10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

Determinados elementos são tão marcantes que viram referência. Na cultura pop, bigodes das mais diferentes formas e espessuras viraram verdadeiros ícones. A Strip Me elencou os 10 mais memoráveis.

Conjunto de pêlos faciais que cresce acima do lábio superior e abaixo do nariz. Resumindo muito basicamente, essa é a definição do bigode. Atualmente é meramente estético, mas na antiguidade, já foi símbolo de poder, religiosidade e bravura. Ainda que os primeiros registros mais confiáveis de homens ostentando bigode date do século IX, há indícios que já no Antigo Egito, ele já fosse utilizado. A origem da palavra mustache, bigode em inglês, tem origem no grego helenístico, vindo se transformando ao longo dos séculos. Já a palavra bigode em si tem origem mais interessante. Na Idade Média, os bárbaros germânicos usavam bigodes volumosos e tinham por grito de guerra “Bei Gott!”, ou seja, por Deus. O pessoal da península ibérica associou o grito de guerra aos homens peludos entre a boca e o nariz e passaram a chamar os bárbaros de bigode, que acabou virando a palavra latina para designar o tal conjunto de pêlos faciais.

Já no século XIX o bigode realmente se popularizou, e os homens começaram a explorar cada vez mais diferentes maneiras de ostentá-lo. Um bigode vistoso e bem desenhado era sinal de classe e elegância. E, por fim, o bigode está aí até hoje firme e forte. E durante todo o século XX, com o surgimento da mídia, celebridades e etc, alguns bigodes se tornaram icônicos, marcaram época e foram copiados à exaustão. A Strip Me selecionou os 10 bigodes mais marcantes da cultura pop. Confira.

Friedrich Nietzsche

Ainda que o filósofo alemão seja anterior à cultura contemporânea, fica impossível falar de bigodes e não citá-lo. É amplamente sabido que Nietzsche foi um dos filósofos mais influentes da segunda metade do século XIX. Seus textos críticos à religião, à moral da sociedade em que vivia, e, de certa forma, até mesmo à cultura, fizeram dele um escritor controverso e, ao mesmo tempo inovador. Ele ajudou a moldar o conceito que hoje entendemos por existencialismo. E, acima de tudo, como um bom bárbaro germânico, Nietzsche ostentava um volumoso e imponente bigode que lhe cobria toda a boca, e que se tornou sua marca registrada.

Charlie Chaplin

Sem dúvida o pioneiro da comédia no cinema, Chaplin era multi tarefa. Dirigia, escrevia e atuava. É considerado um dos criadores do cinema e referência para praticamente todo mundo que veio depois dele. Controverso e desafiador, Chaplin nunca assumiu um posicionamento político, mas acabou sendo incluído na famosa e infame Lista Negra de Hollywood no fim dos anos 40, considerado subversivo. Além de sua trajetória de grandes trabalhos, Chaplin acabou imortalizado na imagem de seu mais notório personagem, denominado simplesmente O Vagabundo, mas também conhecido por Carlitos na América Latina. O personagem aparece em vários filmes de Chaplin, sendo os mais notórios deles Luzes da Cidade e O Imigrante. Além do chapéu coco e da bengala de bambu, destaca-se o diminuto, mas marcante bigode, que virou moda nos anos 30.

Salvador Dali

O mestre do surrealismo teve não só sua obra marcada pela excentricidade e brilhantismo, mas teve também uma vida pessoal igualmente excêntrica, além de conturbada e sabidamente controversa. Por exemplo, numa época em que sequer existia o conceito de relacionamento aberto, Dali e Gala, sua esposa, já viviam um casamento aberto sem o menor pudor. Dalí morreu de insuficiência cardíaca em 1989, aos 84 anos, em Figueres, na Espanha, onde foi sepultado. Em 2017 seu corpo foi exumado para obtenção de amostras de DNA, para um processo de paternidade, que deu negativo. E o que mais chamou a atenção é que seu bigode estava intacto! Em 1955 Dali deu uma entrevista à BBC e contou o segredo para um bigode tão espevitado. Ele disse que, após um almoço, estava comendo tâmaras. Com as mãos sujas da fruta, modelou o bigode, que ficou a tarde toda daquele jeito. Foi então que ele decidiu adotar o estilo. Ficou um tempo usando a oleosidade da tâmara, mas depois passou a usar uma cera de origem húngara. Em 2010 uma pesquisa elegeu o bigode de Dali o mais famoso do mundo. Nada mais justo, para um dos artistas mais revolucionários da humanidade.

