Samba rock: o que é, quem inventou e os 10 discos essenciais.

Samba rock: o que é, quem inventou e os 10 discos essenciais.

No embalo do mês do rock, a Strip Me traz o rock à brasileira por excelência. O samba-rock começou na década de 1950 e segue sendo uma das mais genuínas expressões artísticas do Brasil. Saiba tudo sobre este gênero aqui.

“Eu só boto bebop no meu samba quando o Tio Sam tocar um tamborim. Quando ele pegar no pandeiro e na zabumba, quando ele aprender que o samba não é rumba. Aí eu vou misturar Miami com Copacabana, chiclete eu misturo com banana e o meu samba vai ficar assim. Olha aí o samba-rock, meu irmão!” Ironicamente a primeira menção ao termo samba-rock se encontra nesta música de 1959, um dos grandes clássicos da música brasileira, interpretada pelo mestre Jackson do Pandeiro. E a ironia é que a canção é justamente um manifesto em prol da pureza do samba contra os estrangeirismos que invadiam o Brasil naquela época, exigindo que, se é pra rolar essa fusão, que seja feita igualmente. Nem mesmo ritmicamente a música remete ao gênero. Ainda assim, pode ser considerada um dos pontos de origem do samba-rock. Hoje a Strip Me dá uma geral no samba-rock, com suas origens, principais nomes e os 10 discos essenciais do gênero.

No passinho.

O samba-rock é um caso interessante, onde a dança veio antes que a música. Anos antes de Jorge Ben eternizar sua batida de violão inigualável no clássico Samba Esquema Novo, já rolavam em São Paulo grandes bailes, onde pessoas de classe média e classe baixa se divertiam e dançavam ao som dos grandes sucessos internacionais e brasileiros da época. Em meados dos anos 50 os melhores salões de baile da cidade de São Paulo eram animados por grandes orquestras e prevalecia um elitismo descarado, com segregação racial e tudo. Já os bailes frequentados pelas classes menos abastadas eram animados por grandes sistemas de som, onde rolavam os discos de sucesso do momento. Como era comum rolar um rock e depois um samba no som, o pessoal começou a misturar os passos de dança. Principalmente os negros que frequentavam esses bailes, começaram a desenvolver passos de twist e rock no ritmo do samba. E isso virou febre, essa nova dança acabou chegando no Rio de Janeiro e ganhou o nome de samba-rock.

Tudo Ben.

Se a gente quiser ser muito técnico e racional, podemos dizer que o samba-rock é um samba onde a acentuação rítmica é alterada, sendo o compasso do samba, que é binário (2/4), adaptado ao compasso quaternário (4/4) do rock. Além disso, é marcante o uso de guitarra, baixo e bateria, com o adicional de alguma percussão e naipe de metais. Mas como toda arte realmente expressiva e original, tudo aconteceu naturalmente, de maneira instintiva.

É senso comum que quem realmente inventou o samba-rock foi Jorge Ben Jor (à época conhecido apenas como Jorge Ben). O próprio já contou em entrevistas que, sendo um músico autodidata, acabou desenvolvendo uma batida de violão única ao tentar emular o violão bossanovista de João Gilberto. Isso fez com que ele tivesse uma batida de violão mais suingada e sincopada, que ficava entre a bossa nova e o rock. Apesar do disco de estreia de Jorge Ben, Samba Esquema Novo, ser um clássico absoluto, com músicas como Mais que Nada e Chove Chuva, seus 4 primeiros discos são discos mais convencionais, de samba e bossa nova. Foi em 1969, com o disco entitulado simplesmente Jorge Ben, que Jorge conscientemente começou a lapidar seu estilo, criando algo novo. Neste disco estão hits como País Tropical, Que Pena (Ela Não Gosta Mais de Mim), Charles Anjo 45, Take it Easy My Brother Charles e Cadê Tereza. E o samba-rock seria cristalizado definitivamente como gênero musical distinto no antológico disco de 1974 A Tábua de Esmeralda, onde Jorge Ben realmente alcança seu auge criativo.

10 discos essenciais do samba-rock.

Jorge Ben (1969) A Tábua de Esmeralda (1974) África Brasil (1976)

Jorge Ben Jor estabeleceu os fundamentos do samba-rock nesses 3 discos. No disco de 1969 ainda encontramos muitos elementos, incluindo as bases rítmicas, mais voltadas para o samba, mas tanto na temática das letras quanto nos arranjos, dá pra sacar algo mais. São canções mais ensolaradas e empolgantes. N’A Tábua de Esmeralda Jorge Ben já consolidou uma cadência singular e arrebatadora. A real é que convencionou-se chamar o gênero de samba-rock, simplesmente por misturar a música brasileira com elementos da música negra norte americana, o rock aí incluso. Mas, além do rock, também o soul e o funk fazem parte dessa mistura. A Tábua de Esmeralda já abre com uma levada de violão irresistível, que nada mais é do que um samba funkeado. E o disco todo tem essa toada, com composições brilhantes. Em África Brasil Jorge Ben atinge um nível altíssimo de qualidade em suas canções. Um disco conceitual muito bem elaborado onde, através de canções como Ponta de Lança Africano, Taj Mahal, Xica da Silva, A História de Jorge, África Brasil (Zumbi), Jorge Ben se conecta seus ancestrais e conta a história dos negros no Brasil. É um disco irretocável.

Di Melo – Di Melo (1975) Cheio de Razão – Bebeto (1978) Branca Mete Bronca – Branca di Neve (1987)

Como já foi dito, o samba-rock também tem em seu DNA muito do soul e funk. E foram artistas mais ligados nesse tipo de som que embarcaram na onda do samba-rock, alguns com mais ênfase no groove, o que deu uma nova cara ao estilo. Por isso, o disco do pernambucano Di Melo figura entre os mais relevantes não só do samba-rock, mas da música popular brasileira dos anos 70. Com grandes canções, Di Melo mescla ritmos e estilos com naturalidade. O disco em questão, seu primeiro LP, ainda hoje é reverenciado pela sua inventividade, sendo sampleado por muitos DJs mundo afora. Já com o pé mais fincado no samba, Bebeto foi outro que entendeu bem a mensagem de Jorge Ben e conseguiu conceber um disco delicioso de se ouvir, cheio de suíngue e boas melodias. O percussionista Branca di Neve foi outro que soube como poucos compor grandes canções com muito sambalanço. Branca di Neve era paulista e fez parte do lendário grupo Os Originais do Samba, além de ter sido músico de apoio de artistas como Toquinho e Nara Leão. Depois de toda uma vida dedicada a tocar com outros artistas, somente no fim dos anos oitenta resolveu gravar suas próprias composições. Branca Mete Bronca é uma aula de samba-rock.

Por Pouco – Mundo Livre S/A (2000) Samba Esporte Fino – Seu Jorge (2001) Samba Rock – Trio Mocotó (2001)

A excelente banda Mundo Livre S/A tem sua existência completamente ligada ao movimento manguebeat e ao rock mais convencional. Ainda assim, em seu quarto disco de estúdio acabaram por cometer uma obra que reverencia e referencia o samba-rock e, em especial, Jorge Ben Jor. Com letras impactantes, as canções vão além do suíngue do samba-rock ao incorporar também elementos de hip hop e outros estilos. Uma obra prima que abre as portas do século XXI na música brasileira com muita classe. No ano seguinte Seu Jorge lança seu primeiro disco, uma obra arrebatadora. Puxado pelo hit Carolina, é um disco saborosíssimo, desses que não dá vontade de pular nenhuma faixa. Compositor de mão cheia, Seu Jorge usa o samba-rock, o soul e a gafieira pra enfileirar grandes canções, a maioria exaltando o Rio de Janeiro. No mesmo ano, o legendário Trio Mocotó retornou às atividades depois de um hiato de décadas. E aqui estamos falando de verdadeiros mestres do samba-rock, afinal o grupo foi a banda de apoio de Jorge Ben entre 1969 e 1971, para em seguida seguir carreira solo. O Trio Mocotó gravou com Jorge Ben os discos Jorge Ben (1969), Força Bruta (1970) e Negro é Lindo (1971). Em 1973 a banda lançou seu primeiro disco próprio, que teve boa repercussão na mídia, mas não vendeu muito e a banda se separou em seguida. Voltaram só em 2001 com um disco arrebatador e irresistível. Excelentes canções executadas com brilhantismo e uma produção moderna e vigorosa! Um disco fundamental.

