10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

Determinados elementos são tão marcantes que viram referência. Na cultura pop, bigodes das mais diferentes formas e espessuras viraram verdadeiros ícones. A Strip Me elencou os 10 mais memoráveis.

Conjunto de pêlos faciais que cresce acima do lábio superior e abaixo do nariz. Resumindo muito basicamente, essa é a definição do bigode. Atualmente é meramente estético, mas na antiguidade, já foi símbolo de poder, religiosidade e bravura. Ainda que os primeiros registros mais confiáveis de homens ostentando bigode date do século IX, há indícios que já no Antigo Egito, ele já fosse utilizado. A origem da palavra mustache, bigode em inglês, tem origem no grego helenístico, vindo se transformando ao longo dos séculos. Já a palavra bigode em si tem origem mais interessante. Na Idade Média, os bárbaros germânicos usavam bigodes volumosos e tinham por grito de guerra “Bei Gott!”, ou seja, por Deus. O pessoal da península ibérica associou o grito de guerra aos homens peludos entre a boca e o nariz e passaram a chamar os bárbaros de bigode, que acabou virando a palavra latina para designar o tal conjunto de pêlos faciais.

Já no século XIX o bigode realmente se popularizou, e os homens começaram a explorar cada vez mais diferentes maneiras de ostentá-lo. Um bigode vistoso e bem desenhado era sinal de classe e elegância. E, por fim, o bigode está aí até hoje firme e forte. E durante todo o século XX, com o surgimento da mídia, celebridades e etc, alguns bigodes se tornaram icônicos, marcaram época e foram copiados à exaustão. A Strip Me selecionou os 10 bigodes mais marcantes da cultura pop. Confira.

Friedrich Nietzsche

Ainda que o filósofo alemão seja anterior à cultura contemporânea, fica impossível falar de bigodes e não citá-lo. É amplamente sabido que Nietzsche foi um dos filósofos mais influentes da segunda metade do século XIX. Seus textos críticos à religião, à moral da sociedade em que vivia, e, de certa forma, até mesmo à cultura, fizeram dele um escritor controverso e, ao mesmo tempo inovador. Ele ajudou a moldar o conceito que hoje entendemos por existencialismo. E, acima de tudo, como um bom bárbaro germânico, Nietzsche ostentava um volumoso e imponente bigode que lhe cobria toda a boca, e que se tornou sua marca registrada.

Charlie Chaplin

Sem dúvida o pioneiro da comédia no cinema, Chaplin era multi tarefa. Dirigia, escrevia e atuava. É considerado um dos criadores do cinema e referência para praticamente todo mundo que veio depois dele. Controverso e desafiador, Chaplin nunca assumiu um posicionamento político, mas acabou sendo incluído na famosa e infame Lista Negra de Hollywood no fim dos anos 40, considerado subversivo. Além de sua trajetória de grandes trabalhos, Chaplin acabou imortalizado na imagem de seu mais notório personagem, denominado simplesmente O Vagabundo, mas também conhecido por Carlitos na América Latina. O personagem aparece em vários filmes de Chaplin, sendo os mais notórios deles Luzes da Cidade e O Imigrante. Além do chapéu coco e da bengala de bambu, destaca-se o diminuto, mas marcante bigode, que virou moda nos anos 30.

Salvador Dali

O mestre do surrealismo teve não só sua obra marcada pela excentricidade e brilhantismo, mas teve também uma vida pessoal igualmente excêntrica, além de conturbada e sabidamente controversa. Por exemplo, numa época em que sequer existia o conceito de relacionamento aberto, Dali e Gala, sua esposa, já viviam um casamento aberto sem o menor pudor. Dalí morreu de insuficiência cardíaca em 1989, aos 84 anos, em Figueres, na Espanha, onde foi sepultado. Em 2017 seu corpo foi exumado para obtenção de amostras de DNA, para um processo de paternidade, que deu negativo. E o que mais chamou a atenção é que seu bigode estava intacto! Em 1955 Dali deu uma entrevista à BBC e contou o segredo para um bigode tão espevitado. Ele disse que, após um almoço, estava comendo tâmaras. Com as mãos sujas da fruta, modelou o bigode, que ficou a tarde toda daquele jeito. Foi então que ele decidiu adotar o estilo. Ficou um tempo usando a oleosidade da tâmara, mas depois passou a usar uma cera de origem húngara. Em 2010 uma pesquisa elegeu o bigode de Dali o mais famoso do mundo. Nada mais justo, para um dos artistas mais revolucionários da humanidade.

Charles Bronson

Tanto a carreira de Charles Bronson, como seu bigode acabam ganhando notoriedade por serem ordinários, ou seja, comuns. Já a vida pessoal do ator foi super movimentada. Filho de um casal de lituanos vivendo na Pensilvania, Bronson passou boa parte de sua infância sem falar inglês, foi aprender o idioma depois de adolescente. Serviu o exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial como artilheiro de cauda do bombardeiro B-29, chegando a ganhar a medalha Purple Heart, uma das mais importantes condecorações de guerra. Nos anos 50 ingressou no cinema por acaso, como figurante e foi ficando, ganhando papéis secundários aqui e ali. Fez vários westerns, mas foi na década de 70 que se destacou com os filmes de pouca conversa e muita ação. Seu maior sucesso foi o clássico Desejo de Matar, de 1974. Assim como seu bigode simples e ralo, no filme Bronson interpreta um pacato arquiteto, que tem sua esposa e filha estupradas e vai em busca de vingança. Desejo de Matar teve mais cinco sequências, além disso Bronson estrelou vários outros filmes do mesmo estilo. E seu bigode ajudou a criar essa imagem de tiozinho ranzinza tão cativante.

Freddie Mercury

Com vasta diversidade em cabelos compridos e vistosas costeletas, o rock n’ roll nunca foi tão marcado por bigodes. Claro, teve um ou outro, os Beatles na fase Sgt. Peppers…, Frank Zappa, Lemmy Kilmister (que, a rigor, considera-se bigode e barba). Mas pelo menos um bigode ficou realmente marcado na história do rock. Um bigode espesso e bem desenhado. Claro que estamos falando de Freddie Mercury, a colossal voz a frente da banda Queen. Desde suas primeiras experiências musicais, antes de conhecer Brian May, até seus últimos dias, Freddie Mercury mudou muito de estilo. Usava roupas psicodélicas, depois couro, collants… enfim. Mas a mudança que mais ficou marcada e imortalizou sua imagem foi a do bigode. Segundo um amigo pessoal de Mercury, dois fatores foram determinantes para que ele adotasse o bigode. Primeiro que, em meados dos anos 70, estava se criando nos Estados Unidos uma imagem de homem viril, o popular machão, que ostentava bigode. Essa imagem foi prontamente adotada pela comunidade gay e Freddie Mercury a adotou, pois além de gostar do estilo, o bigode disfarçava seus dentes levemente protuberantes que tanto o incomodavam. Assim, se consolidou o bigode mais emblemático do rock n’ roll.

Tom Selleck

Falar de bigode e não citar Tom Selleck é como falar de guitarra sem mencionar Jimi Hendrix. Sem dúvida Selleck carrega o bigode mais famoso dos anos 80. Protagonista da famosa série Magnum, Tom Selleck inspirou muitos homens a cultivar um espesso e bem aparado bigode. Bigode este que acabou por se tornar sua marca registrada. Em praticamente todos os filmes e séries em que atuou, sempre manteve o bigode, no máximo deixava crescer a barba. Agora imagine você que Selleck foi a primeira opção de Spielberg e George Lucas para interpretar seu personagem recém criado, Indiana Jones. Tratativas chegaram a ser feitas, mas os produtores da série Magnum não o liberaram para filmar o longa Caçadores da Arca Perdida, e o papel acabou caindo no colo de Harrison Ford. Certamente se Indiana Jones tivesse um bigode de respeito como aquele, não ia ter nazista nenhum querendo se meter a besta com ele.

Hulk Hogan

A luta livre é uma das formas mais curiosas de entretenimento que existem. Hoje já não é tão popular, mas entre as décadas de 60 e 80 tinham um público cativo imenso e gerava celebridades conhecidas internacionalmente. É uma mistura de luta com teatro, onde personagens se enfrentam no ringue, executam golpes mirabolantes, sendo que o resultado já é sabido por todos, pois sempre há entre os combatentes o “bom” e o “mau”. Foi nesse contexto que o personagem Hulk Hogan surgiu e transcendeu o ringue, se tornando uma persona, um alter ego, do esportista e ator Terry Gene Bollea. Carismático, Hulk Hogan se tornou a maior estrela da luta livre, além de atuar com frequência em filmes e séries. Seu bigode, que contorna todo o lábio superior e desce até o queixo se tornou sua marca registrada e virou febre nos anos 80, chegando a ter como um de seus imitadores o frontman do Metallica, James Hetfield. No Brasil a luta livre também foi muito popular através do programa de TV Telecatch, onde a estrela era o personagem Teddy Boy Marino, mas sem a mesma imponência do Hulk Hogan por não ter um fio de bigode sequer.

Sam Elliott

Depois de Tom Selleck, Sam Elliott é certamente o ator mais lembrado quando se fala em bigode. Até porque nos quesitos exuberância e volume, o bigode de Elliott é praticamente imbatível. Sam Elliott é aquele tipo de ator que sempre agrada, mas que nunca teve um papel realmente grande, como protagonista. Seus papéis mais marcantes foram no clássico western moderno Tombstone, de 1993 (onde Kurt Russell exibe um belíssimo bigode também), faz aparições cirúrgicas e excelentes no maravilhoso O Grande Lebowski, de 1998, e, talvez seu papel mais marcante, no filme A Star is Born (juntos e shallow now, lembra?) onde sua atuação foi elogiadíssima, rendendo até indicações a vários prêmios, incluindo o Oscar de ator coadjuvante. Enfim, atrás daquele imenso bigode, há um ótimo ator.

Daniel Day-Lewis

E se estamos falando de bigodes no cinema, Daniel Day-Lewis não pode ficar de fora. Ainda que o ator não use bigode frequentemente, pelo menos dois de seus mais célebres personagens ostentavam bigodes memoráveis. Em Sangue Negro, o personagem implacável Daniel Plainview tem um farto bigode que lhe confere seriedade e certo garbo. Já no épico de Martin Scorsese Gangues de Nova Iorque, o personagem Billy The Butcher apresenta o que pode ser considerado o mais imponente e vistoso bigode do cinema. Para além do fato de Day-Lewis ter ganhado o Oscar de melhor ator por ambos os personagens, Billy The Butcher , em especial, tem tamanha densidade e força no filme por combinar o talento de Day-Lewis como ator, com uma estética de época imponente, que inclui um bigode longo, mas bem aparado, com as pontas levemente retorcidas. Realmente um bigode inesquecível.

Frida Kahlo

Dá pra cravar que se trata da maior artista plástica da América Latina. Mulher que passou poucas e boas, viveu intensamente e produziu arte com paixão e talento. Mas, peraí! Mulher num texto de bigode, coisa de homem? Pois é… não é assim que Frida Kahlo fosse bigoduda, mas ela tinha sim um buço mais evidente. E ela própria não se furtava a escondê-lo. Na maioria de seus auto retratos, ela pintava a si mesma evidenciando essa característica. Portanto, em nome da diversidade (e também do bom humor) achamos por bem incluí-la nessa lista. Até porque nunca é demais falar sobre Frida Kahlo e sua obra magnífica. Portanto fica aqui a nossa homenagem a esta grande artista, que se destacou como poucas em universos tão dominados por homens, como o das artes plásticas e do bigode.

Bonus Track: Bigodes Brasileiros

O Brasil também foi prodigioso em gerar homens com bigodes marcantes. Quem viveu a redemocratização na segunda metade dos anos 80 teve que conviver frequentemente na TV, jornais e revistas com aquele largo bigode grisalho do então presidente José Sarney. Ao contrário dele, Rivelino e seu vultuoso bigode deu muita alegria aos brasileiros jogando na seleção tricampeã de 1970, bem como em times como Corinthians e Fluminense. Para encerrar, não há no Brasil bigode mais famoso e imponente que o de Belchior, sem dúvida um compositor único bem como seu bigode.

Quando uma promessa é feita “no fio do bigode” significa que é um compromisso de honra, que não precisa de assinatura. A origem da expressão é incerta, mas reza a lenda que, em algum momento da história, quando dois homens precisavam selar um acordo, arrancavam cada um um fio de seu bigode para demonstrar boa fé ou confiança. Portanto, é no fio do bigode que a Strip Me garante as melhores e mais confortáveis camisetas, que são perfeitas para qualquer rolê, do churrasquinho à balada. São camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas as coleções e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com grandes canções interpretadas por célebres bigodudos. Bigode top 10 tracks.

Ranking PTA: Todos os filmes de Paul Thomas Anderson, do “pior” ao melhor.

