8 filmes que são remake e você não sabia.

8 filmes que são remake e você não sabia.

Contar bem uma história é uma arte. Recontar uma história que já foi contada, com personalidade e qualidade, é um verdadeiro desafio. Hoje a Strip Me desvenda alguns filmes clássicos que são remake e você provavelmente não sabia.

Em todos os discos dos Beatles tem pelo menos uma música cantada pelo baterista Ringo Starr. E não precisa ser um expert para notar que as músicas que sobravam para ele interpretar não eram as mais marcantes e bem trabalhadas. Prova disso é a canção With a Little Help From My Friends, uma música simples de Paul McCartney, que recebeu um arranjo enxuto e despretensioso, se comparada às demais canções do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Uma canção que quase passa despercebida num disco que tem obras como A Day in The Life, She’s Leaving Home, Lucy in The Sky With Diamonds e tantas outras. Mas alguma coisa aconteceu quando o cantor inglês Joe Cocker ouviu With a Little Help From My Friends e resolveu regravá-la à sua maneira. Cocker transformou uma canção pop bobinha num verdadeiro hino da contracultura com um arranjo poderosíssimo. Aliás, não sei se você sabe, mas quem gravou as guitarras na versão de Cocker foi um jovem músico de estúdio chamado Jimmy Page.

Faz parte da arte a releitura, a reinvenção. A maneira de se contar uma história faz toda a diferença. A ênfase em determinados aspectos, o entusiasmo ou o suspense que se imprime em alguns momentos… e é inegável que tem algumas pessoas que contam histórias melhor que outras. Assim como aconteceu com a música dos Beatles que Joe Cocker transformou, fazendo com que With as Little Help From My Friends seja muito mais lembrada na sua voz do que na dos rapazes de Liverpool, tem muito filme por aí que são considerados clássicos, associados a determinados cineastas, mas que na realidade são remakes de filmes feitos anteriormente. Tais remakes, ou releituras, são reveladores para nós, pois ao comparar uma mesma obra sendo contada por duas óticas diferentes, nos mostra um pouco como cada cineasta trabalha e entende o cinema.

Pensando nisso, selecionamos oito filmes que são muito conhecidos e que pouca gente sabe que já foram feitos antes. Se o “original” é melhor ou pior que o remake, a gente, que também não resiste a uma boa polêmica, dá a nossa opinião, doa a quem doer! Confere aí!

Nasce uma Estrela (1976 – 2018)

Na real, o filme de 2018, com Lady Gaga e Bradley Cooper é um remake do remake. Já que existe um filme com mesmo nome e mesmo enredo lançado em 1954 e estrelado pela Judy Garland. Mas vá lá, o que importa para nós aqui é a versão de 1976, estrelada pela Barbra Streissand e pelo Kris Kristofferson. Curiosamente, os dois filmes tiveram várias indicações ao Oscar e ganharam na mesma categoria: Melhor Canção Original. Mas vamos aos fatos.
O remake bate o original?
Sim! O filme de 2018 é muito bem escrito, é denso e tem uma fotografia inacreditável! Além disso, Bradley Cooper apresenta uma atuação exuberante, muito superior a Kristofferson. Os dois filmes são bons, mas o remake é melhor.

Bravura Indômita (1969 – 2010)

Para começo de conversa, a história em si é ótima. Uma criança que consegue convencer um policial aposentado a ajudá-la a encontrar o assassino de seu pai. E os dois filmes conseguem contar essa história de maneira satisfatória. De um lado temos o lendário John Wayne e do outro o camaleônico Jeff Bridges como protagonistas. Enfim, é uma briga boa.
O remake bate o original?
Se você já assistiu filmes como Onde os Fracos Não Tem Vez, E Aí, Meu Irmão, Cadê Você e Fargo, você sabe que pouca gente neste mundo conta histórias tão bem quanto os irmãos Joel e Ethan Coen. E são eles os responsáveis pelo remake de 2010. Então, a resposta direta e reta é: com certeza o remake bate o original! Os irmãos Coen transformaram um filme western (de muita qualidade, diga-se) num verdadeiro épico. Não dá nem pra comparar um com o outro.

