Yin Yang: O Equilíbrio da Vida

Yin Yang: O Equilíbrio da Vida

A Strip Me faz sua alquimia ao misturar a filosofia chinesa do Yin Yang à diversidade da cultura pop, para criar camisetas originais e super contemporâneas.

Demorou muito para que os povos do ocidente (nós, no caso) realmente assimilassem filosofias e hábitos orientais. A história do mundo nos mostra que sempre rolou uma barreira muito grande entre esses dois mundos. De um lado a filosofia greco romana e a religiosidade judaico-cristã. De outro as filosofias milenares do taoísmo e do budismo. Durante o Renascimento e as grandes navegações, muito se consumiu do oriente, claro. Mas apenas produtos e alimentos, as famosas especiarias e as sedas chinesas. Foi mais à partir do século XX mesmo que as coisas começaram a mudar e o ocidente passou a incorporar elementos das filosofias orientais.

O engraçado é que as coisas chegam até nós meio enlatadas, com um verniz espesso de ocidentalização. E não estamos falando só do brasileiro, que transforma o sushi em hot roll. Um exemplo é o Feng Shui, que é um princípio filosófico complexo, cheio de nuances e interpretações, que acabou virando meio que uma vertente do design de interiores, um conceito que os arquitetos mais descolados gostam de usar para justificar suas ideias. Da mesma maneira, o Yin Yang virou um símbolo pop, que virou febre entre os jovens dos anos 80 em vários lugares do mundo, que tatuavam o símbolo no braço sem saber direito o que aquilo significa.

O Yin Yang também é um conceito filosófico bem complexo e abrangente, é a base do taoísmo. Por sua vez, o taoísmo é uma filosofia religiosa politeísta chinesa, que tem sua própria explicação para a criação do universo, do planeta Terra e da humanidade. O Yin Yang está presente nesse princípio de tudo para os chineses. Ele representa o equilíbrio e a harmonia entre dois opostos. Luz e sombra, fogo e água, terra e céu, positivo e negativo, multiplicar e dividir… enfim, opostos, mas que se equilibram, que precisam um do outro para existir. Portanto, quando acontecem grandes catástrofes naturais como tsunamis, erupção de vulcões e até mesmo guerra entre povos, os chineses identificam essas coisas como desequilíbrios no Yin Yang. É por isso que em sua representação gráfica, o símbolo Yin Yang é uma esfera, dividida perfeitamente por uma onda, um lado é branco e outro é preto, e em cada lado, há um ponto. No lado preto um ponto branco e no lado branco um ponto preto, mostrando que a harmonia, representada pela onda, se estabelece quando os dois lados coexistem e interagem em equilíbrio.

Os primeiros registros do conceito do Yin Yang no taoísmo datam do século II antes de Cristo, ou seja, 4 mil anos atrás. Ao longo dos séculos ele foi sendo mais elaborado. Mas logo no início já ganhou a representação da esfera dividida entre preto e branco, representando o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yin preto e yang branco, integrados num movimento contínuo de geração mútua e interação destas forças. A filosofia taoísta observa a vida e a realidade como algo fluído, em constante mutação, por isso o equilíbrio do Yin Yang se mostra tão importante para sua cultura. Para se ter uma ideia, os conceitos do Yin Yang são aplicados em todas as áreas, da arte à matemática, passando pela agronomia, medicina, astronomia e muitas outras áreas da ciência e filosofia.

No século XX, as fronteiras do mundo diminuíram e começou a rolar toda uma descoberta dessas filosofias orientais por parte dos intelectuais do ocidente. No início do século, técnicas como a xilogravura, cuja obra mais marcante é A Onda de Kanagawa, se popularizou, bem como escritores existencialistas, entre eles alguns da geração beat, passaram a flertar com o budismo tibetano. Mais pra frente, nos anos 60, a cultura indiana se popularizou entre os jovens, muito graças aos Beatles, é verdade. Mas nessa busca por transcendência e purificação do ser humano que alguns hippies investiram, acabaram vindo junto alguns conceitos do taoísmo. E o Yin Yang passou a estampar algumas camisetas e batas. Claro, afinal, além de ter essa ideia de equilíbrio, o Yin Yang é esteticamente muito cativante.

Essa percepção do taoísmo sobre a natureza humana, representada pelo Yin Yang é realmente muito reveladora, e muito interessante. Tanto é que aparece com uma frequência enorme em diferentes manifestações artísticas. Nas artes plásticas isso fica mais subjetivo, mas pode ser identificado em obras como o Homem Vitruviano, de Leonardo Da Vinci. É bem provável que Da Vinci não tivesse contato direto com a filosofia taoísta. Ainda assim, transmitiu nessa obra, o mesmo conceito de equilíbrio e harmonia do ser. Mas é na literatura, quadrinhos e cinema que o Yin Yang é retratado com vitalidade e clareza, através de personagens complexos e diversos.

O maior exemplo é claramente o conto O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, escrito pelo escocês Robert Louis Stevenson e publicado originalmente em 1886. A obra que ficou mais conhecida como O Médico e o Monstro se tornou sucesso absoluto na Europa, logo foi adaptada para o teatro e, no século seguinte, assim que o cinema foi criado, ele foi um dos primeiros textos a serem adaptados para as telonas. E é, ainda hoje, uma as obras literárias com o maior número de adaptações no cinema. São mais de 30 filmes. O primeiro foi lançado em 1920, dirigido por John S. Robertson. O mais recente é de 2017, dirigido pelo Luciano Barsuglia. Mas, certamente a mais importante e impactante adaptação é a de Victor Fleming, O Médico e o Monstro, lançado em 1941 e estrelado por Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner. O Estranho Caso de Doutor Jekyll e Senhor Hyde foi a primeira obra, tanto na literatura, quanto no cinema, a personificar com propriedade o Yin Yang, essa dualidade que existe no ser humano, que é bom e mau naturalmente, e vive em harmonia. Mas se algo faz com que esse equilíbrio seja quebrado, as consequências podem ser desastrosas.

Uma espécie de releitura do Dr Jekyll é o personagem Harvey Dent, incorruptível promotor público de Gotham City, que depois de sofrer um acidente, tem metade de seu rosto desfigurado e passa a ter dupla personalidade, tornando-se um dos mais icônicos inimigos do Batman, o Duas Caras. O interessante sobre o Duas Caras é que, assim como o Yin Yang, ele tem uma maneira de manter o equilíbrio entre suas duas personalidades opostas: o acaso. Antes de tomar uma decisão conflitante entre o promotor público honesto e o vilão enraivecido, o personagem joga uma moeda para o alto e tira no cara ou coroa. O problema é que, para o azar de Gotham, a moeda quase sempre fica do lado do vilão. No universo dos quadrinhos de Batman outro exemplo de gritante de Yin Yang é a relação do próprio Batman com seu maior rival, o Coringa. Ambos são originados na violência e desigualdade de Gotham, mas um decide lutar contra o crime e o outro abraça o caos. E os dois se completam, um não existiria sem o outro. O belíssimo filme Joker, de 2019, com Joaquim Phoenix como protagonista, mostra isso com clareza.

E o mais recente e marcante exemplo de Yin Yang no cinema, que pode até ser considerada mais uma releitura de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, é o excelente Clube da Luta. Tyler Durden é o Dr. Jekyll do fim do século XX. Aqui temos os opostos realmente convivendo e lutando para se equilibrar. Com a diferença que nesta obra, tanto o escritor Chuck Palahniuk, quanto o diretor David Fincher, apostam no caos como forma de equilibrar os opostos. Como no poema de William Blake, que inspirou o nome da banda The Doors, o final de Clube da Luta, que aponta para o ápice do caos, justamente quando Tyler Durden tem pleno conhecimento de sua dualidade. “Quando as portas da percepção forem finalmente abertas, tudo aparecerá como realmente é: Infinito.”. Justamente o que prega o taoísmo chinês, a harmonia e fluidez da vida rumo ao infinito, numa constante evolução.

Enfim, todas essas teorias milenares orientais são bem complexas mesmo, e não dá pra gente resumir e falar sobre elas superficialmente. Mas é legal a gente saber sobre essa força imensa do Yin Yang e como ela é bem representada, num ícone tão simples e bonito. Além do mais, harmonia e equilíbrio fazem parte da nossa inspiração e filosofia de trabalho na Strip Me. Isso se reflete no uso de insumos que não agridem o meio ambiente, parceria com empresas locais e frequentes doações para ONGs que defendem nossos princípios.  Isso sem falar nas camisetas que combinam estilo e atitude em estampas de arte, música, cinema, cultura pop e muito mais. Confira tudo isso na nossa loja, onde você aproveita para ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Na música o Yin Yang também se faz presente, em parcerias que se completam. Lennon-McCartney, Richards-Jagger, Simon-Garfunkel… portanto, segue uma playlist com as mais marcantes duplas “Yin Yang” da música pop! Yin Yang Top 10 tracks!

Para assistir: O Clube da Luta com certeza é o filme que melhor retrata a dualidade do ser humano moderno em toda a sua complexidade. O filme é baseado no livro de Chuck Palahniuk, dirigido pelo David Fincher e protagonizado por Brad Pitt e Edward Norton, que são realmente um só em todo o filme. O filme foi lançado em 1999.

Para ler: A editora Darkside Books lançou em 2019 uma edição lindíssima, em capa dura do clássico O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson. Além de ser um texto realmente brilhante, essa edição da Darkside vale a pena pelo belíssimo tratamento gráfico.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Na expectativa do décimo filme de Tarantino, em fase de produção, a Strip Me ranqueou todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

Um post claramente polêmico. Nada mais justo, afinal Quentin Tarantino sempre foi um diretor de cinema polêmico, gerando discussões sobre apologia à violência, subverter fatos históricos, abusar de referências pop e retratar o Bruce Lee levando um pau de um dublê de Hollywood. Mas é sua obra que o coloca como um dos maiores diretores da história do cinema. Um revolucionário. Tarantino fez na indústria do cinema o que o Nirvana fez na indústria fonográfica (e praticamente na mesma época). Ambos alçaram ao topo do mainstream o que era alternativo e underground, com obras absolutamente fantásticas e de valor inquestionável. O disco Nevermind desencadeou uma avalanche de lançamentos de bandas desconhecidas, e Pulp Fiction fez com que diretores autorais, como os irmãos Coen por exemplo, tivessem mais espaço, além de iniciar uma época de filmes violentos mais crus e explícitos.

Tarantino anunciou no começo deste ano que finalizou o roteiro de seu décimo filme, e aproveitou para dizer que será seu último. Se ele vai mesmo pendurar a claquete, só o tempo dirá. Mas a expectativa sobre seu último filme é enorme. Intitulado The Movie Critic, o longa será ambientado em 1977. Em entrevistas o diretor não deu pistas sobre a história, mas afirmou de antemão que não se trata de um crítico de cinema específico, não é uma cinebiografia ou algo assim. As filmagens estão programadas para o outono deste ano, que no Hemisfério Norte começa em setembro. Pra amenizar essa expectativa, fizemos um ranking de todos os filmes do Tarantino, do pior para o melhor. Onde The Movie Critic se encaixará nessa lista, ainda não sabemos. Mas sabemos que muita gente vai concordar com o nosso ranking, e muita gente vai discordar. E, no fim das contas, essa é a graça de fazer listas. Então vamos a ela.

Death Proof
Lançado em 2007, este é o filme mais fraco de Quentin Tarantino. É lógico que o filme mais fraco do Tarantino ainda é melhor que muita coisa feita nos últimos vinte anos no cinema. Sim, é um filme divertido, com aquela linguagem de filme B dos anos 70, diálogos maravilhosos e algumas cenas memoráveis. A cena da colisão frontal dos carros é linda! Mas é um file propositalmente galhofeiro, tem uns cortes desnecessários de cenas e um roteiro desleixado. A história é fraca.

Os Oito Odiados
Filme lançado em 2015, com um elenco fantástico. Numa espécie de volta às origens, Os Oito Odiados é como se fosse uma refilmagem do Cães de Aluguel, só que numa cabana congelada no meio do nada no século XIX. Claro, as atuações e os diálogos fazem com que o filme funcione muito bem. Mas acaba que é um filme cansativo e arrastado, ainda mais para quem vinha de esperando um novo Django Livre ou Bastardos Inglórios. Requer certa paciência para assistir as quase três horas de filme numa tacada só.

Jackie Brown
Veja você que o terceiro filme mais fraco de Tarantino tem no elenco Robert DeNiro, Bridget Fonda, Pam Grier, Michael Keaton e, é claro, Samuel L. Jackson. Além de ser o único dos filmes que Tarantino dirigiu, mas não escreveu, Jackie Brown é um filme muito bom. Na real, nem tem muito o que criticar. Tem atuações muito boas, uma história bem amarrada e uma trilha sonora focada no soul e funk dos anos 70 que é um deslumbre. Foi lançado em 1997 e é altamente recomendado. Mas, ao continuar lendo, você vai entender porque ele está entre os três “piores” do Tarantino.

Django Livre
Aqui a coisa já começa a complicar. Porque daqui pra frente são filmes realmente incríveis, e chega a ser injusto dizer que um é pior, ou mais fraco, que outro. Django Livre foi lançado em 2012 e é um filme grandioso. Tarantino recriou um filme western com maestria, mas colocando um negro como protagonista. Aqui temos um Leonardo DiCaprio numa atuação irretocável, aliás todas as atuações são muito acima da média. A trilha sonora que mescla clichês do western spaghetti com rap é genial. Mas é isso. É um western sob o olhar do século XXI. Uma boa história, boas atuações, mas sem grandes transgressões ou ousadias.