Charles Bronson

Tanto a carreira de Charles Bronson, como seu bigode acabam ganhando notoriedade por serem ordinários, ou seja, comuns. Já a vida pessoal do ator foi super movimentada. Filho de um casal de lituanos vivendo na Pensilvania, Bronson passou boa parte de sua infância sem falar inglês, foi aprender o idioma depois de adolescente. Serviu o exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial como artilheiro de cauda do bombardeiro B-29, chegando a ganhar a medalha Purple Heart, uma das mais importantes condecorações de guerra. Nos anos 50 ingressou no cinema por acaso, como figurante e foi ficando, ganhando papéis secundários aqui e ali. Fez vários westerns, mas foi na década de 70 que se destacou com os filmes de pouca conversa e muita ação. Seu maior sucesso foi o clássico Desejo de Matar, de 1974. Assim como seu bigode simples e ralo, no filme Bronson interpreta um pacato arquiteto, que tem sua esposa e filha estupradas e vai em busca de vingança. Desejo de Matar teve mais cinco sequências, além disso Bronson estrelou vários outros filmes do mesmo estilo. E seu bigode ajudou a criar essa imagem de tiozinho ranzinza tão cativante.

Freddie Mercury

Com vasta diversidade em cabelos compridos e vistosas costeletas, o rock n’ roll nunca foi tão marcado por bigodes. Claro, teve um ou outro, os Beatles na fase Sgt. Peppers…, Frank Zappa, Lemmy Kilmister (que, a rigor, considera-se bigode e barba). Mas pelo menos um bigode ficou realmente marcado na história do rock. Um bigode espesso e bem desenhado. Claro que estamos falando de Freddie Mercury, a colossal voz a frente da banda Queen. Desde suas primeiras experiências musicais, antes de conhecer Brian May, até seus últimos dias, Freddie Mercury mudou muito de estilo. Usava roupas psicodélicas, depois couro, collants… enfim. Mas a mudança que mais ficou marcada e imortalizou sua imagem foi a do bigode. Segundo um amigo pessoal de Mercury, dois fatores foram determinantes para que ele adotasse o bigode. Primeiro que, em meados dos anos 70, estava se criando nos Estados Unidos uma imagem de homem viril, o popular machão, que ostentava bigode. Essa imagem foi prontamente adotada pela comunidade gay e Freddie Mercury a adotou, pois além de gostar do estilo, o bigode disfarçava seus dentes levemente protuberantes que tanto o incomodavam. Assim, se consolidou o bigode mais emblemático do rock n’ roll.

Tom Selleck

Falar de bigode e não citar Tom Selleck é como falar de guitarra sem mencionar Jimi Hendrix. Sem dúvida Selleck carrega o bigode mais famoso dos anos 80. Protagonista da famosa série Magnum, Tom Selleck inspirou muitos homens a cultivar um espesso e bem aparado bigode. Bigode este que acabou por se tornar sua marca registrada. Em praticamente todos os filmes e séries em que atuou, sempre manteve o bigode, no máximo deixava crescer a barba. Agora imagine você que Selleck foi a primeira opção de Spielberg e George Lucas para interpretar seu personagem recém criado, Indiana Jones. Tratativas chegaram a ser feitas, mas os produtores da série Magnum não o liberaram para filmar o longa Caçadores da Arca Perdida, e o papel acabou caindo no colo de Harrison Ford. Certamente se Indiana Jones tivesse um bigode de respeito como aquele, não ia ter nazista nenhum querendo se meter a besta com ele.

