30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

Alguns dos filmes mais marcantes e revolucionários do cinema moderno foram lançados 30 anos atrás, no conturbado ano de 1994. A Strip Me te conta quais são os filmes mais importantes daquele ano.

1994 realmente foi um ano agitado. Nelson Mandela assumiu a presidência da África do Sul, depois de uma eleição conturbada, se tornando o primeiro presidente negro eleito no país. O leste europeu é abalado por conflitos sangrentos, principalmente em Sarajevo, na Bósnia. O líder palestino Yasser Arafat ganha o Nobel da Paz. No Brasil o Plano Real é colocado em prática, Ayrton Senna morre tragicamente, a seleção ganha o tetra e Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente. Isso sem falar nas mortes de Kurt Cobain e Tom Jobim, o lançamento do Dookie, do Green Day, a estréia do documentário e lançamento dos CDs The Beatles Anthology, a estréia de Friends na TV… ufa!

Assim como foi 1920 para a arte, com a convergência em Paris de Picasso, Dali, Matisse e a ascensão do surrealismo, e 1967 para a música, quando Beatles, Pink Floyd, The Doors e Velvet Underground lançaram discos seminais, 1994 foi um ano fundamental para o cinema moderno. Alguns filmes lançados 30 anos atrás trouxeram novas abordagens e perspectivas, que foram rapidamente assimiladas e incorporadas às produções cinematográficas de lá pra cá. A Strip Me selecionou os 8 filmes mais marcantes dessa safra pra você conferir.

Entrevista com o Vampiro

Um dos filmes mais caros do ano, a megaprodução trouxe uma reconstituição de época impecável e fez de um filme sombrio um sucesso de bilheteria. Claro, muito graças ao elenco que conta com Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater e uma jovenzinha promissora chamada Kirsten Dunst. Realmente é um baita filme bom! O roteiro é ótimo e bem fiel ao livro de mesmo nome, afinal, ambos foram escritos pela mesma pessoa: Anne Rice, e traz uma história instigante com personagens muito bem construídos. A direção de Neil Jordan é riquíssima e tem uma fotografia excelente. Não é um filme transformador, mas foi responsável por um crescimento geral do interesse das pessoas por vampiros e temas sobrenaturais na cultura pop.
Onde assistir: Amazon Prime

Ace Ventura

Para algumas pessoas pode ser só uma comédia boba. Mas a real é que é um baita filme de comédia que Jim Carrey carrega nas costas. Foi o filme que o lançou ao estrelato. Neste mesmo ano ainda sairia O Máscara e Debi & Loide, que solidificaram de vez, e em tempo recorde, o status de melhor ator de comédia de sua geração. Em Ace Ventura, Jim Carrey entrega um humor físico exuberante, com caretas, gestos exagerados e outras estripulias, mas também deixa claro que sabe atuar. O roteiro do filme é simples, mas bem executado e a direção, acertadamente, simplesmente volta as lentes para Carrey e o deixa solto. É um filme divertidíssimo.
Onde assistir: Amazon Prime

Ed Wood

Aqui Tim Burton realiza mais que uma cinebiografia, mas uma verdadeira homenagem a um cineasta, até então, ignorado. Edward D. Wood Jr certamente foi um dos diretores mais influentes para Tim Burton, com “clássicos” como Plano 9 Para o Espaço Sideral, A Noiva do Monstro e Noite das Assombrações. É neste filme que a parceria entre Burton e Johnny Depp se mostra mais eficaz. Tudo aqui funciona para que o espectador mergulhe de cabeça na trama, desde a estética retrô, em preto e branco, até as atuações impressionantes de Depp, Patricia Arquette e Sarah Jessica Parker. Com Ed Wood Tim Burton trouxe ao grande público um cinema até então pouco valorizado e tido como marginal. Vale muito a pena conferir!
Onde assistir: Star+

Um Sonho de Liberdade

Há de se deixar claro que estamos falando aqui da adaptação para o cinema de um dos livros mais marcantes da longeva obra de Stephen King. É também o primeiro longa metragem de Frank Darabont, que dirigiu e escreveu o roteiro adaptado. Isso posto, podemos afirmar sem medo que se trata de um filme excepcional! A história instigante e cativante escrita por King é fielmente contada em película, sob uma direção firme e elegante, impressionante para um diretor estreante. Apesar de não trazer nada de novo, nenhuma tendência inovadora, é desses filmes que justificam que o cinema seja considerado uma arte. É um filme inspirador, que só não foi mais celebrado na época porque teve a fortíssima concorrência de Forrest Gump.
Onde assistir: HBO Max, Amazon Prime

Assassinos por Natureza

É um roteiro de Quentin Tarantino, é verdade. Mas dá pra dizer que Assassinos por Natureza é uma obra majoritariamente de Oliver Stone. Prova disso é que o próprio Tarantino afirmou publicamente não gostar da abordagem de Stone para seu roteiro. De fato, esteticamente Assassinos por Natureza e Pulp Fiction são filmes bem diferentes. O fato é que Oliver Stone, além de realizar um filme empolgante e visceral, com uma história bem amarrada e um casal de protagonistas absurdamente carismáticos, institucionalizou uma linguagem cinematográfica moderna, com cara de videoclipe, que viria a influenciar muita gente, incluindo Guy Ritchie e Danny Boyle. Assassinos por Natureza é um filme brilhante e um bom resumo do que foram os anos 90.
Onde assistir: Star+

O Rei Leão

Impossível ignorar o filme que rendeu a maior bilheteria de 1994 e uma das maiores da histórias do cinema até hoje. Ainda mais sendo este uma animação da Disney, famosa por suas produções caretas e politicamente corretas. O Rei Leão se enquadra nesses termos, é verdade, mas vai muito além. Tem um roteiro impecável, uma estética linda e uma produção muito caprichada, sem falar no elenco de dublagem, que conta com nomes como Matthew Broderick, Jeremy Irons e Whoopi Goldberg, e na trilha sonora fantástica de Hans Zimmer, com canções originais de Elton John. Até hoje é um marco na produção de animações para o cinema, que vão além do público infantil para atingir em cheio pessoas de qualquer idade. Indiscutivelmente um clássico.
Onde assistir: Disney+

Forrest Gump

Ainda não havia sido feito nada parecido com Forrest Gump na história do cinema. Em certa perspectiva, é um filme épico, mas muito ousado, pretensioso até, ao inserir seu protagonista como coadjuvante, ou simplesmente espectador, de vários momentos históricos do século vinte, desde inspirar Elvis Presley a dançar até conhecer um dos primeiros investidores da Apple. O roteiro de Eric Roth é primoroso, adaptado de um livro homônimo, lançado em 1986 e escrito por Winston Groom. A direção de Robert Zemeckis é inspirada e Tom Hanks e Robin Wright entregam atuações excepcionais! Forrest Gump é um filme indispensável.
Onde assistir: Apple TV, Amazon Prime