Gil & Jorge – Gilberto Gil e Jorge Ben (1975)

Mais do que um disco essencial para entender o samba-rock, Gil & Jorge é um disco monumental da música brasileira, cuja história da concepção do álbum é das mais pitorescas. No início de 1975 calhou de vir passar uns dias de férias no Brasil ninguém menos que Eric Clapton. André Midani, diretor da gravadora Philips, ao saber da notícia, logo tratou de organizar uma festinha para o guitarrista inglês, contando com vários dos artistas brasileiros contratados da gravadora. Lá estavam Caetano Veloso, Rita Lee, Gilberto Gil e Jorge Ben, entre outros. Festa rolando, eis que pintam uns instrumentos e uma jam é iniciada. Em certo ponto, só estão Clapton, Gil e Jorge Ben, o primeiro com uma guitarra o os outros dois com violões, rolando altos improvisos. Mas logo Clapton desiste de tocar, um pouco incomodado. O fato é que os improvisos de Gil e Jorge, com ritmos cambaleantes e harmonias truncadas deram um nó na cabeça do guitarrista inglês. A dupla seguiu improvisando em cima de temas já existentes e também criando novos. No dia seguinte à festa, Midani reservou alguns horários num dos estúdios da gravadora e fez com que Gilberto Gil e Jorge Ben reproduzissem aquela jam com uma banda de apoio e que tudo fosse gravado. Assim surgiu o disco antológico Gil & Jorge. E, de fato, é um disco fenomenal.

Assim como o gênero musical segue firme e se renovando, o samba-rock enquanto dança também ainda resiste e é praticado em salões por todo o país. Definitivamente uma expressão cultural brasileira única, riquíssima e recheada de boas histórias. Um prato cheio para instigar e inspirar a Strip Me. Vem conferir a nossa coleção de camisetas de música e de brasilidades pra se conectar com esse sambalanço gostoso. Aproveita pra dar uma olhada nas coleções de camisetas de arte, cinema, cultura pop, bebidas, games e muito mais. No nosso site, além disso tudo, você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist cheia de suíngue com o que tem de melhor no samba-rock! Samba-rock top 10 tracks.

As 5 edições mais polêmicas do Rock in Rio.

As 5 edições mais polêmicas do Rock in Rio.

A recente polêmica envolvendo o Rock in Rio e os sertanejos é mais uma na coleção de várias tretas que o festival acumula em seus 40 anos de existência e 9 edições realizadas. Conheça aqui as mais marcantes.

Sem dúvida o Rock in Rio é o festival de música mais importante do Brasil. Fez história em 1985 para além do showbiz, sendo um dos símbolos da redemocratização do país. De lá pra cá, se vão 40 anos (vá lá… 39) e 9 edições recheadas de histórias, concertos memoráveis, momentos inusitados e, é claro, muita treta! Sabendo que o que o brasileiro gosta mesmo é de ver o circo pegar fogo, a Strip Me separou as 5 edições mais recheadas de tretas e polêmicas do Rock in Rio pra te contar.

Rock in Rio 1 (1985)

Na real, a primeira edição de festival teve várias tretas, mas muito por conta do amadorismo e, até certo ponto, ingenuidade por parte dos organizadores de um evento daquela magnitude no país. Uma das tretas mais famosas dessa edição foi o estrelismo do Freddie Mercury, que exigia que por onde ele passasse nos bastidores, os corredores deveriam estar vazios. Então sempre tinha alguém a frente dele, pedindo que artistas e técnicos que confraternizavam nos corredores, entrassem em seus camarins para que passasse a rainh… quer dizer, o vocalista do Queen. Em um desses momentos, enquanto Mercury passava, ouvia-se um coro vindo de dentro das salas: “Bicha! Bicha! Bicha!”. Outra treta foi protagonizado por Erasmo Carlos. A organização do festival teve a brilhante ideia de colocar o Tremendão para tocar antes de Whitesnake e Iron Maiden. Pra piorar, o ingênuo Erasmo quis homenagear os metaleiros usando uma roupa de couro preta cheia de tachinhas. Agora imagina um tiozão fantasiado de metaleiro tocando Gatinha Manhosa diante de uma horda enfurecida de adolescentes cabeludos esperando o Iron Maiden. O Tremendão deixou o palco debaixo de uma saraivada de cusparadas e vaias.

Rock in Rio 2 (1991)

A segunda edição do festival também foi cercada de barracos e polêmicas. A começar pela escolha do local. Ao contrário da primeira edição, realizada num campo aberto, um descampado nos arredores do Rio de Janeiro, a edição de 1991 rolou no estádio do Maracanã. Essa foi a primeira das grandes tretas daquele ano. Alguns laudos feitos no ano anterior por conta do campeonato brasileiro de futebol indicavam que alguns pontos da estrutura do estádio estavam comprometidos e o estádio chegou a ser interditado uma semana antes do festival acontecer. Porém, o jeitinho brasileiro se fez presente e a organização do Rock in Rio conseguiu liberar o estádio e, ainda bem, não aconteceu nenhum acidente grave. Algumas bandas brasileiras se recusaram a participar do festival, fazendo críticas pesadas na imprensa sobre o descaso com os artistas nacionais e privilégios dos gringos. Barão Vermelho, Caetano Veloso e Legião Urbana, foram os que mais fizeram críticas. Já os artistas brasileiros que tocaram, realmente sofreram com a falta de apoio. Muitos fizeram shows ruins por não terem feito passagem de som, ter espaço de palco bem reduzido e etc. E teve também uma treta com os Guns n’ Roses, que quase desistiram de tocar horas antes de subir ao palco, quando ficaram sabendo que seu show seria transmitido por uma estação de rádio local. Mas no fim deu tudo certo, e eles fizeram um dos melhores shows daquela edição.

Rock in Rio 3 (2001)

Para a terceira edição, a equipe do Rock in Rio achou melhor voltar para onde tudo começou. O mesmo terreno onde havia acontecido a edição de 1985. Mas isso não evitou que muitas tretas acontecessem, principalmente porque, ao tentar organizar melhor e colocar tudo em pratos limpos, os organizadores oficializaram o que tanto havia acontecido em 1991. Constava nos contratos que as bandas brasileiras não teriam direito a passar som, interferir na montagem do palco ou escolher que horário preferiam tocar. O resultado foi um boicote das principais bandas brasileiras que se apresentariam, como O Rappa, Skank, Raimundos, Cidade Negra e Charlie Brown Jr. Outra treta foi a inclusão de uma noite teen , que contaria com artistas como N’Sync, Britney Spears e Sandy & Júnior. Os puristas do rock ficaram ressentidos com a inclusão desses artistas. Pra piorar, aquela turma das bandas brasileiras do boicote ficaram sabendo que a dupla Sandy & Júnior receberia um cachê bem maior do que o acertado com os outros artistas brasileiros. Britney Spears protagonizou pelo menos duas polêmicas em sua apresentação. Primeiro que ela foi muito criticada por utilizar playback em vários momentos, mas o mais engraçado foi que, em certo momento de sua apresentação, ela vai para o backstage para uma troca de roupa. Ela usava um microfone desses de headset, e acabaram deixando o microfone dela aberto e toda a conversa dela com a produção nos bastidores foi ouvida pelo público e transmitida ao vivo pela TV, incluindo ela xingando e criticando sua própria equipe.