Bastardos Inglórios
Entramos no Top 5. E de cara podemos afirmar sem medo de errar que Bastardos Inglórios já é um clássico do cinema de todos os tempos. Foi neste filme que Tarantino, pela primeira vez, subverteu seu próprio método. Concebeu um filme numa linha do tempo linear, sem flashbacks, usou pelo menos umas 3 tipografias diferentes ao apresentar os créditos e retratou personagens históricos reais. Foi aqui que Tarantino mostrou ao mundo o brilhante ator Christoph Waltz, que roubou a cena como um general da SS culto e inescrupuloso. Outra subversão de Tarantino foi com a própria história mundial. Neste filme, lançado em 2009, os nazistas são derrotados em 1944, com a cúpula nazista, incluindo Hitler, morta num incêndio de um pequeno cinema em Paris. É um filme imperdível.

Cães de Aluguel
Lançado em 1992, é o filme de estreia de Tarantino como diretor. E é um dos filmes mais empolgantes dos anos 90. Tudo que o mundo viria a conhecer dois anos depois com o sucesso de Pulp Fiction já estavam neste filme. Litros de sangue, diálogos impagáveis, sarcasmo, uma linha temporal bagunçada e criminosos como protagonistas. Cães de Aluguel é brilhante por inúmeros motivos, mas um deles certamente é o fato de o filme se passar por mais da metade do tempo dentro de um barracão vazio. As atuações e os diálogos são maravilhosos. Sem falar na memorável cena da tortura do policial, que imortalizou a música Stuck in the Middle With You, da banda Stealers Wheel. Em se tratando de um diretor estreante, é um filme realmente inacreditável de tão bom.

Kill Bill I & II
Se o próprio Tarantino, em sua filmografia, considera os dois volumes de Kill Bill, lançados em 2003 e 2004, um filme só, quem somos nós para discordar? Kill Bill é um filme de 4 horas de duração, mas que pode ser assistido de uma vez sem cansar. Além da história ser riquíssima, tem personagens cativantes, diferentes locações e até mesmo diferentes linguagens cinematográficas, indo da animação no estilo mangá até filmes de bang bang. Apesar de se tratar de uma premissa simples, uma mulher em busca de vingança, tudo que envolve essa personagem e suas motivações são explicados num turbilhão delicioso de referências e homenagens à cultura pop, passando pela música, quadrinhos e cinema. Apesar de toda a violência, é um filme leve e divertido, desses que a gente não cansa de ver e rever.

Era Uma Vez em Hollywood…
O dedo chega a coçar para escrever que este é o melhor filme de Tarantino. Mas é claro, devemos levar em conta fatores como a maturidade, que traz consigo aprimoramento profissional, do diretor. Era uma vez em Hollywood… é seu filme mais recente, lançado em 2019. De fato, aqui Tarantino refinou sua arte em todos os sentidos. Está tudo lá. As referências pop, as influências de western e kung fu, a ambientação de época impecável e diálogos maravilhosos. Mas tudo muito bem dosado, sem exagero, e feito com esmero. É mais um filme de Tarantino com mais de duas horas de duração, mas que não dá pra sentir o tempo passar. E, é claro, as atuações irretocáveis de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Em especial DiCaprio está voando, numa atuação realmente poderosa. Mais uma vez Tarantino reescreve a história ao recontar à sua maneira o caso Sharon Tate, atacada pelos asseclas de Charles Manson. É um filme praticamente perfeito, uma das obras primas de Tarantino.

Pulp Fiction
A ordem de toda essa lista pode ser questionada, mas este primeiro lugar, dificilmente será questionado. Pulp Fiction é o melhor filme de Tarantino não só pela originalidade e inventividade, mas também por sua estética revolucionária para a época. A importância do filme para o cinema é imensa. Além de fazer com que a indústria desse mais atenção para diretores autorais, com uma pegada mais alternativa, deu aval para que filmes de violência fossem mais explícitos e, consequentemente, mais densos e realistas. O próprio Seven, de David Fincher, lançado em 1995, é filho direto de Pulp Fiction, com cenas que não economizam no sangue, coisa que não aparecia com frequência em filmes policiais até então. Falando do filme em si, Pulp Fiction impressiona pelo roteiro coeso e bem amarrado, pela diversidade de personagens interessantíssimos, e que acabam se conectando, pela linha temporal bagunçada que encanta o espectador quando o filme acaba e tudo se explica, pelos diálogos impagáveis que vão de massagem nos pés a diferentes procedências de heroína. Além de cenas icônicas como a dança de Uma Thuruman e John Travolta, ou a incrível escapada do personagem de Bruce Willis, que foge com a motoci… quer dizer, com a chopper do Zed. Pulp Fiction é um filme irresistível, desses que se você pega pela metade, zapeando os canais da TV, para pra ver até o fim, mesmo já tendo visto dezenas de vezes. É o Nevermind do Tarantino, e só por esse elogio, já se justifica ele estar no primeiro lugar dessa lista, como a melhor obra do cineasta.

Pronto! Está feita a polêmica. Agora é com você, concordar ou discordar da sequência. Unanimidade mesmo é que o Quentin Tarantino é um dos cineastas mais importantes de todos os tempos e, certamente, o mais revolucionário dos últimos 30 anos. Sendo assim, é uma das nossas inspirações aqui na Strip Me. Basta dar uma conferida na nossa loja a quantidade de camisetas baseadas na obra dele para comprovar. Isso sem falar em muitas outras camisetas inspiradas no cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, tem estampa nova toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Mais uma playlist caprichada com músicas das trilhas sonoras dos filmes do Tarantino. Tarantino Mix Top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes do Tarantino, nunca é demais recomendar o inigualável e divertidíssimo curta-metragem brasileiro Tarantino’s Mind. Lançado em 2006, escrito e dirigido pela dupla Bernardo Dutra e Manitou Felipe, o filme conta com Seu Jorge e Selton Mello nos papéis de suas vidas, falando sobre a obra de Tarantino. É sensacional e tem de graça no Youtube. Link aqui.

Flashs da fotografia moderna.

Flashs da fotografia moderna.

A Strip Me elencou os 5 fotógrafos mais inovadores e influentes da atualidade para falar sobre a fotografia moderna, que mistura arte, música, cinema e moda.

Algum tempo atrás já rolou um post aqui no blog sobre fotografia e seu lugar na cultura pop. Hoje estamos aqui para falar da fotografia contemporânea, mas sem deixar de lado sua importância histórica (afinal a história está aí, sendo escrita diariamente) e artística. Todo fotógrafo é um artista. Sendo assim, cada um tem sua própria linguagem, estilo, personalidade e discurso. Afinal, cada vez mais as mídias se misturam e cresce a necessidade de cada indivíduo se posicionar frente a suas crenças e princípios.

Seja na moda, no jornalismo ou na mais pura expressão artística, a fotografia tem muitos representantes de talento imenso e estética única. Por isso, aqui separamos 5 dos mais reconhecidos e influentes fotógrafos da atualidade, para você conhecer e se inspirar.

Steven Klein
Klein é da costa leste dos Estados Unidos. Quando jovem, queria ser pintor e se inspirava em Picasso e Francis Bacon. Aos 20 anos migrou as artes plásticas para a fotografia, e logo já emplacou uma celebrada campanha para Christian Dior. Entrou de cabeça no mundo da moda e das celebridades, para poder justamente desvirtua-lo. Passou a explorar o hiper-realismo, a sexualidade e o fetichismo, dando uma cara mais soturna e enigmática para o glamourizado mundo da moda. Se assemelha a Oliviero Toscani, mais pelo discurso e retórica, do que pela estética. Mas certamente se estabeleceu hoje como uma das figuras mais influentes da fotografia fashion.

David LaChapelle
Um fotógrafo instintivo e visceral, LaChapelle despontou através da revista Interview, cujo fundador foi ninguém menos que Andy Warhol. Além de Warhol e a Pop-Art como um todo, LaChapelle é fortemente influenciado pelo surrealismo. Suas fotografias mais famosas se caracterizam pela alta saturação e o encontro da beleza coma bizarrice. Além de ser um fotógrafo de arte muito original e respeitado, ele também é conhecido por fotografar e dirigir vídeo clipes de artistas como Jennifer Lopez, Britney Spears, Avril Lavigne, No Doubt, Whitney Houston, Macy Gray, Blink-182, Elton John, Christina Aguilera eThe Vines. LaChapelle tem trabalhos expostos em galerias de vários países e lançou alguns livros de fotografia artística com suas obras.

Emilio Morenatti
Nascido na Espanha, Morenatti já entrou no hall dos fotojornalistas mais importantes da história. Em 1992 foi contratado pela Agencia EFE, a principal agência de notícias espanhola. Pouco tempo depois mudou-se para Londres, onde se graduou em Fotojornalismo. Pela Associeted Press visitou mais de 50 países cobrindo eventos importantes e muitos conflitos. Em 2009 estava no Afeganistão fotografando uma tropa norte americana quando uma bomba explodiu. Ele foi atingido e teve uma perna amputada. Suas fotografias são marcadas por uma espontaneidade rara de ser registrada, com um cuidado estético único. São fotografias que realmente conseguem comunicar muita coisa sem palavras. Em 2021 ele ganhou o Pulitzer de fotografia por um ensaio que retratava o cotidiano de idosos espanhóis durante a pandemia de Covid-19. Ao receber o prêmio mais importante do jornalismo, ele declarou que trocaria facilmente aquele prêmio por ter sua perna de volta. Para isso, inclusive, até aceitaria queimar toda sua obra.

Annie Leibovitz
Leibovitz tem uma trajetória meteórica. Ainda adolescente, ingressou na San Francisco Art Institute querendo se tornar pintora. Mas logo se envolveu com fotografia e se apaixonou. Aos 20 anos de idade foi contratada pela revista Rolling Stone. O ano era 1970 e seu primeiro trabalho para a revista foi fotografar John Lennon, logo após o anúncio da separação dos Beatles. Com 23 anos de idade ela já era chefe da seção de fotografia da revista, onde trabalhou até 1983. Por lá fotografou os maiores nomes da cultura pop do século XX, sempre com muita personalidade e esmero. Nos anos 80 trabalhou muito com publicidade e também se dedicou a exposições artísticas. Ela foi a primeira mulher a ter suas fotos expostas na National Portrait Gallery, em Washington. Ainda hoje é uma das fotógrafas mais requisitadas do meio musical. Aliás, são delas as imagens mais famosas da lendária turnê dos Rolling Stones nos Estados Unidos em 1975. Ela foi designada para registrar toda a tour e viajou com a banda. Certamente, além de bem sucedida profissionalmente, ela já se divertiu muito.

Cindy Sherman
Cindy Sherman é, acima de tudo, uma questionadora. E faz da sua arte um veículo eficiente e impactante para falar sobre identidade, sociedade, auto aceitação e, principalmente, sobre o papel da mulher como criadora de arte e seu lugar na mídia e na sociedade. A obra de Sherman é essencialmente artística, mas ela chegou a fazer campanhas publicitárias de moda para Jean Paul Gaultier e Rei Kawakubo, o que lhe proporcionou notoriedade e permitiu que ela investisse cada vez mais na sua carreira como artista. Sua obra é marcada por composições onde ela cria cenários e personas para si própria, o que faz com que muitas de suas fotos sejam autorretratos.  Atualmente sua vasta obra fotográfica está exposta em várias galerias e museus ao redor do mundo. Cindy Sherman é considerada a fotógrafa mais audaciosa de sua geração, com uma estética pós modernista, que, sem querer, previu a efemeridade de selfies e fotos postadas em redes sociais.

Não importa que esses soberbos velhotes acadêmicos cheios de si considerem apenas sete as verdadeiras artes do mundo. A saber: Pintura, Escultura, Música, Literatura, Dança, Arquitetura e Cinema. A gente sabe muito bem que a fotografia é uma expressão artística tão poderosa, verdadeira e encantadora quanto todas as outras. Por isso, a Strip Me sempre fez questão de celebrar a fotografia, inclusive com uma coleção super descolada, Camisetas de Foto e Vídeo. Além das clássicas coleções de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais. Tudo isso na nossa loja, onde você pode explorar todas as coleções e ainda ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist toda voltada para o mundo da fotografia, canções que falam sobre o assunto e que funcionam como trilha sonora para apreciar uma boa exposição fotográfica. Fotografia top 10 tracks.

Para assistir: Cindy Sherman, além da fotografia, também se dedicou ao cinema. Dirigiu um único longa metragem. O filme se chama Mente Paranóica, mas o título original funciona bem melhor: Office Killer. O filme é de 1997 e é uma mistura de suspense e comédia. O roteiro chega a ser meio bobo, mas ao que se propõe, até que funciona bem. E, claro, esteticamente é um filme bem legal, com uma fotografia e montagem interessantes.

Para ler: Em 1999 Annie Leibovitz lançou um livro muito impactante. Intitulado Mulheres, o livro conta com um ensaio fotográfico de mulheres dos Estados Unidos, desde juízas da suprema corte até prostitutas de Las Vegas e textos da escritora, crítica de arte e ativista Susan Sontag. Um livro mais que recomendado, fundamental.

Um brinde ao cinema!

Um brinde ao cinema!

