10 Plantas para começar a sua Urban Jungle

10 Plantas para começar a sua Urban Jungle

A Strip Me te ajuda a começar a sua Urban Jungle em casa, indicando as plantas mais bonitas e adaptáveis a diferentes ambientes.

Faz tempo que cultivar plantas em casa deixou de ser coisa de vovozinhas simpáticas e hippies de meia idade. Desde meados da década de 2010 o conceito de Urban Jungle vem sendo adotado por arquitetos e designers de interiores como uma das mais importantes tendências de decoração do século XXI. A Urban Jungle transcende a simples decoração para reconectar os seres humanos com a natureza. E não é bicho-grilismo. Realmente, as pessoas vivendo em apartamentos cada vez menores, em cidades cada vez maiores, tem cada vez menos contato com as plantas. Isso se justifica pela rotina intensa de trabalho que não permite idas frequentes a parques e bosques, mas também pela jardinagem ser um tema muito pouco conhecido, em especial entre os jovens.

Acontece que os novos adultos, jovens entre trinta e quarenta anos, que moram sozinhos passaram a ter essa preocupação, sentiram falta de ter plantas em casa, seja pela memória afetiva da casa da avó cheia de samambaias e violetas, seja para deixar o apê mais bonito e com um clima mais agradável. Hoje a Urban Jungle é um estilo de vida pra muita gente, que encontrou nas plantas um hobby saudável e relaxante, terapêutico até. Pra começar uma Urban Jungle em casa, não é necessário muito esforço, mas requer atenção e alguns cuidados. A primeira coisa é observar bem os cômodos da casa e identificar onde e em qual horário do dia o sol é mais intenso, onde tem pouco iluminação, onde tem mais corrente de ar e claridade. Isso vai ser determinante para a escolha das espécies de plantas e onde coloca-las. Também é preciso estabelecer uma rotina para aguar, adubar e, se necessário, podar suas plantas. Isso vai fazer com que elas cresçam com mais beleza e vigor.

Se interessou e tá afim de começar a sua Urban Jungle aí? Então se liga nessa listinha com 10 plantas lindas e facilmente adaptáveis para você dar os primeiros passos. Para facilitar ainda mais a sua vida, damos as dicas de iluminação, rega e adubação, para você saber onde posicionar, quando regar e como adubar cada uma delas.

Espada de São Jorge


Pra começar com o pé direito, recomendamos a Dracaena trifasciata, mais conhecida como Espada de São Jorge. Para religiões de matrizes africanas, suas folhas funcionam como amuleto de proteção. É uma planta muito usada como uma forma de afastar energias negativas. Além disso é de fácil cultivo. Ela só exige um vaso relativamente grande, para que ela cresça e apareça. Importante você saber que ela é uma planta linda, mas é tóxica. Então, quem tem criança pequena e pets e m casa, é bom tomar cuidado.
Iluminação: A Espada de São Jorge é super resistente e se adapta bem em ambientes externos ou internos, com pouca luza, claridade indireta e até sol pleno. Então escolha o lugar dela sem preocupação.
Rega: Coloque água de forma regular, uma vez por semana. Tenha o cuidado de sentir antes se o solo dela está seco ou úmido. Se estiver úmido, não coloque mais água. Regá-la em excesso pode fazer com que as raízes apodreçam.
Adubação: Utiliza adubos como NPK 10-10-10, uma ou duas vezes por ano, de preferência durante a primavera.

Pacová


A Philodendron martianum é uma espécie de planta brasileiríssima, nativa da Mata Atlântica. Tem folhas verdes brilhantes e largas, que são lindas para a decoração de ambientes internos. É outra planta altamente adaptável. A Pacová pode ser plantada tanto em jardins como em vasos tipo bacias junto com outras plantas, ou sozinha em vasos estreitos e altos.  No caso de estar plantada no solo ou em vasos baixos, é bom ficar atento, pois ela também é tóxica para pets.
Iluminação: É uma planta que gosta de claridade, mas de pouco sol. Então o ideal é escolher ambientes bem iluminados, com sombra ou meia-sombra. E também ambientes internos, em especial para quem vive em regiões onde o inverno é mais rigorosa, pois ela não se aapta bem ao frio.
Rega: Não existe uma regra exata. Pode ser dia sim, dia não, duas vezes por semana. Tem que observar. O importante é que o solo dela esteja sempre úmido. Atenção: úmido, mas não encharcado. Para evitar isso, é interessante manter a planta num solo com substrato drenável, como fibra de coco, casca de pinus média ou areia grossa de construção.
Adubação: Adubar duas vezes por ano, no final do inverno e começo do verão. Recomenda-se o uso de adubo orgânico ou adubo químico do tipo NPK 10-10-10.

Jiboia


Quem disse que ter Jiboia em casa não é boa ideia? A Epipremnum pinnatum é uma trepadeira com oito espécies diferentes e muito fácil de cuidar. São plantas perfeitas para ambientes internos e ficam lindas cultivadas em prateleiras ou locais altos. Crescem bem em vasos pequenos e médios. A  Jiboia se espalha facilmente e você pode fazer mudas para multiplicá-la ainda mais, e até dar mudinhas de presente para os amigos. Para isso, basta cortar seu caule na diagonal, colocar num pote com água e esperar que comecem a crescer as raízes. Com as raízes formadas, é só pegar um vaso, colocar pedriscos no fundo, adicionar terra e fazer um pequeno buraco para acomodar a muda.
Iluminação: Se adapta a locais com sombra ou sol, mas cresce melhor com luz indireta. Então, prefira ambientes internos como cozinha ou banheiro. Não deixe muito perto de janelas, porque a luz do sol pode queimar as folhas.
Rega: Em estações quentes, regar 3 vezes por semana. Em estação mais frias diminuir para duas ou uma vez por semana.
Adubação: Adubar a cada três meses com fertilizantes orgânicos e húmus de minhoca.

Palmeira-Leque


O nome científico desta imponente planta ornamental é Licuala grandis. Existem seis tipos mais conhecidos de Palmeiras-leque. A mais comum e mais fácil de cultivar em casa é a Palmeira Licuala, também conhecia como Palmeira Leque Japonês. Ela é nativa da Oceania e está acostumada ao clima tropical, quente e úmido. Cresce bem em vasos grandes, mas se desenvolve com mais altivez se plantada no solo. É ideal para quem tem um jardim de inverno, por exemplo.
Iluminação: Se adapta bem a ambientes internos bem iluminados. Se plantada no solo, em regiões mais quentes, suporta bem o sol pleno, se bem irrigada.
Rega: Duas vezes por semana, tanto para ambientes interno como externo.
Adubação: Adubar mensalmente com matéria orgânica como esterco, húmus de minhoca, compostagem e etc. Acrescentar NPK 10-10-10 uma vez por ano no verão.

Strelitzia nicolai

A Strelitzia nicolai é uma das plantas ornamentais mais requisitadas por arquitetos e decoradores. Sua folhas longas e exuberantes lembram muito as folhas da bananeira e imprimem um clima tropical ao ambiente. Também conhecida como Estrelícia Augusta, é nativa do sul do continente africano, ela é uma planta que se adapta bem a ambientes externo ou interno, mas precisa de alguns cuidados para que possa crescer saudável e as suas folhas exóticas se mantenham bonitas.
Iluminação: Se desenvolve melhor em ambientes arejados e com boa iluminação indireta. Se exposta ao sol, que seja apenas de manhã. O sol intenso queima suas folhas. Prefira ambientes internos amplos como a sala.
Rega: Ela gosta do solo sempre úmido. Lembrando sempre: úmido, mas não encharcado! A rega pode ser feita de 2 a 3 vezes na semana, cuidando sempre para que o solo não fique ressecado.
Adubação: É uma planta que precisa de um solo fértil, com boa drenagem, que pode ser conseguida com a mistura de argila expandida e fibra de coco. Adubar semestralmente com matéria orgânica como esterco e húmus de minhoca.

Dracena


As plantas do tipo Dracaena somam pelo menos 100 espécies. Cada uma com características bem diferentes umas das outras. Algumas dão flores, outras tem as folhas multicoloridas, outras crescem mais… mas a que recomendamos aqui é a mais comum delas, a Dracaena fragrans, mais conhecida simplesmente como Dracena ou como Pau D’água, pois é uma planta super fácil de cultivar, e que se adapta muito bem a diferentes ambientes. Ela tem folhas verdes ou com listras verde-claras e as plantas adultas produzem um cacho de pequenas flores brancas e perfumadas. Portanto, ela também melhora a qualidade do ar do ambiente.
Iluminação: Mantenha a planta em um vaso no chão ou em uma mesa em um ambiente interno bem iluminado, mas longe da janela. Ela não gosta muito de sol direto.
Rega: Regar duas a três vezes por semana, somente suficiente para manter seu solo úmido. Como é uma planta que gosta de umidade, também é bom borrifar as folhas com água toda semana.
Adubação: Para um crescimento saudável, utilize um fertilizante líquido balanceado todo ano, uma vez a cada quinze dias durante a primavera ao outono.

Ficus lyrata


A Ficus Lyrata é uma planta linda e muito imponente. Na natureza, é uma árvore que pode atingir até 15 metros de altura, formando uma linda e robusta copa. Já a Ficus Lyrata Bambino é sua versão menor, que pode facilmente ser cultivada em vasos grandes dentro de casa. Suas folhas são grandes e brilhantes e ela pode chegar a dois metros e meio, três de altura. Também se adapta bem em ambientes externos, plantada no solo, em jardins. Ela é nativa da África e gosta de climas tropicais. É importante saber que seu crescimento é lento, portanto, vai exigir um pouco mais de paciência e dedicação com os cuidados. Mas vai valer a pena!
Iluminação: É Uma planta que gosta de ambientes arejados e bem iluminados. Pode receber sol indireto ou o sol da manhã. Neste caso é importante ir girando o vaso de tempos em tempos, digamos dia sim dia não, para que  todos os lados da planta recebam a mesma quantidade de luz natural, sem correr o risco das folhas queimarem.
Rega: É uma planta que gosta bastante de água. Porém, cuidado para não deixar seu solo encharcado, lembre-se que isso apodrece as raízes. Regue a cada dois dias, para manter o solo sempre úmido.
Adubação: Utilizar algum adubo de NPK 10-10-10, ou seja nitrogênio, potássio e fósforo equilibrados, podendo usar o adubo líquido ou em pó. O recomendado para manter a planta saudável é adubar 1 vez por mês.

Árvore-da-Felicidade


A Árvore da Felicidade é uma planta linda e com muito significado. Nativa da Ásia, a mitologia japonesa prega que é uma árvore mágica, que traz prosperidade, e é muito utilizada pelos chineses que praticam o Feng Shui. Há de se diferenciar macho e fêmea. Polyscias fruticosa (fêmea) e Polyscias guilfoylei (macho). As folhas da Árvore-da-Felicidade-fêmea são mais finas e delicadas, assim como seu tronco, ou seja, ela cresce menos e é ideal para ser cultivada dentro de casa. Já a Árvore-da-Felicidade-macho tem folhas mais largas e tronco mais robusto. Ela cresce mais e o ideal é ser plantada no solo , em jardins externos.
Iluminação: No caso da árvore fêmea, cultivar em vaso grande e em ambiente bem iluminado, com sol indireto. Dê preferência para ambientes espaçosos para que ela possa crescer.
Rega: Regar duas ou três vezes por semana, conferindo sempre se o solo está úmido. Se ficar encharcado, as folhas ficam amareladas.
Adubação: Adubar a cada 3 meses com adubo de esterco ou adubo NPK.

Samambaia


Um verdadeiro clássico da jardinagem, a samambaia provavelmente é a planta mais associada às plantas de casa, em vasos ou jardins. E ela tem história. São aproximadamente 200 espécies e 10 mil tipos de samambaias, que habitam as matas mundo afora há milhares de anos. É uma planta que está na natureza desde os tempos dos dinossauros. A mais comum, e que recomendamos hoje aqui é a samambaia americana, de folhas pequenas de cor verde claro intenso e arbusto denso. Uma planta linda de fácil manutenção, com aquele jeitinho charmoso de casa de vó.
Iluminação: É uma planta para ambientes de meia-sombra ou com luz difusa. Manter a planta próxima a uma janela, embaixo de árvores ou em varandas. O sol direto queima suas folhas e resseca o solo.
Rega: A rega pode ser feita até três vezes na semana durante o verão ou períodos de seca. É importante manter seu solo sempre úmido e, de vez em quando, borrifar água nas folhas.
Adubação: A adubação da samambaia pode sr feita uma vez por mês, usando adubos ricos em cálcio, sejam eles naturais ou químicos. Uma dica de adubo natural para a samambaia são cascas de ovos. Basta limpá-las e bater as cascas secas em um liquidificador, depois colocar esse pó no solo da planta e regar.

Costela de Adão


A Costela de Adão é a grande estrela das Urban Jungles no Brasil! Também, não é para menos! Uma planta linda e imponente, com folhas grandes, brilhantes e com seus recortes cheios de charme! Além disso, é de fácil manutenção, se adapta bem em qualquer ambiente e exige poucos cuidados. Ela é nativa da América Central, também pode ser chamada de Monstera Deliciosa e é uma planta considerada despoluente do ambiente onde se encontra. Por causa da extensa área superficial de suas folhagens, ela faz uma eficiente filtragem do ar,  absorvendo, por exemplo, amônia e formaldeído, substâncias que ficam no ar e fazem mal á saúde.
Iluminação: É uma planta que prefere luz indireta. Porém, em regiões frias, é bom coloca-la para tomar sol de manhã duas ou três vezes por semana durante o inverno. Prefira ambientes internos amplos, com espaço, para que ela possa crescer.
Rega: Regar duas vezes por semana, sempre conferindo se seu solo não está ressecado. É necessário mantê-lo sempre úmido, mas não encharcado.
Adubação:  Adubar todo ano, durante a primavera e o verão, uma vez por mês durante essas estações.

É muito bom saber que as plantas estão se tornando parte da vida das pessoas, estão invadindo a cultura pop e trazendo de volta a nossa convivência direta com a natureza! Para a Strip Me isso é motivo de muita satisfação e inspiração. Nos motiva a trabalhar com produtos que não agridem o meio ambiente, como tintas biodegradáveis e tecido 100% algodão, e nos inspira a criar estampas lindas e super originais! No nosso site você pode conhecer as coleções de camisetas florais e a coleção tropics, além das nossas tradicionais camisetas de cinema, arte, música, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que aparecem por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist relaxante e inspiradora para você curtir enquanto cuida das sua plantas. Jardinagem Top 10 tracks.