Pulp Fiction

1994 foi o ano de Quentin Tarantino. Além de escrever o roteiro de Assassinos por Natureza, ele escreveu e dirigiu o clássico absoluto do cinema cult e inaugurou um novo estilo de filmar cenas de ação e violência. Como já foi dito, Pulp Fiction difere muito de Assassinos por Natureza na direção e fotografia. Tarantino é mais sóbrio, não abusa de efeitos especiais, contrastes ou enquadramentos esdrúxulos. Mas, ao mesmo tempo, é mais sofisticado, emula o cinema europeu, traz dinâmica, cortes bruscos e filma cenas brutais com uma naturalidade espantosa. E o roteiro… bom, o roteiro é genial! Diálogos inteligentes e bem humorados, uma história que se desdobra, mas é bem amarrada e personagens cativantes. A montagem que bagunça a cronologia foi outra novidade que Tarantino popularizou no cinema. Se Assassinos por Natureza é um retrato dos anos 90 por sua linguagem e estética, Pulp Fiction marca uma verdadeira revolução no cinema dali em diante.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime, Telecine

Claro que 1994 teve muitos outros filmes marcantes, mas selecionamos aqui os mais relevantes. Por exemplo, também completam 30 anos de lançados o polêmico Kids, o divertido Airheads, o meloso Lendas da Paixão, o empolgante True Lies, o denso Assédio Sexual, o esperto Cova Rasa e muitos outros. Um ano com tanto filme bom não poderia deixar de ser exaltado aqui na Strip Me. Afinal, cinema é uma das nossas paixões e uma fonte de inspiração para estampas originais lindas e super descoladas! Confere lá no nosso site a coleção de camisetas de cinema, aproveitas e dá uma olhada nas camisetas de arte, música, bebidas, games, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com as melhores músicas lançadas em 1994. 1994 top 10 tracks.

Os 10 melhores filmes de Oliver Stone.

Os 10 melhores filmes de Oliver Stone.

Oliver Stone é um dos cineastas mais provocativos e visionários de Hollywood, disso ninguém duvida. Por isso a Strip Me volta a falar da sétima arte para elencar os 10 melhores filmes de mais este mestre do cinema!

Já falamos aqui das principais obras de Martin Scorsese, Steven Spielberg, Quentin Tarantino e muitos outros. E hoje chegou a vez de Oliver Stone, um cineasta único, com uma obra extensa de altíssimo nível! Ganhou notoriedade após realizar um dos mais marcantes filmes sobre a guerra do Vietnã, Platoon. E o Vietnã acabou se tornando tema frequente em suas obras, principalmente porque ele próprio, quando jovem, chegou a ir para o front de batalha durante o conflito no país asiático. Ao longo de sua carreira, Stone foi se mostrando cada vez mais crítico à sociedade conservadora norte americana, expondo claramente também seu posicionamento político. Mas isso não o impediu de realizar filmes memoráveis, muitos deles tendo justamente essa porção de contra cultura e rebeldia como ingrediente essencial para o sucesso.

Deixemos portanto que a obra de Oliver Stone fale por si. A Strip Me selecionou os dez melhores filmes, entre os mais de 20 de sua extensa obra, para você conferir. É importante ressaltar antes que os filmes aqui escolhidos foram dirigidos por ele, mas vamos lembrar que Stone é um baita roteirista também, responsável por escrever clássicos como O Expresso da Meia Noite, de Alan Parker, lançado em 1978, e Scarface, de Brian de Palma, lançado em 1983. Os filmes aqui elencados estão listados do “pior” para o melhor.

Alexander (Alexandre) – 2004

Muita gente torce o nariz para este filme, mas ele é um épico, no melhor sentido da palavra, um filme de época grandioso e bem executado, que conta a trajetória do maior conquistador de todos os tempos, Alexandre, o Grande. É um filme brilhante? Não é. Justamente por ser um filme histórico, tem suas falhas de roteiro e alguns exageros, inclusive em algumas interpretações dos atores. Mas no contexto geral é um filme muito bom, com uma história empolgante e bem contada, e principalmente com uma fotografia e direção excepcionais. Vale a pena ver.
Onde assistir: Amazon Prime Video

Heaven and Earth (Entre o Céu e a Terra) – 1993

O mais doce dos filmes de Oliver Stone, mesmo tendo como pano de fundo a guerra do Vietnã e toda a miséria que qualquer guerra impõe aos povos envolvidos. O filme retrata a vida de uma mulher vietnamita tentando sobreviver em meio ao caos, que acaba se envolvendo com um norte americano. O filme tem um fino verniz de romance, mas é na realidade um drama, onde Oliver Stone, que também assina o roteiro, coloca a vida da protagonista como uma metáfora para a guerra, onde ela é o Vietnã e o militar com quem ela se casa é os Estados Unidos. É um belo filme!
Onde assistir: Youtube

Wall Street (Wall Street – Poder e Cobiça) – 1987

Wall Street foi lançado logo depois do sucesso avassalador de Platoon. Graças a ele, Oliver Stone não ficou marcado como um diretor de filmes de guerra simplesmente. Além disso, Wall Street também marca a impressão mais explícita da visão crítica de Stone frente aos valores da sociedade norte americana e a geração dos yuppies. Wall Street é um filmaço, com um roteiro muito bem amarrado, personagens bem elaborados e uma direção exuberante. No elenco, Charlie Sheen e Michael Douglas estão impecáveis. Em 2010 Stone lançou Wall Street: Money Never Sleeps, uma continuação do longa de 1987, que também é recomendadíssimo!
Onde assistir: Star+

Nixon 1995

A primeira coisa a se dizer sobre este filme é que ele é uma aula de atuação protagonizada por Anthony Hopkins, que interpreta o ex presidente dos Estados Unidos Richard Nixon com uma eficiência prodigiosa. O longa retrata a vida de Nixon da juventude até a velhice, com ênfase, é claro, na sua vida política controversa, passando pelo escândalo de Watergate e a consequente renúncia ao cargo. É um roteiro sóbrio e coeso, mas que conta com uma direção dinâmica, que torna o filme envolvente e até mesmo empolgante. Um filme excelente que merece ser visto.
Onde assistir: Star+

JFK – 1991

Sem exagero, este certamente é um dos filmes mais polêmicos da história do cinema. Neste filme complexo e instigante, Oliver Stone disseca o assassinato do presidente John F. Kennedy através da ótica do promotor público de New Orleans Jim Garrison, personagem interpretado por Kevin Costner. no longa Stone apresenta uma conspiração envolvendo o próprio governo, a CIA e o escambau, concluindo que Kennedy morreu por conta de suas ideias progressistas. Apesar da teoria meio maluca e complexa, o filme é interessantíssimo, cheio de ação e uma direção excelente. Filmaço!
Onde assistir: Star+

