Do luxo ao lixo: a máfia de Scorsese em Os Bons Companheiros

Do luxo ao lixo: a máfia de Scorsese em Os Bons Companheiros

– por José Rubens

 

Filmes de gângsters são muito recorrentes no cinema, desde os primórdios quando o gênero acabou sendo marcado por atores como James Cagney, passando por um período de filmes genéricos, com a mesma abordagem batida até chegar no ápice da glamorização com o clássico de Francis Ford Coppola: O Poderoso Chefão. O filme de Coppola deu uma perspectiva mais honrosa ao crime organizado, a família Corleone, comandada e articulada por Don Vito (nosso querido Marlon Brando/maior ator que já existiu/dono de ilha/artista fechado com os índios) possuía características morais muito fortes (falar de moral e crime organizado na mesma frase é meio complicado, mas para eles isso fazia sentido). Vito era contra o ingresso das famílias no ramo dos narcóticos, era um homem que se doava à família e um líder que não desconsiderava os pedidos de favores de seus amigos e apadrinhados, Vito procurava ser o mais correto possível com os seus negócios escusos e mais ainda com sua família, tanto que sempre disse que nunca quis que Michael Corleone tivesse entrado para as atividades da “cosa nostra”.

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Olha só, que belezinha, hein?! As atividades ilícitas dos italianos não parecem tão ruins, na verdade, no mundo dos bandidos, eles conseguem ser os mocinhos. Porém, em 1990, Martin Scorsese joga por água abaixo essa perspectiva abrilhantada quando dirige o maravilhoso Os Bons Companheiros, inspirado nos fatos reais contidos no livro Wiseguy, de Nicholas Pillegi. O filme conta a trajetória de Henry Hill, um rapaz com ascendência irlandesa e italiana que desde pequeno sonhava em ser um gângster. Como Henry não tinha o sangue 100% italiano, ele não podia fazer parte da máfia, porém isso não o impedia de ser um “associado” que podia fazer uns trambiques e ganhar uns muitos “dinheirinhos de pinga”.

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Com a ajuda dos amigos James Conway e Tommy DeVito, Henry comete os mais diversos delitos, desde roubos e extorsões até tráfico de drogas, e aí está um dos muitos aspectos em que a máfia de Scorsese difere da de Coppola, na vida real, o crime não mede esforços para lucrar, seja roubando ou matando, no fim ele quer mesmo é ficar por cima da carne seca, sair melhor que todo mundo.

strip-me-camisetas-goodfellas-2 Outro ponto interessante em Os Bons Companheiros é a seguinte questão: até onde vai esse bom companheirismo? Será que ele existe mesmo? Nós vemos no filme que no primeiro sinal de alerta, aquele que antes era seu amigo deve ser liquidado, para eles isso nem de longe é um problema, pois vemos durante o filme alguns sendo mortos sem nem mesmo serem delatores, mortos por ganância, por queima de arquivo ou só por capricho mesmo. A máfia de Scorsese não possui o mínimo senso de moral, ela está interessada no dinheiro e no poder, não na família e nos amigos, muito menos no preço que esse dinheiro e esse poder podem custar.

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Podemos constatar também que, diferente de muitas figuras de O Poderoso Chefão, que mesmo de uma maneira discutível possuíam integridade (até mesmo o Sonny que era um lunático), os personagens do filme de Martin Scorsese são completamente tomados por emoções mundanas primitivas. Tommy é um sádico que encontra prazer na violência, Henry se torna um descontrolado viciado em cocaína e Jimmy se mostra cada vez mais ganancioso e egoísta, isso sem falar no chefão de todos, Paul Cicero, que no fim só se preocupa com o dinheiro, quer distância de problemas e lava as suas mãos quando algum “bom companheiro” se ferra.

strip-me-camisetas-goodfellas-4Os Bons Companheiros acabou sendo um grande injustiçado do Oscar (assim como Scorsese continua sendo, tenho a impressão que ele só começou a ganhar de uns anos pra cá porque a Academia ficou com medo dele morrer), porém o seu valor é inestimável: as atuações são espetaculares (a de Joe Pesci principalmente), a trilha sonora é excepcional (Rolling Stones, Tony Bennett, Cream, Aretha Franklin e vários outros dinossauros sagrados), além de sua verdade nua e crua, sua visceralidade e sua contribuição para explicar o óbvio: o dinheiro sempre fala mais alto.

 


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The Godfather Facts

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Lançado em 1972, O Poderoso Chefão é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores filmes de todos os tempos, além de sucesso comercial, de crítica, público e, de longe, a melhor atuação da Sofia Coppola.

