Dos games pro cinema!

Dos games pro cinema!

A Strip Me preparou um top 5 comentado de jogos de vídeo game clássicos que viraram filmes. Confere aí!

Passam os anos, séculos até, e a afirmação do nosso querido Lavoisier segue inoxidável: Tudo se transforma! O filósofo referia-se à natureza, é verdade. Mas se assim é a natureza, não há de ser diferente com a cultura pop, este camaleão indomável! Jogos e personagens de vídeo game, por exemplo, frequentemente rompem a barreira do nicho gamer e invadem a cultura pop. Assim aconteceu, por exemplo, com o heroico e pitoresco encanador Mario, que saiu dos consoles para estampar camisetas, canecas, virou boneco de brinquedo e muito mais. Chegou inclusive às telas de cinema! Impressionante, não é? Pois bem. Hoje vamos estamos aqui para falar especificamente dessas transformações. Games que viraram filmes.

A popularização dos games nos anos oitenta e noventa foi massiva! À medida que os jogos foram se desenvolvendo, tendo um roteiro por trás dos jogos, por mais raso que fosse, eles foram ganhando personagens palpáveis, que invadiram o imaginário de crianças e adolescentes. Logo a indústria se ligou nisso e começou fazer de tudo. Revistas em quadrinhos, brinquedos, roupas… até que os produtores de cinema também se ligaram nesse nicho. Como estamos tratando aqui de origens, primórdios, vamos nos limitar a falar de jogos das duas últimas décadas do século vinte.  Afinal, de 2000 pra cá a coisa avançou de maneira assustadora, os consoles se aprimoraram, os jogos ganharam novas nuances, com produções cada vez mais rebuscadas, que esses dois mundos, games e cinema, se aproximaram muito. Afinal, é cada vez mais comum ver roteiristas de Hollywood escrevendo roteiros de games e atores e atrizes emprestando suas vozes e suas imagens para jogos cada vez mais elaborados.

Foi nos anos noventa que o mundo dos games tomou as telas de cinema de assalto. Nem sempre com filmes bons, é verdade. Mas sempre com grandes bilheterias. Hoje selecionamos os 5 jogos dos anos 90 mais importantes que viraram filme.

Double Dragon

Double Dragon foi o primeiro grande hit dos jogos do estilo beat‘em up, a boa e velha porradaria generalizada. Criado em 1987, jogo pode ser jogado em dupla ou solo. Consiste em dois guerreiros, mestres de artes marciais, que precisam salvar a namorada de um deles, que foi sequestrada por uma gangue barra pesada. A dupla de lutadores vai passando pelas fases batendo no máximo de inimigos possível e enfrentando os famosos chefões ao fim de cada fase. É uma história que não tem começo e nem fim, só uma premissa, uma desculpa, pra rolar o jogo. Foi muito popular nos arcades e também nos consoles Nintendo e Mega Drive. Foi tamanho o sucesso que em 1994 foi lançado um filme baseado no game. Dirigido pelo James Yukich e escrito por Paul Dini e Neal Shusterman.  Tal qual o jogo, o filme tem um roteiro mais raso que poça d’água. A dupla protagonista é interpretada pelos ilustres desconhecidos Mark Dacascos e Scott Wolf, atores que conseguiam papéis em filmes de ação por serem lutadores. Enfim, é um filme ruim, que beira o irrelevante. Mas que, na época, deu mais de 2 milhões e meio de lucro para os produtores. Sinal que o game realmente tem seu potencial.

Street Fighter

É aqui que a parada começa a ficar séria! O jogo foi criado pela empresa japonesa Capcom em 1987. De início, a maioria dos consoles possuía joysticks primitivos, com uma alavanca de direção e dois botões, que, no caso do jogo de luta, dava chutes e socos com intensidades diferentes de acordo com a pressão que o jogador aplicava no botão. Foi então que, em parceria com a Nintendo, a Copcom desenvolveu os joysticks que ficaram famosos, com quatro botões e o botão de direcionamento. A primeira versão do SF não causou tanto furor. Mas quando lançaram a segunda versão, em 1991… Street Fighter II foi uma febre mundial impressionante. O jogo que trazia os protagonistas Ken e Ryu lutando contra lutadores de vários lugares do mundo tornou-se um clássico imediato. Entre hadukens, shoryukens e tratratratrukens, os personagens do jogo ficaram famosos e também acabaram nas telas do cinema. O filme lançado em 1994 ficou por conta de Steven E. de Souza, que escreveu e dirigiu o longa. Pra se ter ideia, ele foi o roteirista de filmes como Duro de Matar e Comando para Matar, dois clássicos do cinema brucutu. No elenco Jean Claude Van Damme e Raul Julia, em seu último papel antes de morrer, encabeçavam um roteiro simples, mas até que bem amarrado, para um filme de ação com tantos personagens diferentes. Não é um filme memorável. Mas ainda deve servir como bom entretenimento para quem gosta de filmes de ação e luta.

Mortal Kombat

Depois do sucesso de Street Fighter, criado pelos japoneses da Capcom, os ianques não quiseram ficar de fora. Assim o estúdio de Chicago Midway Games criou um jogo com uma estética mais bem acabada, com personagens mais poderosos e com muito mais violência explícita e sangue. Em outubro de 1992 foi lançado então Mortal Kombat. Já com uma história mais rebuscada, os americanos criaram um roteiro, que era mostrado antes de começar o jogo pra valer, explicando a origem dos personagens, tudo baseado em histórias japonesas de ancestralidade e artes marciais. Mas o que fez a cabeça dos jovens jogadores mesmo foi que o vencedor de cada luta tinha algumas opções para finalizar seu adversário. Os famosos fatalitys permitiam desmembramentos, empalação e decapitação. O jogo virou hit instantâneo e continua popular até hoje. O jogo chegou às telonas em 1995. O filme foi dirigido por Paul W.S. Anderson, escrito por uma equipe de roteiristas e teve como protagonista o ator Cristopher Lambert. O filme até que é legal, tem cenas de ação muito boas, alguns efeitos visuais interessantes para a época e… basicamente é isso. Uma história rasa e sem pé nem cabeça, em que alguns lutadores poderosos são convocados para um torneio numa ilha, e quem vence o torneio pode decidir o destino da humanidade. Além disso, em especial para nós brasileiros, o Mortal Kombat é um jogo especial pois inspirou um dos memes mais antigos, mas imortal, da internet: Lindomar, o Sub Zero Brasileiro.

Tomb Raider

Com o sucesso dos vídeo games nos anos 90 entre os jovens, o estúdio britânico Eidos Interactive se ligou que tinha um nicho ainda que não tinha sido preenchido, o de garotas que curtem jogar vídeo game. Assim, criaram em 1996 o jogo Tomb Raider, protagonizado pela carismática Lara Croft, uma espécie de Indiana Jones de saia… quer dizer, de shortinho. Ela é uma arqueóloga que se mete em várias aventuras. Rapidamente o jogo se tornou um enorme sucesso não só entre as meninas, mas também entre os meninos, adolescentes com hormônios à flor da pele inspirados por uma guerreira de top e shortinho enfrentando vilões. O jogo foi lançado pela Sega para o Mega Drive, e logo depois saiu também para o Playstation. O jogo já passou por vários versões e atualizações. Da mesma forma, acabou sendo adaptado para o cinema mais de uma vez, sempre com sucesso. O filme mais marcante é de 2001, com ninguém menos que Angelina Jolie no papel de Lara Croft. A direção do filme ficou na mão do competente Simon West, diretor de Con Air. O filme rendeu milhões em bilheteria, mas não passa de um filme de ação, muito bem-feito sim, mas sem um roteiro muito atraente.

Super Mario Bros

Um clássico, né? Super Mario foi criado como um jogo de fases para arcade em 1983, pela Nintendo. Em 1985 passou para os consoles e foi sendo atualizado e ganhando novas versões ao longo dos anos. Mas sempre tendo Mario e Luigi como protagonistas, que percorrem o mundo dos cogumelos tentando salvar a Princesa Peach sem cair em armadilhas e passando pelos mais diversos obstáculos. É o tipo de jogo viciante, que você não quer parar de jogar. Apesar de sua estética pixelada, os personagens do jogo tornaram-se icônicos. Além disso, consegue agradar todas as idades. Crianças, adolescentes e, de alguns anos pra cá, adultos nostálgicos da época em que era crianças e jogavam incansavelmente para resgatar a princesa. Lógico que tamanha comoção levou o jogo para as salas de cinema. E você pode se perguntar: “Nossa, mas só agora, em 2023, saiu um filme do Super Mario nos cinemas?”. Claro que não! De fato, se você for hoje aos cinemas, vai ver que está em cartaz uma animação baseada no jogo, com gente como Chris Pratt e Jack Black fazendo as vozes dos personagens. Mas não se iluda, 30 anos atrás, em 1993, também estava em cartaz nos cinemas o filme Super Mario Bros. Este um live action, com gente como Bob Hoskins, John Leguizamo e Dennis Hopper no elenco. Apesar de contar com bons atores o longa é bem fraco, como a grande maioria dos filmes baseados em jogos. Roteiro raso e sem propósito. Mas é divertido ver os personagens do jogo como pessoas de verdade e tal. Pele peculiaridade da coisa toda, até que vale a pena conferir. Tanto o filme de 1993, como a animação que está em cartaz atualmente nos cinemas.

Menção Honrosa

Muito legal a gente ter toda essa pegada nostálgica, jogos e filmes dos anos 90 e tal… Mas também somos ligados no mundo contemporâneo, e o que acontece agora também nos interessa! Então, cabe aqui a gente citar um dos mais recentes hypes dos streamings, a série The Last of Us, baseada no jogo de mesmo nome. Apesar de não entregar o mesmo nível de conexão que o jogo oferece, a série é realmente ótima! Claro, sempre que a gente comparar com o jogo, a série vai sair perdendo. Primeiro porque a conexão, como já dissemos é bem maior, afinal, você, jogador, toma decisões pelos personagens e se envolve com a história, além de ter muito mais espaço para que o roteiro em si seja desenvolvido, dando profundidade aos personagens e amarrando a trama toda. Apesar disso tudo, a série funciona muito bem. Pedro Pascal entrega uma atuação excelente e a jovem Bella Ramsey se revela uma atriz versátil e talentosa na comédia e no drama. Realmente vale a pena demais conferir tanto o jogo quanto a série.

Pois é. Desde os anos 80 até hoje os games cravaram seu lugar ao ol na cultura pop com tamanha eficiência, que extrapolaram sua própria mídia e deram origem a filmes, nem sempre tão bons, mas sempre divertidos! Por isso mesmo os games também fazem parte do DNA da Strip Me, que tem uma coleção todinha dedicada a esse universo, a Coleção Camisetas de Games. Além das já tradicionais camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e tantas outras. Na nossa loja você confere todas elas e ainda fica por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir & para assistir: Hoje vamos de combo. Como estamos falando de anos 90, jogos e filmes de ação, a sugestão aqui é conferir o filme Last Action Hero, o mais puro creme dos anos 90. O filme é protagonizado pelo Arnold Schwarzenegger e passeia por esse mundo dos filmes de ação, jogos e etc. É um filme bem divertido. E ele tem uma trilha sonora simplesmente arrasadora, com Alice in Chains, Megadeth, ACDC, Def Leppard… olha, é um disco pra botar pra rolar enquanto toma cerveja com a turma! Então, se liga. Aqui você confere o trailer do filme e aqui o link para o disco da trilha sonora no Spotify!

As estradas da América do Sul.

As estradas da América do Sul.

A Strip Me, no maior espírito de aventura, traz os melhores roteiros para road trips inesquecíveis pela América Latina.

O dia está amanhecendo, e o ônibus rasga uma deserta estrada no estado do Kansas, nos arredores da cidade de Topeka. É o verão de 1973. Dentro do ônibus, uma banda despedaçada encontra conforto na canção Tiny Dancer, do Elton John, que toca no rádio. Enquanto todos cantam o refrão, no fundo do ônibus, o jovem jornalista William Miller diz para sua amiga Penny Lane: “Eu preciso ir para casa.” Ela olha para ele com um sorriso e responde: “Você está em casa.” E realmente não há sentimento que se compare a se sentir em casa, estando na estrada.

A cena descrita acima é uma das mais bonitas do filme Quase Famosos, um dos melhores road movies já feitos, escrito e dirigido pelo Cameron Crowe e lançado em 2000. A cena transmite com perfeição o sabor de estar na estrada, viajar de cidade a cidade, apreciar paisagens e se desconectar da vida cotidiana, ao buscar o horizonte infinito de um caminho de asfalto. Claramente, algo cada vez mais necessário para manter uma boa saúde mental hoje em dia. As road trips são cada vez mais populares, se tornando uma alternativa ao engessado esquema de viagem com o pacote “passagem aérea-hospedagem-guia turístico”.

O cinema embutiu na nossa cabeça a ideia que uma boa road trip é feita por freeways que cortam cânions, desertos e montanhas rochosas, de preferência dirigindo um motor home. Mas, acredite, por aqui mesmo, na América do Sul, é possível fazer viagens inesquecíveis. E, se você fizer questão do motor home, não tem problema. Já tem muita empresa especializada em alugar esse tipo de veículo por aqui. Então, se prepara, porque aqui vão algumas dicas de roteiros imperdíveis para quem quer rodar por essas estradas sem fim.