Hulk Hogan

A luta livre é uma das formas mais curiosas de entretenimento que existem. Hoje já não é tão popular, mas entre as décadas de 60 e 80 tinham um público cativo imenso e gerava celebridades conhecidas internacionalmente. É uma mistura de luta com teatro, onde personagens se enfrentam no ringue, executam golpes mirabolantes, sendo que o resultado já é sabido por todos, pois sempre há entre os combatentes o “bom” e o “mau”. Foi nesse contexto que o personagem Hulk Hogan surgiu e transcendeu o ringue, se tornando uma persona, um alter ego, do esportista e ator Terry Gene Bollea. Carismático, Hulk Hogan se tornou a maior estrela da luta livre, além de atuar com frequência em filmes e séries. Seu bigode, que contorna todo o lábio superior e desce até o queixo se tornou sua marca registrada e virou febre nos anos 80, chegando a ter como um de seus imitadores o frontman do Metallica, James Hetfield. No Brasil a luta livre também foi muito popular através do programa de TV Telecatch, onde a estrela era o personagem Teddy Boy Marino, mas sem a mesma imponência do Hulk Hogan por não ter um fio de bigode sequer.

Sam Elliott

Depois de Tom Selleck, Sam Elliott é certamente o ator mais lembrado quando se fala em bigode. Até porque nos quesitos exuberância e volume, o bigode de Elliott é praticamente imbatível. Sam Elliott é aquele tipo de ator que sempre agrada, mas que nunca teve um papel realmente grande, como protagonista. Seus papéis mais marcantes foram no clássico western moderno Tombstone, de 1993 (onde Kurt Russell exibe um belíssimo bigode também), faz aparições cirúrgicas e excelentes no maravilhoso O Grande Lebowski, de 1998, e, talvez seu papel mais marcante, no filme A Star is Born (juntos e shallow now, lembra?) onde sua atuação foi elogiadíssima, rendendo até indicações a vários prêmios, incluindo o Oscar de ator coadjuvante. Enfim, atrás daquele imenso bigode, há um ótimo ator.

Daniel Day-Lewis

E se estamos falando de bigodes no cinema, Daniel Day-Lewis não pode ficar de fora. Ainda que o ator não use bigode frequentemente, pelo menos dois de seus mais célebres personagens ostentavam bigodes memoráveis. Em Sangue Negro, o personagem implacável Daniel Plainview tem um farto bigode que lhe confere seriedade e certo garbo. Já no épico de Martin Scorsese Gangues de Nova Iorque, o personagem Billy The Butcher apresenta o que pode ser considerado o mais imponente e vistoso bigode do cinema. Para além do fato de Day-Lewis ter ganhado o Oscar de melhor ator por ambos os personagens, Billy The Butcher , em especial, tem tamanha densidade e força no filme por combinar o talento de Day-Lewis como ator, com uma estética de época imponente, que inclui um bigode longo, mas bem aparado, com as pontas levemente retorcidas. Realmente um bigode inesquecível.

Frida Kahlo

Dá pra cravar que se trata da maior artista plástica da América Latina. Mulher que passou poucas e boas, viveu intensamente e produziu arte com paixão e talento. Mas, peraí! Mulher num texto de bigode, coisa de homem? Pois é… não é assim que Frida Kahlo fosse bigoduda, mas ela tinha sim um buço mais evidente. E ela própria não se furtava a escondê-lo. Na maioria de seus auto retratos, ela pintava a si mesma evidenciando essa característica. Portanto, em nome da diversidade (e também do bom humor) achamos por bem incluí-la nessa lista. Até porque nunca é demais falar sobre Frida Kahlo e sua obra magnífica. Portanto fica aqui a nossa homenagem a esta grande artista, que se destacou como poucas em universos tão dominados por homens, como o das artes plásticas e do bigode.

Bonus Track: Bigodes Brasileiros

O Brasil também foi prodigioso em gerar homens com bigodes marcantes. Quem viveu a redemocratização na segunda metade dos anos 80 teve que conviver frequentemente na TV, jornais e revistas com aquele largo bigode grisalho do então presidente José Sarney. Ao contrário dele, Rivelino e seu vultuoso bigode deu muita alegria aos brasileiros jogando na seleção tricampeã de 1970, bem como em times como Corinthians e Fluminense. Para encerrar, não há no Brasil bigode mais famoso e imponente que o de Belchior, sem dúvida um compositor único bem como seu bigode.

