10 filmes imperdíveis sobre cassino, apostas e jogos de azar em geral.

10 filmes imperdíveis sobre cassino, apostas e jogos de azar em geral.

No auge da era das bets no Brasil, a Strip Me relembra 10 filmes imperdíveis sobre cassino e jogos de azar em geral. Filmes que certamente você vai sair ganhando se assistir.

Pode apostar. Esse ímpeto de se arriscar, enfrentar desafios e lucrar com isso está no sangue de todo ser humano desde sempre. 3000 a.C. os babilônios lançavam dados feitos de ossos de animais quando se reuniam para descansar e comer, depois de um dia de trabalho. Visionários como poucos, os gregos da Grécia Antiga, apostavam em seus atletas favoritos durante os Jogos Olímpicos, como se fossem fãs de um reality show esportivo. Os romanos faziam o mesmo, sempre copiando a cultura grega. Na Idade Média, as cartas de baralho apareceram e, com elas, as primeiras formas de jogos de cassino. Assim, a coisa toda foi evoluindo até chegar na primeira metade do século XX, quando glamourosos cassinos despertavam luxuriantes desejos e muita cobiça. Por fim, a tecnologia colocou o cassino dentro dos smartphones através dos aplicativos conhecidos como bets. Vendo pelo lado bom, pode até ser que você perca todo seu dinheiro e fique endividado , mas pelo menos, você está sozinho no seu quarto, e não corre o risco de ter que lidar com um baixinho invocado, como o Joe Pesci, com um bastão de baseball vindo te cobrar.

Como estão em alta as discussões sobre apostas e jogos de azar, a Strip Me selecionou os melhores filmes envolvendo esse tema. As cartas estão na mesa! Boa sorte.

3000 Milhas Para o Inferno (2001)

Apesar da péssima tradução do título, trata-se de um filme empolgante e muito divertido. Nele, um grupo de ladrões aproveitam uma mega convenção de sósias do Elvis num cassino em Las Vegas para cometer um grande assalto ao cofre do cassino. É um filme cheio de boas cenas de ação, generosas doses de comédia e um roteiro consideravelmente bem amarrado. O longa é muito bem protagonizado pela dupla Kevin Costner e Kurt Russell, que entregam atuações deliciosamente canastronas, como qualquer bom sósia do Elvis que se preze. Ah, sim, e sobre o título, o original é 3000 Miles to Graceland, um nome muito mais apropriado, já que Las Vegas e Graceland, a mansão de Elvis em Memphis, ficam quase que em pontas opostas do sul dos Estados Unidos.
Onde assistir: Amazon Prime

Casino Royale (2006)

Dentro da extensa saga do personagem James Bond, Casino Royale é um marco. É o primeiro filme com Daniel Craig no papel do espião. Uma escolha que gerou certa polêmica antes do filme ser lançado. Outra curiosidade é que a história aqui contada, mostra o início da carreira de James Bond e sua primeira missão como um agente com licença para matar. Desta forma, conseguimos compreender melhor o personagem para além de suas frases de efeito e traquitanas tecnológicas. Além de trocar tiros e sopapos com seus inimigos, neste filme Bond também precisa trabalhar sua poker face na mesa de carteado. É um ótimo filme. Dos que Craig protagonizou como 007 só não é melhor do que o soberbo Skyfall.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Golpe de Mestre (1973)

Este é um desses filmes atemporais. Primeiro porque se trata de um filme de época, a história de passa em 1936 e o longa é do início dos anos 70, mas poderia muito bem ser uma produção atual, que esteticamente pouca coisa mudaria, a não ser a qualidade de filmagem e audio. O longa conta a história de uma dupla de vigaristas, um já para se aposentar e o outro, um novato, que se juntam para aplicar um golpe no maior chefão do crime de Chicago, sendo que para isso, eles passam por jogos de poker e apostas em corridas de cavalo. É um filme brilhante, com uma linguagem noir e boas doses de comédia e ação. Para se ter uma ideia, o filme ganhou 7 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Diretor. Um de seus pontos altos é a atuação irrepreensível da dupla Paul Newman e Robert Redford. Um clássico!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Joias Brutas (2019)