Fala sério, quem precisa dos descampados do Oregon ou Nevada quando se tem o deserto do Atacama? O deserto mais árido e em maior altitude, em relação ao nível do mar, do mundo. Essas características proporcionam paisagens fantásticas que vão de lagos no meio do nada, até a Cordilheira de Sal, com paredões rochosos e sal pelo chão. O Atacama está a mais ou menos 3,3 mil quilômetros da cidade de São Paulo. Para quem tem muito tempo sobrando, é uma baita aventura dirigir esse trajeto todo. De São Paulo a Curitiba, depois cruza o interior do estado do Paraná, seguindo a oeste, passa por Asunción, no Paraguai, atravessa o norte da Argentina e chega ao Chile. Mas também há a opção de ir de avião até Santiago, no Chile, alugar um carro e tanto ir para o lado da Argentina percorrer as vinícolas de Mendoza, quanto subir ao norte para o Atacama. Percorrer esses lugares, absorver a cultura andina e se deslumbrar com as paisagens é uma experiência indescritível!

Outra região tão encantadora quanto desafiadora é o sul do Brasil. Em especial os caminhos da serra catarinense são espetaculares. Saindo de Curitiba, as opções são várias. Dá pra ir pelo litoral, passando por Camboriú e Florianópolis e, antes de chegar em Laguna, rumar para oeste. Também é possível ir pelo interior, seguindo em direção a Lages e aproveitando as estradas margeadas por mata virgem e majestosas araucárias. E ainda mais para oeste, fazendo um percurso mais longo, percorrer a região bucólica de Treze Tílias, para dali seguir para leste. O destino é a Serra do Rio do Rastro, uma paisagem digna de cinema, com um trecho de estrada de apenas 15 quilômetros, mas que contém mais de 200 curvas e desfiladeiros de tirar o fôlego! Um lugar pra quem gosta de dirigir e não se intimida facilmente.

Outro roteiro cheio de encantos e desafios é a Colômbia. Claro, neste caso, esteja onde for no Brasil, é impraticável fazer a viagem toda de carro. Para se ter ideia, a grande cidade brasileira mais próxima de Bogotá é Manaus. E para ir de carro de Manaus a Bogotá são mais de 3,4 mil quilômetros de distância, sendo que tem que pegar balsas, cruzar um pedaço da Venezuela, trechos de estradas de terra no meio da floresta… enfim, não é impossível, mas tem que ter aquele espírito aventureiro mesmo. Mas estando em Bogotá, é só alugar um carro e seguir a noroeste até o litoral. Passa por Medellín, depois Cartagena e faz a volta, parando na bela cidade de San Andrés, antes de voltar a Bogotá e finalizar o passeio. Além de conhecer a rica cultura colombiana, curtir uma cumbia enquanto devora uma bandeja paisa, por exemplo, os caminhos percorridos passarão por trechos de floresta amazônica, até chegar nas paradisíacas praias caribenhas. Uma conexão com a natureza inexplicável!

Por falar em praias paradisíacas e natureza, outro roteiro deslumbrante, e muito mais acessível, está aqui no sudeste brasileiro. Os caminhos da Estrada Real é uma verdadeira viagem! Além das belezas naturais, redescobre-se ali os caminhos do Brasil colonial, em que o ouro era levado de Minas Gerais para o porto do Rio de Janeiro, para dali cruzar o Atlântico e chegar às mãos cobiçosas da corte portuguesa. É possível percorrer todo o trajeto, que contém várias estradas, como também dá pra setorizar e fazer roteiros menores. Todos os caminhos da Estrada Real somam 1,6 mil quilômetros e englobam parte de Minas Gerais, norte e nordeste de São Paulo e parte do Rio de Janeiro. Os caminhos entre Minas e São Paulo pela Serra da Mantiqueira são mágicos, envoltos pela Mata Atlântica e repletos de simplicidade. Mas o caminho mais interessante mesmo é sair de São Paulo ir até Taubaté, dali descer para o litoral, e seguir até Paraty, no Rio de Janeiro, uma das cidades mais antigas e charmosas do Brasil. Uma viagem pela história.

Olha só. A América do Sul é riquíssima em cultura e belezas naturais. Seja pra que lado você for, vai encontrar paisagens incríveis e culturas surpreendentes. Punta del Este, Bariloche ou Patagônia, Serra Gaúcha, Pantanal, Cordilheira dos Andes, Machu Picchu, as cidades históricas de Minas Gerais… é muita coisa! Mas não dá pra finalizar este texto sobre road trips sem falar do destino mais convidativo: o nordeste brasileiro! O roteiro conhecido como Rota das Emoções liga os estados do Maranhão, Ceará e Piauí numa viagem deliciosa pela cultura nordestina, música, dança, arte e gastronomia, e também por paisagens vibrantes entre praias belíssimas e trechos de Mata Atlântica nativa. São aproximadamente 500 quilômetros, passando por 14 cidades encantadoras, parques de preservação ambiental e pontos turísticos imperdíveis como Jericoacoara, Lençóis Maranhenses e Delta do Parnaíba. Um sonho!

Mas se esses roteiros não foram suficiente, vamos te recomendar ainda 5 filmes imperdíveis, road movies que vão te inspirar a encher sua playlist com músicas do Lynyrd Skynyrd e botar o pé na estrada!

Colegas. Já começamos com um representante brasileiro de respeito. O filme Colegas, escrito e dirigido pelo Marcelo Galvão, lançado em 2012, não tem o mais profundo dos roteiros, mas é divertido e realmente inspirador, além de contar com uma fotografia muito bonita.

Into the Wild. O impactante filme escrito e dirigido por Sean Penn, baseado em fatos reais, é um deslumbre. Além de passar por várias paisagens incríveis pelos Estados Unidos, o longa traz ótimas atuações, muitos questionamentos e uma trilha sonora arrebatadora assinada pelo vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder.

Diários de Motocicleta. O filme é argentino, o diretor é brasileiro e o cenário é toda a América Latina, de Buenos Aires, Argentina, até a península Guajira, na Venezuela. Um filme de fotografia deslumbrante, que mostra a cultura latina dos Andes com propriedade e tem o Gael Garcia Bernal atuando bem demais! O filme é de 2004 e foi dirigido pelo Walter Salles.

Elizabethtown. Começamos este texto falando do Cameron Crowe, e aqui está ele de novo. Não à toa. Este filme é inspirador de verdade. Apesar de levantar muitas questões complicadas, como relações familiares e suicídio, tem uma leveza e uma doçura irresistíveis. Como todo filme de Crowe, tem uma trilha sonora matadora e também uma fotografia linda, sem falar na atuação apaixonante da Kirsten Dunst.

A Perfect World. Este filme de 1993 é surpreendente! Dirigido pelo Clint Eastwood, tem uma poesia intrínseca no conjunto da obra (roteiro, fotografia, trilha sonora…). Mas há de se destacar a fotografia, que retrata as estradas dos Estados Unidos com muita sensibilidade. Temos aqui Kevin Costner em uma de suas melhores atuações. Um filme brilhante, que ficou perdido no tempo.

Viajar, conhecer culturas, explorar novos caminhos, se divertir, se conectar com a natureza e valorizar nossas origens! Tudo isso faz parte do DNA da Strip Me! Por isso, temos coleções como a Tropics, Carnaval e Florais, que enaltecem a natureza, a nossa latinidade e a cultura brasileira. E, claro, somos apaixonados por cinema, música, arte e cultura pop, tudo igualmente representado em camisetas originais, super descoladas e confortáveis! Ideais para as suas melhores viagens e aventuras! Na nossa loja você pode explorar todas as coleções, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com músicas para embalar sua road trip. Mas, é claro, se sua trip vai ser pela América Latina, a playlist também se limita a artistas da América do Sul! Latin Road Trip Top 10 tracks.

Para ler: Se o assunto é estrada, não dá pra recomendar outra leitura que não a bíblia hippie, o ícone máximo da geração beat, o clássico On The Road, de Jack Kerouac. Um livro indispensável para qualquer ser humano! E um livro que dá pra achar com facilidade e por um preço muito barato, pois saiu no formato livro de bolso pela editora L&PM.

Os 5 segredos de The Dark Side of the Moon.

Os 5 segredos de The Dark Side of the Moon.

O clássico disco da banda Pink Floyd completa 50 anos neste mês. Para celebrar, desenterramos 5 segredos sobre esta obra prima da música pop. Afinal, tudo que é extraordinário carrega em si um pouco de mitologia e surpresa. Com este disco não é diferente.  The Dark Side of the Moon é um dos mais importantes discos da história da música popular mundial. Desde seu lançamento até hoje é celebrado, teve sua capa icônica parodiada e referenciada no cinema, nos quadrinhos e por outros artistas na música. É um marco da cultura pop tão emblemático que Strip Me não poderia deixar de homenageá-lo. São 3 camisetas fazendo referência direta ao disco, e mais algumas dedicadas à banda.

Dadas as proporções gigantescas da obra, acaba sendo chover no molhado se meter a contar a história do disco, destrinchar as canções, seus significados e etc, após 50 anos de seu lançamento. Quem se interessa minimamente por música, já sabe de tudo isso. Entretanto, alguns detalhes muito interessantes e curiosos às vezes passam despercebidos da maioria das pessoas. Portanto, hoje vamos celebrar toda a grandeza do The Dark Side of The Moon falando sobre 5 pormenores, detalhes que tornam o disco muito mais saboroso.

  • Os números.

Ok, antes de falar de pormenores, vamos falar de superlativos. No ranking dos discos mais vendidos dos últimos 50 anos no mundo todo, o DSOTM está em quarto lugar. Ele perde, apenas para os discos Thriller, do Michael Jackson em primeiro, Back in Black, do AC-DC  em segundo e a trilha sonora do filme O Guarda-Costas em terceiro. Oficialmente, a EMI diz que foram vendidas aproximadamente 25 milhões de cópias do Dark Side, incluindo vinil, CD e K7. Mas esse número pode facilmente chegar a 45 milhões se contarmos as edições de aniversário, boxes de luxo, reedições e até mesmo cópias piratas. Para se ter ideia, na Inglaterra, onde o disco mais vendeu, estima-se que uma em cada cinco casas britânicas tem uma cópia do disco. Com estes números, matematicamente, é possível afirmar que a cada minuto, em algum lugar diferente no mundo, tem alguém ouvindo o The Dark Side of the Moon. Para completar, o número mais espantoso: Existem mais de mil edições oficiais lançadas do disco mundo afora! Além das atualizações regulares de vinil para k7 e CD, estamos falando de edições com capa simples, gatefold, edições mono, estéreo, som quadrofônico e surround, pequenos ajustes de arte… a lista é interminável. Não é à toa que ele completa 50 anos de lançado entre os 4 mais vendidos da história da música pop.

  •  A capa.

A capa do Dark Side of the Moon é tão icônica e emblemática que não dá pra imaginar ler ou ouvir o nome do disco, ou as canções, sem associar imediatamente à imagem do prisma. É como imaginar o Tyler Durden sem a dupla Pitt e Norton, ou Taxi Driver sem o DeNiro. Simplesmente não dá. Como outras anteriormente para o Pink Floyd, a capa do disco Dark Side of The Moon foi criada pelo grupo de artistas gráficos Hipgnosis. A ideia mesmo surgiu de um dos integrantes do grupo, o designer Storm Thorgerson, depois de uma conversa com Rick Wright, que havia dito que a banda não queria usar fotos, como a legendária vaca do disco Atom Heart Mother, mas sim algo minimalista, simples, mas elegante, sofisticado. Porém, numa das várias reuniões entre o pessoal da Hipgnosis e a banda, uma das ideias ventiladas havia sido de usar o herói dos quadrinhos Surfista Prateado. A imagem imponente de um surfista prateado pairando sobre o cosmos seduzia a banda, que se ligava nos quadrinhos da Marvel na época. A ideia só foi descartada de vez quando Thorgerson apresentou a ideia do prisma, e, de cara, todo mundo se ligou que aquela era a capa ideal. Ainda bem.

  • A rejeitada.

O Pink Floyd sempre teve uma relação estreita com o cinema. A começar pela entrada do próprio David Gilmour, que antes de fazer parte da banda, fazia uns bicos de modelo fotográfico e tinha aspirações a ser ator. Mas ele entrou para segurar a onda das loucuras de Syd Barrett, fazendo uma guitarrinha base, acabou por substituir Barrett, que deixou a banda em 1968, e se tornou parte fundamental como cantor, guitarrista e compositor. Já com a formação Waters, Gilmour, Wright e Mason estabelecida, a banda investiu em produzir músicas para trilhas sonoras de filmes. Um deles foi o impactante  Zabriskie Point, do gênio italiano Antonioni , lançado em 1970. O Pink Floyd contribuiu com 4 canções para a trilha sonora do filme, além de temas incidentais. Porém, uma das canções foi rejeitada e não entrou no filme. Chamada The Violent Sequence, era um tema instrumental composto por Wright, uma melodia linda ao piano, mas que Antonioni, ao ouvir, disse: “Até que é uma música bonita, mas é muito triste, me faz pensar em igrejas.”. Dois anos depois, a banda resgata aquele tema, que se encaixa perfeitamente numa das letras mais inspiradas e transcendentais escrita por Roger Waters. A música foi incluída no The Dark Side of the Moon rebatizada como Us and Them.

  • O financiamento.