Ranking PTA: Todos os filmes de Paul Thomas Anderson, do “pior” ao melhor.

Um dos mais inventivos e diretores do cinema autoral dos últimos 30 anos, Paul Thomas Anderson tem uma filmografia invejável. A Strip Me listou toda a obra de PTA, do “pior” ao melhor.

O cenário é uma cafeteria na beira de uma rodovia, no meio do deserto. Em uma mesa, dois homens conversam sobre uma situação difícil, enquanto tomam café e fumam cigarros. Em outra mesa um casal em plena lua de mel tem uma DR, enquanto tomam café e o rapaz fuma um cigarro. Do lado de fora, um cara com jeitão de poucos amigos estaciona seu carro e vai ao telefone público. Em seguida, entra na cafeteria, compra café e um maço de cigarros. Os dois homens, o casal e o rapaz sozinho não se conhecem. Mas estão conectados por uma nota de vinte dólares. Foi assim que Paul Thomas Anderson ingressou no negócio do cinema. Seu curtametragem Cigarettes and Coffee, lançado em 1993, impressionou tanto os críticos que ganhou o Festival de Sundance e rendeu ao diretor a oportunidade de produzir um longa metragem.

Paul Thomas Anderson, PTA para os mais chegados, é o tipo de cineasta que parece estar jogando outro jogo, enquanto todo mundo está tentando entender as regras do jogo em curso. Nasceu em 1970, em uma Los Angeles que respira cinema. Não por acaso, a maioria dos seus filmes se passam em LA. Anderson despontou como o garoto prodígio do cinema cult dos anos 90, mas, em vez de seguir fórmulas, ele decidiu fazer um mix louco de personagens disfuncionais, roteiros ousados e uma câmera que dança ao som de sua própria música. Rankear seus 9 filmes é tarefa hercúlea, além de muito polêmica. Mas a Strip Me não tem medo de cinéfilos enfurecidos e comprou essa briga. Vale dizer, é claro, que mesmo o pior filme de Paul Thomas Anderson é um filme ótimo, muito acima da média. Também é importante ressaltar que usamos aqui critérios mais tangíveis do cinema. A maior dificuldade de se rankear os filmes de PTA é que eles, invariavelmente, envolvem emoções e geram no espectador uma conexão afetiva. Por isso, essa é uma lista que pode variar muito de pessoa para pessoa.

9 – Jogada de Risco (1996)

Pode ser considerada a versão estendida do curta Cigarettes and Coffee, até porque o longa foi feito graças ao curta ter sido premiado em Sundance três anos antes. A trama gira em torno de um veterano do blackjack em Las Vegas que começa a ensinar seus truques a um jovem rapaz. Os dois se tornam bons amigos, mas a amizade desanda depois que o rapaz se apaixona por uma cativante garçonete. O roteiro é simples, mas bem amarradinho, tem ótimas atuações, incluindo Philip Seymour Hoffman, que trabalharia com PTA dali em diante até sua morte prematura, e também já mostra a leveza e olhar aguçado de Anderson ao conduzir a câmera. Não tem nada de mais, mas é um filme acima da média, que consegue prender a atenção do espectador e entreter com eficiência.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

8 – Licorice Pizza (2021)

Curiosamente, o primeiro e o mais recente filme da carreira de PTA constam nesta lista como os “mais fracos” de sua obra. Ainda assim, trata-se de um filme delicioso, não se deixe enganar. Aqui temos um formato que Anderson utiliza em alguns de seus filmes, mas que aqui alcança um patamar diferente. É o de construir o filme todo em função dos personagens. A trama em si não tem reviravoltas ou eventos que vão mudar a vida das pessoas. Licorice Pizza se presta simplesmente a acompanhar um rapaz e uma mulher que se apaixonam e como suas vidas e o relacionamento se desenvolve. Temos como pano de fundo um bucólico subúrbio de LA nos anos 70 muito bem construído e excelentes atuações. Neste quesito, aliás, destaque para Bradley Cooper, que faz apenas uma participação e aparece em poucos momentos, mas quando o faz, rouba a cena completamente. É um filme leve e surpreendente, para assistir naquele domingo de tarde e sorrir.
Onde assistir: Amzon Prime

7 – Vício Inerente (2014)

Na mesma pegada de Licorice Pizza, Vício Inerente se presta unicamente a acompanhar as desventuras de um detetive particular doidão levando sua vida, fumando maconha, investigando seus casos, fumando maconha, tendo um romance , fumando maconha… enfim. O filme vale por ter um roteiro simples, mas que não é cansativo, uma fotografia excelente e uma atuação arrebatadora de Joaquim Phoenix. Em filmes como este, PTA mostra que é possível ser simples e cometido, sem apelar para grandes estripulias no roteiro, e ainda assim fazer cinema de altíssimo nível.
Onde assistir: Amazon Prime

6 – Boogie Nights (1997)

O salta de qualidade, principalmente como roteirista, que PTA deu de seu filme de estreia para este, que é o segundo de sua filmografia, é brutal! Boogie Nights é um filme cheio de camadas e simbolismos, desses que faz você repensar sobre do que ele realmente se trata quando vê mais de uma vez. Na superfície, temos um filme sobre a era de ouro das produções pornográficas no cinema e a ascensão de um grande astro. Mas, na real, é uma obra sobre pertencimento, sobre busca por raízes, por família e sobre uma utópica manifestação artística original e transcendente. Traz um elenco fabuloso e uma direção positivamente peculiar. Só não entrou no top 5 porque tem um rimo errático. Mas é um filme brilhante. Se ele está na sexta posição, imagine o que vem pela frente!
Onde assistir: HBO Max

5 – Embriagado de Amor (2002)

Sejamos francos. É uma comédia romântica. Com tudo que se espera de um filme do gênero. Incluindo o Adam Sandler. Mas calma, porque é uma comédia romântica do PTA! E isso faz toda a diferença. Temos aqui mais um filme na linha evolução de personagem. O roteiro é muito bem escrito e tem como propósito mostrar como um rapaz solitário, inseguro e reprimido vai crescer e amadurecer a partir do momento em que se apaixona por uma garota. É uma comédia romântica, mas o humor não é explícito e pastelão, mas sim um humor de desconforto, quase de vergonha alheia, mas que tem sua graça dentro do contexto da história. Temos aqui também a melhor atuação de Adam Sandler em toda sua carreira e uma excelente atuação da adorável Emily Watson. Um filme maravilhoso!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

4 – Trama Fantasma (2017)

Trama Fantasma é, indiscutivelmente, um passo a frente na filmografia de PTA. É o filme mais bonito de Anderson. Plasticamente é impecável, com uma fotografia delicada e sensível, edição e montagem que dão fluidez e ritmo perfeito, ainda mais tendo como trilha as melodias emblemáticas e belas de Jonny Greenwood, mais conhecido por ser o guitarrista da banda Radiohead, que assina a trilha sonora do longa. Para completar temos um protagonista controverso, metódico, carente e muito talentoso, interpretado pelo magnífico Daniel Day-Lewis. O filme tem como pano de fundo o glamouroso mundo da moda na alta sociedade de Londres dos anos 1950. O personagem de Day-Lewis, um costureiro aclamadíssimo e talentoso, vive vários conflitos e vê sua vida virar de cabeça pra baixo por causa de uma garota. Um filme de arte pra ninguém botar defeito.
Onde assistir: Telecine – Apple TV

3 – O Mestre (2012)

Isso aqui não é um filme, é uma catarse! PTA pegou os principais temas que trabalhou em suas obras mais relevantes até ali (Sangue Negro e Magnólia), condensou e concebeu um filme contundente e arrasador. O Mestre fala sobre fé, submissão, relações humanas e o infinito ciclo abusivo do mestre que precisa do pupilo que precisa do mestre que precisa do pupilo… Com exceção da atuação irrepreensível, que lhe rendeu o Oscar, no filme Capote (2006), de Bennett Miller, neste O Mestre Philip Seymour Hoffman entrega sua mais potente e avassaladora atuação. Da mesma forma, Joaquim Phoenix também está impressionante e Amy Adams igualmente excepcional. É um filme pesado, que levanta muitas questões fundamentais para a vida em sociedade, mas também para cada um refletir sozinho sobre si mesmo no banho ou antes de dormir.
Onde assistir: HBO Max – Amazon Prime

2 – Magnólia (1999)

É o filme mais famoso, e também o mais controverso. Daqueles que separa as pessoas em quem ama e quem detesta. Muita gente, aliás, vai dizer que ele deveria figurar na primeira colocação dessa lista. É compreensível. Um filme que traz 9 histórias distintas, mas que vão se cruzar de alguma maneira até o final do filme, todas elas histórias de conflitos, desesperança, tristeza, solidão, mentira… acaba que provavelmente o espectador vá se identificar e se conectar com pelo menos duas histórias ali. Isso faz com que quem ame este filme, tenha com ele uma conexão afetiva muito grande. É muito comum ver pela internet, em fóruns de cinema ou vídeos e podcasts, gente dizendo que Magnólia salvou sua vida, ajudou a superar uma perda, ou um vício. É muito louco isso. É um filme tão complexo, mas tão cativante, que fica quase impossível descrevê-lo. Mas é um filme genial. É a arte fazendo o seu papel, de causar no espectador as mais variadas emoções, gerar conexões com a realidade e, principalmente, fazer pensar. É um filme imperdível!
Onde assistir: HBO Max

1 – Sangue Negro (2007)

Magnólia figuraria na primeira colocação dessa lista, não fosse essa obra de arte chamada Sangue Negro. Começando pelo roteiro, soberbo, bem escrito, denso, com personagens profundos e grandes diálogos. Daniel Plainview é um dos personagens mais emblemáticos da história do cinema moderno. Ainda mais quando interpretado com verdadeira transcendência por Daniel Day-Lewis. O filme retrata a trajetória de Plainview, um homem ambicioso e incansável que, em busca de petróleo, vai entrar em conflito com um pastor de uma pequena comunidade. Esteticamente, o filme é impecável! Fotografia cheia de contrastes, montagem e edição primorosas e uma direção magistral. Em Sangue Negro PTA alcança o ápice em seu ofício. Deixando emoções e gosto pessoal de lado, sem dúvida, Sangue Negro é o filme mais completo e bem acabado de sua carreira. Uma verdadeira obra prima! Um filme que pode assustar por ser longo e com um tema tão amargo. Mas, acredite, vale cada segundo. É uma aula de cinema a cada frame.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Em resumo, a filmografia de PTA é uma caixa de surpresas: você nunca sabe o que vai encontrar, mas tem certeza de que será algo original, imprevisível e brilhante. Claro, sempre vai ter quem saia da sala de cinema sem entender metade do que viu , mas para quem se conecta com sua visão, Anderson é simplesmente um dos diretores mais inovadores do nosso tempo. Uma obra tão instigante e inspiradora não poderia ficar de foras do cardápio de referências e influências da Strip Me. Confere lá na nossa loja a coleção de camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop, games, bebidas e muito mais. No nosso site você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o qwue de melhor rola nas trilhas sonoras dos filmes do PTA. Paul Thomas Anderson top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes da lista, vale a pena conferir o curtametragem citado no início do texto. Cigarettes and Coffee está disponível de graça no Youtube. Só clicar aqui.

10 filmes imperdíveis sobre cassino, apostas e jogos de azar em geral.

10 filmes imperdíveis sobre cassino, apostas e jogos de azar em geral.

No auge da era das bets no Brasil, a Strip Me relembra 10 filmes imperdíveis sobre cassino e jogos de azar em geral. Filmes que certamente você vai sair ganhando se assistir.

Pode apostar. Esse ímpeto de se arriscar, enfrentar desafios e lucrar com isso está no sangue de todo ser humano desde sempre. 3000 a.C. os babilônios lançavam dados feitos de ossos de animais quando se reuniam para descansar e comer, depois de um dia de trabalho. Visionários como poucos, os gregos da Grécia Antiga, apostavam em seus atletas favoritos durante os Jogos Olímpicos, como se fossem fãs de um reality show esportivo. Os romanos faziam o mesmo, sempre copiando a cultura grega. Na Idade Média, as cartas de baralho apareceram e, com elas, as primeiras formas de jogos de cassino. Assim, a coisa toda foi evoluindo até chegar na primeira metade do século XX, quando glamourosos cassinos despertavam luxuriantes desejos e muita cobiça. Por fim, a tecnologia colocou o cassino dentro dos smartphones através dos aplicativos conhecidos como bets. Vendo pelo lado bom, pode até ser que você perca todo seu dinheiro e fique endividado , mas pelo menos, você está sozinho no seu quarto, e não corre o risco de ter que lidar com um baixinho invocado, como o Joe Pesci, com um bastão de baseball vindo te cobrar.