Quando uma promessa é feita “no fio do bigode” significa que é um compromisso de honra, que não precisa de assinatura. A origem da expressão é incerta, mas reza a lenda que, em algum momento da história, quando dois homens precisavam selar um acordo, arrancavam cada um um fio de seu bigode para demonstrar boa fé ou confiança. Portanto, é no fio do bigode que a Strip Me garante as melhores e mais confortáveis camisetas, que são perfeitas para qualquer rolê, do churrasquinho à balada. São camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas as coleções e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com grandes canções interpretadas por célebres bigodudos. Bigode top 10 tracks.

Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

O humor é marca indelével de todo o catálogo da Strip Me. Seja uma piada descarada ou uma ironia discreta, as nossas camisetas unem estilo e bom gosto com muito bom humor. Por isso, não podemos deixar de falar sobre comédia e seus variados gêneros. E hoje a bola da vez é o stand up comedy.

O riso é uma reação complexa que começa no cérebro. Quando algo engraçado é percebido, o cérebro processa essa informação e desencadeia a resposta, o riso. A região do cérebro conhecida como córtex pré-frontal é a responsável por interpretar o humor. Quando uma situação é percebida como engraçada, essa informação é enviada para o sistema límbico, a área do cérebro associada às emoções. Dentro desse sistema, a amígdala e o hipotálamo desempenham papéis cruciais. A amígdala ajuda a regular as emoções e respostas emocionais, enquanto o hipotálamo coordena as reações físicas do riso, como a contração dos músculos faciais e a ativação dos sistemas respiratório e vocal. Ao rir, os batimentos cardíacos aumentam um pouco, o que melhora a circulação sanguínea, e a hipófise, uma glândula no cérebro, produz e libera a endorfina, um hormônio delícia que promove bem estar e prazer.

Muitas vezes o riso desperta de maneira involuntária. O que nos leva a crer que desde que o ser humano se entende por gente, sacou que rir é uma parada bem gostosinha e começou a criar situações engraçadas, para rir e se sentir bem. A comédia, portanto, é tão antiga quanto a humanidade e vem se desenvolvendo desde as pinturas rupestres até as plataformas de streaming. E, no meio disso, pintou a tal stand up comedy. A grosso modo, a comédia stand up surgiu nos Estados Unidos no começo do século XX com os apresentadores, ou mestres de cerimônia, de feiras de variedades, que faziam umas piadolas antes de apresentar os artistas. Se formos cavar um pouco mais fundo, podemos encontrar suas sementes plantadas nos espetáculos de vaudeville do final do século XIX, mas acaba que é quase a mesma coisa.

Na virada dos anos 50 para os anos 60 que a parada começou pra valer. Caras como Lenny Bruce e Bill Cosby se tornaram famosos se apresentando apenas fazendo observações cômicas sobre o cotidiano e sobre si mesmos. Clubes de comédia como o The Comedy Store em Los Angeles e o The Improv em New York se tornaram trampolins para comediantes que surgiam, como Woody Allen, George Carlin, Andy Kaufman, Richard Pryor, Steve Martin e muitos outros. A televisão logo viu potencial nessa turma e o legendário programa Saturday Night Live, por exemplo, virou um antro de comediantes de stand up. Nos anos 80 o gênero perdeu força, mas nunca chegou a desaparecer. Nos anos 90 uma nova geração de comediantes trouxe o stand up para as cabeças de novo, graças a Jerry Seinfeld, que inseriu o stand up numa sitcom irresistível. Paralelamente, e surfando na onda de Seinfeld, vieram grandes comediantes como Ellen DeGeneres, Tim Allen, Chris Rock e Ray Romano. Daí em diante, a popularização da TV à cabo e, posteriormente, os streamings deram a liberdade que esses artistas precisavam para filmar seus shows e se tornarem cada vez mais populares no mundo todo. Inclusive no Brasil.

Apesar de pouco popular, e sequer reconhecido pelo nome de comédia stand up, o gênero já rolava em terras tupiniquins desde os anos 70. O primeiro a fazer um show nos moldes do stand up por aqui foi o genial Zé Vasconcelos. Em seguida, Jô Soares e Chico Anysio também começaram a fazer shows no mesmo estilo. Mas a coisa virou mesmo só no começo dos anos 2000. Entre 2004 e 2005 surgem os primeiros grupos de stand up em São Paulo e no Rio de Janeiro, com comediantes veteranos como Marcelo Mansfield e Márcio Ribeiro e jovens talentos como Rafinha Bastos, Diogo Portugal, Fábio Rabin e Fábio Porchat. Uma década depois, uma nova geração revoluciona o gênero e dá, de fato, um tempero brasileiro ao stand up, com uma linguagem mais dinâmica, interações frequentes com a platéia e um foco maior em histórias pessoais. Dessa nova geração, se destacam nomes como Afonso Padilha, Igor Guimarães, Thiago Ventura, Bruna Louise e outros.