A inclusão de Us and Them no disco não é a única ligação de The Dark Side of the Moon com o mundo do cinema. E se você acha que eu vou falar sobre O Mágico de Oz, errou feio, errou rude. Até porque, sobre isso nós já falamos vastamente aqui neste blog, no post The Dark Side of The Rainbow, publicado em setembro de 2021. Acontece que em 1973 a trupe de humor Monty Python estava arrebentando na tv britânica com o seu programa Monty Python’s Flying Circus. Muito antes de existir internet e vaquinhas virtuais, tipo crowdfunding, os Pythons já se adiantavam. Lutando para financiar seu primeiro longa metragem, mas sofrendo com o conservadorismo das grandes produtoras da indústria cinematográfica, a trupe se fez valer da moral que tinha entre a classe artística, em especial astros do rock, e saíram pela Inglaterra espalhando que estavam arrecadando dinheiro para financiar seu primeiro filme. Além de jogos de futebol, os caras do Pink Floyd também não perdiam os programas do Monty Python. Com parte do dinheiro recebido pelas vendas de Dark Side of the Moon, o Pink Floyd assumiu 10% do orçamento do filme de estreia dos Pythons, o clássico Monty Python and the Holy Grail, lançado em 1975. Além do Floyd, o filme foi bancado por outros astros como George Harrison, Elton John, Led Zepellin e outros. Os Cavaleiros que Dizem Ni agradecem.

  • A música escondida.

Quem se interessa pela história do rock dos anos 60, sabe que o Pink Floyd sempre teve uma relação bem próxima com os Beatles. Agora, que tem um dedo dos Beatles no The Dark Side of the Moon, isso é pouca gente que sabe. Em 1967, o Pink Floyd, ainda com Syd Barrett e sem Gilmour na guitarra, gravava seu álbum de estreia no estúdio 1 do Abbey Road Studios. No estúdio 2, ou seja, na sala ao lado, os Beatles gravavam o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Muito pouco há de comprovação, mas muito de especulação, sobre interferências de uma banda no disco da outra e vice-versa. A mesma coisa aconteceu em 1972, quando o Floyd gravava o Dark Side em uma sala do Abbey Road, e na outra, Paul McCartney, com os Wings, gravava o Red Rose Speedway. Uma das ideias de Waters para o Dark Side of the Moon era amarrar as canções com várias falas aleatórias, frases soltas. Para isso, saiu entrevistando todo mundo no estúdio Abbey Road, do porteiro e do pessoal da limpeza, até os técnicos de som e músicos, fazendo perguntas que iam de “Qual sua cor favorita?” até “O que você acha que existe depois da morte?”. Um dos entrevistados foi Paul McCartney, que estava sempre pelos corredores do estúdio. Acontece que a fala de Paul acabou sendo descartada. O beatle quis ser engraçadinho, fez vozes e piadocas, que não combinavam com o clima do disco. Porém, quis o destino que, mesmo sem a fala do Paul, houvesse uma pontinha de Beatles naquele disco.

Quando o porteiro Gerry O’Driscoll gravava sua entrevista, possivelmente no refeitório do estúdio, havia um aparelho de som ligado. Foi ele quem disse, por acaso, as frases que foram escolhidas para encerrar o disco, ao final da música Eclipse. Ele diz: “There is no dark side of the moon, really. Matter of fact, it’s all dark.”. Justamente quando ele está dizendo isso, ao fundo, tocava uma versão instrumental da música Ticket to Ride, dos Beatles ao fundo. Se você ouvir com atenção, logo após a fala de Gerry, entre os batimentos cardíacos, ao fundo é possível ouvir as frases melódicas de Ticket to Ride sendo tocadas por uma orquestra! Ouça o final de Eclipse com fone de ouvido e volume alto para comprovar. Portanto, se alguém te disser que as últimas notas musicais do disco The Dark Side of The Moon são da música Eclipse, você pode discordar com propriedade.

Paul McCartney e David Gilmour. Knebworth Fair, 1976 – Crédito da Imagem: Hulton Archive

Depois desses segredos revelados sobre um dos maiores e mais importantes discos da história da música pop, só nos resta ouví-lo mais uma vez, com toda a devoção e respeito que ele merece! Seja na vitrola ou no Spotify, celebre os 50 anos do Dark Side of The Moon ouvindo de Speak to Me até Ticket to Ride em alto e bom som! E aproveite para cultuar esse disco também através das super estilosas camisetas da Strip Me. Confira a versão minimalista do prisma, o Mágico de Oz e A Estátua, todas fazendo referência ao Dark Side, além de muitas outras estampas de música, camisetas de cinema, arte, cultura pop e muito mais. Tudo isso na nossa loja, onde você também fica por dentro dos lançamentos, que aparecem toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: A gente sempre faz uma playlist aqui com 10 músicas. E são exatamente 10 músicas que compõe o Dark Side of the Moon. Então, é ele que você vai ouvir sem medo de ser feliz! Afinal é um top 10 pra ninguém botar defeito!

Para assistir: Imperdível o documentário dirigido por Matthew Longfellow, que faz parte da série de filmes Classic Albuns. Pink Floyd: The Making of the Dark Side of the Moon, lançado em 2003, traz não só uma breve história da banda, como todo o processo de concepção e gravação do Dark Side of The Moon. Vale a pena demais ver. Tem no catálogo da Amzon Prime Video.

Para ler: Também indispensável para entender a criação máxima do Pink Floyd, o livro The Dark Side Of The Moon – Os Bastidores da Obra Prima do Pink Floyd, lançado em 2006 pela editora Zahar e escrito pelo jornalista John Harris. O livro tem uma narrativa ótima e traz vários detalhes interessantíssimos! Leitura mais que recomendada.

Tim Burton: Vida, obra e Top 5!

Tim Burton: Vida, obra e Top 5!

Não é qualquer cineasta que carrega consigo o mérito de criar uma nova linguagem cinematográfica. Por essa simples razão, Tim Burton já merece ser reconhecido como um dos maiores nomes da indústria cinematográfica, apesar de sua filmografia ser errática, repleta de altos e baixos. Recentemente, seu nome voltou a ser aclamado, graças ao brilhante trabalho feito com a Netflix, ao conceber a série Wandinha (também conhecida como Wednesday). Aqui na Strip Me, o Tim Burton sempre esteve presente, como na estampa Burton, já no nosso catálogo há algum tempo, e também especificamente nas collabs com os artistas Guilherme Hagler e Kaio Moreira, que têm em Tim Burton uma de suas principais referências. E, mais atualmente, claro, algumas estampas pintaram inspiradas na Wandinha. Como a Gothic, por exemplo. E agora, chegou a hora de darmos aquela geral na vida e obra este mestre do cinema aqui no blog também.

A história de Tim Burton é daquelas em que o protagonista é talentoso, mas tem tudo pra se dar mal e viver frustrado. Ele nasceu em agosto de 1958, na cidade de Burbank, pequena cidade californiana nos arredores de Los Angeles. Quando criança, era retraído, tímido, praticamente recluso dentro de seu próprio mundo. Ao invés de prestar atenção nas aulas, passava o tempo na escola desenhando figuras bizarras em seus cadernos. Por volta de 12 anos de idade, se apaixonou pelas histórias de Edgar Allan Poe, um escritor pouco recomendado para crianças, convenhamos. Com seus poucos amigos de escola, criou um grupo para criarem histórias e desenhos chamado O.S.S. (Oh Shit Studio). Foi quando ele começou a desenvolver roteiros e aprender, por conta própria, técnicas de animação em stop motion usando seus desenhos e uma câmera super 8.  Afinal, outra das fixações de Burton ainda criança eram os filmes de terror. Enquanto todos os seus amigos tinham medo daqueles filmes, ele tinha fascínio. Bela Lugosi, Vincent Price e Ed Wood se tornaram grandes heróis para Tim Burton, nomes que ele viria a celebrar com honras ao longo de sua própria carreira.

Mas a literatura de Allan Poe e o cinema de Ed Wood eram, antes de qualquer coisa, fonte de inspiração para o seu maior talento: o desenho. Ainda muito novo, Tim Burton já desenhava muito bem, e não demorou a desenvolver um traço único, cheio de personalidade. E, é claro, suas ilustrações, em sua grande maioria, retratavam cenas e personagens sombrios. Para se ter ideia, quando tinha de 16 para 17 anos de idade, ele desenhou uma figura esquisita, um homem de semblante assustado, magro e com longas lâminas no lugar dos dedos das mãos. Praticamente 15 anos depois, ao revisitar um caderno de antigos desenhos, Burton se deparou com essa figura e desenvolveu o que acabaria por se tornar sua obra-prima: o filme Edward Mãos de Tesoura.

Foi nessa época da adolescência, por volta de 1975, 76, que, após se oferecer para trabalhar nos estúdios de animação da Disney, acabou ganhando da empresa uma bolsa de estudos no renomado Instituto das Artes da California. Após 3 anos de estudo, ele foi contratado pela Disney. Ele era assistente de animação e trabalhava naqueles desenhos fofos de animais falantes, o que considerava entediante. Mas tinha liberdade para criar e apresentar para a empresa alguns curtas-metragens. Foi quando ele fez o curta em stop motion Vincent, sobre um garoto que sonha em ser Vincent Price, mas acaba se perdendo em seus pesadelos terríveis. Depois, misturando live action com stop motion, ele recriou a história do conto de fadas João e Maria com seu jeitinho todo especial, com muito sombra e uma boa quantidade de sangue. Por fim, criou a história de Frankenweenie e filmou o curta de mesmo nome, onde um garoto que acaba de ver seu cachorrinho morrer, se depara com a história de Frankenstein e dá um jeito de ressuscitar seu cachorro usando os mesmos métodos. O longa é de tamanho humor negro, sarcasmo e sadismo, que a Disney, não só se recusou a distribuir o curta como demitiu Tim Burton. Mas não se engane, o curta é ótimo!

Mas nessa época, Burton já circulava entre os estúdios de Hollywood fazendo amizades e procurando trabalho. De cara, pinta sua primeira oportunidade: foi escalado para dirigir As Grandes Aventuras de Pee-Wee, filme lançado em 1985. Pee-Wee é um personagem antigo e muito famoso nos Estados Unidos, desses que já teve várias séries de TV  e filmes no cinema, tendo sido interpretado por vários atores diferentes. Ainda que não fosse sua onda, Tim Burton mandou bem na direção e fez seu nome. Também foi nesse filme que Burton iniciou sua mais bem sucedida e longeva parceria, com o músico Danny Elfman, que faria praticamente todas as trilhas sonoras dos filmes de Burton dali em diante. Assim, em 1988, com credibilidade e liberdade para criar, Tim Burton finalmente mostrou a que veio. Lançou o clássico Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem. O filme trazia um roteiro cômico e sombrio ao mesmo tempo, enquanto apresentava uma direção de arte grandiosa, cheia de personalidade e nuances! Com Beetlejuice, Tim Burton criou uma nova estética no cinema, unindo comédia e terror.

Daí em diante, a trajetória de Tim Burton se mistura a sua produção cinematográfica. Como é muito filme, 21 pra sermos precisos, elencamos aqui um top 5 Melhores Filmes do Tim Burton para comentar.

Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem (1988)

O pontapé inicial da obra de Tim Burton. Além de dirigir, ele também assina o roteiro deste filme divertidíssimo, apesar de carregado em cenas sombrias e mórbidas. Já fica evidente o traço de Burton como artista mesmo na maquiagem dos personagens, em especial Beetlejuice, pálido, com olhos arregalados, cabelos desgrenhados… algo que se tornaria característico de Burton. No elenco, temos Winona Rider e Michael Keaton em uma de suas melhores atuações (é sério, ele manda muito bem no papel).

Edward Mãos de Tesoura (1990)

Indiscutivelmente, é o clássico absoluto de Burton. Foi seu quarto longa metragem, e até hoje, ele não fez nada que chegue perto da perfeição de Edward Mãos de Tesoura. Não é exagero falar em perfeição. Tudo nesse filme funciona bem. O roteiro, que Burton também assina, tem tons autobiográficos, já que Tim Burton se sentia deslocado e sem amigos quando adolescente. A estética do filme é encantadora e, ao mesmo tempo desoladora, tem um quê de magia, mas também uma melancolia dos subúrbios de classe média branca dos Estados Unidos. A atuação de Johnny Depp é digna de Oscar (que ele não ganhou, sequer foi indicado) e a química entre ele e Winona Rider é invejável! É desses filmes que, se você passa por ele zapeando os canais na TV, pára e assiste até o fim.

Batman, O Retorno (1992)

Tim Burton fez um trabalho brilhante em Batman, filme de 1989. Mas foi duramente criticado por fãs dos quadrinhos, que diziam que o diretor não respeitou a estética dos gibis. Ainda bem! Ele tirou o azul e cinza e colocou o Batman num imponente traje todo preto, retratou uma Gotham City chuvosa, escura e opressora, além de conceber a segunda melhor versão do Coringa nas telas de cinema. Bom, mas temos que admitir… o roteiro era fraco. Mas quando pegou para fazer a sequência do morcegão, foi com tudo nas suas referências mais densas e fez de Batman, o Retorno, um filme impecável! O roteiro é ótimo, os personagens são muito bem construídos, Danny DeVito como Pinguim é um espetáculo gore, com uma aparência assustadora, enquanto Michelle Pfeiffer está deslumbrante como Mulher Gato, numa fantasia fetichista. Um filme que extrapola o mundo dos quadrinhos e agrada todo tipo de público.

