varanda da casa, a rede é deliciosamente confortável para se deitar e curtir um dia de descanso.

Filtro de barro.

Outro item brasileiríssimo e descendente direto dos indígenas. Sim, pois os índios já usavam as famosas moringas, vasilhas de barro que deixavam a água fresca independente do calor do ambiente. Tais moringas continuam sendo utilizadas até hoje, vale dizer. Na Europa, em especial na Itália, os filtros de água já eram utilizados, mas eram recipientes de pedra ou metal, com uma vela de carvão ou algum material semelhante, que filtrava a água. Os imigrantes que chegaram ao Brasil no fim do século dezenove trouxeram consigo alguns desses filtros. E quando se depararam com as moringas, que mantinham a água numa temperatura mais baixa, desenvolveram um recipiente maior e incluíram a vela. Pronto. Nasceu assim o nosso popular, saudável e charmosíssimo filtro de barro!

Copo americano.

Sabe a história da batata frita, que é um ícone dos Estados Unidos, onde é conhecida como french fries, porque, na real, é uma invenção francesa? Então, o mesmo acontece com a gente, aqui no Brasil, em relação ao copo americano. Ao contrário do que alguns podem concluir, o copo americano não é de origem estadunidense, sequer de qualquer lugar do continente americano. Esse copo foi originalmente elaborado e concebido pela designer russa Vera Mukhina, no início da década de 1940. Ficou popular nos Estados Unidos na época e era conhecido como soviet glass! Em 1947 ele chegou ao Brasil através da empresa Nadir Figueiredo Indústria e comércio, que começou a fabricar o modelo de copo com uma máquina que havia sido importada dos Estados Unidos. Daí vem a origem do nome copo americano. Ele é uma das preciosidades do Brasil, um copo com capacidade de 190 ml, que recebe com perfeição o café e a cervejinha.

Piso de caquinho.

Como se pode imaginar, o piso de caquinho surgiu com a simples intenção de reaproveitar pisos quebrados. Tudo começou no fim da década de 1930 em São Caetano, São Paulo. Estava super na moda as áreas externas das casas terem o chão revestido com lajotas de cerâmica. A empresa Cerâmicas São Caetano cresceu exponencialmente nessa época vendendo lajotas de 40×40 cm nas cores vermelha, amarela e preta. Era um produto caro, e quem o consumia era a classe média alta. Na produção e transporte, sempre acontecia de algumas peças se quebrarem. Um dos funcionários da empresa, estava reformando sua casa e, para não deixar o seu quintal só no cimento, pediu autorização ao dono da empresa para usar os cacos das peças quebradas. Ele fez um mosaico com os cacos que agradou a vizinhança e os outros funcionários, que passaram a pegar também os cacos. A moda se espalhou rapidamente por toda a cidade e, ä partir dos anos 70 por todo o estado e até mesmo outras regiões, ao ponto da empresa fabricar as lajotas e quebra-las para vender. A Cerâmicas São Caetano encerrou as atividades em 1997 e o uso do piso de caquinhos entrou em desuso. Mas hoje em dia é celebrado como kitsch e símbolo do design brasileiro!

Fitinha do Nosso Senhor do Bom Fim.

A fitinha do Nosso Senhor do Bom Fim é muito mais que um acessório para se amarrar no pulso ou no tornozelo. Isso sem falar nas suas propriedades sobrenaturais, concedendo desejos e protegendo quem a usa. Mas ela também pode ser usada amarrada em certa quantidade numa grade de janela ou no portão da casa, ou apenas uma ou duas na grade do ventilador. Além de toda a sua representatividade cultural, as fitinhas dão um toque especial em qualquer decoração por conta de suas cores e simplicidade.

Ah! Meu Brasil brasileiro! Que lugar pra se viver! Onde se plantando tudo dá! Temos no tropicalismo a melhor tradução do que é viver neste país de tantas cores e tantos contrastes. Natureza e cidade, samba e rock n’ roll, folclore e cultura pop, barulho, diversão e arte! Portanto, é lógico que a Strip Me faz questão de sempre celebrar cada detalhe encantador do Brasil, sua cultura, comportamento, hábitos e principalmente sua arte! Pra conferir, basta se ligar nas coleções Tropics, Carnaval e Verão, além de sempre pintarem brasilidades nas camisetas de arte, música, cinema, cultura pop, bebidas e muitas outras. Tudo isso você tem acesso na nossa loja, onde também pintam toda semana novos lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: Una música o Brasil é igualmente diverso. Então apresentamos uma playlist com os diferentes gêneros musicais, do carimbó à moda de viola, passando pelo samba e baião. Brasilidades Top 10 Tracks.

