| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Retrospectiva STM 2022: Os destaques do ano.
Conseguimos! Chegamos na derradeira semana de 2022. E que ano, amigas e amigos! Foi um ano bem conturbado, com algumas tragédias, muitas mortes difíceis de superar e uma guerra inaceitável (como é toda e qualquer guerra) na Europa. Mas também tiveram muitos momentos especiais e felizes. Apesar de o Brasil não trazer o caneco pra casa, a Copa do Mundo foi muito emocionante e consagrou, mais que um time, um jogador formidável, sem falar na Anitta ganhando o mundo e uma tonelada de prêmios, o Lollapalooza e o Rock in Rio arrebatadores, os 200 anos da Independência do Brasil, os 100 anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo e a eleição presidencial, é claro, que ocorreu sem grandes transtornos e trouxe um pouco de esperança para muita gente. Ah, sim, tudo isso foi acontecendo em meio a uma enxurrada de memes e virais internet afora. Então, bora, Bill, vamos acordar o Pedrinho com um tapa igual do Will Smith, só que com Luva de Pedreiro, pra não machucar. Enquanto os patriotas (ainda) aprontam das suas na frente dos quartéis, a gente por aqui confere os destaques do ano da Strip Me!
Uva passa no arroz, especial do Roberto Carlos, panetone, amigo secreto, confraternização da firma e retrospectiva do ano são a base de todo o fim de ano, desde os primórdios da humanidade. É o básico do básico. E o primeiro destaque da Strip Me neste ano foi justamente a coleção de camisetas básicas! Camisetas lisas, mas com diferentes cortes, cores e modelos. Para quem sabe que a vida é uma tela em branco, para você mergulhar num mundo de possibilidades, as camisetas básicas são perfeitas!
2022 foi um ano em que se destacaram pessoas com muita personalidade. A Anitta, por exemplo, não só ganhou uma tonelada de prêmios, bombou mundo afora e ainda se saiu bem de uma polêmica onde um sertanejo quis problematizar a bunda dela. Boa parte dos artistas no Lollapalooza também mostraram ter personalidade forte diante de uma proibição patética de não poder se manifestar politicamente no palco. Sabendo que todo mundo tem o seu jeitinho, sua personalidade e suas preferências, a Strip Me também teve como destaque neste ano as camisetas personalizadas! Para quem não abre mão da qualidade do nosso tecido e da nossa impressão de estampa, mas quer colocar na camiseta aquela frase de impacto, aquela imagem, aquela capa de disco… é só mandar, que a gente faz a camiseta do seu jeitinho!
Por outro lado, tem gente que parece ter muita personalidade, mas que tem umas atitudes de doer, né? E que a gente se pergunta, que diabos tem de errado com esse pessoal? Convenhamos. Um patriota pendurado na frente de um caminhão, gente na frente de quartel com celular na cabeça, sem falar na turma que está sempre puta, e vive de xingar e esbravejar nas redes sociais… olha, não é fácil. Portanto, não é à toa que um dos maiores destaques de 2022 na Strip Me foi a camiseta e o moleton WTF. Um jeitinho bem humorado de expressar esse nosso sentimento, e com muito estilo. Afinal tem essa brincadeira com a logo da MTV e tal. WTF is worng with people? É uma pergunta para a qual talvez nunca alcancemos a resposta. O que acaba por transformar essa estampa em algo verdadeiramente atemporal.
Mas claro que o brasileiro não tem só esse lado maluco e incompreensível. Na real, o brasileiro, de maneira geral, é um figuraça! Bem humorado, conversador e sempre muito criativo. Nós somos o povo que considera Evidências seu hino nacional extraoficial e que assiste debate político esperando os memes pipocarem, que aliás sempre aparecem, tal qual o padre de festa junina e a emblemática declaração do partido Novo: “Que tistreza!”. Nós somos o povo que enxerga valor no cotidiano e se orgulha da simplicidade, alçando como um de nossos símbolos mais auspiciosos o infalível vira-lata caramelo! Mais uma tendência que a Strip Me soube assimilar e transformar numa estampa incrível, que acabou se tornando mais um dos grandes destaques do ano! O Caramelo Republic, tanto na camiseta, quanto no moleton, foi um sucesso enorme. Também pudera, traz todos os elementos que amamos! Aquela referência á bandeira da California, terra onde sol, praia, rock n’ roll e aquele fuminho peculiar coexistem na maior legalidade, mas tem o nosso caramelo, deixando claro que aqui é Brasil, porra!
E não dá pra falar de 2022 e Brasil sem mencionar a Copa do Mundo e daqueles 4 minutos… Tá, vamos esquecer os 4 minutos. A Copa do Mundo foi uma delícia. E o brasileiro, por mais que critique e entenda todos os podres da política e da enxurrada de dinheiro gasto, quando chega a hora de assistir aquele Costa Rica X Tunísia às 7 da manhã, já se empolga, quer acender churrasqueira, ir pro boteco… Não adianta, a gente é pirado nesse negócio! Portanto, mais um destaque de 2022 na Strip Me foi a Coleção Copa do Mundo! Uma coleção inteirinha dedicada a este evento mundial tão empolgante e tudo que o cerca. Ou seja, tem referência ás figurinhas premiadas, às nossas grandes conquistas e, é claro, à cervejinha que nos embala antes, durante e depois do jogo! A coleção Copa do Mundo foi tão bem sucedida que certamente continuará vendendo nos próximos anos.
Mas olha, se a gente tiver que resumir 2022, certamente podemos dizer que foi o ano em que conseguimos nos reconhecer como brasileiros e como latino americanos sem viralatismo, mas sim com orgulho e esperança. Mesmo entre tantas tragédias, a começar pelo Capitólio, em Minas Gerais e Petrópolis no Rio de Janeiro, e tantas perdas incalculáveis, como a Elza Soares, a Gal Costa, o Erasmo Carlos, o Rolando Boldrin, o Milton Gonçalves… nós começamos a resgatar nossos símbolos nacionais, estamos nos conscientizando cada vez mais politica e socialmente e entendendo nosso lugar no mundo. Até no futebol, torcemos para a Argentina na final da Copa, deixando essa rivalidade besta de lado. Isso tudo se reflete no último grande destaque da Strip Me neste ano. As camisetas da Coleção Tropics, onde são reconhecidos os nossos valores através de estampas super estilosas e criativas como a América Latina, Carnaval, Nightporu e Van Dog. Camisetas que muito nos representam!
É. 2022 foi um ano daqueles. Foi pesado, foi desgastante, mas sobrevivemos. Agora é celebrar essa passagem e encarar 2023 com mais leveza e esperança. E a Strip Me continuará por aqui, sempre de olho e colocando em perspectiva tudo que acontece nos seus lançamentos, e também enaltecendo sempre os grandes ícones da música, da arte, do cinema e da cultura pop!
Feliz Ano Novo! Que o seu 2023 seja encharcado de barulho, diversão e arte!
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em NATAL STM: Para quem gosta de acertar no presente.
A gente sabe que o Natal representa a união, amor e a celebração da vida. Mas sabemos também que uma das maneiras mais eficientes e divertidas de materializar esses sentimentos é presenteando as pessoas que amamos. E a Strip Me está aqui pra te ajudar a dar o presente ideal! Camisetas de bom gosto, confortáveis e muito originais. E, assim como ninguém é igual a ninguém, selecionamos aqui algumas das muitas estampas que representam bem cada tipo de pessoa. Agora é só conferir em que perfil a pessoa que você quer presentear se encaixa, escolher a sua camiseta e correr pro abraço!
Para quem curte juntar a turma no boteco e fazer aquele churrasquinho na beira da piscina.
Nada melhor que conviver com gente que não tem tempo ruim, mas sim tem sempre uma desculpa pra reunir a turma para colocar a conversa em dia e dar uma relaxado num bom e velho boteco. Sem falar naquele domingão de sol, ideal para aquele churrasquinho com a família e os amigos, sempre tomando aquela cervejinha gelada e companheira. Para quem está sempre animado e com o copo americano a postos para o brinde, temos o estilo e a leveza das camisetas de uma coleção que pode, e deve, ser apreciada sem moderação, como as Engradados e Happy Hour.
EngradadosHappy Hour
Para quem não perde a chance de ir ao cinema e fazer aquele after-movie com os amigos depois.
Você com certeza conhece pelo menos uma pessoa que sabe tudo sobre filmes e está sempre te convidando para ir ao cinema assistir ao filme mais recente dos irmãos Coen ou do Scorsese, com direito a aquele café ou até uma cervejinha depois do filme, pra absorver a obra. Para quem não perde a oportunidade de soltar uma frase de efeito do tipo “Vou fazer uma oferta que ele não vai recusar” na roda, o que não faltam são opções de camisetas de cinema e séries como a Raglan Hellfire Club ou a Dude.
Raglan HellfireDude
Para quem não aguenta ficar muito tempo em casa, adora viajar e desbravar museus e galerias mundo afora.
Chega a dar aquela invejinha boa quando aquela pessoa querida começa a falar da sua viagem mais recente e do tanto de obras de arte incríveis que ela viu de pertinho, não é? Para quem não vive longe da arte a Strip Me tem uma coleção enorme inspirada nas obras mais incríveis, como a Bauhaus 1923 e a Pipes Art.
Bauhaus 1923Pipes Art
Para quem gosta de fazer um som, tem sempre um violãozinho no porta malas do carro e não perde um festival.
Sabe aquele parceiro que não vai pra lugar nenhum sem o violão, está sempre com o mesmo par de All Star nos pés, coleciona vinil e trabalha o ano inteiro para ter grana para ir aos melhores festivais de música? Ah, é justamente o tipo de pessoa que a gente adora! Para quem não vive sem música temos um repertório vasto e variado de opções, como por exemplo a Are You Mine e a Bob Flag.
Are You MineBob Flag
Para quem ama reunir os amigos em casa e apresentar a eles cada uma das plantinhas que tem espalhadas por todos os cômodos.
Como não amar quem ama plantas? É sempre uma pessoa de bem com a vida e tem a casa mais fresca, confortável e cheirosa do mundo! Gente assim nós queremos sempre ter por perto. Para quem está sempre com um vasinho ou um saco de adubo na cestinha da bike, temos uma variedade de camisetas com estampas dedicadas ás plantas, como a Bananeira e a Monstera Deliciosa.
BananeiraMonstera Deliciosa
Para quem não perde a chance de enfrentar os amigos num campeonatinho de Fifa ou qualquer outro game.