Como estão em alta as discussões sobre apostas e jogos de azar, a Strip Me selecionou os melhores filmes envolvendo esse tema. As cartas estão na mesa! Boa sorte.

3000 Milhas Para o Inferno (2001)

Apesar da péssima tradução do título, trata-se de um filme empolgante e muito divertido. Nele, um grupo de ladrões aproveitam uma mega convenção de sósias do Elvis num cassino em Las Vegas para cometer um grande assalto ao cofre do cassino. É um filme cheio de boas cenas de ação, generosas doses de comédia e um roteiro consideravelmente bem amarrado. O longa é muito bem protagonizado pela dupla Kevin Costner e Kurt Russell, que entregam atuações deliciosamente canastronas, como qualquer bom sósia do Elvis que se preze. Ah, sim, e sobre o título, o original é 3000 Miles to Graceland, um nome muito mais apropriado, já que Las Vegas e Graceland, a mansão de Elvis em Memphis, ficam quase que em pontas opostas do sul dos Estados Unidos.
Onde assistir: Amazon Prime

Casino Royale (2006)

Dentro da extensa saga do personagem James Bond, Casino Royale é um marco. É o primeiro filme com Daniel Craig no papel do espião. Uma escolha que gerou certa polêmica antes do filme ser lançado. Outra curiosidade é que a história aqui contada, mostra o início da carreira de James Bond e sua primeira missão como um agente com licença para matar. Desta forma, conseguimos compreender melhor o personagem para além de suas frases de efeito e traquitanas tecnológicas. Além de trocar tiros e sopapos com seus inimigos, neste filme Bond também precisa trabalhar sua poker face na mesa de carteado. É um ótimo filme. Dos que Craig protagonizou como 007 só não é melhor do que o soberbo Skyfall.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Golpe de Mestre (1973)

Este é um desses filmes atemporais. Primeiro porque se trata de um filme de época, a história de passa em 1936 e o longa é do início dos anos 70, mas poderia muito bem ser uma produção atual, que esteticamente pouca coisa mudaria, a não ser a qualidade de filmagem e audio. O longa conta a história de uma dupla de vigaristas, um já para se aposentar e o outro, um novato, que se juntam para aplicar um golpe no maior chefão do crime de Chicago, sendo que para isso, eles passam por jogos de poker e apostas em corridas de cavalo. É um filme brilhante, com uma linguagem noir e boas doses de comédia e ação. Para se ter uma ideia, o filme ganhou 7 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Diretor. Um de seus pontos altos é a atuação irrepreensível da dupla Paul Newman e Robert Redford. Um clássico!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Joias Brutas (2019)

Com uma carreira já consolidada de ator de comédia, foi só em 2002 que Adam Sandler pode mostrar que é um ator completo, capaz de entregar uma atuação dramática convincente ao protagonizar o belíssimo Embriagado de Amor, de Paul Thomas Anderson. Em 2019 ele repetiu a dose numa atuação densa e muito marcante, como um apostador incorrigível. Joias Brutas é um filme envolvente e muito bem executado sobre o submundo de apostas e comércio de joias e pedras preciosas. Uma das mais bem sucedidas produções da Netflix.
Onde assistir: Netflix

Quebrando a Banca (2008)

Sejamos francos, não é assim um filme genial ou inovador. Mas é sim muito, mas muito divertido. Tem boas cenas de ação, personagens cativantes, um roteiro cheio de reviravoltas e boas atuações. Enfim, um baita entretenimento. Trata-se da história de um aluno inteligentíssimo da MIT (Massachusetts Institute of Technology) que é convencido a se juntar a um professor que lidera um grupo de jovens treinados para contar cartas e fazer códigos para trapacear no blackjack, também conhecido como 21 (título original do filme, aliás). Essa turma vai até Las Vegas para ganhar dinheiro nas mesas de 21 dos cassinos. E é basicamente isso. Como já foi dito, um baita entretenimento. Vale a pena conferir.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Cartas na Mesa (1998)

John Dahl é um diretor muito dinâmico e expressivo. Tanto que suas melhores realizações se deram na TV, e não no cinema. Ele dirigiu alguns episódios de algumas das melhores séries já feitas, como Breaking Bad, Dexter, The Walking Dead, House of Cards, Californication, True Blood e muitas outras. Por isso, Cartas na Mesa é um filme com um ritmo oscilante entre o frenético e o contemplativo, trazendo um equilíbrio bizarro, mas agradável. O longa conta a história de dois amigos jogadores de poker que se separam, um sendo preso e o outro abandonando as mesas de carteado. Quando um deles sai da prisão e se vê obrigado a pagar uma dívida alta, os dois se juntam novamente para correr atrás do prejuízo. Temos aqui Matt Demon e Edward Norton numa química muito boa, atuando super bem, e uma história bem amarrada. Um ótimo filme.
Onde assistir: Amazon Prime

Onze Homens e Um Segredo (1960 – 2001)

Aqui fica inevitável não se fazer uma recomendação dupla. Afinal, muito se engana quem acha que o filme de 2001, estrelado por George Clooney, Brad Pitt e cia, foi uma criação original do Steven Soderbergh. Ocean’s 11 foi o filme que imortalizou a lendária Rat Pack, um grupo de cantores e atores amigos nos anos 50, que se reuniam em Vegas para farrear. Essa turminha do barulho era encabeçada por ninguém menos que  Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Exceto algumas diferenças sobre como o grupo se conheceu e alguns truques utilizados para o roubo dos cassinos, o filme de 2001 é bem fiel ao original de 1960. Em resumo, um grupo de 11 ladrões se reúne para praticar um roubo histórico: limpar os cofres dos 5 maiores cassinos de Las Vegas ao mesmo tempo. Os dois filmes são ótimos e divertidíssimos.
Onde assistir: Ocean’s 11 (1960) – Amazon Prime Ocean’s 11 (2001) – HBO Max – Amazon Prime

Rain Man (1988)

Um filme clássico do excelente, e injustamente pouco lembrado, cineasta Barry Levinson, que tem no currículo filmes como Bom Dia Vietnã, Bugsy e Mera Coincidência. Aqui temos uma atuação espetacular de Dustin Hoffman como Ray, um homem que hoje seria diagnosticado como autista. O fato é que Ray é muito habilidoso com números. Quando seu irmão mais novo, Charlie, interpretado também com excelência por Tom Cruise, se liga nisso, o usa para contar cartas e faturar nas mesas de Jackblack em Vegas, tal qual a turminha da MIT em Quebrando a Banca. Mas a passagem por Vegas é só uma parte deste que é um road movie emocionante, engraçado, delicado e surpreendente. Um filmaço imperdível!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Jogos, Trapaças & Dois Canos Fumegantes (1998)

Um clássico cult pra ninguém botar defeito. Guy Ritchie certamente foi o cara que melhor entendeu a linguagem de Quentin Tarantino e soube utiliza-la imprimindo sua própria personalidade e estilo. A sinopse do filme que consta no site Imdb é tão precisa que vale a pena abrir aspas e citá-la: “Um jogo de cartas em Londres desencadeia um confronto entre quatro amigos, plantadores de maconha, agiotas e cobradores de dívidas em uma série de eventos curiosos, tudo por dinheiro e duas espingardas antigas.” Guy Ritchie reinventou com propriedade o legendário Sherlock Holmes e fez outros grandes filmes como Snatch e Rock’n’Rolla, mas sem dúvida é este Jogos, Trapaças & Dois Canos Fumegantes sua obra prima! Um filme violento, engraçado e lindo esteticamente! Imperdível!
Onde Assistir: Amazon Prime

Casino (1995)

Ninguém poderia contar essa história melhor do que Martin Scorsese. O roteiro é baseado no livro de Nicholas Pileggi sobre o gângster Frank “Lefty” Rosenthal, que foi aliado da máfia italiana, mas ao ficar responsável por um dos cassinos de Las Vegas, o poder lhe subiu à cabeça e a parceria virou conflito. Falar que o Martin Scorsese é um diretor que conta histórias como essa com maestria, que o De Niro é fod@ atuando como gângster implacável, que o Joe Pesci faz sempre o mesmo personagem, mas é sempre bom pra caramba… tudo isso é chover no molhado. O destaque aqui fica por conta da atuação arrebatadora de Sharon Stone, que em geral é uma atriz mediana. Tanto que seu papel em Casino lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. É um filmaço! Violento, com uma história muitíssimo bem contada, com atuações incríveis, uma trilha sonora maravilhosa… enfim. Um filme do Scorsese, porr@! Tem que ver!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Fazer uma aposta aqui e ali de vez em quando é divertido e não faz mal a ninguém. Mas não dá pra sdair apostando em tudo e contar com a sorte sempre. Por exemplo, pra comprar uma camiseta , não dá pra contar com a sorte, você precisa ter certeza que vai ter um caimento perfeito, que a malha é confortável e que tudo é feito da maneira mais sustentável possível, com tecido certificado e tintas biodegradáveis. A Strip Me te garante tudo isso e ainda entrega um catálogo imenso com camisetas lindas, que combinam com qualquer rolê! Dá uma olhada no nosso site pra conferir todas as coleções e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist excelente com o que de melhor rola nas trilhas sonoras dos filmes aqui citados. Pode apostar top 10 tracks!

8 filmes imperdíveis do inconfundível Wes Anderson.

8 filmes imperdíveis do inconfundível Wes Anderson.

Wes Anderson ganhou notoriedade no cinema como o mestre da simetria e das cores pastéis. Mas sua obra mostra que seu talento vai muito além disso. A Strip Me selecionou os 8 melhores filmes do cineasta para comprovar.

Wes Anderson é o tipo de cineasta que, mesmo que você nunca tenha ouvido falar dele (o que é difícil), com certeza já viu uma cena ou outra de seus filmes em algum lugar. Uma paleta de cores pastéis, personagens excêntricos que parecem saídos de uma vitrine de loja de brinquedos, e uma simetria tão precisa que faria até um engenheiro civil se emocionar. É assim que o mundo de Wes Anderson funciona, uma mistura mágica de nostalgia, humor peculiar e um toque de estranheza que só ele sabe fazer.

É verdade que ele parece ter uma régua invisível nas mãos. Os enquadramentos de seus filmes são tão meticulosamente calculados que ficam no limite entre o TOC e a genialidade. E ele adora tons suaves, que remetem à infância, como amarelo mostarda, rosa claro e verde menta. Parece que tudo no mundo dele foi pintado à mão, com pinceladas cuidadosas para criar uma sensação de sonho. Mas, se o visual já é peculiar, espere até conhecer os personagens. Anderson tem uma habilidade única de criar personagens excêntricos, como se colocassem os caras do Monty Python para escrever contos de fadas na Disney, onde as crianças são geniais e os adultos têm crises existenciais. Sim, Wes Anderson também é um roteirista brilhante e original, criando não só personagens fantásticos, mas histórias bem contadas, com diálogos muito bem construídos. Seus filmes transmitem uma teatralidade difícil de se ver nas telas de cinema e que funciona muito bem. Muitas vezes se tem a impressão de, ao ver um de seus filmes, estar presenciando uma peça de teatro.

Para celebrar a obra deste cineasta tão singular, a Strip Me pinçou da filmografia de Anderson seus 8 melhores trabalhos.

A Crônica Francesa (2021)

Ainda que não esteja entre seus melhores filmes, A Crônica Francesa é um retrato fiel da obra de Wes Anderson como um todo. Sua estética sempre tão meticulosa, com simetria e cores distintas, transmitem uma ideia de limiar entre sonho e realidade, inocência e vida mundana. Aqui, ao retratar um editor de revista à beira da morte e a virada do século com o mundo editorial se adaptando aos novos tempos, Anderson nos coloca nesse lugar entre dois mundos. Um filme delicado e cativante.
Onde assistir: Disney+

Três é Demais (1998)

Não deixe que o péssimo título em português te desanime a assistir esse ótimo filme. O título em inglês, Rushmore, é bem melhor e poderia ser mantido, afinal se trata da instituição de ensino onde Max, o protagonista, estuda. Rushmore é o segundo longa da carreira de Wes Anderson, e já traz todos os elementos que o tornariam inconfundível. A começar pelo protagonista, que, propositalmente, não gera empatia ou identificação com o espectador, mas é carismático. Sem falar, é claro, na estética marcante. É uma comédia deliciosa sobre amizade e aprendizado.
Onde assistir: Amazon Prime

Viagem a Darjeeling (2007)

A fórmula de sucesso d’Os Excêntricos Tenenbaums, de uma tragicomédia sobre uma família disfuncional se repete aqui, porém, numa pegada mais dinâmica. No fim das contas, trata-se de um road movie sobre relações interpessoais, laços familiares e redenção. A aura mística e misteriosa da Índia é o pano de fundo perfeito para uma história muito bem escrita com uma fotografia impecável. A busca do sentido da vida é ilustrado aqui através de uma viagem de trem conturbada e exuberante. Esteticamente, está entre os mais belos de Wes Anderson.
Onde assistir: Disney+

A Ilha dos Cachorros (2018)

Um dos trabalhos mais ousados de Wes Anderson por se tratar de uma animação em stop motion com uma temática aparentemente infantil, mas de profundidade filosófica impressionante. Antes de qualquer coisa, é importante dizer que é um filme visualmente lindíssimo! Livre para criar cenários sem depender de locações e paisagens reais, Anderson nos entrega uma obra de arte. O roteiro completa o longa com questionamentos fundamentais sobre a vida em sociedade, o autoritarismo, preconceito, solidariedade… olha, é muita coisa. Mas tudo embrulhado numa história de aventura bem humorada, que traz toda essa carga com certa leveza. É um filme brilhante!