Any Given Sunday (Um Domingo Qualquer) – 1999

Um dos filmes mais interessantes e completos de Oliver Stone, sobre um tema que o diretor ainda não havia abordado, mas o faz com brilhantismo. Temos aqui Al Pacino numa atuação excepcional, assim como Jamie Foxx. Neste filme o futebol americano é usado para ilustrar como a vida moderna é implacável com quem é mais velho e vive o conflito das mudanças à jato que vão surgindo. Mas, claro, também é uma crítica à ganância e à falta de escrúpulos de grandes corporações (e times de futebol em geral). Tecnicamente, é um filme brilhante, com uma edição dinâmica, fotografia espetacular, direção audaciosa e uma excelente trilha sonora. Filme imperdível!
Onde assistir: Apple TV – Amazon Prime Video

Platoon – 1986

Existem três filmes que definiram e imortalizaram a guerra do Vietnã, e acabaram por se tornar clássicos inquestionáveis. São eles Apocalypse Now, do Copolla, lançado em 1979, Nascido Para Matar, do Kubrick, lançado em 1987, e Platoon. O que diferencia Platoon dos dois primeiros filmes é o fato de que Oliver Stone, que escreveu o roteiro, foi pro Vietnã como combatente, e estava lá, na fatídica batalha do Ano Novo de 1968, batalha essa que é retratada no filme. Trata-se de um roteiro escrito em cima de vivências, traumas e sentimentos reais. Claro, além disso, a execução foi impecável, uma produção arrebatadora. Charlie Sheen, Tom Berenger e Willen Dafoe entregam atuações intensas, a direção é irretocável… enfim, tudo funciona. Não à toa o longa abocanhou 4 estatuetas do Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Montagem. É um filme indispensável.
Onde assistir: Amazon Prime Video

Born on the Fourth of July (Nascido em 4 de Julho) – 1989

Não tem como falar sobre este filme sem uma breve contextualização. A guerra do Vietnã teve 3 fases distintas. A primeira, no começo dos anos 60, quando os Estados Unidos estavam mandando seus melhores homens para combater guerrilheiros vietnamitas. Nessa fase, jovens de classe média se alistavam voluntariamente para lutar contra os comunistas e a favor da liberdade. Muito idealismo no ar. A segunda fase, fim dos anos 60, começo dos 70, é quando o conflito deixa de ser uma caça a guerrilheiros no meio do mato e se torna uma guerra de grande proporção, enquanto começam protestos pelo fim guerra. Caos generalizado. A terceira fase é o fim da guerra, entre 1974 e 1975, quando todo mundo vê que aquele era um conflito sem sentido e impossível de se vencer. Vergonha e veteranos abandonados à própria sorte. Nascido em 4 de Julho mostra todas essas fases através de Ron Kovic, interpretado com perfeição por Tom Cruise. Ele é um jovem idealista que vai pra guerra, se depara com uma imensidão de violência e injustiça, volta pra casa ferido e vive todo tipo de transformação. Nascido em 4 de Julho não é um filme de guerra simplesmente, mas sim um épico humano, um saga impressionante. É um filme belíssimo e obrigatório.
Onde assistir: Apple TV – Amazon Prime Video

The Doors – 1991

Foi o primeiro caso de possessão espiritual em Hollywwod, tal circunstância só voltaria a acontecer anos depois, quando Jim Carrey incorporou Andy Kaufman. Brincadeiras à parte, realmente Val Kilmer cometeu uma atuação transcendental ao interpretar Jim Morrison. Este filme foi uma convergência de virtudes. Grandes atuações, um roteiro coeso que vai além de contar a história de uma banda de rock, mas integra todo o clima que se vivia na época, uma direção artística e cuidadosa, uma fotografia lindíssima… um filme completo. E, mais uma vez, com um toque de realidade. Afinal, antes de ir para o Vietnã, Stone conheceu Jim Morrison quando os dois cursavam cinema na UCLA. Quando voltou da guerra, Stone escreveu um roteiro chamado Break, que seria o embrião do roteiro de Platoon. Este roteiro foi enviado ao Jim Morrison, pois Oliver Stone queria que o texto inspirasse músicas dos Doors. Mas isso nunca aconteceu. Esse roteiro estava com Jim Morrison em Paris quando ele morreu. O empresário dos Doors foi quem o guardou e devolveu para Oliver Stone anos depois. Talvez, se não fosse isso, esse roteiro ficaria perdido e Platoon morreria com Jim Morrison antes mesmo de nascer. Certamente essa história toda já é motivo suficiente para querer assistir The Doors. E vale muito a pena!
Onde assistir: Amazon Prime Video

Natural Born Killers (Assassinos por Natureza) – 1994

Em Natural Born Killers Oliver Stone realmente atingiu seu auge como cineasta. Na verdade, temos aqui a união de dois gênios do cinema, afinal o roteiro foi escrito por ninguém menos que Quentin Tarantino. Reza a lenda inclusive que o Tarantino não gostou da forma como Oliver Stone filmou a história. Difícil entender o porquê. Com um roteiro que vai além da violência para falar sobre mídia, sensacionalismo, e, por que não, romance, Oliver Stone abre seu baú de referências para misturar diferentes linguagens, como animações, videoclipe, filtros de granulação e saturação, cortes bruscos, sitcom… tem de tudo. E funciona, porque a história pede esse frenesi. Woody Harrelson e Juliette Lewis imortalizaram o casal Mickey e Mallory Knox, Oliver Stone concebeu um filme que é um retrato fiel dos anos 90 e, de quebra, realizou uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos. Indispensável!
Onde assistir: Star+

Olha, realmente Oliver Stone está ali na categoria dos grandes mestres do cinema contemporâneo. Uma figura controversa e autêntica, com uma obra original, provocadora e irresistível! Só de falar sobre esses filmes, já deu vontade de rever todos! No final das contas, o Oliver Stone é como a Strip Me: barulho, diversão e arte! Por isso mesmo a coleção de cinema é uma das mais populares no nosso site! Mas tem muito mais! Tem as camisetas de música, arte, cultura pop, bebidas, games e muito mais! Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana. Confere lá!

Vai fundo!

Para ouvir: Olha, a gente podia muito bem fazer uma playlist pegando uma música da trilha sonora de cada filme aqui citado. E ia ficar uma lista legal. Mas a trilha sonora de Assassinos por Natureza sozinha é tão maravilhosa que nosso top 10 hoje vai ser só em cima dela. Então se liga no nosso Natural Born Killers Top 10 tracks!

10 frases inesquecíveis do cinema.

10 frases inesquecíveis do cinema.