Para assistir: Para relaxar, vale a pena assistir a divertida animação Bee Movie, onde uma abelha se torna amiga de uma mulher que é florista. O visual do filme é lindo, repleto de plantas e flores, e tem um roteiro bem interessante e leve. Aliás, o roteiro é escrito por ninguém menos que Jerry Seinfeld, que também dubla um dos personagens. O filme foi lançado em 2007 e tem a direção da dupla Simon J. Smith e Steve Hickner. É um excelente entretenimento.

Para ler: Eduardo Gonçalves é doutor em botânica pela USP, além de ser um escritor muito talentoso. Seu livro Se Não Fugir, É Planta, título muito convidativo, diga-se, foi lançado em 2015 pela editora Europa e é um divertido e completo compêndio sobre a botânica. Um livro atraente e leve para leigos, sem ser muito superficial para iniciados no mundo das plantas. Leitura recomendada!

Os 10 melhores filmes do gênio Martin Scorsese

Os 10 melhores filmes do gênio Martin Scorsese

A Strip Me não tem medo da polêmica e, para homenagear Martin Scorsese, elencou entre os mais de 25 filmes do diretor, seus 10 melhores.

Imagine um menino que nasceu em New York na década de 1940, descendente de sicilianos, crescendo num bairro de imigrantes, onde a pobreza contrasta com alguns homens de ternos bem cortados tomando café na porta de alguns estabelecimentos, com cara de poucos amigos. O que se pode esperar do futuro desse menino? Ora, ser padre, é claro! Pois era o que queria ser quando adulto o adolescente Martin Scorsese, nascido no Queens em 1942. Porém, por ter uma saúde frágil, o jovem Scorsese quase não saía para a rua e faltava muito na escola. Para compensar, seus pais frequentemente o levavam para se distrair no cinema. Acontece que nos anos 50, quando Martin passava da infância para a adolescência ainda não tinha essa coisa de filmes para crianças. Então, com 12 para 13 anos, ele assistia filmes de Alfred Hitchcock e Ingmar Bergman. E tudo mudou.

Hoje Martin Scorsese é facilmente reconhecido como um dos maiores nomes do cinema de todos os tempos. E é curioso notar que tudo em sua vida pessoal colaborou para que ele fosse um cineasta tão autêntico, realista e de alto primor técnico. Ter crescido nos arredores de Little Italy,  em New York, nos anos 50, sendo ele próprio descendente de sicilianos, lhe deu uma visão única da máfia em seu auge. Sua religiosidade fez com que o catolicismo e a cristandade estivessem sempre presente em sua obra, mas sob um viés questionador, provocador até, justamente por ele ter muitas vezes questionado a sua fé, depois que o cinema e a literatura, e consequentemente a reflexão sobre a religiosidade, se tornaram um hábito.

A obra de Scorsese é vasta e impressionante, tamanha a qualidade de praticamente todos os seus filmes. São 25 filmes entre 1968 e 2019, sendo que tem mais um a caminho, que será lançado ainda neste ano. E isso só ficção, sem falar nos documentários, que são 12 no total, e pelo menos 3 são realmente fabulosos. Além disso, a obra de Scorsese é marcada por parcerias longevas e de muito sucesso, em especial com o ator Robert De Niro, e atualmente com Leonardo Dicaprio.  Há quem diga que a melhor forma de conhecer um artista é através de sua obra. Então, resolvemos selecionar os 10 filmes mais importantes da carreira do diretor. Não foi fácil escolher só 10 entre tantos filmes incríveis.  Então, você confere a seguir os 10 melhores filmes de Martin Scorsese segundo a Strip Me.

10 – O Rei da Comédia (1982)
Um filme excelente, apesar de menosprezado. Mas é compreensível que assim seja. O Rei da Comédia foi o filme que sucedeu Touro Indomável. O filme é empolgante ao misturar comédia e drama para contar a história de um homem perturbado, que vive entre sua própria imaginação e a realidade, cujo desejo é ser um grande comediante. Para alcançar seu objetivo, ele vai até as últimas consequências para se apresentar no talk show mais famoso da TV, apresentado por um renomado comediante. Protagonizado por Robert De Niro e Jerry Lewis, O Rei da Comédia é um baita filme, que ganhou mais atenção do público recentemente. Afinal, claramente o elogiadíssimo filme Joker, lançado em 2019, é mais que uma clara homenagem, é praticamente um remake do filme de Scorsese.

9 – Vivendo no Limite (1999)
Mais um filme sensacional de Scorsese que é pouco conhecido. Também compreensível que assim seja. 1999 foi um ano abençoado para o cinema. No mesmo ano foram lançados Clube da Luta, De Olhos Bem Fechados, Garota Interrompida, Beleza Americana e A Espera de um Milagre. Porém, Vivendo no Limite não deixa nada a desejar a estes filmes. Scorsese traz a história de um motorista de ambulância workaholic, que começa a ver fantasmas dos pacientes que não conseguiu salvar e, ao invés de diminuir, aumenta sua entrega ao trabalho. O filme é alucinante, com uma fotografia e edição fantásticas, uma trilha sonora arrebatadora com The Clash, Van Morrison, Johnny Thunders, R.E.M. e The Who. Além disso, Scorsese consegue arrancar de Nicolas Cage, que sempre foi um ator mediano, uma atuação vigorosa.

8 – O Irlandês (2019)
É o filme mais recente de Scorsese e pode ser considerado um épico, não só por ser um filme longo (mais de 3 horas de duração). O irlandês conta a história que tem ligação direta com um dos casos mais impactantes da história recente dos Estados Unidos, e que continua ainda hoje sem uma conclusão, o caso da morte do líder sindical Jimmy Hoffa. Além de se embrenhar num tema tão espinhoso, o filme tem outros atrativos. Pra começo de conversa, reúne Al Pacino e Robert De Niro finalmente num filme decente e a altura da qualidade dos dois atores. É um filme brilhante, que tem diálogos excelentes, ótimas cenas de ação e uma história bem amarrada, que prende a atenção. Um filme com a cara (e a qualidade) de Scorsese.

7 – Cabo do Medo (1991)
Um suspense como só Scorsese poderia fazer e só De Niro poderia protagonizar com tanta excelência! O roteiro é bem simples. Na verdade, o filme em si não é novidade, pois trata-se de um remake do filme de mesmo nome lançado em 1962 e protagonizado por Gregory Peck. Mas a versão de Scorsese é imbatível! A história gira em torno de um criminoso condenado que, ao sair da cadeia, passa a atormentar a família do promotor que o colocou na prisão. A entrega de De Niro ao personagem é assustadora.  É um suspense de roer as unhas que vale ser visto e revisto! Além de tudo foi o filme que revelou ao mundo a jovem atriz Juliette Lewis.

6 – Os Infiltrados (2006)
Este foi o filme responsável pelo primeiro Oscar de Scorsese. Sim, Os Infiltrados é um ótimo filme. Mas não é pra Oscar. Ele concorreu com Babel, Pequena Miss Sunshine e Cartas de Iwo Jima, que são tão bons quanto, se não melhores. Mas é possível que a academia tenha dado o Oscar a Os Infiltrados em nome do conjunto da obra de Scorsese, que tem pelo menos um cinco filmes antes deste que mereciam, e muito, a estatueta. Tá, mas isso não diminui em nada o filme, que fique claro. Os Infiltrados é um filme de máfia como só Scorsese pode conceber, repleto de violência e com uma trama que privilegia seus personagens. Mais uma vez, Scorsese apresenta um filme empolgante, com uma trilha sonora excelente e ótimas atuações. Aliás, de novo Scorsese tira leite de pedra ao fazer um ator mediano apresentar uma atuação acima da média. O nome da vez é Mark Wahlberg.

5 – Casino (1995)
Entramos no Top 5! Começamos a pisar em solo sagrado, de filmes que realmente mudam a perspectiva das pessoas e revolucionam de alguma maneira o jeito de fazer cinema. Casino é um filme de Martin Scorsese por excelência. Tudo que faz de Scorsese um cineasta genial está lá.  A escolha do elenco, que entrega atuações brilhantes, um roteiro denso e bem amarrado, cenas de violência explícita impressionantes, fotografia instigante, trilha sonora impecável e direção perfeita. A história se assemelha a do filme Bons Companheiros, pois conta a trajetória de um judeu associado à máfia que é designado para gerenciar um casino em Las Vegas. O filme é inspirado numa história real. Uma curiosidade aqui é que a trilha sonora, além de muito bem escolhida, tem um papel essencial no filme. Como a maior parte do filme acontece dentro de um casino, onde não se vê o mundo exterior e as roupas são sempre extravagantes e atemporais, é através das músicas que o passar dos anos é evidenciado. Enfim, um filme imperdível!

4 – O Lobo de Wall Street (2013)
O negócio de Scorsese é realmente contar histórias de personagens incríveis, carismáticos e que tem uma trajetória vertiginosa. Aqui a máfia dá lugar ao igualmente inescrupuloso e ganancioso mercado de ações e especulação monetária. Leonardo Dicaprio, numa atuação exuberante e irretocável, encarna um ousado homem de negócios que começou por baixo e cresceu rapidamente, entendo os meandros, pormenores e excessos do mercado financeiro. É um filme tão empolgante e divertido, que nem parece que tem 3 horas de duração. Além de tudo é um filme apresenta tamanho realismo que deixa uma pulga atrás da orelha: será que o alto escalão do mercado financeiro é desse jeito mesmo, ou isso é só uma caricatura?

3 – Touro Indomável (1980)
Após concluir Taxi Driver, seu primeiro filme realmente reconhecido pelo público e pela crítica, Martin Scorsese lançou um filme  que foi um fracasso total. Esse fracasso fez com que ele quase desistisse do cinema e fosse trabalhar apenas como diretor de vídeo clipes. Foi Robert De Niro quem o incentivou a continuar. Na mesma época em que De Niro dava essa força, chega ás mãos de Scorsese o roteiro de Touro Indomável, a história do lutador de boxe Jake LaMotta, uma história real. O filme é de uma sensibilidade inacreditável. Carrega consigo uma carga imensa de brutalidade e drama, que fizeram com que LaMotta tivesse uma vida de glória nos ringues e desastrosa dentro de casa. O trabalho de De Niro aqui é soberbo, sua transformação física ao encarnar o protagonista em seu auge na juventude e decadente na velhice é impressionante. Touro Indomável é o segundo filme da carreira de Scorsese que deveria ter ganho o Oscar. Outra curiosidade é que o próprio LaMotta, quando assistiu ao filme chorou muito e, ao final, ele perguntou para a sua esposa se ele havia sido uma pessoa tão terrível como aparece no filme. Ela respondeu: “Você era bem pior”.

1 – Empate Técnico
Não dá pra dizer qual destes dois filmes é melhor. Além de serem filmes bem diferentes, os dois são irretocáveis e realmente geniais, cada um com suas particularidades. Portanto, os dois entram para a lista como número 1.
Taxi Driver (1976)
Martin Scorsese era o homem certo na hora certa para realizar Taxi Driver. Primeiro, ele conhece New York como ninguém. Segundo, não tem medo de explorar a violência e brutalidade, e o faz sem parecer forçado. Terceiro, ele tem ao seu lado Robert De Niro, um ator fenomenal. Taxi Driver é um retrato de seu tempo. Um Estados Unidos sem esperança e violento, amargurado com o fim da guerra do Vietnã, que gerou milhares de homens perturbados, veteranos de uma guerra que matou mulheres e crianças, que só sabiam matar e agora estavam sem emprego. Esse é o perfil Travis Bickle, personagem principal, interpretado por De Niro. O filme é um clássico absoluto, desses que tem cenas tão icônicas que são repetidas em inúmeros filmes depois dele (“You talkin’ to me?”). Era um filme pra levar o Oscar. E ele perdeu sabe pra quem? Para Rocky, sim o filme de Sylvester Stallone sobre o boxeador Rocky Balboa. E ele levou o Oscar porque, além de ser realmente um ótimo filme, mostra exatamente o mesmo Estados Unidos despedaçado, mas tem como protagonista um homem simples, do povo, que consegue vencer na vida. Afinal, um pouco de otimismo não faz mal a ninguém.
Bons Companheiros (1990)
Coppola que não nos ouça, mas foi Martin Scorsese quem realmente definiu os moldes de um bom filme de máfia. E Foi com este Bons Companheiros que o fez. Claro que a trilogia Poderoso Chefão é genial, mas traz uma visão limitada, romantizada e vista de cima para baixo do mundo da máfia. Já Scorsese traz um olhar mais realista, com uma visão mais ampla e menos glamourizada. Além disso é quase didático ao explicar através da vida de Henry, como funciona a hierarquia da máfia italiana. Primeira coisa a ser dita sobre este filme: de novo Scorsese arranca uma atuação brilhante de um ator medíocre, neste caso Ray Liotta, que interpreta com perfeição o protagonista Henry Hill, um rapaz que não pode ser  efetivado na máfia por não ser de origem italiana, mas que é um gângster associado à máfia, com todos os seus privilégios, junto com  seus amigos  Jimmy Conway e Tommy (Robert De Niro e Joe Pesci). Mais uma vez Scorsese ajuda a mostrar a passagem do tempo através de uma trilha sonora excelente. Mais uma vez ele traz a violência crua e sem rodeios. Mais uma vez ele executa uma direção irretocável. Mais uma vez ele perde o Oscar. Desta vez, não tem muita explicação. O ganhador do Oscar naquele ano foi Dança com Lobos. Um ótimo filme, mas Bons Companheiros é melhor, mais completo, mais intenso. Bons Companheiros é o filme de máfia perfeito. É um filme que não dá pra cansar de rever. É uma obra prima, assim como Taxi Driver.