Inegável que é divertidíssimo quando junta uma galera na sala e rola uns campeonatinhos de Fifa, Street Fighter e até mesmo de Mario Kart. Pode ser os amigos de sempre numa tarde de sábado qualquer ou quando junta todos os primos pra passar o fim do ano na casa da vó. Para quem está com a ponta dos dedos calejados do joystick também não faltam camisetas ligadas aos games, como a Allejo e a Activism.
AllejoActivism
Para quem é super zen e parece estar mil anos a frente, apesar de sonhar em ter vivido em 1967.
Todo mundo tem aquele amigo que vive na mais absoluta paz e que tem no bolso da bermuda aquela trouxinha mágica com ervas aromáticas, ou então aquela tia super querida que tem sempre um incenso aceso na sala e que adora contar daquele show que ela viu do Caetano e da Gal nos anos 70. Para quem realmente sabe que não tem nada mais importante do que paz e amor, temos uma coleção todinha repleta de good vibes, como as camisetas Coração e a Totally Cool.
CoraçãoTotally Cool
Para quem curte celebrar suas raízes e, por força desse destino, um tango argentino lhe cai bem melhor que um blues.
A gente sempre aprende muito com aquela amiga que voltou de Machu Picchu na pilha de descobrir suas raízes latinas ou com aquele tio que é professor de história e consegue transformar a invasão espanhola na América do Sul numa animada conversa de mesa de boteco! Para quem é loco por ti, América, e sabe que é preciso estar atento e forte, temos várias camisetas inspiradas nas nossas latinidade e brasilidade indefectíveis, como a Pipa e a América Latina.
PipaAmérica Latina
Para quem domina a fina arte de estar curtindo o rolê com a galera, mas não larga o celular e manja de todos os memes da atualidade.
É de se admirar aquele tipo de amigo que não tira os olhos do celular na mesa do bar, mas está atento à conversa e contribui com tiradas rápidas e certeiras, bem como aquela prima que faz questão de tirar selfie com a família inteira na festa e fica brava com aquela tia que não tem Instagram, para ela poder marcar. Pra quem perde o amigo, mas não desperdiça o meme e nem a figurinha do Whatsapp também temos uma coleção descoladíssima e frequentemente atualizada, como as camisetas Muy Caliente e a Caramelo Republic.
Muy CalienteCaramelo Republic
Para quem se encaixa em todas as categorias e, ao mesmo tempo, em nenhuma.
Mas a gente sabe que todo mundo é muito mais que um estereótipo como o músico, a louca por plantas ou o cinéfilo. Justamente porque cada pessoa tem sua própria personalidade e gostos dos mais variados que a Strip Me também te dá a oportunidade de personalizar a camiseta que você vai presentear. Você pode nos enviar uma imagem, um desenho original seu, uma foto, escrever uma frase…e a gente imprime a camiseta para você. Uma camiseta única para alguém incomparável.
Mas olha, aqui estão apenas algumas opções. Na nossa loja você pode ver todas as coleções de camiseta de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais, além dos lançamentos, que pintam toda semana. Conte com a Strip Me para proporcionar a quem você ama um presente especialíssimo! E para você também, é claro!
Feliz Natal!
Vai fundo!
Para ouvir: Aquela playlist caprichada com músicas natalinas, mas que fogem do Jingle Bells de sempre. Natal STM – Top 10 tracks.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Anarchy in the UK: A explosão do punk na Inglaterra.
Sujeira, anarquia, drogas, contestação, estética kitsch, faça você mesmo… e mais um pouquinho de sujeira. Certamente a década de 70 foi a mais insana da humanidade nos últimos dois séculos. E, sem dúvida, o filho pródigo dessa década é o movimento punk. Antes de mais nada, deixamos claro que, até pode ser que o punk enquanto música tenha surgido nos Estados Unidos, entre Detroit e New York. Mas a personificação, a estética e o lifestyle são todos originais da Inglaterra, e ninguém contesta. Tal qual o rock n’ roll, o punk nasceu nos Estados Unidos de maneira genuína e inequívoca, mas foi moldado e ganhou sua melhor versão na terra da finada rainha.
A Inglaterra do início dos anos 70 não ia nada bem. A economia ia mal, o desemprego estava altíssimo, havia conflitos por toda a parte, a Irlanda queimava sob os protestos do IRA e o então primeiro ministro, Edward Heath, era um conservador convicto, o que fazia da Inglaterra um país desigual, onde eram mantidas as aparências de uma sociedade de pompa, circunstância e moralismo. Só que essa sociedade era uma minoria aristocrata. Foi nessa época que a maioria dos grandes artistas da música, como Led Zeppelin, Rolling Stones, Rod Steward e tantos outros se mudaram de sua terra natal para fugir dos altos impostos. O rock n’ roll parecia ser uma boa saída para que jovens expurgassem suas frustrações e tédio através da música. Mas instrumentos e equipamentos eram caros para poder montar uma banda. Mas para alguns, havia uma solução.
Em 1972 um moleque de 17 anos chamado Steve estava entre as milhares pessoas no primeiro show de uma temporada que David Bowie faria no Hammersmith Odeon, em Londres, apresentando a turnê do disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. Após o concerto, Steve ficou perambulando dentro da casa de show. Quando deu por si, o lugar estava vazio. Olhou para o palco e viu todo o equipamento da banda lá montado. Olhou em volta e não viu nenhum segurança. Pulou para cima do palco e se colocou no centro, na frente do microfone onde Bowie havia cantado, microfone este que ainda estava com uma mancha de batom, da maquiagem de Bowie. Tirou o microfone do pedestal, desconectou o cabo e colocou o microfone no bolso. Em seguida, olhou em volta. Pegou um carrinho e colocou um amplificador de baixo, pratos da bateria, mesa de som, mais microfones… e se mandou empurrando aquilo tudo rua afora. Foi com esse equipamento que ele montou sua primeira banda, The Strand, com seus amigos Paul Cook e Wally Nightingale.
O tal Steve era Steve Jones, um jovem vindo de uma família pobre e problemática. Analfabeto e inconformado aprendeu desde cedo a praticar furtos para satisfazer seus desejos, fosse comer um chocolate ou dar uma volta num carro esportivo. Não era violento, não assaltava e tal. Mas sabia como roubar sem ser percebido. Um dos lugares que ele frequentava para “pegar” algumas roupas era uma boutique descolada chamada Sex. Na real, seus furtos, de vez em quando, eram até notados, mas tolerados. O dono da boutique, Malcom McLaren, gostava do Steve e sabia que ele pegava roupas para dar estilo á sua banda. E McLaren já estava ligado no negócio do rock n’ roll fazia um tempo.
Malcom McLaren era um agitador cultural contestador. Com ideais anarquistas e uma vasta bagagem de arte de vanguarda, via nas bandas mais viscerais de rock um instrumento de protesto valioso. No início dos anos 70 esteve nos Estados Unidos, conviveu com a excêntrica turma de Andy Warhol e chegou a ser empresário da banda New York Dolls, uma das bandas seminais do punk novaiorquino. Quando retornou a Londres em 1975, McLaren se depara com uma safra de bandas que chamam a atenção pela crueza de seu som e por seus membros serem jovens pobres, da classe operária. Eram chamadas de pub rock bands, pois tocavam em pubs londrinos noite adentro canções autorais e covers que iam de The Kinks a Iggy Pop & The Stooges. Em uma dessas bandas, McLaren viu potencial para abalar não só a música pop, mas o establishment moralista da velha Inglaterra. Era a banda de Steve Jones, The Strand, que McLaren rebatizou de Sex Pistols e passou a empresariar.
A cena do tal pub rock estava realmente crescendo. A cada dia surgiam novas bandas. As duas principais e mais relevantes bandas até então eram Eddie and the Hot Rods e The 101’ners. Além deles, bandas como The Stranglers, Dr. Feelgood, Brinsley Schwarz, The Deviants e Doctor of Madness são todas bandas consideradas proto punks, assim como foram MC5, Television e The Modern Lovers nos Estados Unidos. Ou seja, o som das bandas, ao vivo nos pubs, cru, barulhento e longe do perfeccionismo do rock progressivo, vigente nas rádios, já era essencialmente punk. E é curioso notar que isso acontecia nos Estados Unidos e na Inglaterra ao mesmo tempo, sem que houvesse muito contato de uma cena com a outra.
O primeiro show dos Sex Pistols foi um divisor de águas. Eles tocaram numa festa da Saint Martin’s School Of Art no dia 6 de novembro de 1975, abrindo o show da banda Bazooka Joe’s. Um dos presentes naquela noite era o guitarrista da banda 101’ners. Ele ficou impressionado com a energia e com o tom crítico das letras das músicas, entendeu que sua própria banda deveria também mudar sua atitude. O guitarrista dos 101’ners em questão era Joe Strummer. E justamente sob este impacto do primeiro show dos Pistols, Strummer conhece dias depois Mick Jones, que tinha uma banda chamada London SS, e que já ensaiava algumas letras mais politizadas. Os dois se juntam e formam o The Clash. No ano seguinte, 1976, no dia 4 de julho, os Ramones se apresentam pela primeira vez na Inglaterra, tocando no Roundhouse, em Londres. Esse show foi histórico e marca a explosão do punk britânico. Quem viu aquele show e ainda não fazia parte de uma banda, saiu de lá e correu para montar uma. Todos dos Sex Pistols e The Clash estavam lá, bem como integrantes do The Damned, The Buzzcoks, The Pretenders e muitos outros.
Ainda em outubro de 1976 foi lançado o que se considera o primeiro single do punk britânico: New Rose/Help, do Dammed. Na sequência, em novembro, é lançado Anarchy in the UK. Os Sex Pistols ganham atenção da mídia e o punk se espalha por toda a Inglaterra. Em dezembro, a banda é convidada a se apresentar e ser entrevistada no programa de TV do jornalista Bill Grundy. O apresentador estava claramente incomodado com a aparência e comportamento de seus convidados. O clima era tenso. Os Pistols foram ao programa levando mais 4 amigos, entre eles, Siouxsie Sioux e Steven Severin, da banda Siouxsie and the Banshees. Durante a entrevista a tensão aumenta. Em certo ponto, depois de uma pífia comparação, claramente provocadora, de Grundy entre os Pistols e Mozart ou Beethoven, Johnny Rotten murmura algo como “”Era só a merda do trabalho deles.”. O programa era ao vivo, em horário nobre. E pela primeira vez na história da TV britânica alguém dizia a palavra “merda”. Mas, claro, era só o começo. Do meio para o fim da entrevista, todos já nervosos, após uma insinuação de Grundy para a Siouxie Sioux, Steve Jones dispara “You dirty fucker”. E o programa acaba. Não só merda, como fodido, foram as palavras ditas em horário nobre pela primeira vez na história da TV na Inglaterra.