Cabo do Medo (1962 – 1991)

Aqui temos a história de um psicopata que recebe liberdade após cumprir anos na cadeia. E a primeira coisa que ele faz é procurar se vingar do advogado de acusação que o condenou. É um thriller de suspense de roer as unhas. A questão aqui é que temos realmente duas abordagens diferentes. Enquanto na versão original, de 1962, o protagonista é o promotor Sam Bowden, interpretado por Gregory Peck e retratado com certo heroísmo, na versão de 1991 o protagonismo é todo voltado para o psicopata Max Cady, interpretado por Robert De Niro.
O remake bate o original?
Bate, e não é pouco. Bate muito! Pra começar estamos falando de um remake feito por ninguém menos que Martin Scorsese. Depois, temos Robert De Niro numa atuação impressionante. E por fim, o remake traz muito mais complexidade e peso à história. De maneira simplória, podemos dizer que o filme de 1962 é muito politicamente correto e o remake não tem pudor nenhum ao retratar a violência e o sadismo.

Perfume de Mulher (1974 – 1992)

Um militar de meia idade acaba aposentado por ter ficado cego. Um recruta é designado para assessorá-lo. Deprimido, o militar resolve passar um fim de semana na cidade para se divertir. O recruta o acompanha e os dois acabam criando um vínculo de cumplicidade e amizade. É uma história muito bonita e bem escrita. O filme original é italiano, dirigido por Dino Risi, um dos cineastas mais importantes da Itália. Já a versão norte americana tem Martin Brest na direção.
O remake bate o original?
A situação aqui é a seguinte. Temos a velha disputa entre o cinema mais artístico europeu contra o cinema pasteurizado e mais bem acabado da indústria de Hollywood. Apesar de contar a mesma história, não é fácil dizer qual é melhor, porque são filmes bem diferentes na linguagem (para além do idioma) e na estética. Mas, não podemos negar que o remake tem Al Pacino numa interpretação soberba, que lhe rendeu seu primeiro Oscar de Melhor Ator, e uma das cenas mais parodiadas da história, a cena da dança de tango ao som de Por Una Cabeza, de Carlos Gardel. Então, a resposta é sim. O remake bate o original.

Os infiltrados (2002 – 2006)

Olha só, aqui nós vamos direto ao ponto.
O remake bate o original?
O filme original é uma produção chinesa, cujo título é Conflitos Internos. O mote é que a polícia tem um informante na máfia, e a máfia tem um informante na polícia. É um filme simples de ação no estilo gato e rato. Mas aí, esse roteiro caiu na mão do Scorsese, e não é que simplesmente foi feito sob a perspectiva norte americana. O roteiro ganhou camadas, tensões, personagens mais profundos, as relações entre os personagens evoluiu… tudo isso nas mãos do maior especialista em filmes de máfia do mundo! Ah, sim, tem Leonardo DiCaprio mandando super bem, e até mesmo Matt Damon e Mark Wahlberg apresentando atuações bem acima da média! Não é que o remake bateu o original, mas sim o remake chamou o Joe Pesci full pistola com um taco de baseball pra ensinar pro original como se faz um filme de máfia.

Onze Homens e Um Segredo (1960 – 2001)

O que fazer quando um bando de homens carismáticos e descolados usam essas e outras características e habilidades para cometer crimes? Bom, não nos resta nada a fazer a não ser torcer por eles. É isso que o filme Onze Homens e Um Segredo causa nas pessoas. Seja em 1960, quando o tal bando era capitaneado por um Frank Sinatra no auge de sua beleza e simpatia, seja em 2001 quando o protagonista era o charmoso George Clooney. Onze Homens e Um Segredo é um desses filmes deliciosos que misturam ação e comédia, onde um grupo de especialistas em roubos resolvem roubar os cofres de 3 dos maiores cassinos de Las Vegas.
O remake bate o original?
Então, é meio complicado a gente comparar filmes com quarenta anos de distância entre um e outro. Obviamente, o remake é mais dinâmico e esteticamente muito mais atraente. No final da década de 50, começo de 60, os grandes astros eram artistas como Sinatra e Dean Martin, que eram mais performers, cantores que sabiam atuar. Não dá pra comparar a atuação deles com Clooney e Brad Pitt, já que os dois últimos são realmente grandes atores. O original não é um filme ruim. É muito bom, tem seu valor. Mas envelheceu. O remake é melhor simplesmente por ser contemporâneo a nós.