Com uma carreira já consolidada de ator de comédia, foi só em 2002 que Adam Sandler pode mostrar que é um ator completo, capaz de entregar uma atuação dramática convincente ao protagonizar o belíssimo Embriagado de Amor, de Paul Thomas Anderson. Em 2019 ele repetiu a dose numa atuação densa e muito marcante, como um apostador incorrigível. Joias Brutas é um filme envolvente e muito bem executado sobre o submundo de apostas e comércio de joias e pedras preciosas. Uma das mais bem sucedidas produções da Netflix.
Onde assistir: Netflix

Quebrando a Banca (2008)

Sejamos francos, não é assim um filme genial ou inovador. Mas é sim muito, mas muito divertido. Tem boas cenas de ação, personagens cativantes, um roteiro cheio de reviravoltas e boas atuações. Enfim, um baita entretenimento. Trata-se da história de um aluno inteligentíssimo da MIT (Massachusetts Institute of Technology) que é convencido a se juntar a um professor que lidera um grupo de jovens treinados para contar cartas e fazer códigos para trapacear no blackjack, também conhecido como 21 (título original do filme, aliás). Essa turma vai até Las Vegas para ganhar dinheiro nas mesas de 21 dos cassinos. E é basicamente isso. Como já foi dito, um baita entretenimento. Vale a pena conferir.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Cartas na Mesa (1998)

John Dahl é um diretor muito dinâmico e expressivo. Tanto que suas melhores realizações se deram na TV, e não no cinema. Ele dirigiu alguns episódios de algumas das melhores séries já feitas, como Breaking Bad, Dexter, The Walking Dead, House of Cards, Californication, True Blood e muitas outras. Por isso, Cartas na Mesa é um filme com um ritmo oscilante entre o frenético e o contemplativo, trazendo um equilíbrio bizarro, mas agradável. O longa conta a história de dois amigos jogadores de poker que se separam, um sendo preso e o outro abandonando as mesas de carteado. Quando um deles sai da prisão e se vê obrigado a pagar uma dívida alta, os dois se juntam novamente para correr atrás do prejuízo. Temos aqui Matt Demon e Edward Norton numa química muito boa, atuando super bem, e uma história bem amarrada. Um ótimo filme.
Onde assistir: Amazon Prime

Onze Homens e Um Segredo (1960 – 2001)

Aqui fica inevitável não se fazer uma recomendação dupla. Afinal, muito se engana quem acha que o filme de 2001, estrelado por George Clooney, Brad Pitt e cia, foi uma criação original do Steven Soderbergh. Ocean’s 11 foi o filme que imortalizou a lendária Rat Pack, um grupo de cantores e atores amigos nos anos 50, que se reuniam em Vegas para farrear. Essa turminha do barulho era encabeçada por ninguém menos que  Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Exceto algumas diferenças sobre como o grupo se conheceu e alguns truques utilizados para o roubo dos cassinos, o filme de 2001 é bem fiel ao original de 1960. Em resumo, um grupo de 11 ladrões se reúne para praticar um roubo histórico: limpar os cofres dos 5 maiores cassinos de Las Vegas ao mesmo tempo. Os dois filmes são ótimos e divertidíssimos.
Onde assistir: Ocean’s 11 (1960) – Amazon Prime Ocean’s 11 (2001) – HBO Max – Amazon Prime

Rain Man (1988)

Um filme clássico do excelente, e injustamente pouco lembrado, cineasta Barry Levinson, que tem no currículo filmes como Bom Dia Vietnã, Bugsy e Mera Coincidência. Aqui temos uma atuação espetacular de Dustin Hoffman como Ray, um homem que hoje seria diagnosticado como autista. O fato é que Ray é muito habilidoso com números. Quando seu irmão mais novo, Charlie, interpretado também com excelência por Tom Cruise, se liga nisso, o usa para contar cartas e faturar nas mesas de Jackblack em Vegas, tal qual a turminha da MIT em Quebrando a Banca. Mas a passagem por Vegas é só uma parte deste que é um road movie emocionante, engraçado, delicado e surpreendente. Um filmaço imperdível!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Jogos, Trapaças & Dois Canos Fumegantes (1998)