Para mais um texto saboroso sobre grandes filmes, a Strip Me selecionou e deu uma geral em 10 frases memoráveis do cinema.

“A vida passa rápido demais. Se você não parar pra curtir de vez em quando, ela passa e você nem vê.” “Carpe diem! Aproveitem o dia, rapazes, façam de suas vidas algo extraordinário!˜ Duas frases que tem o mesmo significado, que são facilmente encontradas em diversas mensagens motivacionais e ambas foram extraídas de filmes. O curioso é que são frases de dois filmes completamente distintos (Curtindo a Vida Adoidado e Sociedade dos Poetas Mortos respectivamente). Mas são frases tão fortes e impactantes, ditas em cenas tão marcantes, que transcendem seu contexto original e se tornam um ícone pop tão forte quanto os óculos redondos de John Lennon ou uma imagem do Mestre Yoda. Só mesmo a magia do cinema para fazer com que uma simples frase tenha tanto peso e significado quanto uma imagem, que, teoricamente, pode valer mais do mil palavras.

Hoje estamos aqui para subverter essa máxima, de que uma imagem vale mais que mil palavras. Vamos mostrar que uma simples frase, com poucas palavras, vai te remeter a mais que uma imagem, mas a uma cena inteira, a um filme desses que a gente não cansa de rever. Filmes dos quais algumas falas são repetidas em conversas de bar e citadas em propagandas e em outros filmes. Aqui estão 10 das frases mais marcantes da história do cinema.

The first rule of Fight Club is: you do not talk about the Fight Club.

Se você sabe qual é a segunda regra do Clube da Luta, certamente está revendo em sua mente a cena em que Brad Pitt está no meio de um círculo de homens explicando os conceitos envolvendo a reunião daquele grupo. Clube da Luta é um dos filmes mais revolucionários da década de 90. Leva a assinatura do excelente diretor David Fincher e apresenta uma das melhores atuações da carreira de Edward Norton. Lançado em 1999, ele só não concorreu ao Oscar porque a concorrência era feroz. Para se ter ideia, naquele ano foram lançados Beleza Americana, O Informante, A Espera de Um Milagre, Magnólia, Garota Interrompida, Quero Ser John Malkovich, O Sexto Sentido, Meninos não Choram, O Talentoso Ripley e Tudo Sobre Minha Mãe. De qualquer forma, Clube da Luta é um marco no cinema e na cultura pop, e a primeira regra de Tyler Durden vem sendo quebrada desde então.

I love the smell of napalm in the morning.

Eis um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema. Ninguém retratou a guerra do Vietnã com tanta intensidade quanto Francis Ford Coppola em Apocalypse Now. Tudo nesse filme é marcante, se tornou icônico e referência. A desoladora trilha sonora com The End, dos Doors, a revoada de helicópteros ao som de A Cavalgada das Valquírias, de Wagner e a atuação impressionante de Marlon Brando como Coronel Kurtz. Apocalypse Now foi lançado em 1979 e se tornou a base para todos os filmes sobre a guerra que vieram depois, incluindo os clássicos Full Metal Jacket e Platoon. E a quantidade de vezes que a frase dita pelo personagem de Robert Duvall foi repetida e parodiada na história da cultura pop é incontável. Nada mais justo, sendo uma frase vinda de um verdadeiro clássico.

Toto, I think we’re not in Kansas anymore.

E por falar em clássico, aqui está mais um. Um filme tão importante que transcendeu o cinema. Não só algumas de suas falas se tornaram emblemáticas, como o filme em si ganhou novas interpretações e ao ser irremediavelmente vinculado ao clássico disco do Pink Floyd, The Dark Side of the Moon. O Mágico de Oz é um dos filmes mais importantes do cinema mundial. Foi lançado em 1939 e só não é considerado a obra prima do diretor Victor Fleming, porque ele tem no currículo E O Vento Levou. Mas é o filme que revelou a atriz Judy Garland para o mundo e nos deu uma frase deliciosa de ser dita em qualquer situação de mudança.

Say hello to my little friend.

Independente do roteiro, da direção e etc, alguns filmes são o que são simplesmente por contarem com o ator certo no papel ideal. Scarface é um filme ótimo. Tem um bom roteiro, Brian de Palma manda super bem na direção e tal… Mas é indiscutível que ele se tornou um clássico do cinema por conta de Tony Montana, o personagem ao qual Al Pacino brilhantemente deu vida. Tony Montana é carismático e imprevisível, um personagem complexo, com profundidade, muito bem construído. E Al Pacino… bom, é o Al Pacino, um dos melhores atores de todos os tempos, e arrebenta tudo atuando neste filme. E a sequência final de Scarface (olha o spoiler, gente!) é uma das mais parodiadas em filmes envolvendo crime e tráfico de drogas! Afinal, uma cena com uma escrivaninha de escritório abarrotada de cocaína e um porto-riquenho alucinado com uma metralhadora nas mãos não tem como dar errado!

Does he look like a bitch?

Já que estamos falando de filmes sobre crimes, vamos falar de um dos melhores filmes dos últimos 30 anos, e que é um verdadeiro compêndio de ótimas frases. Aprendemos que o quarteirão com queijo em Paris se chama royale with cheese, a diferença entre uma motocicleta e uma chopper, que um milkshake pode custar 5 dólares e ser delicioso… tudo isso em diálogos inacreditavelmente bons! Pulp Fiction, a obra máxima de Quentin Tarantino, é um amontoado de referências pop que extrapolaram as telas de cinema. Mas a sequência inicial de Jules e Vincent é, literalmente, matadora! Dali temos frases memoráveis de Jules como “Say ‘what’ again! I dare you, I double dare you, motherfucker! Say ‘what’ one more godamm’ time!” Ou ainda, após atirar no rapaz no sofá, dizer “I’m sorry, did I break your concentration? I didn’t mean to do that. Please, continue, you were saying something about best intentions.” Mas nada se compara à simples e direta questão sobre Marcellus Wallace: “Does he look like a bitch?”

You talking to me?

Assim como Tony Montana em Scarface, Taxi Driver, um dos melhores filmes de Martin Scorsese, não seria metade do que é se não fosse a interpretação visceral e arrebatadora de Robert De Niro, dando vida ao protagonista Travis Bickle. A diferença é que Taxi Driver, além do brilhantismo de De Niro, conta com um roteiro monumental. O monólogo do Bickle ao dirigir seu taxi durante a noite é assombroso. Ao longo do filme, assistimos a evolução da loucura no personagem, que culmina na brilhante e mais do que referenciada cena de Travis diante do espelho, arma em punho, apontando para si mesmo. Junto com a cena do chuveiro, de Psicose, talvez essa seja a cena mais parodiada no cinema. E não é para menos. Taxi Driver é um monumento de filme.