Os Excêntricos Tenenbaums (2001)

Foi o filme que realmente fez com que Wes Anderson tivesse reconhecimento na indústria cinematográfica. À época do lançamento do longa, sua recepção por parte da crítica ficou dividida entre quem amou e quem odiou. Mas foi sucesso de público e rapidamente Anderson passou a figurar entre os cineastas queridinhos da turma do cinema cult, ao lado de Tarantino, os irmãos Coen e Roman Polanski. O filme retrata uma história sobre reconciliação familiar e padrões de comportamento em sociedade. Um clássico cult.
Onde assistir: Disney+ – Amzon Prime

O Fantástico Sr. Raposo (2009)

Esta foi a primeira experiência de Wes Anderson com animação em stop motion. E, olha, foi uma baita de uma estreia! O Fantástico Sr. Raposo é uma adaptação para o cinema de um livro de 1970 de mesmo título, escrito por Roald Dahl. Trata-se de um livro infantil, mas como toda boa obra infantil, tem sempre um fundo de crítica social, ou algo do gênero. Anderson captou essa essência da história para elaborar um filme, que consegue ser encantador para crianças e impactante para adultos. Uma história sobre roubo, conspiração e amor. É imperdível!
Onde assistir: Disney+

Moonrise Kingdom (2012)

Muita gente considera este o melhor filme de Wes Anderson. Pode até ser, realmente é uma obra de arte. Aqui, mais do que nunca, a estética andersoniana se faz presente de forma exuberante. A fotografia é linda! E o roteiro muito bem escrito, uma história com drama e comédia na medida certa, com personagens encantadores e diálogos espertos. Uma aventura deliciosa sobre amizade, padrões sociais questionáveis e a inconsequente inocência da juventude. A cereja do bolo é um elenco fabuloso com Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray, Frances McDormand e Tilda Swinton.
Onde assistir: Disney+ – Amazon Prime

O Grande Hotel Budapeste (2014)

A obra prima de Wes Anderson é ambientada no período entre as duas guerras mundiais, em que, num hotel, o gerente e um jovem empregado se tornam grandes amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de uma obra de arte renascentista, a fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX. É a obra máxima de Anderson porque ele conseguiu dar um passo adiante em sua fórmula, tanto na estética quanto na escrita. Além disso, o elenco todo apresenta atuações memoráveis. É desses filmes que a gente não cansa de ver, e se você esbarra nele zapeando os canais da TV, vai acabar parando pra assistir. Ah, sim, é claro que ele ganhou 4 Oscars e foi uma das maiores bilheterias daquele ano. É cult e blockbuster ao mesmo tempo!
Onde assistir: Disney+ – Amazon Prime

Como não admirar um artista que consegue absorver as melhores referências (Kubrick, Almodóvar, Lars Von Trier, Terrence Malik…) e produzir obras com tanta personalidade? Wes Anderson consegue essa proeza, evidenciar suas referências, mas ser autoral. Assim é também a Strip Me. A gente faz as camisetas mais lindas e confortáveis, ideais para qualquer rolê, com estampas que esbanjam as melhores referências, e com aquele estilo que só a gente tem. Vai lá no nosso site e confere a coleção de camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop, bebidas e muitas outras, isso sem falar que por lá você fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

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Para ouvir: Uma playlist delícia com algumas das grandes canções que aparecem nos filmes de Wes Anderson. Wes Anderson Top 10 tracks.

Top 10: Os melhores filmes de Almodóvar.

Top 10: Os melhores filmes de Almodóvar.

Histórias únicas, personagens complexos e uma paleta de cores vibrante fazem de Pedro Almodóvar um cineasta único. A Strip Me hoje celebra a obra de mais este grande mestre da sétima arte ao elencar seus 10 melhores filmes.

La Movida Madrileña foi um movimento cultural de renascimento e liberdade. A Espanha viveu, de 1939 a 1975, uma ditadura truculenta, que, entre outras atrocidades, perseguia e calava artistas que ousavam se expressar livremente. Com a morte do ditador Francisco Franco, a Espanha voltou a ser uma democracia e finalmente as pessoas experimentavam o sabor da liberdade. Um dos movimentos mais conhecidos deste período foi a Movida Madrileña, um grupo de artistas de Madri que produziam uma arte moderna e cheia de vida, que explorava sem pudor temas como sexualidade, família, drogas e costumes. O maior expoente deste movimento foi o cineasta Pedro Almodóvar.

Nascido em 24 de setembro de 1949, na pequena cidade de Calzada de Calatrava, na Espanha, Pedro Almodóvar cresceu em uma família modesta. Sua infância foi marcada por um desejo incontrolável de contar histórias, e ele logo percebeu que a melhor forma de fazer isso era através do cinema. Nos anos 70, Almodóvar mudou-se para Madri, onde mergulhou na vibrante cena cultural da cidade. Foi nesse período que ele começou a fazer seus primeiros curtas-metragens com uma câmera Super-8. Ele mesmo fazia de tudo: roteirizava, dirigia e, se precisasse, até atuava! Naturalmente o cinema europeu já se distingue das produções hollywoodianas por ter um ritmo diferente, uma dinâmica de cenas mais bem elaborada e usar muito mais de ironia e sarcasmo no texto. Mas Almodóvar vai além, porque tem como marca registrada uma fotografia ousada e cheia de cores, além de histórias aparentemente simplórias, mas riquíssimas e carregadas de significados, além de construir muito bem seus personagens.

Almodóvar tem mais de 20 filmes no currículo, mais de 40 se juntarmos longa e curta metragens. Mas para sintetizar a genialidade deste mestre, a Strip Me selecionou os 10 melhores filmes de sua filmografia para comentar aqui. Confira.

Julieta (2016)

Julieta marca o retorno de Almodóvar a sua boa forma depois de alguns trabalhos pouco inspirados e um hiato no trabalho pra uma cirurgia nas costas. Trata-se de um filme típico de Almodóvar, porém com um clima mais contemplativo e ausência daquele humor cáustico que permeia suas boas obras. Culpa, fracassos, abandono e mentiras marcam este drama familiar denso e muito bem executado. Destaque para a fotografia, sempre impactante e as atuações arrasadoras de Emma Suárez e Adriana Ugarte.
Onde assistir: Mubi, Apple TV

Abraços Partidos (2009)

Uma verdadeira viagem sensorial e uma declaração de amor ao cinema. Em Abraços Partidos Almodóvar se permite ser auto referente e até zombar de si mesmo em certos momentos. O longa conta a história de um diretor que fica cego durante uma de suas produções mais aguardadas, cuja protagonista é uma atriz casada com um milionário magnata do cinema e tem uma vida pessoal cheia de percalços. Aliás, Penélope Cruz entrega aqui uma atuação apaixonante. É um filme delicioso, que consegue dar leveza a dramas palpáveis. Um filmaço!
Onde assistir: Mubi

Carne Trêmula (1997)

Carne Trêmula marca o amadurecimento de Almodóvar como diretor. Ele se consagrou com um cinema cheio de cores, roteiros recheados de dramalhões temperados com humor, foco em personagens femininas e uma estética kitsch. Aqui, Almodóvar apara as arestas, evita exageros e entrega um filme sóbrio, com uma história muito bem contada, com muitas camadas, uma construção de personagens masculinos mais profunda e uma fotografia de muito bom gosto. Um filme maravilhoso onde Almodóvar prova ser um cineasta versátil e sensível.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime

Má Educação (2004)

Almodóvar nunca fez um filme explicitamente autobiográfico, mas muito de suas experiências de vida permeiam seus roteiros. Má Educação talvez seja o filme onde as experiências pessoais do diretor mais apareçam. Além de ser homossexual, Almodóvar foi educado na infância em colégios católicos. Ele próprio afirmou que o filme não se trata de uma vingança e que não tem nada contra a igreja católica, mas tem lá suas críticas a fazer. De fato, críticas religiosas ficam á margem numa trama muito bem escrita de relacionamentos complicados, emoções dúbias e comportamentos duvidosos de personagens de moral questionável. Um filme brilhante, com uma atuação magistral de Gael Garcia Bernal.
Onde assistir: Netflix

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988)

O filme que fez Almodóvar ficar conhecido no mundo todo, pode facilmente ser considerado uma subversão genial do gênero comédia romântica, que se cristalizava à época no cinema norte americano depois de clássicos como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e Procura-se Susan Desesperadamente. Mulheres À Beira de Um Ataque de Nervos é uma comédia sensacional! Caótico, histriônico, com um texto excelente e uma história bem amarrada, além de trazer a estética do cinema europeu, mas com uma pegada mais dinâmica, típica dos filmes de Hollywood. Um filme imperdível! Ah, sim, e também o filme que apresentou ao mundo o sempre excelente Antonio Banderas.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime

Dor e Glória (2019)

Metalinguagem define bem Dor e Glória. Um filme onde podemos entender quem é Pedro Almodóvar através do personagem Salvador Mallo. Neste roteiro intimista e delicado, Almodóvar não expõe suas próprias vivências, mas deixa muito claro os paralelos entre a vida do protagonista do filme e sua própria. O longa retrata a vida de um diretor de cinema cansado, que interrompeu sua vida profissional por problemas de saúde, e que começa a confrontar algumas memórias e momentos do passado. Salvador Mallo é interpretado por Antonio Banderas, talvez em sua melhor performance já vista, realmente arrebatador. Filmaço mega recomendado!
Onde assistir: Apple TV

Volver (2006)

Volver é um filme impecável! Almodóvar promove uma verdadeira ode às mulheres, expondo suas forças e fraquezas com sensibilidade, sem paternalismo. Penélope Cruz, Carmen Maura e Lola Dueñas estão irrepreensíveis, atuando com leveza e muita química. Na trama, duas irmãs voltam ao vilarejo onde cresceram para o velório de uma tia, mas acabam se deparando com o fantasma de sua mãe e precisam lidar com alguns dramas familiares antigos. Apesar da temática fúnebre, é um filme inspirador e divertido, com um roteiro excelente e uma estética exuberante, com muitas cores fortes e ângulos abertos, que tão berm caracterizam o trabalho único de Almodóvar.
Onde assistir: Netflix

A Pele que Habito (2011)

Numa das primeiras entrevistas sobre o lançamento de A Pele que Habito, Almodóvar disse que sempre quis fazer um filme de terror sem sustos ou gritos. Nesta versão moderna e um pouco deturpada de doutor Frankenstein, é exatamente isso que Almodóvar entrega. Um filme sinistro, denso e impactante, sem necessariamente causar reações histéricas no expectador. No filme, um médico amargurado pela morte da esposa se dedica a construir a pele perfeita, capaz de resistir à dor, misturando DNA humano com suíno. Claramente, sua intenção é recriar a sua mulher por meio da ciência. Aqui Almodóvar dá um passo adiante em sua carreira de cineasta ao deixar de lado as fórmulas que o consagraram para conceber um filme ótimo, com a sua assinatura, mas com outra linguagem.
Onde assistir: HBO Max, Amazon Prime

Tudo Sobre Minha Mãe (1999)

Um dos filmes mais premiados de Almodóvar, incluindo o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Tudo Sobre Minha Mãe é realmente uma obra de arte. Acima de tudo, traz um roteiro sensível e envolvente, muito bem escrito e com boas pitadas de ironia ao abordar temas polêmicos. O filme conta a saga de uma mãe cujo filho acaba de falecer. O jovem queria conhecer seu pai, mas morreu antes de fazê-lo, e a mãe vai em busca deste pai, um travesti que sequer sabia da existência do filho. É uma trama complexa e densa, é verdade. Mas Almodóvar consegue contar essa história com maestria, equilibrando como ninguém as emoções e falando com naturalidade sobre sexualidade, maternidade, perda e individualidade. Uma preciosidade do cinema!
Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV

Fale com Ela (2002)

Apesar de ser esteticamente o filme mais ousado e deslumbrante de Almodóvar, Fale com Ela rendeu ao cineasta seu segundo Oscar, mas apenas na categoria Melhor Roteiro Original. Não à toa. Realmente é um roteiro brilhante! Instigante, dramático, cheio de lirismo e sentimento e, acima de tudo, com uma história bem contada, sem pontas soltas e envolvente. A trama gira em torno de dois homens que se conectam por estarem cada um cuidando de um mulher em coma. Encontros e desencontros fazem deste filme uma obra única. Com cenas lindíssimas, uma montagem dinâmica e fotografia primorosa, Fale com Ela é um afago na alma, uma expressão pura e inquestionável de arte.Se é este o melhor filme de Almodóvar? É sim, sem sombra de dúvida.
Onde assistir: Netflix

Bem vindo ao mundo de Almodóvar, onde a vida é uma tela cheia de cores, emoções e histórias incríveis. A obra de Almodóvar é desafiadora, imponente e inovadora. Para a Strip Me é uma fonte inesgotável de inspiração. Basta dar uma olhada na nossa coleção de camisetas de cinema para confirmar. Além, é claro, das nossas camisetas de arte, música, cultura pop, games e muito mais. Na nossa loja você confere todas as nossas coleções, além das camisetas básicas e os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist delícia com algumas das músicas mais marcantes dos filmes de Almodóvar! Almodóvar top 10 tracks.