No dia seguinte o jornal Daily Mirror estampa em sua capa a manchete The filth and the fury!, a sujeira e a fúria, com uma foto da banda e uma matéria sobre os Sex Pistols. Foi como jogar gasolina numa fogueira. A cena punk se espalha por toda a Inglaterra, bandas começam a surgir por todo o lado. Em 1977, considerado o ano do punk, alguns dos discos mais importantes do movimento são lançados, entre eles, Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols, o primeiro disco do The Clash, autointitulado, Damned Damned Damned, dos Damned, Stranglers IV (Rattus Norvegicus), dos Stranglers e Life on the Line, de Eddie and The Hot Rods. O punk estava oficialmente deflagrado na Inglaterra e faria história. Enquanto a cena punk de New York se contentava com os excessos de drogas e uma pretensa vanguarda artística, produzindo canções hedonistas sobre tédio e chapação, os ingleses traziam uma fúria incontrolável contra um sistema moralista e opressor, e uma crise econômica aguda.
Justamente por essa diferença, o punk como o conhecemos hoje, tanto na estética quanto na atitude, é o punk inglês, de moicano colorido, jeans rasgado, adereços fetichistas, alfinetes e sempre contra o establishment e qualquer tipo de repressão ou cerceamento de liberdades. Sobre as duas bandas mais importantes daquela época, os Sex Pistols lançaram um único disco e a banda se separou no ano seguinte. Steve Jones se tornou produtor musical, Johnny Rotten formou a banda Public Image e Sid Vicious, o baixista, morreu de overdose em 1979, após, supostamente, esfaquear sua namorada, Nancy Spugen. Já o The Clash teve uma carreira mais longeva. Joe Strummer e Mick Jones viviam entre os bairros de Notting Hill e Brixton, que abrigava uma grande comunidade de jamaicanos e operários. Não só suas letras eram mais políticas, como eles agregavam ao seu som elementos do ska e reggae. A banda lançou 6 discos entre 1977 e 1985, sendo que em 1979 lançam o seminal London Calling, em 1981 mais um disco fundamental, Combat Rock, e, em 1983, Mick Jones sai da banda, acabando com a parceria com Joe Strummer. O Clash se manteve com Strummer até meados de 1986, quandoa banda finalmente encerrou atividades. Em 2002 Joe Strummer e Mick Jones se reuniram novamente num show da banda The Mescaleros, de Strummer. Eles tocaram as canções White Riot e London’s Burning, tocando juntos no mesmo palco pela primeira vez desse 1983. Um mês depois deste show, Joe Strummer morreu, vítima de um ataque cardíaco. Mick Jones segue em atividade. Nos anos 80 montou a banda Big Audio Dynamite – BAD, banda de beat reggae dub, no fim dos anos 90 participou da banda Carbon/Silicon e também fez parte da moderninha banda virtual Gorillaz.
O punk foi uma verdadeira revolução cultural. Foi não. Ainda é! Não só mudou a música, dando luz a bandas tão empolgantes e diversas, como também mudou a moda, muito por conta do estilo visionário e anárquico de Vivienne Westwood, dona da boutique Sex, esposa de Malcom McLaren na época do surgimento dos Sex Pistols e até hoje uma estilista influente. Mas o mais importante, o movimento punk mudou o comportamento! Incentivou os jovens a agirem por conta própria, se informar e se posicionar por uma sociedade livre e plural. O punk faz parte da essência da Strip Me, uma empresa totalmente Do it Yourself! Então é claro que aqui você encontra camisetas de música com estampas relacionadas ao punk e muito mais, tudo com personalidade e muito estilo. Além de música, rolam camisetas de arte, cinema, cultura pop, comportamento e muito mais. Na nossa loja você conhece todas elas e ainda fica por dentro dos nossos lançamentos mais recentes.
Vai fundo!
Para ouvir: Playlist feroz com o mais puro e concentrado suco de punk britânico. UK Punks Top 10 tracks.
Para assistir: A série Pistol, disponível na Star+, é simplesmente maravilhosa e recomendadíssima! Lançada neste ano, a série retrata a trajetória dos Sex Pistols sob a ótica do guitarrista Steve Jones. A fotografia é incrível, as atuações são ótimas, o roteiro é muito bom e a trilha sonora é excelente! Vale a pena demais conferir! Ah, sim, e a direção é do Danny Boyle, diretor do clássico Trainspotting!
Para ler:Crescendo com os Sex Pistols: Precisa-se de Sangue Novo é um ótimo livro para conhecer a história dos Sex Pistols por uma ótica mais imparcial, já que rola muita divergência entre as versões de Steve Jones, John Lydon e Malcom McLaren. O livro foi escrito em parceria entre Alan Parker, cineasta e escritor, e o jornalista Mick O’Shea. Foi lançado em 2012 e é uma leitura muito agradável de uma história quase inacreditável!
| Por Strip Me Admin | Comentários desativados em Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês
Pensar no look perfeito faz parte do planejamento de quem vai a algum evento ou festival de música. E para saber como se vestir bem é necessário conhecer alguns detalhes muito importantes, como o tema do festival, o seu próprio estilo, duração, quem vai tocar e muito mais.
Um exemplo é que, dependendo do dia, a camiseta Rock in Rio precisará conter elementos que fazem referência aos grandes nomes do Rock e do Heavy Metal, ou então deverá ter ícones da cultura POP.
Já a camiseta Lollapalooza pode ter detalhes minimalistas, coloridos, que cite uma banda ou um artista que participará do evento.
Agora, se for a camiseta para o Primavera Sound, você pode investir em um look mais alternativo. Na hora de escolher a camiseta de festival perfeita, tudo vai depender do local, do horário e do que você quer expressar com o seu look.
3 dicas para arrasar no look
Agora você confere 3 dicas para saber como se vestir bem em um festival e arrasar no look. Continue lendo!
Escolha roupas confortáveis e adequadas para o local
Na hora de escolher a camiseta para festival para aproveitar todos os momentos sem incômodo, pense em manter o estilo sem perder o conforto, sem passar muito frio ou muito calor.
Para isso, considere se o evento estará cheio, se ocorre a céu aberto ou em local fechado, se será durante o dia ou durante à noite e, por consequência, a temperatura e o clima.
Camiseta Hip Hop Strip Me Clothing
Utilize acessórios
O que não faltam são acessórios para deixar o seu look ainda mais completo e descolado.
Seja com itens coloridos ou até mesmo em uma única cor, em formatos distintos ou com diversas funcionalidades, eles são uma ótima opção para deixar o seu visual mais autêntico e diferente.
Shoulder Bags Strip Me Clothing
Não deixe de passar a sua personalidade
O look é onde a sua personalidade pode e deve ser comunicada. É a partir da construção dos detalhes que a sua identidade ficará em evidência para os outros participantes do festival.
Camiseta WTF preta Strip Me Clothing
Opções para montar o seu look ideal não faltam e, para deixá-lo ainda melhor e totalmente com o seu estilo, visite o site e escolha as camisetas Strip Me que mais tem sua cara. Não tem como errar 😉
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em As fitas da Bahia.
O que seria do turismo sem a superstição? Afinal, não dá pra ir a Roma e não jogar uma moeda na Fontana de Trevi, ou ir a Verona e não colocar a mão no seio direito da estátua da Julieta, ou ir a Nuremberg e não dar três voltas em torno da Bela Fonte, ou ir a Paris e não colocar um cadeado na Pont des Arts. Isso sem falar de lugares místicos por si só, que garantem vida longa, sabedoria, prosperidade e etc só por visitá-los, como o Taj Mahal, o centro histórico de Santiago de Compostela, as pirâmides do Egito, Stonehenge, Bodh Gaya, Jerusalém, Machu Picchu e tantos outros. Claro que o Brasil não fica atrás e tem os seus pontos turísticos para supersticiosos e místicos. Alto Paraíso de Goiás está acima de uma rocha de quartzo de mais de 4 mil metros quadrados, por isso é considerado um lugar de boas vibrações. Em Gramado, no Rio Grande do Sul, você pode colocar um cadeado nas grades da Fonte do Amor Eterno e garantir a sua bem aventurança no amor. Mas não existe nada que simbolize melhor a cultura, a religiosidade e a superstição brasileira do que as inconfundíveis fitinhas de Nosso Senhor do Bonfim.
As fitinhas de Nosso Senhor do Bonfim já extrapolaram as barreiras da religiosidade para se tornar ícone pop, um acessório que chegou a ser transformado em pulseira de ouro com brilhantes. Mas vamos com calma, porque vale a pena conhecer um pouco da origem dessas fitinhas tão emblemáticas. Para isso, precisamos nos lembrar que o Brasil ficou abandonado por quase quarenta anos após a chegada de Pedro Álvares Cabral por aqui. Somente em 1533 o rei português D. João III decide tomar posse das terras descobertas permanentemente através das capitanias hereditárias. Após muita confusão, violência e descaso para a instalação de tais capitanias, o rei decidiu instalar em seu novo território uma cidade que serviria de capital da colônia, com burocratas portugueses representando a coroa, para organizar melhor as coisas. Assim, em 1549 é fundada a cidade de Salvador, a primeira capital do Brasil.
Dois séculos depois, Salvador já havia crescido muito. O nordeste brasileiro vivia o auge da produção de açúcar e todos os impostos coletados dos engenhos iam parar na capital, e nem todo esse dinheiro chegava em Portugal como deveria, se é que você me entende. O fato é que a cidade crescia, bem como o prestígio do Brasil em Portugal. Assim, em 1745 foram iniciadas as obras de uma grande igreja na península de Itapagipe, região nobre da cidade de Salvador. A construção da igreja justificava-se para abrigar as imagens do Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora da Guia, vindas de Portugal. A Imagem de Nosso Senhor do Bonfim nada mais é que a representação de Jesus Cristo subindo aos céus. Já a Nossa Senhora da Guia é uma das muitas representações da Virgem Maria, esta, no caso, é considerada a protetora dos navegantes. A igreja ficou pronta em 1754 e logo se tornou a igreja mais importante da cidade. Acontece que nessa mesma época a descoberta do ouro na região e Vila Rica, Ouro Preto, Mariana e Diamantina fez com que Portugal, e o resto do mundo, voltasse suas atenções para o interior do Brasil. Para facilitar o transporte do ouro até o litoral, para ser enviado para Portugal, o reino acabou transferindo a capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. Salvador entra então num período de estagnação econômica.