O Estranho Mundo de Jack (1993)

Apesar de não aparecer como diretor, pode-se dizer que se trata de um filme 100% Tim Burton. Já que ele escreveu o roteiro, desenhou os personagens e assina a produção do longa. Por se tratar de um filme de animação todo em stop motion, é possível que Burton tenha preferido colocar um diretor mais experiente no ramo, ao invés de ele próprio dirigir. Mas certamente, ele esteve junto com o diretor Henry Selick durante toda a produção do longa. Aqui temos o mais puro suco de Tim Burton. Os desenhos sombrios, os personagens longilíneos e de olhos arregalados, contrastes entre cores fortes e sombras, humor e morbidez. Tudo amarrado numa história bem contada e emocionante.

A Noiva Cadáver (2005)

A partir de 1994, quando é lançado Ed Wood, Tim Burton acaba tendo um declínio de qualidade em seus trabalhos. Johnny Depp começa a se tornar um pastiche de si próprio, em atuações tediosas e similares. E o próprio Tim Burton acaba se perdendo em sua própria fórmula. Depois do fracasso previsível de sua releitura de a Fantástica Fábrica de Chocolate, ele acaba voltando a suas origens e reaparece em 2005 com uma obra autoral a altura de seus melhores trabalhos. A Noiva Cadáver é uma animação encantadora, com ótimas canções e atuações singelas das vozes de Johnny Depp e Helena Bonham Carter. A estética sombria está de volta, com toda sua morbidez e escuridão, mas sempre com um toque de ternura e humor. A história é um pouco manjada, é verdade, mas é contada com leveza e graça, os personagens são carismáticos e a estética é tão atraente, que, no contexto geral, o filme acaba sendo realmente muito bom!

Menção honrosa: Wandinha (2022)

Não é um filme, é verdade. Mas é uma série deliciosa! Chega a ser inacreditável hoje em dia pensar que, em 1991, ninguém pensou em Tim Burton para adaptar para o cinema a antiga série de TV A Família Addams. Claro, por fim o diretor Barry Sonnenfeld fez um ótimo trabalho. Mas muita gente ao longo dos anos chegou a pensar como seria essa franquia na mão de Burton. E a resposta veio ano passado. Em 2022 a Netflix produziu a série Wandinha, com direção e co-produção de Tim Burton. A série, plasticamente, chega a ter mais elementos de terror do que estamos habituados e ver nas obras de Burton, que acabou trazendo um ar de mistério irresistível. Na onda retrô de Stranger Things e Dark, Wandinha caiu no gosto popular de imediato. E não á toa. O roteiro é muito bem escrito e cheio de mistério, a estética é instigante e assustadora e os personagens, em especial a protagonista Wandinha, são muito carismáticos. Que venha a segunda temporada!

Para concluir, sabemos que Tim Burton deu alguns escorregões, principalmente quando se meteu a refilmar obras clássicas como Planeta dos Macacos, A Fantástica Fábrica de Chocolate e Alice no País das Maravilhas. Mas seu legado e influência no cinema contemporâneo é inegável e tem um valor inestimável. Portanto, é um artista que não poderia ficar de fora do hall de influências e homenagens da Strip Me. Confira algumas dessas estampas na nossa seção de cinema e séries, bem como vale dar uma olhada nas camisetas dos nossos collabs Guilherme Hagler e Kaio Moreira. Além disso, na nossa loja você encontra camisetas de música, arte, cultura pop e muito mais. Fica ligado lá pra conferir os lançamentos que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Convenhamos, as trilhas sonoras do Danny Elfman são lindíssimas, mas ninguém tem muito saco pra ficar música instrumental, orquestrações de filmes e tal. Então, nessa onda sombria do Tim Burton, vamos fazer uma playlist com o que há de melhor na cena dark/gótica que brilhou nos anos 80. 80’s Dark Pop Top 10 tracks.

Nota do editor: Eu, Paulo Argollo, ao escrever este texto, bem como todos os outros que escrevo aqui, procuro manter certa distância de minhas opiniões pessoais sobre o tema abordado. Entretanto, desta vez, não resisto. Apesar de todas as listas de melhores filmes do Tim Burton serem quase unânimes ao citar os 5 filmes aqui expostos, eu preciso dizer para você que o melhor filme do Tim Burton é Edward Mãos de Tesoura, ok. Mas o segundo melhor… ah, o segundo melhor é Marte Ataca! Filme lançado em 1996, é uma comédia dilacerante! Um nonsense delicioso, amarrado por um roteiro simples, mas muito bem escrito e um elenco abarrotado de estrelas, a maioria fazendo pontas, mas tudo muito divertido. Fazem parte do cast Jack Nicholson, Glenn Close, Pierce Brosnam, Natalie Portman, Sarah Jessica Parker, Michael J. Fox, Jack Black, Danny DeVito, Christina Applegate e o cantor Tom Jones. É filme pra ver e rever várias vezes! Recomendo muito e sei que esá disponível no catálogo da HBO Max.

Carmem Miranda: muito além das bananas.

Carmem Miranda: muito além das bananas.

O Brasil não é mesmo para amadores. Quando a família real portuguesa veio para cá em 1808, fugindo de Napoleão Bonaparte, chegou em frangalhos. A viagem durou meses e foi um martírio. Uma epidemia de piolhos assolou a nau em que estava a princesa Carlota Joaquina e outras mulheres da nobreza, que foram obrigadas a raspar seus cabelos. Quando desembarcaram no Brasil, usavam turbantes para esconder os cabelos curtos. Dias depois praticamente todas as mulheres brasileiras andavam pelas ruas do Rio de Janeiro usando turbantes, desconhecendo a epidemia de piolhos e acreditando que aquela era a última moda na Europa. Mas convenhamos, isso não faz de Carlota Joaquina a primeira influencer brasileira, afinal, além de tratar-se de um equívoco, eram súditos querendo agradar sua realeza. Influencer mesmo foi Carmem Miranda, que um século depois criava seus figurinos e conseguiu mostrar para o mundo um Brasil que até hoje é reconhecido por sua alegria, extravagância e musicalidade. E na sua época, realmente influenciou a moda e fez muita loja, aqui e nos Estados Unidos, investir em turbantes, brincos de argolas grandes e muitos penduricalhos e bijuterias. Por isso a Strip Me fez questão de prestar esta justa homenagem à eterna Pequena Notável.

Carmem Miranda é uma das personalidades mais importantes da história moderna do Brasil. Uma artista de múltiplos talentos e beleza única. Uma celebridade tão aclamada e, ao mesmo tempo, injustiçada, que ainda hoje divide opiniões. Ao contrário de Carlota Joaquina, que bateu os tamancos antes de partir de volta a Portugal, pois não queria levar do Brasil nem mesmo um grão de areia, Carmem Miranda se mudou para Los Angeles, mas fez questão de levar o Brasil consigo. Um Brasil meio estereotipado, é verdade, mas que, em meio a tantos exageros, podia ser facilmente identificado. Para fazer justiça ao incalculável valor de Carmem Miranda, selecionamos 10 curiosidades essenciais para você conhecer melhor essa personagem tão emblemática.

1. Eu que nasci com o samba.

Se pai e mãe é quem cria, o mesmo deve valer para a nacionalidade, não é? Carmem Miranda nasceu Maria do Carmo Miranda da Cunha na pequena cidade de Marco de Canaveses, no norte de Portugal, no dia 9 de fevereiro de 1909. Foi a segunda filha do casal José Maria Pinto da Cunha e Maria Emília Miranda. O casal já vivia muita dificuldade e estava com passagens compradas meses antes, para tentar uma nova vida no promissor Brasil. A viagem foi adiada quando Maria Emília soube que estava grávida de Maria do Carmo. Sabendo das condições precárias dos navios e do longo tempo de duração da viagem, o casal decidiu esperar a criança nascer para se mudar. A família chegou ao Rio de Janeiro no fim de outubro de 1909. Portanto, Carmem Miranda nasceu em Portugal, mas chegou ao Brasil com nove meses de idade. Depois que chegou aqui, nunca mais voltou a Portugal, nunca cantou um fado ou assou um pastelzinho de Belém na vida. Portanto é brasileiríssima, sim senhor!

2. Fazendo moda.

Aos 14 anos de idade, Maria do Carmo já era chamada pela família de Carmem, porque a menina adorava cantar e todos na casa gostavam da ópera Carmem, de Georges Bizet. Com aquela idade a menina já ajudava no sustento da família trabalhando numa chapelaria. Lá ela era responsável por montar chapéus femininos com diferentes ornamentos. Foi onde ela desenvolveu naturalmente uma excelente noção de moda e estética, combinando chapéus com vestidos das clientes. Além disso, vivia cantarolando enquanto trabalhava. Foi notada por uma cliente da loja, muito rica, que perguntou se ela cantava profissionalmente, pois era muito boa. Foi quando Carmem assumiu o nome Carmem Miranda e começou a buscar oportunidades para se apresentar em festas e no rádio. Em pouco tempo ela começou a cantar em bares e ser muito elogiada. Em 1928 foi contratada como cantora na rádio Roquete Pinto.

3. Eu fiz tudo pra você gostar de mim.

Em 1930 Joubert de Carvalho compôs a marchinha Ta-Hí (Pra Você Gostar de Mim), e Carmem Miranda foi a escolhida para interpretar e gravar a canção. Numa época em que pouca gente tinha uma vitrola dentro de casa e ainda menos gente tinha poder aquisitivo para se dar ao luxo de comprar um disco, O compacto de Ta-Hí de Carmem Miranda vendeu impressionantes 35 mil cópias, um recorde avassalador para a época. Com apenas 21 anos de idade, Carmem Miranda era alçada ao posto de maior cantora do Brasil. Do rádio, ela migrou logo para o cinema, o que só fez aumentar sua popularidade. Entre 1932 e 1939 ela estrelou 7 filmes, sendo que o último imortalizou sua imagem.

4. Tem graça como ninguém.

Na década de 1930 o cinema sonorizado era novidade e uma verdadeira mania em todo o mundo. No Brasil, os filmes produzidos eram muito simples. A maioria trazia histórias bobas, muitas vezes sem pé nem cabeça, mas que serviam como desculpa para números musicais, em especial marchinhas e sambas que seriam apresentadas no carnaval. Em 1939 o filme Banana da Terra era mais um desses filmes carnavalescos. Tudo girava em torno de uma ilha fictícia chamada Bananolândia, que estava com uma produção excessiva de banana e resolve-se vende-la ao Brasil. O longa contava com Oscarito como protagonista, mas Carmem Miranda roubou a cena ao aparecer cantando num chiquérrimo cassino carioca pela primeira vez vestida de baiana, com um turbante ornamentado por frutas, estética pela qual ela seria eternamente lembrada. Além disso, ela aparecia naquele traje cantando O Que é Que a Baiana Tem. Banana da Terra fez com que se estabelecesse a imagem de Carmem Miranda, que ao perceber tamanho sucesso, passou a criar variações para aquele mesmo modelo. Sim, era ela que criava todos os seus figurinos, mesmo depois de ficar famosa. Ah, sim. O filme também ajudou a catapultar a carreira do jovem compositor Dorival Caymmi.

5. Daqui não saio, daqui ninguém me tira.

Com o sucesso de Banana da Terra, Carmem Miranda passou a se apresentar vestida de baiana, como no filme, em seus shows no Cassino da Urca. Foi num desses shows que um dos mais importantes produtores da Broadway, Lee Shubert, se encantou com Carmem Miranda e decidiu leva-la consigo para se apresentar no seu próximo espetáculo em New York. Shubert fez uma daquelas propostas irrecusáveis, com um salário polpudo. Para sua surpresa, o produtor ouviu Carmem dizer que só aceitaria se seu conjunto fosse junto. Carmem Miranda já se apresentava acompanhada do conjunto Bando da Lua desde 1934 e sabia que, por mais que houvessem ótimos músicos de jazz nos Estados Unidos, nenhum conseguiria tocar sambas e marchinhas como músicos brasileiros. O conjunto era formado por seis músicos. Depois de muita negociação, Shubert aceitou pagar por 4 músicos, os outros dois foram junto bancados pela própria Carmem Miranda. E a cantora estava certa, o conjunto fez toda a diferença em suas apresentações e até mesmo nos filmes.. O Bando da Lua a acompanhou até sua prematura morte em 1955.

6. The South American Way.

Eu sei que vai parecer teoria da conspiração, mas a verdade é que o sucesso enorme de Carmem Miranda nos Estados Unidos não se deveu somente ao talento dela ou ao acaso. Em 1940 a Segunda Guerra Mundial avançava a passos largos e os Estados Unidos haviam acabado e entrar pra valer no conflito. Precisando do apoio de outras nações do continente americano, os Estados Unidos iniciaram uma campanha massiva de boa vizinhança e homenagens aos países latinos, incentivando principalmente o cinema a criar obras com essa temática. O Brasil e a Argentina, além de serem os países mais fortes da América do Sul na época, eram também liderados por ditaduras que flertavam com o fascismo e estavam propensos a apoiar o Eixo. Carmem Miranda caiu como uma luva para essa campanha e logo saiu dos palcos da Broadway direto para Hollywood. Assim, além ela protagonizou filmes como o famoso That Night in Rio, além de uma produção equivocada e de mau gosto chamada Down Argentine Way, uma suposta homenagem à cultura argentina, mas protagonizada por uma brasileira, que mais irritou do que agradou aos hermanos. Para você ver como não é teoria da conspiração, não por coincidência, na mesma época foi criado, sob encomenda, o personagem Zé Carioca pelo Walt Disney

7. Dizem que eu voltei americanizada.

Carmem Miranda partiu para os Estados Unidos no fim de 1939. Um ano depois, no fim de 1940, ela já era aclamadíssima nos Estados Unidos pelas suas apresentações na Broadway e também por já ter protagonizado seu primeiro filme em Hollywood. Foi com essa bagagem que ela desembarcou no Rio de Janeiro para o fim de ano de 1940. Após receber uma recepção muito calorosa no aeroporto e pela imprensa em geral, ela resolveu fazer algumas apresentações no Cassino da Urca. Acontece que ela resolveu apresentar alguns números novos junto com seus números antigos, incluindo algumas canções em inglês. E é importante você saber que a elite rica brasileira sempre foi, em sua maioria, conservadora, retrógrada, amarga e intolerante. Na noite do primeiro show de Carmem, estavam na plateia alguns militares ligados ao governo e muitos ricos que apoiavam a ditadura do Estado Novo, todos com um discurso de nacionalismo conservador. Carmem Miranda foi recebida por uma plateia fria e carrancuda, que a considerava artificial e americanizada. E conservador nenhum gosta do imperialismo ianque, certo?  Ela não foi aplaudida em nenhum momento e saiu do palco desolada. Mas deu a volta por cima. Antes de voltar para os Estados Unidos, fez outro show, onde abriu a apresentação com a novíssima canção Dizem que Eu Voltei Americanizada. O show foi um sucesso.