Vanilla Sky (1997 – 2001)

Aqui temos um filme complexo, mas extremamente atraente e impactante. O roteiro é realmente brilhante. Chega a ser difícil resumir, mas basicamente, a história gira em torno de um ricaço que sofre um acidente de carro, fica desfigurado e psicologicamente muito abalado, ao passo que se apaixona por uma garota misteriosa.
O remake bate o original?
A disputa aqui é acirradíssima. Primeira coisa a se saber: Alejandro Amenábar, que escreveu e dirigiu o original, Abre Los Ojos, filme espanhol de 1997, também assina o roteiro do remake, que tem direção do sempre excelente Cameron Crowe e é uma produção hollywoodiana com Tom Cruise como protagonista. Assim como em Perfume de Mulher, estamos diante de uma produção europeia, cuja abordagem é sempre mais cuidadosa e centrada na arte mais pura, com mais dramaticidade, em contraponto a uma produção de Hollywood, numa pegada mais pop, com alguns alívios cômicos para equilibrar a densidade do enredo. Os dois filmes são incríveis! Mas, se precisamos escolher um lado, digamos que o remake bate o original sim, por um detalhe muito importante: o remake tem Paul McCartney escrevendo uma canção especialmente para o filme, a bela música Vanilla Sky.

Scarface (1932 – 1983)

O retrato da ascensão de um bandido cubano em Miami, de soldado do tráfico de drogas até se tornar um dos mais poderosos chefes do tráfico. Vamos ao que interessa.
O remake bate o original?
A frase “Say hello to my little friend!” já seria suficiente para responder. Mas vamos lá. Sim, existem as diferenças do tempo. Claramente um filme da década de oitenta vai ser mais bem feito do que um filme da década de 30. Mas o buraco é mais embaixo. Scarface acaba sendo considerado um filme original de Brian de Palma porque ele construiu a trajetória de Tony Montana com uma riqueza de detalhes impressionante, além de entregar um filme visualmente vibrante e muito empolgante. Mais uma vez, temos Al Pacino numa atuação descomunal! O roteiro do remake é mais bem elaborado e profundo que o original, mesmo guardando as devidas proporções das limitações técnicas e de costumes da década de 30. Então, como é que um filme que tem um Al Pacino travadíssimo, com uma metralhadora na mão e uma montanha de cocaína na mesa não vai bater um filme que sequer tem meia dúzia de palavrões ditos pelos personagens? O remake reina absoluto!

Faixa Bônus

Além dos filmes, as séries de TV também não escapam dos remakes. Eis alguns exemplos de séries que ficaram famosas e são remakes. Começando com a excelente House of Cards, cuja versão da Netflix, estrelada por Kevin Spacey e lançada em 2013 dá de dez na série original britânica exibida pela BBC nos anos 90. The Office também se tornou muito popular na versão estrelada por Steve Carrell, mas é remake da série britânica de mesmo nome, criada pelo genial Ricky Gervais. E neste caso, fica difícil dizer qual é melhor, já que o humor inglês eleva a outro nível as situações desconcertantes da série. No ramo da ficção científica temos Battlestar Galactica, que estreou no final dos anos 70, pegando carona na onda de Star Wars. A série ganhou um remake em 2004 e fez um sucesso imenso na TV à cabo. Por fim, temos a maravilhosa série Fargo, que não é exatamente um remake, mas sim uma série inspirada no excelente filme de mesmo nome, escrito e dirigido pelos irmãos Coen.

Pois é, o velho Lavoisier já cantou essa bola lá atrás: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Na cultura pop é a mesma coisa! Bobeou virou remake, versão alternativa ou qualquer coisa do gênero. Cabe a nós só torcer pra que ninguém invente de mexer no que já é perfeito. Já imaginou, remake de De Volta para o Futuro, Pulp Fiction ou O Poderoso Chefão?! Melhor nem pensar nisso. Então aproveita para dar aquela conferida na nossa coleção de camisetas de cinema! Lá sim você encontra seus filmes favoritos numa perspectiva original e super descolada! Isso sem falar nas camisetas de música, arte, cultura pop, games, bebidas e muito mais. No nosso site você confere isso tudo e ainda fica por dentro de todos os lançamentos da Strip Me, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada só com músicas que são versões, regravações feitas por artistas que não os compositores originais. Versões top 10 tracks.