10 fatos que você precisa saber sobre o samba.

10 fatos que você precisa saber sobre o samba.

O samba é a voz do Brasil. Por isso, é fundamental que a gente o conheça muito bem. A Strip Me está aqui hoje para te contar 10 coisas que você precisa saber sobre o samba.

Falar sobre o samba, em especial sua origem e e fundamentos, parece uma tarefa simples, mas não é. Trata-se de uma música que faz parte da nossa identidade, quer você goste dele ou não. Certa vez, o músico César Camargo Mariano, um brilhante arranjador, também conhecido por ter sido casado com Elis Regina, disse numa conversa sobre música e mistura de elementos do jazz com o samba, que ele não era um jazzista, jamais poderia ser, mas usa elementos daquela linguagem para se expressar musicalmente. Uma declaração muito sensata. O jazz é uma música que surgiu das plantações de algodão no sul dos Estados Unidos, somente quem cresceu naquele contexto, ouvindo as histórias e sentindo as vibrações daqueles sons pode ser considerado um jazzista genuíno. E o mesmo acontece conosco, com o samba. Faz sentido que qualquer brasileiro, que tenha contato com sua história e se envolva com música brasileira, possa ser considerado um sambista. Mas, claro, uns sempre serão mais sambistas que outros.

O samba, e todas as suas variações ao longo da história, é uma das mais importantes manifestações artísticas do brasileiro, mas principalmente dos africanos escravizados, que aqui criaram raízes. Assim como o jazz nos Estados Unidos, o samba por aqui veio das cantigas e dos batuques dos negros em suas lamentações e também celebrações ritualísticas. Isso foi se misturando às músicas de origem européias e acabou no que conhecemos como o samba e o choro. Toda a trajetória do samba é uma história longa e interessantíssima. E a Strip Me, sempre afim de te contar boas histórias, hoje traz 10 fatos fundamentais sobre o samba, pra você poder batucar com propriedade na mesa do bar.

Samba – Di Cavalcanti (1925)

Origem.

A origem do samba é controversa, uns dizem que surgiu na Bahia, outros no Rio de Janeiro… mas seja onde for, o fato é que foi uma evolução das cantigas tradicionais africanas, misturadas às músicas populares européias. Mas podemos considerar, por ser algo documentado, que o samba nasceu na extinta Praça Onze, no Rio de Janeiro. A Praça Onze era uma praça no bairro Cidade Nova, no Rio de Janeiro, um pouco ao norte do centro histórico da cidade. Aquela região foi largamente habitada por negros, escravizados recém libertos, após a assinatura da Lei Áurea no fim do século dezenove. Particularmente, na casa de uma baiana bem sucedida, que morava de frente para a praça e era uma excelente cozinheira, alguns músicos se reuniam no início do século XX. Entre eles, Donga, João da Baiana, Sinhô e Pixinguinha. Também foi na Praça Onze que aconteceram as primeiras reuniões populares carnavalescas, que dariam origem às escolas de samba. Na década de 1940, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas mandou abrir uma vasta avenida que ligaria o centro à zona norte do Rio. Essa avenida, que acabou levando seu nome, inclusive, passou por cima da Praça Onze, deixando somente sua história de pé.

Primeiro registro.

Reza a lenda que o primeiro samba gravado foi composto justamente na casa da tal baiana, em frente a Praça Onze. Segundo contam os sambistas mais antigos, que viveram naquela época, a música Pelo Telefone surgiu de improviso numa roda de samba, na qual estavam presentes Donga, Sinhô, Pixinguinha, João da Baiana, Caninha e Lalau de Ouro em outubro de 1916. Porém, na hora de registrar a canção, Donga ficou com o crédito. Em novembro do mesmo ano, Donga deu entrada no Departamento de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional a partitura do samba, partitura esta escrita por Pixinguinha. Donga gravou Pelo Telefone em 1917. Na época fez muito sucesso no carnaval, e depois foi amplamente revisitada décadas depois por artistas como Martinho da Vila.