O longa de Francis Ford Coppola está em todo lugar na cultura pop e, prova de sua importância é continuar sendo citado como um dos filmes mais assistidos por pessoas de todas as idades, mesmo sendo um “senhor” de 40 e poucos anos.

A reunião de alguns dos melhores atores que o cinema já produziu, uma equipe de produção criativa devido ao orçamento limitado e um mega estúdio de Hollywood tão tranquilo quanto um mega estúdio de Hollywood sedento por dinheiro pode ser, renderam histórias quase tão boas quanto o próprio filme.

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Se liga nesses 10 Facts sobre O Poderoso Chefão que vão te fazer rever o filme!

1

O Poderoso Chefão é um romance baseado no best-seller homônimo de Mario Puzo, best-seller lançado em 1969 com mais de 10 milhões de cópias vendidas.

Em 1967, Mario Puzo tinha apenas um manuscrito de 60 páginas que, por muita sorte, foi parar na mão de um produtor da Paramount Pictures. O executivo gostou tanto do que leu que fez uma oferta para adquirir os direitos de filmagem da história, e mesmo contra a vontade de seu agente literário, Mario Puzo aceitou a oferta antes mesmo de lançar seu livro.

Mario Puzo mandou essa foto de presente para seu agente.

2

O diretor Francis Ford Coppola chegou a dizer não para a Paramount, mas como estava na pindaíba resolveu voltar atrás e aceitar a oferta. Durante todo o processo de produção, o diretor e o estúdio discordaram de tudo: da escolha de elenco até a época em que o filme se passava e seu orçamento. A crescente popularidade do livro fez a Paramount ceder em diversos pontos, mas mesmo assim a pressão sob o diretor para que o filme fosse um sucesso foi forte até o lançamento.

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O escritor Mario Puzo queria Marlon Brando no papel principal do filme desde o início da produção, porém os executivos da Paramount, de novo eles!, não gostavam da escolha. Após muitos pedidos desesperados o estúdio aceitou, mas exigiu que Brando fizesse um teste. Com medo de ofender o ator, Coppola disse que precisava testar seu equipamento, e sob essa desculpa voou até a casa do ator na Califórnia e o filmou por lá, já todo maquiado e com os cotonetes para deixá-lo com aquelas belas e protuberantes bochechas. A performance de Brando impressionou os executivos, que acabaram aceitando-o no papel de Vito Corleone.

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4

Coppola se mostrou um belo nepotista em O Poderoso Chefão, ao escalar sete familiares para o filme. Sua irmã Talia Shire (ou Adrian, para os fãs de Rocky Balboa) interpreta Connie Corleone, seu pai faz uma ponta como pianista no começo do filme e sua filha Sofia Coppola, que voltaria a série no terceiro filme, é o bebê que Michael Corleone batiza na cena em que os chefes das outras famílias são assassinados. Além desses, sua esposa, mãe e dois filhos pequenos aparecem como figurantes ao longo do filme.

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Sofia brilhando no primeiro filme.

5

A cena da cabeça de cavalo é uma das mais reconhecidas do filme e tem pedaços de verdade. Do que aparece na cena, só o sangue é fake, a cabeça de cavalo foi comprada de uma fábrica de ração para cães sem o conhecimento do ator, que não imaginava que filmaria com um “item” legítimo. Percebe-se então porque o choque dele não é só encenação na fatídica cena.

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6

Outra cena memorável é aquela que Sonny Corleone da uma surra em seu cunhado Carlo Rizzi. Acontece que os atores James Caan e Giani Russo eram desafetos declarados na vida real, o que fez Caan aproveitar cada minuto da filmagem. A cena levou quatro dias para ser rodada, e ao fim, Russo contabilizou duas costelas quebradas e um cotovelo lascado. E aquela finalizada com a lata de lixo? Aquilo não estava no roteiro, foi um leve “improviso” de James Caan.

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Só atuação.

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Marlon Brando também improvisava bastante em suas cenas. Por não ter decorado praticamente nenhuma de suas falas ao longo do filme, ele espalhava cartões pelo set com palavras-chave que o remetiam às falas. Outro elemento que apareceu de última hora foi o gato da primeira cena. O bicho vagava pelo set e Seu Brando, gente boa que era, o pegou no colo e o transformou em parte da cena. Fato curioso é que o bichano ronronou tanto que chegou a atrapalhar a captação de áudio e forçou todos os atores a fazerem dublagens posteriores na edição do filme.