8. E agora, com saudade, vou cantar pra não chorar.

Em dado momento, a carreira de todo artista grandioso ganha os mesmos contornos. Por ter que trabalhar muito e por muito tempo sem parar, acabam pintando as anfetaminas pra ficar acordado e as pílulas para dormir. O auge de Carmem Miranda nos Estados Unidos se deu em 1942, onde, mesmo com o Brasil já unido aos Aliados na Segunda Guerra, ela se consolidou como grande estrela. Ela chegou a ser a mulher mais bem paga de Hollywood e era conhecida como Brazilian Bombshell. Com os excessos de remédios e álcool, seu círculo de amizades foi mudando. Além disso, depois de 1945, a indústria cinematográfica perdeu o interesse pela latinidade e passou a procurar outros temas. Mesmo assim, Carmem Miranda continuava com prestígio e continuou atuando. Em 1947 ela conheceu David Sebastian, um aspirante a produtor de Hollywood e conhecido por ser um aproveitador barato. Mas Carmem se apaixonou por ele. Com dois meses de namoro já se casaram. Além de aproveitador, Sebastian era um homem violento, e Carmem Miranda viveu sob um relacionamento extremamente abusivo. Sebastian tomou conta das finanças da artista, a proibia de sair e a agredia verbalmente e fisicamente, em algumas ocasiões. Carmem Miranda, era muito católica e não aceitava o divórcio de jeito nenhum. Muitos afirmam que a morte prematura de Carmem, causada pelo aumento do consumo de drogas, muito se deve ao seu casamento infeliz.

9. Bananas is my business.

Outra coisa que ajudou a fazer com que Carmem Miranda se tornasse cada vez mais amargurada era o fato de ela estar presa à sua personagem. Depois de 1945, Hollywood diminuiu muito suas produções com temática latina. No filme Sonhos de Estrela, Carmem aparece interpretando uma dama brasileira da alta sociedade vivendo nos Estados Unidos. Aparece sem seu figurino, não canta e seu papel de uma mulher espevitada e irreverente é secundário na trama. O jornal New York Herald Tribune publicou uma crítica ao filme que diz em certo ponto: “Carmen Miranda faz o que sempre fez, só que não tão bem”. As críticas fizeram com que ela tivesse cada vez mais dificuldade de abandonar a personagem Carmem Miranda vestida de baiana e de turbante com frutas. Dificuldade reforçada pelos produtores que sempre a chamavam para o mesmo tipo de papel, muitas vezes com aquele tipo de figurino, e sempre para fazer pontas ou números musicais nos filmes, mas não para atuar como protagonista, como acontecia no início dos anos 1940. Em 1947 ela escreveu junto com Ray Gilbert e Aloysio de Oliveira a música I Make My Money With Bananas, com uma letra irônica, onde dizia que ela queria contracenar com Clark Gable uma cena de amor, mas os produtores diziam que ela não era capaz, então ela ganhava dinheiro com bananas. A música nunca foi gravada oficialmente, mas fez parte dos shows da cantora até o fim de sua vida.

10. E dos balangandans já nem existe mais nenhum.

Em 1955 Carmem Miranda já era considerada uma veterana de Hollywod e era respeitada como uma grande artista. Entretanto, ela estava longe das telonas desde 1953. Acontece que ela sempre teve uma agenda de shows em Las Vegas, New York e até mesmo nos cassinos de Havana muito concorrida, mesmo durante as produções cinematográficas. Em 1954 ela teve um colapso por consumir muita anfetamina e estar dias sem dormir. Em dezembro ela voltou para o Brasil, onde estivera pela última vez em 1940. No Rio de Janeiro, foi “internada” numa suíte do Copacabana Palace para uma desintoxicação monitorada por médicos. No começo de 1955 ela voltou para Los Angeles, onde morava. Voltou também para seu marido abusivo e para as drogas. Ainda assim, a CBS ofereceu a ela um programa de TV, o The Carmem Miranda Show, nos moldes do popularíssimo I Love Lucy. Estava tudo pronto para o programa ser elaborado e começar a ser gravado. Porém, na noite do dia 4 de agosto, ela se apresentou no programa de Jimmy Durante. Em seu número, onde dançava com o apresentador, ela chegou a ter falta de ar e quase cair, mas chegou ao final do número e se despediu do público muito aplaudida. Depois do show, ela estava animada e convidou parte do elenco para ir a sua casa tomar umas bebidas. A festinha ainda rolava quando ela se despediu, às três da manhã, dizendo que ia dormir. Subiu as escadas até seu quarto, tirou a roupa, vestiu um roupão, acendeu um cigarro e foi ao banheiro, provavelmente para remover a maquiagem. Pegou um espelho de mão e, quando voltava para o quarto, caiu no corredor. Foi encontrada morta com o cigarro em uma mão e o espelho na outra, na manhã seguinte pela faxineira. Carmem Miranda morreu aos 46 anos de idade de um ataque cardíaco fulminante.

Todas as homenagens a Carmem Miranda são mais que merecidas. Dessa gente que diz que ela só estragou a imagem do Brasil no exterior com um estereótipo caricato e irreal, a gente só lamenta! Carmem Miranda foi grandiosa, virou ícone pop no mundo e levou a música, a alegria e a diversidade do Brasil mundo afora! É a nossa primeira e única influencer, que a Strip Me fez questão de homenagear! Assim, como tantos outros nomes incríveis permeiam as coleções de cinema, arte, música e cultura pop! Cola na nossa loja pra conferir e ficar por dentro dos lançamentos que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com os maiores clássicos da Carmem Miranda! Carmem Miranda Top 10 tracks

Para assistir: O documentário lançado em 1995 chamado Bananas is My Business, escrito e dirigido pela Helena Solberg é excelente e muito revelador de toda a história de Carmem Miranda, com depoimentos de gente de Marco de Canaveses, onde ela nasceu, até grandes figuras de Hollywood que a conheceram! Vale a pena demais assistir. Tem completinho e legendado no Vimeo. Link Aqui.

Nostalgia: os sentidos do passado no presente.

Nostalgia: os sentidos do passado no presente.

“No presente a mente, o corpo, é diferente, e o passado é uma roupa que não nos serve mais.” Assim definiu o passado, com um brilhantismo invejável, o cearense Belchior, na canção Velha Roupa Colorida. Mas o fato de esta roupa não nos servir mais, não significa que deixamos de gostar dela. Até porque determinadas roupas que ficaram pequenas, foram usadas em momentos especiais, marcantes. Por isso, quando você abre o guarda roupas e a vê ali, automaticamente se lembra daquele momento, o revive em sua cabeça por alguns momentos e se sente bem. É porque, atrelado ao passado está um sentimento muito peculiar: a nostalgia. A nostalgia é, com razão, tão valorizada pelas pessoas, que a Strip Me dedicou uma coleção todinha a ela. É a Coleção Retro, que conta com camisetas recém lançadas como a Chocante e a Sem Surpresa.

O primeiro registro do termo nostalgia data de 1688 na Europa. A nostalgia estava relacionada à melancolia e era vista como uma doença, como uma depressão, porque era identificada em soldados militares que sentiam um certo desespero, uma vontade muito forte de voltar para casa. Daí veio o termo em inglês homesick, que é o mais próximo que se tem na língua inglesa para traduzir a palavra saudade. Mas nostalgia e saudade não são exatamente a mesma coisa. Até porque, ao longo do século XX, a nostalgia perdeu esse viés negativo e passou a ser vista como algo que traz conforto. À medida que uma lembrança é ativada no cérebro, o sentimento, o cheiro, a música que tocava, o sabor da comida, enfim, todos os sentidos daquela lembrança são ativados junto. Tudo isso junto causa um sentimento muito bom, de alegria e paz.

A diferença entre nostalgia e saudade está justamente nesse conjunto. A saudade, além de ser mais tangível e específica, ela pode ser, em alguns casos, é claro, neutralizada. Você pode sentir saudade de visitar a casa da sua avó. Se sua avó ainda é viva e mora na mesma casa, está fácil de resolver. E assim é quando você tem saudade de conversar com uma pessoa, ou comer um prato de determinado restaurante… enfim. A nostalgia é a esse sentimento que você não neutraliza porque é referente a um momento que nunca vai acontecer de novo do mesmo jeito. Você pode se lembrar com todo o amor do mundo daquela viagem que fez quando adolescente com os amigos para a praia. Você ainda é amigo das mesmas pessoas e a mesma praia ainda está lá… mas se vocês tentarem replicar aquela viagem, nunca vai ser a mesma coisa, porque tá todo mundo adulto, uns tem filhos, outro não pode beber porque está fazendo um tratamento de saúde, outro tem que atender um telefonema de trabalho no meio da festa… Os momentos daquela viagem na adolescência nunca mais vão se repetir.

Ah, mas falando assim até parece uma coisa pessimista demais. Nunca mais vai acontecer, ficou no passado. Olhando por essa perspectiva, bate uma tristeza mesmo. Mas faz parte. A nostalgia com certeza traz consigo uma carga de melancolia sim. Mas de maneira geral é positiva. É uma forma do passado te mostrar que a vida tem grandes momentos e é uma linha contínua, ou seja, outros grandes momentos virão. Te incentiva a buscar um futuro, a ver algum significado na vida, que muitas vezes parece mesmo ser sem propósito. A maravilhosa animação da Pixar, Divertida Mente, lançada em 2015, escrita e dirigida pela dupla Pete Docter e Ronnie Del Carmen, mostra isso de uma maneira muito clara. No longa a ideia principal é mostrar como funciona a mente da pré-adolescente Riley num momento de mudança, tanto física quanto emocional. Mas no fim das contas tudo gira em torno das memórias da garota e de como elas são utilizadas. Sem dar spoilers, o momento de maior emoção do filme é justamente quando uma lembrança que era essencialmente feliz, ganha uma certa dose de tristeza, para se tornar uma “memória-base”. A melancolia que vem entremeada à nostalgia está misturada com grandes porções de positividade e alegria. Ao mesmo tempo que você sabe que aquele momento não volta mais, você sabe que são momentos como aquele que fazem a vida valer a pena e te faz querer criar mais momentos como aquele.

E isso faz todo o sentido. Pense da seguinte forma. Sua turma no segundo colegial. Uma turma enorme na mesma sala de aula, todo mundo amigo, era uma bagunça, todo mundo fazia piada de tudo, sacaneava professor. Além do mais ninguém ali tinha responsabilidade nenhuma a não ser passar de ano. Provavelmente foi o período da sua vida em que você mais deu risada e se divertiu até hoje. Lembrar daqueles momentos é delicioso. Mas você gostaria de voltar para o segundo colegial? Sendo que hoje você tem suas responsabilidades, toda uma vida de trabalho e tal, que não é tão divertida assim.  Mas você tem sua independência. Se quiser relaxar no fim da tarde de uma terça feira e tomar uma cerveja no bar, tá tudo bem. Você sabe mais coisas sobre a vida, tem menos medos e inseguranças… Então, o que você sente por essa época do segundo colegial não é exatamente saudade, já que você não quer passar por aquilo de novo. É apenas… nostalgia.

Outro aspecto interessante da nostalgia é que ela pode acontecer de forma coletiva. Se você buscar a etimologia da palavra comemorar, vai ver que ela deriva do latim, com-memorare, que significa relembrar com alguém, ou em comunidade. Claro, hoje em dia comemorar ganhou essa conotação de celebração, festejo, e não tem nada de errado nisso.  Mas quando dizemos que vamos comemorar a independência do Brasil, ou qualquer outro evento que diz respeito a toda a sociedade, significa que é um momento em que todos devemos relembrar aquele evento e pensar sobre ele. Ou seja, algo bem parecido com a nostalgia. Esse é o significado de desfiles nessas datas cívicas, por exemplo. Num desfile, você vê vários setores da sociedade (militares, professores, escoteiros e etc) para homenagear e relembrar em comunidade, comemorar, aquela data, aquele evento específico. Foi o que fizemos ano passado aqui na Strip Me, por exemplo. Comemoramos os 100 anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo. E fizemos isso em comunidade, através de alguns textos aqui no blog e de algumas estampas super especiais.