Menção honrosa
Precisamos falar, nem que seja por cima do trabalho de Scorsese como documentarista de música. Pelo menos 3 de seus documentários merecem ser mencionados: The Last Waltz, de 1978, que documenta o último show da banda The Band, famosa por acompanhar Bob Dylan, antes de sua separação. Além das músicas, é um filme  emocionante, com alguns depoimentos e uma fotografia delicada. George Harrison: Living in the Material World, de 2011 é outro documentário brilhante, contando a vida do guitarrista dos Beatles sob um viés mais pessoal e humano. Repleto de imagens raras e depoimentos de amigos e familiares, é uma homenagem a altura do talento do inigualável beatle George. Por fim, Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story, de 2019, é acachapante. O filme retrata a turnê de Bob Dylan de 1975 pelos Estados Unidos. Uma turnê insana que além de músicos, contava com vários amigos, entre eles o poeta beat Allen Ginsberg. O filme traz imagens memoráveis de shows e de backstage, além de vários depoimentos interessantíssimos.

Que homem é Martin Scorsese! Um cineasta desse gabarito não podia deixar de ser homenageado pela Strip Me, que claro, tem estampa incrível com referência a um de seus filmes. O cinema cru e revolucionário de Scorsese é uma inspiração e referência para a marca! Confere na nossa loja as camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop e muito mais. Além disso, no nosso site você fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist poderosa, baseada no que há de melhor em todas as trilhas sonoras dos filmes do Scorsese. Scorsese Top 10 tracks.

Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

A Strip Me segue no clima de romance do mês dos namorados, mas acrescenta uma pitada de polêmica ao apresentar os 10 casais mais polêmicos da música pop!

Todos os clichês do mundo nunca serão suficientes para descrever com exatidão o que acontece quando duas pessoas se atraem e formam um casal. Carne e unha, almas gêmeas, as metades da laranja, a tampa da panela… E quando um casal se junta, é legal notar que sempre rola uma torcida por parte dos amigos. Uma torcida a favor e outra contra, vale dizer. Agora, quando um casal é formado por celebridades, pessoas famosas, essa torcida se torna ainda maior, e não só por parte de amigos, mas de fãs e pessoas que curtem acompanhar as fofocas de gente famosa.  Acontece que alguns desses casais de pessoas famosas acabam extrapolando as colunas das revistas de fofocas… quer dizer, os comentários no Instagram e manchetes dos sites de entretenimento. É aí que a coisa começa a ficar interessante.

Na cultura pop são muitos os casais que ganharam notoriedade por serem muito polêmicos, por aprontar muito, por ser muito diferente… enfim. São casais que acabam gerando discussões interessantes sobre vários assuntos de maneira indireta, por conta de seu comportamento. Hoje vamos falar de 10 casais do mundo da música que tiveram esse tipo de destaque e ganharam notoriedade. No mês do dia dos namorados, vamos celebrar o amor em suas mais diversas versões conhecendo um pouco da história desses casais.

Elis Regina & Ronaldo Bôscoli
Elis Regina chegou no Rio de Janeiro, vinda do Rio Grande do Sul ainda muito novinha, mas já como uma promessa. Era uma cantora de personalidade e voz versátil. Emplacou várias apresentações no famoso Beco das Garrafas, no centro do Rio, onde conheceu os produtores e agitadores culturais Miéle e Ronaldo Bôscoli. E foi por Bôscoli que Elis se encantou. Os dois rapidamente começaram a namorar. Se casaram em 1967, ela com 22 anos e ele com 38, sendo que Elis já estava consagrada como grande cantora e apresentadora de TV. O casal estava sempre nas colunas sociais, e o que mais rolavam eram fofocas, nem sempre infundadas, sobre as puladas de cerca de Bôscoli, um boêmio e mulherengo incurável. Até que Bôscoli engatou um romance difícil de esconder com a também cantora Maysa. O caso rapidamente ganhou as páginas das revistas e jornais, com escândalos e brigas entre Elis e Bôscoli. Elis e Maysa eram mulheres geniosas e muito ciumentas. O casamento acabou num tumultuado divórcio em 1972, mas marcou o casal Elis Regina e Ronaldo Bôscoli como um dos mais famosos da música popular brasileira.

Ronaldo Bôscoli & Elis Regina

Tracy Chapman & Alice Walker
Essa é uma história maluquíssima  e cujos detalhes ninguém realmente sabe direito. A cantora e compositora Tracy Chapman sempre foi muito reservada em relação a sua vida pessoal, incluindo a sua orientação sexual. Mas o mesmo não se pode dizer de uma, aliás, duas, de suas antigas namoradas. As datas são imprecisas, mas em 2006 a escritora Alice Walker, autora de clássicos como o livro A Cor Púrpura, deu uma entrevista reveladora assumindo que teve um caso que durou alguns anos com Tracy Chapman na década de 1990. Até aí tudo bem. Acontece que essa história acabou repercutindo muito mais, porque a filha de Alice, Rebecca Walker, também foi à imprensa e até escreveu livros fazendo críticas duras à sua mãe e o modo como foi criada. E uma dessas mágoas é justamente porque foi ela, Rebecca, quem começou um relacionamento com Tracy. E, supostamente, Alice “roubou” a namorada da filha. Tracy Chapman nunca se manifestou a respeito disso tudo, mas Alice e Rebecca Walker, vira e mexe, trocam farpas através da imprensa. Aqui no Brasil o caso não chegou a chamar muita atenção, mas nos Estados Unidos já deu muito o que falar.

Tracy Chapman & Alice Walker

Rita Lee & Arnaldo Baptista
Por falar em treta, um dos casais mais marcantes da música brasileira foi Rita Lee e Arnaldo Baptista. Rita e Arnaldo faziam parte da legendária banda Mutantes, responsável por reinventar o rock brasileiro, na onda do movimento tropicalista. Para além da banda, Rita e Arnaldo namoravam e chegaram a se casar em 1968. Foi um casamento no mínimo conturbado. O casal morava numa comunidade hippie na serra da Cantareira e viviam a filosofia power flower, de amor livre, sem pudores. Porém, se hoje em dia esse negócio de relacionamento aberto ainda causa confusão, imagina naquela época. Rolava muito ciúme e traições de ambos os lados. Mas a traição maior mesmo foi quando o próprio Arnaldo expulsou Rita Lee dos Mutantes, sem mais nem menos. Acontece que Rita não se abalou e logo deu início a uma carreira solo bem sucedida. Rita Lee deixou os Mutantes em 1972, mas só foi conseguir o divórcio de Arnaldo em 1977, quando ela rasgou sua certidão de casamento no programa da Hebe Camargo. Arnaldo, naquela época, vivia ressentida com o sucesso de Rita. Em seu primeiro disco solo, Lóki, a canção Desculpe é claramente endereçada a Rita Lee. Em determinado verso, emocionado, Arnaldo canta: “Não sou perfeito, nem mesmo você é, Riiiiii… Yeah!”.

Rita Lee & Arnaldo Baptista

Lou Reed & Rachel Humphreys
New York nos anos 1970 certamente não era uma cidade em que um cidadão conservador gostaria de criar seus filhos. Nos bairros mais boêmios como o Greenwich Village, Soho e Queens, a situação se acentuava. Em 1973, numa boate que apresentava shows de transformistas e transgêneros, Lou Reed estava no balcão do bar, absolutamente chapado como de costume, quando se encantou com uma garota trans chamada Rachel. Depois de um papo e uns drinks, Reed a levou para sua casa. Começava ali um relacionamento cheio de altos e baixos, mas que acabou realmente marcado pelo machismo e preconceito.  Por mais que os dois morassem juntos, ela não dava declarações a imprensa, muitas vezes Reed a escondia ou evitava falar sobre ela. Quando o namoro finalmente terminou, em 1977, Lou Reed se negou desde então a falar sobre Rachel. O que poderia ter sido um caso exemplar de amor sem preconceito, acabou na vala comum da transfobia e do machismo. Rachel morreu em 1990 em decorrência da AIDS. O que ficou de bom desse romance trágico foi um disco excelente. Coney Island Baby é o sexto disco solo de Lou Reed, Junto de Transformer e Berlim, é um dos melhores discos do artista. E sabidamente, todas as músicas do disco tiveram Rachel como musa inspiradora.No fim da faixa título, Reed diz “I’d like to send this one out to Lou and Rachel, and all the kids at P.S. 192”.

Lou Reed & Rachel Humphreys

Daniela Mercury & Malu Verçosa
Hoje em dia é um dos casais mais queridos do Brasil. Mas no início a polêmica foi grande. Daniela Mercury, a rainha suprema do axé (sorry, Ivete, mas você sabe que é verdade) surpreendeu o país em 2013 quando publicou uma foto no Instagram comunicando seu casamento com a jornalista Malu Verçosa. Até então, Daniela havia tido dois casamentos com homens, e só depois do fim do segundo casamento, em 2012 ela se assumiu bissexual. Na sequência já começou a namorar firme Malu. E justamente em 2013 uma resolução publicada pelo Conselho Nacional de Justiça garantiu o casamento homoafetivo no país. Daniela e Malu se casaram em outubro de 2013. De lá pra cá, seguem sendo um casal lindíssimo, esbanjando amor e atuando ativamente em prol da igualdade e contra o preconceito e homofobia. Na real elas não formam um casal assim tão polêmico. Mas é um casal tão querido, e que completa 10 anos de união neste ano, que acabou entrando para esta lista!

Daniela Mercury & Malu Verçosa

Sid & Nancy
Mas se é pra ser polêmico, aqui sim temos um casal daqueles! Afinal, quis o destino que um moleque rebelde e afeito ao caos, que integrava uma das bandas mais controversas do mundo e uma menina vinda de uma família disfuncional e com um apetite voraz por álcool e drogas se apaixonassem perdidamente. Sid Vicious e Nancy Spungen começaram a namorar  no início de 1977, logo depois de Sid ter sio integrado aos Sex Pistols como baixista. Com o lançamento de Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols, a banda estava em evidência, ganhando muito dinheiro. Isso fez com que Sid e Nancy se esbaldassem e se tornassem um casal famoso na cena punk de Londres por seus excessos e demonstrações de carinho e ciúme em público. Com o fim da banda, em janeiro de 1978, Sid e Nancy decidem se mudar para New York, onde Sid dá início a uma carreira solo empresariada por Nancy. Ou seja, tinha tudo pra dar errado. E deu. Hospedados no lendário Chelsea Hotel, Nancy foi encontrada morta, com uma facada na barriga, no banheiro do apartamento no dia 12 de outubro de 1978. Sid também estava lá, grogue e muito confuso. Os dois eram heavy users de heroína. Sid foi preso, acusado pela morte de Nancy, mas nunca foi a julgamento. Saiu da prisão no mesmo ano e acabou morrendo de overdose no começo de 1979. Até hoje há várias versões, que culpam e inocentam Sid pela morte de Nancy. A única coisa que sabemos com certeza é que Sid Vicious entrou para a história como a personificações do punk rock.

Nancy Spungen & Sid Vicious

Max Cavalera & Gloria Cavalera
Quando foi lançado o documentário Sepultura Endurance, retratando os 30 anos da banda Sepultura, o sábio João Gordo, amigo íntimo dos integrantes da banda, publicou um breve comentário sobre o filme em suas redes sociais, que define com objetividade e perfeição a história do Sepultura:  “Eles tinham o mundo na mão. Enfiaram tudo no c*.” A história da banda está intimamente ligada ao casal Max e Gloria. Gloria nasceu e cresceu nos Estados Unidos e acabou sendo convidada pela gravadora Roadrunner para ser empresária do Sepultura. De cara, ela e Max já se deram bem e engatarm um relacionamento. Foram morar juntos em Phoenix em 1992. Em 1996, durante a tour do disco Roots, as coisas já vinham mal entre o casal e o resto da banda. Depois de uma crise, a banda fez uma reunião, na qual decidiu que Gloria não mais seria sua empresária. Por conta dessa decisão, Max saiu da banda. A história é muito mais complexa que isso, é verdade. Mas o resumo da ópera é esse. E o casal Max e Gloria entrou para a história do rock n’ roll por ter protagonizado a ruptura do Sepultura (rimou!) num momento em que a banda estava prestes a ingressar no mais alto escalão do rock pesado, ao lado do Metallica e Slayer. Mas, como bem disse João Gordo… enfiaram tudo no c*.

Gloria Cavalera & Max Cavalera

Kurt & Courtney
Quem visse Kurt Cobain e Courtney Love juntos em meados de 1992, facilmente poderia encarar o casal como uma versão noventista de Sid e Nancy. Pelo menos o apetite por drogas era o mesmo, mas sem a violência urgente e destrambelhada do casal punk dos anos 70. A diferença de idade é um fator que ajuda a distanciar os dois casais. Nancy e Sid eram praticamente adolescentes, ela morreu com 20 anos e Sid com 21. Em 1992, quando o namoro entre os dois realmente ficou sério, a ponto de se casarem  naquele mesmo ano, Kurt tinha 24 anos e Courtney 28. Os dois tinham suas bandas, seus compromissos e, mesmo cultivando seus excessos, tinham certo equilíbrio. Mas eram um casal polêmico. Não tinham preguiça de arrumar encrenca com a imprensa, principalmente quando Courtney engravidou e foi publicado que ela continuava se drogando durante a gravidez. Também não eram poucas as histórias sobre puladas de cerca de Courtney, que teria tido casos com Billy Corgan, dos Smashing Pumpkins, e até mesmo com Slash, dos Guns n’ Roses. Mas tudo supostamente, ninguém prova nada nessa história. Inclusive, rolam teorias da conspiração envolvendo a morte de Cobain que colocam Courtney como mandante do assassinato do marido! O fato é que numa época de pura iconoclastia como foi a década de 1990, Kurt e Courtney foram o casal ideal para estampar capas de revista e camisetas de rock.

Kurt Cobain & Courtney Love

 Cazuza & Ney Matogrosso
“Ele foi na minha casa com uma amiga e a certa altura a gente foi fumar um baseado, tomamos um Mandrix, e lá pelas tantas ele me perguntou se eu daria um beijo nele. E dei. Não significava nada dar um beijo naquela época. Só que que quando a gente deu esse beijo o mundo se apagou ao redor, ficamos nós dois dentro daquilo. E não nos largamos mais”. Assim Ney Matogrosso descreve seu primeiro encontro com Cazuza. Isso aconteceu em 1979. Cazuza tinha 17 para 18 anos e era um ilustre desconhecido. Aliás, não tão desconhecido, já que seu pai era um importante diretor de uma grande gravadora. Já Ney Matogrosso tinha 38 anos e uma carreira muito sólida. Numa época que ainda não existia a cultura os paparazzi, o casal andava numa boa pelos bares e boates do Rio de Janeiro. Porém, o relacionamento durou pouco. Apenas 4 meses. Nessa época, Cazuza estava começando o Barão Vermelho e estava descobrindo o mundo das drogas. Os hormônios da juventude fervendo junto com a cocaína davam a Cazuza energia e irresponsabilidade suficiente para que Ney acabasse com o namoro. Mas os dois permaneceram amigos até os últimos dias de Cazuza. Certamente, Ney e Cazuza são um casal memorável e muito marcante da música moderna brasileira.