Here`s Johnny!

E quando o assunto é maluco no cinema, logo vem à mente a cena de um buraco numa porta, aberto por um machado, e a cara ensandecida de Jack Nicholson preenchendo o buraco. O Iluminado é um desses filmes inesquecíveis, pertencente ao hall de filmes clássicos da história do cinema. É uma das melhores obras de Stanley Kubrick, que, por sua vez, adaptou para o cinema o genial livro de Stephen King. O filme todo é uma obra de arte. O roteiro é excelente, a fotografia e a direção de Kubrick são uma verdadeira aula de cinema e as atuações de Jack Nicholson e Shelley Duvall são irretocáveis! Enfim, um clássico incontestável!

Run, Forrest, run!

Quem nunca viu um amigo sair correndo por qualquer motivo e gritou “Run, Forrest, run!”, que atire o primeiro bombom de chocolate! Forrest Gump figura entre os melhores filmes dos anos 90, quiçá de todos os tempos. Além da magistral atuação de Tom Hanks, trata-se de um filme dirigido por Robert Zemeckis e escrito por Eric Roth. É um verdadeiro, épico, um roteiro primoroso! Como tal, claro que rolam várias outras frases emblemáticas ao longo do filme, como a clássica “A vida é como uma caixa de bombons, você nunca sabe o que vai encontrar.” Um filme tão bom, mas tão bom, que quem ainda não viu, precisa sair correndo pra ir assistir!

Roads? To where we’re going we don’t need roads!

Impossível ler ou ouvir essa frase e, em seguida, não pensar na música grandiosa de Alan Slvestri! Essa é uma das frases mais famosas do cinema, nem tanto por ser repetida por aí à exaustão. Mas sim por encerrar com perfeição um filme… perfeito! De Volta Para o Futuro é uma obra prima, também muito conhecido por frases como “Great Scott!” ou “What the hell is a gigawatt?” Mais uma vez, uma obra irretocável de Robert Zemeckis, mas desta vez com roteiro de Bob Gale e produção de Steven Spielberg. Os três filmes da franquia são maravilhosos, mas o primeiro é realmente especial. O roteiro não tem uma pontinha solta sequer, os diálogos são deliciosos, a direção é incrível os personagens e as atuações são irretocáveis! Um filme que marcou gerações, que acabaram descobrindo que diabos é um gigawatt e, desde então, sonham com um futuro onde os carros sejam movidos a lixo reciclável e não precisem de ruas.

I’m gonna make him an offer he can’t refuse.

Para fechar a lista com chave de ouro, uma das muitas frases do filme que sempre figura entre os cinco melhores filmes já feitos de todos os tempos em qualquer lista que se preze. O Poderoso Chefão é inigualável em tudo! Direção, roteiro, fotografia, atuações, trilha sonora… e frases maravilhosas! Em que outro filme você veria um gângster dizer para o outro: “Leave the gun, take the cannoli.”? Sem falar no monumental diálogo de abertura do filme. Olha, é uma obra tão grandiosa, que deve ser até pecado a gente falar dele assim, de forma tão passageira. Assim como De Volta para o Futuro, os três filmes da franquia são ótimos, mas o primeiro tem esse frescor, esse magnetismo, que faz com que você o reveja inúmeras vezes e não se canse. É o ponto de partida para todos os filmes de máfia que vieram depois.

Menção honrosa

Falamos de dez filmes clássicos do cinema mundial, mas não podemos esquecer que o bom e velho cinema tupiniquim também tem muito filme bom e concebeu algumas frases muito marcantes. A começar por Tropa de Elite, que traz consigo um caminhão de frases clássicas, como “Tira essa farda, que você não é caveira, você é moleque!” “Pede pra sair!” E tantas outras. Na mesma onda, tem o excelente Cidade de Deus e a emblemática fala “Dadinho é o caralho! Meu nome agora é Zé Pequeno, porra!” Na comédia, temos o inesquecível Xicó d’O Auto da Compadecida e a indefectível frase “Não sei, só sei que foi assim.” Isso sem falar nas chanchadas dos anos 70 e 80, de gosto duvidoso, mas que renderam pelo menos dois momentos memoráveis e dignos de virar meme. Primeiro é uma cena do filme Os Sete Gatinhos, de 1980, onde o personagem de Lima Duarte, revoltadíssimo, brada: “Eu quero saber quem foi que desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro!” Mas a melhor é a frase do Rei Pelé no filme Os Trombadinhas, de 1979. Quando uma garota pergunta ao craque se ele é o Pelé, ele retruca: “Não, eu sou o Jô Soares, sua piranha!”

Ah, nada como um post leve e divertido como este, para celebrar todo o nosso amor pelo cinema. Não é à toa que o lema da Strip Me é barulho, diversão e arte! Pois o cinema nos proporciona isso tudo e muito mais! Nos dá inspiração para criarmos camisetas com estampas lindas, super descoladas e com muitas referências aos filmes que nós tanto amamos! Confere no nosso site a coleção de camisetas de cinema, e aproveita pra dar uma olhada nas camisetas de música, arte, cultura pop, games, e muito mais. Lá você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com melhores músicas das trilhas sonoras dos filmes citados neste post! Frases de Cinema Top 10 Tracks. 

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Na expectativa do décimo filme de Tarantino, em fase de produção, a Strip Me ranqueou todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

Um post claramente polêmico. Nada mais justo, afinal Quentin Tarantino sempre foi um diretor de cinema polêmico, gerando discussões sobre apologia à violência, subverter fatos históricos, abusar de referências pop e retratar o Bruce Lee levando um pau de um dublê de Hollywood. Mas é sua obra que o coloca como um dos maiores diretores da história do cinema. Um revolucionário. Tarantino fez na indústria do cinema o que o Nirvana fez na indústria fonográfica (e praticamente na mesma época). Ambos alçaram ao topo do mainstream o que era alternativo e underground, com obras absolutamente fantásticas e de valor inquestionável. O disco Nevermind desencadeou uma avalanche de lançamentos de bandas desconhecidas, e Pulp Fiction fez com que diretores autorais, como os irmãos Coen por exemplo, tivessem mais espaço, além de iniciar uma época de filmes violentos mais crus e explícitos.

Tarantino anunciou no começo deste ano que finalizou o roteiro de seu décimo filme, e aproveitou para dizer que será seu último. Se ele vai mesmo pendurar a claquete, só o tempo dirá. Mas a expectativa sobre seu último filme é enorme. Intitulado The Movie Critic, o longa será ambientado em 1977. Em entrevistas o diretor não deu pistas sobre a história, mas afirmou de antemão que não se trata de um crítico de cinema específico, não é uma cinebiografia ou algo assim. As filmagens estão programadas para o outono deste ano, que no Hemisfério Norte começa em setembro. Pra amenizar essa expectativa, fizemos um ranking de todos os filmes do Tarantino, do pior para o melhor. Onde The Movie Critic se encaixará nessa lista, ainda não sabemos. Mas sabemos que muita gente vai concordar com o nosso ranking, e muita gente vai discordar. E, no fim das contas, essa é a graça de fazer listas. Então vamos a ela.