Um ponto interessante da nostalgia, voltando a falar sobre ela individualmente, é que ela sempre tem alguns gatilhos, que variam de pessoa para pessoa, claro. Por exemplo, para muita gente, a primeira coisa que vem à cabeça quando ouve Twist and Shout é o Ferris Bueler no meio de um desfile em Chicago, no filme Curtindo a Vida Adoidado, o que já desencadeia as lembranças das tardes na frente da TV comendo bolacha Passatempo. E esses gatilhos podem te trazer essa nostalgia, esse sentimento saudosista, do nada, sem mais nem menos. Imagine uma pessoa no metrô voltando pra casa, depois do trabalho, lendo um livro ou distraída com qualquer coisa. Passa por ela uma outra pessoa que está usando um perfume específico, aquele cheiro faz lembrar imediatamente de alguém muito querido, que usa exatamente aquele mesmo perfume e com quem ela viveu momentos muito felizes. As imagens dessas lembranças invadem a mente na hora. Ou então um cara que está almoçando sozinho na praça de alimentação do shopping, enquanto organiza em sua cabeça os compromissos que tem de tarde. Eis que começa a tocar uma música específica no som ambiente do shopping. A música que aquele cara ouviu pela primeira vez num churrasco da turma de faculdade, e que fez parte da trilha sonora das festas por um tempo. Pronto! Nostalgia! E tem as imagens também. Se você tem mais de 35 anos, não só vai ver nitidamente a embalagem na sua mente, como pode ser capaz de sentir o gosto do doce ao ler o seguinte: Cigarrinhos de Chocolate Pan, a caixinha vermelha com um garoto com um cigarrinho de chocolate entre os dedos. Lembrou? A mesma coisa acontece se você olhar para a camiseta abaixo. Você não só vai lembrar do sabor do chocolate, como vai lembrar das figurinhas com imagens de animais que vinham junto, e a lembrança pode ir além, se for o caso de, na época, ser uma tia ou sua avó, que dava dinheiro para você comprar o chocolate… enfim, nostalgia em estado bruto!

Como já foi dito aqui. A nostalgia é uma maneira de o passado te mostrar que existe uma linha do tempo coesa, que pode te fazer enxergar perspectivas para o futuro e um significado maior para a sua própria existência. E a cultura pop está aí para isso, para colaborar com os gatilhos, seja uma imagem, uma música ou um filme que marcou uma época. Na Strip Me nós nos interessamos pela vida, no passado, presente e futuro! Com a Coleção Retro, queremos trazer esse sentimento tão abrangente que é a nostalgia, mas vinculado a referências atuais, de maneira inteligente e com muito estilo. A mesma coisa você encontra em todas as outras coleções, como as camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra tudo isso e ainda fica por dentro dos mais novos lançamentos.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com canções que fazem referência a nostalgia, lembranças e ao passado de maneira geral. Nostalgia top 10 tracks.

Para assistir: Definitivamente, o filme Divertida Mente, título original Inside Out, escrito e dirigido pela dupla Pete Docter e Ronnie Del Carmen e lançado em 2015 pela Disney/Pixar é realmente deslumbrante. Não só o roteiro é incrível, como a animação é ótima e traz um enredo capaz de encantar crianças e adultos, talvez encante até mais os adultos. Tem no catálogo da Dinsey+ e é imperdível!

NATAL STM: Para quem gosta de acertar no presente.

NATAL STM: Para quem gosta de acertar no presente.

A gente sabe que o Natal representa a união, amor e a celebração da vida. Mas sabemos também que uma das maneiras mais eficientes e divertidas de materializar esses sentimentos é presenteando as pessoas que amamos. E a Strip Me está aqui pra te ajudar a dar o presente ideal! Camisetas de bom gosto, confortáveis e muito originais. E, assim como ninguém é igual a ninguém, selecionamos aqui algumas das muitas estampas que representam bem cada tipo de pessoa. Agora é só conferir em que perfil a pessoa que você quer presentear se encaixa, escolher a sua camiseta e correr pro abraço!

Para quem curte juntar a turma no boteco e fazer aquele churrasquinho na beira da piscina.

Nada melhor que conviver com gente que não tem tempo ruim, mas sim tem sempre uma desculpa pra reunir a turma para colocar a conversa em dia e dar uma relaxado num bom e velho boteco. Sem falar naquele domingão de sol, ideal para aquele churrasquinho com a família e os amigos, sempre tomando aquela cervejinha gelada e companheira. Para quem está sempre animado e com o copo americano a postos para o brinde, temos o estilo e a leveza das camisetas de uma coleção que pode, e deve, ser apreciada sem moderação, como as Engradados e Happy Hour.

Para quem não perde a chance de ir ao cinema e fazer aquele after-movie com os amigos depois.

Você com certeza conhece pelo menos uma pessoa que sabe tudo sobre filmes e está sempre te convidando para ir ao cinema assistir ao filme mais recente dos irmãos Coen ou do Scorsese, com direito a aquele café ou até uma cervejinha depois do filme, pra absorver a obra. Para quem não perde a oportunidade de soltar uma frase de efeito do tipo “Vou fazer uma oferta que ele não vai recusar” na roda, o que não faltam são opções de camisetas de cinema e séries como a Raglan Hellfire Club ou a Dude.

Para quem não aguenta ficar muito tempo em casa, adora viajar e desbravar museus e galerias mundo afora.

Chega a dar aquela invejinha boa quando aquela pessoa querida começa a falar da sua viagem mais recente e do tanto de obras de arte incríveis que ela viu de pertinho, não é? Para quem não vive longe da arte a Strip Me tem uma coleção enorme inspirada nas obras mais incríveis, como a Bauhaus 1923 e a Pipes Art.

Para quem gosta de fazer um som, tem sempre um violãozinho no porta malas do carro e não perde um festival.

Sabe aquele parceiro que não vai pra lugar nenhum sem o violão, está sempre com o mesmo par de All Star nos pés, coleciona vinil e trabalha o ano inteiro para ter grana para ir aos melhores festivais de música? Ah, é justamente o tipo de pessoa que a gente adora! Para quem não vive sem música temos um repertório vasto e variado de opções, como por exemplo a Are You Mine e a Bob Flag.

Para quem ama reunir os amigos em casa e apresentar a eles cada uma das plantinhas que tem espalhadas por todos os cômodos.

Como não amar quem ama plantas? É sempre uma pessoa de bem com a vida e tem a casa mais fresca, confortável e cheirosa do mundo! Gente assim nós queremos sempre ter por perto. Para quem está sempre com um vasinho ou um saco de adubo na cestinha da bike, temos uma variedade de camisetas com estampas dedicadas ás plantas, como a Bananeira e a Monstera Deliciosa.

Para quem não perde a chance de enfrentar os amigos num campeonatinho de Fifa ou qualquer outro game.

Inegável que é divertidíssimo quando junta uma galera na sala e rola uns campeonatinhos de Fifa, Street Fighter e até mesmo de Mario Kart. Pode ser os amigos de sempre numa tarde de sábado qualquer ou quando junta todos os primos pra passar o fim do ano na casa da vó. Para quem está com a ponta dos dedos calejados do joystick também não faltam camisetas ligadas aos games, como a Allejo e a Activism.

Para quem é super zen e parece estar mil anos a frente, apesar de sonhar em ter vivido em 1967.

Todo mundo tem aquele amigo que vive na mais absoluta paz e que tem no bolso da bermuda aquela trouxinha mágica com ervas aromáticas, ou então aquela tia super querida que tem sempre um incenso aceso na sala e que adora contar daquele show que ela viu do Caetano e da Gal nos anos 70. Para quem realmente sabe que não tem nada mais importante do que paz e amor, temos uma coleção todinha repleta de good vibes, como as camisetas Coração e a Totally Cool.

Para quem curte celebrar suas raízes e, por força desse destino, um tango argentino lhe cai bem melhor que um blues.

A gente sempre aprende muito com aquela amiga que voltou de Machu Picchu na pilha de descobrir suas raízes latinas ou com aquele tio que é professor de história e consegue transformar a invasão espanhola na América do Sul numa animada conversa de mesa de boteco! Para quem é loco por ti, América, e sabe que é preciso estar atento e forte, temos várias camisetas inspiradas nas nossas latinidade e brasilidade indefectíveis, como a Pipa e a América Latina.

Para quem domina a fina arte de estar curtindo o rolê com a galera, mas não larga o celular e manja de todos os memes da atualidade.

É de se admirar aquele tipo de amigo que não tira os olhos do celular na mesa do bar, mas está atento à conversa e contribui com tiradas rápidas e certeiras, bem como aquela prima que faz questão de tirar selfie com a família inteira na festa e fica brava com aquela tia que não tem Instagram, para ela poder marcar. Pra quem perde o amigo, mas não desperdiça o meme e nem a figurinha do Whatsapp também temos uma coleção descoladíssima e frequentemente atualizada, como as camisetas Muy Caliente e a Caramelo Republic.

Para quem se encaixa em todas as categorias e, ao mesmo tempo, em nenhuma.

Mas a gente sabe que todo mundo é muito mais que um estereótipo como o músico, a louca por plantas ou o cinéfilo. Justamente porque cada pessoa tem sua própria personalidade e gostos dos mais variados que a Strip Me também te dá a oportunidade de personalizar a camiseta que você vai presentear. Você pode nos enviar uma imagem, um desenho original seu, uma foto, escrever uma frase…e a gente imprime a camiseta para você. Uma camiseta única para alguém incomparável.

Mas olha, aqui estão apenas algumas opções. Na nossa loja você pode ver todas as coleções de camiseta de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais, além dos lançamentos, que pintam toda semana. Conte com a Strip Me para proporcionar a quem você ama um presente especialíssimo! E para você também, é claro!

Feliz Natal!

Vai fundo!

Para ouvir: Aquela playlist caprichada com músicas natalinas, mas que fogem do Jingle Bells de sempre. Natal STM – Top 10 tracks.

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Envelhecer é inevitável. Mas envelhecer bem é uma arte. Poderíamos fazer aqui aquelas analogias batidas entre envelhecer com vigor e saúde e um bom vinho envelhecido por décadas e blá blá blá. Mas o nosso negócio aqui é justamente deixar o óbvio de lado e dar valor a outros pontos de vista. Enfim, hoje vamos falar sobre envelhecer bem, com viço e saúde, com propriedade e relevância.

Em especial nas artes, envelhecer bem não é nada fácil. Afinal, a arte, seja ela pintura, música, cinema, teatro, escultura ou fotografia, acaba absorvendo muito do momento em que é concebida. Ainda que seja simplesmente pela estética, o Davi de Michelangelo é expressão clara de seu tempo, o renascimento, com suas formas que carregam uma aura de ultrarrealismo e divindade ao mesmo tempo.

Um Cão Andaluz de Buñuel está encharcado de referências ao seu próprio tempo, de uma Europa pós Primeira Guerra, festiva e questionadora de si mesma. Velvet Underground and Nico, o disco de estreia da Velvet Underground, expressa com nitidez a aura de contra cultura, rebeldia e, até mesmo, certa alienação da juventude dos anos 60.

O que essas três obras tem em comum é que envelheceram bem. Ainda hoje são impactantes, admiráveis e relevantes. Seguem sendo referência para quem quer produzir algo novo hoje em dia.

Por isso, para demonstrar de uma vez por todas, o que significa uma obra de arte envelhecer bem, listamos 5 filmes cults que passaram dos 20 anos e continuam incríveis, que, se vistos ou revistos, hoje em dia ainda vão empolgar, emocionar, divertir e fazer pensar. Vamos á lista!

Cães de Aluguel – 1992

Começamos com o mais velhinho da lista. O primeiro filme escrito e dirigido por Quentin Tarantino completa 30 anos, mas com carinha de bebê. Um bebê bem safadinho e violento, é verdade. O simples fato de o filme se passar, na maior parte do tempo, dentro de um galpão fechado e seus personagens usarem ternos pretos  já ajuda muito para que ele seja atemporal, poderia se passar nos anos 70 ou no ano 2000. Mas é a riqueza e brilhantismo do roteiro e dos diálogos, a edição fantástica, as atuações irresistíveis e a trilha sonora impecável que fazem deste filme, ainda hoje, uma baita obra de arte!

Trainspotting – 1996

Se Cães de Aluguel é esteticamente atemporal por se passar num galpão e os personagens, em sua maioria vestirem ternos, em Trainspotting é tudo escancaradamente anos 90. O diretor Danny Boyle fez questão de retratar o tempo e espaço, uma Escócia agitada e colorida numa época de excessos e mudança de comportamento, principalmente para a juventude. O que faz Trainspottig se manter um filme empolgante até hoje é sua postura contestadora, o questionamento filosófico eterno de Sartre, de que o homem está condenado a ser livre, que envolve o roteiro e, mais uma vez, atuações excelentes e uma trilha sonora arrebatadora.

O Grande Lebowski – 1998

A premissa deste filme chega a ser desanimadora. Personagens homônimos ou fisicamente parecidos que trocam de lugar ou são confundidos um com o outro e se metem em mil confusões é uma parada muito antiga no cinema. O que faz de O Grande Lebowski ser tão diferente e tão marcante até hoje é… o grande Lebowski! Claro que tudo funciona lindamente no filme, os personagens coadjuvantes super bem construídos, a trama insólita em constante evolução, a estética desleixada e charmosa dos anos 90, o ar de contracultura… mas o carisma do personagem principal, o inigualável The Dude, que Jeff Bridges entrega com perfeição, é arrebatador. É o tipo de filme que você pode já ter visto várias vezes, mas se estiver zapeando a TV à cabo e passar por ele, é irresistível parar e assistir até o fim.