Samba popular.

Até o início da década de 1930, o samba era música de gueto, coisa preto e pobre. As coisas começaram a mudar quando intérpretes das grandes rádios começaram a cantar alguns sambas. Além das rádios, o Brasil estava sendo governado por Getúlio Vargas, um ditador, mas também um astuto populista. Ele viu no samba uma maneira de se comunicar melhor com o povo, promoveu shows e elogiava alguns artistas. É verdade também que nessa época rolou uma tentativa de branquear o samba. Enquanto os grandes compositores como Donga e Pixinguinha não apareciam nunca como intérpretes, Francisco Alves e Lamartine Babo tinham alta circulação nos cartazes das principais rádios do país. 

Revolução de 1930.

Calma. Não estamos aqui pra falar de política. Estamos aqui pra falar da verdadeira revolução de 1930! Até porque aquela que a gente estuda nos livros de história do colégio não foi revolução, foi golpe de estado. Mas isso não vem ao caso. O fato é que em 1930, um jovem compositor do bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, começou a compor umas músicas que mudariam o jeito de se fazer samba e colocaria o gênero no gosto popular de vez. Noel Rosa só tinha vinte anos de idade em 1930, ano que ele compôs Com que Roupa, Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Além de músico inventivo, Noel era um excelente letrista, usando o cotidiano e o bom humor. Seus sambas inspiraram muitos sambistas que surgiam na época, principalmente aqueles que vinham dos morros e bairros mais pobres, e que se identificavam com aquela linguagem simples. Além dos já citados, também é de Noel Rosa clássicos como Gago Apaixonado, Fita Amarela e Conversa de Botequim. O sambista revolucionou o samba, mas não viveu suficiente para viver suas glórias. Ele faleceu aos 26 anos de idade, em 1936, vítima da tuberculose.

Sem Título – Carybé (1984)

Samba consolidado.

Entre as décadas de 1940 e 1950 o samba se estabeleceu como grande expressão popular. Bairros e comunidades se organizavam para criar escolas de samba, e cada uma tinha um grupo de compositores. Neste contexto surgem nomes como Cartola, Nelson Sargento, Nelson do Cavaquinho, Zé Keti, Lupicínio Rodrigues, Élton Medeiros e Adoniran Barbosa. Porém, esses sambistas todos acabam vivendo quase no anonimato, pois eram compositores, mas suas músicas ficavam conhecidas nas vozes de intérpretes como Orlando Silva e Nelson Gonçalves. Ainda assim, esse foi um período importantíssimo, de consolidação do samba. Estava tudo pronto para que mais uma revolução acontecesse.

Velho samba e bossa nova.

Considerado o inventor da bossa nova, com sua batida característica ao violão e o jeito de cantar baixinho, João Gilberto certa vez explicou que sempre quis aprender a tocar samba no violão, mas achava muito difícil. Foi então que escolheu, entre os diferentes acompanhamentos rítmicos, a levada do tamborim para executar na mão direita, enquanto, na mão esquerda, misturava acordes do samba com harmonias truncadas de jazz que ele também adorava. Pronto, surgiu a bossa nova! E não dá pra dizer que a bossa nova não é samba, porque é sim! Mas também é algo mais. É um samba sofisticado, contemporâneo. Tanto é que logo ganhou o mundo. Mas era coisa de jovem universitário, de classe média alta. No meio daquela playboyzada toda, foi uma garotinha tímida que se ligou que o samba de verdade não estava nas praias do Leblon, mas nos morros do centro da cidade.

Resgatando o samba.