Em 1809, pensando em arrecadar dinheiro para manutenção da paróquia, um dos fiéis teve a ideia de criar a Medida do Senhor do Bonfim. Era uma tira de tecido medindo exatamente 47 centímetros, a mesma medida do braço direito de Jesus na imagem do Senhor do Bonfim. Por isso, a faixa era chamada de Medida do Senhor o Bonfim. Era uma tira de cetim ou seda de 4 ou 5 centímetros de largura, com o nome da igreja bordado com fios de ouro e vendidos a altos preços, mas muito comprados pelos nobres da cidade. A faixa era usada pendurada no pescoço, presa na base de chapéus (no caso das mulheres) ou simplesmente exposta dentro de casa. A prática da venda da Medida do Bonfim durou até meados dos anos 1940. Depois ficou esquecida. Até ressurgir nos anos 60 totalmente repaginada.
Na década de 1960 o turismo como negócio crescia muito, era uma novidade. Ao mesmo tempo, entre o fim dos anos 50 e início dos 60, o Brasil vivia um período raro de prosperidade e liberdade. Com isso, as religiões de origem africanas começam a se popularizar. O sincretismo da umbanda, que tem a representação de um santo católico para cada uma de suas entidades, fez com que a famosa Medida do Bonfim de antigamente, virasse uma fita, também com a medida de 47 centímetros, mas mais estreita, podendo ser amarrada no tornozelo ou no punho, e representando Oxalá, a mais importante divindade do candomblé, que tem na imagem do Senhor do Bonfim a sua representação. Outras fitas, desta vez coloridas, também passaram a ser comercializadas, cada cor representando uma entidade. O lance é que, ignorando a simbologia religiosa, os hippies baianos passaram a usar as tais fitinhas aos montes, pois eram coloridas e combinavam com o visual psicodélico, e a moda começou a se espalhar entre os jovens. Foi quando o setor de turismo da prefeitura viu o potencial daquelas fitinhas e entrou na jogada.
Para impulsionar a visitação da igreja de Nosso Senhor do Bonfim, que sempre foi um dos lugares mais importantes de Salvador, a prefeitura passou incentivar a venda das tais fitinhas nos arredores da igreja, espalhando ainda que as fitinhas eram milagrosas, e se amarradas com três nós, cada nó representaria um desejo que a pessoa poderia fazer. Quando a fita arrebentasse naturalmente, com o passar do tempo, os desejos se realizariam. E a conversa funcionou bem demais. Não só os visitantes, como os próprios moradores de Salvador passaram a comprar as fitas e amarrar no braço, no tornozelo e também nas grades em volta da igreja. E normalmente, as pessoas compram as fitinhas de determinada cor, de acordo com o desejo a ser atendido. Por exemplo, a fitinha verde representa Oxóssi, a divindade da fartura e do sustento, para quem vai pedir prosperidade, amarelo é Oxum, divindade da fertilidade, para quem quer ter filhos, vermelho é Iansâ, divindade do amor e por aí vai.
Até o fim dos anos 70 as fitinhas eram de algodão e eram produzidas em Salvador mesmo, por pequenas empresas de tecelagem. Mas nos anos 80 a coisa ficou séria, a demanda cresceu muito e as fitinhas, perderam um pouco do charme e da personalidade ao serem fabricadas numa grande fábrica em São Paulo e feitas de poliéster. Mas não pense que isso diminuiu o interesse das pessoas. Até hoje, quem vai a Salvador não sai de lá sem um pacote de fitinhas para distribuir para a família e amigos quando voltar pra casa, muito menos sem deixar uma fitinha amarrada na grade da igreja. Aliás, a grade repleta de fitinhas já virou imagem de cartão postal de Salvador. As fitinhas se tornaram tão pop que o designer baiano Carlos Rodeiro criou a Pulseira do Senhor do Bonfim, que tem versões em ouro puro e com detalhes em brilhantes, safiras, rubis e esmeraldas. E, sabe como é, do jeito que as coisas estão, não custa nada comprar uma fitinha dessa e mandar um pensamento positivo pro ar, ao amarrar um nózinho.
As fitinhas de Nosso Senhor do Bonfim são um símbolo tão único do Brasil, cheio de simbologias diversas e positividade, que não poderia deixar de fazer parte do sincretismo antropofágico cultural da Strip Me! Afinal, somos brasileiros, mas também somos pop art! Então vem conferir nossas estampas cheias de brasilidade, além de camisetas de arte, música, cinema, cultura pop e muito mais. Fica ligado sempre na nossa loja pra não perder os lançamentos.
Para assistir: Outra face inacreditável da cultura de Salvador é a música. No documentário Axé: Canto do Povo de um Lugar, lançado em 2016 e dirigido pelo Chico Kertész, dá pra ter uma ideia bem legal disso e conhecer a origem de um dos ritmos de maior sucesso no Brasil. Super recomendado e tem no catálogo da Netflix.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Deu Match! 8 encontros apaixonantes da Strip Me para o Dia dos Namorados.
Junho é a época mais romântica do ano! Começa o friozinho, aquele clima gostoso pra ficar no sofá vendo um filminho debaixo do cobertor, ou pra sair pra tomar aquele vinho, ou quem sabe comer um fondue. E é claro que tudo isso fica muito mais gostoso quando você tem aquele alguém do lado. Pode ter sido na balada, tendo amigos em comum, ou até mesmo virtualmente em redes sociais e apps de relacionamento. O importante é que deu match!
E para mostrar que toda panela tem sua tampa, a Strip Me apresenta 8 exemplos de camisetas que são match perfeito. Se completam, harmonizam, são as duas metades da laranja.
Começamos com os dois pés na nossa terra! De um lado o símbolo máximo da arte brasileira, nosso icônico Abaporu, de Tarsila do Amaral, minimalista, mas sofisticado e imponente. De outro lado uma declaração de amor à América Latina, com uma estampa delicada no lado esquerdo do peito, onde bate o coração. De quebra, a citação a uma das mais clássicas canções de Caetano Veloso, que deixa clara a força vibrante do nosso continente. Ambas as camisetas, numa pegada by night minimalista, formam um casal perfeito.
Eis aqui um match inspirador! Um match de quem carrega a arte na alma e no coração. De um lado a obra clássica O Filho do Homem, de René Magritte, pintada em 1964, num recorte simples, que evidencia o tom provocador e iconográfico da obra. Do outro lado, uma reprodução, também em recorte, da mais famosa e celebrada xilogravura do mundo, A Grande Onda de Kanagawa, do genial artista japonês Katsushika Hokusai. Duas camisetas que carregam no coração dois dos maiores ícones da história da arte. O surrealismo de Magritte e a xilogravura delicada de Hokusai formam um casamento incomum, mas admirável de se ver!
Um match atemporal. Não que sejam muito distantes, talvez separados por apenas uma geração. De um lado a representação dos anos 90 sintetizada numa imagem, que mistura identidade visual da maior marca de video games com a mais revolucionária banda da época. Por si só, Nirvana e Nintendo já são um match inacreditável, visto que não só revolucionaram seus próprios segmentos, como influenciaram o comportamento de toda uma geração. De outro lado mais uma vez a representação perfeita da geração 2010, cuja vida real é frequentemente colocada à prova de maneira virtual, tendo como trilha sonora mais uma revolução musical. Não sei o que o dua Daft Punk poderia fazer para provar que não são robôs. Mas jogar video game online ouvindo uma mixtape de Nirvana e Daft Punk é um match divertidíssimo!
Este sim, o match dos anos 90! De um lado a imagem distorcida, como deve ser, de um dos 5 melhores guitarristas da década de 90. John Frusciante é, indiscutivelmente, o som definitivo da guitarra dos Red Hot Chilli Peppers, e um dos mais talentosos músicos de sua geração. De outro lado, uma das imagens mais famosas de Eddie Vedder, o frontman da banda Pearl Jam. Um salto para a multidão após uma de suas famosas escaladas pelas estruturas dos palcos. Hoje, tanto Frusciante quanto Vedder já estão mais velhos, mas continuam fazendo música. E o ritmo incontrolável dos Chilli Peppers com as melodias inigualáveis do Pearl Jam formam um match irresistível. Procure ouvir a música Dirty Frank, onde as duas bandas tocam juntas, para conferir.
De acordo com o clichê, deveríamos dizer que aqui é o clássico caso de match de opostos que se atraem. Mas não tem match mais complementar e harmonioso do que Beatles e Rolling Stones! Ainda mais neste caso. Dois dos maiores hinos da história do rock n’ roll! Duas músicas lançadas em 1969. De um lado os Beatles apresentam uma alegoria psicodélica e um dos riffs de baixo mais famosos do mundo, conclamando a união. De outro lado um arranjo potente de guitarra e piano elétrico embalam as palavras contundentes de Jagger contra a guerra do Vietnã, implorando por abrigo. Duas músicas que se completam, uma pela união das pessoas e outra pelo fim de conflitos. Match irretocável.
Pra finalizar a onda musical, apresentamos um match mais contemporâneo, e tradicionalíssimo ao mesmo tempo. De um lado mãe de todos ritmos, a condutora irrepreensível e dona do tempo. Às vezes suave e discreta, às vezes infernal e exuberante. A bateria! Do outro lado, o pai das notas graves, o elo de ligação, aquele que segura a onda e mantém tudo sob controle quando todo mundo está pirando. O alquimista de ritmos e melodias. O baixo! Match mais que óbvio! Aquele casal que todo mundo sabe que sempre ficaria junto. Desde os primórdios do jazz baixo e bateria se completam, até atualmente, dando nome a uma das bases mais populares da música eletrônica, o drum n’ bass. Match batido, porém muito bem ritmado.
O Match inevitável. De um lado aquele sextou insano, incontrolável! Ilustrado aqui de maneira primorosa com o frame de uma das cenas mais clássicas do cinema de Stanley Kubrick: Jack Nicholson arrebentando uma porta completamente transtornado no clássico O Iluminado. Do outro lado o desespero dominical, o sentimento amargo do dia que precede a infalível segunda feira. Tal desespero é ilustrado de forma brilhante através do frame da cena mais revisitada da história do cinema: a antológica cena da facada no chuveiro do indispensável filme Psicose, de Alfred Hitchcock. Não dá pra negar. Todo sextou tem dentro de si o angustiante desespero de domingo. E por isso mesmo, um nunca vai conseguir viver sem o outro. Match natural.