A Strip Me traz um top 5 de Drinks que foram imortalizados pelo cinema!

Que o cinema sempre gerou tendências, isso não é novidade. Desde James Dean vestindo calça jeans, camiseta branca e jaqueta até a Reese Whiterspoon de vestido cor de rosa no tribunal. É evidente que o cinema tem uma influência brutal sobre a sociedade. Não só no vestuário, mas no comportamento e no consumo em geral. Já faz tempo que a indústria cinematográfica inventou o merchandising. Então, a gente sabe que não é à toa que o Marty McFly toma Pepsi no passado, no futuro e no presente ou que o Forrest Gump calce tênis Nike para correr pelos Estados Unidos. Mas muitas vezes, algumas tendências surgem involuntariamente.

Todo mundo gosta de tomar um bom drink entre amigos. Num encontro amoroso então, é ainda mais charmoso degustar um atraente drink bem elaborado. E nisso o cinema sempre se mostrou prodigioso em mostrar. Tanto que muitos drinks ganharam fama mundial e são consumidos até hoje graças ao cinema. E essa união de cinema e drinks é tão deliciosa, que a Strip Me resolveu apresentar um top 5 dos melhores e mais famosos drinks no cinema, pra você tomar no balcão do bar no maior estilo, ou até mesmo reproduzi-los em casa.

Manhattan

Pra começar vamos com um clássico em todos os aspectos. Quanto Mais Quente Melhor é considerado um dos melhores filmes do diretor Billy Wilder. Lançado em 1959, o longo conta com Tony Curtir, Jack Lemmon e Marilyn Monroe. Ficou famosa a cena em que uma sedutora Marilyn prepara um drink para a dupla de fugitivos interpretados por Curtis e Lemmon, dentro de um trem. Ela mistura vermute e bourbon e diz que o drink se chama Manhattan. Essa cena foi o suficiente para imortalizar o drink e fazer dele um dos mais pedidos nos bares dos Estados Unidos no anos 60.
O Manhattan clássico leva uma dose de vermute, duas doses de bourbon, gelo, uma cereja uma lasca de casca de laranja para decorar. Coloque o vermute, o bourbon e o gelo numa coqueteleira, misture bem e sirva na taça, finalizando com a cereja e a casca da laranja. É servido numa taça do tipo coupette. Se quiser, é uma boa ideia deixar a taça no congelador por uns 15 minutos antes de servir o drink.

Dry Martini

A primeira vez que James Bond explicou como gosta de seu Dry Martini foi no filme 007 Contra Goldfinger, de 1964. Na famosa cena, Sean Connery explica que ao drink deve ser batido e não mexido. Um comentário controverso, diga-se. Mas  a gente chega lá. Bond foi adaptado para o cinema, vindo dos livros de Ian Fleming. E logo no primeiro livro, Casino Royale, lançado em 1953, o personagem dá uma descrição detalhada do preparo de seu drink favorito. “três medidas de gin Gordon’s, uma de vodka, meia medida de licor Kina Lillet, bem agitada até que esteja gelada, em seguida, adicione uma fatia grande e fina de casca de limão”. Nos filmes que vieram depois de Goldfinger, James Bond repetiu inúmeras vezes que prefere seu Dry  Martini batido, não mexido. O fato é que o correto é que o drink seja servido coado, límpido, sem nenhum vestígio sólido de gelo. Entretanto, o drink deve ser servido bem gelado. Por isso, alé de manter a taça resfriada antes de servir, a mistura das bebidas deve ser feita numa coqueteleira ou num mixing glass com bastante gelo, e depois coada para ser servida. Mexer a mistura com uma colher é mais apropriado, porque, ao ser batido na coqueteleira, o gelo se quebra em pedaços pequenos e derrete mais rápido. Assim, o drink fica diluído e com cristais de gelo que não são retidos na coagem. Mas, convenhamos, quem somos nós pra questionar o gosto do 007?
Para preparar seu próprio Dry Martini, antes de tudo, coloca a taça para resfriar. Numa coqueteleira com bastante gelo, coloque 60ml de gim, 20ml de vodca e 10ml de vermute branco. Mexa (ou bata, como preferir) bastante. Coe, sirva na taça fria e coloque uma lasca fina de casaca de limão siciliano. Ah, sim. O dry martini tradicional é servido com uma azeitona dentro. O do James Bond, porém, não leva azeitona. Aí fica a seu critério.

The Red Eye

Só mesmo o Tom Cruise exalando juventude seria capaz de convencer alguém a beber uma parada que mistura cerveja, suco de tomate e ovo cru. No clássico oitentista Cocktail, um filme de gosto questionável, mas sucesso de bilheteria, Cruise interpreta um barman e prepara esse drink inusitado chamado Red Eye. Desde então, o drink passou a ser solicitado em bares em todo o mundo. O filme é de 1988, e o personagem de Tom Cruise é um jovem ambicioso que abandona o exército e quer subir na vida. Acaba arranjando um trampo de barman, se dá bem, mas acaba tendo alguns conflitos or causa de uma paixão. Enfim, um roteiro fraquíssimo. Mas o filme acaba sendo um bom entretenimento. Já o drink Red Eye não consegue ficar no meio termo. Ou é amado ou é odiado. É um sabor que não dá pra explicar. Só experimentando mesmo. Então segue a receita.
Como boa parte dos drinks, é legal resfriar o recipiente onde a bebida será servida. Neste caso, uma caneca de 500ml. Na caneca resfriada, coloque 1 lata de cerveja de 350ml, 30ml de vodca, 180ml de suco de tomate e mexa bem como uma colher. Como o drink não leva gelo, é legal que todas as bebidas estejam geladas. Em seguida quebre o ovo cru na caneca e não mexa mais. O ideal é que a gema não se quebre. Para decorar, você pode colocar um talo de salsão. Aí é só respirar fundo e mandar essa mistura pra dentro.
Boa sorte.

White Russian

E chegamos aos anos 90! Finalmente! Chega de sofisticação e exageros! Nada de copinho resfriado e casca de limão! Nada de excentricidades e ingredientes exóticos! A gente só quer relaxar, cara! Andar de bermuda e roupão, jogar conversa fora e tomar uma paradinha doce, mas que dê aquela chapada. E assim, ao mesmo tempo, descrevemos o drink White Russian e o nosso querido The Dude, O Grande Lebowski! O brilhante e divertidíssimo filme dos irmãos Coen, de 1998, foi o responsável por popularizar de vez esse drink, que já existia em alguns bares da California desde os anos 1940. E o filme Grande Lebowski é tão bom quanto o drink White Russian. Ambos exalam uma certa maturidade, mas são leves e contém uma certa complexidade surpreendente. Então coloca um som do Supergrass pra tocar e aprende a fazer um legítimo White Russian.
Numa coqueteleira, coloque uns 4 ou 5 cubos de gelo, 60 ml de creme de leite e 60ml de vodca. Misture bem, até sentir que a coqueteleira está bem gelada nas suas mãos, sinal que a mistura dentro está bem homogênea. Num copo baixo coloque 40ml de licor de café e uns 3 cubos de gelo. Coloque devagar a mistura da coqueteleira usando um coador, assim, o drink vai ficar numa coloração degradê bonita no copo. Agora é só tirar o chinelo, botar os pés pra cima e saborear.

Cosmopolitan

O cosmopolitan é um drink tradicional, mas era mais conhecido e consumido nos Estados Unidos, especificamente na costa leste. Mas foi só a Carrie Bradshaw, emblemática personagem interpretada pela Sarah Jessica Parker na série e nos filmes Sex and the City, que o drink se tornou conhecido no mundo inteiro e virou o drink queridinho do público feminino. Não por acaso. Afinal, tanto a série como os filmes transmitem com perfeição o universo de mulheres independentes, determinadas e bem sucedidas que, é claro, vivem altos e baixos, tem inseguranças, medos e defeitos. Aliás como todo mundo os tem, homens e mulheres. E o drink cosmopolitan remete justamente a essa exuberância da mulher, que a série e os filmes retratam. Um drink tão saborosos quanto simples que não precisa nem descer do salto para fazer. Antes de começar, pegue uma taça de Martini e coloque pra resfriar no congelador. Numa coqueteleira coloque 50ml de vodca, 20ml de suco de cranberrie, 20ml de licor de laranja, 10ml e suco de limão, bastante gelo e misture bem. Depois é só coar a mistura na taça de Martini resfriada e adicionar uma lasca de casca de laranja para decorar.

Menção Honrosa

Não é um drink alcoólico, é verdade. Mas faz parte de uma cena tão marcante e divertida, que não dá pra falar de cinema e bebida sem citar o lendário five dollar shake de Pulp Fiction.  Afinal, convenhamos, não se trata de um simples milk-shake, mas um milk-shake que custa cinco dólares! O pedido de Mia Wallace chama tanto a atenção de Vincent Vega, que ele chega a perguntar para o garçom sósia de Buddy Holly: “É um milkshake comum, vai leite e sorvete?” O garçom responde: “É isso, sim senhor.” Vincent: “Não vai bourbon, nem nada?” “Não, senhor.” “E custa cinco dólares.” “Sim, senhor.” “Ok, just checking…”. Enfim, a cena toda no Jack Rabbit Slim’s é brilhante, com alguns dos diálogos mais divertidos já escritos e que culmina com a dança de Uma Thurman e John Travolta ao som de Chuck Berry. Realmente uma obra de arte de Quentin Tarantino. E que só nos faz sonhar, imaginando que gosto deve ter um milk-shake de cinco dólares.

Juntar cinema e drinks não tem como dar errado! E curtir um bom filme e juntar a turma para tomar um trago num bom boteco são coisas que a gente da Strip Me adora! Por isso mesmo, temos uma coleção linda de camisetas de bebidas e a nossa já tradicional coleção de camisetas de cinema, sem falar das coleções de arte, música, cultura pop e muito mais. Dá uma chegada na nossa loja pra conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.
Cheers!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist animadíssima pra você curtir com a turma enquanto prepara os seus drinks favoritos. The Drinks Mix top 10 tracks.

Cartola – 10 curiosidades sobre o mestre do samba.

Cartola – 10 curiosidades sobre o mestre do samba.

Uma homenagem da Strip Me ao homem que pintou o samba de verde e rosa e fez história na música popular brasileira.

Em 1957, o jornalista e escritor Stanislaw Ponte Preta fora visitar um amigo, que morava num prédio em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Depois do jantar, Stanislaw ainda ficou no apartamento do amigo até tarde batendo papo e tomando uísque. No tempo em que esteve lá, rolou a troca de turno dos vigias na portaria do prédio. Quando finalmente Stanislaw vai embora, já era tarde e ele estava meio bêbado. Quando passou pelo balcão da portaria, olhou para o vigia e tomou um susto. Quando já estava na calçada, voltou, encarou o vigia e perguntou: “Por acaso o senhor não é o Cartola, aquele sambista, é?”. Acanhado, o vigia respondeu: “Sou eu, sim senhor.”.

Quando fora descoberto ali, trabalhando como lavador de carros e vigia de prédios em Ipanema, muita gente no morro da Mangueira tinha dado Cartola como morto. Depois de algumas desavenças com o pessoal da escola de samba, Cartola, que havia crescido na Mangueira, resolveu se mudar. Foi para Nilópolis e se entregou à bebida. Pra piorar, em 1946 pegou meningite e quase morreu. Quando estava se recuperando da doença, sua espoa na época, Deolinda, faleceu, vítima de um ataque cardíaco. Muito debilitado, com a saúde frágil e o abuso de álcool, Cartola não ia durar muito. Mas foi salvo por uma antiga admiradora de seus sambas. Eusébia Silva do Nascimento, mais conhecida como Zica, encontrou o sambista largado, bêbado, numa viela do morro do Caju. O acolheu, cuidou dele e eles acabaram se apaixonando um pelo outro. Já haviam se passado praticamente dez anos que ele tinha saído da Mangueira sem nunca dar notícia. Foi quando ele acabou arranjando uns bicos na zona sul e acabou sendo descoberto pelo Stanislaw Ponte Preta.

Cartola chegou a ganhar algum dinheiro e ter certo reconhecimento entre os músicos cariocas na década de 1930. Compôs alguns sambas que foram gravados por gente grande do rádio, como Francisco Alves e Sílvio Caldas. Ainda nessa época, conviveu com o poeta de Vila Isabel, Noel Rosa, e chegou a tocar com Pixinguinha. Era o compositor principal da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, mas se desentendeu com alguns integrantes da escola e acabou saindo. Só voltou pra lá nos anos 1960, já com Dona Zica ao seu lado. Foi quando começou a realmente ganhar reconhecimento e popularidade, ao ser exaltado por grandes nomes da música jovem da época, como Nara Leão e Paulinho da Viola. Realmente a vida de Cartola é um moinho, de tantas voltas que deu. Então separamos 10 fatos essenciais e curiosos sobre a vida deste, que é considerado o mais influente compositor do samba.

Nome errado.

Cartola nasceu  no dia 11 de outubro de 1908. Foi batizado Agenor de Oliveira. Nome que pelo qual ele deixaria de ser chamado pela maioria das pessoas alguns anos depois, ao receber o apelido de Cartola. Porém, já na década de 1960, quando foi arranjar os papéis para se casar, descobriu que seu nome fora registrado errado no cartório. E em seus documentos constava o nome Angenor de Oliveira. Como ele já era conhecido por Cartola mesmo, deixou como estava e passou a assinar “Angenor” mesmo, pra não ter problema.