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8

Ao longo do filme, laranjas aparecem antes de mortes ou quase mortes. As duas cenas mais notáveis envolvem Don Vito Corleone: na primeira ele está perambulando por uma feira e quando começa a escolher laranjas é alvejado por tiros, disparados a mando de Solozzo. Anos mais tarde, na morte do personagem, enquanto brinca com seu neto Anthony, Vito tem uma casca da fruta na boca para assustar o garoto.

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9

Paramount e Coppola tinham divergências sobre quem deveria interpretar Michael Corleone. Nenhuma novidade aqui. O estúdio queria um ator já consolidado para o papel, e entrou em contato com Warren Beaty, Jack Nicholson e Ryan O’Neal. Os três recusaram. Já Coppola queria alguém desconhecido e que tivesse aparência italiana. Al Pacino tinha todos os requisitos e foi a indicação do diretor. Apesar dos executivos da Paramount o acharem muito baixinho para o papel, acabaram aceitando o ator.

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10

A cena mais cara do filme é a do assassinato de Sonny Corleone, que custou $100 mil dólares! A locação foi um aeroporto em construção em Long Island, onde ficava um antigo campo da Força Aérea Americana durante a Segunda Guerra Mundial. Tudo foi filmado em apenas um take. Na cena foram usadas 4 câmeras, 127 bolsas de sangue falso e 200 mini explosivos colados no terno de James Caan para simular os tiros.

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Cem mil? Mas isso é uma facada!

Bônus Fact

Marlon Brando queria que seu personagem, Vito Corleone, tivesse a aparência de um cão da raça Bulldog. Para isso, o ator improvisou: recheou as bochechas com algodão. O resultado foi tão bom que a produção do filme bancou um dentista para fazer uma prótese móvel que deixasse a boca de Brando com o mesmo resultado do algodão. A prótese em si, usada por ele em todo o filme, está em exibição no American Museum of the Moving Image, no Queens, em NY.

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Na Strip Me somos fãs declarados de O Poderoso Chefão. E é claro que um dos maiores filmes de todos os tempos também ganharia nossa homenagem com uma pegada clássica, tal qual a obra-prima de Coppola. Camiseta The Godfather Strip Me – disponível em www.stripme.com.br, onde você também encontra as mais legais camisetas de rock e camisetas de cultura pop. Vem!

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Por dentro da selva: 5 grandes filmes sobre a Guerra do Vietnã

Por dentro da selva: 5 grandes filmes sobre a Guerra do Vietnã

por José Rubens

A Guerra do Vietnã me desperta muita curiosidade, sem dúvidas é a minha guerra favorita (não que eu goste de gente morrendo por conta de desavenças políticas e econômicas gente, não é isso não, e se fosse eu nunca admitiria, pois minha mãe com certeza vai ler isso daqui), pois é, na minha opinião, o maior retrato do equívoco que foi a Guerra Fria, o embate de duas potências que fizeram países menores sofrerem não só com guerras, mas também com ditaduras sanguinárias de ambos os lados. Sem falar no contexto da contracultura em que ela se insere nos anos 60 (contestação, música, hippies, drogas, Woodstock, protestos contra a guerra, Dennis Hopper e Peter Fonda andando de moto…), contudo, grandes e vergonhosos desastres causados por guerras (como foi o caso do fracasso americano no Vietnã), geram maravilhosos filmes, a história comprova isso. A cruel Segunda Guerra gerou títulos muito bons como O Resgate do Soldado Ryan e Além da Linha Vermelha, o embate no Golfo gerou Soldado Anônimo, e graças à Guerra do Iraque temos Guerra ao Terror, entre muitos outros, obviamente com o Vietnã não seria diferente…

1. Platoon (1986)

Um dos meus filmes favoritos e com certeza, disparado, meu filme de guerra favorito, perdi as contas de quantas vezes já imitei aquela cena célebre do Willem Dafoe tentando correr até o helicóptero (ainda imito às vezes, a constituição e a bíblia me dão esse direito, não me julguem senão Deus castigará a todos). Dirigido por Oliver Stone (que realmente serviu no Vietnã), Platoon conta a história do idealista Chris Taylor, um jovem oriundo de uma família bem estruturada financeiramente que se alista para defender o seu país no Vietnã. Taylor, interpretado por Charlie Sheen (antes dele, vocês sabem…) descobre então que na guerra não existe tanto patriotismo quanto ele imaginava, e sim horror, desunião, medo e insanidade. O filme também tem como figuras chaves, o ponderado e humano Sargento Elias, interpretado por Willem Dafoe e o frio e sociopata Sargento Barnes, interpretado por Tom Berenger (os dois atores acabaram concorrendo ao Oscar de melhor ator coadjuvante, mas apesar do filme conquistar quatro estatuetas, os dois acabaram ficando sem o prêmio), os quais contribuem muito para o soldado que o jovem Taylor acaba por se tornar. Platoon venceu quatro Óscares.