Finalizamos nossa lista com um match doce e tropical. De um lado o ícone maior do verão, da praia, do clima tropicaliente: o côco. Porém, não in natura, mas transformado num doce riquíssimo, com uma textura única e um sabor equilibrado e delicado. De outro lado uma das frutas que melhor representa a América Latina. Originalmente encontrada entre o norte das matas da Colômbia até o sul do México, a goiaba caiu nas graças dos índios, que a plantaram por todo o território brasileiro, isso bem antes de europeu vir se meter a besta por essas bandas. Dela se faz um dos doces mais apreciados do Brasil, em especial no sudeste. Um doce cheio de personalidae, sabor forte, marcante e inigualável. Você pode pensar que o match ideal seria a goiabada com queijo. Mas nós estamos aqui para quebrar paradigmas e mostrar que no amor (e na gastronomia) tudo é possivel! Cocada com goiabada é um match surpreendente e delicioso!
Depois dessa lista, com tantos matchs diferentes, inusitados e certeiros, só nos resta te dizer uma coisa: De onde saíram estes, tem muitos outros mais! Na Strip Me você encontra uma diversidade inacreditável de estampas sobre arte, cinemamúsica, cultura pop, comportamento e muito mais! Com certeza, match ali não vai faltar. Tanto para você presentear o seu match da vida, quanto para você usar e curtir a vida com estilo enquanto o seu match não chega. Visite a nossa loja e confira os nossos lançamentos.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist pra curtir o diados namorados, mas saindo um pouquinho das obviedades tipo Marvin Gaye e Barry White. Não que eles sejam ruim, são ótimos, mas é sempre legal dar uma variada e ouvir sons diferentes, né. Alt Love Top 10 Tracks
Para assistir: Essa dica é simples e direta. Ainda não fizeram um filme romântico tão divertido, emocionante, verdadeiro e descolado quanto o excelente 500 Days of Summer. Filme de 2009, dirigido por Marc Webb, protagonizado por Zooey Deschanel e Joseph-Gordon Levitt numa sintonia incrível, com um roteiro ótimo e uma trilha sonora maravilhosa. Um filmaço!
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em De Repente 30… anos depois: 10 coisas dos anos 90 que estão de volta.
Moda. Uma daquelas palavrinhas que tem três significados bem distintos, mas nem tanto. Moda é como chamamos o mundo de roupas, calçados e acessórios como brincos e colares, chapéus e etc. Mas moda também é como nos referimos a um estilo, uma maneira específica de comportamento, visual e etc. Um desfile de moda, junta os dois significados da palavra, já que se trata de um desfile de roupas e também é uma maneira de mostrar o estilo da pessoa que criou aquelas peças que estão sendo apresentadas. Mas a moda tem outro significado interessante. Ela pode representar a atualidade. Dizer que tal coisa está fora de moda, significa que é uma coisa fora do tempo atual, ultrapassada, antiga. E são essas três leituras da palavra moda que tornam tudo mais interessante. Porque este texto vai te mostrar que a moda dos anos 90 está super na moda, inclusive extrapolando o mundo da moda.
Calma, vamos, usando um termo super na moda, ressignificar essa última frase: o estilo dos anos 90 está super atual em 2022, inclusive extrapolando o mundo do vestuário. É verdade. Os anos 90 voltaram com tudo. Óbvio que isso fica mais evidente no circuito fashion. São as estampas xadrez, jaquetas jeans, calças jogger, macacão (ou jardineira), coturnos, gargantilhas e tantos outros itens. Mas a coisa vai muito além! Estamos falando de vitrolas no formato de maletas, para tocar discos de vinil, vendendo feito água, gente pirando ao jogar Super Mario, gente chorando pra ir no show da Sandy & Júnior, Mobilete voltando a ser fabricada e até mesmo o Palmeiras com um time forte ganhando vários campeonatos (menos aquele lá, né…). E nós estamos aqui para comprovar que os anos 90 estão com tudo em pleno 2022. Então apaga esse cigarro que você roubou do seu pai, coloca Smells Like Teen Spirit pra tocar, amarra essa bandana direito na cabeça e vem com a gente conferir as 10 coisas dos anos 90 que estão super na moda hoje em dia!
10 – Brinco de Cruz
Nos anos 90 eles eram sinal de rebeldia juvenil tanto para meninos e meninas. Figuravam nas orelhas de todo mundo, de George Michael a Mr. T, de Sarah Jessica Parker a Courtney Love. Hoje voltam à moda repaginados. Além de aparecerem nas versões clássicas, dourado e prateado, também vem com a opção de cores metalizadas super diferentes. Além disso, tem a vantagem de combinar com tudo e ser unissex. Se antes era sinal de rebeldia, hoje chega a dar um ar clássico ao look.
9 – Pochete
Eterna polêmica. Já nos anos 90 a pochete tinha muitos desafetos. Não é de se estranhar, convenhamos. Apesar de sua indiscutível praticidade, é uma parada difícil de gostar esteticamente. É um cinto com uma bolsa acoplada, um negócio esquisito. Acontece que essa é a impressão de só uma parte das pessoas. E a moda, aquela das vitrines fashion, conseguiu inserir a pochete em looks descolados e ela tá aí, firme e forte em pleno 2022, e não dá sinais de desaparecer tão cedo. É, parece que a pochete colocou seus detratores no bolso e fechou o zíper.
8 – Chinelos slide
Para quem se liga em comunicação e publicidade, esse chinelo é um verdadeiro ícone. É o tipo de produto que ficou mais conhecido pelo nome de uma marca, do que pelo próprio nome. Se você fala chinelo tipo slide, pouca gente sabe o que é, mas se disser chinelo tipo Rider, todo mundo sabe. A campanha publicitária “Rider dá férias para os seus pés” fez um sucesso inacreditável nos anos noventa, com comerciais de TV lindos embalados por músicas de Tim Maia, Paralamas do Sucesso e Lulu Santos. Depois que a Grendene, fabricante do Rider, encerrou sua parceria com a W/Brasil (atual WMcCann) o Rider ficou meio esquecido nos anos 2000. Mas agora volta como opção vintage e confortável para jovens que sequer eram nascidos quando o Brasil inteiro queria dar férias para os seus pés.
7 – Nike Air Max 90
Ainda falando de calçados, outro marco dos anos 90 foi o revolucionário Nike Air Max 90. Um tênis criado pensando no conforto e bom desempenho de atletas. Ele foi projetado com uma sola um pouco mais espessa, com uma câmara de ar no meio, que proporciona uma pisada mais firme, mas amortecendo o impacto. Acontece que além desse conforto tanta para quem faz caminhadas, quanto quem corre, o Nike Air Max 90 tem um design super bonito, combinando duas ou três cores. Nos anos 90 virou queridinho da moda streetwear. Mas no século XXI perdeu espaço para tênis mais espalhafatosos, com cores berrantes. Porém, você sabe que a Nike não é boba. Já de olho nessa onda nostálgica dos anos 90, que começou faz alguns anos, aproveitou que em 2020 o Nike Air Max 90 completava 30 anos de sua criação, e o relançou fazendo estardalhaço na imprensa. E todo mundo amou. Resultado: Tá aí o Nike Air Max 90 mais vivo do nunca.
6 – Relógio Casio Digital
A Casio é uma empresa de eletrônicos japonesa, dessas que servem de inspiração para todo empreendedor. Começou no Japão devastado no fim da década de 1940 e hoje se mantém como uma das mais fortes do segmento. Nos anos 90 a marca era conhecida aqui no Brasil por dois produtos: Um era o teclado, que vinha com um banco de centenas de timbres e emuladores de sons e dezenas de ritmos. O outro era o relógio digital. O relógio logo se tornou uma febre entre adolescentes, pois eram relógios baratos e o visor digital tornava muito mais fácil identificar a hora do que o visor de ponteiros. Talvez tenha sido a nostalgia que fez com que eles voltassem à moda de alguns anos pra cá. O fato é que a Casio não perdeu tempo e relançou vários modelos de seus clássicos relógios, incluindo uma linha feminina vintage com pulseiras douradas e rose gold muito bonitas, que venderam horrores!
5 – Patinete
O jovem recém formado, que vive numa grande cidade e usa um patinete motorizado para se locomover pra lá e pra cá, talvez nem imagine que tal veículo há muito tempo faz sucesso, mas até então entre crianças e adolescentes. Dizem que o patinete foi inventado no começo do século XX como um brinquedo mesmo, feito com pedaços de caixas de madeira e rodinhas de ferro, algo bem semelhante ao que vemos no primeiro filme De Volta Para o Futuro, em que Marty McFly arranca a parte de cima, transformando o brinquedo num skate e o usa para fugir do Biff e sua gangue. Uma cena deveras antológica. Nos anos 90 o patinete não só ainda fazia sucesso, como teve a sua versão motorizada, que ficou conhecida como walk machine. Mas era um brinquedo caro, e que não durou muito no mercado. E de uns tempos pra cá, a turma vem pensando mais sobre a emissão de gás carbônico e queima desenfreada de combustível a base de petróleo. Ainda bem. Assim, nas grandes cidades, começou a pintar o esquema de aluguel de bicicletas e também de patinetes elétricos, que facilitou demais a locomoção das pessoas, sem precisar usar carros, motos ou lotar trens e ônibus. Uma moda realmente útil e, por que não dizer, lúdica também.
4 – Celular de Flip e outros pré-smartphones
Um dos sinais de que você virou um adulto é quando começa a admitir que seus pais tem razão sobre uma porção de coisas que você não concordava antes. Se o seu pai e/ou a sua mãe são daquelas pessoas de meia idade que não se adaptaram aos smartphones e continuam com aquele Nokia velho e indestrutível, talvez seja a hora de você dar razão a eles nisso também. De 2016 pra cá, só nos Estados Unidos, foram adquiridos mais de 30 milhões de aparelhos antigos. Isso porque foi em 2016 que a famosa editora da revista Vogue, Anna Wintour, foi fotografada com um celular de flip antigo. Depois disso, a Adele apareceu no clipe de Hello com um celular do tipo Star Tac. Em seguida, celebridades começaram a aparecer com aparelhinhos desse naipe em todo o canto, como por exemplo Rihanna, Scarlet Johansson e até o nosso querido Iggy Pop. E é uma tendência que segue firme e forte. Quem abraça os celulares antigos justifica a escolha dizendo se sentirem mais livres, sem tanta distração de apps dos mais variados, sem falar na segurança de não ter um aparelho conectado à nuvem sujeito a invasões e hackers e etc. Olha, até que dá pra entender. Mas o duro é a gente se adaptar de novo com SMS, sem poder enviar stickers ou gifs com memes engraçados.