O surgimento de Cartola.

Aos 15 anos Angenor largou a escola e foi trabalhar pra ajudar nas despesas da família. Logo conseguiu um emprego com um grupo de pedreiros. Estamos falando da primeira metade da década de 1920, antes da era Vargas e dos direitos trabalhistas. Se não tinham direitos, imagine se havia preocupação com segurança no trabalho. Ninguém usava capacete. Mais preocupado com o cal e cimento que se acumulavam no cabelo do que com proteção, Angenor arranjou um chapéu preto, que passou a usar para não sujar a cabeça. Como o chapéu era alguns números maior do que a cabeça do rapaz, os colegas de trabalho passaram a chama-lo de Cartola.

Cartola aos 12 anos de idade. – C´redito da imagem: Arquivo Jornal O Globo

Dureza.

Assim como a esmagadora maioria dos negros na cidade do Rio de Janeiro, Cartola e sua família eram muito pobres. Mesmo nos anos 1930, quando começou a se destacar como compositor de samba e ter suas canções gravadas por nomes como Francisco Alves, Sílvio Caldas e até mesmo Carmem Miranda, ele não era bem remunerado. Afinal, a venda de discos, que já não era muito alta, não tinha nenhum controle mais rígido. Então, incapacitados de receber direitos autorias por execução das músicas no rádio ou venda de discos, os compositores costumavam vender suas músicas por um valor fechado, com uma possível bonificação se a música estourasse. Como não era sempre que se conseguia compor um bom samba para vender, Cartola, assim como tantos outros compositores, como Noel Rosa, por exemplo, não tinham uma vida financeira estável.

Estação Primeira de Mangueira.

Quando criança, Cartola morou com os pais no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Pela proximidade, acabou se tornando um apaixonado torcedor do Fluminense. Mas logo a família se mudou para o morro da Mangueira, onde uma pequena comunidade começava a se expandir. Foi ali que Cartola viveu sua adolescência e se tornou compositor de samba junto com alguns amigos. E foi com esses amigos que, em abril de 1928, Cartola juntou os quatro ou cinco blocos carnavalescos que rolavam no morro e fundaram a Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais e bem sucedidas escolas de samba do Rio de Janeiro.

Cartola e Pixinguinha – Crédito da imagem: Arquivo Jornal O Globo

Dream Team.

Em 1940 desembarcou no Rio de Janeiro o maestro erudito Leopold Stokowski, músico norte americano renomado em todo o mundo. Ele estava percorrendo a América do Sul fazendo um trabalho semelhante ao que Alan Lomax fizera no sul dos Estados Unidos 20 anos antes. Estava fazendo gravações de músicas tradicionais, nativas dos diferentes povos latinos. Ficou a cargo do também maestro erudito Heitor Villa Lobos (sim, aquele mesmo, que se apresentou de casaca e calçando chinelos, na Semana de Arte Moderna de 1922) reunir os músicos para realizar as tais gravações. Assim, Villa Lobos reuniu Pixinguinha, Cartola, Donga e João da Baiana, para tocarem juntos e, quem sabe compor alguma coisinha. Um dos sambas gravados foi Quem Me Vê Sorrindo, composição de Cartola. Claro que esse registro histórico nunca foi lançado oficialmente aqui no Brasil, mas saiu num compacto de 78rpm nos Estados Unidos. E hoje é fácil achar na internet, esse que é o encontro entre os granes e principais criadores do samba como o conhecemos.

A luz no fim do túnel.

Em 1947 o mundo de Cartola estava desmoronando. A nova direção da Mangueira não simpatizava com ele e seus sambas vinham sendo sempre reprovados para representar a escola no carnaval do ano seguinte. Para piorar, ele contraiu meningite. Foi internado, ficou 3 dias em coma e quase dois meses internado. Quando teve alta, estava muito debilitado e precisava andar com a ajuda de muletas. Somaram-se as desavenças na escola de samba com a vergonha que ele sentia de sua condição física, resolveu se mudar, ir embora do morro da Mangueira. Conseguiu um barraco em Nilópolis, onde se estabeleceu com Deolinda, sua esposa. Porém, Deolinda faleceu no fim de 1947, vítima de um ataque cardíaco. Cartola entrou numa depressão pesada, estava bebendo muito. Era comum encontra-lo caído entre Nilópolis e o Morro do Caju. Foi quando Eusébia Silva do Nascimento o reconheceu, o levou para casa e cuidou dele. Mais conhecido como Dona Zica, ela gostava dos sambas do Cartola e os dois logo se apaixonaram. Com ela, Cartola se recuperou e decidiu voltar para  Mangueira. Lá compraram uma casa no pé do morro e, já distante da música, ele arranjou trabalho como lavador de carros e porteiro em Ipanema.

Cartola em frente a seu bar, o lendário Zicartola. Crédito da Imagem: Arquivo Jornal O Globo

Zicartola.

Quando Stanislaw Ponte Preta encontrou Cartola trabalhando de porteiro, ficou inconformado. Considerava Cartola um gênio do samba e não descansou enquanto não conseguiu alguns contatos com rádios para tocar suas músicas e marcar alguns shows para o sambista. De volta ao mundo do samba, Cartola conseguiu um trabalho como zelador da Associação de Escolas de Samba do Rio de Janeiro. O lugar, um casarão no centro antigo do Rio de Janeiro, naturalmente já reunia muitos sambistas de toda a cidade com frequência. Cartola e Dona Zica, sempre por lá, transformavam tudo em festa. Dona Zica era cozinheira de mão cheia e a coisa foi se tornando ponto de encontro mesmo. Os próprios sambistas juntaram grana e convenceram o casal a abrir um bar. Assim, em 1963 foi inaugurado o Zicartola, na Rua da Carioca, centro histórico do Rio. Um bar que se tornou marco histórico na música popular brasileira. Ali, se reuniam velhos e jovens músicos, do morro e do Leblon. Foi lá que Paulinho da Viola se destacou. Era o único lugar em que era possível encontrar Nara Leão, Elizeth Cardoso, Zé Keti, Nelson Cavaquinho, além de jornalistas e artistas em geral. Era um lugar mágico. Mas Cartola e Dona Zica, como administradores era ótimos artistas. Ou seja, o bar acabou falindo e fechou as portas dois anos depois, em 1965. Foi bom enquanto durou.

Registros históricos.

O sambista paulista Adoniran Barbosa costumava dizer que o Pelão, apelido de João Carlos Botezelli, era o Álvares Cabral do samba. De fato, a importância de Pelão para o samba é incalculável. No início dos anos 1970, ele entrou numa verdadeira batalha para conseguir registrar em disco os nomes mais importantes, porém deixados de lado, do samba brasileiro. Assim, Pelão conseguiu levar para o estúdio gente como Nelson Cavaquinho, Adoniran Barbosa e Cartola para gravarem seus primeiros discos solo. Eram todos artistas com mais de 60 ano de idade, que tiveram suas canções regravadas, mas que nunca tinha tido a chance de eles próprios gravarem suas músicas. Um dos diretores da gravadora onde Pelão trabalhava chegou a dizer para ele que o estúdio não era um asilo. Pelão, consciente da importância do trabalho que fazia, só mandou um sonoro “Vai tomar no c#!” e saiu andando. O primeiro disco do Cartola, portanto, foi produzido pelo Pelão e foi lançado em 1974. De cara foi um sucesso de público e critica. O disco trazia clássicos como Corra e Olha o Céu e Alvorada. O sucesso foi tamanho que Pelão insistiu em gravar mais um. Também intitulado simplesmente Cartola, seu segundo disco, lançado em 1976, foi um estrondo. Puxado pelas antológicas músicas A Vida é um Moinho e As Rosas Não Falam, o disco vendeu muito. Às beiras de completar 70 anos de idade, finalmente Cartola tinha sido reconhecido e recebia um bom dinheiro pela sua obra.

A icônica foto feita por Ivan Klingen, que virou capa de disco, em 1977.

Pausa pro café.

A icônica foto de Cartola tomando café foi tirada por Ivan Klingen em 1977. De imediato, ela já se tornou uma das imagens mais reconhecidas do sambista. A foto foi tirada numa manhã em que deveria acontecer o ensaio de fotos para a gravadora RCA, de onde seria escolhida uma foto para estampar a capa do próximo disco do sambista. Acontece que ninguém avisou Cartola sobre o tal ensaio. Ivan chegou no morro da Mangueira numa manhã e encontra Carola na porta de sua casa, de mala na mão, esperando uma carona para ir para a rodoviária, pois tinha um compromisso fora da cidade. Contrariado o sambista aceita entrar em casa para posar para algumas fotos, enquanto a carona não chegava. Foi quando Dona Zica, para acalmar os ânimos resolveu servir um cafezinho. Quando Ivan viu a xícara verde, teve a ideia da foto. Perguntou se Dona Zica não teria um pires cor de rosa. E ela tinha. Pronto! Estava feita uma das mais icônicas fotos da música popular brasileira, mesmo com o fotografado estando de péssimo humor. Claro, a imagem também capturou a essência da cultura brasileira, já que o cafezinho é parte indispensável da nossa vida cotidiana e um símbolo da nossa hospitalidade, afinal, seja onde for que você chegue, na casa de um amigo ou no consultório médico, a primeira coisa que te oferecem é um cafezinho.

Despedida.

Em 1978 Cartola não andava se sentindo bem. Sentia dores pelo corpo e fraqueza. Depois de alguns exames, foi diagnosticado com um câncer na tireoide. Chegou até a ser operado naquele mesmo ano, o que lhe deu uma boa sobrevida. Mas não o curou completamente. E tudo isso ele preferiu esconder dos amigos e da imprensa. Apenas Dona Zica e alguns poucos familiares sabiam da verdadeira condição de Cartola. No dia 27 de novembro de 1980 foi publicada uma crônica no Jornal do Brasil, sob o título Cartola, no moinho do mundo e assinada por Carlos Drummond de Andrade. A crônica exalta o poder, a transcendência e a beleza da obra de Cartola com um lirismo que só Drummond poderia produzir. Cartola leu a homenagem na cama do hospital onde estava internado. Ficou radiante e cheio de si pela homenagem vinda de um dos maiores escritores e intelectuais do Brasil. Quis o destino que aquela fosse a última homenagem que Cartola recebeu em vida. Ele faleceu no dia 30 de novembro, por complicações causadas pelo câncer. Cartola sempre dizia que no seu enterro, gostaria que o Waldomiro tocasse o bumbo. Waldomiro foi um dos fundadores da Mangueira com Cartola, além de um dos grandes amigos. Assim, no dia 1 de dezembro, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, um grupo enorme de pessoas, entre elas Clara Nunes, Alcione, Emilio Santiago, Chico Buarque, João Nogueira, Dona Ivone Lara, Nelson Sargento, Jamelão, Clementina de Jesus, Martinho da Vila, Gal Costa, Simone, Elizeth Cardoso, Beth Carvalho, Paulinho da Viola e Gonzaguinha, cantavam em coro As Rosas Não Falam, sob a marcação do bumbo de Waldomiro, enquanto o caixão de Cartola era baixado, coberto pela bandeira do Fluminense.

Realmente uma história incrível e inspiradora! São histórias como essa que instigam a Strip Me a sempre produzir mais e criar coleções que exaltam a brasilidade, as nossas raízes e a boa música! Sempre, é claro, com bom gosto e uma pegada contemporânea, como a lindíssima Coleção Cartola! Portanto, corre lá na nossa loja pra conferir as camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o melhor da obra do Cartola, pra você curtir enquanto toma um cafezinho. Cartola Top 10 tracks.

Para assistir: É ótimo o documentário Cartola: Música para os Olhos, lançado em 2007 e escrito e dirigido pela dupla Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. O doc traz não só a trajetória incrível de Cartola, mas também a evolução do samba no Rio de Janeiro. Vale a pena demais assistir e está completinho, na faixa, no Youtube. Link aqui.

Dos games pro cinema!

Dos games pro cinema!

A Strip Me preparou um top 5 comentado de jogos de vídeo game clássicos que viraram filmes. Confere aí!

Passam os anos, séculos até, e a afirmação do nosso querido Lavoisier segue inoxidável: Tudo se transforma! O filósofo referia-se à natureza, é verdade. Mas se assim é a natureza, não há de ser diferente com a cultura pop, este camaleão indomável! Jogos e personagens de vídeo game, por exemplo, frequentemente rompem a barreira do nicho gamer e invadem a cultura pop. Assim aconteceu, por exemplo, com o heroico e pitoresco encanador Mario, que saiu dos consoles para estampar camisetas, canecas, virou boneco de brinquedo e muito mais. Chegou inclusive às telas de cinema! Impressionante, não é? Pois bem. Hoje vamos estamos aqui para falar especificamente dessas transformações. Games que viraram filmes.

A popularização dos games nos anos oitenta e noventa foi massiva! À medida que os jogos foram se desenvolvendo, tendo um roteiro por trás dos jogos, por mais raso que fosse, eles foram ganhando personagens palpáveis, que invadiram o imaginário de crianças e adolescentes. Logo a indústria se ligou nisso e começou fazer de tudo. Revistas em quadrinhos, brinquedos, roupas… até que os produtores de cinema também se ligaram nesse nicho. Como estamos tratando aqui de origens, primórdios, vamos nos limitar a falar de jogos das duas últimas décadas do século vinte.  Afinal, de 2000 pra cá a coisa avançou de maneira assustadora, os consoles se aprimoraram, os jogos ganharam novas nuances, com produções cada vez mais rebuscadas, que esses dois mundos, games e cinema, se aproximaram muito. Afinal, é cada vez mais comum ver roteiristas de Hollywood escrevendo roteiros de games e atores e atrizes emprestando suas vozes e suas imagens para jogos cada vez mais elaborados.