Na era dos streamings ninguém investe mais na comédia stand up do que a Netflix. A plataforma produz e veicula especiais de comédia do mundo inteiro e tem uma extensa lista de ótimos shows em seu catálogo. Para concluir esta singela celebração a este gênero tão delicioso da comédia, a Strip Me selecionou 6 shows do catálogo da Netflix para te recomendar, 3 gringos e 3 brasileiros. Confere aí.

Wanda Sykes – Not Normal 2019

Abrindo a lista com chave de ouro, a brilhante Wanda Sykes apresenta aqui um show verborrágico e engraçadíssimo, mas sempre com um subtexto corrosivo de crítica social e política. De todos os comediantes da atualidade, Sykes é quem chega mais perto do estilo feroz de George Carlin. É um show ideal para quem revira os olhos e não disfarça o desânimo quando alguém começa a falar das benesses do liberalismo e de como a meritocracia é importante.

Maurício Meirelles – Levando o Caos 2020

O título do especial de comédia de Maurício Meirelles não poderia ser mais apropriado. Seu texto de pouco mais de uma hora aborda tantos assuntos diferentes, que passa realmente a impressão de ser algo caótico. Entretanto, o comediante conduz tudo com muita firmeza e coesão, e com ótimas piadas! Ele se equilibra bem entre temas espinhosos como feminismo e drogas, intercalando com situações de sua vida pessoal. É uma ótima pedida para quem tem um churrasquinho marcado no fim de semana e quer chegar apavorando com umas opiniões descoladas e engraçadinhas sobre o cotidiano.

Ricky Gervais – Armageddon 2023

Podemos estabelecer, de cara, que Ricky Gervais é um dos melhores comediantes da atualidade, certo? Ok. Além de filmes e séries (incluindo aí The Office), Gervais lança com certa periodicidade seus especiais de stand up. E Armageddon, o mais recente, é simplesmente excelente! Nele Gervais aborda o fim dos tempos, que seria basicamente o tempo presente. Ou seja, o homem evoluiu, conquistou o planeta, dominou os outros animais… E agora se ofende com palavras! Ele costura com brilhantismo críticas à cultura woke e outras alucinações com memórias de sua infância. Show mais que recomendado para quem ouve as músicas da fase racional do Tim Maia e acha que até tem um fundo de verdade ali naquelas letras.

Bruna Louise – Demolição 2022

Bruna Louise carrega o mérito de ser a primeira mulher brasileira a ter um especial de comédia na Netflix. Também é considerada um dos grandes nomes do stand up comedy no Brasil. E isso de maneira geral, não só entre mulheres. Este seu solo, entitulado Demolição porque chega justamente para quebrar tabus (a começar pela conquista de ter seu especial na plataforma), é carregado de feminismo, sim senhor. Mas nem precisa achar ruim, porque Bruna Louise tem um ótimo texto e boas piadas, bem amarradas através de experiências pessoais e histórias hilárias de relacionamentos amorosos. Show que cai como uma luva para a galerinha que curte bloquinho do Baixo Augusta e que se recusa a admitir que leu algum livro do Monteiro Lobato na infância.

Richard Pryor – Live in Concert 1979

Pryor é um gênio. Ator estupendo e comediante mordaz. Este show é uma aula de stand up comedy. Ao assistí-lo você vai se dar conta que todo mundo que veio depois tem Richard Pryor como referência. Tem de tudo nessa apresentação. Humor físico que influenciou caras como Robin Williams, piadas de protesto que inspiraram Chris Rock, humor negro que encantou Dave Chappelle… tudo com um ritmo alucinante e timing perfeito para cada piada que Pryor vai soltando aos montes. Show indispensável para pessoas que falam que precisam acordar cedo pra não ir pra balada, mas ficam assistindo filme dos anos 80 pela milhonésima vez na TV.