Os 10 melhores filmes de Oliver Stone.

Os 10 melhores filmes de Oliver Stone.

Oliver Stone é um dos cineastas mais provocativos e visionários de Hollywood, disso ninguém duvida. Por isso a Strip Me volta a falar da sétima arte para elencar os 10 melhores filmes de mais este mestre do cinema!

Já falamos aqui das principais obras de Martin Scorsese, Steven Spielberg, Quentin Tarantino e muitos outros. E hoje chegou a vez de Oliver Stone, um cineasta único, com uma obra extensa de altíssimo nível! Ganhou notoriedade após realizar um dos mais marcantes filmes sobre a guerra do Vietnã, Platoon. E o Vietnã acabou se tornando tema frequente em suas obras, principalmente porque ele próprio, quando jovem, chegou a ir para o front de batalha durante o conflito no país asiático. Ao longo de sua carreira, Stone foi se mostrando cada vez mais crítico à sociedade conservadora norte americana, expondo claramente também seu posicionamento político. Mas isso não o impediu de realizar filmes memoráveis, muitos deles tendo justamente essa porção de contra cultura e rebeldia como ingrediente essencial para o sucesso.

Deixemos portanto que a obra de Oliver Stone fale por si. A Strip Me selecionou os dez melhores filmes, entre os mais de 20 de sua extensa obra, para você conferir. É importante ressaltar antes que os filmes aqui escolhidos foram dirigidos por ele, mas vamos lembrar que Stone é um baita roteirista também, responsável por escrever clássicos como O Expresso da Meia Noite, de Alan Parker, lançado em 1978, e Scarface, de Brian de Palma, lançado em 1983. Os filmes aqui elencados estão listados do “pior” para o melhor.

Alexander (Alexandre) – 2004

Muita gente torce o nariz para este filme, mas ele é um épico, no melhor sentido da palavra, um filme de época grandioso e bem executado, que conta a trajetória do maior conquistador de todos os tempos, Alexandre, o Grande. É um filme brilhante? Não é. Justamente por ser um filme histórico, tem suas falhas de roteiro e alguns exageros, inclusive em algumas interpretações dos atores. Mas no contexto geral é um filme muito bom, com uma história empolgante e bem contada, e principalmente com uma fotografia e direção excepcionais. Vale a pena ver.
Onde assistir: Amazon Prime Video

Heaven and Earth (Entre o Céu e a Terra) – 1993

O mais doce dos filmes de Oliver Stone, mesmo tendo como pano de fundo a guerra do Vietnã e toda a miséria que qualquer guerra impõe aos povos envolvidos. O filme retrata a vida de uma mulher vietnamita tentando sobreviver em meio ao caos, que acaba se envolvendo com um norte americano. O filme tem um fino verniz de romance, mas é na realidade um drama, onde Oliver Stone, que também assina o roteiro, coloca a vida da protagonista como uma metáfora para a guerra, onde ela é o Vietnã e o militar com quem ela se casa é os Estados Unidos. É um belo filme!
Onde assistir: Youtube

Wall Street (Wall Street – Poder e Cobiça) – 1987

Wall Street foi lançado logo depois do sucesso avassalador de Platoon. Graças a ele, Oliver Stone não ficou marcado como um diretor de filmes de guerra simplesmente. Além disso, Wall Street também marca a impressão mais explícita da visão crítica de Stone frente aos valores da sociedade norte americana e a geração dos yuppies. Wall Street é um filmaço, com um roteiro muito bem amarrado, personagens bem elaborados e uma direção exuberante. No elenco, Charlie Sheen e Michael Douglas estão impecáveis. Em 2010 Stone lançou Wall Street: Money Never Sleeps, uma continuação do longa de 1987, que também é recomendadíssimo!
Onde assistir: Star+