Foi Nara Leão que se desgarrou do grupo e foi procurar os velhos sambistas. Em seu primeiro disco, ela não quis gravar as bossas de seus amigos, como Menescal e Carlos Lyra. Preferiu subir o morro e procurar os sambas de Cartola e Zé Kéti. Foi quando esses compositores começaram a ganhar notoriedade e reconhecimento. A turma da bossa nova era formadora de opinião e logo esses sambistas, que ali pelos anos 60, comecinho dos 70, até já estavam com certa idade, mas conseguiram usufruir dessa popularidade tardia. Foi quando, por exemplo, Cartola promovia grandes encontros em seu bar, o Zicartola, onde jovens compositores como Paulinho da Viola e Chico Buarque deram seus primeiros acordes. Depois de Nara Leão, outro nome fundamental para o samba foi João Carlos Botezelli, mais conhecido como Pelão. Pelão foi um produtor musical dos bons. Fã de boa música, quando ele viu Nara Leão e tantos outros jovens gravando os velhos mestres do samba, se perguntou por que diabos ninguém pensou em fazer com que eles próprios gravassem suas canções. Pelão foi responsável pelos discos clássicos de Adoniran Barbosa, Cartola e Nelson Cavaquinho interpretando seus próprios sambas, todos com mais de sessenta e tantos anos, com a voz cansada, mas com uma emoção incomparável!


Carnaval – Cândido Portinari (1960)

Samba regional.

A tendência é que a gente identifique o samba como uma manifestação tipicamente carioca. De fato, grande parte dos grandes expoentes do samba são do Rio de Janeiro. Mas o samba é brasileiro, e se manifesta em diferentes regiões do país, e cada região tem um tempero, uma peculiaridade. Para começar, podemos citar um dos maiores gênios do samba: Lupicínio Rodrigues. Nascido e criado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Entre milongas e bugios, Lupicínio encontrou no samba a maneira de expressar seus amores e desilusões. Além de ter sido o criador do termo “dor de cotovelo”, ele compôs clássicos como Felicidade e Nervos de Aço. Já o paulistaníssimo Adoniran Barbosa criou um samba cosmopolita, urbano e até mesmo poliglota, versando em italiano e paulistanês. Já com influências das religiões de matrizes africanas e seus afoxés, a Bahia também sempre foi um expoente de bom samba, tendo como seu maior nome o inigualável Dorival Caymmi. Enfim, samba tem no Brasil inteiro, com diferente sotaques, mas sempre com muita qualidade.

Samba 90.

Apesar de não serem tão numerosos até os anos 70, grupos de samba sempre existiram. Desde O Bando da Lua, conjunto que acompanhava Carmem Miranda, até Os Originais do Samba, passando pelos Demônios da Garoa. Mas a partir dos anos 70 e 80 o sucesso do Trio Mocotó e do grupo Fundo de Quintal inspirou muitos jovens a formarem seus próprios grupos e também atiçou o faro das gravadoras. Nos anos 80 grupos como Raça Negra e Exaltasamba já davam suas primeira batucadas. E a coisa estourou mesmo nos anos 90, com uma enxurrada de grupos como Só pra Contrariar, Negritude Jr. Soweto, Art Popular e tantos outros. Fenômeno que ficou conhecido como pagode anos 90, e que faz sucesso até hoje. Não se trata exatamente de uma reinvenção do samba, mas sim uma modernização, dando ao gênero um verniz mais pop.

Carnaval em Madureira – Tarsila do Amaral (1924)

Samba de hoje.

Em 1975 Alcione já pedia pra não deixar o samba morrer. Até hoje seu pedido está sendo cumprido com êxito. A cada geração que surge, o samba é revisitado e repensado, se adaptando a novas linguagens e tecnologias, mas sem deixar o tradicionalismo pra trás. Enquanto nomes como Xande de Pilares e Mumuzinho levam adiante o samba de raiz, caras como Criolo e Marcelo D2 colocam o samba num caldeirão de rap, hip hop, soul e funk para trazer à tona grandes obras.  Em especial Marcelo D2 tem se mostrado um verdadeiro alquimista do samba. Em 2003 lançou o irretocável disco À Procura da Batida Perfeita, e desde então vem lançando trabalhos muito inspirados. Seu último disco, lançado em 2023, chamado Iboru é um disco de samba como há muito tempo não se via, uma mistura fina de tradição e contemporaneidade. O samba ainda vive, e não dá sinais de cansaço.

O samba é coisa nossa, é suco de Brasil, é música da nossa essência! E a Strip Me, que não é ruim da cabeça e nem doente do pé, ajuda no batuque e engrossa o coro de lerê lererê. Só no sapatinho, vamos fazendo várias camisetas, uma mais linda que a outra, inspiradas e referenciando o samba! Vem conferir no nosso site! São camisetas de música, cultura pop, arte, cinema, bebidas, brasilidades e muito mais! Na nossa loja você também fica sempre por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Claro, uma playlist no capricho com o melhor so samba de todos os tempos! Samba no pé top 10 Tracks.

