Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

O humor é marca indelével de todo o catálogo da Strip Me. Seja uma piada descarada ou uma ironia discreta, as nossas camisetas unem estilo e bom gosto com muito bom humor. Por isso, não podemos deixar de falar sobre comédia e seus variados gêneros. E hoje a bola da vez é o stand up comedy.

O riso é uma reação complexa que começa no cérebro. Quando algo engraçado é percebido, o cérebro processa essa informação e desencadeia a resposta, o riso. A região do cérebro conhecida como córtex pré-frontal é a responsável por interpretar o humor. Quando uma situação é percebida como engraçada, essa informação é enviada para o sistema límbico, a área do cérebro associada às emoções. Dentro desse sistema, a amígdala e o hipotálamo desempenham papéis cruciais. A amígdala ajuda a regular as emoções e respostas emocionais, enquanto o hipotálamo coordena as reações físicas do riso, como a contração dos músculos faciais e a ativação dos sistemas respiratório e vocal. Ao rir, os batimentos cardíacos aumentam um pouco, o que melhora a circulação sanguínea, e a hipófise, uma glândula no cérebro, produz e libera a endorfina, um hormônio delícia que promove bem estar e prazer.

Muitas vezes o riso desperta de maneira involuntária. O que nos leva a crer que desde que o ser humano se entende por gente, sacou que rir é uma parada bem gostosinha e começou a criar situações engraçadas, para rir e se sentir bem. A comédia, portanto, é tão antiga quanto a humanidade e vem se desenvolvendo desde as pinturas rupestres até as plataformas de streaming. E, no meio disso, pintou a tal stand up comedy. A grosso modo, a comédia stand up surgiu nos Estados Unidos no começo do século XX com os apresentadores, ou mestres de cerimônia, de feiras de variedades, que faziam umas piadolas antes de apresentar os artistas. Se formos cavar um pouco mais fundo, podemos encontrar suas sementes plantadas nos espetáculos de vaudeville do final do século XIX, mas acaba que é quase a mesma coisa.

Na virada dos anos 50 para os anos 60 que a parada começou pra valer. Caras como Lenny Bruce e Bill Cosby se tornaram famosos se apresentando apenas fazendo observações cômicas sobre o cotidiano e sobre si mesmos. Clubes de comédia como o The Comedy Store em Los Angeles e o The Improv em New York se tornaram trampolins para comediantes que surgiam, como Woody Allen, George Carlin, Andy Kaufman, Richard Pryor, Steve Martin e muitos outros. A televisão logo viu potencial nessa turma e o legendário programa Saturday Night Live, por exemplo, virou um antro de comediantes de stand up. Nos anos 80 o gênero perdeu força, mas nunca chegou a desaparecer. Nos anos 90 uma nova geração de comediantes trouxe o stand up para as cabeças de novo, graças a Jerry Seinfeld, que inseriu o stand up numa sitcom irresistível. Paralelamente, e surfando na onda de Seinfeld, vieram grandes comediantes como Ellen DeGeneres, Tim Allen, Chris Rock e Ray Romano. Daí em diante, a popularização da TV à cabo e, posteriormente, os streamings deram a liberdade que esses artistas precisavam para filmar seus shows e se tornarem cada vez mais populares no mundo todo. Inclusive no Brasil.

Apesar de pouco popular, e sequer reconhecido pelo nome de comédia stand up, o gênero já rolava em terras tupiniquins desde os anos 70. O primeiro a fazer um show nos moldes do stand up por aqui foi o genial Zé Vasconcelos. Em seguida, Jô Soares e Chico Anysio também começaram a fazer shows no mesmo estilo. Mas a coisa virou mesmo só no começo dos anos 2000. Entre 2004 e 2005 surgem os primeiros grupos de stand up em São Paulo e no Rio de Janeiro, com comediantes veteranos como Marcelo Mansfield e Márcio Ribeiro e jovens talentos como Rafinha Bastos, Diogo Portugal, Fábio Rabin e Fábio Porchat. Uma década depois, uma nova geração revoluciona o gênero e dá, de fato, um tempero brasileiro ao stand up, com uma linguagem mais dinâmica, interações frequentes com a platéia e um foco maior em histórias pessoais. Dessa nova geração, se destacam nomes como Afonso Padilha, Igor Guimarães, Thiago Ventura, Bruna Louise e outros.