Nixon 1995

A primeira coisa a se dizer sobre este filme é que ele é uma aula de atuação protagonizada por Anthony Hopkins, que interpreta o ex presidente dos Estados Unidos Richard Nixon com uma eficiência prodigiosa. O longa retrata a vida de Nixon da juventude até a velhice, com ênfase, é claro, na sua vida política controversa, passando pelo escândalo de Watergate e a consequente renúncia ao cargo. É um roteiro sóbrio e coeso, mas que conta com uma direção dinâmica, que torna o filme envolvente e até mesmo empolgante. Um filme excelente que merece ser visto.
Onde assistir: Star+

JFK – 1991

Sem exagero, este certamente é um dos filmes mais polêmicos da história do cinema. Neste filme complexo e instigante, Oliver Stone disseca o assassinato do presidente John F. Kennedy através da ótica do promotor público de New Orleans Jim Garrison, personagem interpretado por Kevin Costner. no longa Stone apresenta uma conspiração envolvendo o próprio governo, a CIA e o escambau, concluindo que Kennedy morreu por conta de suas ideias progressistas. Apesar da teoria meio maluca e complexa, o filme é interessantíssimo, cheio de ação e uma direção excelente. Filmaço!
Onde assistir: Star+

Any Given Sunday (Um Domingo Qualquer) – 1999

Um dos filmes mais interessantes e completos de Oliver Stone, sobre um tema que o diretor ainda não havia abordado, mas o faz com brilhantismo. Temos aqui Al Pacino numa atuação excepcional, assim como Jamie Foxx. Neste filme o futebol americano é usado para ilustrar como a vida moderna é implacável com quem é mais velho e vive o conflito das mudanças à jato que vão surgindo. Mas, claro, também é uma crítica à ganância e à falta de escrúpulos de grandes corporações (e times de futebol em geral). Tecnicamente, é um filme brilhante, com uma edição dinâmica, fotografia espetacular, direção audaciosa e uma excelente trilha sonora. Filme imperdível!
Onde assistir: Apple TV – Amazon Prime Video

Platoon – 1986

Existem três filmes que definiram e imortalizaram a guerra do Vietnã, e acabaram por se tornar clássicos inquestionáveis. São eles Apocalypse Now, do Copolla, lançado em 1979, Nascido Para Matar, do Kubrick, lançado em 1987, e Platoon. O que diferencia Platoon dos dois primeiros filmes é o fato de que Oliver Stone, que escreveu o roteiro, foi pro Vietnã como combatente, e estava lá, na fatídica batalha do Ano Novo de 1968, batalha essa que é retratada no filme. Trata-se de um roteiro escrito em cima de vivências, traumas e sentimentos reais. Claro, além disso, a execução foi impecável, uma produção arrebatadora. Charlie Sheen, Tom Berenger e Willen Dafoe entregam atuações intensas, a direção é irretocável… enfim, tudo funciona. Não à toa o longa abocanhou 4 estatuetas do Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Montagem. É um filme indispensável.
Onde assistir: Amazon Prime Video

Born on the Fourth of July (Nascido em 4 de Julho) – 1989

Não tem como falar sobre este filme sem uma breve contextualização. A guerra do Vietnã teve 3 fases distintas. A primeira, no começo dos anos 60, quando os Estados Unidos estavam mandando seus melhores homens para combater guerrilheiros vietnamitas. Nessa fase, jovens de classe média se alistavam voluntariamente para lutar contra os comunistas e a favor da liberdade. Muito idealismo no ar. A segunda fase, fim dos anos 60, começo dos 70, é quando o conflito deixa de ser uma caça a guerrilheiros no meio do mato e se torna uma guerra de grande proporção, enquanto começam protestos pelo fim guerra. Caos generalizado. A terceira fase é o fim da guerra, entre 1974 e 1975, quando todo mundo vê que aquele era um conflito sem sentido e impossível de se vencer. Vergonha e veteranos abandonados à própria sorte. Nascido em 4 de Julho mostra todas essas fases através de Ron Kovic, interpretado com perfeição por Tom Cruise. Ele é um jovem idealista que vai pra guerra, se depara com uma imensidão de violência e injustiça, volta pra casa ferido e vive todo tipo de transformação. Nascido em 4 de Julho não é um filme de guerra simplesmente, mas sim um épico humano, um saga impressionante. É um filme belíssimo e obrigatório.
Onde assistir: Apple TV – Amazon Prime Video