Rock in Rio 8 (2019)

O tempo é o melhor professor. Indiscutivelmente a organização do Rock in Rio aprendeu muito com os erros do passado e, ao longo dos anos, foi alinhando melhor sua relação com artistas, melhorando sua infra estrutura e investindo cada vez mais para que o público possa viver uma grande experiência. Mas, a edição de 2019 voltou a ter um número acima da média de tretas e polêmicas. Uma delas é uma polêmica que sempre perseguiu e continua perseguindo o festival: a crítica a outros gêneros musicais. Em 2019, a presença de artistas do funk e rap em larga escala fez muita gente xingar muito no Twitter. E boa parte das polêmicas daquele ano giraram em torno desse núcleo. O Rock in Rio 8 foi marcado por muitas manifestações políticas do público, contra o então presidente Jair Bolsonaro e em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco. Durante o show do Black Eyed Peas, uma das principais atrações, Will.i.am disse, em inglês, claro, que amava bossa nova. Porém, sua pronúncia das palavras bossa nova saiu embolada. O público entendeu que ele havia mencionado Bolsonaro e desabou em vaias e xingamentos. Anitta também causou polêmica. Após forte apelo de seu público, ela não foi escalada para tocar na sétima edição do festival, em 2017. Mas em 2019 estava lá e causou geral. Ficou marcada sua frase “Vocês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda no Rock in Rio?” Por fim, uma das atrações mais importantes do festival, o rapper Drake também fez o clima desandar ao proibir que seu show fosse transmitido pela TV, coisa que já estava até acordada em contrato. O bonitão quase não sobe ao palco e conseguiu barrar a transmissão. Sujeitinho bem antipático…

Rock in Rio 10 (2024)

O Rock in Rio 10 só vai rolar daqui dois meses, do dia 13 ao dia 22 de setembro. Mas a porrada já está lambrando desde já internet afora! O que acontece é que muito gente está criticando o line up do festival. O Rock in Rio comemora este ano seus 40 anos. Sim, a primeira edição foi em 1985, e os 40 anos completos seria só ano que vem, mas como o festival já vem de uma programação de rolar a cada dois anos e tal, acaba que a celebração foi adiantada alguns meses. A treta já começou quando os primeiros headliners foram sendo anunciados, e o público sentindo falta do rock. Confirmaram Mariah Carey, Ed Sheeran, Cindy Lauper, Katy Perry… e, até então, nenhum megadethzinho pra alegrar a turma. Já com praticamente todas as datas fechadas, o dia 21 de setembro ainda se mantinha vazio, e era a esperança dos roqueiros, daquele ser o dia do metal ou algo assim. Para desgosto desse pessoal, o dia 21 foi anunciado como o Dia Brasil, e vai contar com atrações nacionais apenas. Sepultura, Ratos de Porão, Angra… ? Nada disso! Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Luan Santana! É a primeira vez que artistas sertanejos participam do evento. E a internet veio abaixo! Muita gente vem dizendo que é um absurdo que o festival que traz o rock no nome, ao celebrar seus 40 anos e 10 edições não só não valorize o rock, como inclua sertanejos no line up. Uma verdadeira afronta, é o que dizem. A treta ainda segue movimentando as redes sociais. E quem acha que não tem nada de rock no Rock in Rio, saiba que estão confirmada as bandas Avenged Sevenfold, Evanescence e os veteranos da banda Journey, sim, aqueles da música Don’t Stop Believing. O Rock in Rio 2024 parece ter optado por não ter nenhuma banda de rock pesado, mas compensa mantendo um clima pesadíssimo nas redes sociais.

No fim das contas, em qualquer evento grande, que envolva muita gente, muitos artistas de egos inflados e fãs coléricos, a chance de sair tretas e polêmicas é praticamente 100%. Em especial o Rock in Rio, em praticamente todas as edições, as críticas mais frequentes são justamente referentes à inclusão de outros gêneros musicais que não o famigerado rock. Conclui-se portanto que o erro foi de quem criou o festival, lá em 1985, e botou a palavrinha rock no nome. Se fosse Music In Rio, não estaríamos aqui nos deliciando com tanta polêmica. E além de não dispensar uma boa fofoquinha com um cafézinho coado e bolo de fubá, na Strip Me todo mundo é entusiasta de grandes festivais e apaixonado por música! Isso pode ser facilmente constatado nas nossas coleções de camisetas de música, cultura pop e brasilidades, além das camisetas de arte, cinema, bebidas, games e muito mais. Na nossa loja você confere tudo isso e ainda fica por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o que de melhor passou pelos palcos do Rock in Rio ao longo desses 40 anos. Rock in Rio Top 10 tracks.

Para assistir: A Globoplay produziu uma série documental de 5 episódios bem legal sobre o festival. Rock in Rio – A História, foi lançado em 2022 e vale a pena conferir. Tem entrevista de muita gente bacana e várias histórias interessantes.

8 atributos que justificam a majestade absoluta de Madonna na música pop.

8 atributos que justificam a majestade absoluta de Madonna na música pop.

Ousada e icônica, ela é a própria definição da reinvenção. A Strip Me apresenta 8 argumentos irrepreensíveis que explicam porquê Madonna é a rainha do pop, conquistando o mundo com sua música, estilo e atitude inconfundíveis.

Madonna é uma dessas artistas inexplicáveis, difíceis de serem definidas. Mas se a gente dissecar sua vida e obra, camada por camada, vamos descobrir que o que torna Madonna tão especial é sua habilidade de se reinventar a cada era. Ela não apenas segue as tendências, ela as define. Dos trajes provocantes à espiritualidade de Like a Prayer, passando pela música eletrônica de Ray of Light e chegando à exploração das sonoridades latinas em Music, Madonna sempre esteve à frente de seu tempo.

Aos 66 anos, Madonna continua a desafiar as expectativas e a quebrar barreiras. Fazendo turnês, produzindo música e se engajando em causas sociais, ela esbanja uma energia inigualável e vai deixando um legado brilhante e imortal. Para reforçar isso tudo, a Strip Me traz 8 faces da personalidade de Madonna que justificam seu status de rainha.

Mulher de família.

Apesar do que muita gente pensa, Madonna não é apelido, é nome mesmo. Ela nasceu Madonna Louise Ciccone em 16 de agosto de 1958. Foi batizada com o mesmo nome da mãe, que também ao contrário do que se pensa, não era italiana, mas sim franco-canadense. O pai dela sim era descendente de italianos. É a terceira de seis filhos que o casal Madonna e Silvio tiveram. Porém, a mamãe Madonna faleceu aos 30 anos, vítima de um câncer, quando Madonna filha tinha apenas cinco anos de idade. Madonna cresceu muito ligada à família, que era toda católica, o que viria a influenciar sua música e opiniões controversas no futuro. Madonna foi casada duas vezes e tem seis filhos, sendo dois deles biológicos e quatro adotivos. Suas relações familiares dizem muito sobre sua carreira. Madonna sempre foi crítica ao fanatismo religioso e ativista humanitária.

Rock n’ Roll Girl.

Desde nova Madonna já apresentava aptidão para as artes, dançava e cantava. Adolescente, ouvia tudo que tocava no rádio. Eram os anos 70 e a música negra de James Brown, Sly and The Family Stone e muitos outros, dominava o dial. Com 20 anos de idade e 35 dólares no bolso, Madonna se despediu da família em Bay City, cidade provinciana do estado de Michigan, para ser dançarina profissional em New York. Foi a primeira vez que ela viajou de avião e, chegando em NY, pela primeira vez andou de taxi. Em New York ela fez parte de alguns grupos de dança, até que começou a namorar um músico e passou a conhecer a cena punk e new wave da cidade. Logo montou uma banda com o namorado, chamada Breakfast Club, onde tocava bateria, e guitarra em uma ou outra música. A banda durou pouco e, em seguida ela entrou em outra banda, chamada Emmy, onde desta vez ela era vocalista e guitarrista. Madonna sempre afirmou que consome e gosta de todo tipo de música, mas sempre coloca Debbie Harry e Chrissie Hynde como suas grandes influências.

Rainha dos anos 80.