Afonso Padilha – Alma de Pobre  2020

Sem dúvida Afonso Padilha é o mais workaholic dos comediantes brasileiros. O que é ótimo, porque seu texto é muito bem acabado e muito, mas muito engraçado mesmo! Quando ele se mete a falar de qualquer assunto, ele pesquisa antes, vai atrás pra saber como é… e volta com um amontoado de ótimas piadas a respeito. Neste show, no entanto, ele trocou a pesquisa pela sua própria vivência, e conta com muita graça como as pessoas que eram pobres e enriqueceram (ele incluso) não perdem uma certa essência de pobre, que pode soar pejorativa a princípio, mas ao longo do show se prova o oposto disso. Show ideal para quem já tem grana suficiente para pagar Spotify Premium sem reclamar, mas ainda compra requeijão no copo de vidro, só pra poder reutilizar o copo depois.

Bonus Track

Poderíamos aqui citar muitos outros especias de comédia de artistas incríveis. Por exemplo, o impagável show de 1999 do Chris Rock, entitulado Bigger and Blacker, onde ele destila um texto hilário e contundente sobre racismo e que está disponível na HBO Max. Ou ainda o excelente show Tá Embaçado, do Fábio Rabin, lançado ano passado na Amazon Prime Video, onde Rabin apresenta um texto envolvente sobre vários dilemas da sociedade moderna. Mas a bonus track em questão aqui é um show de 2022 produzido pela Netflix chamado The Hall, onde é criado uma espécie de Hall of Fame para comediantes, e 4 comediantes já falecidos são homenageados por 4 colegas ainda em atividade. assim, temos George Carlin, Robin Williams, Joan Rivers, e Richard Pryor sendo homenageados por Jon Stewart, John Mulaney, Chelsea Handler, e Dave Chappelle. Vale a pena demais conferir.

Pois é. A comédia nada mais é do que um espelho, mas um desses espelhos que aumentam tudo, deixando na cara todas as qualidades e todos os defeitos ali refletidos. E esse espelho pode estar voltado para a sociedade ou para o próprio comediante. E a Strip Me, muitas vezes se faz valer desse espelho, para criar camisetas incríveis que vão acabar deixando você bem na fita em qualquer situação. Em todas as nossas coleções, você vai encontrar pitadas generosas de bom humor, seja nas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas, games e tantas outras. Cola lá na nossa loja pra conferir e ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist hilariante só com músicas engraçadinhas. Comédia Top 10 tracks.

Top 10: Os melhores filmes de Almodóvar.

Top 10: Os melhores filmes de Almodóvar.

Histórias únicas, personagens complexos e uma paleta de cores vibrante fazem de Pedro Almodóvar um cineasta único. A Strip Me hoje celebra a obra de mais este grande mestre da sétima arte ao elencar seus 10 melhores filmes.

La Movida Madrileña foi um movimento cultural de renascimento e liberdade. A Espanha viveu, de 1939 a 1975, uma ditadura truculenta, que, entre outras atrocidades, perseguia e calava artistas que ousavam se expressar livremente. Com a morte do ditador Francisco Franco, a Espanha voltou a ser uma democracia e finalmente as pessoas experimentavam o sabor da liberdade. Um dos movimentos mais conhecidos deste período foi a Movida Madrileña, um grupo de artistas de Madri que produziam uma arte moderna e cheia de vida, que explorava sem pudor temas como sexualidade, família, drogas e costumes. O maior expoente deste movimento foi o cineasta Pedro Almodóvar.

Nascido em 24 de setembro de 1949, na pequena cidade de Calzada de Calatrava, na Espanha, Pedro Almodóvar cresceu em uma família modesta. Sua infância foi marcada por um desejo incontrolável de contar histórias, e ele logo percebeu que a melhor forma de fazer isso era através do cinema. Nos anos 70, Almodóvar mudou-se para Madri, onde mergulhou na vibrante cena cultural da cidade. Foi nesse período que ele começou a fazer seus primeiros curtas-metragens com uma câmera Super-8. Ele mesmo fazia de tudo: roteirizava, dirigia e, se precisasse, até atuava! Naturalmente o cinema europeu já se distingue das produções hollywoodianas por ter um ritmo diferente, uma dinâmica de cenas mais bem elaborada e usar muito mais de ironia e sarcasmo no texto. Mas Almodóvar vai além, porque tem como marca registrada uma fotografia ousada e cheia de cores, além de histórias aparentemente simplórias, mas riquíssimas e carregadas de significados, além de construir muito bem seus personagens.