Para assistir: Imperdível o documentário O Samba, lançado em 2015 e dirigido por Georges Gachot. O filme tem Martinho da Vila como protagonista. Ele conta histórias do samba e de sua própria carreira, enquanto apresenta ao expectador o bairro de Vila Isabel, terra de Noel Rosa e do próprio Martinho, além de mostrar bastidores da escola de samba da comunidade, por vários anos vencedora do carnaval carioca. 

Festa Junina – 10 fatos sobre a festa mais querida do Brasil.

Festa Junina – 10 fatos sobre a festa mais querida do Brasil.

A Strip Me hoje traz 10 fatos que não deixam dúvida: a Festa Junina é a festa mais querida, é o xodó do Brasil!

Se tem uma coisa de que brasileiro entende é fazer festa. E tem de tudo. As festas de galpão no sul, a festa dos bois de Parintins, a folia de Reis  no interior de São Paulo e Minas Gerais, e, é claro, o nosso  Carnaval. E essas são as festas grandes e populares. Isso sem falar no nosso bom e velho churrasco do fim de semana, um verdadeiro coringa, que serve pra tudo quanto é comemoração. Aniversário? Churrasco. Passou no vestibular? Churrasco. Final de campeonato? Churrasco. É feriado? Churrasco. Não tem nada pra fazer? Churrasco. Mas, no meio de tanta festa, tem uma que é o nosso xodó. Aquela festa que a gente espero o ano inteiro, porque traz aquele quentinho no coração, tem umas comidinhas deliciosas que nos abraçam, o ar fica cheiroso com a mistura do cheiro de quentão e da madeira queimando na fogueira, a música é animada e, mesmo quem mora nas grandes cidades, acaba experimentando um pouquinho da vida simples de quem vive na roça!

A festa junina, é claro, tem suas origens na Europa. Mas chegou aqui, mais ou menos nos moldes que a gente conhece. Acabaram sendo feitas algumas apropriações culturais aqui e ali e criou-se esse imaginário do caipira vinculado às festas do mês de junho, que celebram 3 dos mais importantes santos da igreja católica: Santo Antônio, São João e São Pedro. Como toda festa cristã que se preze, a festa junina também é de origem pagã. Muito antes do cristianismo ser concebido, povos que viviam em aldeias por toda a Europa ocidental faziam uma grande fogueira no dia do solstício de verão, que marca a passagem da primavera para o verão no Hemisfério Norte, e faziam muita festa em volta dessa fogueira, celebrando o tempo de colheitas. Quando o cristianismo se tornou a religião predominante na região, essa festividade foi incorporada no calendário católico como celebração do dia de São João. Assim, tal festividade ficou conhecida entre os povos de língua latina como festa joanina. No futuro, por ocorrer no mês de junho, acabou virando festa junina e diz respeito não só ao dia de São João, mas também de Santo Antônio e São Pedro, pelo único motivo de esses dois santos também terem seus dias celebrados no mesmo mês.

Aqui no Brasil a festa joanina chegou com os primeiros colonos portugueses e foi se adaptando à nossa realidade. No início, era celebrada apenas pela elite, ou seja a nobreza e o clero. Originada na França, uma dança chamada quadrille, uma espécie de minueto dançado em grupo, começou a fazer parte das festividades, além de grandes banquetes e missas em homenagem aos santos. No fim do século XIX, com a abolição dos escravos, o crescimento das cidades e a vinda de muitos imigrantes para trabalhar nas lavouras fez com que a festa joanina se popularizasse, principalmente no interior, nas fazendas onde os imigrantes, muito religiosos, celebravam essas datas, mas sem a pompa de outrora. Assim, a quadrille virou quadrilha, as comidas passaram a contar com ingredientes mais baratos como o milho, a música misturava cantigas de roda e música tradicional, essencialmente italiana (onde o uso do acordeom é muito comum), com elementos brasileiros dos camponeses, a famosa moda de viola. E pronto! Temos a festa junina como conhecemos hoje.