The Doors – 1991

Foi o primeiro caso de possessão espiritual em Hollywwod, tal circunstância só voltaria a acontecer anos depois, quando Jim Carrey incorporou Andy Kaufman. Brincadeiras à parte, realmente Val Kilmer cometeu uma atuação transcendental ao interpretar Jim Morrison. Este filme foi uma convergência de virtudes. Grandes atuações, um roteiro coeso que vai além de contar a história de uma banda de rock, mas integra todo o clima que se vivia na época, uma direção artística e cuidadosa, uma fotografia lindíssima… um filme completo. E, mais uma vez, com um toque de realidade. Afinal, antes de ir para o Vietnã, Stone conheceu Jim Morrison quando os dois cursavam cinema na UCLA. Quando voltou da guerra, Stone escreveu um roteiro chamado Break, que seria o embrião do roteiro de Platoon. Este roteiro foi enviado ao Jim Morrison, pois Oliver Stone queria que o texto inspirasse músicas dos Doors. Mas isso nunca aconteceu. Esse roteiro estava com Jim Morrison em Paris quando ele morreu. O empresário dos Doors foi quem o guardou e devolveu para Oliver Stone anos depois. Talvez, se não fosse isso, esse roteiro ficaria perdido e Platoon morreria com Jim Morrison antes mesmo de nascer. Certamente essa história toda já é motivo suficiente para querer assistir The Doors. E vale muito a pena!
Onde assistir: Amazon Prime Video

Natural Born Killers (Assassinos por Natureza) – 1994

Em Natural Born Killers Oliver Stone realmente atingiu seu auge como cineasta. Na verdade, temos aqui a união de dois gênios do cinema, afinal o roteiro foi escrito por ninguém menos que Quentin Tarantino. Reza a lenda inclusive que o Tarantino não gostou da forma como Oliver Stone filmou a história. Difícil entender o porquê. Com um roteiro que vai além da violência para falar sobre mídia, sensacionalismo, e, por que não, romance, Oliver Stone abre seu baú de referências para misturar diferentes linguagens, como animações, videoclipe, filtros de granulação e saturação, cortes bruscos, sitcom… tem de tudo. E funciona, porque a história pede esse frenesi. Woody Harrelson e Juliette Lewis imortalizaram o casal Mickey e Mallory Knox, Oliver Stone concebeu um filme que é um retrato fiel dos anos 90 e, de quebra, realizou uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos. Indispensável!
Onde assistir: Star+

Olha, realmente Oliver Stone está ali na categoria dos grandes mestres do cinema contemporâneo. Uma figura controversa e autêntica, com uma obra original, provocadora e irresistível! Só de falar sobre esses filmes, já deu vontade de rever todos! No final das contas, o Oliver Stone é como a Strip Me: barulho, diversão e arte! Por isso mesmo a coleção de cinema é uma das mais populares no nosso site! Mas tem muito mais! Tem as camisetas de música, arte, cultura pop, bebidas, games e muito mais! Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana. Confere lá!

Vai fundo!

Para ouvir: Olha, a gente podia muito bem fazer uma playlist pegando uma música da trilha sonora de cada filme aqui citado. E ia ficar uma lista legal. Mas a trilha sonora de Assassinos por Natureza sozinha é tão maravilhosa que nosso top 10 hoje vai ser só em cima dela. Então se liga no nosso Natural Born Killers Top 10 tracks!

The Godfather Facts

The Godfather Facts

Lançado em 1972, O Poderoso Chefão é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores filmes de todos os tempos, além de sucesso comercial, de crítica, público e, de longe, a melhor atuação da Sofia Coppola.

O longa de Francis Ford Coppola está em todo lugar na cultura pop e, prova de sua importância é continuar sendo citado como um dos filmes mais assistidos por pessoas de todas as idades, mesmo sendo um “senhor” de 40 e poucos anos.

A reunião de alguns dos melhores atores que o cinema já produziu, uma equipe de produção criativa devido ao orçamento limitado e um mega estúdio de Hollywood tão tranquilo quanto um mega estúdio de Hollywood sedento por dinheiro pode ser, renderam histórias quase tão boas quanto o próprio filme.

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Se liga nesses 10 Facts sobre O Poderoso Chefão que vão te fazer rever o filme!