A era do Streaming e suas 5 melhores plataformas.

A era do Streaming e suas 5 melhores plataformas.

Há mais de 10 anos as plataformas de streaming se multiplicam, mudando completamente a nossa maneira de consumir filmes e séries. A Strip Me dá uma geral nas 5 plataformas mais populares no Brasil.

Poucas coisas são tão atrativas e maravilhosas quanto um bom rodízio. Pode ser de carnes, de comida japonesa, de pizza… só o fato de você pagar um valor fixo e poder comer à vontade o que quiser de um cardápio amplo e variado é sensacional! Por isso mesmo, nos adaptamos tão rápido e já amamos tanto as plataformas de streaming. Porque elas funcionam exatamente da mesma maneira. Um catálogo imenso de filmes e séries à sua disposição pagando um valor fixo por mês.

Imagine entrar em uma locadora com infinitas prateleiras de filmes e séries de todos os gêneros, épocas e países. Do velho oeste ao espaço sideral, está tudo lá, sem ter que rebobinar a fita antes de devolver. Mas vamos com calma. Afinal, não é assim também que tem tudo, tudo mesmo, num lugar só. São várias plataformas de streaming, cada uma com um catálogo diferente. Muitos filmes e séries se repetem em mais de uma plataforma, claro, mas cada uma tem sua particularidade. Por isso, a Strip Me te entrega hoje uma breve análise das 5 plataformas de streaming mais populares no Brasil e suas vantagens. Confira!

Netflix

Foi a primeira plataforma a se popularizar de fato. Funcionando desde 2010, passou por algumas reformulações ao longo dos anos, melhorando a navegabilidade da plataforma e refinando seu design. O catálogo já foi melhor. Passou por muitas mudanças, e hoje se concentra mais em produções próprias.
A plataforma: Tem boa navegabilidade, é bem intuitiva e organizada. Seu algoritmo funciona bem e apresenta indicações muito interessantes, baseadas no que você costuma assistir.
O catálogo: Hoje o catálogo da Netflix se destaca pelo seu conteúdo original, produções bancadas pela própria plataforma. Mas também tem uma coleção considerável de filmes blockbuster. Além disso, tem uma rotatividade interessante. É sempre certo que vai ter novidades interessantes no catálogo, de lançamentos recentes a filmes e séries antigas.
Destaques: Filmes: O Irlandês, Rocketman, Garota Exemplar, A Lista de Schindler, O Jogo da Imitação. Séries: House of Cards, Stranger Things, Seinfeld, Breaking Bad, Ozark.

Amazon Prime

A Amazon Prime Video já rolava nos Estados Unidos há um tempo, mas chegou ao Brasil somente em 2016. É uma plataforma robusta, com um catálogo muito interessante, mas errático. Seu lay out e navegabilidade deixam um pouco a desejar, mas vem melhorando com o tempo.
A plataforma: A navegabilidade pela plataforma é funcional, mas não encanta. A organização é um pouco confusa, eles misturam filmes e séries disponíveis no catálogo com outras que é preciso alugar ou fazer assinatura de streamings parceiros. Isso incomoda um pouco.
O catálogo: Assim como a Netflix, a Amazon vem investindo em produções próprias, algumas delas muito boas. Tem uma coleção invejável de filmes clássicos e conta com a opção de assistir alguns canais de TV como a CNN ou o Universal Channel, além de muitos canais premiere de esportes.
Destaques: Filmes: Oppenheimer, A Outra História Americana, Os Infiltrados, Apocalypse Now, Noivo Neurótico Noiva Nervosa. Séries: The Boys, O Homem do Castelo Alto, Daisy Jones & The Six, Little Fires Everywhere, Hunters.

Globoplay

No ar desde 2015, a Globoplay, bresileiríssima, se destaca por seu enorme conteúdo de produções brasileiras que extrapolam em larga escala o que é feito para a TV. Atualmente, seu maior filão tem sido os documentários, a maioria excelentes, como Vale o Escrito, Doutor Castor, Sullivan & Massadas, Senna por Ayrton e outros. A plataforma permite assistir ao vivo todos os canais do Grupo Globo (Globo, GNT, Multishow, Sportv…) e outros como Megapix e Canal Brasil.
A plataforma: É direta, intuitiva e atraente, lembra muito a Netflix. A navegabilidade é boa, mas pode ser um pouco lenta, se comparada a outras plataformas. O algoritmo funciona muito bem, dando sugestões e colocando em destaque conteúdos compatíveis com o que é consumido habitualmente.
O catálogo: De maneira geral, é um catálogo ótimo. O ponto fraco definitivamente é a variedade e qualidade dos filmes, em especial filmes hollywoodianos famosos e tal. Em compensação tem um acervo de produções nacionais excelente, com filmes, documentários, séries e até mesmo as novelas e séries da tv Globo, que tem muita coisa boa. A Globoplay também tem investido pesado em produções originais e tem se saído muito bem.
Destaques: Filmes: Bacurau, Parasita, Terra em Transe, Queime Depois de Ler, Estômago. Séries: Os Outros, Sessão de Terapia, The Handmaid’s Tale, House, Vale o Escrito.

HBO Max

O canal de TV HBO entrou na onda do streaming em 2020. Não precisamos nem dizer que o seu ponto forte são as séries, já que mesmo para a TV, desde sempre a HBO já investia e produzia séries de altíssimo nível. Como o canal faz parte do grupo Warner, o catálogo de filmes da plataforma também é recheada de ótimos títulos. Com um lay out moderno e atrativo, a HBO Max é uma das melhores plataformas de streaming da atualidade.
A plataforma: Tem ótima navegabilidade, é simples e direta. Além das seções de filmes e séries, você pode acessar os conteúdos exclusivos dos canais que fazem parte do grupo Warner, como HBO, Discovery, Carton Network e outros, tudo separado e fácil de achar.
O catálogo: O acervo de filmes da plataforma é muito bom, mas o ouro está nas séries e nos conteúdos dos canais, especialmente da HBO e do Cartoon Network, ainda mais para os saudosistas da TV à cabo dos anos 90, que se divertiam com desenhos como Freakazoid, Johnny Bravo e o impagável late show Space Ghost de Costa a Costa.
Destaques: Filmes: Bons Companheiros, Joker, Zodíaco, Beetlejuice, A Origem. Séries: Família Soprano, Succession, Game of Thrones, True Detective, The Deuce.

Star+

A Star+ é basicamente a plataforma de conteúdo “adulto” da Disney, ou seja, boa parte do foi produzido e veiculado pela Fox, que foi comprada pela Disney. Começou a funcionar em 2021 tendo como atrativo todas as temporadas d’Os Simpsons, os filmes dos X-Men e outras produções. Em 2022 chamou a atenção por lançar uma série brilhante e avassaladora, The Bear. Recentemente foi anunciado que a Star+ será extinta e todo seu conteúdo será integrado à plataforma da Disney+.
A plataforma: É bem atrativa e simples de navegar. Pode ser um pouco repetitiva nos destaques apresentados na home e não explora bem o algoritmo para apresentar sugestões. Provavelmente, na migração para a plataforma da Disney isso vai melhorar.
O catálogo: É muito bom! No quesito filmes vai um pouquinho mais fundo dos que as outras plataformas nos filmes mais cults no estilo 500 Days of Summer. Não tem um número enorme de séries memoráveis, como a HBO, por exemplo, mas tem um punhado ali que são realmente boas e engrossam esse caldo.
Destaques: Filmes: Birdman, Pequena Miss Sunshine, Cisne Negro, Alta Fidelidade, Bastardos Inglórios. Séries: The Bear, American Horror Story, O Faz Nada, Only Murders in the Building, Atlanta, Walking Dead.

Para concluir, importante dizer que não entramos aqui no mérito financeiro porque cada uma das plataformas tem diferentes planos, com muitas variáveis e diferentes valores. Por isso, preferimos manter o foco no conteúdo. Até porque é disso que a gente gosta e entende, curtir bons filmes e séries! Então nada mais justo do que celebrar essas ferramentas maravilhosas que nos permitem ter acesso a tanta coisa boa. E tão variado e cheio de opções de altíssimo nível quanto os catálogos das plataformas de streaming, é o catálogo de camisetas da Strip Me, com coleções de camisetas de cinema, arte, música, cultura pop, bebidas, games e muito mais. Cola lá no nosso site para conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam lá toda semana.

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Para ouvir: Uma playlist divertida, com canções que falam sobre o velho hábito de assistir televisão! TV Top 10 tracks.


30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

Alguns dos filmes mais marcantes e revolucionários do cinema moderno foram lançados 30 anos atrás, no conturbado ano de 1994. A Strip Me te conta quais são os filmes mais importantes daquele ano.

1994 realmente foi um ano agitado. Nelson Mandela assumiu a presidência da África do Sul, depois de uma eleição conturbada, se tornando o primeiro presidente negro eleito no país. O leste europeu é abalado por conflitos sangrentos, principalmente em Sarajevo, na Bósnia. O líder palestino Yasser Arafat ganha o Nobel da Paz. No Brasil o Plano Real é colocado em prática, Ayrton Senna morre tragicamente, a seleção ganha o tetra e Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente. Isso sem falar nas mortes de Kurt Cobain e Tom Jobim, o lançamento do Dookie, do Green Day, a estréia do documentário e lançamento dos CDs The Beatles Anthology, a estréia de Friends na TV… ufa!

Assim como foi 1920 para a arte, com a convergência em Paris de Picasso, Dali, Matisse e a ascensão do surrealismo, e 1967 para a música, quando Beatles, Pink Floyd, The Doors e Velvet Underground lançaram discos seminais, 1994 foi um ano fundamental para o cinema moderno. Alguns filmes lançados 30 anos atrás trouxeram novas abordagens e perspectivas, que foram rapidamente assimiladas e incorporadas às produções cinematográficas de lá pra cá. A Strip Me selecionou os 8 filmes mais marcantes dessa safra pra você conferir.