Um clássico cult pra ninguém botar defeito. Guy Ritchie certamente foi o cara que melhor entendeu a linguagem de Quentin Tarantino e soube utiliza-la imprimindo sua própria personalidade e estilo. A sinopse do filme que consta no site Imdb é tão precisa que vale a pena abrir aspas e citá-la: “Um jogo de cartas em Londres desencadeia um confronto entre quatro amigos, plantadores de maconha, agiotas e cobradores de dívidas em uma série de eventos curiosos, tudo por dinheiro e duas espingardas antigas.” Guy Ritchie reinventou com propriedade o legendário Sherlock Holmes e fez outros grandes filmes como Snatch e Rock’n’Rolla, mas sem dúvida é este Jogos, Trapaças & Dois Canos Fumegantes sua obra prima! Um filme violento, engraçado e lindo esteticamente! Imperdível!
Onde Assistir: Amazon Prime

Casino (1995)

Ninguém poderia contar essa história melhor do que Martin Scorsese. O roteiro é baseado no livro de Nicholas Pileggi sobre o gângster Frank “Lefty” Rosenthal, que foi aliado da máfia italiana, mas ao ficar responsável por um dos cassinos de Las Vegas, o poder lhe subiu à cabeça e a parceria virou conflito. Falar que o Martin Scorsese é um diretor que conta histórias como essa com maestria, que o De Niro é fod@ atuando como gângster implacável, que o Joe Pesci faz sempre o mesmo personagem, mas é sempre bom pra caramba… tudo isso é chover no molhado. O destaque aqui fica por conta da atuação arrebatadora de Sharon Stone, que em geral é uma atriz mediana. Tanto que seu papel em Casino lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. É um filmaço! Violento, com uma história muitíssimo bem contada, com atuações incríveis, uma trilha sonora maravilhosa… enfim. Um filme do Scorsese, porr@! Tem que ver!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Fazer uma aposta aqui e ali de vez em quando é divertido e não faz mal a ninguém. Mas não dá pra sdair apostando em tudo e contar com a sorte sempre. Por exemplo, pra comprar uma camiseta , não dá pra contar com a sorte, você precisa ter certeza que vai ter um caimento perfeito, que a malha é confortável e que tudo é feito da maneira mais sustentável possível, com tecido certificado e tintas biodegradáveis. A Strip Me te garante tudo isso e ainda entrega um catálogo imenso com camisetas lindas, que combinam com qualquer rolê! Dá uma olhada no nosso site pra conferir todas as coleções e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist excelente com o que de melhor rola nas trilhas sonoras dos filmes aqui citados. Pode apostar top 10 tracks!

8 filmes que são remake e você não sabia.

8 filmes que são remake e você não sabia.

Contar bem uma história é uma arte. Recontar uma história que já foi contada, com personalidade e qualidade, é um verdadeiro desafio. Hoje a Strip Me desvenda alguns filmes clássicos que são remake e você provavelmente não sabia.

Em todos os discos dos Beatles tem pelo menos uma música cantada pelo baterista Ringo Starr. E não precisa ser um expert para notar que as músicas que sobravam para ele interpretar não eram as mais marcantes e bem trabalhadas. Prova disso é a canção With a Little Help From My Friends, uma música simples de Paul McCartney, que recebeu um arranjo enxuto e despretensioso, se comparada às demais canções do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Uma canção que quase passa despercebida num disco que tem obras como A Day in The Life, She’s Leaving Home, Lucy in The Sky With Diamonds e tantas outras. Mas alguma coisa aconteceu quando o cantor inglês Joe Cocker ouviu With a Little Help From My Friends e resolveu regravá-la à sua maneira. Cocker transformou uma canção pop bobinha num verdadeiro hino da contracultura com um arranjo poderosíssimo. Aliás, não sei se você sabe, mas quem gravou as guitarras na versão de Cocker foi um jovem músico de estúdio chamado Jimmy Page.