Na era dos streamings ninguém investe mais na comédia stand up do que a Netflix. A plataforma produz e veicula especiais de comédia do mundo inteiro e tem uma extensa lista de ótimos shows em seu catálogo. Para concluir esta singela celebração a este gênero tão delicioso da comédia, a Strip Me selecionou 6 shows do catálogo da Netflix para te recomendar, 3 gringos e 3 brasileiros. Confere aí.

Wanda Sykes – Not Normal 2019

Abrindo a lista com chave de ouro, a brilhante Wanda Sykes apresenta aqui um show verborrágico e engraçadíssimo, mas sempre com um subtexto corrosivo de crítica social e política. De todos os comediantes da atualidade, Sykes é quem chega mais perto do estilo feroz de George Carlin. É um show ideal para quem revira os olhos e não disfarça o desânimo quando alguém começa a falar das benesses do liberalismo e de como a meritocracia é importante.

Maurício Meirelles – Levando o Caos 2020

O título do especial de comédia de Maurício Meirelles não poderia ser mais apropriado. Seu texto de pouco mais de uma hora aborda tantos assuntos diferentes, que passa realmente a impressão de ser algo caótico. Entretanto, o comediante conduz tudo com muita firmeza e coesão, e com ótimas piadas! Ele se equilibra bem entre temas espinhosos como feminismo e drogas, intercalando com situações de sua vida pessoal. É uma ótima pedida para quem tem um churrasquinho marcado no fim de semana e quer chegar apavorando com umas opiniões descoladas e engraçadinhas sobre o cotidiano.

Ricky Gervais – Armageddon 2023

Podemos estabelecer, de cara, que Ricky Gervais é um dos melhores comediantes da atualidade, certo? Ok. Além de filmes e séries (incluindo aí The Office), Gervais lança com certa periodicidade seus especiais de stand up. E Armageddon, o mais recente, é simplesmente excelente! Nele Gervais aborda o fim dos tempos, que seria basicamente o tempo presente. Ou seja, o homem evoluiu, conquistou o planeta, dominou os outros animais… E agora se ofende com palavras! Ele costura com brilhantismo críticas à cultura woke e outras alucinações com memórias de sua infância. Show mais que recomendado para quem ouve as músicas da fase racional do Tim Maia e acha que até tem um fundo de verdade ali naquelas letras.

Bruna Louise – Demolição 2022

Bruna Louise carrega o mérito de ser a primeira mulher brasileira a ter um especial de comédia na Netflix. Também é considerada um dos grandes nomes do stand up comedy no Brasil. E isso de maneira geral, não só entre mulheres. Este seu solo, entitulado Demolição porque chega justamente para quebrar tabus (a começar pela conquista de ter seu especial na plataforma), é carregado de feminismo, sim senhor. Mas nem precisa achar ruim, porque Bruna Louise tem um ótimo texto e boas piadas, bem amarradas através de experiências pessoais e histórias hilárias de relacionamentos amorosos. Show que cai como uma luva para a galerinha que curte bloquinho do Baixo Augusta e que se recusa a admitir que leu algum livro do Monteiro Lobato na infância.

Richard Pryor – Live in Concert 1979

Pryor é um gênio. Ator estupendo e comediante mordaz. Este show é uma aula de stand up comedy. Ao assistí-lo você vai se dar conta que todo mundo que veio depois tem Richard Pryor como referência. Tem de tudo nessa apresentação. Humor físico que influenciou caras como Robin Williams, piadas de protesto que inspiraram Chris Rock, humor negro que encantou Dave Chappelle… tudo com um ritmo alucinante e timing perfeito para cada piada que Pryor vai soltando aos montes. Show indispensável para pessoas que falam que precisam acordar cedo pra não ir pra balada, mas ficam assistindo filme dos anos 80 pela milhonésima vez na TV.

Afonso Padilha – Alma de Pobre  2020

Sem dúvida Afonso Padilha é o mais workaholic dos comediantes brasileiros. O que é ótimo, porque seu texto é muito bem acabado e muito, mas muito engraçado mesmo! Quando ele se mete a falar de qualquer assunto, ele pesquisa antes, vai atrás pra saber como é… e volta com um amontoado de ótimas piadas a respeito. Neste show, no entanto, ele trocou a pesquisa pela sua própria vivência, e conta com muita graça como as pessoas que eram pobres e enriqueceram (ele incluso) não perdem uma certa essência de pobre, que pode soar pejorativa a princípio, mas ao longo do show se prova o oposto disso. Show ideal para quem já tem grana suficiente para pagar Spotify Premium sem reclamar, mas ainda compra requeijão no copo de vidro, só pra poder reutilizar o copo depois.