1

O Poderoso Chefão é um romance baseado no best-seller homônimo de Mario Puzo, best-seller lançado em 1969 com mais de 10 milhões de cópias vendidas.

Em 1967, Mario Puzo tinha apenas um manuscrito de 60 páginas que, por muita sorte, foi parar na mão de um produtor da Paramount Pictures. O executivo gostou tanto do que leu que fez uma oferta para adquirir os direitos de filmagem da história, e mesmo contra a vontade de seu agente literário, Mario Puzo aceitou a oferta antes mesmo de lançar seu livro.

Mario Puzo mandou essa foto de presente para seu agente.

2

O diretor Francis Ford Coppola chegou a dizer não para a Paramount, mas como estava na pindaíba resolveu voltar atrás e aceitar a oferta. Durante todo o processo de produção, o diretor e o estúdio discordaram de tudo: da escolha de elenco até a época em que o filme se passava e seu orçamento. A crescente popularidade do livro fez a Paramount ceder em diversos pontos, mas mesmo assim a pressão sob o diretor para que o filme fosse um sucesso foi forte até o lançamento.

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3

O escritor Mario Puzo queria Marlon Brando no papel principal do filme desde o início da produção, porém os executivos da Paramount, de novo eles!, não gostavam da escolha. Após muitos pedidos desesperados o estúdio aceitou, mas exigiu que Brando fizesse um teste. Com medo de ofender o ator, Coppola disse que precisava testar seu equipamento, e sob essa desculpa voou até a casa do ator na Califórnia e o filmou por lá, já todo maquiado e com os cotonetes para deixá-lo com aquelas belas e protuberantes bochechas. A performance de Brando impressionou os executivos, que acabaram aceitando-o no papel de Vito Corleone.

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4

Coppola se mostrou um belo nepotista em O Poderoso Chefão, ao escalar sete familiares para o filme. Sua irmã Talia Shire (ou Adrian, para os fãs de Rocky Balboa) interpreta Connie Corleone, seu pai faz uma ponta como pianista no começo do filme e sua filha Sofia Coppola, que voltaria a série no terceiro filme, é o bebê que Michael Corleone batiza na cena em que os chefes das outras famílias são assassinados. Além desses, sua esposa, mãe e dois filhos pequenos aparecem como figurantes ao longo do filme.

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Sofia brilhando no primeiro filme.

5

A cena da cabeça de cavalo é uma das mais reconhecidas do filme e tem pedaços de verdade. Do que aparece na cena, só o sangue é fake, a cabeça de cavalo foi comprada de uma fábrica de ração para cães sem o conhecimento do ator, que não imaginava que filmaria com um “item” legítimo. Percebe-se então porque o choque dele não é só encenação na fatídica cena.

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6

Outra cena memorável é aquela que Sonny Corleone da uma surra em seu cunhado Carlo Rizzi. Acontece que os atores James Caan e Giani Russo eram desafetos declarados na vida real, o que fez Caan aproveitar cada minuto da filmagem. A cena levou quatro dias para ser rodada, e ao fim, Russo contabilizou duas costelas quebradas e um cotovelo lascado. E aquela finalizada com a lata de lixo? Aquilo não estava no roteiro, foi um leve “improviso” de James Caan.

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Só atuação.

7

Marlon Brando também improvisava bastante em suas cenas. Por não ter decorado praticamente nenhuma de suas falas ao longo do filme, ele espalhava cartões pelo set com palavras-chave que o remetiam às falas. Outro elemento que apareceu de última hora foi o gato da primeira cena. O bicho vagava pelo set e Seu Brando, gente boa que era, o pegou no colo e o transformou em parte da cena. Fato curioso é que o bichano ronronou tanto que chegou a atrapalhar a captação de áudio e forçou todos os atores a fazerem dublagens posteriores na edição do filme.

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8

Ao longo do filme, laranjas aparecem antes de mortes ou quase mortes. As duas cenas mais notáveis envolvem Don Vito Corleone: na primeira ele está perambulando por uma feira e quando começa a escolher laranjas é alvejado por tiros, disparados a mando de Solozzo. Anos mais tarde, na morte do personagem, enquanto brinca com seu neto Anthony, Vito tem uma casca da fruta na boca para assustar o garoto.