Faz parte da arte a releitura, a reinvenção. A maneira de se contar uma história faz toda a diferença. A ênfase em determinados aspectos, o entusiasmo ou o suspense que se imprime em alguns momentos… e é inegável que tem algumas pessoas que contam histórias melhor que outras. Assim como aconteceu com a música dos Beatles que Joe Cocker transformou, fazendo com que With as Little Help From My Friends seja muito mais lembrada na sua voz do que na dos rapazes de Liverpool, tem muito filme por aí que são considerados clássicos, associados a determinados cineastas, mas que na realidade são remakes de filmes feitos anteriormente. Tais remakes, ou releituras, são reveladores para nós, pois ao comparar uma mesma obra sendo contada por duas óticas diferentes, nos mostra um pouco como cada cineasta trabalha e entende o cinema.

Pensando nisso, selecionamos oito filmes que são muito conhecidos e que pouca gente sabe que já foram feitos antes. Se o “original” é melhor ou pior que o remake, a gente, que também não resiste a uma boa polêmica, dá a nossa opinião, doa a quem doer! Confere aí!

Nasce uma Estrela (1976 – 2018)

Na real, o filme de 2018, com Lady Gaga e Bradley Cooper é um remake do remake. Já que existe um filme com mesmo nome e mesmo enredo lançado em 1954 e estrelado pela Judy Garland. Mas vá lá, o que importa para nós aqui é a versão de 1976, estrelada pela Barbra Streissand e pelo Kris Kristofferson. Curiosamente, os dois filmes tiveram várias indicações ao Oscar e ganharam na mesma categoria: Melhor Canção Original. Mas vamos aos fatos.
O remake bate o original?
Sim! O filme de 2018 é muito bem escrito, é denso e tem uma fotografia inacreditável! Além disso, Bradley Cooper apresenta uma atuação exuberante, muito superior a Kristofferson. Os dois filmes são bons, mas o remake é melhor.

Bravura Indômita (1969 – 2010)

Para começo de conversa, a história em si é ótima. Uma criança que consegue convencer um policial aposentado a ajudá-la a encontrar o assassino de seu pai. E os dois filmes conseguem contar essa história de maneira satisfatória. De um lado temos o lendário John Wayne e do outro o camaleônico Jeff Bridges como protagonistas. Enfim, é uma briga boa.
O remake bate o original?
Se você já assistiu filmes como Onde os Fracos Não Tem Vez, E Aí, Meu Irmão, Cadê Você e Fargo, você sabe que pouca gente neste mundo conta histórias tão bem quanto os irmãos Joel e Ethan Coen. E são eles os responsáveis pelo remake de 2010. Então, a resposta direta e reta é: com certeza o remake bate o original! Os irmãos Coen transformaram um filme western (de muita qualidade, diga-se) num verdadeiro épico. Não dá nem pra comparar um com o outro.

Cabo do Medo (1962 – 1991)

Aqui temos a história de um psicopata que recebe liberdade após cumprir anos na cadeia. E a primeira coisa que ele faz é procurar se vingar do advogado de acusação que o condenou. É um thriller de suspense de roer as unhas. A questão aqui é que temos realmente duas abordagens diferentes. Enquanto na versão original, de 1962, o protagonista é o promotor Sam Bowden, interpretado por Gregory Peck e retratado com certo heroísmo, na versão de 1991 o protagonismo é todo voltado para o psicopata Max Cady, interpretado por Robert De Niro.
O remake bate o original?
Bate, e não é pouco. Bate muito! Pra começar estamos falando de um remake feito por ninguém menos que Martin Scorsese. Depois, temos Robert De Niro numa atuação impressionante. E por fim, o remake traz muito mais complexidade e peso à história. De maneira simplória, podemos dizer que o filme de 1962 é muito politicamente correto e o remake não tem pudor nenhum ao retratar a violência e o sadismo.