Entrevista com o Vampiro

Um dos filmes mais caros do ano, a megaprodução trouxe uma reconstituição de época impecável e fez de um filme sombrio um sucesso de bilheteria. Claro, muito graças ao elenco que conta com Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater e uma jovenzinha promissora chamada Kirsten Dunst. Realmente é um baita filme bom! O roteiro é ótimo e bem fiel ao livro de mesmo nome, afinal, ambos foram escritos pela mesma pessoa: Anne Rice, e traz uma história instigante com personagens muito bem construídos. A direção de Neil Jordan é riquíssima e tem uma fotografia excelente. Não é um filme transformador, mas foi responsável por um crescimento geral do interesse das pessoas por vampiros e temas sobrenaturais na cultura pop.
Onde assistir: Amazon Prime

Ace Ventura

Para algumas pessoas pode ser só uma comédia boba. Mas a real é que é um baita filme de comédia que Jim Carrey carrega nas costas. Foi o filme que o lançou ao estrelato. Neste mesmo ano ainda sairia O Máscara e Debi & Loide, que solidificaram de vez, e em tempo recorde, o status de melhor ator de comédia de sua geração. Em Ace Ventura, Jim Carrey entrega um humor físico exuberante, com caretas, gestos exagerados e outras estripulias, mas também deixa claro que sabe atuar. O roteiro do filme é simples, mas bem executado e a direção, acertadamente, simplesmente volta as lentes para Carrey e o deixa solto. É um filme divertidíssimo.
Onde assistir: Amazon Prime

Ed Wood

Aqui Tim Burton realiza mais que uma cinebiografia, mas uma verdadeira homenagem a um cineasta, até então, ignorado. Edward D. Wood Jr certamente foi um dos diretores mais influentes para Tim Burton, com “clássicos” como Plano 9 Para o Espaço Sideral, A Noiva do Monstro e Noite das Assombrações. É neste filme que a parceria entre Burton e Johnny Depp se mostra mais eficaz. Tudo aqui funciona para que o espectador mergulhe de cabeça na trama, desde a estética retrô, em preto e branco, até as atuações impressionantes de Depp, Patricia Arquette e Sarah Jessica Parker. Com Ed Wood Tim Burton trouxe ao grande público um cinema até então pouco valorizado e tido como marginal. Vale muito a pena conferir!
Onde assistir: Star+

Um Sonho de Liberdade

Há de se deixar claro que estamos falando aqui da adaptação para o cinema de um dos livros mais marcantes da longeva obra de Stephen King. É também o primeiro longa metragem de Frank Darabont, que dirigiu e escreveu o roteiro adaptado. Isso posto, podemos afirmar sem medo que se trata de um filme excepcional! A história instigante e cativante escrita por King é fielmente contada em película, sob uma direção firme e elegante, impressionante para um diretor estreante. Apesar de não trazer nada de novo, nenhuma tendência inovadora, é desses filmes que justificam que o cinema seja considerado uma arte. É um filme inspirador, que só não foi mais celebrado na época porque teve a fortíssima concorrência de Forrest Gump.
Onde assistir: HBO Max, Amazon Prime

Assassinos por Natureza

É um roteiro de Quentin Tarantino, é verdade. Mas dá pra dizer que Assassinos por Natureza é uma obra majoritariamente de Oliver Stone. Prova disso é que o próprio Tarantino afirmou publicamente não gostar da abordagem de Stone para seu roteiro. De fato, esteticamente Assassinos por Natureza e Pulp Fiction são filmes bem diferentes. O fato é que Oliver Stone, além de realizar um filme empolgante e visceral, com uma história bem amarrada e um casal de protagonistas absurdamente carismáticos, institucionalizou uma linguagem cinematográfica moderna, com cara de videoclipe, que viria a influenciar muita gente, incluindo Guy Ritchie e Danny Boyle. Assassinos por Natureza é um filme brilhante e um bom resumo do que foram os anos 90.
Onde assistir: Star+

O Rei Leão

Impossível ignorar o filme que rendeu a maior bilheteria de 1994 e uma das maiores da histórias do cinema até hoje. Ainda mais sendo este uma animação da Disney, famosa por suas produções caretas e politicamente corretas. O Rei Leão se enquadra nesses termos, é verdade, mas vai muito além. Tem um roteiro impecável, uma estética linda e uma produção muito caprichada, sem falar no elenco de dublagem, que conta com nomes como Matthew Broderick, Jeremy Irons e Whoopi Goldberg, e na trilha sonora fantástica de Hans Zimmer, com canções originais de Elton John. Até hoje é um marco na produção de animações para o cinema, que vão além do público infantil para atingir em cheio pessoas de qualquer idade. Indiscutivelmente um clássico.
Onde assistir: Disney+

Forrest Gump

Ainda não havia sido feito nada parecido com Forrest Gump na história do cinema. Em certa perspectiva, é um filme épico, mas muito ousado, pretensioso até, ao inserir seu protagonista como coadjuvante, ou simplesmente espectador, de vários momentos históricos do século vinte, desde inspirar Elvis Presley a dançar até conhecer um dos primeiros investidores da Apple. O roteiro de Eric Roth é primoroso, adaptado de um livro homônimo, lançado em 1986 e escrito por Winston Groom. A direção de Robert Zemeckis é inspirada e Tom Hanks e Robin Wright entregam atuações excepcionais! Forrest Gump é um filme indispensável.
Onde assistir: Apple TV, Amazon Prime

Pulp Fiction

1994 foi o ano de Quentin Tarantino. Além de escrever o roteiro de Assassinos por Natureza, ele escreveu e dirigiu o clássico absoluto do cinema cult e inaugurou um novo estilo de filmar cenas de ação e violência. Como já foi dito, Pulp Fiction difere muito de Assassinos por Natureza na direção e fotografia. Tarantino é mais sóbrio, não abusa de efeitos especiais, contrastes ou enquadramentos esdrúxulos. Mas, ao mesmo tempo, é mais sofisticado, emula o cinema europeu, traz dinâmica, cortes bruscos e filma cenas brutais com uma naturalidade espantosa. E o roteiro… bom, o roteiro é genial! Diálogos inteligentes e bem humorados, uma história que se desdobra, mas é bem amarrada e personagens cativantes. A montagem que bagunça a cronologia foi outra novidade que Tarantino popularizou no cinema. Se Assassinos por Natureza é um retrato dos anos 90 por sua linguagem e estética, Pulp Fiction marca uma verdadeira revolução no cinema dali em diante.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime, Telecine

Claro que 1994 teve muitos outros filmes marcantes, mas selecionamos aqui os mais relevantes. Por exemplo, também completam 30 anos de lançados o polêmico Kids, o divertido Airheads, o meloso Lendas da Paixão, o empolgante True Lies, o denso Assédio Sexual, o esperto Cova Rasa e muitos outros. Um ano com tanto filme bom não poderia deixar de ser exaltado aqui na Strip Me. Afinal, cinema é uma das nossas paixões e uma fonte de inspiração para estampas originais lindas e super descoladas! Confere lá no nosso site a coleção de camisetas de cinema, aproveitas e dá uma olhada nas camisetas de arte, música, bebidas, games, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com as melhores músicas lançadas em 1994. 1994 top 10 tracks.

7 filmes que dão muita fome!

7 filmes que dão muita fome!

O mundo da gastronomia é fascinante. Não à toa, muita gente diz que cozinhar é uma arte. Hoje a Strip Me junta a arte da culinária com a arte do cinema, recomendando 7 filmes que, além de serem muito bons, dão uma baita fome.

Um tempo atrás, a gente já comentou aqui no blog sobre alguns drinks que se tornaram famosos por aparecerem em filmes clássicos, como o o dry martini do James Bond ou o white russian do Dude. O link para este texto levemente alcoólico está aqui. Mas tais drinks nunca foram realmente o foco dos filmes, aparecem ali, em uma ou outra cena. Já para o lado da comida, existem alguns filmes onde a gastronomia é praticamente um personagem da trama.

A persona do chef de cozinha vem se fortalecendo cada vez mais na cultura pop. Principalmente a popularização de reality shows sobre gastronomia, além dos programas populares de simpáticas senhoras preparando receitas na televisão, ajudaram a fazer com que as pessoas tivessem mais acesso a pratos mais elaborados, indo além do trivial arroz com feijão. Isso não só o aqui no Brasil, mas no mundo inteiro. Tanto é que a maioria dos filmes que abordam a gastronomia com maior ênfase tem menos de 20 anos. No caso da nossa lista, o filme mais antigo é de 2007. Claro, existem muitos filmes mais antigos onde aparecem pratos muito bonitos e apetitosos, e que fazem referência à gastronomia. Exemplo disso é o clássico dinamarquês A Festa de Babette, de 1987, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, bem como o maravilhoso Volver, de Almodóvar.

Mas para esta lista, selecionamos filmes onde a cozinha realmente está presente e cozinheiros são protagonistas. E, consequentemente, passam pela tela pratos que dão água na boca!
Bon appetit!

Toscana (2022)

O primeiro filme da lista pode ser considerado um filme meio bobo. Trata-se de uma comédia romântica previsível (como a maioria delas são). Mas, também como sempre acontece no cinema em geral, o caminho acaba sendo mais importante que o ponto de chegada. Toscana traz um roteiro bem escrito, com uma história bem contada sobre um chefe dinamarquês que herda de seu falecido pai uma pousada e restaurante na Toscana, Itália. Ele vai até lá disposto a vender o estabelecimento, mas se encanta com a simplicidade da gastronomia local, e também pela cativante garota que gerencia o estabelecimento. Já dá pra adivinhar como o filme acaba, mas vale muito a pena acompanhar o caminho até este final esperado, pois, além de divertido, ele é repleto de apetitosos pratos.

Julie & Julia (2009)

Pra começo de conversa, este filme já é recomendadíssimo, simplesmente por ser escrito e dirigido pela Nora Ephron, uma roteirista brilhante, responsável por filmes deliciosos como When Harry Met Sally e Michael, Anjo e Sedutor. Mas além disso, Julie & Julia é baseado em duas histórias reais. Primeiro, conta a história da primeira mulher a lançar um livro de receitas e ter um programa de culinária na televisão, a visionária Julia Child, interpretada pela Meryl Streep. Em paralelo retrata a vida de Julie Powell, interpretada pela Amy Adams, uma mulher frustrada que decide publicar vídeos na internet preparando todas as 524 receitas do primeiro livro de Julia Child. Além de extremamente divertido, é um filme inspirador e emocionante. E dá uma baita fome!

Toast (2010)

Nigel Slater é um dos chefs de cozinha mais conhecidos do mundo. Mais conhecido por seus livros do que pelos seus pratos, é verdade. Mas, ainda assim, é uma grande personalidade da gastronomia. O filme Toast é sua cinebiografia, cujo roteiro foi inspirado na autobiografia que Slater escreveu em 2003. E é um filme muito bom. O roteiro é bem escrito, coeso e com personagens bem construídos. A fotografia é caprichada e a direção é eficiente. No enredo, temos a infância e adolescência de Nigel, cuja mãe nunca soube sequer fritar um ovo e que morre prematuramente. O garoto então passa a cozinhar para ele e o pai, até a chegada de uma empregada, contratada para cuidar da casa, que é uma cozinheira de mão cheia. Aliás, muito da qualidade do filme deve-se ao carisma da personagem Mrs. Potter, interpretada pela Helena Bonham Carter.

Burnt (2015)

A vida de um chef de cozinha pode se assemelhar a de um artista pop. Afinal, quanto mais renomado é o profissional, mais ele ganha fama, dinheiro e pode se perder em alguns excessos. É isso que mostra este ótimo filme protagonizado pelo Bradley Cooper e muito bem executado pelo excelente cineasta John Wells. Cooper dá vida a Adam Jones, um chef famoso que se afunda nas drogas, se recupera e, já sóbrio, assume o desafio de liderar um restaurante que pode ganhar uma terceira estrela Michelin. É um filme sobre amor ao trabalho, superação e humanidade. E também de muitos pratos invocados e apaixonantes.

Chef (2014)

Nada como ter liberdade para fazer o que quiser e poder exaltar as coisas que gostamos. O cineasta Jon Favreau ganhou notoriedade (e muito dinheiro) ao conceber o filme Homem de Ferro, cujo sucesso desencadeou uma avalanche de filmes de super heróis dali em diante. Bem quisto na indústria cinematográfica, com dinheiro no bolso e contando com o apoio do amigo Robert Downey Jr., Favreau finalmente tirou do papel um filme que sempre quis fazer, envolvendo uma de suas maiores paixões: a gastronomia. Chef é um road movie empolgante e divertido sobre um chef de cozinha bem sucedido que resolve se aventurar pilotando um food truck de comida cubana, enquanto reforça o elo da relação entre ele e seu filho. Além de muita comida na tela, o filme tem um roteiro bem amarradinho, direção vigorosa e uma trilha sonora excelente.

Estômago (2007)

Este filme é inacreditável de tão bom! Uma história improvável, cativante e muito bem elaborado. Realmente é um roteiro excelente. E neste filme, a comida é indiscutivelmente uma personagem central! O longa conta a história de um retirante nordestino em São Paulo que é descoberto num boteco fazendo coxinhas maravilhosas, é contratado para trabalhar num requintado restaurante italiano e acaba preso. Na cadeia, recebe o apelido de Alecrim e passa a ser o cozinheiro dos detentos. Essa trajetória é contada de maneira instigante através de idas e vindas no tempo, os famosos flashbacks. O representante brasileiro nesta lista não deixa nada a desejar. É um filme empolgante, divertido e que também vai te deixar com muita fome!

Ratatouille (2007)

O apetite é despertado por basicamente dois sentidos, além da fome, é claro. São eles o olfato e a visão. No cinema, com o olfato a gente já não pode contar (claro que tem aquele cheirinho irresistível de pipoca com manteiga, mas isso não vem ao caso). Já a visão sim, todos os filmes citados acima nos mostram pratos incríveis, comidas maravilhosas, que dão água na boca. Mas como é que uma animação, cujos desenhos nem são assim tão realistas, e ainda por cima mostram ratos manipulando comida, pode nos deixar com fome? A resposta esta no roteiro. Esta obra prima da Pixar ganhou mais de 50 prêmios ao redor do mundo, além de ter sido indicada ao Oscar de melhor roteiro original e ter ganhado o Oscar de Melhor Animação. Ratatouille é uma verdadeira ode à gastronomia, uma história de amor pela culinária, que é contada com paixão e leveza. A maneira como os personagens Linguini e Remy falam sobre comida é muito intensa e acaba por fazer com que a gente não só queira comer, mas também cozinhar pratos deliciosos!