Quero Ser John Malkovich – 1999

Podemos dizer que se trata de um filme de novatos. Mas que novatos! Este foi o primeiro filme de destaque do Spike Jonze como diretor e o do Charlie Kaufman como roteirista. Ambos rapidamente ganharam o status de gênios do cinema cult. E não é para menos. Em Quero ser John Malkovich o realismo fantástico de Charlie Kaufman se mostra ilimitado, mas sempre ancorado em questões existenciais e muita ironia, a direção bucólica de Spike Jonze é magistral e as atuações impactantes de John Cusack, Cameron Diaz, Catherine Keener e o próprio John Malkovich completam a receita. É um filme atemporal e envelheceu muito bem, porque é realmente fascinante e inusitado de tal forma, que segue sendo instigante e desafiador.

Clube da Luta – 1999

Completamos esta lista com o maior filme cult dos últimos tempos. Todo mundo conhece o Tyler Durden e sabe muito bem qual a primeira regra do clube a luta. Regra esta que quebramos aqui mais uma vez para falar da força descomunal deste filme. Um filme lançado 23 anos atrás e que, de toda essa lista, é o que se mantém mais atual. Afinal o roteiro, excelente diga-se, levanta questões que transcendem qualquer evolução tecnológica, pois diz respeito ao consumismo, a relação com o trabalho, a solidão, empatia, conformismo, a mídia doutrinadora, depressão e etc. Fora isso, tudo é bem feito e funciona no filme. As atuações impecáveis de Brad Pitt e Edward Norton, a direção caótica de David Fincher, a trilha sonora pesada, a fotografia contemporânea e visceral. É um filme que, não só envelheceu bem, mas continua influente e profundo. E assim seguirá pelos próximo 30, 40 anos a frente.

Pronto. Se você quer ter um fim de semana mais tranquilo e caseiro, já tem aí uma listinha respeitável de filmes para ver ou rever. Uma lista que tem tudo a ver com a Strip Me! Para nós a arte contestadora, de vanguarda e questionadora, como são estes cinco filmes, tem um cantinho especial no coração. Por isso fazemos questão de estar sempre entregando camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e comportamento com um olhar mais aguçado, mas sem perder a elegância e bom gosto. Pra conferir, é só acessar a nossa loja, onde sempre tem novos lançamentos pipocando.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma Playlist com o melhor da trilha sonora de cada um dos filmes listados: Cine Cult top 10 tracks.

Para assistir: Além desse top 5 retumbante, vamos quebrar o seu galho e falar de mais um filme cult clássico e irretocável, mas que não tem mais de 20 anos, por isso não entrou na lista acima. Estamos falando de 500 Days of Summer, um filme cult por excelência, com direito a estética vintage, um caminhão de referências pop e The Smiths na trilha sonora. Mais cult que isso, impossível. E é um filme divertidíssimo mesmo! Pra ver e rever naquele domingo de chuva comendo pipoca no sofá. Ah, sim, o filme é de 2009, dirigido pelo Marc Webb e estrelado pela Zooey Deschanel e Joseph Gordon Levitt.

The Queen is Pop!

The Queen is Pop!

The queen is dead, boys. And it’s so lonely on a limb. Life is very long when you´re lonely.” De certa forma, esses versos de Morrissey neste clássico dos anos oitenta dizem muito sobre a Rainha Elizabeth II. Morta aos 96 anos de idade num castelo na Escócia no dia 8 deste mês, a rainha da Inglaterra teve uma vida longa e, ao que tudo indica, solitária realmente. Apesar de estar sempre cercada por súditos, assessores e sua própria família, desavenças familiares, um casamento conturbado e paixões cerceadas certamente tornaram a vida da monarca um pouco mais amarga e solitária. Mas, independente disso, foram quase cem anos muito bem vividos, dos 96, 70 anos foram como rainha. Ela viu o mundo mudar e conheceu as pessoas mais importantes do mundo ao longo do século XX  e XXI. E a gente sabe disso tudo porque, além de tudo, a rainha Elizabeth II acabou se tornando ícone pop. Mesmo sem querer.

Claro, o ambiente conta muito. A Inglaterra praticamente criou o jornalismo da fofoca. Os tabloides londrinos se especializaram em esmiuçar a vida íntima da família real, que por sua vez, sempre forneceu vasto material para polêmicas. Desde que o tio de Elizabeth, Edward VIII, renunciou ao trono da Inglaterra para se casar com uma mulher norte americana, que era divorciada, a imprensa britânica se acostumou a chafurdar nas intrigas familiares da coroa. Foi essa renúncia ao trono, inclusive, que fez com que Elizabeth se tornasse rainha. Com a morte do rei George V, avô da Elizabeth, Edward VIII, era o sucessor direto ao trono, pois era o filho mais velho do rei. Na real, nem era pra Elizabeth ter sido rainha. Mas com a renúncia, a sucessão voltou-se para o filho mais novo do rei, que era o pai da Elizabeth. Ele foi coroado rei George VI, mas acabou morrendo cedo, por conta de um enfisema pulmonar. Foi assim que a coroa praticamente caiu no colo da Elizabeth, a filha mais velha do rei morto. Ela foi coroada aos 26 anos de idade, em 1952.

A Rainha Elizabeth II reinou justamente na época da explosão da indústria cultural pós Segunda Guerra Mundial. Os veículos de comunicação se tornavam mais acessíveis, a televisão se tornava cada vez mais presente e a música e o cinema se tornavam cada vez mais influentes. Ela fez seu primeiro discurso televisionado no fim do ano de 1957. Desde então, todo ano, ela fazia um discurso de fim de ano transmitido para todo o Reino Unido nas festas de fim de ano. À medida que o mundo, os países ocidentais em especial, vão se tornando mais liberais, com governos modernos, baseados em ideais republicanos e democráticos, a monarquia inglesa vai se mantendo firme, e acaba se tornando pitoresca para o mundo, ainda mais quando fica cada vez mais claro que quem manda mesmo no reino é o primeiro ministro. Numa singela canção, os Beatles até chegaram a cantar que “sua majestade é uma garota muito bacana, mas ela não tem muita coisa pra dizer.”.

Não só os Beatles, mas muitos outros artistas ingleses não perderam a oportunidade de escrever uma ou outra canção sobre a rainha. Na maioria das vezes fazendo críticas, é verdade. Ok, sejamos francos, a esmagadora maioria das músicas sobre a rainha são de protesto e críticas. Mas “falem mal, mas falem de mim”, certo? Uma das exceções, e anda assim, nem tanto uma exceção, data de 2012, quando a rainha celebrou o jubileu de diamante, que comemorou seus 60 anos de reinado. O compositor britânico Leon Rosselson, pouco conhecido por aqui, mas respeitadíssimo na Inglaterra, escreveu a canção On Her Silver Jubilee. Uma bela canção folk que fala sobre o reinado de Elizabeth II desde o início e sobre sua imagem ser tão utilizada pelos punks em 1977. Com a boa e velha ironia britânica, a letra da música faz uma boa análise da rainha como pessoa pública, para o bem e para o mal. De fato, 1977 não foi um ano fácil para ela. Independente da forte censura que se abateu sobre o compacto, God Save the Queen, dos Sex Pistols, se tornou um verdadeiro hino contra o conservadorismo da monarquia, e um dos maiores clássicos do rock n’ roll. Lançada em compacto e incluída no essencial Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols, God Save the Queen é uma música irresistível, um riff simples e melódico, guitarras saturadas, ritmo instigante e, pra coroar, com o perdão do trocadilho, a capa do single, criada pelo artista Jamie Reid, é perfeita, até hoje uma das imagens mais icônicas do punk rock.

Outras canções bem legais escritas com a rainha como tema central, são Elizabeth My Dear, dos Stone Roses, uma verdadeira pérola, a citada no início do texto The Queen is Dead, dos Smiths, uma das músicas mais emblemáticas da banda, Rule for no Reason, do Billy Bragg, uma balada muito bonita, que retrata esse aparente vazio, a melancolia que envolve a rainha Elizabeth II, e tem também a curiosa Dreaming of the Queen, dos Pet Shop Boys. Nesta última, o duo pop britânico relata um sonho dos dois músicos tomando um chá com a rainha Elizabeth e a Lady Diana. A letra é muito legal. Vale a pena conferir. Voltando ás canções de protesto, vale citar a belíssima Flag Day, da banda The Housemartins, banda indie britânica dos anos 80, que não fez tanto sucesso no Brasil, mas tem uma obra riquíssima, com grandes canções. Pra fechar a parte musical, vale também citar o rapper britânico Slowthai, que escreveu a pesada Nothing Great About Britain, uma música de batida forte e letra extremamente crítica. Ah, sim, também é importante lembrar que God Save The Queen é o hino da Inglaterra. Escrita em 1774, e oficializado como hino nacional em 1780, a música varia o gênero usado na letra de acordo com o monarca vigente. Até semana passada cantava-se God Save the Queen, agora, já se canta God Save the King. Você pode ouvir numa roupagem mais moderna esta bela peça musical no disco A Night at the Opera, da banda Queen. É a faixa que encerra o disco.

Se na música a rainha foi amplamente retratada, no cinema e na televisão então, nem se fala! No começo do reinado, Elizabeth II procurava se manter distante da mídia, mas isso foi mudando com o tempo. No início só o que se via da rainha na televisão eram imitações. Uma das mais famosas foi a de Carol Burnett. Ela se notabilizou por ser a primeira mulher a protagonizar um programa de comédia nos Estados Unidos, o Carol Burnett Show, em 1967. Porém, se tem alguém que entende de imitar a rainha Elizabeth II é a atriz Jeannette Charles. Pra começo de conversa ela atua interpretando a rainha no excelente mockumentário All You Need is Cash, a história da banda The Rutles, em 1978. Depois ela não parou mais. Interpretou a rainha em alguns episódios do Saturday Night Live e em filmes como Férias Frustradas II, Corra que a Polícia Vem Aí e Austin Powers: O Homem do Membro de Ouro. Mas claro, até aqui estamos falando de comédia, imitações…nada sério. Por outro lado, existem também alguns filmes em que a rainha é retratada com seriedade, respeito… e até um pouco de realidade demais. A então criança Freya Wilson interpreta Elizabeth II no excelente filme O Discurso do Rei, de 2010, onde a rainha aparece ainda como uma criança. Já no impactante A Rainha, Helen Mirren interpretou a Elizabeth II com tamanha entrega, que acabou levando o Oscar de Melhor Atriz em 2007, além de o filme ter concorrido em outras 5 categorias. O filme A Rainha mostra os maus bocados pelo que passou a família real após a morte da Lady Diana, já que era notório que a rainha e a Lady Di não se davam muito bem. Retratando um momento antes, o belíssimo filme Spencer, mostra justamente a ascensão da Lady Diana de súdita comum a uma das mais populares figuras da realeza. Kristen Stewart está impressionante interpretando a Lady Di, e a veterana Stella Gonet entrega uma rainha Elizabeth II sóbria, quase soturna.

Cada série, cada filme, comédia ou drama, mostra uma face e uma fase diferente da rainha. A série The Crown merece destaque porque mostra todas as fases e faces da rainha Elizabeth II com uma produção impecável. A produção é da Netflix e até agora conta com 4 temporadas. A quinta temporada já está toda gravada e deve estrear em novembro deste ano. Mesmo antes da morte da rainha e o príncipe Philip, marido dela, em 2021, já se falava que a série terminaria na sexta temporada, e dificilmente atingiria os dias atuais. A previsão era de que esta última temporada fosse exibida em 2023, mas com os últimos acontecimentos, é possível que aconteçam alterações drásticas no roteiro, para que a série se encerre com a morte da rainha. Neste caso, a chance é de que a sexta temporada chegue só em 2024. The Crown já é conhecida como umas produções mais caras da TV. Mas não é para menos. A produção é realmente incrível, cenografia, figurino, ambientação de diferentes épocas e as atuações são excelentes. O roteiro equilibra muito bem a parte política com a vida pessoal da rainha, o que traz certa leveza, e cativa o espectador. Certamente uma série que faz jus a grandeza da rainha.

Porém, um episódio muito marcante, e muito divertido, vivido pela rainha, infelizmente não foi retratado na série The Crown: A condecoração dos Beatles com a medalha e a concessão do título MBE (Member of the Order of the British Empire). O MBE é uma honraria concedida aos súditos da Inglaterra que, através da arte, cultura e ciência, elevam o nome do Reino Unido. Em 1965 o primeiro ministro Harold Wilson, aproveitou o sucesso mundial dos Beatles para fazer uma média com seu eleitorado jovem do norte da Inglaterra e indicou os rapazes de Liverpool para receber a honraria, por conta de seus valiosos serviços prestados á coroa, levando o nome da Inglaterra por todo o mundo através da boa música. Assim, no dia 26 e outubro de 1965 os Beatles chegaram, logo de manhãzinha no palácio de Buckingham. Foram orientados a como se portar (se curve, nunca dê as costas para a rainha e etc). Estavam tão ansiosos que foram juntos para o banheiro para fumar um… cigarro! Sim, por anos a lenda de que os Beatles haviam fumado maconha antes de conhecer a rainha prevaleceu. E foi o próprio John Lennon quem contou a mentira. Só quase trinta anos depois, George Harrison, numa entrevista, esclareceu o fato. Estavam realmente nervosos, mas sabiam que não podiam estragar a situação, então foram para o banheiro para ficarem um pouco sozinhos e fumar seus cigarros em paz. De qualquer forma, o espírito anárquico da banda prevaleceu. Ao ficar frente a frente com Elizabeth II, John se apresentou como sendo Paul, Paul se apresentou como sendo John, deixando a rainha confusa. Após dar lhes a medalha, ela perguntou se fazia tempo que eles estavam juntos. Ringo respondeu “Há uns 40 anos”. Todos riram. Em 1969 John Lennon devolveu a medalha como protesto pelo envolvimento da Inglaterra na guerra do Vietnã e nos conflitos na Nigéria.