Mas Madonna começou pra valer seu reinado quando abandonou a banda Emmy e decidiu tentar uma carreira solo apostando em suas próprias composições. Ela então conseguiu assinar com a Sire Records, um selo vinculado ao grupo Warner, que lançou Ramones, Talking Heads, Blondie e tantos outros artistas da cena novaiorquina. Seu primeiro disco, Madonna, lançado em 1983, já chegou de cara ao top 10 da Billboard, impulsionado peplo hit Holiday. Em 1984 sai Like a Virgin e Madonna é realmente alçada ao estrelato. Em 1986 True Blue vende como água contendo clássicos como Papa Don’t Preach e La Isla Bonita. A década é encerrada com o lançamento do polêmico Like a Prayer em 1989, que, além de tudo, teve participação do Prince. Em resumo, Madoona se sagrou a artista que mais vendeu discos na década de 80, emplacando dezenas de hits entre 1983 e 1989. Ali começou o reinado que ninguém conseguiu tirar dela até hoje (e nunca vão tirar).

Empresária de sucesso.

Madonna entrou na década de 90 como uma das maiores artistas do mundo, faturando alto com seus shows e discos. Ao invés de torrar essa grana toda, ela investiu em alguns imóveis e fundou uma empresa multimídia chamada Maverick. A empresa engloba vários setores de mídia como uma gravadora (Maverick Records), uma produtora de filmes (Maverick Films), edição de livros, edição de música, uma divisão de discos latino (Maverick Musica) e uma produtora de televisão. Assim, ela passou a lançar seus discos de maneira quase independente, só dependendo de uma grande gravadora (no caso, a Warner) para distribuição. O primeiro lançamento da empresa foi justamente o polêmico disco Erotica. Além disso, Madonna ganha dinheiro co produzindo filmes, fazendo lançamentos no segmento da moda em parceria com H&M e Dolce & Gabbana, e abrindo até uma rede de academias chamada Hard Candy Fitness com unidades por todo Estados Unidos e outros cinco países. Além disso tudo, ela também investe em obras de arte, adquirindo originais de Fernand Legér, Tamara de Lempicka, Frida Kahlo e Pablo Picasso.

Ativista.

Por desde a adolescência ser questionadora dos dogmas da igreja católica e conviver no meio artístico, Madonna desenvolveu uma noção de empatia por minorias como a comunidade gay. Logo que começou a ter maior autonomia, passou a produzir cada vez mais músicas e vídeo clipes provocativos e questionadores. Com o tempo passou a também a atuar em prol do combate à pobreza, fundando a instituição Raising Malawi. Além disso, sempre se declara a favor da comunidade LGBTQIA+, já ajudou organizações de assistência a portadores do HIV, e defendeu grupos feministas. Madonna também é vegetariana e defende frequentemente este hábito, que faz parte de um discurso que defende a sustentabilidade do meio ambiente e o cuidado com os animais.

Multi-Mulher.

Madonna entendeu logo que entrou no mundo do showbiz que fazer só o básico do que esperam de um artista não é suficiente. Assim, ela se dedicou a muitas outras atividades além da música. Pra começar, assim que conquistou sucesso na música, Madonna já voltou sua atenção para o cinema. Entre 1985 e 2006 ela atuou em mais de dez filmes, e em 2008 estreou como diretora, assinando o filme Filth and Wisdom. Em 2011 repetiu a dose dirigindo o longa W.E. Madonna também se aventurou no munda da literatura infantil escrevendo uma série de 5 livros chamada As Rosas Inglesas. Isso tudo sem falar no seu lado empresarial. Madonna é incansável!

Recordista.

Tanto trabalho tem que gerar algum resultado, né? O primeiro, claro, é financeiro. Madonna é uma das mulheres mais ricas e bem sucedidas do mundo. E, sendo a música o foco principal de sua vida profissional, claro que ela acabou acumulando alguns recordes na indústria musical. Madonna entrou para o Guinnness Book, o livro dos recordes, em 2023, ao atingir a marca de 400 milhões de álbuns vendidos. Com isso, Madonna se tornou a artista feminina mais vendida da história, e, no geral, ficou atrás apenas dos Beatles, Elvis Presley e Michael Jackson. Em 1993 colocou 120 mil pessoas dentro do estádio do Maracanã, o maior público para quem ela já se apresentou até hoje. Com suas turnês gigantescas, é a artista que mais vendeu ingressos de shows na história da música pop! Ou seja, qualquer superlativo utilizado para se referir à Madonna é justificado.

Influente.

Bom, não precisamos nem dizer que se não fosse pela Madonna não existiriam Britney Spears, Lady Gaga, Rihanna, Dua Lipa e muitas outras cantoras pop. Mas Madonna é mais do uma figura influente entre artistas. Ela ajudou a moldar a cara dos anos 80 e 90 ao se preocupar tanto com a estética de seus videoclipes, o figurino que usava em shows e nos filmes. Ajudou a criar um perfil de mulher mais independente, bem resolvida com sua sexualidade e decidida a romper com o patriarcado e machismo que vigoraram tanto até os anos 90, e vêm arrefecendo desde as duas últimas décadas. Que nos perdoem mulheres incríveis como Billie Holiday, Carole King, Joan Baez e Janis Joplin, mas não existe umas mulher no mundo que tenha exercido maior influência artística e de comportamento do que Madonna.

Pronto! Está mais do que justificada a majestade soberana de Madonna. A mulher que reinventou o conceito de diva pop, que começou com lá atrás com as pin-ups e atrizes como Marilyn Monroe. A maior cantora dos últimos 40 anos. Diante de um reinado tão virtuoso, só resta à Strip Me se curvar e prestar sua reverência. Por isso, dentro da nossa coleção de camisetas de música, você vai encontrar, claro, algumas estampas fazendo referência à Madonna, pra você arrasar no look quando for pro show da diva aqui no Brasil. E tem também as nossas coleções de arte, cinema, cultura pop, brasilidades e muito mais. É só colar no nosso site pra conferir e ficar por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana.
Vida longa à rainha!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o crème de la crème da obra da Madonna. Madonna Top 10 tracks.

8 fatos que você precisa saber sobre o Blink-182.

8 fatos que você precisa saber sobre o Blink-182.

O Lollapalooza está chegando! E com ele o aguardadíssimo show da banda Blink-182. Para preparar o espírito para esse momento memorável, a Strip Me te conta 8 fatos interessantes sobre o trio mais engraçadinho do punk rock.

Blink-182, a banda que tornou “What’s my age again?” o hino dos eternos adolescentes em todo o mundo. Formada por Mark Hoppus, Tom DeLonge e Travis Barker, a banda passou com competência e muito bom humor pela porta do mainstream, aberta pelo Green Day e Offspring. Assim, conquistou uma legião de fãs com seu punk rock entusiasmado e letras irreverentes. E justamente envelhecer parece que não foi fácil para o trio, que ficou famoso, além da música, por aprontar mil travessuras fora dos palcos e não levar a vida nada a sério. Mas, por fim, parece que tudo foi se ajeitando. A banda foi ícone teen, foi desprezada e tida como vendida pelos punks, mas foi amadurecendo e ganhando o respeito da crítica musical e da cena punk. Hoje é uma das bandas com os shows mais disputados do mundo.

E, finalmente chegou a vez do Brasil conferir esse show, depois de três tentativas frustradas da banda vir para a terra tupiniquim. Isso graças ao festival Lollapalooza, que desde 2012 nos brinda com shows incríveis e toda a estrutura de um grande festival. Era para a banda ter tocado ano passado no festival, mas acabou cancelando sua vinda, mas para este ano o show está garantidíssimo! Para te ajudar a ir esquentando os motores para este show tão esperado, a Strip Me conta 8 fatos para você ficar conhecendo melhor Mark Hoppus e sua turma.

Blink antes do 182.

A banda foi formada por um trio de amigos adolescentes, ainda no colégio, em 1992. Quando começou a realmente ser levada a sério por seus integrantes, Mark Hoppus, baixo e voz, Tom DeLonge, guitarra e voz, e Scott Raynor, bateria, a banda foi batizada Blink. Em 1994 lançam seu primeiro disco, Cheshire Cat. Mesmo lançado de forma independente, o disco chama atenção. Tanto que a banda é processada por uma banda da Irlanda com o mesmo nome. Para evitar uma treta judicial, eles decidem colocar um número da na frente do nome. Surge Blink-182. De onde veio esse número, ninguém sabe. Provavelmente os caras acharam que soava bem. Mas ao longo do tempo, deram várias explicações malucas. Por exemplo, dizem que 182 é o peso de um dos integrantes da banda em libras, ou que 182 é o número de vezes em que Al Pacino diz “fuck” no filme Scarface.