Porção extra:
The Bear (2022)

Sem exagero, é uma das melhores séries já produzidas! Simplicidade é tudo. Trata-se, basicamente, da história de um chef de cozinha que herda de seu irmão morto uma lanchonete caindo aos pedaços e resolve reerguê-la. No meio desse processo, o roteiro impecável nos apresenta personagens complexos, conflitos pessoais, profissionais e familiares. Tudo isso num ritmo frenético, com uma fotografia provocadora de ângulos fechados, tal qual uma cozinha apertada e caótica. É realmente uma série imperdível! Ah, e além de tudo, tem na trilha sonora Wilco, R.E.M., Pearl Jam, Radiohead, Counting Crows…

E você, tem fome do quê? A gente não quer só comida, a gente quer barulho, diversão e arte! E é por isso que a Strip Me está aqui. Para te mostrar que a arte está em tudo, e tudo que você gosta e te inspira pode se tornar uma obra de arte. E os filmes apresentados aqui hoje reforçam essa ideia. Agora só falta você dar uma conferida no nosso site pra botar no peito toda essa inspiração e originalidade. Lá você encontra camisetas de cinema, música, arte e cultura pop, além de coleções super especiais de Carnaval, bebidas, games, florais e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist saborosa com canções sobre comida. Comida top 10 tracks!

Para ler: A Arte Culinária de Julia Child: Técnicas e Receitas Essenciais de uma Vida Dedicada à Cozinha, lançado pela editora Seoman. Um livro simplesmente fundamental para qualquer um que se interesse por gastronomia. Uma leitura agradabilíssima onde técnicas de cozinha e receitas são explicadas com detalhes, mas sem ser chato ou cansativo. Recomendadíssimo!

8 filmes que são remake e você não sabia.

8 filmes que são remake e você não sabia.

Contar bem uma história é uma arte. Recontar uma história que já foi contada, com personalidade e qualidade, é um verdadeiro desafio. Hoje a Strip Me desvenda alguns filmes clássicos que são remake e você provavelmente não sabia.

Em todos os discos dos Beatles tem pelo menos uma música cantada pelo baterista Ringo Starr. E não precisa ser um expert para notar que as músicas que sobravam para ele interpretar não eram as mais marcantes e bem trabalhadas. Prova disso é a canção With a Little Help From My Friends, uma música simples de Paul McCartney, que recebeu um arranjo enxuto e despretensioso, se comparada às demais canções do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Uma canção que quase passa despercebida num disco que tem obras como A Day in The Life, She’s Leaving Home, Lucy in The Sky With Diamonds e tantas outras. Mas alguma coisa aconteceu quando o cantor inglês Joe Cocker ouviu With a Little Help From My Friends e resolveu regravá-la à sua maneira. Cocker transformou uma canção pop bobinha num verdadeiro hino da contracultura com um arranjo poderosíssimo. Aliás, não sei se você sabe, mas quem gravou as guitarras na versão de Cocker foi um jovem músico de estúdio chamado Jimmy Page.

Faz parte da arte a releitura, a reinvenção. A maneira de se contar uma história faz toda a diferença. A ênfase em determinados aspectos, o entusiasmo ou o suspense que se imprime em alguns momentos… e é inegável que tem algumas pessoas que contam histórias melhor que outras. Assim como aconteceu com a música dos Beatles que Joe Cocker transformou, fazendo com que With as Little Help From My Friends seja muito mais lembrada na sua voz do que na dos rapazes de Liverpool, tem muito filme por aí que são considerados clássicos, associados a determinados cineastas, mas que na realidade são remakes de filmes feitos anteriormente. Tais remakes, ou releituras, são reveladores para nós, pois ao comparar uma mesma obra sendo contada por duas óticas diferentes, nos mostra um pouco como cada cineasta trabalha e entende o cinema.

Pensando nisso, selecionamos oito filmes que são muito conhecidos e que pouca gente sabe que já foram feitos antes. Se o “original” é melhor ou pior que o remake, a gente, que também não resiste a uma boa polêmica, dá a nossa opinião, doa a quem doer! Confere aí!

Nasce uma Estrela (1976 – 2018)

Na real, o filme de 2018, com Lady Gaga e Bradley Cooper é um remake do remake. Já que existe um filme com mesmo nome e mesmo enredo lançado em 1954 e estrelado pela Judy Garland. Mas vá lá, o que importa para nós aqui é a versão de 1976, estrelada pela Barbra Streissand e pelo Kris Kristofferson. Curiosamente, os dois filmes tiveram várias indicações ao Oscar e ganharam na mesma categoria: Melhor Canção Original. Mas vamos aos fatos.
O remake bate o original?
Sim! O filme de 2018 é muito bem escrito, é denso e tem uma fotografia inacreditável! Além disso, Bradley Cooper apresenta uma atuação exuberante, muito superior a Kristofferson. Os dois filmes são bons, mas o remake é melhor.

Bravura Indômita (1969 – 2010)

Para começo de conversa, a história em si é ótima. Uma criança que consegue convencer um policial aposentado a ajudá-la a encontrar o assassino de seu pai. E os dois filmes conseguem contar essa história de maneira satisfatória. De um lado temos o lendário John Wayne e do outro o camaleônico Jeff Bridges como protagonistas. Enfim, é uma briga boa.
O remake bate o original?
Se você já assistiu filmes como Onde os Fracos Não Tem Vez, E Aí, Meu Irmão, Cadê Você e Fargo, você sabe que pouca gente neste mundo conta histórias tão bem quanto os irmãos Joel e Ethan Coen. E são eles os responsáveis pelo remake de 2010. Então, a resposta direta e reta é: com certeza o remake bate o original! Os irmãos Coen transformaram um filme western (de muita qualidade, diga-se) num verdadeiro épico. Não dá nem pra comparar um com o outro.

Cabo do Medo (1962 – 1991)

Aqui temos a história de um psicopata que recebe liberdade após cumprir anos na cadeia. E a primeira coisa que ele faz é procurar se vingar do advogado de acusação que o condenou. É um thriller de suspense de roer as unhas. A questão aqui é que temos realmente duas abordagens diferentes. Enquanto na versão original, de 1962, o protagonista é o promotor Sam Bowden, interpretado por Gregory Peck e retratado com certo heroísmo, na versão de 1991 o protagonismo é todo voltado para o psicopata Max Cady, interpretado por Robert De Niro.
O remake bate o original?
Bate, e não é pouco. Bate muito! Pra começar estamos falando de um remake feito por ninguém menos que Martin Scorsese. Depois, temos Robert De Niro numa atuação impressionante. E por fim, o remake traz muito mais complexidade e peso à história. De maneira simplória, podemos dizer que o filme de 1962 é muito politicamente correto e o remake não tem pudor nenhum ao retratar a violência e o sadismo.

Perfume de Mulher (1974 – 1992)

Um militar de meia idade acaba aposentado por ter ficado cego. Um recruta é designado para assessorá-lo. Deprimido, o militar resolve passar um fim de semana na cidade para se divertir. O recruta o acompanha e os dois acabam criando um vínculo de cumplicidade e amizade. É uma história muito bonita e bem escrita. O filme original é italiano, dirigido por Dino Risi, um dos cineastas mais importantes da Itália. Já a versão norte americana tem Martin Brest na direção.
O remake bate o original?
A situação aqui é a seguinte. Temos a velha disputa entre o cinema mais artístico europeu contra o cinema pasteurizado e mais bem acabado da indústria de Hollywood. Apesar de contar a mesma história, não é fácil dizer qual é melhor, porque são filmes bem diferentes na linguagem (para além do idioma) e na estética. Mas, não podemos negar que o remake tem Al Pacino numa interpretação soberba, que lhe rendeu seu primeiro Oscar de Melhor Ator, e uma das cenas mais parodiadas da história, a cena da dança de tango ao som de Por Una Cabeza, de Carlos Gardel. Então, a resposta é sim. O remake bate o original.

Os infiltrados (2002 – 2006)

Olha só, aqui nós vamos direto ao ponto.
O remake bate o original?
O filme original é uma produção chinesa, cujo título é Conflitos Internos. O mote é que a polícia tem um informante na máfia, e a máfia tem um informante na polícia. É um filme simples de ação no estilo gato e rato. Mas aí, esse roteiro caiu na mão do Scorsese, e não é que simplesmente foi feito sob a perspectiva norte americana. O roteiro ganhou camadas, tensões, personagens mais profundos, as relações entre os personagens evoluiu… tudo isso nas mãos do maior especialista em filmes de máfia do mundo! Ah, sim, tem Leonardo DiCaprio mandando super bem, e até mesmo Matt Damon e Mark Wahlberg apresentando atuações bem acima da média! Não é que o remake bateu o original, mas sim o remake chamou o Joe Pesci full pistola com um taco de baseball pra ensinar pro original como se faz um filme de máfia.

Onze Homens e Um Segredo (1960 – 2001)

O que fazer quando um bando de homens carismáticos e descolados usam essas e outras características e habilidades para cometer crimes? Bom, não nos resta nada a fazer a não ser torcer por eles. É isso que o filme Onze Homens e Um Segredo causa nas pessoas. Seja em 1960, quando o tal bando era capitaneado por um Frank Sinatra no auge de sua beleza e simpatia, seja em 2001 quando o protagonista era o charmoso George Clooney. Onze Homens e Um Segredo é um desses filmes deliciosos que misturam ação e comédia, onde um grupo de especialistas em roubos resolvem roubar os cofres de 3 dos maiores cassinos de Las Vegas.
O remake bate o original?
Então, é meio complicado a gente comparar filmes com quarenta anos de distância entre um e outro. Obviamente, o remake é mais dinâmico e esteticamente muito mais atraente. No final da década de 50, começo de 60, os grandes astros eram artistas como Sinatra e Dean Martin, que eram mais performers, cantores que sabiam atuar. Não dá pra comparar a atuação deles com Clooney e Brad Pitt, já que os dois últimos são realmente grandes atores. O original não é um filme ruim. É muito bom, tem seu valor. Mas envelheceu. O remake é melhor simplesmente por ser contemporâneo a nós.

Vanilla Sky (1997 – 2001)

Aqui temos um filme complexo, mas extremamente atraente e impactante. O roteiro é realmente brilhante. Chega a ser difícil resumir, mas basicamente, a história gira em torno de um ricaço que sofre um acidente de carro, fica desfigurado e psicologicamente muito abalado, ao passo que se apaixona por uma garota misteriosa.
O remake bate o original?
A disputa aqui é acirradíssima. Primeira coisa a se saber: Alejandro Amenábar, que escreveu e dirigiu o original, Abre Los Ojos, filme espanhol de 1997, também assina o roteiro do remake, que tem direção do sempre excelente Cameron Crowe e é uma produção hollywoodiana com Tom Cruise como protagonista. Assim como em Perfume de Mulher, estamos diante de uma produção europeia, cuja abordagem é sempre mais cuidadosa e centrada na arte mais pura, com mais dramaticidade, em contraponto a uma produção de Hollywood, numa pegada mais pop, com alguns alívios cômicos para equilibrar a densidade do enredo. Os dois filmes são incríveis! Mas, se precisamos escolher um lado, digamos que o remake bate o original sim, por um detalhe muito importante: o remake tem Paul McCartney escrevendo uma canção especialmente para o filme, a bela música Vanilla Sky.

Scarface (1932 – 1983)

O retrato da ascensão de um bandido cubano em Miami, de soldado do tráfico de drogas até se tornar um dos mais poderosos chefes do tráfico. Vamos ao que interessa.
O remake bate o original?
A frase “Say hello to my little friend!” já seria suficiente para responder. Mas vamos lá. Sim, existem as diferenças do tempo. Claramente um filme da década de oitenta vai ser mais bem feito do que um filme da década de 30. Mas o buraco é mais embaixo. Scarface acaba sendo considerado um filme original de Brian de Palma porque ele construiu a trajetória de Tony Montana com uma riqueza de detalhes impressionante, além de entregar um filme visualmente vibrante e muito empolgante. Mais uma vez, temos Al Pacino numa atuação descomunal! O roteiro do remake é mais bem elaborado e profundo que o original, mesmo guardando as devidas proporções das limitações técnicas e de costumes da década de 30. Então, como é que um filme que tem um Al Pacino travadíssimo, com uma metralhadora na mão e uma montanha de cocaína na mesa não vai bater um filme que sequer tem meia dúzia de palavrões ditos pelos personagens? O remake reina absoluto!