Foi nos anos noventa que o mundo dos games tomou as telas de cinema de assalto. Nem sempre com filmes bons, é verdade. Mas sempre com grandes bilheterias. Hoje selecionamos os 5 jogos dos anos 90 mais importantes que viraram filme.

Double Dragon

Double Dragon foi o primeiro grande hit dos jogos do estilo beat‘em up, a boa e velha porradaria generalizada. Criado em 1987, jogo pode ser jogado em dupla ou solo. Consiste em dois guerreiros, mestres de artes marciais, que precisam salvar a namorada de um deles, que foi sequestrada por uma gangue barra pesada. A dupla de lutadores vai passando pelas fases batendo no máximo de inimigos possível e enfrentando os famosos chefões ao fim de cada fase. É uma história que não tem começo e nem fim, só uma premissa, uma desculpa, pra rolar o jogo. Foi muito popular nos arcades e também nos consoles Nintendo e Mega Drive. Foi tamanho o sucesso que em 1994 foi lançado um filme baseado no game. Dirigido pelo James Yukich e escrito por Paul Dini e Neal Shusterman.  Tal qual o jogo, o filme tem um roteiro mais raso que poça d’água. A dupla protagonista é interpretada pelos ilustres desconhecidos Mark Dacascos e Scott Wolf, atores que conseguiam papéis em filmes de ação por serem lutadores. Enfim, é um filme ruim, que beira o irrelevante. Mas que, na época, deu mais de 2 milhões e meio de lucro para os produtores. Sinal que o game realmente tem seu potencial.

Street Fighter

É aqui que a parada começa a ficar séria! O jogo foi criado pela empresa japonesa Capcom em 1987. De início, a maioria dos consoles possuía joysticks primitivos, com uma alavanca de direção e dois botões, que, no caso do jogo de luta, dava chutes e socos com intensidades diferentes de acordo com a pressão que o jogador aplicava no botão. Foi então que, em parceria com a Nintendo, a Copcom desenvolveu os joysticks que ficaram famosos, com quatro botões e o botão de direcionamento. A primeira versão do SF não causou tanto furor. Mas quando lançaram a segunda versão, em 1991… Street Fighter II foi uma febre mundial impressionante. O jogo que trazia os protagonistas Ken e Ryu lutando contra lutadores de vários lugares do mundo tornou-se um clássico imediato. Entre hadukens, shoryukens e tratratratrukens, os personagens do jogo ficaram famosos e também acabaram nas telas do cinema. O filme lançado em 1994 ficou por conta de Steven E. de Souza, que escreveu e dirigiu o longa. Pra se ter ideia, ele foi o roteirista de filmes como Duro de Matar e Comando para Matar, dois clássicos do cinema brucutu. No elenco Jean Claude Van Damme e Raul Julia, em seu último papel antes de morrer, encabeçavam um roteiro simples, mas até que bem amarrado, para um filme de ação com tantos personagens diferentes. Não é um filme memorável. Mas ainda deve servir como bom entretenimento para quem gosta de filmes de ação e luta.

Mortal Kombat

Depois do sucesso de Street Fighter, criado pelos japoneses da Capcom, os ianques não quiseram ficar de fora. Assim o estúdio de Chicago Midway Games criou um jogo com uma estética mais bem acabada, com personagens mais poderosos e com muito mais violência explícita e sangue. Em outubro de 1992 foi lançado então Mortal Kombat. Já com uma história mais rebuscada, os americanos criaram um roteiro, que era mostrado antes de começar o jogo pra valer, explicando a origem dos personagens, tudo baseado em histórias japonesas de ancestralidade e artes marciais. Mas o que fez a cabeça dos jovens jogadores mesmo foi que o vencedor de cada luta tinha algumas opções para finalizar seu adversário. Os famosos fatalitys permitiam desmembramentos, empalação e decapitação. O jogo virou hit instantâneo e continua popular até hoje. O jogo chegou às telonas em 1995. O filme foi dirigido por Paul W.S. Anderson, escrito por uma equipe de roteiristas e teve como protagonista o ator Cristopher Lambert. O filme até que é legal, tem cenas de ação muito boas, alguns efeitos visuais interessantes para a época e… basicamente é isso. Uma história rasa e sem pé nem cabeça, em que alguns lutadores poderosos são convocados para um torneio numa ilha, e quem vence o torneio pode decidir o destino da humanidade. Além disso, em especial para nós brasileiros, o Mortal Kombat é um jogo especial pois inspirou um dos memes mais antigos, mas imortal, da internet: Lindomar, o Sub Zero Brasileiro.

Tomb Raider

Com o sucesso dos vídeo games nos anos 90 entre os jovens, o estúdio britânico Eidos Interactive se ligou que tinha um nicho ainda que não tinha sido preenchido, o de garotas que curtem jogar vídeo game. Assim, criaram em 1996 o jogo Tomb Raider, protagonizado pela carismática Lara Croft, uma espécie de Indiana Jones de saia… quer dizer, de shortinho. Ela é uma arqueóloga que se mete em várias aventuras. Rapidamente o jogo se tornou um enorme sucesso não só entre as meninas, mas também entre os meninos, adolescentes com hormônios à flor da pele inspirados por uma guerreira de top e shortinho enfrentando vilões. O jogo foi lançado pela Sega para o Mega Drive, e logo depois saiu também para o Playstation. O jogo já passou por vários versões e atualizações. Da mesma forma, acabou sendo adaptado para o cinema mais de uma vez, sempre com sucesso. O filme mais marcante é de 2001, com ninguém menos que Angelina Jolie no papel de Lara Croft. A direção do filme ficou na mão do competente Simon West, diretor de Con Air. O filme rendeu milhões em bilheteria, mas não passa de um filme de ação, muito bem-feito sim, mas sem um roteiro muito atraente.

Super Mario Bros

Um clássico, né? Super Mario foi criado como um jogo de fases para arcade em 1983, pela Nintendo. Em 1985 passou para os consoles e foi sendo atualizado e ganhando novas versões ao longo dos anos. Mas sempre tendo Mario e Luigi como protagonistas, que percorrem o mundo dos cogumelos tentando salvar a Princesa Peach sem cair em armadilhas e passando pelos mais diversos obstáculos. É o tipo de jogo viciante, que você não quer parar de jogar. Apesar de sua estética pixelada, os personagens do jogo tornaram-se icônicos. Além disso, consegue agradar todas as idades. Crianças, adolescentes e, de alguns anos pra cá, adultos nostálgicos da época em que era crianças e jogavam incansavelmente para resgatar a princesa. Lógico que tamanha comoção levou o jogo para as salas de cinema. E você pode se perguntar: “Nossa, mas só agora, em 2023, saiu um filme do Super Mario nos cinemas?”. Claro que não! De fato, se você for hoje aos cinemas, vai ver que está em cartaz uma animação baseada no jogo, com gente como Chris Pratt e Jack Black fazendo as vozes dos personagens. Mas não se iluda, 30 anos atrás, em 1993, também estava em cartaz nos cinemas o filme Super Mario Bros. Este um live action, com gente como Bob Hoskins, John Leguizamo e Dennis Hopper no elenco. Apesar de contar com bons atores o longa é bem fraco, como a grande maioria dos filmes baseados em jogos. Roteiro raso e sem propósito. Mas é divertido ver os personagens do jogo como pessoas de verdade e tal. Pele peculiaridade da coisa toda, até que vale a pena conferir. Tanto o filme de 1993, como a animação que está em cartaz atualmente nos cinemas.

Menção Honrosa

Muito legal a gente ter toda essa pegada nostálgica, jogos e filmes dos anos 90 e tal… Mas também somos ligados no mundo contemporâneo, e o que acontece agora também nos interessa! Então, cabe aqui a gente citar um dos mais recentes hypes dos streamings, a série The Last of Us, baseada no jogo de mesmo nome. Apesar de não entregar o mesmo nível de conexão que o jogo oferece, a série é realmente ótima! Claro, sempre que a gente comparar com o jogo, a série vai sair perdendo. Primeiro porque a conexão, como já dissemos é bem maior, afinal, você, jogador, toma decisões pelos personagens e se envolve com a história, além de ter muito mais espaço para que o roteiro em si seja desenvolvido, dando profundidade aos personagens e amarrando a trama toda. Apesar disso tudo, a série funciona muito bem. Pedro Pascal entrega uma atuação excelente e a jovem Bella Ramsey se revela uma atriz versátil e talentosa na comédia e no drama. Realmente vale a pena demais conferir tanto o jogo quanto a série.

Pois é. Desde os anos 80 até hoje os games cravaram seu lugar ao ol na cultura pop com tamanha eficiência, que extrapolaram sua própria mídia e deram origem a filmes, nem sempre tão bons, mas sempre divertidos! Por isso mesmo os games também fazem parte do DNA da Strip Me, que tem uma coleção todinha dedicada a esse universo, a Coleção Camisetas de Games. Além das já tradicionais camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e tantas outras. Na nossa loja você confere todas elas e ainda fica por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir & para assistir: Hoje vamos de combo. Como estamos falando de anos 90, jogos e filmes de ação, a sugestão aqui é conferir o filme Last Action Hero, o mais puro creme dos anos 90. O filme é protagonizado pelo Arnold Schwarzenegger e passeia por esse mundo dos filmes de ação, jogos e etc. É um filme bem divertido. E ele tem uma trilha sonora simplesmente arrasadora, com Alice in Chains, Megadeth, ACDC, Def Leppard… olha, é um disco pra botar pra rolar enquanto toma cerveja com a turma! Então, se liga. Aqui você confere o trailer do filme e aqui o link para o disco da trilha sonora no Spotify!

Capela à Michelangelo!

Capela à Michelangelo!

Neste texto celebramos uma das obras de arte mais marcantes da história! A pintura do teto da Capela Sistina por Michelangelo. Uma obra tão rica em iconografia que já inspirou várias estampas aqui na Strip Me.

A cidade de São Paulo está recebendo uma exposição sensacional. Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina é uma experiência imersiva na obra de um dos maiores artistas da história da humanidade. A exposição conta com imagens recortadas em detalhe, reproduções de esculturas e muitas projeções com equipamento de alta tecnologia, tudo com muita informação. Tudo isso rola no MIS Experience, um espaço do Museu da Imagem e do Som feito especialmente para este tipo de experiência de imersão. A exposição está em cartaz até o dia 30 de abril, e você consegue maiores informações sobre ingressos e etc entrando neste link. Agora, para saber como é que esse job caiu no colo do Michelangelo, mesmo depois de ele ter praticamente brigado com o Papa, basta você relaxar e continuar lendo este texto.

 Uma discussão inflamada quebrava o silêncio clerical de uma ala em reforma da basílica de São Pedro. No centro da discussão o já renomado artista Michelangelo e um dos bispos do Papa Júlio II. Os dois estão rodeados por um padre, um arquiteto que vistoriava as obras da reforma da basílica e três auxiliares de Michelangelo. O artista estava ali para avisar que estava abandonando as obras do Papa e ia voltar ainda naquela noite para Florença! Ele até tentara uma audiência com o Papa, para dizer-lhe diretamente tudo aquilo, mas não conseguiu ser atendido. Portanto recorria ao bispo. Bispo este que implorava para que Michelangelo reconsiderasse, afinal era uma obra encomendada pelo Papa em pessoa. Irritado, Michelangelo levantou ainda mais a voz: “Pois que ele peça a Deus Todo Poderosos que termine a obra, porque eu não trabalho sem receber!  Muito menos permito que pegue o meu material para ser usado por outras pessoas! Você sabia que eu fiquei quase um ano naquele fim de mundo em Carrara só pra selecionar as melhores peças de mármore para eu usar? Pra chegar aqui e essa gente vir pegar o meu mármore pra usar na reforma da basílica! E ainda tem a cara de pau de me dizerem que foi por ordem do Papa! Se o Papa quer tanto reformar essa basílica, que seja! Mas eu não termino o mausoléu enquanto não receber, inclusive uma quantia maior, pelo mármore que eu iria usar e me tiraram! Estou indo para a minha casa em Florença! Passar bem!”.

Rascunhos e estudo de anatomia humana de Michelangelo – 1508

Michelangelo saiu pisando forte e apressado, seus passos ecoando pela basílica. Seus auxiliares atrás tentavam acompanhar o passo de seu mestre. Sob o sol forte do verão de 1507, Michelangelo percorreu sério as ruelas de Roma até chegar em seu atelier. Ali juntou alguns pertences, entregou para que um de seus auxiliares carregasse e dali seguiu para o norte numa carroça que o levaria até Florença. Lá chegando, se estabeleceu em sua casa e logo foi procurar trabalho. Muitos na cidade não acreditavam que ele tivesse saído de Roma assim, sem mais nem menos. Todo mundo sabia que ele tinha ido a Roma por ordem do Papa, que havia lhe pedido que erguesse um majestoso mausoléu, para quando ele morresse. A tumba do Papa Júlio II seria ornamentada por pelo menos 60 estátuas de imagens religiosas. Isso foi em 1505. Logo no início de 1506, Michelangelo foi para Carrara, escolher as melhores peças de mármore para tal trabalho. Por lá ele ficou 8 meses, afinal eram muitas esculturas e nem sempre o mármore extraído estava de acordo com o exigente padrão do escultor. De Carrara foi direto para Roma para começar a trabalhar.