A escolha.

No início de 1993 a banda Blink começava a crescer para além dos arredores de San Diego, California, onde se originou. A banda tomava cada vez mais tempo dos três jovens. Mark Hoppus tinha uma namorada ciumenta nessa época, que lhe deu um ultimato: “A banda ou eu!” E por algumas semanas, quase dois meses, ele escolheu a namorada. Mas, um tempo depois, sentiu saudade da sua turminha do barulho, mandou o namoro às favas e retomou seu lugar na banda bem a tempo de gravar a demo que daria origem ao seu primeiro disco.

Dança das baquetas.

Scott Rayner manteve o posto de baterista do Blink-182 até 1998. Em 1996 a banda dava o que falar e as gravadoras estavam desesperadas procurando um novo Green Day. O trio de San Diego acabou assinando com uma major ainda naquele ano, e em 1997 lançaram seu segundo disco, Dude Ranch, que fez um baita sucesso nos Estados Unidos. A fama fez com que Rayner perdesse as estribeiras e afundasse feio na bebida. Depois de algumas mancadas e sumiços em dias de show, Hoppus e DeLonge o expulsaram da banda. Por sorte, eles excursionavam com uma banda chamada The Aquabats, cujo baterista era um prodígio. Para não deixar Hoppus e DeLonge na mão em um show, o baterista Travis Barker, aprendeu a tocar o repertório do Blink-182 em uma tarde. E não saiu de trás dos tambores da banda desde então.

Enema of the State.

E foi em 1999 que o Blink-182 ganhou o mundo, com um disco inspirado e aquele empurrãozinho maroto da MTV. Os clipes de What’s My Age Again?, All the Small Things e Adam`s Song bombaram no mundo inteiro e o punk adolescente voltou para as cabeças. O disco Enema of the State teve duas capas diferentes. A primeira tiragem do disco saiu com o nome da banda com “B” maiúsculo e uma cruz vermelha no chapéu da enfermeira na capa. O trio preferia a grafia do nome com todas as letras minúsculas. Na mesma época a Cruz Vermelha, entidade internacional de saúde, ameaçou processar a gravadora pelo uso de seu símbolo de forma pejorativa, quase obscena, segundo a entidade. Para evitar confusão, foi retirada a cruz do chapéu da enfermeira, e uma nova tiragem do disco saiu com a capa com o nome da banda escrita em letras minúsculas e o chapéu sem a cruz. Aliás, a enfermeira em questão era ninguém menos que Janine Lindemulder, uma estrela em ascensão do cinema pornô na época, o que explica o desconforto do pessoal da Cruz Vermelha. Pra completar, o título do disco é um trocadilho malicioso com a expressão “enemy of the state”(inimigo do estado, ou do governo). A palavra “enema”, que substitui “enemy”, significa em português esperma. Trocadilho típico de quinta série. De fato, what’s my age again?

O preço da fama.

Enquanto a fama e popularidade da banda escalavam em alta velocidade, sua credibilidade dentro da comunidade punk despencava. Enquanto todas as bandas punks no começo do século vinte e um produziam músicas de protesto, incluindo os outrora adolescentes meio bobocas do Green Day, o Blink-182 saía na capa da revista CosmoGirl (a versão norte americana da Capricho) e ganhava o prêmio Nickelodeon’s Kids’ Choice Award. Realmente ficava difícil levar os caras a sério. E isso acabou sendo um ponto de virada, pois o trio ficou realmente incomodado com isso e resolveu mudar.

Amadurecimento.

Em 2003 a banda lançou seu quinto álbum. Intitulado simplesmente Blink-182, o disco mostrava que a banda realmente amadureceu, trazendo novos elementos à sua música, para além dos power acordes rápidos, soando ora como uma banda indie noventista, ora como uma banda new wave dos anos oitenta. O disco chegou a ser comparado com The Police e U2, mas os integrantes da banda afirmam que na época estavam ouvindo muito The Cure, o que ajudou a inspirá-los a escrever letras mais confessionais e questionadoras. Nessa mesma época, para mostrar que estava realmente querendo fazer as pazes com o mundo, durante uma turnê no Reino Unido, o trio foi até a Irlanda e fez questão de conhecer a tal banda Blink, que quase os processou na época do lançamento do Cheshire Cat. Mas essa fase paz e amor durou pouco. Em 2005 a banda anuncia que estava se separando.

Travis Barker nas asas do destino.

Em 2008 Travis estava num avião particular com mais cinco pessoas. Sobrevoando o estado da Carolina do Sul, o avião teve uma pane, pegou fogo e caiu. Apenas Travis e mais um rapaz amigo dele sobreviveram. O baterista teve 68% do seu corpo com queimaduras severas. O acidente fez com Barker adquirisse uma verdadeira fobia a aviões. Mas também fez com que ele e Hoppus voltassem a se falar depois de três anos sem se verem. Começava ali o retorno da banda. E, graças ao esforço e apoio de sua esposa, a socialite Kourtney Kardashian, Travis superou seu medo e voltou a viajar de avião em 2001, facilitando muito a vida da banda, que até então voltara a tocar e se esforçava para fazer turnês sem depender de aviões.

Vindas frustradas ao Brasil.

Já superado o trauma, ao contrário do que dizia Belchior, não foi por medo de avião que Travis Barker não pôde vir tocar no Lollapalooza Brasil em 2023, mas sim porque ele teve um problema nas articulações dos dedos das mãos e teve que passar por uma cirurgia. O show da banda acabou sendo cancelado meio em cima da hora. Mas não foi a única vez que o trio californiano ameaçou vir, mas não veio. Em 2004 DeLonge disse numa entrevista que a banda faria uma turnê mundial e passaria pela América do Sul no segundo semestre de 2005. Criou-se uma grande expectativa, que acabou frustrada com a declaração da separação da banda no começo de 2005. Já em 2001, a banda estava cotada para tocar no Rock In Rio e chegou até a ser anunciada como uma das atrações, mas acabou não rolando. Em uma entrevista ao ex-Malhação André Marques, no extinto programa Video Show, DeLonge disse que estava tudo certo para a banda participar do festival, mas Axl Rose não aceitou que o Blink-182 tocasse na mesma noite que ele, certamente com medo de o Guns n’ Roses fosse eclipsado pela performance magnífica do trio de San Diego. DeLonge disse isso sério e, depois de uma breve pausa, riu e disse que estava de sacanagem e que não sabia por quê a banda tinha sido retirada do line up do festival. E mesmo sem o Blink-182, naquele ano Axl Rose foi às lágrimas no palco.

Enfim, o Blink-182 é uma banda realmente cativante. Seja pelo seu bom humor, ou pelas suas ótimas canções, ou pelas duas coisas juntas. Blink-182 é puro barulho, diversão e arte. Uma banda dessa não ia ficar de fora da trilha sonora da Strip Me, que tem não só o Blink-182, mas também outras bandas punk representadas na excelente coleção de camisetas de música, onde tais bandas são apresentadas em estampas originais e super descoladas. E tem também as coleções de camisetas de cinema, arte, cultura pop, bebidas, games e muito mais. No nosso site você confere isso tudo e ainda fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com o que há de melhor na discografia do Blink-182. Blink-182 Top 10 tracks.

Para ler: Altamente recomendável o livro Travis Barker. Vivendo a Mil, Enganando a Morte e Batera, Batera, Batera, a autobiografia de Travis Barker, livro lançado em 2016 pela editora Ideal. Numa narrativa envolvente o baterista conta sua vida, as idas e vindas da banda e seu traumático acidente de avião.

8 Curiosidades sobre a banda Red Hot Chilli Peppers.

8 Curiosidades sobre a banda Red Hot Chilli Peppers.

De volta ao Brasil para cinco shows, os incansáveis Red Hot Chilli Peppers são uma das bandas mais queridas do mundo. Para entrar no clima dos shows, a Strip Me traz 8 curiosidades, pra você ficar sabendo tudo sobre a banda.