Ney Matogrosso & Cazuza

John & Yoko
Não dava pra encerrar essa lista com outro casal que não este. John Lennon conheceu Yoko Ono em 1965 numa exposição que a artista japonesa apresentava em Londres. John teve uma ótima impressão da arte envolvente, moderna e provocadora de Ono. Os dois passaram a se falar com certa frequência. Nessa época, John já era casado com Cynthia e tinha um filho, Julian. Mas, com o passar do tempo, John foi se apaixonando cada vez mais por Yoko. Até que, em 1967, num ato vergonhoso, John Lennon deu um perdido em Cynthia na estação de trem de Londres, e embarcou com Yoko e outros integrantes dos Beatles para a Índia, para ter o famigerado retiro com o guru Maharish. Depois disso, John se divorciou e se casou com Yoko em 1968 em Gibraltar. Toda a saga deste casamento é contada na divertida canção The Ballad of John & Yoko, escrita e interpretada por John Lennon e Paul McCartney, que gravaram a música inteira, John gravou vocal, guitarras, violão e pandeirola, e Paul gravou piano, baixo, bateria e backing vocals. A lua de mel do casal foi dominada pelos famosos bed-ins, quando eles lançaram a campanha War is Over, pelo fim da guerra no Vietnã. No início dos anos 1970 o casal se mudou de Londres para New York, onde tiveram uma vida muito movimentada, criando seu filho Sean, gravando discos e promovendo performances de arte, além de militar por direitos humanos. Marcou o casal sua separação que ficou conhecida como Fim de Semana Perdido, em que John se separou de Yoko, passou a namorar a empresária May Pang e caiu na farra em Los Angeles entre os anos de 1974 e 1976, quando ele reatou seu casamento com Yoko. John foi morto por um tiro disparado por um fã na noite do dia 8 de dezembro de 1980.

John Lennon & Yoko Ono

Que lista maravilhosa! Onde a gente percebe que a arte realmente tem o poder de unir as pessoas. Faz a gente perceber a diversidade que existe entre todos nós, e como isso é bom! A gente tem que admitir que o amor não é uma coisa simples, mas certamente vale a pena vive-lo intensamente! Por isso, o amor, a música e o amor à música inspiram a Strip Me a estar sempre concebendo camisetas com estampas lindas e originais que celebram todo esse amor! São camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra toas elas, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com uma música de cada artista aqui apresentado nessa lista maravilhosa! Double Trouble Top 10 tracks.

Para assistir: Apear de não ser fácil de encontrar nos streamings, vale a pena procurar pra assistir o filme Sid and Nancy, O filme é de 1986, dirigido pelo Alex Cox e conta a história do casal mais punk que já existiu. O filme tem seus exageros e um final meio piegas, é verdade, mas vale a pena ver. Nem que seja pela trilha sonora, ou por para ver o Sid Vicious sendo interpretado pelo Gary Oldman, sim, o sisudo policial Jim Gordon dos filmes do Batman de Christopher Nolan!

Para ler: Em 2018 saiu pela editora Tordesilhas a autobiografia de Ney Matogrosso. O livro se chama Vira Lata de Raça e é muito bom. Numa narrativa simples e, em certos pontos, com tom de confidência, Ney Matogrosso conta sua vida inteira. Além de sua trajetória fantástica no mundo da música, Ney dedica um capítulo inteiro para dissertar sobre o seu relacionamento com Cazuza. Leitura mais que recomendada.

Festa Junina – 10 fatos sobre a festa mais querida do Brasil.

Festa Junina – 10 fatos sobre a festa mais querida do Brasil.

A Strip Me hoje traz 10 fatos que não deixam dúvida: a Festa Junina é a festa mais querida, é o xodó do Brasil!

Se tem uma coisa de que brasileiro entende é fazer festa. E tem de tudo. As festas de galpão no sul, a festa dos bois de Parintins, a folia de Reis  no interior de São Paulo e Minas Gerais, e, é claro, o nosso  Carnaval. E essas são as festas grandes e populares. Isso sem falar no nosso bom e velho churrasco do fim de semana, um verdadeiro coringa, que serve pra tudo quanto é comemoração. Aniversário? Churrasco. Passou no vestibular? Churrasco. Final de campeonato? Churrasco. É feriado? Churrasco. Não tem nada pra fazer? Churrasco. Mas, no meio de tanta festa, tem uma que é o nosso xodó. Aquela festa que a gente espero o ano inteiro, porque traz aquele quentinho no coração, tem umas comidinhas deliciosas que nos abraçam, o ar fica cheiroso com a mistura do cheiro de quentão e da madeira queimando na fogueira, a música é animada e, mesmo quem mora nas grandes cidades, acaba experimentando um pouquinho da vida simples de quem vive na roça!

A festa junina, é claro, tem suas origens na Europa. Mas chegou aqui, mais ou menos nos moldes que a gente conhece. Acabaram sendo feitas algumas apropriações culturais aqui e ali e criou-se esse imaginário do caipira vinculado às festas do mês de junho, que celebram 3 dos mais importantes santos da igreja católica: Santo Antônio, São João e São Pedro. Como toda festa cristã que se preze, a festa junina também é de origem pagã. Muito antes do cristianismo ser concebido, povos que viviam em aldeias por toda a Europa ocidental faziam uma grande fogueira no dia do solstício de verão, que marca a passagem da primavera para o verão no Hemisfério Norte, e faziam muita festa em volta dessa fogueira, celebrando o tempo de colheitas. Quando o cristianismo se tornou a religião predominante na região, essa festividade foi incorporada no calendário católico como celebração do dia de São João. Assim, tal festividade ficou conhecida entre os povos de língua latina como festa joanina. No futuro, por ocorrer no mês de junho, acabou virando festa junina e diz respeito não só ao dia de São João, mas também de Santo Antônio e São Pedro, pelo único motivo de esses dois santos também terem seus dias celebrados no mesmo mês.

Aqui no Brasil a festa joanina chegou com os primeiros colonos portugueses e foi se adaptando à nossa realidade. No início, era celebrada apenas pela elite, ou seja a nobreza e o clero. Originada na França, uma dança chamada quadrille, uma espécie de minueto dançado em grupo, começou a fazer parte das festividades, além de grandes banquetes e missas em homenagem aos santos. No fim do século XIX, com a abolição dos escravos, o crescimento das cidades e a vinda de muitos imigrantes para trabalhar nas lavouras fez com que a festa joanina se popularizasse, principalmente no interior, nas fazendas onde os imigrantes, muito religiosos, celebravam essas datas, mas sem a pompa de outrora. Assim, a quadrille virou quadrilha, as comidas passaram a contar com ingredientes mais baratos como o milho, a música misturava cantigas de roda e música tradicional, essencialmente italiana (onde o uso do acordeom é muito comum), com elementos brasileiros dos camponeses, a famosa moda de viola. E pronto! Temos a festa junina como conhecemos hoje.

Essa história toda é muito interessante, mas não explica por que razão a festa junina é tão adorada e querida pelas pessoas. Lembra da pandemia? Uma das coisas mais comentadas internet afora, quando o clima começava a esfriar, eram lamentos sobre a saudade da festa junina! Pois bem. A Strip Me está aqui para explicar essa paixão para você. Trouxemos 10 fatos que comprovam porque a festa junina é a festa mais querida do Brasil. Confere aí.

01 – Fogo

Você já deve ter ouvido falar que o fato de o cachorro dar uma ou duas voltas em círculo antes de se deitar é um traço de sua ancestralidade. Pois é, antes dos cães serem domesticados, eles viviam na natureza, e antes de se deitar, andavam em círculos para afofar a terra onde iriam se deitar. Da mesma maneira, o ser humano, desde os primórdios se reúne em volta de fogo. É uma parada que nos fascina até hoje. Então, certamente, uma das coisas que torna a festa junina tão atrativa é o fogo. A fogueira, os fogos de artifício, as bombinhas que tanto divertem as crianças. Passam-se eras e a gente ainda continua se reunindo em volta do fogo, tal qual um cachorro andando em círculos no concreto antes de se deitar.

02 – Clima

Na esteira do fogo, o clima também ajuda muito a fazer com que as pessoas gostem da festa junina. Em especial no sul e sudeste, junho é tempo frio. O clima ajuda muito a fazer com que tudo que envolve a festa junina se torne atrativo. As bebidas como o quentão e o vinho quente, as roupas como camisa e calça para homens e vestidos para as mulheres, a fogueira, a dança… enfim, tudo. E não é só no sul e sudeste que o clima conta. O estado da Paraíba se orgulha de realizar a maior festa de São João do Brasil. Nos arredores da cidade de Campina Grande, existem  pequenas cidades cujas festas juninas são muito concorridas, e são cidades de uma região serrana, onde, em pleno nordeste brasileiro, chega a fazer aproximadamente 15 graus.

3 – Roupa

Está aí o Carnaval que não nos deixa mentir. A gente sempre gostou muito de se fantasiar. Uma das coisas mais divertidas da festa junina e encarnar o personagem caipira. Se vestir à caráter, com chapéu de palha e tudo. Além de ser divertido, é muito fácil se vestir de caipira, e muito confortável também. A praticidade de sempre ter no guarda roupas uma camisa xadrez e uma calça jeans meio detonada é muito estimulante. Para as mulheres, acaba dando um pouco mais de trabalho, é verdade, mas mesmo quando dá um trampinho a mais pra montar a fantasia, isso acaba fazendo parte da diversão.

4 – Vida simples

Principalmente para quem mora em grandes cidades, a festa junina é um verdadeiro portal que transporta a pessoa para um mundo de simplicidade e alegria. Não é que não tenham desvantagens em morar no campo. Mas é indiscutível que quem mora no interior leva uma vida mais tranquila, tem hábitos mais saudáveis, se alimenta melhor… além disso, o estereótipo do caipira é de uma pessoa humilde, de gostos simples, bondosa e muita tranquila. Quem não quer ser assim? Nem que seja por uma noite, na quermesse, a gente consegue vivenciar um pouquinho dessa vida simples da roça.

5 – Tradição

Dentro dessa esfera da vida simples campesina, tem um outro fator que atrai a curiosidade de quem não conhece  a cultura sertaneja e desperta sentimentos em quem é familiarizado com essa cultura. É a tradição. Por toda a história da festa junina, que vimos no começo do texto, soma-se o fato de que no interior as pessoas tendem a ser mais religiosas, simplesmente porque isso é passado de geração para geração. A tradição das quermesses de Santo Antônio, por exemplo, são curiosíssimas. Sendo ele o santo casamenteiro, tem toda uma dinâmica na quermesse com simpatias para mulheres solteiras arranjarem marido. É uma parada que nem cabe muito em pleno 2023, esse negócio de mulher ter que casar… mas a coisa toda acaba sendo encarada como uma brincadeira.

6 – Quadrilha & Casamento

Toda quermesse que se preze tem uma bela dança de quadrilha e um casamento. Como já foi dito, a quadrilha é uma herança de uma dança da nobreza de séculos passados, e foi adaptada aos nossos costumes. O que chama a atenção aqui é que existe um grande fundo de deboche dentro dessas práticas tradicionais da festa junina. Quando as festas juninas se popularizaram entre trabalhadores da lavoura, o que animava a festa era satirizar os hábitos dos fazendeiros ricos, que tanto enganavam os trabalhadores com promessas falsas. Assim, a quadrilha passou a ser dançada com música sertaneja e sempre tem um animador contando mentiras para os dançarinos. “Olha a cobra!” “Olha a chuva!”. O casamento também é uma sátira aos casamentos pomposos da aristocracia, ao se realizar um casamento com noivos pobres e com roupas simples. Festa junina também é resistência e consciência de classe!

7 – Música

Por si só, a música tradicional, ou folclórica, é um tema fascinante e muito vasto. Mas basta dizer que muitas das músicas tradicionais de diferentes povos tem muitas similaridades. A começar que são geralmente cantadas em grupo, animadas e acompanhadas de dança. Assim são as tarantelas sicilianas, as polkas do leste europeu, as marchas dos alemães e etc. O que conhecemos hoje como música caipira tem em seu DNA boa dose dessas músicas europeias, em especial dos italianos, que foram a maioria que se instalaram tanto no Rio Grande do Sul quanto no interior paulista. Ouça músicas como Abballati e C’è la Luna a Mezzo Mare, que são tarantelas típicas italianas e perceba a semelhança rítmica com as músicas caipiras capitaneadas pela sanfona na dança da quadrilha. E são todas músicas divertidíssimas de se ouvir! A música é uma coisa só, bicho!

8 – Bebida

Quentão e vinho quente são essenciais para qualquer festa junina que se preze. Mas não é só isso. Essas bebidas deliciosas são um dos motivos do nosso amor pela festa junina. São bebidas de sabor único, quentinhas, que ajudam a aplacar o frio, além de servir como aquele eficiente lubrificante social. Á medida que você vai bebendo, vai ficando mais solto na quermesse. Quando se dá conta, já se sente apto a buscar aquela prenda em cima do pau de sebo  e até adoçar os lábios na barraca do beijo. Claro que quermesse boa tem de tudo, inclusive a cervejinha gelada pra quem preferir, mas tem também refri vendido no saquinho plástico e canudo e garapa. Enfim, é diversão garantida.

9 – Comida

O estilo de vida caipira, a música, a quadrilha, a fogueira… tudo lindo. Mas a verdade é que a gente curte mesmo comer! E é cada delícia na festa junina que não tem como a gente não amar muito essa festa. Amendoim torrado, pipoca, milho com manteiga, churrasquinho de carne, frango assado, pamonha, canjica, pé de moleque, bolo de fubá… é tudo maravilhoso! Acho que podemos assumir aqui que todos os demais fatos que compõe essa lista são apenas suporte para este tópico. A gente ama muito a festa junina é por causa a comida mesmo.