Perfume de Mulher (1974 – 1992)

Um militar de meia idade acaba aposentado por ter ficado cego. Um recruta é designado para assessorá-lo. Deprimido, o militar resolve passar um fim de semana na cidade para se divertir. O recruta o acompanha e os dois acabam criando um vínculo de cumplicidade e amizade. É uma história muito bonita e bem escrita. O filme original é italiano, dirigido por Dino Risi, um dos cineastas mais importantes da Itália. Já a versão norte americana tem Martin Brest na direção.
O remake bate o original?
A situação aqui é a seguinte. Temos a velha disputa entre o cinema mais artístico europeu contra o cinema pasteurizado e mais bem acabado da indústria de Hollywood. Apesar de contar a mesma história, não é fácil dizer qual é melhor, porque são filmes bem diferentes na linguagem (para além do idioma) e na estética. Mas, não podemos negar que o remake tem Al Pacino numa interpretação soberba, que lhe rendeu seu primeiro Oscar de Melhor Ator, e uma das cenas mais parodiadas da história, a cena da dança de tango ao som de Por Una Cabeza, de Carlos Gardel. Então, a resposta é sim. O remake bate o original.

Os infiltrados (2002 – 2006)

Olha só, aqui nós vamos direto ao ponto.
O remake bate o original?
O filme original é uma produção chinesa, cujo título é Conflitos Internos. O mote é que a polícia tem um informante na máfia, e a máfia tem um informante na polícia. É um filme simples de ação no estilo gato e rato. Mas aí, esse roteiro caiu na mão do Scorsese, e não é que simplesmente foi feito sob a perspectiva norte americana. O roteiro ganhou camadas, tensões, personagens mais profundos, as relações entre os personagens evoluiu… tudo isso nas mãos do maior especialista em filmes de máfia do mundo! Ah, sim, tem Leonardo DiCaprio mandando super bem, e até mesmo Matt Damon e Mark Wahlberg apresentando atuações bem acima da média! Não é que o remake bateu o original, mas sim o remake chamou o Joe Pesci full pistola com um taco de baseball pra ensinar pro original como se faz um filme de máfia.

Onze Homens e Um Segredo (1960 – 2001)

O que fazer quando um bando de homens carismáticos e descolados usam essas e outras características e habilidades para cometer crimes? Bom, não nos resta nada a fazer a não ser torcer por eles. É isso que o filme Onze Homens e Um Segredo causa nas pessoas. Seja em 1960, quando o tal bando era capitaneado por um Frank Sinatra no auge de sua beleza e simpatia, seja em 2001 quando o protagonista era o charmoso George Clooney. Onze Homens e Um Segredo é um desses filmes deliciosos que misturam ação e comédia, onde um grupo de especialistas em roubos resolvem roubar os cofres de 3 dos maiores cassinos de Las Vegas.
O remake bate o original?
Então, é meio complicado a gente comparar filmes com quarenta anos de distância entre um e outro. Obviamente, o remake é mais dinâmico e esteticamente muito mais atraente. No final da década de 50, começo de 60, os grandes astros eram artistas como Sinatra e Dean Martin, que eram mais performers, cantores que sabiam atuar. Não dá pra comparar a atuação deles com Clooney e Brad Pitt, já que os dois últimos são realmente grandes atores. O original não é um filme ruim. É muito bom, tem seu valor. Mas envelheceu. O remake é melhor simplesmente por ser contemporâneo a nós.

Vanilla Sky (1997 – 2001)