Já se vão 40 anos desde quando os amigos Anthony Kiedis, Hillel Slovak, Flea e Jack Irons trocaram o nome de sua banda, de Tony Flow & The Miraculous Masters of Mayhem para Red Hot Chilli Peppers. De lá pra cá muita coisa mudou. A formação que teve idas e vindas, incluindo uma morte trágica, as mudanças de estilo, a discografia de 13 discos, as turnês intermináveis mundo afora e toda uma história de persistência, superação e, acima de tudo, talento! Se os Red Hot Chilli Peppers são hoje uma das maiores bandas em atividade da história da música pop, é porque a jornada desses caras foi intensa, e o que não faltam são histórias pra contar.

Neste mês de novembro, os Chilli Peppers estão de volta ao Brasil para cinco shows, que certamente serão memoráveis. Pra você entrar no clima e curtir esses shows, seja ao vivo, seja pela TV ou internet, a Strip Me te conta 8 curiosidades essenciais sobre a banda, pra você sacar o segredo dessa receita de sucesso apimentada.

1. Formações da banda.

Tudo começou com Anthony Kiedis, Flea, Hillel Slovak e Jack Irons. Slovak e Irons também eram parceiros em outra banda. Em 1984, às vésperas de gravar o primeiro disco dos Chilli Peppers,  Slovak e Irons abandonam Kiedis e Flea, para se dedicarem a sua outra banda. O primeiro disco foi gravado por Kiedis no vocal, Flea no baixo, Jack Sherman na guitarra e Cliff Martinez na bateria. Em 1985, rolam umas tretas e Kiedis expulsa Sherman e convence Slovak a voltar. Kiedis, Flea, Slovak e Martinez gravam o Freaky Style em 1985. Em 1986 Martinez sai e Jack Irons volta. Nessa época um integrante nefasto entra na banda: a heroína. A formação original grava em 1987 The Uplift Mofo Party Plan. Em 1988 Hillel Slovak morre de overdose de heroína. Arrasado, Jack Irons sai da banda. Kiedis passa por um curto período numa rehab. Ainda no fim daquele ano, Kiedis e Flea retomam a banda em memória de Slovak e convocam D.H. Peligro para a bateria e DeWayne McKnight para a guitarra. Atritos pessoais fazem com que McKnight não dure dois meses. Em seu lugar entra um jovem talentoso e fã dos Chilli Peppers chamado John Frusciante. Peligro, que também tinha seus problemas com drogas, é demitido. Em seu lugar entra Chad Smith. Tida como a formação clássica da banda, Kiedis, Flea, Frusciante e Smith gravam os discos Mother’s Milk e Blood Sugar Sex Magik, em 1989 e 1991 respectivamente. Em 1992, arrasado pelos excessos da fama, Frusciante sai da banda. Arik Marshall é contratado às pressas para a banda dar sequência nos shows. Mas ele não agrada Kiedis, que o demite e coloca em seu lugar Jesse Tobias, que também não dura mais de um mês como guitarrista da banda. Em 1993 entra Dave Navarro, que grava o disco One Hot Minute em 1995, e sai da banda em 1998, por tretas pessoais e, mais uma vez, abuso de drogas. Recuperado do vício, é Frusciante quem reassume a guitarra na banda. Com ele, a banda grava Californication, 1999, By The Way, 2002, e Stadium Arcadium, 2006. Em 2007 Frusciante inclui Josh Klinghoffer na banda como para tocar guitarra base, teclado e backing vocal. Em 2008 Frusciante sai da banda deixando Klinghoffer em seu lugar. Com Klinghoffer a banda grava I’m With You, 2011, e The Getaway, 2016. Em 2019 foi anunciada pela banda a saída de Klinghoffer e o retorno de Frusciante. Mais uma vez reunida, a formação clássica lança dois discos em 2022, Unlimited Love e Return of The Dream Canteen, e é como a banda se apresenta no Brasil neste mês.
Ufa!

2. RHCP no Brasil.

Os shows de novembro de 2023 marcam a décima vinda dos Chilli Peppers ao Brasil. A primeira vez foi 10 anos atrás, em 1993. A banda vinha ao lado de Nirvana, Alice In Chains, L7 e outros, para o Hollywood Rock. Na época era Arik Marshall quem tocava guitarra na banda. Depois disso, vieram em 1999, 2001, 2002, 2011, 2013, 2017, 2018 e 2019. Na maior parte das vezes a banda veio para participar de grandes festivais, como Lollapalooza e Rock in Rio. Mas desta vez estão vindo por conta própria, para 5 shows, no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.

3. RHCP e o cinema.

Pouca gente sabe, mas Anthony Kiedis e Flea tem uma forte ligação com o cinema. Já atuaram em vários filmes, e Anthony Kiedis, particularmente, tem uma relação ainda mais próxima porque seu pai trabalhava em alguns estúdios de Hollywood e, desde cedo ele tinha contato com várias celebridades em sua casa. Para se ter ideia, uma das primeiras babás que ele teve, ainda bem pequeno, foi ninguém menos que a cantora e atriz Cher! Kiedis atuou em pelo menos 7 filmes, todos pouco conhecidos e sem grande expressão, com exceção de Caçadores de Emoção, de 1991, protagonizado por Keanu Reeves e Patrick Swayze. Já Flea atuou em quase 30 filmes, em alguns fazendo pequenas pontas e em outros com personagens mais marcantes. Sua primeira aparição foi no filme Vidas Sem Rumo (The Ousiders), de ninguém menos que Francis Ford Coppola. Ele também atuou em alguns outros filmes clássicos como De Volta para o Futuro, como um dos capangas de Biff, O Grande Lebowski e Medo e Delírio.

4. A música dos Chilli Peppers.

Não dá pra cravar que os Red Hot Chilli Peppers inventaram um novo estilo. O tal funk rock já vinha sendo feito pelo Funkadelic, basta ouvir o seminal disco Maggot Brain, de 1971, para se ligar nisso. Além do mais, bandas como Devo e Talking Heads, ali pelo fim dos anos 70, também se engraçavam com o soul e o funk, misturando-os com elementos do pós punk. Mas os Chilli Peppers conseguiram elevar o funk rock a um novo patamar, graças às diferentes influências de seus integrantes. Frusciante tem uma bagagem de hard rock, além de sua devoção pela obra de Jimi Hendrix. Anthony Kiedis, na adolescência, esteve envolvido com o pessoal do hip hop, que começava a frutificar em Los Angeles no começo dos anos 80. Flea era trompetista e amante do jazz quando garoto, na juventude se encantou com James Brown, e Chad Smith vem de uma formação eclética de rock n’ roll e música negra. E todos eles foram criados dentro da cena do punk californiano, indo aos shows do Black Flag, Germs, Dead Kennedys e Circle Jerks. Um caldeirão musical que só poderia render uma música de altíssima qualidade e com frescor de novidade, mesmo não tendo nada de tão novo assim.

5. O Elemento Frusciante.

Os Chilli Peppers já passaram por várias fases diferentes, onde sua música sofreu impacto considerável. Há quem considere Freaky Style e The Uplift Mofo Party Plan como as obras definidoras do som da banda, por conta da guitarra frenética de Hillel Slovak. Há quem prefira a pegada rock de Dave Navarro. O estilo mais contido de Klinghoffer até que gerou bons resultados. Mas indiscutivelmente, os momentos de maior inventividade e brilhantismo dos Chilli Peppers se deram quando John Frusciante empunhava a guitarra na banda. Os dois discos mais bem sucedidos da banda e considerados clássicos inquestionáveis do rock mundial tiveram participação ativa de Frusciante na concepção. A saber, os discos Blood Sugar Sex Magik e Californication. O talento e criatividade do guitarrista fica evidente em seus discos solo, mas quando ele une suas qualidades ao talento dos outros 3 chilli peppers, temos uma música de altíssimo nível e com muito potencial pop. Que nos perdoem os guitarristas que já passaram pela banda. Mas o Red Hot Chilli Peppers de verdade tem John Frusciante na guitarra.