Almodóvar tem mais de 20 filmes no currículo, mais de 40 se juntarmos longa e curta metragens. Mas para sintetizar a genialidade deste mestre, a Strip Me selecionou os 10 melhores filmes de sua filmografia para comentar aqui. Confira.

Julieta (2016)

Julieta marca o retorno de Almodóvar a sua boa forma depois de alguns trabalhos pouco inspirados e um hiato no trabalho pra uma cirurgia nas costas. Trata-se de um filme típico de Almodóvar, porém com um clima mais contemplativo e ausência daquele humor cáustico que permeia suas boas obras. Culpa, fracassos, abandono e mentiras marcam este drama familiar denso e muito bem executado. Destaque para a fotografia, sempre impactante e as atuações arrasadoras de Emma Suárez e Adriana Ugarte.
Onde assistir: Mubi, Apple TV

Abraços Partidos (2009)

Uma verdadeira viagem sensorial e uma declaração de amor ao cinema. Em Abraços Partidos Almodóvar se permite ser auto referente e até zombar de si mesmo em certos momentos. O longa conta a história de um diretor que fica cego durante uma de suas produções mais aguardadas, cuja protagonista é uma atriz casada com um milionário magnata do cinema e tem uma vida pessoal cheia de percalços. Aliás, Penélope Cruz entrega aqui uma atuação apaixonante. É um filme delicioso, que consegue dar leveza a dramas palpáveis. Um filmaço!
Onde assistir: Mubi

Carne Trêmula (1997)

Carne Trêmula marca o amadurecimento de Almodóvar como diretor. Ele se consagrou com um cinema cheio de cores, roteiros recheados de dramalhões temperados com humor, foco em personagens femininas e uma estética kitsch. Aqui, Almodóvar apara as arestas, evita exageros e entrega um filme sóbrio, com uma história muito bem contada, com muitas camadas, uma construção de personagens masculinos mais profunda e uma fotografia de muito bom gosto. Um filme maravilhoso onde Almodóvar prova ser um cineasta versátil e sensível.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime

Má Educação (2004)

Almodóvar nunca fez um filme explicitamente autobiográfico, mas muito de suas experiências de vida permeiam seus roteiros. Má Educação talvez seja o filme onde as experiências pessoais do diretor mais apareçam. Além de ser homossexual, Almodóvar foi educado na infância em colégios católicos. Ele próprio afirmou que o filme não se trata de uma vingança e que não tem nada contra a igreja católica, mas tem lá suas críticas a fazer. De fato, críticas religiosas ficam á margem numa trama muito bem escrita de relacionamentos complicados, emoções dúbias e comportamentos duvidosos de personagens de moral questionável. Um filme brilhante, com uma atuação magistral de Gael Garcia Bernal.
Onde assistir: Netflix

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988)

O filme que fez Almodóvar ficar conhecido no mundo todo, pode facilmente ser considerado uma subversão genial do gênero comédia romântica, que se cristalizava à época no cinema norte americano depois de clássicos como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e Procura-se Susan Desesperadamente. Mulheres À Beira de Um Ataque de Nervos é uma comédia sensacional! Caótico, histriônico, com um texto excelente e uma história bem amarrada, além de trazer a estética do cinema europeu, mas com uma pegada mais dinâmica, típica dos filmes de Hollywood. Um filme imperdível! Ah, sim, e também o filme que apresentou ao mundo o sempre excelente Antonio Banderas.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime

Dor e Glória (2019)

Metalinguagem define bem Dor e Glória. Um filme onde podemos entender quem é Pedro Almodóvar através do personagem Salvador Mallo. Neste roteiro intimista e delicado, Almodóvar não expõe suas próprias vivências, mas deixa muito claro os paralelos entre a vida do protagonista do filme e sua própria. O longa retrata a vida de um diretor de cinema cansado, que interrompeu sua vida profissional por problemas de saúde, e que começa a confrontar algumas memórias e momentos do passado. Salvador Mallo é interpretado por Antonio Banderas, talvez em sua melhor performance já vista, realmente arrebatador. Filmaço mega recomendado!
Onde assistir: Apple TV