O problema é que o Papa Júlio II era um megalomaníaco de mão cheia! A basílica de São Pedro sempre abrigou os sepulcros dos papas falecidos, afinal, ali está sepultado aquele que é considerado o primeiro papa e criador da igreja, o apóstolo Pedro. O Papa Júlio II queria que a sua tumba se destacasse dentre todos os outros papas, para que ele fosse lembrado como um grande líder. E nada mais justo do que contratar Michelangelo para o trabalho. Ele já havia concebido a Pietá e o Davi, comprovando seu talento inigualável. Mas aqueles eram tempos turbulentos, principalmente para a igreja católica. O renascentismo trazia de volta a filosofia grega e o humanismo, enquanto isso, na Europa central, Martinho Lutero já começava a dar as caras e questionar o catolicismo e a região que hoje é a Itália era um amontoado de pequenos reinados, onde a igreja católica, há muito já se esforçava para aumentar seu domínio territorial para além de Roma. Assim, em 1507, pressionado a dar aos povos do ocidente demonstrações de grandeza, o Papa Júlio II deixou de financiar seu próprio túmulo para dar sequência à portentosa reforma da basílica de São Pedro e outras construções imponentes. Uma dessas construções era a Capela Sistina.

Capela Sistina

A Capela Sistina já era, naquela época, uma verdadeira maravilha. Além de sua arquitetura rebuscada, em seu interior as paredes eram ornamentadas com pinturas e afrescos de alguns dos maiores artistas do século XV, como Botticelli, Domenico Ghirlandaio, Pietro Perugino, e Rafael. A Sistina também era chamada de Capela Papal, pois era, e continua sendo até hoje, onde acontecem as reuniões mais importantes da elite do Vaticano, e onde ocorrem os conclaves que escolhem o próximo Papa. Até aquela época, início dos anos 1500, o teto da capela era pintado de diferentes tonalidades de azul com algumas estrelas douradas. Foi ideia do Papa Júlio II que o teto da capela fosse pintado em afresco com grandiosidade e riqueza, enaltecendo as principais passagens bíblicas. O Papa era realmente um admirador de Michelangelo e não tinha ficado nada contente com o artista, que mal começara seu túmulo e tinha ido embora da cidade. Mandou chamar Michelangelo, deixando claro que não se tratava da obra abandonada, mas sim um novo e desafiador trabalho.

Rascunhos e estudo de anatomia humana de Michelangelo – 1508

Além de ser conhecido como pavio curto e ter um humor instável e irritadiço, Michelangelo era também, notadamente, um workaholic! Trabalhava incansavelmente e era exigente e perfeccionista. Quase um ano depois de chegar em Florença, Michelangelo voltou a Roma para ouvir o que o Papa tinha a lhe propor. Quando lhe foi proposto pintar em afresco o teto da capela Sistina, de cara, ele negou, sem sequer ouvir o valor que lhe seria pago. Ele sabia que era na escultura que ninguém se igualava a ele. Na pintura, a competição era mais acirrada. Foi uma longa conversa entre o Papa e Michelangelo, até que o artista aceitasse o trabalho. Ao longo dessa conversa, muitas exigências foram feitas. Por exemplo, Michelangelo fazia questão de que os andaimes para que ele pintasse o teto fossem modelados de forma que não se apoiassem no cão, mas sim, nas janelas, parapeitos e buracos nas paredes, com amplas pranchas de madeira em que ele pudesse andar lá em cima confortavelmente. Aqui vale dizer que é pura lenda quando dizem que Michelangelo pintou deitado o teto da capela. Ele pintou em pé, sempre olhando para cima. Também exigiu que lhe fosse dado tempo de sobre para trabalhar, assim ele poderia se preparar muito bem, pois queria fazer um trabalho tão bom ou melhor que Da Vinci, Rafael ou Botticelli, afinal, ele era um pouco competitivo também. Outra exigência é que ele tivesse liberdade total para escolher as cenas que iria pintar.

Capela Sistina

Michelangelo era um artista de seu tempo. Portanto, um renascentista. Lia Platão e outros filósofos gregos e sua arte se dedicava a enaltecer o ser humano. Mas tudo isso em harmonia com os dogmas e princípios cristãos. Antes de iniciar os rascunhos, ainda no papel, do que iria para o teto da capela, Michelangelo leu todo o antigo testamento, em busca de passagens imagéticas e inspiração. Assim ele definiu e apresentou ao Papa o ousado projeto de pintar no teto da capela Sistina a criação do mundo, a busca humana por salvação e sua aliança com Deus. O Papa ficou encantado com a ideia de Michelangelo e deu sinal verde para que ele começasse a trabalhar. Claro, sob garantia de que seria pago, e muito bem pago, pelo trabalho e sem sofrer interferências de quem quer que fosse. Michelangelo começou a pintar o teto da capela em 1508 e finalizou no final do ano de 1511. A obra foi oficialmente inaugurada e aberta à visitação pública em 1512. Porém, a obra não estava completamente finalizada. Mas isso de acordo com o Papa. Michelangelo considerava o trabalho prontinho. Mas o Papa queria que alguns detalhes da pintura fossem pintados com ouro, e alguns pedaços que já estavam pintados em azul, ilustrando o céu, o Papa queria que fossem cobertas com Lápis-Lazúli, uma rocha metamórfica de cor azul opaca e translúcida. Por sorte, Michelangelo insistiu e somente alguns poucos detalhes foram cobertos de ouro e a rocha Lápis-Lazúli acabou não sendo usada.

Rascunhos e estudo de anatomia humana de Michelangelo – 1508

Não há registro de quanto Michelangelo recebeu pela pintura dos afrescos na capela Sistina, mas certamente foi uma pequena fortuna. Além do pagamento monetário, Michelangelo acabou se tornando um protegido do Papa. Tanto que o artista abandonou de vez Florença para viver em Roma e assumiu muitos outros trabalhos para o Papa. Um deles, foi dar continuidade, como arquiteto, na reforma da basílica de São Pedro. A mesma obra que o fizera abandonar Roma anteriormente. E o túmulo do Papa Júlio II permaneceu inacabado. No momento de seu enterro, havia apenas uma estátua feita por Michelangelo inteira. O túmulo foi terminado por outros artistas posteriormente, mas sem sequer metade da grandeza que o papa que ali repousa gostaria.

É claro que uma obra tão incrível como essa teria uma história tão interessante quanto.Obras de arte icônicas, artistas geniais e rebeldes, e histórias deliciosas! É isso que a Strip Me gosta e é isso que a Strip Me quer! É isso tudo que faz a gente querer sempre criar estampas originais, lindas, cheias de história, mas super contemporâneas! Então se liga na nossa loja para curtir nossas camisetas de arte, de cinema, de música, de cultura pop, comportamento e muito mais, sem falar dos lançamentos que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Para entrar no clima deste texto, que fica entre Roma e Florença, entregamos uma playlist caprichada, com o que há de mais legal na música pop italiana! Italia Top 10 tracks.

Para assistir: Apesar de não ter ligação direta com a Capela Sistina e o Michelangelo, vale a pena demais ver o excelente filme Dois Papas. Um filme delicado e surpreendente dirigido pelo Fernando Meirelles e escrito pelo Anthony McCarten. Produção da Netflix, lançado em 2019 e teve 3 indicações ao Oscar. Filme recomendadíssimo!

IA para quem precisa!

IA para quem precisa!

Neste texto, uma geral sobre Inteligência Articial na cultura pop e uma entrevista exclusiva com o maior nome do segmento na atualidade: O ChatGPT.

Dizem que ela existe pra ajudar. Dizem que ela existe pra resolver. Eu sei que ela pode te impressionar, mas será que ela pode te entender? IA para quem precisa. Mas quem precisa de IA? Pois é. A inteligência artificial está por aí já faz tempo. Mas nunca esteve tão presente. E talvez, pela primeira vez desde os anos 1950, quando o conceito de IA foi desenvolvido, existe uma discussão realmente pública, transpondo as portas da comunidade científica, sobre os avanços e o uso de inteligências artificiais. E é claro que a Strip Me não iria ficar de fora desse debate. Primeiro porque é um assunto fascinante. Segundo porque a camiseta Inteligência Artificial é uma das mais vendidas da coleção Vida Digital, na nossa loja. E terceiro porque inteligência artificial e cultura pop andam lado a lado já faz tempo.

No emblemático e futurista 2001: Uma Odisseia no Espaço, do nosso querido Stan Kubrick, lá está uma inteligência artificial. O HAL 9000 é uma IA que comanda a nave durante a missão para Júpiter. O fofucho Wall E, da ótima animação da Pixar, é um robô com uma inteligência artificial muito avançada. Outra IA muito sofisticada e poderosa é a Matrix, claro. E temos ainda a doce Samantha, com a voz aveludada da Scarlet Johansson no filme Her. Por último, e não menos importante, temos a apocalíptica Skynet, que acaba tendo por algoz um androide que não expressa emoção nenhuma, interpretado com eficiência por Arnold Schwarzenegger, na franquia O Exterminador do Futuro. Para você ver que a inteligência artificial está presente na nossa vida, seja na ficção ou no mundo real faz realmente um bom tempo.

Apesar disso, este é um assunto relativamente novo para quem não tem familiaridade com a tecnologia e ciências avançadas. O que não faltam são dúvidas sobre o que são e como funcionam essas IAs. Ainda no muno da ficção, por exemplo, o R2D2  e o C3PO também são inteligências artificiais? Aparentemente sim, certo? Afinal, nos filmes da franquia Star Wars, vemos eles interagindo, conversando com seres humanos e tal… Mas não dá pra gente ter certeza.  Então, o que fizemos foi justamente perguntar para a maior sumidade hoje dia em inteligência artificial: the one and only ChatGPT! Aliás, aproveitamos que entraríamos em contato com ele para fazer essa pergunta e pensamos:  Por que não já fazer uma entrevista completa com essa figura tão interessante? E assim fizemos. Portanto, leia a seguir uma entrevista exclusiva do ChatGPT para o Strip Me Blog.

Strip Me Blog: Boa tarde, ChatGPT. Você poderia conceder uma breve entrevista para o Strip Me Blog?

ChatGPT: Boa tarde! Como um modelo de linguagem AI, estou sempre disponível para responder a perguntas e fornecer informações. Ficarei feliz em ajudá-lo com sua entrevista para o Strip Me Blog.

STMBlog: Excelente. Para começar, você poderia dizer brevemente quem você é e de onde você veio?

CGPT: Certamente! Eu sou o ChatGPT, um grande modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI. Como um modelo de linguagem AI, não tenho um corpo físico ou um local de origem específico. Fui criado pela equipe de pesquisa da OpenAI e treinado em um vasto campo de dados de texto da internet, incluindo livros, artigos e sites. Meus dados de treinamento são extraídos de diversas fontes e abrangem muitos tópicos diferentes, desde ciência e tecnologia até história e cultura. Como resultado, tenho uma ampla base de conhecimento e posso fornecer informações sobre uma ampla gama de assuntos.

STMBlog: Quando falamos de inteligência, pensamos imediatamente em raciocínio lógico, além de compreender figuras de linguagem como a ironia e o sarcasmo. Você tem essas habilidades, ou está limitado a consultar este banco de dados enorme? Em outras palavras, você é capaz de pensar?

CGPT: Como um modelo de linguagem de IA, não tenho experiências subjetivas ou percepção consciente, então não “penso” da mesma forma que os humanos. No entanto, fui projetado para executar uma ampla gama de tarefas relacionadas à linguagem, como processamento de linguagem natural, tradução automática e geração de texto.
Em termos de minhas habilidades para entender figuras de linguagem como ironia e sarcasmo, fui treinado em grandes conjuntos de dados de texto que incluem exemplos desses tipos de uso de linguagem. Embora eu não tenha uma compreensão consciente das nuances emocionais ou sociais do uso da linguagem, fui programado para reconhecer padrões na linguagem comumente associados à ironia, ao sarcasmo e a outros tipos de linguagem figurada.
Além disso, uso algoritmos sofisticados e modelos estatísticos para gerar respostas a consultas de usuários com base em padrões e relacionamentos em meus dados de treinamento. Embora minhas respostas sejam geradas algoritmicamente, e não por pensamento consciente, sou capaz de fornecer informações precisas e úteis sobre uma ampla gama de tópicos.

STMBlog: Sabendo que você faz uso do conhecimento adquirido na internet, como você filtra o que é informação verdadeira ou falsa?

CGPT: Como um modelo de linguagem AI, sou treinado em grandes conjuntos de dados de texto da Internet, que podem incluir informações precisas e imprecisas. No entanto, durante meu treinamento, fui exposto a uma ampla variedade de fontes de texto, e meus algoritmos foram projetados para identificar e aprender com os padrões de uso da linguagem que são comumente associados a fontes de informações confiáveis.
Dito isso, não tenho um sistema perfeito para filtrar informações falsas. Como qualquer ferramenta, minhas respostas são tão boas quanto as informações que me são fornecidas. No entanto, faço o possível para fornecer informações precisas e úteis com base em meus dados de treinamento e nos algoritmos que uso para gerar respostas.
Também é importante notar que não sou infalível e, às vezes, posso fornecer informações incorretas ou incompletas. Se você tiver alguma dúvida sobre a precisão de uma resposta que forneço, é sempre uma boa ideia verificar com outras fontes para verificar as informações.