10 – Nostalgia

Para completar, tem mais um fato que explica o nosso amor pela festa junina. É a nostalgia, a lembrança daquele tempo gostoso de criança, quando a escola fazia festa junina. Os pais pintavam bigodinho nos meninos e sardas nas meninas, todo mundo se vestia à caráter e tinha muito brincadeira. Pesca, tiro ao alvo com bola de meia, correio elegante, cadeia… eram festas tão legais que é bem provável que todo mundo já teve um dia uma foto sua criança vestido de caipira. A festa junina traz também essa nostalgia gostosa de ser a mesma festa que a gente curtia quando criança, só que agora, ao invés de ir na barraca da pesca, a gente compra a rifa da leitoa e fica sentado curtindo a festa. enquanto toma quentão e cervejinha!

A festa junina pode até ter suas origens lá na gringa, mas já é uma festa brasileiríssima! É a nossa festa mais querida, o nosso xodó! Por isso, é claro, que a Strip Me tem estampas dedicas a ela! Mas não só. Tem também camisetas de carnaval e brasilidades em geral. E tem também as camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas elas e ainda fica por dentro dos lançamentos, que pintam semanalmente!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist tão boa quanto pé de moleque, com música que tem tudo a ver com festa junina! Festa Junina top 10 tracks.

Guia Prático STM Pra Presentear o Seu Amor.

Guia Prático STM Pra Presentear o Seu Amor.

A Strip Me apresenta um guia para te ajudar a comprar o presente perfeito para o Dia dos Namorados!

Junho é o mês do amor! Tá certo, tem as festas juninas também… gostoso demais! Mas hoje vamos nos concentrar no dia 12 de junho, o Dia dos Namorados. Data esta que até tem certa influência das comemorações católicas das festas juninas. Afinal, em junho são celebrados em quermesses os dias de Santo Antônio, São Pedro e São João. E Santo Antônio é nacionalmente conhecido como o santo casamenteiro. O dia de Santo Antônio é 13 de junho, portanto, nada mais justo do que o dia dos namorados acontecer um dia antes da data que celebra o padroeiro dos casamentos.

E, no fundo, todo mundo sabe que é uma data comercial, coisa de publicitário. Mas não deixa de ser uma oportunidade ótima para que as pessoas manifestem seu amor, seja através de presentes, jantares, idas ao cinema e até pegar um motelzinho, pra dar aquela variada na rotina. Uma das coisas mais bonitas de se ver num relacionamento é justamente a demonstração de carinho e amor, surpreender a pessoa amada e proporcionar momentos prazerosos e emocionantes. E para surpreender o seu amor, ninguém melhor que você mesmo, que conhece bem cada detalhe da personalidade e do jeitinho da pessoa amada. Com base nesse conhecimento, você tem tudo para comprar o presente perfeito.

Para ajudar você, que já conhece tão bem o seu amor, a escolher a camiseta perfeita para dar de presente, a Strip Me apresenta o Guia Prático STM Para Presentear o Seu Amor. Neste guia, selecionamos 5 perfis de pessoas  e sugerimos algumas estampas da nossa loja. Com certeza, quem você ama vai aparecer representada, nem que seja em um ou dois aspectos de algum dos perfis apresentados. Aí fica fácil pra você escolher a camiseta que será o presente ideal.

Guia Prático STM Pra Presentear o Seu Amor.

O primeiro passo deste guia é que você conheça bem quem você ama. Tá fácil, né? Se você se apaixonou, é porque já sabe do que o seu amor gosta, qual o tipo de personalidade, hábitos e humor ele tem e, principalmente, qual tamanho de camiseta ela ou ele usa. Tendo isso me mente, basta identificar se a pessoa que você ama é do tipo artista, minimalista, mística, brasileiríssima ou tecnológica, e em seguida escolher a camiseta ideal. Seguem, portanto, as descrições de cada um desses perfis e as sugestões de estampas.

Perfil Artista

A pessoa com perfil de artista tem uma sensibilidade um pouco mais aflorada e dá atenção a certos detalhes que passam batido pela maioria das pessoas. Na mesa do bar identifica-se facilmente uma pessoa com perfil de artista. É aquela que sempre lembra o nome do cantor daquela música brega que todo mundo sabe cantar, mas nunca teve o disco em casa, ou ainda que sabe dizer quem dirigiu determinado filme, e ainda cita outros cinco filmes do autor. Também é aquela pessoa que sempre está recomendando séries para os amigos. Quando chega na casa de alguém vai direto na prateleira de livros ver o que tem por ali, e não se faz de rogado se vê um violãozinho encostado no canto da sala, e já pega e começa a dedilhar uns acordes.

Em resumo: É gente que calça tênis All Star, não vive sem os amigos, chora no cinema, se alimenta de quarteirão com queijo e sonha em tomar uma cerveja com o Dave Grohl.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: MúsicaCinemaArteCultura Pop.

Camisetas sugeridas:

Perfil Minimalista

Pessoas de perfil minimalistas são fascinantes. Prezam pela simplicidade, mas são cuidadosas e organizadas. Identifica-se a pessoa minimalista no ambiente de trabalho  por sua mesa bem organizada, quando há post-its grudados na parede ou na tela do computador, estão devidamente alinhados e são e apenas uma cor. Também são pessoas que, ao sentar num restaurante, diagramam a mesa, colocando o porta guardanapos num canto, o saleiro e o azeite no outro e cuidam para que cada bebida e prato servido esteja devidamente posicionado. É uma pessoa de poucos, mas ótimos amigos, se liga em arte e design e vive na linha tênue entre o “está tudo sob controle” e o “deixa a vida me levar”.

Em resumo: É gente separa as roupas por cor no guarda-roupas, vai na academia pra fazer esteira, gosta de queijos e vinhos e já viu mais de dez temporadas de Grey’s Anatomy, mas atualmente desistiu de continuar acompanhando.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: MinimalistaEstampas GeométricasRetroGraphics.

Camisetas sugeridas:

Perfil Místico

A pessoa de perfil místico é acolhedora, sabe ouvir e dar conselhos como ninguém. É alguém que nunca vai tomar um Advil para dor de cabeça ou Omeprazol para o estômago, porque tem um quintal abarrotado de plantinhas mágicas. Identifica-se facilmente a pessoa de perfil místico por sua vestimenta despojada hippie-chic, por sempre fazer perguntas do tipo: “Tem alguma coisa sem carne no cardápio?” e por fazer afirmações do tipo: “Eu não te conheço, mas tenho certeza que você é virginiano!”. Se liga em arte, cores e música. Algumas dessas pessoas se conectam com o mundo através da meditação, outras através da ioga e outras ainda através de chás e cigarrinhos misteriosos. Mas todas elas certamente amam a natureza e todas as pessoas, com certa ressalva apenas àquelas de áries e escorpião.

Em resumo: É gente que acende incenso dentro de casa, tem pelo menos dois gatos, come coxinha de jaca, faz corrida no parque, escuta Enya e curte andar descalço na grama.

No site Strip Me procure as seguintes coleções:  MysticHippieFloraisPet Friendly.

Camisetas sugeridas:

Perfil Brasileiríssimo

Pessoas de perfil brasileiríssimo são, definitivamente, as melhores para se ter por perto. Alto astral a todo momento, está sempre fazendo uma piadinha marota e não dispensa um cafezinho coado na hora. Identifica-se a pessoa de perfil brasileiríssimo facilmente no bar, quando ele chama o garçom pelo nome e pede pra trocar a tulipa por copo americano, e aproveita pra pedir um cu de burro e uma porção de amendoim. É a pessoa que está sempre agilizando um churrasquinho com a turma e manja de batucar samba na caixa de fósforo. Sempre sorridente, não quer saber de briga, mas tem plena convicção que Pelé é melhor que Maradona, que Cartola é melhor que Carlos Gardel e que o lugar do Abaporu é no Masp, e não num museu qualquer em Buenos Aires.

Em resumo: É gente que conhece o bairro inteiro, come açaí com granola, banana e leite condensado, tá sempre de Havaiana e fica doente se não viajar pra praia pelo menos uma vez por ano.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: TropicsCartolaVerãoCarnaval.

Camisetas sugeridas:

Perfil Tecnológico

Pessoas de perfil tecnológico são muito inteligentes e bem humoradas. Na adolescência ficavam no meio termo entre o nerd e o piadista da sala. Identifica-se facilmente a pessoa de perfil tecnológico. É a aquela que não larga o celular nem mesmo durante a refeição, e que é sempre a primeira a pedir pra turma se juntar pra tirar uma selfie. Prestativa, é aquela pessoa que  tem sempre um aplicativo legal pra te recomendar se você quiser fazer qualquer coisa, desde começar a correr até aprender a bordar. Entende de fotografia analógica e digital, é uma enciclopédia de jogos de vídeo games e, acima de tudo, sempre tem os melhores memes e stickers pra mandar no grupo dos amigos.

Em resumo: É gente troca de celular periodicamente, explica memes para pessoas mais velhas, curte hambúrguer artesanal e critica filmes baseados em games.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: Vida DigitalGraphicsFoto & VídeoGames.

Camisetas sugeridas:

Agora ficou fácil! É só escolher a camiseta (ou as camisetas) ideal para o seu amor e correr para os beijos e abraços! Mas, olha, se você ainda não está conseguindo se decidir, nós temos uma outra opção super especial Você pode personalizar uma camiseta com a estampa que quiser. É só entrar no nosso site, acessar a seção “Personalize” e seguir os passos. Você envia a imagem pra gente e nós te entregamos uma camiseta de ótimo caimento, com um tecido 100% algodão e a estampa numa impressão excelente! Tudo feito com amor verdadeiro, tornando o seu presente de Dia dos Namorados inesquecível!

Vai fundo!

Para ouvir: Para embalar o seu momento de entrega do presente do Dia dos Namorados, selecionamos uma playlist caprichada e super romântica. 12 de Junho Top 10 tracks.

A Musa Renascentista

A Musa Renascentista

A Strip Me apresenta a história de Simonetta Vespucci, a musa inspiradora de Sandro Botticelli e de outros artistas da Renascença.

Qualquer um que diga “No meu tempo é que era bom.” está errado. A não ser que tenha vivido durante o momento mais empolgante e inovador na história da humanidade, a segunda metade do século XV. A era do Renascimento! Quando a humanidade deu um verdadeiro salto evolutivo em ideias, tecnologia e comunicação. Pensa bem. Em 1452 nasce Leonardo Da Vinci. Em 1453 Constantinopla é invadida, encerrando a era medieval. Em 1454 Gutemberg cria a imprensa. Daí em diante, a história do mundo mudou radicalmente. A arte foi elevada a níveis inimagináveis, as navegações se desenvolveram, descobrindo novas terras e novas culturas, e novos conceitos políticos e sociais foram elaborados, por pensadores como Maquiavel, Erasmo de Roterdã e Nicolau Copérnico.  Sem dúvida foi o maior turning point da humanidade.

Nessa época não havia lugar melhor para se estar do que a cidade de Florença. Em toda a Europa ocidental, nenhum lugar era tão movimentado e plural. Isso porque a cidade era governada por uma família riquíssima e muito ligada à cultura e às artes. Enquanto os pequenos reinos ao redor, como Milão e Gênova ainda viviam sob uma política feudal, Florença tinha uma sociedade mais diversa, com uma burguesia ativa, formada por profissionais liberais e artistas. Tudo graças à família Médici, que governava a cidade. Assim, Florença, por determinado período, tinha como moradores os mais importantes e reconhecidos artistas do Renascimento: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Donatello… e um jovem pintor muito talentoso chamado Sandro Botticelli.

Este é o contexto geral que ajuda a contar a história de uma das mulheres mais admiradas do mundo durante séculos. Um rosto conhecidíssimo, porém uma vida e personalidade desconhecida. Ela nasceu justamente no ano da queda de Constantinopla, 1453, mas não se sabe exatamente o dia. Sabe-se que nasceu e passou a infância em Portovenere, uma pequena cidade litorânea entre Gênova e Florença. Gaspare Cattaneo della Volta era um nobre genovês casado com Cattocchia Spinola. Do casal nasceu Simonetta Cattaneo. Uma menina lindíssima, de cabelos claros acobreados e olhos intensamente azuis, uma raridade na região para aquela época. Simonetta recebeu uma educação comum a qualquer menina burguesa, tinha aulas de etiqueta, piano e afazeres domésticos, além de aprender a ler. Com uma beleza realmente exuberante, não demorou a ter muitos homens  a seus pés. Por sorte, ela se apaixonou justamente por um jovem de uma família muito rica, que possuía bancos e outros empreendimentos, a família Vespucci. O pai de Simonetta, de imediato aprovou o casamento, que aconteceu em 1469, quando ela tinha 16 anos de idade.

Retrato de Simonetta Vespucci – Sandro Botticelli

O casamento aconteceu em Florença, onde o casal escolheu morar. Isso porque Marco Vespucci, o noivo de Simonetta, gerenciava o Banco de San Giorgio e tinha muitos negócios com a família Médici. Na festa de casamento, entre muitos convidados ilustres, como o próprio Lorenzo de Médici, também conhecido como Lorenzo, o Magnífico, estava um jovem pintor de 24 anos chamado Sandro Botticelli. Ele era um dos protegidos da família Médici, que, com frequência lhe encomendava obras de arte, além de financiar seu atelier e matérias de pintura. Botticelli ficou encantado com a beleza de Simonetta e fez questão de conhece-la. Também estava na festa um rapaz de 17 anos chamado Amerigo Vespucci. Ele vinha de Gênova para conhecer os negócios da família em Florença. Era um rapaz muito inteligente, comunicativo e ambicioso. Algumas décadas depois, ele se mudou para Sevilha, na Espanha, entrou no negócio de navegações e se tornou uma personalidade histórica das mais controversas e fascinantes, que nós conhecemos pelo seu nome traduzido para o português: Américo Vespúcio, o homem que deu nome ao continente americano. Amerigo Vespucci era primo de Marco Vespucci, noivo de Simonetta.