Essa história toda é muito interessante, mas não explica por que razão a festa junina é tão adorada e querida pelas pessoas. Lembra da pandemia? Uma das coisas mais comentadas internet afora, quando o clima começava a esfriar, eram lamentos sobre a saudade da festa junina! Pois bem. A Strip Me está aqui para explicar essa paixão para você. Trouxemos 10 fatos que comprovam porque a festa junina é a festa mais querida do Brasil. Confere aí.

01 – Fogo

Você já deve ter ouvido falar que o fato de o cachorro dar uma ou duas voltas em círculo antes de se deitar é um traço de sua ancestralidade. Pois é, antes dos cães serem domesticados, eles viviam na natureza, e antes de se deitar, andavam em círculos para afofar a terra onde iriam se deitar. Da mesma maneira, o ser humano, desde os primórdios se reúne em volta de fogo. É uma parada que nos fascina até hoje. Então, certamente, uma das coisas que torna a festa junina tão atrativa é o fogo. A fogueira, os fogos de artifício, as bombinhas que tanto divertem as crianças. Passam-se eras e a gente ainda continua se reunindo em volta do fogo, tal qual um cachorro andando em círculos no concreto antes de se deitar.

02 – Clima

Na esteira do fogo, o clima também ajuda muito a fazer com que as pessoas gostem da festa junina. Em especial no sul e sudeste, junho é tempo frio. O clima ajuda muito a fazer com que tudo que envolve a festa junina se torne atrativo. As bebidas como o quentão e o vinho quente, as roupas como camisa e calça para homens e vestidos para as mulheres, a fogueira, a dança… enfim, tudo. E não é só no sul e sudeste que o clima conta. O estado da Paraíba se orgulha de realizar a maior festa de São João do Brasil. Nos arredores da cidade de Campina Grande, existem  pequenas cidades cujas festas juninas são muito concorridas, e são cidades de uma região serrana, onde, em pleno nordeste brasileiro, chega a fazer aproximadamente 15 graus.

3 – Roupa

Está aí o Carnaval que não nos deixa mentir. A gente sempre gostou muito de se fantasiar. Uma das coisas mais divertidas da festa junina e encarnar o personagem caipira. Se vestir à caráter, com chapéu de palha e tudo. Além de ser divertido, é muito fácil se vestir de caipira, e muito confortável também. A praticidade de sempre ter no guarda roupas uma camisa xadrez e uma calça jeans meio detonada é muito estimulante. Para as mulheres, acaba dando um pouco mais de trabalho, é verdade, mas mesmo quando dá um trampinho a mais pra montar a fantasia, isso acaba fazendo parte da diversão.

4 – Vida simples

Principalmente para quem mora em grandes cidades, a festa junina é um verdadeiro portal que transporta a pessoa para um mundo de simplicidade e alegria. Não é que não tenham desvantagens em morar no campo. Mas é indiscutível que quem mora no interior leva uma vida mais tranquila, tem hábitos mais saudáveis, se alimenta melhor… além disso, o estereótipo do caipira é de uma pessoa humilde, de gostos simples, bondosa e muita tranquila. Quem não quer ser assim? Nem que seja por uma noite, na quermesse, a gente consegue vivenciar um pouquinho dessa vida simples da roça.

5 – Tradição

Dentro dessa esfera da vida simples campesina, tem um outro fator que atrai a curiosidade de quem não conhece  a cultura sertaneja e desperta sentimentos em quem é familiarizado com essa cultura. É a tradição. Por toda a história da festa junina, que vimos no começo do texto, soma-se o fato de que no interior as pessoas tendem a ser mais religiosas, simplesmente porque isso é passado de geração para geração. A tradição das quermesses de Santo Antônio, por exemplo, são curiosíssimas. Sendo ele o santo casamenteiro, tem toda uma dinâmica na quermesse com simpatias para mulheres solteiras arranjarem marido. É uma parada que nem cabe muito em pleno 2023, esse negócio de mulher ter que casar… mas a coisa toda acaba sendo encarada como uma brincadeira.