3 – Nintendo Nes e outros consoles
Inquestionável que os jogos recentes do Playstation e companhia são incríveis com gráficos ultra reais, roteiros complexos e cativantes e jogabilidade imersiva. Mas acontece que a turma na faixa dos trinta e poucos, quarenta anos, começou a sentir aquela saudade apertada de jogar um joguinho despretensioso, colorido e com uma musiquinha em midi embalando a brincadeira. Assim, jogos como Super Mario, Sonic, Pac Man, Final Fantasy e outros começaram a aparecer em formato de app para celular e computador. Sem perder tempo, a Nintendo já lançou o Nintendo Nes Classic Edition com vários jogos na memória. O console vendeu milhões logo de cara. E recentemente a molecada de 18, 20 anos, também tem aderido ao formato, talvez influenciados por pais, tios e irmãos mais velhos. O fato é que o filão de consoles e arcades de video games dos anos 80 e 90 vem passando de fase sem dificuldade, cada vez mais longe do game over.
2 – Fitas K7
Talvez a volta mais difícil de entender seja a da fita K7. Vá lá, ela tem seu charme esteticamente. Mas é uma mídia trabalhosa e que não tem no mercado tantos aparelhos toca fita assim. A fita sempre foi a segunda opção. Quando o vinil estava muito caro, ou se comprava a fita original, que era mais barata que o disco, ou então, comprava-se uma fita virgem, ainda mais barata, e pegava o disco almejado emprestado de algum amigo e gravava na fita. Sem falar na possibilidade de fazer suas próprias compilações, as mixtapes. Provavelmente, o que fez com que as fitas voltassem com tanta força tenha sido um misto de nostalgia e curiosidade. O jovem que se liga em música e não pegou o tempo das fitas hoje vê com interesse essa mídia e tenta reviver um pouco aqueles tempos de que seu pai, tio ou irmão mais velho tanto fala. Sem falar na chance de poder comprovar na prática a história que dá pra voltar a fita usando uma caneta Bic.
1 – Vinil
Aí sim. É o rei da nostalgia, né. Na real, o vinil nunca saiu muito da moda. Teve momentos de baixa, é verdade, mas sempre manteve aqueles fiéis seguidores, mesmo no fim dos anos 90, começo dos 2000. Época sombria em que o mercado da música digital engatinhava e o CD, que já tinha atingido seu ápice, começava uma descida vertiginosa e irrefreável rumo a obsolescência. Tempo em que a maioria das pessoas se desfazia de suas coleções de vinil nos sebos para adquirir CDs de suas bandas favoritas. Mas já em meados da década de 2000 o vinil começa a aparecer quase como um artigo de fetiche entre músicos e admiradores de música. A internet impulsionou a venda de discos raros até chegar ao ponto em que se tornou cool ter uma vitrolinha e uma coleçãozinha de discos de vinil. A verdade é que o vinil agrada todo mundo. Agrada o cara chato, metido a entendido de música e agrada o jovem descolado com a sua vitrola em formato de maleta que coloca o um disco do Tom Zé pra rolar e posta nos stories do Instagram com um filtro de imagem envelhecida. Seja no Spotify ou na vitrolinha, o importante é ouvir música boa.
Sejamos francos. A década de 60 começou a porr@ toda, a década de 70 intensificou e deu brilho, a década de 80 exagerou, levando tudo a limites extremos. Coube à década de 90 chutar muitas bundas e recomeçar algumas coisas. Pode não ter sido a década mais inventiva, mas criou muita coisa boa. Além do mais é a década em que boa parte da equipe da Strip Me cresceu, e de onde tirou suas primeiras referências para criar um mundo de barulho, diversão e arte através de camisetas incríveis! São camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, tudo indo muito além dos anos 90. Para sacar isso, basta conferir os lançamentos na nossa loja!
Para assistir: Para um retrato divertido e levemente exagerado do que era a juventude os anos 90, basta assistir ao filme Singles – Vida de Solteiro, escrito e dirigido pelo Cameron Crowe. Filme todo ambientado em Seattle, contando com algumas das principais bandas do grunge. Não e um filme maravilhoso, mas é bem divertido e agradável de se ver.
Para ler: O livro Viva la Vida Tosca, a autobiografia do João Gordo, co-escrita pelo André Barcinsky, é um livro delicioso de se ler, com vários causos interessantes sobre quase nenhum sexo, mas muitas drogas e rock n’ roll. E boa parte do livro é um baita retrato dos anos 90 no Brasil, com os causos do Gordo excursionando com os Ratos de Porão e trampando na MTV Brasil. O livro saiu pela editora Darkside com um tratamento gráfico excelente. Leitura mega recomendada.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em 100% de Aproveitamento no Lollapalooza 2022
Tá chegando! Semana que vem vai rolar mais uma edição do nosso querido Lollapalooza! O festival de música mais descolado que este país já viu acontece nos dias 25, 26 e 27 de março no Autódromo de Interlagos, na cidade de São Paulo. Depois de 2 anos dentro de casa, tá todo mundo na pilha de curtir uns rolês, ainda mais no naipe do Lolla. E como barulho, diversão e arte é o que não falta no Lollapalooza, nada mais justo do que a Strip Me se apresentar pra dar aquelas dicas quentes pra você aproveitar cada segundo desse rolê com conforto, disposição e se mantendo bem longe de qualquer perrengue! Se liga!
Começamos com a parte mais chatinha, mas que precisa ser falada. Ainda que não haja mais a obrigatoriedade de usar máscara em lugares abertos, o uso da máscara é uma ótima ideia. Afinal, as coisas estão voltando ao normal, mas corona ainda está saltitando por aí, ainda tem gente sendo internada e etc. É bom se cuidar, né? Então, leva umas 3 máscaras, porque você vai suar bastante. E leva também um frasquinho de álcool gel. Outra coisa fundamental é não esquecer de jeito nenhum seu comprovante de vacinação. Ele tem que ser apresentado junto do ingresso, para você poder entrar no evento.
Pensando no seu conforto, a primeira coisa é evitar levar mochila ou bolsas grandes, que vão ocupar espaço, você pode acabar querendo levar coisas demais e ficar carregando peso desnecessário, além de se tornar um estorvo na hora de curtir os shows e pular loucamente ao som da sua música favorita. A dica aqui é levar uma bolsa pequena com alça comprida ou então a famigerada pochete. Porque o que você vai realmente precisar levar é seu celular, um carregador portátil, seu documento, dinheiro e cartão de crédito, máscaras, um frasquinho de álcool gel, um protetor solar e uma barrinha de cereal. Tudo coisa pequena e leve. Além do mais esse lance de levar mochila e bolsas grandes varia de festival pra festival. Tem uns que não permitem. O Lolla, especificamente, libera a entrada, mas não tem guarda volumes, ou seja, você tem que ficar carregando o tempo todo. A mochila serviria se o festival permitisse, por exemplo, de as pessoas entrarem com garrafas de água e tal. Mas não é o caso. Se você aparecer na catraca com uma garrafinha de água que seja, vão te mandar jogar fora ou beber tudo antes de entrar.
Apesar disso, se hidratar é uma das dicas mais importantes. Tá fazendo um calorão e você vai ficar perambulando por ali o dia todo. Tomar uma cervejinha curtindo um belo show é uma delícia e a gente recomenda que você o faça! Mas capricha na água também, vai intercalando. Assim como a água e a cerveja, você vai precisar comprar comida. Então, duas dicas essenciais neste aspecto são: leve uma quantidade de dinheiro trocado, em notas pequenas, para não precisar ficar esperando troco, e também compre uma quantidade maior de fichas do que você quer consumir naquele momento. Assim, você evita pegar a fila do caixa várias vezes e vai direto pegar o que você quer comer ou beber. Outra coisa importante é se ligar no clima. Um dia antes de ir pro festival dá uma conferida na previsão do tempo. O Tom Jobim já cantou que são as águas de março que fecham o verão, né? Então, pode ser que chova. Neste caso, leva uma capa de chuva. Se a previsão for de sol, lambuza esse corpinho de filtro solar sem medo e ser feliz!
Pra curtir os shows com plenitude, se programe. Faz uma listinha dos shows que você mais quer ver. No site do Lolla já tem os horários de cada show. Você vai precisar andar de um lugar para o outro, e os palcos não são tão pertinho um do outro. Então, além de elencar suas prioridades entre as atrações, também é boa ideia ter um mapa de toda a área do local e baixar o app do festival, que vai te ajudar a se localizar. Outra dica sobre os shows em particular é: aproveite o show! Lembre-se que tem pelo menos uns três canais de TV filmando e transmitindo tudo! Desencana de ficar fazendo centenas de vídeos e fotos e assista o show! A propósito, cabe aqui dar algumas dicas de shows que vão rolar no Lolla esse ano que vale a pena se programar pra ver. Na sexta feira às duas e meia da tarde, Tem o Turnstile, uma banda muito boa, pegada meio pós punk e muita presença de palco. No sábado vale conferir o show da Clarice Falcão, um show super alto astral, performático e com músicas bonitinhas e divertidas. E no domingo tem Foo Fighters, eu sei, mas imperdível mesmo é o show da Black Pumas, baita banda incrível. Show às cinco da tarde, imperdível!
Pra finalizar as dicas, voltamos ao seu conforto e bem estar. Primeira coisa: vai de tênis! Um tênis confortável! Pensa que você vai andar muito, que lá tem grama e terra, se chover vira um lamaçal… então, nada de chinelo, sandália ou sapato de salto. Outro item de vestuário indispensável para um festival como o Lolla, claro que é uma camiseta estilosa e super confortável, com um tecido de qualidade e caimento perfeito! A Strip Me está aqui pra te oferecer tudo isso. E pra te ajudar ainda mais, sugerimos algumas estampas, pra você colar no rolê com um look imbatível São elas que ilustram este texto! Tem de tudo! Tem as good vibes pra curtir o festival na paz e amor, no maior clima californiano, tem as mais sacaninhas, que subvertem aquelas marcasfamosonas, e, é claro, tem as camisetas de música, com capa de disco dos Strokes, escalação dos Foo Fighters e até aquela referência ao hip hop raiz! É pra se esbaldar nos 3 dias do Lolla no maior estilo! Então divirta-se e bom festival!