Death Proof
Lançado em 2007, este é o filme mais fraco de Quentin Tarantino. É lógico que o filme mais fraco do Tarantino ainda é melhor que muita coisa feita nos últimos vinte anos no cinema. Sim, é um filme divertido, com aquela linguagem de filme B dos anos 70, diálogos maravilhosos e algumas cenas memoráveis. A cena da colisão frontal dos carros é linda! Mas é um file propositalmente galhofeiro, tem uns cortes desnecessários de cenas e um roteiro desleixado. A história é fraca.

Os Oito Odiados
Filme lançado em 2015, com um elenco fantástico. Numa espécie de volta às origens, Os Oito Odiados é como se fosse uma refilmagem do Cães de Aluguel, só que numa cabana congelada no meio do nada no século XIX. Claro, as atuações e os diálogos fazem com que o filme funcione muito bem. Mas acaba que é um filme cansativo e arrastado, ainda mais para quem vinha de esperando um novo Django Livre ou Bastardos Inglórios. Requer certa paciência para assistir as quase três horas de filme numa tacada só.

Jackie Brown
Veja você que o terceiro filme mais fraco de Tarantino tem no elenco Robert DeNiro, Bridget Fonda, Pam Grier, Michael Keaton e, é claro, Samuel L. Jackson. Além de ser o único dos filmes que Tarantino dirigiu, mas não escreveu, Jackie Brown é um filme muito bom. Na real, nem tem muito o que criticar. Tem atuações muito boas, uma história bem amarrada e uma trilha sonora focada no soul e funk dos anos 70 que é um deslumbre. Foi lançado em 1997 e é altamente recomendado. Mas, ao continuar lendo, você vai entender porque ele está entre os três “piores” do Tarantino.

Django Livre
Aqui a coisa já começa a complicar. Porque daqui pra frente são filmes realmente incríveis, e chega a ser injusto dizer que um é pior, ou mais fraco, que outro. Django Livre foi lançado em 2012 e é um filme grandioso. Tarantino recriou um filme western com maestria, mas colocando um negro como protagonista. Aqui temos um Leonardo DiCaprio numa atuação irretocável, aliás todas as atuações são muito acima da média. A trilha sonora que mescla clichês do western spaghetti com rap é genial. Mas é isso. É um western sob o olhar do século XXI. Uma boa história, boas atuações, mas sem grandes transgressões ou ousadias.

Bastardos Inglórios
Entramos no Top 5. E de cara podemos afirmar sem medo de errar que Bastardos Inglórios já é um clássico do cinema de todos os tempos. Foi neste filme que Tarantino, pela primeira vez, subverteu seu próprio método. Concebeu um filme numa linha do tempo linear, sem flashbacks, usou pelo menos umas 3 tipografias diferentes ao apresentar os créditos e retratou personagens históricos reais. Foi aqui que Tarantino mostrou ao mundo o brilhante ator Christoph Waltz, que roubou a cena como um general da SS culto e inescrupuloso. Outra subversão de Tarantino foi com a própria história mundial. Neste filme, lançado em 2009, os nazistas são derrotados em 1944, com a cúpula nazista, incluindo Hitler, morta num incêndio de um pequeno cinema em Paris. É um filme imperdível.

Cães de Aluguel
Lançado em 1992, é o filme de estreia de Tarantino como diretor. E é um dos filmes mais empolgantes dos anos 90. Tudo que o mundo viria a conhecer dois anos depois com o sucesso de Pulp Fiction já estavam neste filme. Litros de sangue, diálogos impagáveis, sarcasmo, uma linha temporal bagunçada e criminosos como protagonistas. Cães de Aluguel é brilhante por inúmeros motivos, mas um deles certamente é o fato de o filme se passar por mais da metade do tempo dentro de um barracão vazio. As atuações e os diálogos são maravilhosos. Sem falar na memorável cena da tortura do policial, que imortalizou a música Stuck in the Middle With You, da banda Stealers Wheel. Em se tratando de um diretor estreante, é um filme realmente inacreditável de tão bom.

Kill Bill I & II
Se o próprio Tarantino, em sua filmografia, considera os dois volumes de Kill Bill, lançados em 2003 e 2004, um filme só, quem somos nós para discordar? Kill Bill é um filme de 4 horas de duração, mas que pode ser assistido de uma vez sem cansar. Além da história ser riquíssima, tem personagens cativantes, diferentes locações e até mesmo diferentes linguagens cinematográficas, indo da animação no estilo mangá até filmes de bang bang. Apesar de se tratar de uma premissa simples, uma mulher em busca de vingança, tudo que envolve essa personagem e suas motivações são explicados num turbilhão delicioso de referências e homenagens à cultura pop, passando pela música, quadrinhos e cinema. Apesar de toda a violência, é um filme leve e divertido, desses que a gente não cansa de ver e rever.

Era Uma Vez em Hollywood…
O dedo chega a coçar para escrever que este é o melhor filme de Tarantino. Mas é claro, devemos levar em conta fatores como a maturidade, que traz consigo aprimoramento profissional, do diretor. Era uma vez em Hollywood… é seu filme mais recente, lançado em 2019. De fato, aqui Tarantino refinou sua arte em todos os sentidos. Está tudo lá. As referências pop, as influências de western e kung fu, a ambientação de época impecável e diálogos maravilhosos. Mas tudo muito bem dosado, sem exagero, e feito com esmero. É mais um filme de Tarantino com mais de duas horas de duração, mas que não dá pra sentir o tempo passar. E, é claro, as atuações irretocáveis de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Em especial DiCaprio está voando, numa atuação realmente poderosa. Mais uma vez Tarantino reescreve a história ao recontar à sua maneira o caso Sharon Tate, atacada pelos asseclas de Charles Manson. É um filme praticamente perfeito, uma das obras primas de Tarantino.