Vênus e Marte – Sandro Botticelli
(Vênus retratada com o rosto de Simonetta Vespucci)

Não foi só Botticelli que se encantou com a beleza de Simonetta. O irmão mais novo de Lorenzo, o Magnífico, Giuliano de Médici, apaixonou-se perdidamente por Simonetta. Até hoje especula-se que havia reciprocidade nesse amor, mas que não passou de um sentimento platônico, nunca encarnado. Isso porque Simonetta era casada com Marco Vespucci, e as famílias Médici e Vespucci tinham negócios  milionários, e que poderiam ir por água abaixo se um escândalo de adultério entre as famílias viesse a público. De qualquer forma, assim que passou a morar em Florença, Simonetta passou a ser requisitada por vários artistas da cidade, para posar como modelo. Assim, rapidamente, Simonetta tornou-se muito conhecida na cidade, e era considerada a mulher mais linda de Florença.

Retrato de Simonetta Vespucci – Sandro Botticelli

Em 1475 foi organizado um torneio de cavaleiros, desses de lança e armadura, que a gente vê nos filmes. O evento aconteceu na Piazza Santa Croce, no centro de Florença. O prêmio era um estandarte com um retrato de Simonetta, pintado por Sandro Botticelli. No estandarte, Simonetta foi pintada representando a deusa Atena. Apaixonado, Giuliano de Médici se increveu no torneio com o objetivo único de ter para si aquele estandarte. E assim o fez. Venceu o torneio e, desde então, andava pra cima e pra baixo sempre ostentando  o estandarte da deusa Atena, com o rosto de Simonetta.

Porém, a vida não era fácil naqueles tempos. No ano seguinte, 1476, Simonetta adoeceu. Sentia muita fraqueza, falta de ar, febres altíssimas e muita tosse. A família Médici ofereceu seu médico particular para cuidar da jovem. Até hoje não se sabe exatamente qual era a doença. Podia ser uma tuberculose, uma infecção pulmonar ou uma pneumonia aguda. O fato é que ela adoeceu em meados de março, piorou muito em abril e acabou morrendo no dia 26 de abril de 1476. Toda a cidade ficou de luto. O cortejo foi muito incomum. O caixão foi carregado pelas ruas da cidade aberto, para que todos pudessem contemplar pela última vez a beleza incomparável de Simonetta Vespucci.

Porém, a beleza de Simonetta acabou tornando-a imortal. Artistas como Botticelli e Piero de Cosimo ainda pintariam muitas obras tendo a jovem como musa inspiradora. A mais marcante dessas obras é Nascimento de Vênus, a obra mais famosa e brilhante de Botticelli, pintada em 1483, 7 anos após a morte de Simonetta. Na obra, Simonetta representa a deusa Vênus, nua numa concha, que flutua sendo soprada do mar para a terra, para trazer vida e beleza ao mundo. O próprio Botticelli ainda faria várias outras obras pintando o rosto de Simonetta. Tamanha era sua adoração, ele deixou registrado que, ao morrer, queria ser enterrado aos pés de sua musa. Simonetta Vespucci foi sepultada na igreja de Ognissanti, assim como Botticelli, conforme sua vontade, quando ele faleceu em 17 de maio de 1510. Simonetta também foi retratada pelo pintor Piero de Cosimo em 1480, representando Cleópatra, com um colar e uma serpente ao redor do pescoço.

Nascimento de Vênus – Sandro Botticelli

Simoneta Cattaneo Vespucci foi uma mulher literalmente icônica! Verdadeira musa da arte renascentista e dona de uma história breve, já que morreu com apenas 23 anos de idade, mas intensa. Viveu num momento mágico de transformação e transcendência da humanidade e conviveu com algumas figuras históricas grandiosas, como Lorenzo de Médici e Américo Vespúcio, além de artistas imortais como Botticelli e Piero de Cosimo. A beleza e a história de Simonetta encantam e inspiram a todos nós da Strip Me, que somos loucos por arte em geral! Tanto é que não faltam referências aos artistas renascentistas na nossa coleção de camisetas de arte. E ainda tem camisetas de música, cinema, cultura pop e muito ais. Na nossa loja você pode conferir todas elas e ainda ficar por dentro dos nossos lançamentos, que aparecem por lá toda semana.

Cleópatra – Piero de Cosimo
(Cleópatra retratada com o rosto de Simonetta Vespucci)

Vai fundo!

Para ouvir: E se Simonetta Vespucci foi ícone da beleza renascentista, nada mais justo do que a gente fazer uma playlist de canções que falam sobre beleza. Beleza! Top 10 tracks.

Para assistir: É impressionante, perturbador até, assistir ao documentário Botticelli Inferno. Pois é, nem só de belas mulheres vivia Sandro Botticelli. Ele era fascinado pela obra de Dante Alighieri. Botticelli passou mais de uma década trabalhando num desenho enorme do Inferno, como descrito no livro A Divina Comédia, de Dante. O filme de Ralph Loop, lançado em 2016, traz detalhes da obra desses dois artistas e suas conexões, bem como alguns segredos escondidos, no melhor estilo Código Da Vinci. Não é um filme tão fácil de achar, mas vale a pena conferir.

Para ler: Pode parecer uma recomendação meio deslocada, mas, acredite, não é. Vale demais conferir o livro Secreções, Excreções e Desatinos, uma compilação de contos do genial escritos Rubem Fonseca. São 14 contos maravilhosamente bem escritos, recheados de sarcasmo, onde a fisiologia e a mente passam por distúrbios diversos. O principal conto deste livro se chama justamente O Corcunda e a Vênus de Botticelli, e é excelente, tanto que uma parte da obra Nascimento de Vênus ilustra a capa da primeira edição do livro, lançado em 2001 pela Companhia das Letras. Um livro imperdível!

10 Curiosidades para entender Post Malone.

10 Curiosidades para entender Post Malone.

A Strip Me te ajuda a desvendar quem é Post Malone, um dos maiores e mais controversos ícones da música pop atual.

No fim de abril de 2020 o bicho estava pegando como nunca. A Covid-19 assombrava todo o planeta. Na maioria dos países o lockdown foi implantado e manteve as pessoas isoladas em casa, para evitar a transmissão do vírus. Neste cenário, muitos artistas começaram a veicular performances ao vivo, transmitidas pela internet. As lives tinham o propósito de entreter, mas também de arrecadar dinheiro, através de doações, tanto para que artistas e seus funcionários continuassem a trabalhar, como também para ajudar entidades e organizações. Uma das lives mais impressionantes foi a de Post Malone, no dia 24 de abril de 2020. Ao invés de ele aparecer interpretando suas próprias canções, Malone se juntou a outros três músicos, entre eles, o baterista Travis Barker, da Blink-182, e, por quase uma hora e meia, interpretou 16 músicas do Nirvana. E o fez com competência e energia invejáveis. Era nítido que os músicos ali se divertiam tocando, a escolha do repertório impressionou por contar com músicas pouco conhecidas como Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle ou Lounge Act, mas também clássicos como Heart Shaped Box e In Bloom. É muito provável que essa live tenha sido responsável por apresentar a obra de Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl à nova geração de jovens. Além de prestar esse serviço, a live de Post Malone foi responsável por arrecadar mais de 5 milhões de dólares para o fundo de pesquisa e combate à Covid-19 da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

O fato de Post Malone ter feito uma live inteira dedicada à obra do Nirvana não causaria surpresa nenhuma se ele fosse um músico quarentão, vocalista de uma banda de rock qualquer. Mas não. Em 2020 Post Malone já era considerado um dos mais importantes nomes do rap e hip hop, e tinha apenas 26 anos de idade. O fato de Post Malone ser um jovem cantor de rap e estar tão à vontade tocando e cantando hinos do grunge é apenas uma das muitas atitudes de seu comportamento controverso. Post Malone, que tem um talento indiscutível para compor e cantar rap, trap e hip-hop, já entrou em discussões com grandes nomes do estilo, como Lil B e Vince Staples, dizendo que o hip hop não canta mais sobre a vida real, já foi chamado de abutre da cultura, por, teoricamente, se apropriar da cultura afro americana. , pra piorar, depois desse incidente, ainda fez a infeliz declaração: “É uma luta ser um rapper branco.”. Se declarou contra o governo Trump, mas é um ávido colecionador de armas de fogo e suas tatuagens foram feitas, em boa parte, por ele mesmo. Realmente um personagem complexo, que vamos tentar entender melhor conhecendo 10 curiosidades sobre sua vida.

1 – Legítimo estadunidense.

Post Malone nasceu no dia 4 de julho de 1995, batizado Austin Richard Post. Ou seja, nasceu no dia da independência norte americana. Talvez isso ajude a explicar o fato de ele ser tão consumista a ponto de, antes da fama, quando trabalhava numa lanchonete, economizar seu salário por meses para comprar um par de mocassim da marca Versace por 800 dólares, e também o fato de ele ser tarado por armas de fogo.

2 – Criado na pista.

O pai de Post Malone, Rick Post, era DJ em alguns clubes de Syracuse, NY, e tinha em casa uma vasta coleção de discos de rock, R&B, soul e country. Malone cresceu imerso na coleção de discos do pai. Quando ele tinha 9 anos de idade, a família se mudou para Grapevine, no Texas, onde seu pai abandonou as pick ups para trabalhar como gerente administrativo no time de futebol americano Dallas Cowboys. Mas a coleção de discos acompanhou a família na mudança, e mesmo Rick não trabalhando mais como DJ, os discos não ficaram pegando poeira num canto, graças ao jovem Richard Post.

3 – O pesado início no mundo da música.

Ainda antes de se tornar Post Malone, Austin Richard Post descolou uma guitarra e montou uma banda de heavy metal com alguns camaradas. A banda era bem calcada no death metal dos primeiros discos do Metallica e do Megadeth. A banda se chamava Ashley’s Arrival e, como o péssimo nome já dava a entender, a banda não tinha muito futuro. Tanto que o jovem Richard Post, querendo viver de música, resolveu encarar um teste para ser guitarrista da banda de new metal Crown the Empire. Ele fez o teste, mas não mandou muito bem e foi dispensando logo de cara.

4 – I’m goin’ through changes.

Vivendo os dissabores do rock pesado e o desejo de viver de música, Austin Richard Post passa a se interessar por rap e hip hop e começa a escrever algumas letras. Na internet, encontrou um site divertido que gerava nomes aleatórios para cantores de diversos estilos musicais. Ele selecionou rap e apareceu um nome composto, Malone alguma coisa. Ele pegou então seu sobrenome e acrescentou o nome Malone. Nascia assim Post Malone. Já com uma fita demo de alguns raps que ele escrevera e gravara no Audacity, Post Malone se mandou do Texas, indo sozinho morar em Los Angeles e tentar a sorte.

5 – Sucesso da noite para o dia.

Post Malone chegou em LA em 2011. Batalhou grana, fez amizades no mundo da música, trampou em estúdios… até que, no início de 2015, gravou uma música chamada White Iverson, fazendo referência a um jogador de basquete. A canção foi finalizada no estúdio de um amigo em fevereiro de 2015, e Post Malone a publicou em seu perfil do Soundcloud. Ele próprio já contou em entrevistas que postou a música e foi dormir. Quando acordou, sem explicação nenhuma, a faixa tinha milhares de acessos. Em poucos dias White Iverson recebia elogios no Twitter de nomes como Wiz Khalifa. Da noite para o dia, Post Malone era um sucesso.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

6 – Amigo de fé irmão camarada.

Em menos de um mês White Iverson atingiu um milhão de acessos. Começaram a aparecer convites para shows e contatos de gravadoras querendo contratá-lo. Numa dessas festinhas de gravadoras, Post Malone conheceu pessoalmente Justin Bieber. Malone já era fã das músicas de Bieber e se aproximou acanhado, como fã mesmo, pra pedir uma foto. Só que os dois começaram a trocar ideia e se tornaram parças. A amizade vingou e se tornou profissional quando Justin Bieber convidou Post Malone a fazer a abertura de seus shows na turnê Purpose World Tour, que durou quase um ano, entre 2016 e 2017.

7 – Quebrando recordes.

A ascensão de Post Malone foi realmente meteórica. No começo de 2015 lançou o single White Iverson, em poucos meses a faixa já tinha milhões de acessos, ele lançou outros singles com igual sucesso, em 2016 lançou seu primeiro disco, Stoney, que de cara, chegou à oitava posição da Billboard e vendeu mais de 10 milhões de cópias. Em 2017 lotou shows e começou a produzir seu segundo disco, que seria lançado em 2018. O primeiro single do novo disco foi a canção Rockstar, em parceria com 21 Savage. O single ficou por 8 semanas como número 1 da Billboard. Em abril de 2018 foi lançado o disco Beerbongs & Bentleys. O disco quebrou o recorde do Spotify de número de execuções de um disco em seu primeiro dia de lançamento. Foram 78,7 milhões de streams em todo o mundo, em um único dia. Em agosto do mesmo ano, o primeiro disco de Malone, Stoney, quebrou mais um recorde e desbancou Thriller, do Michael Jackson, ficando 77 semanas no top 10 da Billboard. Thriller ficou “apenas” 76 semanas.

8 – Coisa de cinema.

Não é surpresa pra ninguém que Post Malone tenha migrado também para o cinema. Afinal, atualmente todo mundo acaba sendo multimídia. Em 2018 Post Malone lançou a faixa Sunflower, que entrou na trilha sonora do filme da Marvel Spider-Man: Into the Spider-Verse. Além disso, Malone ainda fez uma ponta dublando um personagem secundário no longa. Depois, foi convidado para atuar ao lado de Mark Wahlberg no filme Troco em Dobro (Spenser Confidential), lançado em 2020. Também fez uma ponta no filme Infiltrado, de 2021,com Jason Statham e participou de produções para a TV num filme chamado Runaway, lançado em 2022, e dublou um personagem numa animação das Tartarugas Ninja para a Nickelodeon.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

9 – Voando baixo demais.

No dia 21 de agosto de 2018 Post Malone embarcou num jato particular para voar de New Jersey para Londres, onde faria alguns shows. Após a decolagem duas rodas do avião, do nada, explodiram. Era muito arriscado cruzar o Atlântico depois de algo assim acontecer. O jeito era pousar. Mas o avião acabar de decolar, e estava com o tanque cheio. Uma aterrissagem de emergência sem as rodas poderia acabar explodindo o avião inteiro. A solução foi o avião ficar sobrevoando New Jersey em círculos até consumir o máximo possível de combustível. Horas depois, o piloto realizou um pouco de emergência bem sucedido. As 16 pessoas que ocupavam o avião saíram ilesas. Entre a tripulação do avião e os funcionários do aeroporto que auxiliaram o pouso pela torre, somaram-se 25 pessoas que receberam passe livre vitalício para qualquer show de Post Malone.