Para conferir essas e outras estampas, dá uma olhada na nossa loja! stripme.com.br
E para mais informações sobre o Lollapalooza 2022, entra no site do festival lollapaloozabr.com
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist no capricho pra você ir esquentando os motores para o Lolla 2022! Top 10 Tracks Lolla 2022
Para assistir: O pessoal da Strip Me obviamente não costuma perder esses rolês incríveis. Então aqui está o registro de um dos shows mais marcantes da história do Lollapalooza Brasil, e que parte da equipe da Strip Me estava ali no meio pirando com esse show inesquecível! Soundgarden no Lollapalooza Brasil 2014.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Mulheres que Representam!
Até parece que é chover no molhado falar que o dia da mulher é todo dia, e não só o dia 8 de março. Que as mulheres são incríveis e empoderadas. E que a luta do feminismo por um mundo de real igualdade e respeito é mais que digna, é essencial para a humanidade. Acontece que a gente tem que chover no molhado sim, todo ano nessa época. É claro que todas as afirmações acima são verdadeiras e do conhecimento de muita gente. Lógico que as coisas já melhoraram bastante, e hoje as mulheres tem muito mais voz e protagonismo. Mas ainda falta muito. Então, pra gente não deixar essas ideias passarem batidas, escolhemos 5 mulheres brilhantes, com histórias inspiradoras, pra comentar por aqui, como uma homenagem, sendo que essas 5 representam com propriedade todas as mulheres deste mundo!
Carmem Miranda
Photo by Silver Screen Collection/Hulton Archive
Por muito tempo a Carmem Miranda não era muito bem vista aqui no Brasil. Alguns críticos e intelectuais, desses que gostam muito de criticar, mas não produzem nada original ou relevante, diziam que ela era uma artista fabricada, sem originalidade, americanizada, estereotipada, que ridicularizava a imagem do Brasil no exterior… Um absurdo, né? Por mais que ela nunca tenha sido compositora, era uma artista nata! Desde criança gostava de cantar, vivia sorrindo. Teve uma vida pobre no Rio de Janeiro, onde trabalhou desde criança. Primeiro entregando marmitas, depois vendendo gravatas e, por fim, já adolescente, numa loja de chapéus onde se encantou com o mundo da moda e desenhava figurinos. Aos 20 anos de idade gravou seu primeiro disco, no ano seguinte, 1930, vendeu quase 40 mil cópias, um sucesso estrondoso para a época. Aos 22 anos era considerada a rainha do rádio! Do rádio foi para o cinema, onde estrelou 7 filmes, sendo o último deles, Banana da Terra (1939), onde imortalizou sua imagem vestida de baiana, com turbante florido, cantando O Quê que a Baiana Tem? De Dorival Caymmi. Em 1940 foi levado para Los Angeles por um produtor norte americano que passava férias no Rio. Nos Estados Unidos virou uma estrela inquestionável! Estrelou 14 filmes, sendo a maioria como protagonista, no fim dos anos 40 ela era a mulher com o maior salário de Hollywood, conquistando até uma das cobiçadas estrelas na legendária Calçada da Fama! Ela mesma desenhava seus figurinos exuberantes e exóticos, tinha um senso estético fantástico, apenas movimentando os braços e os olhos, ela dançava como ninguém! Mas o ritmo de trabalho frenético de LA cobrou seu preço. Carmem Miranda ficou viciada em anfetaminas e acabou tendo uma parada cardíaca por conta dos estimulantes, morrendo aos 46 anos de idade, em 1955. Apesar de ter morrido em LA, ela foi velada e enterrada no Rio de Janeiro, cidade que sempre amou e considerou seu verdadeiro lar.
Audrey Hepburn
Photo by harpersbazaar.com
Mesmo tendo origem numa família nobre, Audrey Hepburn passou longe de ser uma bonequinha de luxo. Mas tinha tudo para ser uma grande artista. Ainda criança apaixonou-se pelo balé clássico. Por conta do trabalho do pai, a família de Audrey morou em vários países, o que deu a ela uma cultura considerável. Na adolescência, ela já falava holandês, inglês, alemão, italiano, francês e espanhol. Quando a Segunda Guerra Mundial começou, Audrey tinha apenas 10 anos. Na época morando em Arnhem, na Holanda, ela viveu os horrores da guerra quando os nazistas invadiram a Holanda. Em 1942 viu um tio ser fuzilado. Há muitos boatos, e muito poucas evidências, de que ela tenha participado ativamente na resistência holandesa. Talvez ela não tenha atuado como mensageira, percorrendo as cidades destruídas, como dizem. Mas é tido como muito possível que ela tenha feito apresentações de dança nas ruas em troca de dinheiro e ter dado esse dinheiro para a resistência, a qual seu tio fazia parte. Depois da guerra, mudou-se para a Inglaterra onde se especializou como dançarina de balé e começou a atuar em peças de teatro e filmes. Em 1952 a escritora Colette estava envolvida com a produção do musical da Broadway inspirado em seu livro, Gigi. Ela viu Hepburn se apresentando num teatro em Monte Carlo e decidiu convidá-la para atuar na Broadway. Daí foi só ladeira acima. Foram 23 filmes só em Hollywood, fora os que ela atuou na Inglaterra antes, e fora as muitas peças da Broadway. Foi uma mulher que trabalhou demais, e sempre com excelência! Ela ganhou dois Oscars e foi premiada mais de 25 vezes em premiações mundo afora. Seu papel mais emblemático, claro, foi Holly Golightly, a protagonista de Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s) lançado em 1961. No final da década de 60, quando sua careira estava no auge, ela decide parar tudo para ter filhos e se dedicar à família. Claro fez um filme aqui, outro ali, mas entre 1967 e 1993, quando ela faleceu, participou de apenas 5 filmes. Mas sua vida não se limitou a ser dona de casa, ela se engajou em muitas campanhas humanitárias e foi nomeada Embaixadora da Unicef em 1989. Audrey Hepburn foi diagnosticada com um câncer no estômago em 1992 e morreu dormindo na noite do dia 20 de janeiro de 1993. Mas certamente ela é uma dessas estrelas que nunca vai deixar de brilhar.
Frida Kahlo
Self-portrait with thorn necklace and hummingbird by Frida Kahlo (1940)
Ah, uma artista em sua mais pura essência! Afinal o que mais pode ser a arte senão o sofrimento travestido em cores fortes, olhares misteriosos e a vida traduzida em sentidos? Assim era Frida Kahlo! Uma mulher brilhante que encontrou ao longo de sua vida muito mais desgraças do que qualquer outra coisa, tentou domar seus sentimentos na base de pinceladas, onde foi muito bem sucedida, mas também o fez de maneira dolorosa, misturando prazer e sofrimento em relacionamentos amorosos questionáveis e abuso de remédios dos mais variados. A história de Frida é louquíssima porque tem um monte de camadas. Oriunda de uma família de classe me´dia, sua infância foi triste, testemunhando o casamento falido dos pais. Teve poliomelite, o que lhe deixou de cama por meses e lhe rendeu uma saúde frágil pro resto da vida. Quando jovem, aos 18 anos, sofreu um acidente gravíssimo, quando o ônibus em que ela estava se chocou com um bonde. Um corrimão do ônibus lhe perfurou as costas, a pélvis, o abdome e o útero, teve três vértebras e a clavícula fraturadas e seu pé direito foi quase triturado. Ainda assim ela sobreviveu, se recuperou, mas viveu o resto de seus dias com dores crônicas por todo o corpo, o que justificava (mais ou menos) o uso excessivo de analgésicos. E foi depois do acidente que Frida se dedicou a pintura, além de ler muito e se engajar politicamente. Filiou-se ao partido comunista mexicano, chegou a receber em sua casa no México, e ter um affair, dizem, o lendário político russo Leon Trotsky. Aliás, se o caso com Trotsky realmente rolou, foi uma das muitas puladas de cerca de Frida, que vivia casada desde 1929. Um casamento daqueles, entre tapas e beijos, amor e ódio. Mas o importante é que Frida Kahlo se tornou uma das artistas mais emblemáticas da história! Uniu primitivismo, folclore mexicano e surrealismo, tudo com um toque de feminismo muito peculiar, que produziu uma obra autêntica, revolucionária e influente até hoje. Frida foi encontrada morta em seu quarto no dia 13 de julho de 1954. Ela tinha 47 anos e morreu de uma possível embolia pulmonar, mas não se descarta a possibilidade de uma overdose premeditada de remédios, já que ela já tinha tentado suicídio muitas vezes ao longo da vida. Uma artista em estado bruto, tão perturbadora quanto genial.
Amy Winehouse
Photo by Phil Griffin
Há quem tente resumir a Amy Winehouse num clichê do tipo “rockstar que perde tudo para o vício em drogas, genialidade desperdiçada, blá blá blá…” Quem diz isso não poderia estar mais errado, cara! A história da Amy Winehouse é única, apesar de conter sim alguns clichês que, infelizmente, ainda se abatem muito sobre as mulheres, sejam elas estrelas pop ou ilustres desconhecidas. Desde muito criança, Amy já demonstrava aptidão para a arte, em especial a música. Porém era muito tímida. Quando chegou na adolescência e começou a fazer suas primeiras apresentações, como cantora, se sentia insegura, sofria de ansiedade, e isso culminou numa bulimia que não foi tratada. A bulimia e a anorexia são mais comuns do que a gente pensa, mas muito pouco se fala a respeito. Aliás, cabe aqui um parênteses pra homenagear outra mulher incrível e talentosíssima, a Karen Carpenter, que morreu muito jovem em decorrência da anorexia. Mas voltando à Amy, ela foi uma menina que sempre respirou música. Teve uns empreguinhos pra levantar uma grana, mas se realizava mesmo se apresentando em clubes de jazz em Londres. Entre 2000 e 2001 ela já era conhecida no circuito undeground de jazz da cidade e tinha uma fita demo na mão. Um amigo de um amigo conseguiu uns contatos e por fim, em 2002 ela assinou com a EMI, lançando seu primeiro disco pelo selo Island Records. O disco Frank foi lançado em 2003 e foi bem recebido pela crítica, mas sem venda expressiva. Mas o jogo virou mesmo em 2006 com o antológico disco Back to Black. Amy Winehouse se mostrou uma cantora impressionante e uma compositora sensível e bem articulada, com uma sonoridade super plural. E é em cima dessa obra, curta, mas irretocável, que Amy Winehuse se imortalizou. Todo mundo sabe das tretas do casamento conturbado dela, dos vícios em drogas, dos bafões estampados nos tablóides britânicos. Mas, cara, essa mulher revigorou a música pop, revolucionou o R&B moderno e é modelo até hoje como estética fashion. A Amy Winehouse é f*d@, e para sempre será!