Pulp Fiction
A ordem de toda essa lista pode ser questionada, mas este primeiro lugar, dificilmente será questionado. Pulp Fiction é o melhor filme de Tarantino não só pela originalidade e inventividade, mas também por sua estética revolucionária para a época. A importância do filme para o cinema é imensa. Além de fazer com que a indústria desse mais atenção para diretores autorais, com uma pegada mais alternativa, deu aval para que filmes de violência fossem mais explícitos e, consequentemente, mais densos e realistas. O próprio Seven, de David Fincher, lançado em 1995, é filho direto de Pulp Fiction, com cenas que não economizam no sangue, coisa que não aparecia com frequência em filmes policiais até então. Falando do filme em si, Pulp Fiction impressiona pelo roteiro coeso e bem amarrado, pela diversidade de personagens interessantíssimos, e que acabam se conectando, pela linha temporal bagunçada que encanta o espectador quando o filme acaba e tudo se explica, pelos diálogos impagáveis que vão de massagem nos pés a diferentes procedências de heroína. Além de cenas icônicas como a dança de Uma Thuruman e John Travolta, ou a incrível escapada do personagem de Bruce Willis, que foge com a motoci… quer dizer, com a chopper do Zed. Pulp Fiction é um filme irresistível, desses que se você pega pela metade, zapeando os canais da TV, para pra ver até o fim, mesmo já tendo visto dezenas de vezes. É o Nevermind do Tarantino, e só por esse elogio, já se justifica ele estar no primeiro lugar dessa lista, como a melhor obra do cineasta.

Pronto! Está feita a polêmica. Agora é com você, concordar ou discordar da sequência. Unanimidade mesmo é que o Quentin Tarantino é um dos cineastas mais importantes de todos os tempos e, certamente, o mais revolucionário dos últimos 30 anos. Sendo assim, é uma das nossas inspirações aqui na Strip Me. Basta dar uma conferida na nossa loja a quantidade de camisetas baseadas na obra dele para comprovar. Isso sem falar em muitas outras camisetas inspiradas no cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, tem estampa nova toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Mais uma playlist caprichada com músicas das trilhas sonoras dos filmes do Tarantino. Tarantino Mix Top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes do Tarantino, nunca é demais recomendar o inigualável e divertidíssimo curta-metragem brasileiro Tarantino’s Mind. Lançado em 2006, escrito e dirigido pela dupla Bernardo Dutra e Manitou Felipe, o filme conta com Seu Jorge e Selton Mello nos papéis de suas vidas, falando sobre a obra de Tarantino. É sensacional e tem de graça no Youtube. Link aqui.

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Envelhecer é inevitável. Mas envelhecer bem é uma arte. Poderíamos fazer aqui aquelas analogias batidas entre envelhecer com vigor e saúde e um bom vinho envelhecido por décadas e blá blá blá. Mas o nosso negócio aqui é justamente deixar o óbvio de lado e dar valor a outros pontos de vista. Enfim, hoje vamos falar sobre envelhecer bem, com viço e saúde, com propriedade e relevância.

Em especial nas artes, envelhecer bem não é nada fácil. Afinal, a arte, seja ela pintura, música, cinema, teatro, escultura ou fotografia, acaba absorvendo muito do momento em que é concebida. Ainda que seja simplesmente pela estética, o Davi de Michelangelo é expressão clara de seu tempo, o renascimento, com suas formas que carregam uma aura de ultrarrealismo e divindade ao mesmo tempo.

Um Cão Andaluz de Buñuel está encharcado de referências ao seu próprio tempo, de uma Europa pós Primeira Guerra, festiva e questionadora de si mesma. Velvet Underground and Nico, o disco de estreia da Velvet Underground, expressa com nitidez a aura de contra cultura, rebeldia e, até mesmo, certa alienação da juventude dos anos 60.

O que essas três obras tem em comum é que envelheceram bem. Ainda hoje são impactantes, admiráveis e relevantes. Seguem sendo referência para quem quer produzir algo novo hoje em dia.

Por isso, para demonstrar de uma vez por todas, o que significa uma obra de arte envelhecer bem, listamos 5 filmes cults que passaram dos 20 anos e continuam incríveis, que, se vistos ou revistos, hoje em dia ainda vão empolgar, emocionar, divertir e fazer pensar. Vamos á lista!

Cães de Aluguel – 1992

Começamos com o mais velhinho da lista. O primeiro filme escrito e dirigido por Quentin Tarantino completa 30 anos, mas com carinha de bebê. Um bebê bem safadinho e violento, é verdade. O simples fato de o filme se passar, na maior parte do tempo, dentro de um galpão fechado e seus personagens usarem ternos pretos  já ajuda muito para que ele seja atemporal, poderia se passar nos anos 70 ou no ano 2000. Mas é a riqueza e brilhantismo do roteiro e dos diálogos, a edição fantástica, as atuações irresistíveis e a trilha sonora impecável que fazem deste filme, ainda hoje, uma baita obra de arte!

Trainspotting – 1996

Se Cães de Aluguel é esteticamente atemporal por se passar num galpão e os personagens, em sua maioria vestirem ternos, em Trainspotting é tudo escancaradamente anos 90. O diretor Danny Boyle fez questão de retratar o tempo e espaço, uma Escócia agitada e colorida numa época de excessos e mudança de comportamento, principalmente para a juventude. O que faz Trainspottig se manter um filme empolgante até hoje é sua postura contestadora, o questionamento filosófico eterno de Sartre, de que o homem está condenado a ser livre, que envolve o roteiro e, mais uma vez, atuações excelentes e uma trilha sonora arrebatadora.

O Grande Lebowski – 1998

A premissa deste filme chega a ser desanimadora. Personagens homônimos ou fisicamente parecidos que trocam de lugar ou são confundidos um com o outro e se metem em mil confusões é uma parada muito antiga no cinema. O que faz de O Grande Lebowski ser tão diferente e tão marcante até hoje é… o grande Lebowski! Claro que tudo funciona lindamente no filme, os personagens coadjuvantes super bem construídos, a trama insólita em constante evolução, a estética desleixada e charmosa dos anos 90, o ar de contracultura… mas o carisma do personagem principal, o inigualável The Dude, que Jeff Bridges entrega com perfeição, é arrebatador. É o tipo de filme que você pode já ter visto várias vezes, mas se estiver zapeando a TV à cabo e passar por ele, é irresistível parar e assistir até o fim.

Quero Ser John Malkovich – 1999

Podemos dizer que se trata de um filme de novatos. Mas que novatos! Este foi o primeiro filme de destaque do Spike Jonze como diretor e o do Charlie Kaufman como roteirista. Ambos rapidamente ganharam o status de gênios do cinema cult. E não é para menos. Em Quero ser John Malkovich o realismo fantástico de Charlie Kaufman se mostra ilimitado, mas sempre ancorado em questões existenciais e muita ironia, a direção bucólica de Spike Jonze é magistral e as atuações impactantes de John Cusack, Cameron Diaz, Catherine Keener e o próprio John Malkovich completam a receita. É um filme atemporal e envelheceu muito bem, porque é realmente fascinante e inusitado de tal forma, que segue sendo instigante e desafiador.