6. Blood Sugar Sex Magik e revolução.

O disco Blood Sugar Sex Magik foi lançado no mítico ano de 1991, quando o rock passou por uma revolução avassaladora. O som hedonista e afetado de bandas como Guns n’ Roses e Skid Row foi atropelado pelos gritos inconformados de Kurt Cobain, mas também pelo ritmo alucinante e irresistível dos Chilli Peppers. O disco é irretocável, recheado de singles de sucesso, e tudo isso se deve á união simbiótica entre a banda e o produtor Rick Rubin. Enquanto a banda se ocupou de escrever melodias e letras, Rubin foi meticuloso ao explorar timbres e ambiências. A guitarra de Frusciante em músicas como The Power of Equality e Suck My Kiss são impressionantes. Tem peso, saturação, mas uma definição marcante. O baixo de Flea em Give it Away e Mellowship Slinky in B Major, por exemplo tem um som potente, a bateria de Chad Smith é brilhante, com sons de bumbo e caixa memoráveis! Rick Rubin seguiu produzindo discos dos Chilli Peppers por muitos anos. Mas foi neste disco que a engrenagem, realmente começou a funcionar. E o som de Blood Sugar Sex Magik instantaneamente se tornou referência e inspiração para incontáveis bandas que viriam a seguir.

7. Californication e redenção.

Não por acaso, os dois discos mais importantes de toda a carreira dos Chilli Peppers marcam pontos de virada na indústria musical, mas também na vida dos integrantes da banda. O caso de Californication é emblemático porque representa realmente a redenção da banda. O caso mais evidente é de Frusciante, que estava fora da banda e afundado no vício de heroína, a ponto de Flea encontra-lo quase à beira da morte. Do outro lado, Anthony Kiedis também lutava contra seus próprios demônios e, após a banda praticamente se separar por conta das brigas com Dave Navarro, ele viajou para a Índia, para uma intensa recuperação. Voltou limpo e preparado para ajudar Frusciante. Assim, os Chilli Peppers se reergueram com um disco confessional, honesto e, acima de tudo, irresistível! A fórmula infalível desenvolvida em Blood Sugar Sex Magik pela banda e Rick Rubin foi aprimorada em Californication! E praticamente metade do disco virou hit, colocando mais uma vez os Chilli Peppers como uma das bandas mais influentes e respeitadas para uma nova geração quer surgia ao alvorecer do século vinte e um. Além da força musical, Californication marca uma fase de estabilidade e amadurecimento dos integrantes da banda, em especial Frusciante e Kiedis, que, desde então, não tiveram mais episódios de envolvimento com drogas e mantém uma vida produtiva e saudável.

8. 2022 e o surto criativo.

O ano de 2019 terminou com a notícia de que Klinghoffer estava fora e Frusciante estava de volta aos Chilli Peppers. 2020 começou cheio de esperança e com os Chilli Peppers prometendo disco novo, compondo incansavelmente, até que em março… tudo parou. Um ano depois, com o mundo se vacinando e retomando a vida, os Chilli Peppers também voltaram a se reunir e compor. E compuseram muito, mas muito mesmo! No início de 2022 lançaram o disco Unlimited love, com 17 canções. No segundo semestre do mesmo ano, mais um disco é lançado, com mais 17 canções inéditas, o disco Return of the Dream Canteen. Numa entrevista Chad Smith admitiu que a banda sempre compunha material extra para seus discos, ou seja, sempre ficam umas canções de fora. Mas depois da pandemia e tudo, eles pensaram: ˜Qual o sentido de ficar guardando essas canções?” E eles realmente estavam compondo numa quantidade impressionante e canções com qualidade. Assim, decidiram lançar dois discos com quase vinte músicas cada, no mesmo ano. O que só nos permite concluir uma coisa: Dos Red Hot Chilli Peppers você pode esperar qualquer coisa!

Para conhecer em detalhes toda a trajetória do Red Hot Chilli Peppers, se liga no dossiê sobre a banda em duas parters, que publicamos aqui no blog ano passado.
Dossiê RHCP parte 1
Dossiê RHCP parte 2

De fato, os Chilli Peppers são encantadores! Não só uma banda com músicas arrebatadoras, divertidas e dançantes, como também um grupo de pessoas inspiradoras, verdadeiras e talentosas! Tal qual a Strip Me, os Chilli Peppers são barulho, diversão e arte! E o que mais a gente pode querer nessa vida? Por isso, nós temos camisetas inspiradas e referenciando a vida e obra dos Red Hot Chilli Peppers, que são lindas e ideais para você curtir em qualquer rolê e, é claro, nos shows da banda! É só dar uma olhada no nosso site, na coleção de camisetas de música. Aí você aproveita e já confere as camisetas de cinema, arte, cultura pop, bebidas, e muito mais! Além disso, na nossa loja você também fica por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Claro, uma playlist no capricho com o que de melhor os Chilli Peppers fizeram, mas aqui vamos priorizar a produção da banda tendo o Frusciante como guitarrista. RHCP Top 10 Tracks.

Para ler: O livro Acid for the Children é a autobiografia de Mike Balzary, mais conhecido como Flea! O livro é delicioso de se ler, com uma linguagem fluida e bem humorada, com capítulos curtos e histórias muito saborosas da infância e adolescente do baixista. O livro saiu no Brasil pela editora Belas Letras. Vale a pena demais a leitura!

10 Curiosidades para entender Post Malone.

10 Curiosidades para entender Post Malone.

A Strip Me te ajuda a desvendar quem é Post Malone, um dos maiores e mais controversos ícones da música pop atual.

No fim de abril de 2020 o bicho estava pegando como nunca. A Covid-19 assombrava todo o planeta. Na maioria dos países o lockdown foi implantado e manteve as pessoas isoladas em casa, para evitar a transmissão do vírus. Neste cenário, muitos artistas começaram a veicular performances ao vivo, transmitidas pela internet. As lives tinham o propósito de entreter, mas também de arrecadar dinheiro, através de doações, tanto para que artistas e seus funcionários continuassem a trabalhar, como também para ajudar entidades e organizações. Uma das lives mais impressionantes foi a de Post Malone, no dia 24 de abril de 2020. Ao invés de ele aparecer interpretando suas próprias canções, Malone se juntou a outros três músicos, entre eles, o baterista Travis Barker, da Blink-182, e, por quase uma hora e meia, interpretou 16 músicas do Nirvana. E o fez com competência e energia invejáveis. Era nítido que os músicos ali se divertiam tocando, a escolha do repertório impressionou por contar com músicas pouco conhecidas como Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle ou Lounge Act, mas também clássicos como Heart Shaped Box e In Bloom. É muito provável que essa live tenha sido responsável por apresentar a obra de Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl à nova geração de jovens. Além de prestar esse serviço, a live de Post Malone foi responsável por arrecadar mais de 5 milhões de dólares para o fundo de pesquisa e combate à Covid-19 da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

O fato de Post Malone ter feito uma live inteira dedicada à obra do Nirvana não causaria surpresa nenhuma se ele fosse um músico quarentão, vocalista de uma banda de rock qualquer. Mas não. Em 2020 Post Malone já era considerado um dos mais importantes nomes do rap e hip hop, e tinha apenas 26 anos de idade. O fato de Post Malone ser um jovem cantor de rap e estar tão à vontade tocando e cantando hinos do grunge é apenas uma das muitas atitudes de seu comportamento controverso. Post Malone, que tem um talento indiscutível para compor e cantar rap, trap e hip-hop, já entrou em discussões com grandes nomes do estilo, como Lil B e Vince Staples, dizendo que o hip hop não canta mais sobre a vida real, já foi chamado de abutre da cultura, por, teoricamente, se apropriar da cultura afro americana. , pra piorar, depois desse incidente, ainda fez a infeliz declaração: “É uma luta ser um rapper branco.”. Se declarou contra o governo Trump, mas é um ávido colecionador de armas de fogo e suas tatuagens foram feitas, em boa parte, por ele mesmo. Realmente um personagem complexo, que vamos tentar entender melhor conhecendo 10 curiosidades sobre sua vida.

1 – Legítimo estadunidense.