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9

Paramount e Coppola tinham divergências sobre quem deveria interpretar Michael Corleone. Nenhuma novidade aqui. O estúdio queria um ator já consolidado para o papel, e entrou em contato com Warren Beaty, Jack Nicholson e Ryan O’Neal. Os três recusaram. Já Coppola queria alguém desconhecido e que tivesse aparência italiana. Al Pacino tinha todos os requisitos e foi a indicação do diretor. Apesar dos executivos da Paramount o acharem muito baixinho para o papel, acabaram aceitando o ator.

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10

A cena mais cara do filme é a do assassinato de Sonny Corleone, que custou $100 mil dólares! A locação foi um aeroporto em construção em Long Island, onde ficava um antigo campo da Força Aérea Americana durante a Segunda Guerra Mundial. Tudo foi filmado em apenas um take. Na cena foram usadas 4 câmeras, 127 bolsas de sangue falso e 200 mini explosivos colados no terno de James Caan para simular os tiros.

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Cem mil? Mas isso é uma facada!

Bônus Fact

Marlon Brando queria que seu personagem, Vito Corleone, tivesse a aparência de um cão da raça Bulldog. Para isso, o ator improvisou: recheou as bochechas com algodão. O resultado foi tão bom que a produção do filme bancou um dentista para fazer uma prótese móvel que deixasse a boca de Brando com o mesmo resultado do algodão. A prótese em si, usada por ele em todo o filme, está em exibição no American Museum of the Moving Image, no Queens, em NY.

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Sobre a Strip Me

Na Strip Me somos fãs declarados de O Poderoso Chefão. E é claro que um dos maiores filmes de todos os tempos também ganharia nossa homenagem com uma pegada clássica, tal qual a obra-prima de Coppola. Camiseta The Godfather Strip Me – disponível em www.stripme.com.br, onde você também encontra as mais legais camisetas de rock e camisetas de cultura pop. Vem!

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Scarface Facts: 10 coisas que você (possivelmente) não sabia

Scarface Facts: 10 coisas que você (possivelmente) não sabia

Inspirado no clássico de 1932 de mesmo título, Scarface retrata a violenta carreira (com o perdão do trocadilho) de um refugiado cubano que sobe na vida à bala, chegando ao topo do império da cocaína em Miami.

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Tá, isso você já sabia. Mas talvez você não soubesse que:

  1. Apesar do clima e enredo Miami do filme, a maioria das filmagens foi feita em Los Angeles. Isso porque o Conselho de Turismo de Miami barrou a produção na cidade com medo de queda no número de visitantes, já que o filme retratava o submundo local.stripme-scarface-4
  2. Bizarro ou não, Oliver Stone escreveu o roteiro de Scarface durante seu vício em cocaína.
  3. Já Brian De Palma, ficou tão aficionado pelo roteiro que abandonou seus planos de dirigir Flashdance. Obrigado Brian!
  4. Steven Bauer, que interpreta o fiel escudeiro Manny Ribera é o único ator cubano no elenco principal. Falando em Manny, sabe quem foi também cotado para o papel: há, John Travolta!stripme-scarface-6
  5. A palavra fuck (e suas diversas variações) é usada 226 vezes no filme, o que dá uma média de 1.32 fucks por minuto.
  6. Saddam Hussein (isso, ele mesmo) colocou o nome de Montana Management em uma de suas empresas do segmento de lavagem de dinheiro.stripme-scarface-3
  7. O filme inspirou o seriado Miami Vice e o jogo GTA Vice City.
  8. O sobrenome Montana é uma homenagem de Oliver Stone ao jogador de futebol americano Joe Montana.
  9. Steven Spielberg deu uma mãozinha na direção das cenas de tiroteio contra os bolivianos.stripme-scarface-7
  10. Tony Montana é o personagem favorito de Al Pacino. A gente concorda, Al!

A Strip Me

Camisetas de filmes, camisetas de seriados, camisetas de rock: tudo isso você encontra na Strip Me. E, fãs que somos de Scarface e da atuação fodástica de Al Pacino, fizemos uma homenagem para fãs que procuram uma camiseta tão cheia de personalidade quanto o filme. Com vocês, Camiseta Tony Montana, disponível no site: www.stripme.com.br 

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