Elza Soares
Photo by Daniel Barboza
Por falar em música e mulher f*d@, a gente finaliza essa lista com uma das mulheres mais emblemáticas da história moderna do Brasil. Nascida Elza Gomes da Conceição no Rio de Janeiro em em 23 de junho de 1930, Elza Soares conseguiu traduzir toda uma vida em música. Amores, tragédias familiares, pobreza, racismo… tá tudo lá, em mais de 60 anos de carreira musical. Logo na adolescência Elza já sentia na pele negra a dureza de ser mulher. Após ser abusada sexualmente por um “amigo” de seu pai, ela foi obrigada a se casar com esse “amigo” aos 13 anos de idade, para ter sua honra de mulher (vulgo virgindade) limpa. E, é lógico que depois de casada, vieram mais abusos e violência doméstica. Teve seu primeiro filho aos 14 anos. Com 15 anos viu seu segundo filho morrer de fome… olha a vida da Elza Soares dava um texto enorme! Enfim. O tal “amigo” finalmente morreu de tuberculose quando ela tinha 21 anos. Foi quando se viu livre para tentar realizar seu sonho: ser cantora. Vale lembrar que desde adolescente ela já se arriscava a compor umas canções. A entrada de Elza Soares no showbiz é revelador. Vestida humildemente, com um penteado todo troncho, ela se apresentou no programa de calouros de Ary Barroso. Quando a viu, o velho maestro, com bom humor perguntou: “De que planeta você veio, minha filha?”. Ela respondeu enfática: “Do mesmo planeta que o senhor, Seu Ary. Do planeta Fome.”. E é lógico que ela cantou, ganhou nota máxima e dali pra começar a gravar discos e etc, foi um pulo. Em 1962 ela já tinha uma carreira musical bem sucedida quando conheceu o craque responsável pela conquista da primeira Copa do Mundo do Brasil, o jogador Garrincha. Os dois começaram a namorar e Elza quase perdeu sua carreira de cantora, já que Garrincha abandonou sua então esposa para ficar com Elza. O público, que adorava Garrincha, começou a perseguir Elza acusando-a de destruir o casamento do jogador. Olha, foi um casamento muito conturbado. Anos depois, já morando juntos, Garrincha sofre um acidente de carro onde a mãe de Elza, que estava junto com ele, acaba morrendo. Ele entra em depressão, começa a beber muito e acaba por abandonar o futebol. Com o alcoolismo, vem a violência doméstica, o ciúmes exagerado e uma cirrose hepática que o matou em 1983. Elza segue a vida sempre cantando, gravando discos, fazendo shows… e sempre se reinventando, aglutinando novos gêneros musicais. Cantou samba, jazz, soul, funk, R&B, bossa nova, rock e até hip hop. Ela nunca parou de fazer música! Ela tem 33 discos gravados entre 1960 e 2021, sem falar nos 3 discos ao vivo e nas 7 coletâneas. Elza Soares morreu de causas naturais no dia 20 de janeiro de 2022, aos 91 anos de idade. Por coincidência, 39 anos depois, exatamente no mesmo dia que morreu Garrincha, que apesar de tudo, foi seu grande amor. Olha, a Elza Soares realmente é uma das representantes mais genuínas das mulheres não só no Brasil, mas no mundo.
É impressionante! A vida de cada uma dessas 5 mulheres daria um livro. Resumí-las a um parágrafo é tarefa inglória. Mas a ideia é justamente que você queira saber mais e vá ler, assistir filmes, documentários… conhecer a obras de cada uma delas! Na real a gente sabe que a vida de toda mulher certamente daria um livro incrível, cheio de emoções e atitude, coragem, trabalho, ousadia e força! O dia 8 de março existe pra gente lembrar disso e entender de uma vez que igualdade não é só dividir a conta do bar, ter salário igual ou lavar uma louça no lugar dela de vez em quando. Essa igualdade tem a ver com respeito, com humanidade e sensatez. E é lógico que esses valores estão impregnados do DNA da Strip Me, que sempre celebra a diversidade, a igualdade, a responsabilidade, tudo encharcado de muito barulho, diversão e arte! Então confere lá na nossa loja os lançamentos e as estampas de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais!
Vai fundo!
Para ouvir: Aquela playlist 100% Girl Power pra você curtir a semana da mulher! Girl Power Top 10 tracks.
Para assistir: Tem muitos filmes excelentes sobre grandes mulheres, de A Cor Púrpura a Thelma & Louise. Mas hoje recomendamos um filme que não recebeu tanta atenção do grande público, mas é um filmaço, com uma fotogrfia linda, um roteiro forte e bem construído e uma atuação intensa da ótima atriz Reese Whiterspoon. É o filme Wild, lançado em 2014, dirigido pelo Jean-Marc Vallée, roteiro do Nick Hornby e uma história incrível de uma mulher que resolve atravessar os Estados Unidos a pé para tentar se recuperar de alguns traumas pessoais. É um filmaço!
Para ler: Uma leitura tão deliciosa quanto fundamental é a excelente autobiografia da atriz Fernanda Montenegro! No livro Prólogo, Ato, Epílogo: Memórias de Fernanda Montenegro, ela canta com delicadeza e fluidez toda a sua história, que é cheia de momentos interessantíssimos! Mais uma história de uma mulher com M maiúsculo que merece ser lida.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em A Retrospectiva Strip Me 2021
2021 não foi um ano fácil pra ninguém. Mas conseguimos passar por ele da melhor forma possível. Estamos aqui, na última semana do ano, justamente para dar uma olhadinha rápida pro passado, para em seguida olhar pra frente e vislumbrar tudo que virá de bom, e o que podemos fazer para isso acontecer. Ao longo dos altos e baixos deste ano a Strip Me se manteve firme e forte trabalhando, criando estampas únicas e super contemporâneas. Mas não só isso. Também criando novas formas de atender cada cliente de forma personalizada, disponibilizando novos produtos, fazendo com que a Strip Me seja cada vez mais completa, te ajudando a expressar sua personalidade, seu estilo de vida, com atitude, bom humor e responsabilidade.
Um dos pontos altos de 2021 na Strip Me foi a coleção Tropics. Uma coleção que nasceu para botar pra fora as delícias de viver na América Latina, inspirada na exuberância e variedade inacreditável das plantas e flores e no calor da músicabrasileira. Além de contar com estampas incríveis, que continuam sendo criadas e aumentam a coleção frequentemente, a Strip Me conta com tecidos 100% orgânicos e materiais biodegradáveis na impressão das estampas. Graças a coleção Tropics, pudemos falar aqui neste blog sobre bossa nova, maracatu, samba rock… E não nos limitamos só na música não. Também falamos sobre o hábito super saudável de cultivar plantas em casa, falamos sobre responsabilidade ambiental e social e a importância de cada um fazer a sua parte. Quem diria que se inspirar na natureza e na cultura latino americanas daria tanto pano pra manga!?
Outro destaque de 2021 foi a consolidação cada vez mais marcante de uma das coleções mais tradicionais da Strip Me: as camisetas de arte. Não é à toa que nosso lema é “Barulho, diversão e arte”. A arte está em tudo e é uma das fontes de inspiração mais ricas que se pode ter. Neste ano a coleção de arte cresceu exponencialmente reforçando nosso amor pela Pop Art e ao Surrealismo, mas também com inspiração em obras que vão do renascentismo ao modernismo. São estampas incríveis que permitiram que surgissem aqui posts sobre uma treta de titãs da renascença, o manifesto antropofágico e também conhecer um pouco melhor sobre o gênio Basquiat. Toda essa efervescência, essa busca das pessoas pela arte e o entusiasmo da Strip Me em manter a coleção de Arte sempre crescendo é facilmente explicável. Em um ano tão conturbado como 2021, tivemos a confirmação que só mesma a arte para nos dar algum sentido e alívio.
Este foi um ano também de muita novidade. Se por um lado tivemos, com todo o atraso (e descaso) do mundo, o início da vacinação contra a Covid-19, que foi por si só uma novidade revigorante, por outro lado, tivemos que entender que o mundo não voltaria ao normal de uma hora pra outra. A pandemia ainda continua aí e os cuidados ainda devem ser tomados, ainda que agora, com duas doses e dose de reforço, já dá pra relaxar um pouquinho. Foi um ano em que tivemos que exercitar a versatilidade. Coincidentemente, a Strip Me também apareceu com algumas novidades bem interessantes em 2021. Uma delas foram os moletons. Sim, aquela peça de roupa que você usa no frio, que é mega confortável, mas te faz pensar um pouquinho antes de sair de casa vestindo. A Strip Me resolveu essa dúvida desenvolvendo um moleton de uma malha super confortável, que esquenta na medida certa, mas é leve e macio. Sem falar nas estampas, né? Todas as estampas que você já adora das camisetas também estão disponíveis para os moletons. Já deu pra sacar que com a Strip Me não em tempo ruim.
2021 foi um ano de muita novidade na Strip Me. Na verdade é só o começo de uma fase de muitas novidades que estão por vir. Tudo porque rola um esforço, que tem dado super certo, de estreitar a relação com os nossos clientes e ouvir que eles tem a dizer, ideias de como podemos melhorar e fazer coisas diferentes, que tornam a Strip Me cada vez mais a sua cara. Uma dessas ideias é a de produzir camisetas personalizadas. Em 2021 o cliente da Strip Me pôde tomar as rédeas da criação. Além de ter a opção de escolher se quer determinada estampa em uma camiseta de cor diferente, também é possível enviar a sua própria arte, que a gente produz a camiseta com a mesma qualidade de impressão e nas camisetas de alto padrão que você já conhece. Opção que está disponível não só para as camisetas, mas também para os moletons e para a coleção STM Mini, as camisetas para crianças, mais uma novidade que pintou neste ano.
Ufa! Quanta coisa! Agora calma, respira. Porque depois dessa olhadinha pra trás, tá na hora de olhar pra frente. De nossa parte, na Strip Me, estamos cheios de boas vibrações, energia e ideias que serão colocadas em prática! Ainda virão muitas novidades pela frente. Mas especificamente agora é hora de relaxar. Aproveitar esse período de transição, de passagem de ano, pra dar aquela boa refletida, se energizar, curtir com a família e os amigos, se divertir muito e espalhar bastante amor por aí. E pode contar com a Strip Me para encher 2022 de barulho, diversão e arte!
Feliz Ano-Novo!
Vai fundo!
Para ouvir: Aquela playlist 2021 esperta pra você relembrar o que rolou de legal na música neste ano e se preparar pro ano que vem! Retrospectiva 2021 – Top 10