Post Malone nasceu no dia 4 de julho de 1995, batizado Austin Richard Post. Ou seja, nasceu no dia da independência norte americana. Talvez isso ajude a explicar o fato de ele ser tão consumista a ponto de, antes da fama, quando trabalhava numa lanchonete, economizar seu salário por meses para comprar um par de mocassim da marca Versace por 800 dólares, e também o fato de ele ser tarado por armas de fogo.

2 – Criado na pista.

O pai de Post Malone, Rick Post, era DJ em alguns clubes de Syracuse, NY, e tinha em casa uma vasta coleção de discos de rock, R&B, soul e country. Malone cresceu imerso na coleção de discos do pai. Quando ele tinha 9 anos de idade, a família se mudou para Grapevine, no Texas, onde seu pai abandonou as pick ups para trabalhar como gerente administrativo no time de futebol americano Dallas Cowboys. Mas a coleção de discos acompanhou a família na mudança, e mesmo Rick não trabalhando mais como DJ, os discos não ficaram pegando poeira num canto, graças ao jovem Richard Post.

3 – O pesado início no mundo da música.

Ainda antes de se tornar Post Malone, Austin Richard Post descolou uma guitarra e montou uma banda de heavy metal com alguns camaradas. A banda era bem calcada no death metal dos primeiros discos do Metallica e do Megadeth. A banda se chamava Ashley’s Arrival e, como o péssimo nome já dava a entender, a banda não tinha muito futuro. Tanto que o jovem Richard Post, querendo viver de música, resolveu encarar um teste para ser guitarrista da banda de new metal Crown the Empire. Ele fez o teste, mas não mandou muito bem e foi dispensando logo de cara.

4 – I’m goin’ through changes.

Vivendo os dissabores do rock pesado e o desejo de viver de música, Austin Richard Post passa a se interessar por rap e hip hop e começa a escrever algumas letras. Na internet, encontrou um site divertido que gerava nomes aleatórios para cantores de diversos estilos musicais. Ele selecionou rap e apareceu um nome composto, Malone alguma coisa. Ele pegou então seu sobrenome e acrescentou o nome Malone. Nascia assim Post Malone. Já com uma fita demo de alguns raps que ele escrevera e gravara no Audacity, Post Malone se mandou do Texas, indo sozinho morar em Los Angeles e tentar a sorte.

5 – Sucesso da noite para o dia.

Post Malone chegou em LA em 2011. Batalhou grana, fez amizades no mundo da música, trampou em estúdios… até que, no início de 2015, gravou uma música chamada White Iverson, fazendo referência a um jogador de basquete. A canção foi finalizada no estúdio de um amigo em fevereiro de 2015, e Post Malone a publicou em seu perfil do Soundcloud. Ele próprio já contou em entrevistas que postou a música e foi dormir. Quando acordou, sem explicação nenhuma, a faixa tinha milhares de acessos. Em poucos dias White Iverson recebia elogios no Twitter de nomes como Wiz Khalifa. Da noite para o dia, Post Malone era um sucesso.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

6 – Amigo de fé irmão camarada.

Em menos de um mês White Iverson atingiu um milhão de acessos. Começaram a aparecer convites para shows e contatos de gravadoras querendo contratá-lo. Numa dessas festinhas de gravadoras, Post Malone conheceu pessoalmente Justin Bieber. Malone já era fã das músicas de Bieber e se aproximou acanhado, como fã mesmo, pra pedir uma foto. Só que os dois começaram a trocar ideia e se tornaram parças. A amizade vingou e se tornou profissional quando Justin Bieber convidou Post Malone a fazer a abertura de seus shows na turnê Purpose World Tour, que durou quase um ano, entre 2016 e 2017.

7 – Quebrando recordes.

A ascensão de Post Malone foi realmente meteórica. No começo de 2015 lançou o single White Iverson, em poucos meses a faixa já tinha milhões de acessos, ele lançou outros singles com igual sucesso, em 2016 lançou seu primeiro disco, Stoney, que de cara, chegou à oitava posição da Billboard e vendeu mais de 10 milhões de cópias. Em 2017 lotou shows e começou a produzir seu segundo disco, que seria lançado em 2018. O primeiro single do novo disco foi a canção Rockstar, em parceria com 21 Savage. O single ficou por 8 semanas como número 1 da Billboard. Em abril de 2018 foi lançado o disco Beerbongs & Bentleys. O disco quebrou o recorde do Spotify de número de execuções de um disco em seu primeiro dia de lançamento. Foram 78,7 milhões de streams em todo o mundo, em um único dia. Em agosto do mesmo ano, o primeiro disco de Malone, Stoney, quebrou mais um recorde e desbancou Thriller, do Michael Jackson, ficando 77 semanas no top 10 da Billboard. Thriller ficou “apenas” 76 semanas.

8 – Coisa de cinema.

Não é surpresa pra ninguém que Post Malone tenha migrado também para o cinema. Afinal, atualmente todo mundo acaba sendo multimídia. Em 2018 Post Malone lançou a faixa Sunflower, que entrou na trilha sonora do filme da Marvel Spider-Man: Into the Spider-Verse. Além disso, Malone ainda fez uma ponta dublando um personagem secundário no longa. Depois, foi convidado para atuar ao lado de Mark Wahlberg no filme Troco em Dobro (Spenser Confidential), lançado em 2020. Também fez uma ponta no filme Infiltrado, de 2021,com Jason Statham e participou de produções para a TV num filme chamado Runaway, lançado em 2022, e dublou um personagem numa animação das Tartarugas Ninja para a Nickelodeon.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

9 – Voando baixo demais.

No dia 21 de agosto de 2018 Post Malone embarcou num jato particular para voar de New Jersey para Londres, onde faria alguns shows. Após a decolagem duas rodas do avião, do nada, explodiram. Era muito arriscado cruzar o Atlântico depois de algo assim acontecer. O jeito era pousar. Mas o avião acabar de decolar, e estava com o tanque cheio. Uma aterrissagem de emergência sem as rodas poderia acabar explodindo o avião inteiro. A solução foi o avião ficar sobrevoando New Jersey em círculos até consumir o máximo possível de combustível. Horas depois, o piloto realizou um pouco de emergência bem sucedido. As 16 pessoas que ocupavam o avião saíram ilesas. Entre a tripulação do avião e os funcionários do aeroporto que auxiliaram o pouso pela torre, somaram-se 25 pessoas que receberam passe livre vitalício para qualquer show de Post Malone.

10 – Post empreendedor.

Post Malone vem ganhando uma fortuna com sua música, isso todo mundo sabe. O que pouca gente sabe é que essa fortuna acaba gerando mais uma fortuna, porque Post Malone também curte ser empreendedor. Melhor dizendo… investidor. Em 2020, por causa do cinema, icou amigo de Mark Wahlberg. Na casa do ator, Post Malone foi apresentado ao mundo dos vinhos finos e se encantou. Logo achou uma vinícola em Saint Tropez, na França, comprou-a, criou um rótulo próprio e passou a vender um vinho rosè de altíssima qualidade chamado Maison No.9. É um vinho com uma nota muito alta entre os críticos e que chegou a vender mais de 50 mil garrafas em dois dias. Além disso, Post Malone também tem participação na empresa Amette, responsável por uma linha descolada de óculos escuros e também com a Crocs, que podem não ser os calçados mais bonitos do mundo, mas que vendem horrores.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

Pois é. Post Malone é uma figura peculiar do mundo da música. Eclético, de personalidade forte, talentoso e multi-tarefa! Um artista que é a cara da Strip Me, versátil, descolada e cheia de personalidade. E assim são as nossas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Dá uma chegada na nossa loja pra conhecer e também ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist no capricho com o que há de melhor do Post Malone! Post Malone Top 10 tracks.

Para assistir: Vale a pena conferir o filme Troco em Dobro, produção da Netflix, com Mark Wahlberg. É um filme de ação e comédia bem divertido. A direção é do Peter Berg, responsável por Hancock.  Post Malone aparece como um presidiário, amigo do personagem de Wahlberg. Não é um filmaço, mas é um bom entretenimento. Vale a pena ver.

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