Aqui temos um filme complexo, mas extremamente atraente e impactante. O roteiro é realmente brilhante. Chega a ser difícil resumir, mas basicamente, a história gira em torno de um ricaço que sofre um acidente de carro, fica desfigurado e psicologicamente muito abalado, ao passo que se apaixona por uma garota misteriosa.
O remake bate o original?
A disputa aqui é acirradíssima. Primeira coisa a se saber: Alejandro Amenábar, que escreveu e dirigiu o original, Abre Los Ojos, filme espanhol de 1997, também assina o roteiro do remake, que tem direção do sempre excelente Cameron Crowe e é uma produção hollywoodiana com Tom Cruise como protagonista. Assim como em Perfume de Mulher, estamos diante de uma produção europeia, cuja abordagem é sempre mais cuidadosa e centrada na arte mais pura, com mais dramaticidade, em contraponto a uma produção de Hollywood, numa pegada mais pop, com alguns alívios cômicos para equilibrar a densidade do enredo. Os dois filmes são incríveis! Mas, se precisamos escolher um lado, digamos que o remake bate o original sim, por um detalhe muito importante: o remake tem Paul McCartney escrevendo uma canção especialmente para o filme, a bela música Vanilla Sky.

Scarface (1932 – 1983)

O retrato da ascensão de um bandido cubano em Miami, de soldado do tráfico de drogas até se tornar um dos mais poderosos chefes do tráfico. Vamos ao que interessa.
O remake bate o original?
A frase “Say hello to my little friend!” já seria suficiente para responder. Mas vamos lá. Sim, existem as diferenças do tempo. Claramente um filme da década de oitenta vai ser mais bem feito do que um filme da década de 30. Mas o buraco é mais embaixo. Scarface acaba sendo considerado um filme original de Brian de Palma porque ele construiu a trajetória de Tony Montana com uma riqueza de detalhes impressionante, além de entregar um filme visualmente vibrante e muito empolgante. Mais uma vez, temos Al Pacino numa atuação descomunal! O roteiro do remake é mais bem elaborado e profundo que o original, mesmo guardando as devidas proporções das limitações técnicas e de costumes da década de 30. Então, como é que um filme que tem um Al Pacino travadíssimo, com uma metralhadora na mão e uma montanha de cocaína na mesa não vai bater um filme que sequer tem meia dúzia de palavrões ditos pelos personagens? O remake reina absoluto!

Faixa Bônus

Além dos filmes, as séries de TV também não escapam dos remakes. Eis alguns exemplos de séries que ficaram famosas e são remakes. Começando com a excelente House of Cards, cuja versão da Netflix, estrelada por Kevin Spacey e lançada em 2013 dá de dez na série original britânica exibida pela BBC nos anos 90. The Office também se tornou muito popular na versão estrelada por Steve Carrell, mas é remake da série britânica de mesmo nome, criada pelo genial Ricky Gervais. E neste caso, fica difícil dizer qual é melhor, já que o humor inglês eleva a outro nível as situações desconcertantes da série. No ramo da ficção científica temos Battlestar Galactica, que estreou no final dos anos 70, pegando carona na onda de Star Wars. A série ganhou um remake em 2004 e fez um sucesso imenso na TV à cabo. Por fim, temos a maravilhosa série Fargo, que não é exatamente um remake, mas sim uma série inspirada no excelente filme de mesmo nome, escrito e dirigido pelos irmãos Coen.

Pois é, o velho Lavoisier já cantou essa bola lá atrás: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Na cultura pop é a mesma coisa! Bobeou virou remake, versão alternativa ou qualquer coisa do gênero. Cabe a nós só torcer pra que ninguém invente de mexer no que já é perfeito. Já imaginou, remake de De Volta para o Futuro, Pulp Fiction ou O Poderoso Chefão?! Melhor nem pensar nisso. Então aproveita para dar aquela conferida na nossa coleção de camisetas de cinema! Lá sim você encontra seus filmes favoritos numa perspectiva original e super descolada! Isso sem falar nas camisetas de música, arte, cultura pop, games, bebidas e muito mais. No nosso site você confere isso tudo e ainda fica por dentro de todos os lançamentos da Strip Me, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada só com músicas que são versões, regravações feitas por artistas que não os compositores originais. Versões top 10 tracks.