Volver (2006)

Volver é um filme impecável! Almodóvar promove uma verdadeira ode às mulheres, expondo suas forças e fraquezas com sensibilidade, sem paternalismo. Penélope Cruz, Carmen Maura e Lola Dueñas estão irrepreensíveis, atuando com leveza e muita química. Na trama, duas irmãs voltam ao vilarejo onde cresceram para o velório de uma tia, mas acabam se deparando com o fantasma de sua mãe e precisam lidar com alguns dramas familiares antigos. Apesar da temática fúnebre, é um filme inspirador e divertido, com um roteiro excelente e uma estética exuberante, com muitas cores fortes e ângulos abertos, que tão berm caracterizam o trabalho único de Almodóvar.
Onde assistir: Netflix

A Pele que Habito (2011)

Numa das primeiras entrevistas sobre o lançamento de A Pele que Habito, Almodóvar disse que sempre quis fazer um filme de terror sem sustos ou gritos. Nesta versão moderna e um pouco deturpada de doutor Frankenstein, é exatamente isso que Almodóvar entrega. Um filme sinistro, denso e impactante, sem necessariamente causar reações histéricas no expectador. No filme, um médico amargurado pela morte da esposa se dedica a construir a pele perfeita, capaz de resistir à dor, misturando DNA humano com suíno. Claramente, sua intenção é recriar a sua mulher por meio da ciência. Aqui Almodóvar dá um passo adiante em sua carreira de cineasta ao deixar de lado as fórmulas que o consagraram para conceber um filme ótimo, com a sua assinatura, mas com outra linguagem.
Onde assistir: HBO Max, Amazon Prime

Tudo Sobre Minha Mãe (1999)

Um dos filmes mais premiados de Almodóvar, incluindo o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Tudo Sobre Minha Mãe é realmente uma obra de arte. Acima de tudo, traz um roteiro sensível e envolvente, muito bem escrito e com boas pitadas de ironia ao abordar temas polêmicos. O filme conta a saga de uma mãe cujo filho acaba de falecer. O jovem queria conhecer seu pai, mas morreu antes de fazê-lo, e a mãe vai em busca deste pai, um travesti que sequer sabia da existência do filho. É uma trama complexa e densa, é verdade. Mas Almodóvar consegue contar essa história com maestria, equilibrando como ninguém as emoções e falando com naturalidade sobre sexualidade, maternidade, perda e individualidade. Uma preciosidade do cinema!
Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV

Fale com Ela (2002)

Apesar de ser esteticamente o filme mais ousado e deslumbrante de Almodóvar, Fale com Ela rendeu ao cineasta seu segundo Oscar, mas apenas na categoria Melhor Roteiro Original. Não à toa. Realmente é um roteiro brilhante! Instigante, dramático, cheio de lirismo e sentimento e, acima de tudo, com uma história bem contada, sem pontas soltas e envolvente. A trama gira em torno de dois homens que se conectam por estarem cada um cuidando de um mulher em coma. Encontros e desencontros fazem deste filme uma obra única. Com cenas lindíssimas, uma montagem dinâmica e fotografia primorosa, Fale com Ela é um afago na alma, uma expressão pura e inquestionável de arte.Se é este o melhor filme de Almodóvar? É sim, sem sombra de dúvida.
Onde assistir: Netflix

Bem vindo ao mundo de Almodóvar, onde a vida é uma tela cheia de cores, emoções e histórias incríveis. A obra de Almodóvar é desafiadora, imponente e inovadora. Para a Strip Me é uma fonte inesgotável de inspiração. Basta dar uma olhada na nossa coleção de camisetas de cinema para confirmar. Além, é claro, das nossas camisetas de arte, música, cultura pop, games e muito mais. Na nossa loja você confere todas as nossas coleções, além das camisetas básicas e os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist delícia com algumas das músicas mais marcantes dos filmes de Almodóvar! Almodóvar top 10 tracks.

Cadastre-se na Newsletter
X

Receba nossos conteúdos por e-mail.
Clique aqui para se cadastrar.