10 – Post empreendedor.

Post Malone vem ganhando uma fortuna com sua música, isso todo mundo sabe. O que pouca gente sabe é que essa fortuna acaba gerando mais uma fortuna, porque Post Malone também curte ser empreendedor. Melhor dizendo… investidor. Em 2020, por causa do cinema, icou amigo de Mark Wahlberg. Na casa do ator, Post Malone foi apresentado ao mundo dos vinhos finos e se encantou. Logo achou uma vinícola em Saint Tropez, na França, comprou-a, criou um rótulo próprio e passou a vender um vinho rosè de altíssima qualidade chamado Maison No.9. É um vinho com uma nota muito alta entre os críticos e que chegou a vender mais de 50 mil garrafas em dois dias. Além disso, Post Malone também tem participação na empresa Amette, responsável por uma linha descolada de óculos escuros e também com a Crocs, que podem não ser os calçados mais bonitos do mundo, mas que vendem horrores.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

Pois é. Post Malone é uma figura peculiar do mundo da música. Eclético, de personalidade forte, talentoso e multi-tarefa! Um artista que é a cara da Strip Me, versátil, descolada e cheia de personalidade. E assim são as nossas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Dá uma chegada na nossa loja pra conhecer e também ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist no capricho com o que há de melhor do Post Malone! Post Malone Top 10 tracks.

Para assistir: Vale a pena conferir o filme Troco em Dobro, produção da Netflix, com Mark Wahlberg. É um filme de ação e comédia bem divertido. A direção é do Peter Berg, responsável por Hancock.  Post Malone aparece como um presidiário, amigo do personagem de Wahlberg. Não é um filmaço, mas é um bom entretenimento. Vale a pena ver.

Yin Yang: O Equilíbrio da Vida

Yin Yang: O Equilíbrio da Vida

A Strip Me faz sua alquimia ao misturar a filosofia chinesa do Yin Yang à diversidade da cultura pop, para criar camisetas originais e super contemporâneas.

Demorou muito para que os povos do ocidente (nós, no caso) realmente assimilassem filosofias e hábitos orientais. A história do mundo nos mostra que sempre rolou uma barreira muito grande entre esses dois mundos. De um lado a filosofia greco romana e a religiosidade judaico-cristã. De outro as filosofias milenares do taoísmo e do budismo. Durante o Renascimento e as grandes navegações, muito se consumiu do oriente, claro. Mas apenas produtos e alimentos, as famosas especiarias e as sedas chinesas. Foi mais à partir do século XX mesmo que as coisas começaram a mudar e o ocidente passou a incorporar elementos das filosofias orientais.

O engraçado é que as coisas chegam até nós meio enlatadas, com um verniz espesso de ocidentalização. E não estamos falando só do brasileiro, que transforma o sushi em hot roll. Um exemplo é o Feng Shui, que é um princípio filosófico complexo, cheio de nuances e interpretações, que acabou virando meio que uma vertente do design de interiores, um conceito que os arquitetos mais descolados gostam de usar para justificar suas ideias. Da mesma maneira, o Yin Yang virou um símbolo pop, que virou febre entre os jovens dos anos 80 em vários lugares do mundo, que tatuavam o símbolo no braço sem saber direito o que aquilo significa.

O Yin Yang também é um conceito filosófico bem complexo e abrangente, é a base do taoísmo. Por sua vez, o taoísmo é uma filosofia religiosa politeísta chinesa, que tem sua própria explicação para a criação do universo, do planeta Terra e da humanidade. O Yin Yang está presente nesse princípio de tudo para os chineses. Ele representa o equilíbrio e a harmonia entre dois opostos. Luz e sombra, fogo e água, terra e céu, positivo e negativo, multiplicar e dividir… enfim, opostos, mas que se equilibram, que precisam um do outro para existir. Portanto, quando acontecem grandes catástrofes naturais como tsunamis, erupção de vulcões e até mesmo guerra entre povos, os chineses identificam essas coisas como desequilíbrios no Yin Yang. É por isso que em sua representação gráfica, o símbolo Yin Yang é uma esfera, dividida perfeitamente por uma onda, um lado é branco e outro é preto, e em cada lado, há um ponto. No lado preto um ponto branco e no lado branco um ponto preto, mostrando que a harmonia, representada pela onda, se estabelece quando os dois lados coexistem e interagem em equilíbrio.

Os primeiros registros do conceito do Yin Yang no taoísmo datam do século II antes de Cristo, ou seja, 4 mil anos atrás. Ao longo dos séculos ele foi sendo mais elaborado. Mas logo no início já ganhou a representação da esfera dividida entre preto e branco, representando o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yin preto e yang branco, integrados num movimento contínuo de geração mútua e interação destas forças. A filosofia taoísta observa a vida e a realidade como algo fluído, em constante mutação, por isso o equilíbrio do Yin Yang se mostra tão importante para sua cultura. Para se ter uma ideia, os conceitos do Yin Yang são aplicados em todas as áreas, da arte à matemática, passando pela agronomia, medicina, astronomia e muitas outras áreas da ciência e filosofia.

No século XX, as fronteiras do mundo diminuíram e começou a rolar toda uma descoberta dessas filosofias orientais por parte dos intelectuais do ocidente. No início do século, técnicas como a xilogravura, cuja obra mais marcante é A Onda de Kanagawa, se popularizou, bem como escritores existencialistas, entre eles alguns da geração beat, passaram a flertar com o budismo tibetano. Mais pra frente, nos anos 60, a cultura indiana se popularizou entre os jovens, muito graças aos Beatles, é verdade. Mas nessa busca por transcendência e purificação do ser humano que alguns hippies investiram, acabaram vindo junto alguns conceitos do taoísmo. E o Yin Yang passou a estampar algumas camisetas e batas. Claro, afinal, além de ter essa ideia de equilíbrio, o Yin Yang é esteticamente muito cativante.

Essa percepção do taoísmo sobre a natureza humana, representada pelo Yin Yang é realmente muito reveladora, e muito interessante. Tanto é que aparece com uma frequência enorme em diferentes manifestações artísticas. Nas artes plásticas isso fica mais subjetivo, mas pode ser identificado em obras como o Homem Vitruviano, de Leonardo Da Vinci. É bem provável que Da Vinci não tivesse contato direto com a filosofia taoísta. Ainda assim, transmitiu nessa obra, o mesmo conceito de equilíbrio e harmonia do ser. Mas é na literatura, quadrinhos e cinema que o Yin Yang é retratado com vitalidade e clareza, através de personagens complexos e diversos.

O maior exemplo é claramente o conto O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, escrito pelo escocês Robert Louis Stevenson e publicado originalmente em 1886. A obra que ficou mais conhecida como O Médico e o Monstro se tornou sucesso absoluto na Europa, logo foi adaptada para o teatro e, no século seguinte, assim que o cinema foi criado, ele foi um dos primeiros textos a serem adaptados para as telonas. E é, ainda hoje, uma as obras literárias com o maior número de adaptações no cinema. São mais de 30 filmes. O primeiro foi lançado em 1920, dirigido por John S. Robertson. O mais recente é de 2017, dirigido pelo Luciano Barsuglia. Mas, certamente a mais importante e impactante adaptação é a de Victor Fleming, O Médico e o Monstro, lançado em 1941 e estrelado por Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner. O Estranho Caso de Doutor Jekyll e Senhor Hyde foi a primeira obra, tanto na literatura, quanto no cinema, a personificar com propriedade o Yin Yang, essa dualidade que existe no ser humano, que é bom e mau naturalmente, e vive em harmonia. Mas se algo faz com que esse equilíbrio seja quebrado, as consequências podem ser desastrosas.

Uma espécie de releitura do Dr Jekyll é o personagem Harvey Dent, incorruptível promotor público de Gotham City, que depois de sofrer um acidente, tem metade de seu rosto desfigurado e passa a ter dupla personalidade, tornando-se um dos mais icônicos inimigos do Batman, o Duas Caras. O interessante sobre o Duas Caras é que, assim como o Yin Yang, ele tem uma maneira de manter o equilíbrio entre suas duas personalidades opostas: o acaso. Antes de tomar uma decisão conflitante entre o promotor público honesto e o vilão enraivecido, o personagem joga uma moeda para o alto e tira no cara ou coroa. O problema é que, para o azar de Gotham, a moeda quase sempre fica do lado do vilão. No universo dos quadrinhos de Batman outro exemplo de gritante de Yin Yang é a relação do próprio Batman com seu maior rival, o Coringa. Ambos são originados na violência e desigualdade de Gotham, mas um decide lutar contra o crime e o outro abraça o caos. E os dois se completam, um não existiria sem o outro. O belíssimo filme Joker, de 2019, com Joaquim Phoenix como protagonista, mostra isso com clareza.

E o mais recente e marcante exemplo de Yin Yang no cinema, que pode até ser considerada mais uma releitura de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, é o excelente Clube da Luta. Tyler Durden é o Dr. Jekyll do fim do século XX. Aqui temos os opostos realmente convivendo e lutando para se equilibrar. Com a diferença que nesta obra, tanto o escritor Chuck Palahniuk, quanto o diretor David Fincher, apostam no caos como forma de equilibrar os opostos. Como no poema de William Blake, que inspirou o nome da banda The Doors, o final de Clube da Luta, que aponta para o ápice do caos, justamente quando Tyler Durden tem pleno conhecimento de sua dualidade. “Quando as portas da percepção forem finalmente abertas, tudo aparecerá como realmente é: Infinito.”. Justamente o que prega o taoísmo chinês, a harmonia e fluidez da vida rumo ao infinito, numa constante evolução.

Enfim, todas essas teorias milenares orientais são bem complexas mesmo, e não dá pra gente resumir e falar sobre elas superficialmente. Mas é legal a gente saber sobre essa força imensa do Yin Yang e como ela é bem representada, num ícone tão simples e bonito. Além do mais, harmonia e equilíbrio fazem parte da nossa inspiração e filosofia de trabalho na Strip Me. Isso se reflete no uso de insumos que não agridem o meio ambiente, parceria com empresas locais e frequentes doações para ONGs que defendem nossos princípios.  Isso sem falar nas camisetas que combinam estilo e atitude em estampas de arte, música, cinema, cultura pop e muito mais. Confira tudo isso na nossa loja, onde você aproveita para ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Na música o Yin Yang também se faz presente, em parcerias que se completam. Lennon-McCartney, Richards-Jagger, Simon-Garfunkel… portanto, segue uma playlist com as mais marcantes duplas “Yin Yang” da música pop! Yin Yang Top 10 tracks!

Para assistir: O Clube da Luta com certeza é o filme que melhor retrata a dualidade do ser humano moderno em toda a sua complexidade. O filme é baseado no livro de Chuck Palahniuk, dirigido pelo David Fincher e protagonizado por Brad Pitt e Edward Norton, que são realmente um só em todo o filme. O filme foi lançado em 1999.

Para ler: A editora Darkside Books lançou em 2019 uma edição lindíssima, em capa dura do clássico O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson. Além de ser um texto realmente brilhante, essa edição da Darkside vale a pena pelo belíssimo tratamento gráfico.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Na expectativa do décimo filme de Tarantino, em fase de produção, a Strip Me ranqueou todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

Um post claramente polêmico. Nada mais justo, afinal Quentin Tarantino sempre foi um diretor de cinema polêmico, gerando discussões sobre apologia à violência, subverter fatos históricos, abusar de referências pop e retratar o Bruce Lee levando um pau de um dublê de Hollywood. Mas é sua obra que o coloca como um dos maiores diretores da história do cinema. Um revolucionário. Tarantino fez na indústria do cinema o que o Nirvana fez na indústria fonográfica (e praticamente na mesma época). Ambos alçaram ao topo do mainstream o que era alternativo e underground, com obras absolutamente fantásticas e de valor inquestionável. O disco Nevermind desencadeou uma avalanche de lançamentos de bandas desconhecidas, e Pulp Fiction fez com que diretores autorais, como os irmãos Coen por exemplo, tivessem mais espaço, além de iniciar uma época de filmes violentos mais crus e explícitos.

Tarantino anunciou no começo deste ano que finalizou o roteiro de seu décimo filme, e aproveitou para dizer que será seu último. Se ele vai mesmo pendurar a claquete, só o tempo dirá. Mas a expectativa sobre seu último filme é enorme. Intitulado The Movie Critic, o longa será ambientado em 1977. Em entrevistas o diretor não deu pistas sobre a história, mas afirmou de antemão que não se trata de um crítico de cinema específico, não é uma cinebiografia ou algo assim. As filmagens estão programadas para o outono deste ano, que no Hemisfério Norte começa em setembro. Pra amenizar essa expectativa, fizemos um ranking de todos os filmes do Tarantino, do pior para o melhor. Onde The Movie Critic se encaixará nessa lista, ainda não sabemos. Mas sabemos que muita gente vai concordar com o nosso ranking, e muita gente vai discordar. E, no fim das contas, essa é a graça de fazer listas. Então vamos a ela.

Death Proof
Lançado em 2007, este é o filme mais fraco de Quentin Tarantino. É lógico que o filme mais fraco do Tarantino ainda é melhor que muita coisa feita nos últimos vinte anos no cinema. Sim, é um filme divertido, com aquela linguagem de filme B dos anos 70, diálogos maravilhosos e algumas cenas memoráveis. A cena da colisão frontal dos carros é linda! Mas é um file propositalmente galhofeiro, tem uns cortes desnecessários de cenas e um roteiro desleixado. A história é fraca.

Os Oito Odiados
Filme lançado em 2015, com um elenco fantástico. Numa espécie de volta às origens, Os Oito Odiados é como se fosse uma refilmagem do Cães de Aluguel, só que numa cabana congelada no meio do nada no século XIX. Claro, as atuações e os diálogos fazem com que o filme funcione muito bem. Mas acaba que é um filme cansativo e arrastado, ainda mais para quem vinha de esperando um novo Django Livre ou Bastardos Inglórios. Requer certa paciência para assistir as quase três horas de filme numa tacada só.