Do luxo ao lixo: a máfia de Scorsese em Os Bons Companheiros

Do luxo ao lixo: a máfia de Scorsese em Os Bons Companheiros

– por José Rubens

 

Filmes de gângsters são muito recorrentes no cinema, desde os primórdios quando o gênero acabou sendo marcado por atores como James Cagney, passando por um período de filmes genéricos, com a mesma abordagem batida até chegar no ápice da glamorização com o clássico de Francis Ford Coppola: O Poderoso Chefão. O filme de Coppola deu uma perspectiva mais honrosa ao crime organizado, a família Corleone, comandada e articulada por Don Vito (nosso querido Marlon Brando/maior ator que já existiu/dono de ilha/artista fechado com os índios) possuía características morais muito fortes (falar de moral e crime organizado na mesma frase é meio complicado, mas para eles isso fazia sentido). Vito era contra o ingresso das famílias no ramo dos narcóticos, era um homem que se doava à família e um líder que não desconsiderava os pedidos de favores de seus amigos e apadrinhados, Vito procurava ser o mais correto possível com os seus negócios escusos e mais ainda com sua família, tanto que sempre disse que nunca quis que Michael Corleone tivesse entrado para as atividades da “cosa nostra”.

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Olha só, que belezinha, hein?! As atividades ilícitas dos italianos não parecem tão ruins, na verdade, no mundo dos bandidos, eles conseguem ser os mocinhos. Porém, em 1990, Martin Scorsese joga por água abaixo essa perspectiva abrilhantada quando dirige o maravilhoso Os Bons Companheiros, inspirado nos fatos reais contidos no livro Wiseguy, de Nicholas Pillegi. O filme conta a trajetória de Henry Hill, um rapaz com ascendência irlandesa e italiana que desde pequeno sonhava em ser um gângster. Como Henry não tinha o sangue 100% italiano, ele não podia fazer parte da máfia, porém isso não o impedia de ser um “associado” que podia fazer uns trambiques e ganhar uns muitos “dinheirinhos de pinga”.

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Com a ajuda dos amigos James Conway e Tommy DeVito, Henry comete os mais diversos delitos, desde roubos e extorsões até tráfico de drogas, e aí está um dos muitos aspectos em que a máfia de Scorsese difere da de Coppola, na vida real, o crime não mede esforços para lucrar, seja roubando ou matando, no fim ele quer mesmo é ficar por cima da carne seca, sair melhor que todo mundo.

strip-me-camisetas-goodfellas-2 Outro ponto interessante em Os Bons Companheiros é a seguinte questão: até onde vai esse bom companheirismo? Será que ele existe mesmo? Nós vemos no filme que no primeiro sinal de alerta, aquele que antes era seu amigo deve ser liquidado, para eles isso nem de longe é um problema, pois vemos durante o filme alguns sendo mortos sem nem mesmo serem delatores, mortos por ganância, por queima de arquivo ou só por capricho mesmo. A máfia de Scorsese não possui o mínimo senso de moral, ela está interessada no dinheiro e no poder, não na família e nos amigos, muito menos no preço que esse dinheiro e esse poder podem custar.

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Podemos constatar também que, diferente de muitas figuras de O Poderoso Chefão, que mesmo de uma maneira discutível possuíam integridade (até mesmo o Sonny que era um lunático), os personagens do filme de Martin Scorsese são completamente tomados por emoções mundanas primitivas. Tommy é um sádico que encontra prazer na violência, Henry se torna um descontrolado viciado em cocaína e Jimmy se mostra cada vez mais ganancioso e egoísta, isso sem falar no chefão de todos, Paul Cicero, que no fim só se preocupa com o dinheiro, quer distância de problemas e lava as suas mãos quando algum “bom companheiro” se ferra.

strip-me-camisetas-goodfellas-4Os Bons Companheiros acabou sendo um grande injustiçado do Oscar (assim como Scorsese continua sendo, tenho a impressão que ele só começou a ganhar de uns anos pra cá porque a Academia ficou com medo dele morrer), porém o seu valor é inestimável: as atuações são espetaculares (a de Joe Pesci principalmente), a trilha sonora é excepcional (Rolling Stones, Tony Bennett, Cream, Aretha Franklin e vários outros dinossauros sagrados), além de sua verdade nua e crua, sua visceralidade e sua contribuição para explicar o óbvio: o dinheiro sempre fala mais alto.

 


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