6 – Quadrilha & Casamento

Toda quermesse que se preze tem uma bela dança de quadrilha e um casamento. Como já foi dito, a quadrilha é uma herança de uma dança da nobreza de séculos passados, e foi adaptada aos nossos costumes. O que chama a atenção aqui é que existe um grande fundo de deboche dentro dessas práticas tradicionais da festa junina. Quando as festas juninas se popularizaram entre trabalhadores da lavoura, o que animava a festa era satirizar os hábitos dos fazendeiros ricos, que tanto enganavam os trabalhadores com promessas falsas. Assim, a quadrilha passou a ser dançada com música sertaneja e sempre tem um animador contando mentiras para os dançarinos. “Olha a cobra!” “Olha a chuva!”. O casamento também é uma sátira aos casamentos pomposos da aristocracia, ao se realizar um casamento com noivos pobres e com roupas simples. Festa junina também é resistência e consciência de classe!

7 – Música

Por si só, a música tradicional, ou folclórica, é um tema fascinante e muito vasto. Mas basta dizer que muitas das músicas tradicionais de diferentes povos tem muitas similaridades. A começar que são geralmente cantadas em grupo, animadas e acompanhadas de dança. Assim são as tarantelas sicilianas, as polkas do leste europeu, as marchas dos alemães e etc. O que conhecemos hoje como música caipira tem em seu DNA boa dose dessas músicas europeias, em especial dos italianos, que foram a maioria que se instalaram tanto no Rio Grande do Sul quanto no interior paulista. Ouça músicas como Abballati e C’è la Luna a Mezzo Mare, que são tarantelas típicas italianas e perceba a semelhança rítmica com as músicas caipiras capitaneadas pela sanfona na dança da quadrilha. E são todas músicas divertidíssimas de se ouvir! A música é uma coisa só, bicho!

8 – Bebida

Quentão e vinho quente são essenciais para qualquer festa junina que se preze. Mas não é só isso. Essas bebidas deliciosas são um dos motivos do nosso amor pela festa junina. São bebidas de sabor único, quentinhas, que ajudam a aplacar o frio, além de servir como aquele eficiente lubrificante social. Á medida que você vai bebendo, vai ficando mais solto na quermesse. Quando se dá conta, já se sente apto a buscar aquela prenda em cima do pau de sebo  e até adoçar os lábios na barraca do beijo. Claro que quermesse boa tem de tudo, inclusive a cervejinha gelada pra quem preferir, mas tem também refri vendido no saquinho plástico e canudo e garapa. Enfim, é diversão garantida.

9 – Comida

O estilo de vida caipira, a música, a quadrilha, a fogueira… tudo lindo. Mas a verdade é que a gente curte mesmo comer! E é cada delícia na festa junina que não tem como a gente não amar muito essa festa. Amendoim torrado, pipoca, milho com manteiga, churrasquinho de carne, frango assado, pamonha, canjica, pé de moleque, bolo de fubá… é tudo maravilhoso! Acho que podemos assumir aqui que todos os demais fatos que compõe essa lista são apenas suporte para este tópico. A gente ama muito a festa junina é por causa a comida mesmo.

10 – Nostalgia

Para completar, tem mais um fato que explica o nosso amor pela festa junina. É a nostalgia, a lembrança daquele tempo gostoso de criança, quando a escola fazia festa junina. Os pais pintavam bigodinho nos meninos e sardas nas meninas, todo mundo se vestia à caráter e tinha muito brincadeira. Pesca, tiro ao alvo com bola de meia, correio elegante, cadeia… eram festas tão legais que é bem provável que todo mundo já teve um dia uma foto sua criança vestido de caipira. A festa junina traz também essa nostalgia gostosa de ser a mesma festa que a gente curtia quando criança, só que agora, ao invés de ir na barraca da pesca, a gente compra a rifa da leitoa e fica sentado curtindo a festa. enquanto toma quentão e cervejinha!

A festa junina pode até ter suas origens lá na gringa, mas já é uma festa brasileiríssima! É a nossa festa mais querida, o nosso xodó! Por isso, é claro, que a Strip Me tem estampas dedicas a ela! Mas não só. Tem também camisetas de carnaval e brasilidades em geral. E tem também as camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas elas e ainda fica por dentro dos lançamentos, que pintam semanalmente!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist tão boa quanto pé de moleque, com música que tem tudo a ver com festa junina! Festa Junina top 10 tracks.

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