Jackie Brown
Veja você que o terceiro filme mais fraco de Tarantino tem no elenco Robert DeNiro, Bridget Fonda, Pam Grier, Michael Keaton e, é claro, Samuel L. Jackson. Além de ser o único dos filmes que Tarantino dirigiu, mas não escreveu, Jackie Brown é um filme muito bom. Na real, nem tem muito o que criticar. Tem atuações muito boas, uma história bem amarrada e uma trilha sonora focada no soul e funk dos anos 70 que é um deslumbre. Foi lançado em 1997 e é altamente recomendado. Mas, ao continuar lendo, você vai entender porque ele está entre os três “piores” do Tarantino.

Django Livre
Aqui a coisa já começa a complicar. Porque daqui pra frente são filmes realmente incríveis, e chega a ser injusto dizer que um é pior, ou mais fraco, que outro. Django Livre foi lançado em 2012 e é um filme grandioso. Tarantino recriou um filme western com maestria, mas colocando um negro como protagonista. Aqui temos um Leonardo DiCaprio numa atuação irretocável, aliás todas as atuações são muito acima da média. A trilha sonora que mescla clichês do western spaghetti com rap é genial. Mas é isso. É um western sob o olhar do século XXI. Uma boa história, boas atuações, mas sem grandes transgressões ou ousadias.

Bastardos Inglórios
Entramos no Top 5. E de cara podemos afirmar sem medo de errar que Bastardos Inglórios já é um clássico do cinema de todos os tempos. Foi neste filme que Tarantino, pela primeira vez, subverteu seu próprio método. Concebeu um filme numa linha do tempo linear, sem flashbacks, usou pelo menos umas 3 tipografias diferentes ao apresentar os créditos e retratou personagens históricos reais. Foi aqui que Tarantino mostrou ao mundo o brilhante ator Christoph Waltz, que roubou a cena como um general da SS culto e inescrupuloso. Outra subversão de Tarantino foi com a própria história mundial. Neste filme, lançado em 2009, os nazistas são derrotados em 1944, com a cúpula nazista, incluindo Hitler, morta num incêndio de um pequeno cinema em Paris. É um filme imperdível.

Cães de Aluguel
Lançado em 1992, é o filme de estreia de Tarantino como diretor. E é um dos filmes mais empolgantes dos anos 90. Tudo que o mundo viria a conhecer dois anos depois com o sucesso de Pulp Fiction já estavam neste filme. Litros de sangue, diálogos impagáveis, sarcasmo, uma linha temporal bagunçada e criminosos como protagonistas. Cães de Aluguel é brilhante por inúmeros motivos, mas um deles certamente é o fato de o filme se passar por mais da metade do tempo dentro de um barracão vazio. As atuações e os diálogos são maravilhosos. Sem falar na memorável cena da tortura do policial, que imortalizou a música Stuck in the Middle With You, da banda Stealers Wheel. Em se tratando de um diretor estreante, é um filme realmente inacreditável de tão bom.

Kill Bill I & II
Se o próprio Tarantino, em sua filmografia, considera os dois volumes de Kill Bill, lançados em 2003 e 2004, um filme só, quem somos nós para discordar? Kill Bill é um filme de 4 horas de duração, mas que pode ser assistido de uma vez sem cansar. Além da história ser riquíssima, tem personagens cativantes, diferentes locações e até mesmo diferentes linguagens cinematográficas, indo da animação no estilo mangá até filmes de bang bang. Apesar de se tratar de uma premissa simples, uma mulher em busca de vingança, tudo que envolve essa personagem e suas motivações são explicados num turbilhão delicioso de referências e homenagens à cultura pop, passando pela música, quadrinhos e cinema. Apesar de toda a violência, é um filme leve e divertido, desses que a gente não cansa de ver e rever.

Era Uma Vez em Hollywood…
O dedo chega a coçar para escrever que este é o melhor filme de Tarantino. Mas é claro, devemos levar em conta fatores como a maturidade, que traz consigo aprimoramento profissional, do diretor. Era uma vez em Hollywood… é seu filme mais recente, lançado em 2019. De fato, aqui Tarantino refinou sua arte em todos os sentidos. Está tudo lá. As referências pop, as influências de western e kung fu, a ambientação de época impecável e diálogos maravilhosos. Mas tudo muito bem dosado, sem exagero, e feito com esmero. É mais um filme de Tarantino com mais de duas horas de duração, mas que não dá pra sentir o tempo passar. E, é claro, as atuações irretocáveis de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Em especial DiCaprio está voando, numa atuação realmente poderosa. Mais uma vez Tarantino reescreve a história ao recontar à sua maneira o caso Sharon Tate, atacada pelos asseclas de Charles Manson. É um filme praticamente perfeito, uma das obras primas de Tarantino.

Pulp Fiction
A ordem de toda essa lista pode ser questionada, mas este primeiro lugar, dificilmente será questionado. Pulp Fiction é o melhor filme de Tarantino não só pela originalidade e inventividade, mas também por sua estética revolucionária para a época. A importância do filme para o cinema é imensa. Além de fazer com que a indústria desse mais atenção para diretores autorais, com uma pegada mais alternativa, deu aval para que filmes de violência fossem mais explícitos e, consequentemente, mais densos e realistas. O próprio Seven, de David Fincher, lançado em 1995, é filho direto de Pulp Fiction, com cenas que não economizam no sangue, coisa que não aparecia com frequência em filmes policiais até então. Falando do filme em si, Pulp Fiction impressiona pelo roteiro coeso e bem amarrado, pela diversidade de personagens interessantíssimos, e que acabam se conectando, pela linha temporal bagunçada que encanta o espectador quando o filme acaba e tudo se explica, pelos diálogos impagáveis que vão de massagem nos pés a diferentes procedências de heroína. Além de cenas icônicas como a dança de Uma Thuruman e John Travolta, ou a incrível escapada do personagem de Bruce Willis, que foge com a motoci… quer dizer, com a chopper do Zed. Pulp Fiction é um filme irresistível, desses que se você pega pela metade, zapeando os canais da TV, para pra ver até o fim, mesmo já tendo visto dezenas de vezes. É o Nevermind do Tarantino, e só por esse elogio, já se justifica ele estar no primeiro lugar dessa lista, como a melhor obra do cineasta.

Pronto! Está feita a polêmica. Agora é com você, concordar ou discordar da sequência. Unanimidade mesmo é que o Quentin Tarantino é um dos cineastas mais importantes de todos os tempos e, certamente, o mais revolucionário dos últimos 30 anos. Sendo assim, é uma das nossas inspirações aqui na Strip Me. Basta dar uma conferida na nossa loja a quantidade de camisetas baseadas na obra dele para comprovar. Isso sem falar em muitas outras camisetas inspiradas no cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, tem estampa nova toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Mais uma playlist caprichada com músicas das trilhas sonoras dos filmes do Tarantino. Tarantino Mix Top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes do Tarantino, nunca é demais recomendar o inigualável e divertidíssimo curta-metragem brasileiro Tarantino’s Mind. Lançado em 2006, escrito e dirigido pela dupla Bernardo Dutra e Manitou Felipe, o filme conta com Seu Jorge e Selton Mello nos papéis de suas vidas, falando sobre a obra de Tarantino. É sensacional e tem de graça no Youtube. Link aqui.

Flashs da fotografia moderna.

Flashs da fotografia moderna.

A Strip Me elencou os 5 fotógrafos mais inovadores e influentes da atualidade para falar sobre a fotografia moderna, que mistura arte, música, cinema e moda.

Algum tempo atrás já rolou um post aqui no blog sobre fotografia e seu lugar na cultura pop. Hoje estamos aqui para falar da fotografia contemporânea, mas sem deixar de lado sua importância histórica (afinal a história está aí, sendo escrita diariamente) e artística. Todo fotógrafo é um artista. Sendo assim, cada um tem sua própria linguagem, estilo, personalidade e discurso. Afinal, cada vez mais as mídias se misturam e cresce a necessidade de cada indivíduo se posicionar frente a suas crenças e princípios.

Seja na moda, no jornalismo ou na mais pura expressão artística, a fotografia tem muitos representantes de talento imenso e estética única. Por isso, aqui separamos 5 dos mais reconhecidos e influentes fotógrafos da atualidade, para você conhecer e se inspirar.

Steven Klein
Klein é da costa leste dos Estados Unidos. Quando jovem, queria ser pintor e se inspirava em Picasso e Francis Bacon. Aos 20 anos migrou as artes plásticas para a fotografia, e logo já emplacou uma celebrada campanha para Christian Dior. Entrou de cabeça no mundo da moda e das celebridades, para poder justamente desvirtua-lo. Passou a explorar o hiper-realismo, a sexualidade e o fetichismo, dando uma cara mais soturna e enigmática para o glamourizado mundo da moda. Se assemelha a Oliviero Toscani, mais pelo discurso e retórica, do que pela estética. Mas certamente se estabeleceu hoje como uma das figuras mais influentes da fotografia fashion.

David LaChapelle
Um fotógrafo instintivo e visceral, LaChapelle despontou através da revista Interview, cujo fundador foi ninguém menos que Andy Warhol. Além de Warhol e a Pop-Art como um todo, LaChapelle é fortemente influenciado pelo surrealismo. Suas fotografias mais famosas se caracterizam pela alta saturação e o encontro da beleza coma bizarrice. Além de ser um fotógrafo de arte muito original e respeitado, ele também é conhecido por fotografar e dirigir vídeo clipes de artistas como Jennifer Lopez, Britney Spears, Avril Lavigne, No Doubt, Whitney Houston, Macy Gray, Blink-182, Elton John, Christina Aguilera eThe Vines. LaChapelle tem trabalhos expostos em galerias de vários países e lançou alguns livros de fotografia artística com suas obras.

Emilio Morenatti
Nascido na Espanha, Morenatti já entrou no hall dos fotojornalistas mais importantes da história. Em 1992 foi contratado pela Agencia EFE, a principal agência de notícias espanhola. Pouco tempo depois mudou-se para Londres, onde se graduou em Fotojornalismo. Pela Associeted Press visitou mais de 50 países cobrindo eventos importantes e muitos conflitos. Em 2009 estava no Afeganistão fotografando uma tropa norte americana quando uma bomba explodiu. Ele foi atingido e teve uma perna amputada. Suas fotografias são marcadas por uma espontaneidade rara de ser registrada, com um cuidado estético único. São fotografias que realmente conseguem comunicar muita coisa sem palavras. Em 2021 ele ganhou o Pulitzer de fotografia por um ensaio que retratava o cotidiano de idosos espanhóis durante a pandemia de Covid-19. Ao receber o prêmio mais importante do jornalismo, ele declarou que trocaria facilmente aquele prêmio por ter sua perna de volta. Para isso, inclusive, até aceitaria queimar toda sua obra.

Annie Leibovitz
Leibovitz tem uma trajetória meteórica. Ainda adolescente, ingressou na San Francisco Art Institute querendo se tornar pintora. Mas logo se envolveu com fotografia e se apaixonou. Aos 20 anos de idade foi contratada pela revista Rolling Stone. O ano era 1970 e seu primeiro trabalho para a revista foi fotografar John Lennon, logo após o anúncio da separação dos Beatles. Com 23 anos de idade ela já era chefe da seção de fotografia da revista, onde trabalhou até 1983. Por lá fotografou os maiores nomes da cultura pop do século XX, sempre com muita personalidade e esmero. Nos anos 80 trabalhou muito com publicidade e também se dedicou a exposições artísticas. Ela foi a primeira mulher a ter suas fotos expostas na National Portrait Gallery, em Washington. Ainda hoje é uma das fotógrafas mais requisitadas do meio musical. Aliás, são delas as imagens mais famosas da lendária turnê dos Rolling Stones nos Estados Unidos em 1975. Ela foi designada para registrar toda a tour e viajou com a banda. Certamente, além de bem sucedida profissionalmente, ela já se divertiu muito.

Cindy Sherman
Cindy Sherman é, acima de tudo, uma questionadora. E faz da sua arte um veículo eficiente e impactante para falar sobre identidade, sociedade, auto aceitação e, principalmente, sobre o papel da mulher como criadora de arte e seu lugar na mídia e na sociedade. A obra de Sherman é essencialmente artística, mas ela chegou a fazer campanhas publicitárias de moda para Jean Paul Gaultier e Rei Kawakubo, o que lhe proporcionou notoriedade e permitiu que ela investisse cada vez mais na sua carreira como artista. Sua obra é marcada por composições onde ela cria cenários e personas para si própria, o que faz com que muitas de suas fotos sejam autorretratos.  Atualmente sua vasta obra fotográfica está exposta em várias galerias e museus ao redor do mundo. Cindy Sherman é considerada a fotógrafa mais audaciosa de sua geração, com uma estética pós modernista, que, sem querer, previu a efemeridade de selfies e fotos postadas em redes sociais.

Não importa que esses soberbos velhotes acadêmicos cheios de si considerem apenas sete as verdadeiras artes do mundo. A saber: Pintura, Escultura, Música, Literatura, Dança, Arquitetura e Cinema. A gente sabe muito bem que a fotografia é uma expressão artística tão poderosa, verdadeira e encantadora quanto todas as outras. Por isso, a Strip Me sempre fez questão de celebrar a fotografia, inclusive com uma coleção super descolada, Camisetas de Foto e Vídeo. Além das clássicas coleções de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais. Tudo isso na nossa loja, onde você pode explorar todas as coleções e ainda ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist toda voltada para o mundo da fotografia, canções que falam sobre o assunto e que funcionam como trilha sonora para apreciar uma boa exposição fotográfica. Fotografia top 10 tracks.

Para assistir: Cindy Sherman, além da fotografia, também se dedicou ao cinema. Dirigiu um único longa metragem. O filme se chama Mente Paranóica, mas o título original funciona bem melhor: Office Killer. O filme é de 1997 e é uma mistura de suspense e comédia. O roteiro chega a ser meio bobo, mas ao que se propõe, até que funciona bem. E, claro, esteticamente é um filme bem legal, com uma fotografia e montagem interessantes.

Para ler: Em 1999 Annie Leibovitz lançou um livro muito impactante. Intitulado Mulheres, o livro conta com um ensaio fotográfico de mulheres dos Estados Unidos, desde juízas da suprema corte até prostitutas de Las Vegas e textos da escritora, crítica de arte e ativista Susan Sontag. Um livro mais que recomendado, fundamental.

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