Bonus Track

Poderíamos aqui citar muitos outros especias de comédia de artistas incríveis. Por exemplo, o impagável show de 1999 do Chris Rock, entitulado Bigger and Blacker, onde ele destila um texto hilário e contundente sobre racismo e que está disponível na HBO Max. Ou ainda o excelente show Tá Embaçado, do Fábio Rabin, lançado ano passado na Amazon Prime Video, onde Rabin apresenta um texto envolvente sobre vários dilemas da sociedade moderna. Mas a bonus track em questão aqui é um show de 2022 produzido pela Netflix chamado The Hall, onde é criado uma espécie de Hall of Fame para comediantes, e 4 comediantes já falecidos são homenageados por 4 colegas ainda em atividade. assim, temos George Carlin, Robin Williams, Joan Rivers, e Richard Pryor sendo homenageados por Jon Stewart, John Mulaney, Chelsea Handler, e Dave Chappelle. Vale a pena demais conferir.

Pois é. A comédia nada mais é do que um espelho, mas um desses espelhos que aumentam tudo, deixando na cara todas as qualidades e todos os defeitos ali refletidos. E esse espelho pode estar voltado para a sociedade ou para o próprio comediante. E a Strip Me, muitas vezes se faz valer desse espelho, para criar camisetas incríveis que vão acabar deixando você bem na fita em qualquer situação. Em todas as nossas coleções, você vai encontrar pitadas generosas de bom humor, seja nas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas, games e tantas outras. Cola lá na nossa loja pra conferir e ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist hilariante só com músicas engraçadinhas. Comédia Top 10 tracks.

Zounds: por Depizol

Zounds: por Depizol

Zounds: Animadão, emputecido, letárgico.

por Alisson Depizol

Olá! Como este é o primeiro de, espero, uma série de posts, gostaria de dizer qual é a dessa bagaça. A idéia é, basicamente, juntar três estados de espírito, três ações ou uma combinação disso e apresentar bandas que tenham uma sonoridade que funcione como trilha sonora. É claro que discos tem uma série de músicas que nem sempre tem o mesmo clima, assim como bandas mudam ao longo da trajetória e a coisa pode perder o rumo, então sempre vou tentar pontuar a parada com uma música de cada banda, só não espere um clipe porque as vezes a música de trabalho não é a melhor ;D

“Atenção: isso é um lance bem subjetivo, assim sendo minha interpretação pode não coincidir com a sua, mas a vida é assim mesmo.”

Animadão: Flaming Sideburns

Cara, imagine: é sexta, sábado ou sabe-se lá o dia em que você sai para se divertir, um par de cervejas e você quer aquela sensação de quando ouviu Stones, Ramones ou qualquer coisa rápida e ligada no 220v pela primeira vez. Flaming Sideburns é essa banda. O som dos caras é a soma de tudo que deu ao rock ‘n’ roll a má fama (e o fez legal pra caralho por um tempo): é rápido, barulhento, sujo e divertido. Direto da Finlândia, com um vocalista argentino.

http://www.youtube.com/watch?v=xT58daAl-xg


Emputecido: Zen Guerrilla

Hora extra na sexta-feira? Dois pauzinhos azuis no whats app há mais de 4 horas e ainda sem resposta? Aquele desejo incontrolável de tomar um café, fumar um cigarro ou quebrar algo? Vai que é tua Tafarel. Zen Guerrilla exprime bem essas sensações que só o mundo moderno nos proporcionam.


Letárgico: Soledad Brothers

Sabe aquela ressaca brava? O famoso bode pós noitada. Aquela vontade de ficar jogado no sofá olhando para o teto, sentindo uma mistura de arrependimento com foda-se? Então essa é a minha trilha sonora, os riffs primitivos dão o conforto do sofá de casa enquanto a gaita funciona como o miojo lutando para ficar dentro da barriga. Uma beleza, melhor que chá de boldo.

 


Sobre a Strip Me:

A Strip Me é uma marca voltada ao estilo de vida urbano e contemporâneo. Seu foco é o desenvolvimento de camisetas com estampas originais e criativas, além da exclusividade na modelagem e a qualidade nos produtos. Na loja virtual, além de camisetas de cultura pop, camisetas de rock e camisetas de filmes, você encontra também a linha de acessórios da marca. Acesse: www.stripme.com.br

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