 

  1. Apocalypse Now (1979)

Esse filme, dirigido por Francis Ford Coppola teve tudo para não acontecer, devido à “zica” que assolou sua produção: Martin Sheen quase morreu, um tufão destruiu o set de filmagem, Marlon Brando queria dar calote etc. O calvário foi tão gigantesco, que em 1991, um documentário chamado Hearts of Darkness: A Filmmaker’s Apocalypse, conta todo o sacrifício que foi gravar Apocalypse Now. O filme conta a história do Capitão Benjamin Willard, interpretado por Martin Sheen (pai do Charlie), que é designado para a missão de encontrar e matar o Coronel Walter Kurtz, interpretado por Marlon Brando, Kurtz acabou enlouquecendo e se embrenhando no meio da selva, indo parar no meio de uma tribo vietnamita, que o trata como se ele fosse uma entidade divina (isso no meio de muitas cabeças empaladas, claro). O filme possuí personagens marcantes, como o Coronel Killgore, interpretado por Robert Duvall (que adora o cheiro de napalm pela manhã) e um fotojornalista maluco que venera o “trabalho” de Kurtz, interpretado por Dennis Hopper, e cenas fantásticas, como o bombardeio americano a um vilarejo ao som de Cavalgada das Valquírias, de Richard Wagner. O filme conquistou dois Óscares.


 

  1. Nascido para Matar (1987)

Kubrick mostra em Nascido para Matar algo diferente dos outros dois clássicos sobre a Guerra do Vietnã acima, ele mostra todo o treinamento que transforma aqueles homens em verdadeiros combatentes selvagens, a primeira parte toda do filme traz o treinamento do protagonista Joker (que acredita piamente que é um assassino nato que tem como objetivo de vida, o combate e o sangue no campo de batalha), interpretado por Matthew Modine, e seus companheiros, o treinamento é tão brutal que acaba por transformar um rapaz inseguro e incapaz, como o soldado Pyle, interpretado por Vicent D’Onofrio (ele intepreta o homem que aquela barata gigantesca “veste”, no primeiro filme do MIB), em um verdadeiro lunático. O resto do filme retrata a vida dos soldados no campo de batalha e como se tornar um assassino não é uma tarefa simples, como Joker sempre acreditou.

http://www.youtube.com/watch?v=x9f6JaaX7Wg


 

  1. Nascido em Quatro de Julho (1989)

Novamente, Oliver Stone dirige um filme sobre a Guerra do Vietnã, mas dessa vez, ele foca no pós guerra do veterano Ron Kovic, interpretado por Tom Cruise, que acabou ficando paraplégico por conta da guerra. O filme mostra como a experiência em combate, a precariedade do hospital de veteranos e as dificuldades depois do acidente, acabaram mudando os valores de Ron, pois ele se alistou ao exército justamente por ser o típico jovem americano que crê no amor incondicional pela pátria (na família, na moral e nos bons costumes) e após sua experiência no Vietnã, ele acaba se tornando um atuante ativista contra a guerra. O Filme também conta com Willem Dafoe e Tom Berenger, que trabalharam em Platoon.


 

  1. O Franco Atirador (1978)

Dirigido por Michael Cimino, O Franco Atirador conta a história dos amigos Michael, interpretado por Robert de Niro, e Nick, interpretado por Christopher Walken, que são dois simples metalúrgicos que tem como um de seus hobbies, a caça, quando são mandados para servir na Guerra do Vietnã, eles são capturados por soldados do Vietnã do Norte e são obrigados a jogar roleta-russa (algo extremamente saudável para a cabeça de um ser humano normal), milagrosamente, os dois conseguem escapar mas apenas Nick consegue subir no helicóptero de resgate, Michael então conduz seu outro amigo, Steven, interpretado por John Savage, a um território amigo e acaba se desencontrando de Nick, mais tarde os dois se encontram em um clube na cidade, onde homens apostam em jogos de roleta-russa. O filme se torna extremamente psicológico quando Michael volta para buscar Nick, mas este se encontra tão atormentado por conta do Vietnã e das tensas rodadas de roleta-russa, que nem reconhece mais o seu melhor amigo. O Franco Atirador trata de como a fragilidade do psicológico e das relações humanas não é páreo para os horrores e o trauma da guerra. O filme ganhou cinco Óscares.


 

 


 

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