É tanta história e tanta referência na cultura pop, que seria impossível a Strip Me não prestar sua homenagem a Rainha Elizabeth II. Uma mulher incrível, corajosa e cheia de talentos. Em especial adorava animais. Depois de 96 anos de vida e mais de 70 como rainha, hoje em dia com certeza Elizabeth II tinha muita coisa a dizer. Por isso deixa um legado tão grande. Para encontrar ícones da cultura pop, da música e do cinema, é só colar com a gente. Na loja da Strip Me você encontra camisetas de arte, cinema, música, cultura pop, estilo de vida e muito mais. Fica de olho por lá, que sempre estão pintando novos lançamentos.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com todas essas canções onde a rainha foi fonte de inspiração. The Queen is Dead Top 10 tracks.

Para assistir: Certamente a recomendação maior é assistir a série The Crown. Uma obra impressionante, com ótimo roteiro e uma produção deslumbrante. E tá facinho de ver, lá na Netflix.

Com Sequências de 2022: Séries e filmes mais aguardados do ano!

Com Sequências de 2022: Séries e filmes mais aguardados do ano!

Existe uma grande diferença entre saudosismo e nostalgia. O saudosismo é uma saudade tão grande de um momento vivenciado, que a pessoa sente necessidade de reviver aquele momento. Sabe quando aquele seu tio de cinquenta e tantos anos fica bêbado no churrasco e resolve tentar andar no seu skate “em nome dos velhos tempos”? Então, isso é saudosismo. Já a nostalgia é um sentimento mais sereno e doce, é a lembrança do momento vivido, que quando rememorado, traz alegria, mas não a vontade de voltar no tempo para revivê-lo.  Porém, existe um mundo onde saudosismo e nostalgia se misturam, onde podemos reviver emoções, rever pessoas às quais nos apegamos e, claro, às vezes nos decepcionarmos também. É claro que estamos falando do mágico e maravilhoso mundo do entretenimento, com suas sequências e spin-offs!

2022 é, sem dúvida, um ano de retomada. A pandemia não acabou, é verdade, mas está controlada. O mundo vem, cada vez mais, voltando á sua normalidade. Produções de séries que tinham sido adiadas em 2020 e 2021 por conta do distanciamento social, voltaram com força total. O mesmo acontece na produção de filmes, já que as pessoas estão voltando a frequentar as salas de cinema. E essa turma toda sabe o quanto nós somos apegados às nossas séries e filmes favoritos. Portanto, o que melhor para instigar ainda mais o público do que proporcionar o reencontro com antigos e queridos personagens, fazer referência a histórias que já conhecemos e amamos e, dentro de todo esse contexto, nos apresentar novas aventuras. Por isso, este ano já chegou recheado de novidades sobre alguns de nossos velhos conhecidos. Selecionamos aqui 5 séries e 5 filmes que são sequências ou spin-offs lançados em 2022 pra você conferir. Então já separa aí sua camiseta de série ou de cinema favorita e vamos à lista!

House of the Dragon

Esta série, que acabou de estrear na HBO, é um presente a todos os fãs que, desde 2019, estão órfãos de uma das séries mais emblemáticas e populares da última década no mundo todo: Game of Thrones. House of the Dragon é ambientada em Westeros e os acontecimentos narrados se passam 172 anos antes do início da saga de Ned Stark, em Game of Thrones. A série já havia sido anunciada em 2019, com o envolvimento do autor, George R. R. Martin, tudo certinho. Mas a pandemia acabou atrasando a produção. Agora, House of the Dragon já está disponível. Não importa se você está no hemisfério norte ou sul do planeta, se prepare. Porque neste ano, em agosto… “Winter is coming!”

Better Call Saul

Para muita gente, Breaking Bad é a melhor série de todos os tempos. Parece exagero, mas a afirmação tem fundamento. Claro, já houveram séries mais impactantes, mais cultuadas e que viraram clássicos eternos. Mas pouquíssimas conseguiram o feito de Breaking Bad: Manter a história nos trilhos, uma tensão crescente, personagens carismáticos e uma trama com começo, meio e fim, impecável. Não teve aquele negócio de colocar uma temporada a mais pra faturar. Em compensação, um ano depois do fim da série, já foi laçada uma nova série, um spin-off de BB, protagonizada por um dos personagens mais divertidos de Breaking Bad, o advogado Saul Goodman. Better Call Saul é uma serie divertidíssima, recheada de referências a BB e com uma trama igualmente instigante. A série chega ao seu final neste ano. A última temporada já está disponível na Netflix, para os fãs se despedirem com todas as honras deste personagem tão maravilhoso.

Stranger Things

Se é nostalgia e saudosismo que você quer, então Stranger Things é a pedida ideal. A série que estreou em 2016 com um sucesso estrondoso na Netflix mistura Steven Spielberg e Stephen King num caldeirão de referências à cultura pop os anos 80. A quarta temporada da série, lançada recentemente na Netflix, já fez um baita estrago! Além de ser sucesso de público e crítica, graças a Stranger Things, Metallica e Kate Bush bombaram no Spotify, e tem muita gente por aí que não só comprou a camiseta do Hell Fire Club, como andou tirando a poeira dos livros e tabuleiros de RPG. A quarta temporada, lançada neste ano, era super aguardada e supriu todas as expectativas. Agora é esperar pela quinta temporada, que já está prometida. Será que finalmente veremos Mike, Dustin, Will, Lucas, Max e Eleven adolescentes nos anos 90 ouvindo pela primeira vez o Nevermind, tornando assim profética a camiseta da Strip Me Smells Like Teen Spirit? To be continued…

O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder

Por si só, os livros de Tolkien já são clássicos absolutos e ícones incontestes da cultura pop. Quando o diretor Peter Jackson, antes de se meter com aquela turma de Liverpool, concebeu a trilogia O Senhor dos Anéis no cinema, a saga de Frodo tomou proporções inimagináveis! E quando a gente achava que tudo já tinha sido feito, a Amazon anuncia a produção de uma série exclusiva baseada na obra de Tolkien. Com estreia anunciada para 2 de setembro de 2022, a série O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder é um prequel. A série se baseia na Segunda Era das histórias de Tolkien, que se passam na Terra Média milhares de anos antes das histórias contadas nos filmes O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Além de ser muito aguardada, a série já esta se tornando célebre por ser uma das produções mas caras da história. Ainda bem que tem muita gente mesmo disposta a pagar pra ver!

1899

Esta série está um pouquinho deslocada do tema geral desta post, mas se encaixa por ser tão aguardada e ter ligação com uma das séries mais hypadas dos últimos anos: a série alemã Dark. 1899 é escrita e produzida pela dupla Baran Bo Odar e Jantje Firese, criadores de Dark. Nesta nova série, tudo se passa num navio que zarpou da Europa ruma aos Estados Unidos, cheio de imigrantes de diversas nacionalidades, que vão buscar uma nova vida na América. Malandramente, a Netflix ainda está fazendo suspense quanto a data de lançamento da série, mas estima-se que vai acontecer entre outubro e novembro. O trailer que já está rolando é realmente instigante, e se tiver a mesma pegada de mistério e suspense de Dark, tem tudo pra ser uma série maravilhosa. Como não há muito mais informações, só nos resta aguardar. Estamos todos no mesmo barco.

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

Entrando no território do cinema, começamos com o terceiro filme da franquia “Animais Fantásticos”, um spin-off do universo de bruxarias de Harry Potter & Cia, criação da escritora J. K. Rowling. O filme estreou em abril e fez estardalhaço entre os fãs da Franquia Harry Potter/Animais Fantásticos. A história que começou a ser contada no filme Animais Fantásticos e Onde Habitam, de 2016 acontece algumas décadas antes de Harry Potter ser iniciado no mundo da bruxaria, mas já conta com alguns personagens familiares à turma que conhece Hogwarts. É diversão garantida.

Jurassic World: Dominion

Em 1993 Steven Spielberg revolucionou o cinema com o grandioso Jurassic Park. Com tecnologia de última geração na época e um roteiro cativante, o filme arrebatou uma verdadeira fortuna de bilheteria e instaurou uma dinomania mundo afora. O filme rendeu ainda mais dois filmes, de 1997 e 2001, não tão bem sucedidos e inovadores, mas acabam sendo bem divertidos. Já se distanciando da trama dos 3 Jurassic Parks iniciais, surge em 2015 Jurassic World, com uma outra pegada e novos personagens. O filme é bem legal e traz o carismático Chris Pratt como protagonista. Em 2018 sai Jurassic World: Reino Ameaçado. E finalmente agora, em junho de 2022, foi lançado Jurassic World: Dominion. Este filme foi tão aguardado porque prometia unir as histórias, trazer referências do primeiro Jurassic Park, incluindo a participação dos atores Sam Neill como Dr. Alan Grant, Laura Dern como a Dra. Ellie Sattler e Jeff Goldblum como o Dr. Ian Malcolm. Não é um filme memorável como o primeiro da franquia, mas pelas referências, os efeitos especiais e as cenas de ação, é um filme muito empolgante.

Pânico

Wes Craven e Kevin Williamson reinventaram o gênero terror em 1996, com o clássico Pânico, título original: Scream. Com pitadas de humor e uma toneladas e referências a filmes clássicos do gênero, Pânico se tornou sucesso absoluto e ganhou 3 sequências: Pânico 2, em 1997, Pânico 3, em 2000 e Pânico 4, em 2011. Quando foi anunciado mais um filme para a franquia, ano passado, o público se dividiu entre fãs empolgados com altas expectativas e fãs críticos ressabiados pelo fato de um filme não ter no roteiro e direção a dupla de criadores, Craven e Williamson. Sem ter o número 5 no título, o novo filme aparece somente como Pânico, e acaba funcionando como um reboot da franquia. Por fim das contas, o filme estreou em janeiro deste ano e fez muito sucesso! Repleto de auto referências e easter eggs, Pânico, aparentemente, eixou todo mundo de queixo caído.

Avatar 2

Avatar encantou o mundo e, não à toa, ganhou 3 Oscars, nas categorias Direção de Arte, Fotografia e  Efeitos Visuais. Lançado em 2009, o filme de James Cameron segue até hoje sendo a maior bilheteria da história do cinema, com mais de 2,8 bilhões de dólares! Então, você calcula aí como deve estar a expectativa, não só do público que quer ver um novo Avatar, mas dos produtores que investiram uma grana nesse projeto. Pois bem, tudo indica que Avatar 2 será uma sequência direta do primeiro filme, que conta com o mesmo elenco, James Cameron na direção… tudo certinho. A continuação da história de Pandora agora vai pegar o caminho dos oceanos e promete mais uma explosão de efeitos visuais. O filme está prevista para estrear no dia 15 de dezembro deste ano. Fábio Porchat pintado de azul ainda não confirmou presença.

Top Gun: Maverick

Se é nostalgia que você quer, ela vem á jato! Bom, mais ou menos, né… afinal, essa sequência demorou 34 anos pra chegar. Mas chegou com os dois pés no peito! Lançado em maio deste nos cinemas, Top Gun: Maverick é empolgante e divertido. Apresenta uma trama simples, mas bem desenvolvida em torno de Maverick, personagem de Tom Cruise, e joga na tela o que o povo gosta de ver no cinema: cenas de ação e muitas explosões! Além disso, o longa tem um sabor muito especial para quem viveu na época e assistiu o clássico Top Gun nos anos 80. É uma sequência que vem repleta de referências e funciona como homenagem ao já falecido diretor do primeiro filme, Tony Scott, e ao ator Val Kilmer, cujo personagem Iceman é fundamental no primeiro filme. Kilmer teve que ter sua voz recriada para este novo filme, já que ele vem lutando contra um câncer na garganta. Enfim, um filme divertidíssimo, daqueles que você termina de ver com a energia aqui ó, lá em cima!

E se o mundo do entretenimento, séries de TV  e filmes, se reinventam e ressurgem sempre trazendo novidades, assim também é a Strip Me, que pega todas essas referências, tantas séries, filmes, discos e recodifica, te entregando camisetas de séries surpreendentes, camisetas de filmes super descoladas, camisetas de música inspiradoras, camisetas de obras de arte provocantes, além de muitos outros temas incríveis envolvendo cultura pop e comportamento. Sem falar que, assim como o mundo do entretenimento, a Strip Me está constantemente lançando novidades, numa produção incansável! Então entra na nossa loja pra conferir e conhecer todos esses lançamentos!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist esperta com referências a todas as séries e filmes citados neste post! Com Sequências de 2022 – Top 10 tracks.

Para ler: Pouca gente sabe, mas o clássico filme Jurassic Park, de 1993, foi feito baseado num livro. Pois é.  Jurassic Park, o livro, foi escrito em 1990 por Michael Crichton e traz uma narrativa um pouco mais densa e sombria do que a retratada no filme. É um livro excelente, que vale muito a pena ser lido. Ele saiu aqui no Brasil pela editora Aleph em 2015 com um tratamento gráfico bem caprichado.

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