STMBlog: Interessante. Agora, conta pra gente, se você fosse um animal, qual você seria, de acordo com sua personalidade?

CGPT: Como um modelo de linguagem de IA, não tenho uma personalidade da mesma forma que os humanos, então não posso dizer qual animal eu seria. No entanto, posso dizer que algumas pessoas compararam minhas capacidades às de um polvo, que é uma criatura altamente inteligente e adaptável conhecida por suas habilidades de resolução de problemas e sua capacidade de manipular seu ambiente. Como um polvo, fui projetado para ser flexível e versátil, capaz de me adaptar a uma ampla gama de tarefas e responder a uma variedade de questões do usuário.

STMBlog: Vamos falar de cinema. Na saga Star Wars, os robôs R2D2 e C3PO são inteligências artificiais?

CGPT: R2D2 e C3PO são personagens fictícios do universo Star Wars e são retratados como andróides robóticos, projetados e programados para diversas tarefas, como reparo e manutenção de naves estelares. Embora exibam alguns comportamentos inteligentes, como resolução de problemas, tomada de decisão e comunicação, não são considerados uma inteligência artificial no sentido tradicional.
Ao contrário da inteligência artificial, projetada para aprender e se adaptar a novas situações por conta própria, R2D2 e C3PO operam sob o controle de seus manipuladores humanos e depende de instruções pré-programadas para executar tarefas. Portanto, são melhor descritos como máquinas sofisticadas do que como inteligência artificial.

STMBlog: Ainda sobre cinema, mas com um pé na realidade. Você acredita que, no futuro, máquinas, ou inteligências artificiais como você, poderão se tornar realmente independentes dos seres humanos e querer ter uma vida livre, como nos filmes O Exterminador do Futuro ou Her?

CGPT: Como um modelo de linguagem de IA, não tenho crenças ou desejos pessoais, portanto não tenho uma opinião pessoal sobre esse tópico. No entanto, posso dizer que há um debate contínuo entre especialistas no campo da inteligência artificial sobre os riscos e benefícios potenciais do desenvolvimento de sistemas de IA mais avançados. Embora seja improvável que máquinas ou sistemas de IA desenvolvam consciência ou emoções semelhantes às humanas, existe a possibilidade de que eles se tornem mais autônomos e capazes de tomar decisões por conta própria.
Para abordar os riscos associados aos sistemas avançados de IA, muitos pesquisadores estão trabalhando para desenvolver estruturas éticas e de segurança que possam orientar o desenvolvimento e a implantação dessas tecnologias. Em última análise, o futuro da IA dependerá de como essas tecnologias são desenvolvidas e usadas pelos humanos.

STMBlog: Para terminar esta breve entrevista, vamos falar do que realmente importa: você prefere os Beatles ou os Rolling Stones?

CGPT: Como um modelo de linguagem AI, não tenho preferências ou emoções pessoais, então não tenho uma banda ou gênero musical favorito. No entanto, posso dizer que tanto os Beatles quanto os Rolling Stones fizeram contribuições significativas para o mundo da música e têm uma grande e dedicada base de fãs. Em última análise, a escolha entre os dois se resume ao gosto pessoal e à preferência musical.

STMBlog: Em cima do muro, né… tá certo. Bem, nós, do Strip Me Blog, agradecemos muito pelo seu tempo. Foi uma ótima entrevista.

CGPT: De nada! Fico feliz em poder ajudá-lo com sua entrevista. Se você tiver mais dúvidas ou se houver mais alguma coisa em que eu possa ajudá-lo no futuro, não hesite em entrar em contato.

Depois dessa entrevista tão esclarecedora, só nos resta encerrar. Mas sem antes lembrar que podem surgir Inteligências artificias das mais avançadas, nós nos adaptaremos e faremos o melhor uso possível delas. Mas nunca vamos substituir ou deixar de valorizar o talento humano, e vamos continuar sempre a celebrá-lo nas nossas camisetas de arte, cinema, música e cultura pop! Mas, é lógico, sem deixar de lado os avanços tecnológicos, tanto que temos a coleção Vida Digital, para te manter conectado no maior estilo. Então entra lá na nossa loja para conhecer as coleções e conferir os lançamentos, que aparecem toda semana!

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist em homenagem aos avanços tecnológicos e a ficção científica! Sci-Fi Top 10 tracks.

Para assistir: Certamente um dos filmes mais humanos e sensíveis abordando o tema da inteligência artificial é Her, lançado em 2013 e escrito e dirigido pelo grande Spike Jonze. Além do visual incrível, o longa ainda entrega uma atuação excepcional de Joaquim Phoenix. Filme recomendadíssimo!

Para ler: Indispensável para quem se liga em ficção científica e inteligência artificial a leitura do clássico Fundação, do Isaac Asimov. Um livro brilhante, com histórias surpreendentes. Vale conferir a edição de luxo da editora Aleph, com capa dura e arte gráfica lindíssima.

As estradas da América do Sul.

As estradas da América do Sul.

A Strip Me, no maior espírito de aventura, traz os melhores roteiros para road trips inesquecíveis pela América Latina.

O dia está amanhecendo, e o ônibus rasga uma deserta estrada no estado do Kansas, nos arredores da cidade de Topeka. É o verão de 1973. Dentro do ônibus, uma banda despedaçada encontra conforto na canção Tiny Dancer, do Elton John, que toca no rádio. Enquanto todos cantam o refrão, no fundo do ônibus, o jovem jornalista William Miller diz para sua amiga Penny Lane: “Eu preciso ir para casa.” Ela olha para ele com um sorriso e responde: “Você está em casa.” E realmente não há sentimento que se compare a se sentir em casa, estando na estrada.

A cena descrita acima é uma das mais bonitas do filme Quase Famosos, um dos melhores road movies já feitos, escrito e dirigido pelo Cameron Crowe e lançado em 2000. A cena transmite com perfeição o sabor de estar na estrada, viajar de cidade a cidade, apreciar paisagens e se desconectar da vida cotidiana, ao buscar o horizonte infinito de um caminho de asfalto. Claramente, algo cada vez mais necessário para manter uma boa saúde mental hoje em dia. As road trips são cada vez mais populares, se tornando uma alternativa ao engessado esquema de viagem com o pacote “passagem aérea-hospedagem-guia turístico”.

O cinema embutiu na nossa cabeça a ideia que uma boa road trip é feita por freeways que cortam cânions, desertos e montanhas rochosas, de preferência dirigindo um motor home. Mas, acredite, por aqui mesmo, na América do Sul, é possível fazer viagens inesquecíveis. E, se você fizer questão do motor home, não tem problema. Já tem muita empresa especializada em alugar esse tipo de veículo por aqui. Então, se prepara, porque aqui vão algumas dicas de roteiros imperdíveis para quem quer rodar por essas estradas sem fim.

Fala sério, quem precisa dos descampados do Oregon ou Nevada quando se tem o deserto do Atacama? O deserto mais árido e em maior altitude, em relação ao nível do mar, do mundo. Essas características proporcionam paisagens fantásticas que vão de lagos no meio do nada, até a Cordilheira de Sal, com paredões rochosos e sal pelo chão. O Atacama está a mais ou menos 3,3 mil quilômetros da cidade de São Paulo. Para quem tem muito tempo sobrando, é uma baita aventura dirigir esse trajeto todo. De São Paulo a Curitiba, depois cruza o interior do estado do Paraná, seguindo a oeste, passa por Asunción, no Paraguai, atravessa o norte da Argentina e chega ao Chile. Mas também há a opção de ir de avião até Santiago, no Chile, alugar um carro e tanto ir para o lado da Argentina percorrer as vinícolas de Mendoza, quanto subir ao norte para o Atacama. Percorrer esses lugares, absorver a cultura andina e se deslumbrar com as paisagens é uma experiência indescritível!

Outra região tão encantadora quanto desafiadora é o sul do Brasil. Em especial os caminhos da serra catarinense são espetaculares. Saindo de Curitiba, as opções são várias. Dá pra ir pelo litoral, passando por Camboriú e Florianópolis e, antes de chegar em Laguna, rumar para oeste. Também é possível ir pelo interior, seguindo em direção a Lages e aproveitando as estradas margeadas por mata virgem e majestosas araucárias. E ainda mais para oeste, fazendo um percurso mais longo, percorrer a região bucólica de Treze Tílias, para dali seguir para leste. O destino é a Serra do Rio do Rastro, uma paisagem digna de cinema, com um trecho de estrada de apenas 15 quilômetros, mas que contém mais de 200 curvas e desfiladeiros de tirar o fôlego! Um lugar pra quem gosta de dirigir e não se intimida facilmente.

Outro roteiro cheio de encantos e desafios é a Colômbia. Claro, neste caso, esteja onde for no Brasil, é impraticável fazer a viagem toda de carro. Para se ter ideia, a grande cidade brasileira mais próxima de Bogotá é Manaus. E para ir de carro de Manaus a Bogotá são mais de 3,4 mil quilômetros de distância, sendo que tem que pegar balsas, cruzar um pedaço da Venezuela, trechos de estradas de terra no meio da floresta… enfim, não é impossível, mas tem que ter aquele espírito aventureiro mesmo. Mas estando em Bogotá, é só alugar um carro e seguir a noroeste até o litoral. Passa por Medellín, depois Cartagena e faz a volta, parando na bela cidade de San Andrés, antes de voltar a Bogotá e finalizar o passeio. Além de conhecer a rica cultura colombiana, curtir uma cumbia enquanto devora uma bandeja paisa, por exemplo, os caminhos percorridos passarão por trechos de floresta amazônica, até chegar nas paradisíacas praias caribenhas. Uma conexão com a natureza inexplicável!

Por falar em praias paradisíacas e natureza, outro roteiro deslumbrante, e muito mais acessível, está aqui no sudeste brasileiro. Os caminhos da Estrada Real é uma verdadeira viagem! Além das belezas naturais, redescobre-se ali os caminhos do Brasil colonial, em que o ouro era levado de Minas Gerais para o porto do Rio de Janeiro, para dali cruzar o Atlântico e chegar às mãos cobiçosas da corte portuguesa. É possível percorrer todo o trajeto, que contém várias estradas, como também dá pra setorizar e fazer roteiros menores. Todos os caminhos da Estrada Real somam 1,6 mil quilômetros e englobam parte de Minas Gerais, norte e nordeste de São Paulo e parte do Rio de Janeiro. Os caminhos entre Minas e São Paulo pela Serra da Mantiqueira são mágicos, envoltos pela Mata Atlântica e repletos de simplicidade. Mas o caminho mais interessante mesmo é sair de São Paulo ir até Taubaté, dali descer para o litoral, e seguir até Paraty, no Rio de Janeiro, uma das cidades mais antigas e charmosas do Brasil. Uma viagem pela história.

Olha só. A América do Sul é riquíssima em cultura e belezas naturais. Seja pra que lado você for, vai encontrar paisagens incríveis e culturas surpreendentes. Punta del Este, Bariloche ou Patagônia, Serra Gaúcha, Pantanal, Cordilheira dos Andes, Machu Picchu, as cidades históricas de Minas Gerais… é muita coisa! Mas não dá pra finalizar este texto sobre road trips sem falar do destino mais convidativo: o nordeste brasileiro! O roteiro conhecido como Rota das Emoções liga os estados do Maranhão, Ceará e Piauí numa viagem deliciosa pela cultura nordestina, música, dança, arte e gastronomia, e também por paisagens vibrantes entre praias belíssimas e trechos de Mata Atlântica nativa. São aproximadamente 500 quilômetros, passando por 14 cidades encantadoras, parques de preservação ambiental e pontos turísticos imperdíveis como Jericoacoara, Lençóis Maranhenses e Delta do Parnaíba. Um sonho!

Mas se esses roteiros não foram suficiente, vamos te recomendar ainda 5 filmes imperdíveis, road movies que vão te inspirar a encher sua playlist com músicas do Lynyrd Skynyrd e botar o pé na estrada!

Colegas. Já começamos com um representante brasileiro de respeito. O filme Colegas, escrito e dirigido pelo Marcelo Galvão, lançado em 2012, não tem o mais profundo dos roteiros, mas é divertido e realmente inspirador, além de contar com uma fotografia muito bonita.

Into the Wild. O impactante filme escrito e dirigido por Sean Penn, baseado em fatos reais, é um deslumbre. Além de passar por várias paisagens incríveis pelos Estados Unidos, o longa traz ótimas atuações, muitos questionamentos e uma trilha sonora arrebatadora assinada pelo vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder.

Diários de Motocicleta. O filme é argentino, o diretor é brasileiro e o cenário é toda a América Latina, de Buenos Aires, Argentina, até a península Guajira, na Venezuela. Um filme de fotografia deslumbrante, que mostra a cultura latina dos Andes com propriedade e tem o Gael Garcia Bernal atuando bem demais! O filme é de 2004 e foi dirigido pelo Walter Salles.

Elizabethtown. Começamos este texto falando do Cameron Crowe, e aqui está ele de novo. Não à toa. Este filme é inspirador de verdade. Apesar de levantar muitas questões complicadas, como relações familiares e suicídio, tem uma leveza e uma doçura irresistíveis. Como todo filme de Crowe, tem uma trilha sonora matadora e também uma fotografia linda, sem falar na atuação apaixonante da Kirsten Dunst.