Clube da Luta – 1999

Completamos esta lista com o maior filme cult dos últimos tempos. Todo mundo conhece o Tyler Durden e sabe muito bem qual a primeira regra do clube a luta. Regra esta que quebramos aqui mais uma vez para falar da força descomunal deste filme. Um filme lançado 23 anos atrás e que, de toda essa lista, é o que se mantém mais atual. Afinal o roteiro, excelente diga-se, levanta questões que transcendem qualquer evolução tecnológica, pois diz respeito ao consumismo, a relação com o trabalho, a solidão, empatia, conformismo, a mídia doutrinadora, depressão e etc. Fora isso, tudo é bem feito e funciona no filme. As atuações impecáveis de Brad Pitt e Edward Norton, a direção caótica de David Fincher, a trilha sonora pesada, a fotografia contemporânea e visceral. É um filme que, não só envelheceu bem, mas continua influente e profundo. E assim seguirá pelos próximo 30, 40 anos a frente.

Pronto. Se você quer ter um fim de semana mais tranquilo e caseiro, já tem aí uma listinha respeitável de filmes para ver ou rever. Uma lista que tem tudo a ver com a Strip Me! Para nós a arte contestadora, de vanguarda e questionadora, como são estes cinco filmes, tem um cantinho especial no coração. Por isso fazemos questão de estar sempre entregando camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e comportamento com um olhar mais aguçado, mas sem perder a elegância e bom gosto. Pra conferir, é só acessar a nossa loja, onde sempre tem novos lançamentos pipocando.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma Playlist com o melhor da trilha sonora de cada um dos filmes listados: Cine Cult top 10 tracks.

Para assistir: Além desse top 5 retumbante, vamos quebrar o seu galho e falar de mais um filme cult clássico e irretocável, mas que não tem mais de 20 anos, por isso não entrou na lista acima. Estamos falando de 500 Days of Summer, um filme cult por excelência, com direito a estética vintage, um caminhão de referências pop e The Smiths na trilha sonora. Mais cult que isso, impossível. E é um filme divertidíssimo mesmo! Pra ver e rever naquele domingo de chuva comendo pipoca no sofá. Ah, sim, o filme é de 2009, dirigido pelo Marc Webb e estrelado pela Zooey Deschanel e Joseph Gordon Levitt.

Pulp Fiction Facts

Pulp Fiction Facts

Pulp Fiction é daqueles filmes definitivos. A estética, os diálogos, o roteiro inovador com histórias bizarras que se cruzam, a violência tratada de maneira escrachada, os personagens sensacionais, enfim… Pulp Fiction é, sem sombra de dúvida, o melhor de Tarantino e também um marco na cultura pop.

Assim, como quase tudo já foi dito sobre o filme, resolvermos abordar o lado behind the scenes da coisa. Então, se liga nesses 10 Pulp Fiction Facts que separamos e que você, provavelmente, não sabia. I dare you. I double dare you motherfucker! J

1. O vício de Vincent Vega em Heroína

Para fazer o personagem Vincent Vega da forma mais realista possível, John Travolta pediu a um amigo viciado em heroína para descrever qual a sensação ao usar a droga, já que o personagem Vincent era um viciado em heroína. O amigo então deu a seguinte dica a Travolta: fique bêbado de tequila e deite em uma banheira de água quente; essa será a representação mais próxima possível da sensação dos efeitos da heroína. John Travolta diz que treinou a tática diversas vezes com a esposa em um hotel para se preparar para as filmagens.

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2. O casal Marcellus Wallace e Mia Wallace

Apesar de formarem um casal no filme, é interessante perceber que os personagens não conversam em nenhuma cena.

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3. Ezequiel 25:17

A passagem bíblica citada por Jules antes de atirar em um personagem não é, de fato, verdadeira. Na verdade, Samuel L. Jackson e o diretor Quentin Tarantino usam apenas duas frases originais da bíblia, sendo que o restante do texto foi criado por eles mesmos antes das filmagens.

Se liga: “Ezekiel 25:17. ‘The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother’s keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee!”.

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4. O papel de Mia Wallace

Uma Thurman fez da personagem Mia Wallace uma referência eterna do que é ser cool, maluca, junkie etc., sendo até impossível imaginar outra atriz senão ela vivendo Mia. Mas, na verdade, antes de Uma Thurman pegar o papel, várias atrizes foram cogitadas, tais como: Julia Louis-Dreyfus, Halle Berry, Meg Ryan, Isabella Rossellini, Daryl Hannah, Joan Cusack e até mesmo Michelle Pfeiffer. Ainda bem que Tarantino ficou mesmo com Uma Thurman, e, reza a lenda que, para convencê-la, o diretor ligou na casa da atriz e leu para ela o roteiro inteiro do filme pelo telefone. Ela topou fazer o papel na hora!

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5. Bad Motherfucker

A carteira usada por Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) com a inscrição “Bad Motherfucker” existia mesmo, e era, na realidade, a carteira de Quentin Tarantino.

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6. Robert Rodriguez dirigiu algumas cenas de Pulp Fiction

O diretor Robert Rodriguez é amigo de longa data de Tarantino e juntos já dirigiram diversos cenas em variados filmes. Um fato curioso é que, mesmo não citado nos créditos, Robert dirigiu a maioria das cenas de Pulp Fiction em que Tarantino está atuando.

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7. 8 milhões de dólares

8 milhões de dólares foi o preço de Pulp Fiction. Apesar de extremamente barato para os padrões do cinema americano, destaca-se que dos 8 milhões, 5 foram somente para pagar os cachês dos atores. Com o sucesso do filme, foram arrecadados mais de 210 milhões de dólares nas bilheterias de cinema de todo o mundo.

Cannes Film Festival Retrospective

8. A cena de estupro de Marcellus Wallace

O ator Ving Rhames, que interpreta o chefão Marcellus Wallace, se recusou a fazer a cena onde ele é estuprado. A produção do filme então conseguiu que o ator Max Julien fizesse a cena no lugar de Max.

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9. Kurt Cobain foi cotado para o filme?

Em diversas entrevistas, Courtney Love já alegou que o diretor Quentin Tarantino queria que Kurt Cobain interpretasse o papel do traficante Lance. Ainda segundo Courtney, Kurt negou o papel por achar que estaria fazendo apologia ao uso de drogas. Tarantino negou a história diversas vezes, mas, uma coisa é fato: a semelhança física do personagem Lance (interpretado pelo ator Eric Soltz) com Kurt Cobain é inegável, não?

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10. A cena de Dança no Jack Rabbit Slim

Que Pulp Fiction é cheio de referências a diversos outros filmes, isso é fato. Mas uma cena em especial ganha destaque: a genial cena de dança interpretada por Uma Thurman e John Travolta é, na verdade, uma homenagem de Tarantino à cena de dança de Gloria Morin e Mario Mezzabotta’s no filme de Frederico Fellini.


 

11. Bônus: A palavra Fuck é dita 265 vezes durante o filme.

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