Faixa Bônus

Além dos filmes, as séries de TV também não escapam dos remakes. Eis alguns exemplos de séries que ficaram famosas e são remakes. Começando com a excelente House of Cards, cuja versão da Netflix, estrelada por Kevin Spacey e lançada em 2013 dá de dez na série original britânica exibida pela BBC nos anos 90. The Office também se tornou muito popular na versão estrelada por Steve Carrell, mas é remake da série britânica de mesmo nome, criada pelo genial Ricky Gervais. E neste caso, fica difícil dizer qual é melhor, já que o humor inglês eleva a outro nível as situações desconcertantes da série. No ramo da ficção científica temos Battlestar Galactica, que estreou no final dos anos 70, pegando carona na onda de Star Wars. A série ganhou um remake em 2004 e fez um sucesso imenso na TV à cabo. Por fim, temos a maravilhosa série Fargo, que não é exatamente um remake, mas sim uma série inspirada no excelente filme de mesmo nome, escrito e dirigido pelos irmãos Coen.

Pois é, o velho Lavoisier já cantou essa bola lá atrás: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Na cultura pop é a mesma coisa! Bobeou virou remake, versão alternativa ou qualquer coisa do gênero. Cabe a nós só torcer pra que ninguém invente de mexer no que já é perfeito. Já imaginou, remake de De Volta para o Futuro, Pulp Fiction ou O Poderoso Chefão?! Melhor nem pensar nisso. Então aproveita para dar aquela conferida na nossa coleção de camisetas de cinema! Lá sim você encontra seus filmes favoritos numa perspectiva original e super descolada! Isso sem falar nas camisetas de música, arte, cultura pop, games, bebidas e muito mais. No nosso site você confere isso tudo e ainda fica por dentro de todos os lançamentos da Strip Me, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada só com músicas que são versões, regravações feitas por artistas que não os compositores originais. Versões top 10 tracks.

Os 10 melhores filmes de Oliver Stone.

Os 10 melhores filmes de Oliver Stone.

Oliver Stone é um dos cineastas mais provocativos e visionários de Hollywood, disso ninguém duvida. Por isso a Strip Me volta a falar da sétima arte para elencar os 10 melhores filmes de mais este mestre do cinema!

Já falamos aqui das principais obras de Martin Scorsese, Steven Spielberg, Quentin Tarantino e muitos outros. E hoje chegou a vez de Oliver Stone, um cineasta único, com uma obra extensa de altíssimo nível! Ganhou notoriedade após realizar um dos mais marcantes filmes sobre a guerra do Vietnã, Platoon. E o Vietnã acabou se tornando tema frequente em suas obras, principalmente porque ele próprio, quando jovem, chegou a ir para o front de batalha durante o conflito no país asiático. Ao longo de sua carreira, Stone foi se mostrando cada vez mais crítico à sociedade conservadora norte americana, expondo claramente também seu posicionamento político. Mas isso não o impediu de realizar filmes memoráveis, muitos deles tendo justamente essa porção de contra cultura e rebeldia como ingrediente essencial para o sucesso.

Deixemos portanto que a obra de Oliver Stone fale por si. A Strip Me selecionou os dez melhores filmes, entre os mais de 20 de sua extensa obra, para você conferir. É importante ressaltar antes que os filmes aqui escolhidos foram dirigidos por ele, mas vamos lembrar que Stone é um baita roteirista também, responsável por escrever clássicos como O Expresso da Meia Noite, de Alan Parker, lançado em 1978, e Scarface, de Brian de Palma, lançado em 1983. Os filmes aqui elencados estão listados do “pior” para o melhor.

Alexander (Alexandre) – 2004

Muita gente torce o nariz para este filme, mas ele é um épico, no melhor sentido da palavra, um filme de época grandioso e bem executado, que conta a trajetória do maior conquistador de todos os tempos, Alexandre, o Grande. É um filme brilhante? Não é. Justamente por ser um filme histórico, tem suas falhas de roteiro e alguns exageros, inclusive em algumas interpretações dos atores. Mas no contexto geral é um filme muito bom, com uma história empolgante e bem contada, e principalmente com uma fotografia e direção excepcionais. Vale a pena ver.
Onde assistir: Amazon Prime Video

Heaven and Earth (Entre o Céu e a Terra) – 1993

O mais doce dos filmes de Oliver Stone, mesmo tendo como pano de fundo a guerra do Vietnã e toda a miséria que qualquer guerra impõe aos povos envolvidos. O filme retrata a vida de uma mulher vietnamita tentando sobreviver em meio ao caos, que acaba se envolvendo com um norte americano. O filme tem um fino verniz de romance, mas é na realidade um drama, onde Oliver Stone, que também assina o roteiro, coloca a vida da protagonista como uma metáfora para a guerra, onde ela é o Vietnã e o militar com quem ela se casa é os Estados Unidos. É um belo filme!
Onde assistir: Youtube

Wall Street (Wall Street – Poder e Cobiça) – 1987

Wall Street foi lançado logo depois do sucesso avassalador de Platoon. Graças a ele, Oliver Stone não ficou marcado como um diretor de filmes de guerra simplesmente. Além disso, Wall Street também marca a impressão mais explícita da visão crítica de Stone frente aos valores da sociedade norte americana e a geração dos yuppies. Wall Street é um filmaço, com um roteiro muito bem amarrado, personagens bem elaborados e uma direção exuberante. No elenco, Charlie Sheen e Michael Douglas estão impecáveis. Em 2010 Stone lançou Wall Street: Money Never Sleeps, uma continuação do longa de 1987, que também é recomendadíssimo!
Onde assistir: Star+

Nixon 1995

A primeira coisa a se dizer sobre este filme é que ele é uma aula de atuação protagonizada por Anthony Hopkins, que interpreta o ex presidente dos Estados Unidos Richard Nixon com uma eficiência prodigiosa. O longa retrata a vida de Nixon da juventude até a velhice, com ênfase, é claro, na sua vida política controversa, passando pelo escândalo de Watergate e a consequente renúncia ao cargo. É um roteiro sóbrio e coeso, mas que conta com uma direção dinâmica, que torna o filme envolvente e até mesmo empolgante. Um filme excelente que merece ser visto.
Onde assistir: Star+

JFK – 1991

Sem exagero, este certamente é um dos filmes mais polêmicos da história do cinema. Neste filme complexo e instigante, Oliver Stone disseca o assassinato do presidente John F. Kennedy através da ótica do promotor público de New Orleans Jim Garrison, personagem interpretado por Kevin Costner. no longa Stone apresenta uma conspiração envolvendo o próprio governo, a CIA e o escambau, concluindo que Kennedy morreu por conta de suas ideias progressistas. Apesar da teoria meio maluca e complexa, o filme é interessantíssimo, cheio de ação e uma direção excelente. Filmaço!
Onde assistir: Star+

Any Given Sunday (Um Domingo Qualquer) – 1999

Um dos filmes mais interessantes e completos de Oliver Stone, sobre um tema que o diretor ainda não havia abordado, mas o faz com brilhantismo. Temos aqui Al Pacino numa atuação excepcional, assim como Jamie Foxx. Neste filme o futebol americano é usado para ilustrar como a vida moderna é implacável com quem é mais velho e vive o conflito das mudanças à jato que vão surgindo. Mas, claro, também é uma crítica à ganância e à falta de escrúpulos de grandes corporações (e times de futebol em geral). Tecnicamente, é um filme brilhante, com uma edição dinâmica, fotografia espetacular, direção audaciosa e uma excelente trilha sonora. Filme imperdível!
Onde assistir: Apple TV – Amazon Prime Video

Platoon – 1986

Existem três filmes que definiram e imortalizaram a guerra do Vietnã, e acabaram por se tornar clássicos inquestionáveis. São eles Apocalypse Now, do Copolla, lançado em 1979, Nascido Para Matar, do Kubrick, lançado em 1987, e Platoon. O que diferencia Platoon dos dois primeiros filmes é o fato de que Oliver Stone, que escreveu o roteiro, foi pro Vietnã como combatente, e estava lá, na fatídica batalha do Ano Novo de 1968, batalha essa que é retratada no filme. Trata-se de um roteiro escrito em cima de vivências, traumas e sentimentos reais. Claro, além disso, a execução foi impecável, uma produção arrebatadora. Charlie Sheen, Tom Berenger e Willen Dafoe entregam atuações intensas, a direção é irretocável… enfim, tudo funciona. Não à toa o longa abocanhou 4 estatuetas do Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Montagem. É um filme indispensável.
Onde assistir: Amazon Prime Video

Born on the Fourth of July (Nascido em 4 de Julho) – 1989

Não tem como falar sobre este filme sem uma breve contextualização. A guerra do Vietnã teve 3 fases distintas. A primeira, no começo dos anos 60, quando os Estados Unidos estavam mandando seus melhores homens para combater guerrilheiros vietnamitas. Nessa fase, jovens de classe média se alistavam voluntariamente para lutar contra os comunistas e a favor da liberdade. Muito idealismo no ar. A segunda fase, fim dos anos 60, começo dos 70, é quando o conflito deixa de ser uma caça a guerrilheiros no meio do mato e se torna uma guerra de grande proporção, enquanto começam protestos pelo fim guerra. Caos generalizado. A terceira fase é o fim da guerra, entre 1974 e 1975, quando todo mundo vê que aquele era um conflito sem sentido e impossível de se vencer. Vergonha e veteranos abandonados à própria sorte. Nascido em 4 de Julho mostra todas essas fases através de Ron Kovic, interpretado com perfeição por Tom Cruise. Ele é um jovem idealista que vai pra guerra, se depara com uma imensidão de violência e injustiça, volta pra casa ferido e vive todo tipo de transformação. Nascido em 4 de Julho não é um filme de guerra simplesmente, mas sim um épico humano, um saga impressionante. É um filme belíssimo e obrigatório.
Onde assistir: Apple TV – Amazon Prime Video

The Doors – 1991

Foi o primeiro caso de possessão espiritual em Hollywwod, tal circunstância só voltaria a acontecer anos depois, quando Jim Carrey incorporou Andy Kaufman. Brincadeiras à parte, realmente Val Kilmer cometeu uma atuação transcendental ao interpretar Jim Morrison. Este filme foi uma convergência de virtudes. Grandes atuações, um roteiro coeso que vai além de contar a história de uma banda de rock, mas integra todo o clima que se vivia na época, uma direção artística e cuidadosa, uma fotografia lindíssima… um filme completo. E, mais uma vez, com um toque de realidade. Afinal, antes de ir para o Vietnã, Stone conheceu Jim Morrison quando os dois cursavam cinema na UCLA. Quando voltou da guerra, Stone escreveu um roteiro chamado Break, que seria o embrião do roteiro de Platoon. Este roteiro foi enviado ao Jim Morrison, pois Oliver Stone queria que o texto inspirasse músicas dos Doors. Mas isso nunca aconteceu. Esse roteiro estava com Jim Morrison em Paris quando ele morreu. O empresário dos Doors foi quem o guardou e devolveu para Oliver Stone anos depois. Talvez, se não fosse isso, esse roteiro ficaria perdido e Platoon morreria com Jim Morrison antes mesmo de nascer. Certamente essa história toda já é motivo suficiente para querer assistir The Doors. E vale muito a pena!
Onde assistir: Amazon Prime Video

Natural Born Killers (Assassinos por Natureza) – 1994

Em Natural Born Killers Oliver Stone realmente atingiu seu auge como cineasta. Na verdade, temos aqui a união de dois gênios do cinema, afinal o roteiro foi escrito por ninguém menos que Quentin Tarantino. Reza a lenda inclusive que o Tarantino não gostou da forma como Oliver Stone filmou a história. Difícil entender o porquê. Com um roteiro que vai além da violência para falar sobre mídia, sensacionalismo, e, por que não, romance, Oliver Stone abre seu baú de referências para misturar diferentes linguagens, como animações, videoclipe, filtros de granulação e saturação, cortes bruscos, sitcom… tem de tudo. E funciona, porque a história pede esse frenesi. Woody Harrelson e Juliette Lewis imortalizaram o casal Mickey e Mallory Knox, Oliver Stone concebeu um filme que é um retrato fiel dos anos 90 e, de quebra, realizou uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos. Indispensável!
Onde assistir: Star+

Olha, realmente Oliver Stone está ali na categoria dos grandes mestres do cinema contemporâneo. Uma figura controversa e autêntica, com uma obra original, provocadora e irresistível! Só de falar sobre esses filmes, já deu vontade de rever todos! No final das contas, o Oliver Stone é como a Strip Me: barulho, diversão e arte! Por isso mesmo a coleção de cinema é uma das mais populares no nosso site! Mas tem muito mais! Tem as camisetas de música, arte, cultura pop, bebidas, games e muito mais! Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana. Confere lá!

Vai fundo!

Para ouvir: Olha, a gente podia muito bem fazer uma playlist pegando uma música da trilha sonora de cada filme aqui citado. E ia ficar uma lista legal. Mas a trilha sonora de Assassinos por Natureza sozinha é tão maravilhosa que nosso top 10 hoje vai ser só em cima dela. Então se liga no nosso Natural Born Killers Top 10 tracks!

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