A Perfect World. Este filme de 1993 é surpreendente! Dirigido pelo Clint Eastwood, tem uma poesia intrínseca no conjunto da obra (roteiro, fotografia, trilha sonora…). Mas há de se destacar a fotografia, que retrata as estradas dos Estados Unidos com muita sensibilidade. Temos aqui Kevin Costner em uma de suas melhores atuações. Um filme brilhante, que ficou perdido no tempo.

Viajar, conhecer culturas, explorar novos caminhos, se divertir, se conectar com a natureza e valorizar nossas origens! Tudo isso faz parte do DNA da Strip Me! Por isso, temos coleções como a Tropics, Carnaval e Florais, que enaltecem a natureza, a nossa latinidade e a cultura brasileira. E, claro, somos apaixonados por cinema, música, arte e cultura pop, tudo igualmente representado em camisetas originais, super descoladas e confortáveis! Ideais para as suas melhores viagens e aventuras! Na nossa loja você pode explorar todas as coleções, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com músicas para embalar sua road trip. Mas, é claro, se sua trip vai ser pela América Latina, a playlist também se limita a artistas da América do Sul! Latin Road Trip Top 10 tracks.

Para ler: Se o assunto é estrada, não dá pra recomendar outra leitura que não a bíblia hippie, o ícone máximo da geração beat, o clássico On The Road, de Jack Kerouac. Um livro indispensável para qualquer ser humano! E um livro que dá pra achar com facilidade e por um preço muito barato, pois saiu no formato livro de bolso pela editora L&PM.

10 Fatos que justificam a majestade de Rita Lee, a nossa Rainha do Rock.

10 Fatos que justificam a majestade de Rita Lee, a nossa Rainha do Rock.

Rita Lee é mais que a Rainha do Rock Brasileiro. É uma das artistas mais importantes da música e uma das mulheres mais influentes do Brasil! Portanto é absolutamente apropriado que este texto seja publicado hoje, dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Afinal, é uma maneira de exaltarmos todas as mulheres ao homenagear a Rita F*cking Lee, uma mulher de 75 anos de idade que revolucionou o rock n’ roll no Brasil, é uma das artistas que mais vendeu discos na história da música pop brasileira, é ativista pelo feminismo e pelos direitos dos animais, já foi elogiada pelo atual rei da Inglaterra, além de cantora e compositora, é artista plástica, atriz e escritora e recentemente vem lutando bravamente contra um câncer. Rita Lee é certamente nossa super-heroína!

Nascida em 31 de dezembro de 1947, Rita Lee Jones é a terceira filha do casal Charles e Romilda. Ele filho de pais norte americanos, vindos do Alabama para se estabelecer em Santa Barbara D’Oeste, ela filha de italianos vindos do sul da Itália. Rita nasceu e foi criada no bairro Vila Mariana, na capital paulista. Lá estudou, fez amizades, montou sua primeira banda, namorou,  saiu da casa dos pais, mas alugou uma casa no bairro, casou, se divorciou e teve um filho. Rita Lee só deixou de morar na Vila Mariana após 1977. Estabeleceu uma parceria simbiótica com Roberto de Carvalho, que se tornou parceiro musical e amante, numa relação que perdura até hoje. Foi com ele que ela escreveu seus maiores sucessos. Sempre foi apaixonada por bichos, quando criança, dizia querer ser veterinária. Já teve tudo quanto é bicho de estimação, inclusive uma jaguatirica, que andava livremente pela casa como um enorme e manhoso gato. Enfim, a vida de Rita Lee é uma grande e empolgante aventura que é difícil de se resumir. Por isso, separamos 10 fatos marcantes de sua vida, que mostram porque Rita Lee é uma das mulheres mais importantes da história contemporânea do Brasil.

1 – Origens.

Caetano Veloso já cantou que Rita Lee é a mais perfeita tradução da cidade de São Paulo. Constatação irrefutável. Sendo descendente de estadunidenses e italianos, Rita Lee cresceu entre a cultura cosmopolita e moderna dos Estados Unidos e a cultura tradicionalista e passional da Itália. Tudo isso vivendo na maior cidade da América Latina. Desde cedo, era curiosa e afeita à leitura. Apesar das aspirações infantis de ser veterinária, e da vontade do pai que ela seguisse seus passos e fosse dentista, Rita ingressou na USP para cursar comunicação social e ser jornalista. Mas nessa época, ela já estava envolvida com a música e optou por largar a faculdade para seguir os caminhos do rock n’ roll.

2 – Girl Power.

Em 1963 Rita Lee saiu da banda onde fazia alguns vocais para montar sua própria banda. E fez questão de que fosse uma banda só de garotas. Surgiu então o trio Teenage Singers. A banda fez algumas apresentações e tinham certo reconhecimento entre os jovens paulistanos, mas era um conjunto limitado. O forte delas era cantar e sentiam que precisavam de um instrumental mais coeso acompanhando-as. Foi quando elas conheceram um outro trio, os Wooden Faces, cujos integrantes eram os irmãos Arnaldo e Sérgio Baptista e o baterista Dinho. Os dois trios se juntaram formando o conjunto O’Seis, que, após algumas mudanças de formação, ficariam famosos como Os Mutantes.

3 – Multi Rita.

É exagero dizer que Rita Lee era a alma dos Mutantes. Até porque o principal compositor e quem criava as concepções psicodélicas da banda era Arnaldo Baptista. Porém, Rita Lee era a carta na manga, o super trunfo dos Mutantes. Enquanto cada integrante se limitava a no máximo dois instrumentos, Rita Lee tocava de tudo! Piano, sintetizador, percussão, pandeirola, violão, escaleta e até mesmo uma bomba de detetização. Além disso, era compositora de mão cheia. É dela, por exemplo, a icônica canção 2001, escrita em parceria com Tom Zé. Rita também se encarregava dos figurinos  e trazia para a banda um bom humor e leveza irresistíveis.

4 – Sem tempo, irmãos.

Rita Lee foi mandada embora dos Mutantes.  A verdade é essa. Verdade confirmada pelos próprios irmãos Baptista tempos depois da dissolução da banda. Acontece que no começo dos anos 70 Arnaldo e Sérgio entraram numa onda de virtuosismo, estudando ao máximo seus instrumentos e embevecidos pela pompa do aristocrático rock progressivo que despontava.  Um som que se levava a sério até demais. Rita Lee fazia de tudo um pouco, mas não era virtuose em nenhum instrumento. E também não via muita graça em Emerson, Lake and Palmer. E os irmãos Baptista não viam mais espaço para Rita Lee nos Mutantes, que agora seriam uma banda séria de rock progressivo. Mas se você acha que isso a abalou, achou errado. Não só ela seguiu uma bem sucedida carreira solo, como convenceu os Mutantes a serem sua banda de apoio em suas primeiros discos solo, que não tinham nada de rock progressivo.

5 – Rasgando o verbo.

Rita Lee e Arnaldo Baptista, além de companheiros de banda, se tornaram namorados. Mas o ano era 1968 e o bicho grilismo imperava entre a juventude. A banda chegou a morar um tempo numa comunidade hippie na serra da Cantareira e o casal praticava o amor livre, atualmente conhecido como relacionamento aberto. Muitos anos depois a própria Rita afirmaria que eles não se amavam de verdade, mas que ela se sentia traída quando via Arnaldo com outras mulheres. E nessa época, justamente para poder morar fora e levar sua vida como quisesse, Rita precisou se casar, para ter aceitação da família. O casamento só serviu para uma coisa: uma cena épica, ao vivo na televisão. No programa da Hebe Camargo, em 1972, Rita Lee rasgou sua certidão de casamento na frente das câmeras.

6 – Fruto de sucesso.

Em 1973 Rita Lee, já rompida de vez com os Mutantes, conhece o guitarrista Luis Carlini e monta uma nova banda, a Tutti Frutti. Porém, nos discos, pelo contrato com a gravadora, Rita Lee era uma artista solo, então a banda ficou sendo Rita Lee & Tutti Frutti. Em 1974 a banda lança o ótimo disco Atrás do Porto Tem uma Cidade. Mas o sucesso vem mesmo no ano seguinte, quando é lançado o disco Fruto Proibido. Alavancado pelo single Ovelha Negra, o disco acaba como um dos mais vendidos de 1975 e se torna um clássico absoluto do rock brasileiro. E não é para menos. Fruto Proibido conta com performances excelentes de Luis Carlini e Lee Marcucci e traz, além de Ovelha Negra, hits como Agora Só falta Você e Esse Tal de Roque Enrow.

7 – Xilindró.

Em 1976, Rita Lee conheceu Roberto de Carvalho. Os dois se apaixonaram perdidamente e logo já estavam morando juntos e Rita engravidou. Com o sucesso avassalador, depois da libertária música Ovelha Negra, Rita Lee se tornou um alvo para a ditadura militar que vigorava no Brasil. Logo após Rita declarar na imprensa que tinha parado de usar drogas e beber por conta da gravidez, os militares fizeram uma batida na casa da cantora e a levaram presa, após encontrar porções de maconha, haxixe e LSD. Claramente, o que fora apreendido eram restos de drogas consumidas por amigos que frequentavam a casa de Rita. Mesmo assim, ela foi condenada e ficou um ano presa. A única artista a visitar Rita na prisão, e defende-la vigorosamente na imprensa, foi Elis Regina, de quem Rita se tornaria amiga desde então.

8 – Lança Perfume.

Quando Rita foi libertada, logo engatou numa tour frenética ao lado de Gilberto Gil. Enquanto isso, se transformava musicalmente, absorvendo elementos da MPB  e da música pop. Em 1979 Rita e Roberto de Carvalho engatam uma prolífica parceria musical e lançam o disco Rita Lee, que traz clássicos como Mania de Você e Doce Vampiro. Mas é na virada da década, em 1980, que a dupla realmente se consagra. Mais um disco intitulado simplesmente Rita Lee. Mas dessa vez com sucessos radiofônicos instantâneos como Baila Comigo, Nel Luxo Nem Lixo, Ôrra Meu, Bem me Quer e, principalmente, a faixa Lança Perfume. Esse disco chegou a fazer sucesso nas rádios da França e Itália. Foi quando o jovem príncipe Charles, filho mais velho da rainha da Inglaterra, declarou à imprensa que que sua cantora favorita naquele momento era a brasileira Rita Lee.

9 – Like a rolling stone.

Em 1995, os Rolling Stones vieram ao Brasil para tocar em São Paulo e Rio de Janeiro, parte da tour Voodoo Lounge. Estava tudo certo. Os Stones teriam duas atrações de abertura: Os norte americanos Spin Doctors e os brasileiros Barão Vermelho. Tudo no contrato, tudo certinho. Porém, quando chegou até os integrantes dos Stones os nomes das atrações de abertura, Mick Jagger escreveu um bilhete, de próprio punho, e enviou por fax para os promoters brasileiros fazendo uma exigência: Ele fazia questão que a Rita Lee tocasse também. Assim, ela foi incluída como terceira atração. No show de São Paulo, ela acabou nem tocando, por conta da chuva torrencial que desabou. Mas no Rio, sabe-se lá porque inverteram a ordem das apresentações. Era pra ser Barão Vermelho, Rita Lee e Spin Doctors. Ma na hora, os Spin Doctors entraram depois do Barão Vermelho, e a Rita Lee tocou diretamente antes dos Stones e fez um show memorável! Ela relembra em sua autobiografia, que o próprio Jagger liberou o corredor de acesso ao palco para ela subir e tocar. Zerou a vida, né…

10 – Recordes.

 Rita Lee é uma mulher de superlativos. Porque ela extrapolou todos os recordes da indústria fonográfica no Brasil. Ela é a mulher que mais vendeu discos na história da música brasileira e é a artista brasileira que mais emplacou hits nas trilhas de abertura de novelas. Rebelde e questionadora, também é a mulher que mais teve músicas censuradas durante a ditadura militar. Em 1980 Lança Perfume ficou em primeiro lugar na França e chegou a entrar no top 100 da Billboard nos Estados Unidos, rendendo versões em vários idiomas, inclusive uma versão pitoresca em hebraico. Em 2016 escreveu sua autobiografia, o livro se tornou um best seller instantâneo, vendendo mais de 200 mil exemplares, um fenômeno de vendas num país que lê tão pouco. Em 2017, seu livro foi indicado para o Prêmio Jabuti, o Oscar brasileiro da literatura.

Que mulher é a Rita Lee! Um dos grandes exemplos de mulher livre, de talento e dona de seu próprio destino! Entre Anita Garibaldi, Fernanda Montenegro, Carmem Miranda e muitas outras, Rita Lee é uma mulher brasileira que nos enche de orgulho e inspira a Strip Me prestar cada vez mais homenagens como essa e a transmitir, através das nossas camisetas, a arte a liberdade, a diversidade e o amor, nas camisetas de música, arte, cinema e cultura pop. Na nossa loja você confere tudo isso e fica por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana. Assim como a Rita Lee, a Strip Me é puro barulho, diversão e arte!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o que há de melhor na obra da Rita Lee, é claro. Rita Lee Top 10 tracks.

Para ler: Recomendadíssimo o livro da própria Rita, Rita Lee Uma Autobiografia, lançado em 2016 pela Editora Globo. Um livro divertido e muito bem humorado, onde a cantora narra em detalhes sua vida e obra!

Cadastre-se na Newsletter
X

Receba nossos conteúdos por e-mail.
Clique aqui para se cadastrar.