Review: Kurt Cobain – Montage of Heck

Review: Kurt Cobain – Montage of Heck

“I think people want me to die because it would be a classic rock ‘n’ roll story.” (Eu acho que as pessoas querem que eu morra, porque isso se tornaria uma história clássica do rock); escreve um já estafado Kurt Cobain em um de seus diários. A diferença aqui é a forma inteligente como o diretor Brett Morgen aborda a questão.

Durante todo o documentário Montage of Heck, a condução do filme é dada pelo próprio Cobain. Suas pinturas, diários, esboços de músicas, letras e home vídeo caseiros se tornam o roteiro do filme. A narração, aliás, também é do próprio Kurt, o que dá ao filme um caráter ainda mais intimista e humano.

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Outra sacada genial é a forma como os desenhos, letras e anotações de Cobain ganham vida através de animações gráficas envolventes, numa linguagem do próprio músico.

Não que a história em si seja novidade pra alguém. O garoto caipira do subúrbio, que descobre nas artes e no rock and roll uma fuga para os problemas pessoais é caso corriqueiro em qualquer lugar do mundo. A diferença é forma como o filme escancara isso: a sensibilidade com que esse mesmo garoto traduziu essas questões de forma artística e urgente.

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O behind the scenes da vida de Cobain é o ponto alto. As imagens de arquivo da família gravadas em super 8mm do pequeno Kurt Cobain, ainda criança, interagindo com a câmera evocam uma espécie de predestinação. O pequeno menino loirinho de Aberdeen, com 4 anos, empunhando uma guitarra de brinquedo que se tornaria a última estrela do rock mundial.

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Esqueça os documentários clássicos que exibem apenas narração e fotos e mais fotos. Montage of Heck, que demorou 8 anos para ficar pronto, é especialmente um ótimo filme porque Courtney Love e Frances Bean (a filha de casal) liberaram para o diretor todo o acervo que continham do músico. Literalmente todo o acervo. E isso, no caso de Cobain, significa assistir a uma espiral tanto para a fama como para a tragédia.

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Montage of Heck é o documento definitivo de Kurt. Um filme que transcende a idolatria dos fãs e escancara o personagem e o ser humano Cobain, sob a ótica do próprio artista. É a visão de Kurt sobre si mesmo. Sem filtros. É trágico, emocionante e imperdível.

http://www.youtube.com/watch?v=cw5nZeptzEU

Ps: O filme entrará em cartaz também no Brasil, a partir de 12 de Maio. Ainda que não exista confirmação oficial, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre devem exibir o filme por tempo limitado.


 

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Pulp Fiction Facts

Pulp Fiction Facts

Pulp Fiction é daqueles filmes definitivos. A estética, os diálogos, o roteiro inovador com histórias bizarras que se cruzam, a violência tratada de maneira escrachada, os personagens sensacionais, enfim… Pulp Fiction é, sem sombra de dúvida, o melhor de Tarantino e também um marco na cultura pop.

Assim, como quase tudo já foi dito sobre o filme, resolvermos abordar o lado behind the scenes da coisa. Então, se liga nesses 10 Pulp Fiction Facts que separamos e que você, provavelmente, não sabia. I dare you. I double dare you motherfucker! J

1. O vício de Vincent Vega em Heroína

Para fazer o personagem Vincent Vega da forma mais realista possível, John Travolta pediu a um amigo viciado em heroína para descrever qual a sensação ao usar a droga, já que o personagem Vincent era um viciado em heroína. O amigo então deu a seguinte dica a Travolta: fique bêbado de tequila e deite em uma banheira de água quente; essa será a representação mais próxima possível da sensação dos efeitos da heroína. John Travolta diz que treinou a tática diversas vezes com a esposa em um hotel para se preparar para as filmagens.

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2. O casal Marcellus Wallace e Mia Wallace

Apesar de formarem um casal no filme, é interessante perceber que os personagens não conversam em nenhuma cena.

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3. Ezequiel 25:17

A passagem bíblica citada por Jules antes de atirar em um personagem não é, de fato, verdadeira. Na verdade, Samuel L. Jackson e o diretor Quentin Tarantino usam apenas duas frases originais da bíblia, sendo que o restante do texto foi criado por eles mesmos antes das filmagens.

Se liga: “Ezekiel 25:17. ‘The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who, in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother’s keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee!”.

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4. O papel de Mia Wallace

Uma Thurman fez da personagem Mia Wallace uma referência eterna do que é ser cool, maluca, junkie etc., sendo até impossível imaginar outra atriz senão ela vivendo Mia. Mas, na verdade, antes de Uma Thurman pegar o papel, várias atrizes foram cogitadas, tais como: Julia Louis-Dreyfus, Halle Berry, Meg Ryan, Isabella Rossellini, Daryl Hannah, Joan Cusack e até mesmo Michelle Pfeiffer. Ainda bem que Tarantino ficou mesmo com Uma Thurman, e, reza a lenda que, para convencê-la, o diretor ligou na casa da atriz e leu para ela o roteiro inteiro do filme pelo telefone. Ela topou fazer o papel na hora!

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5. Bad Motherfucker

A carteira usada por Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) com a inscrição “Bad Motherfucker” existia mesmo, e era, na realidade, a carteira de Quentin Tarantino.

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6. Robert Rodriguez dirigiu algumas cenas de Pulp Fiction

O diretor Robert Rodriguez é amigo de longa data de Tarantino e juntos já dirigiram diversos cenas em variados filmes. Um fato curioso é que, mesmo não citado nos créditos, Robert dirigiu a maioria das cenas de Pulp Fiction em que Tarantino está atuando.

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7. 8 milhões de dólares

8 milhões de dólares foi o preço de Pulp Fiction. Apesar de extremamente barato para os padrões do cinema americano, destaca-se que dos 8 milhões, 5 foram somente para pagar os cachês dos atores. Com o sucesso do filme, foram arrecadados mais de 210 milhões de dólares nas bilheterias de cinema de todo o mundo.

Cannes Film Festival Retrospective

8. A cena de estupro de Marcellus Wallace

O ator Ving Rhames, que interpreta o chefão Marcellus Wallace, se recusou a fazer a cena onde ele é estuprado. A produção do filme então conseguiu que o ator Max Julien fizesse a cena no lugar de Max.

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9. Kurt Cobain foi cotado para o filme?

Em diversas entrevistas, Courtney Love já alegou que o diretor Quentin Tarantino queria que Kurt Cobain interpretasse o papel do traficante Lance. Ainda segundo Courtney, Kurt negou o papel por achar que estaria fazendo apologia ao uso de drogas. Tarantino negou a história diversas vezes, mas, uma coisa é fato: a semelhança física do personagem Lance (interpretado pelo ator Eric Soltz) com Kurt Cobain é inegável, não?

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10. A cena de Dança no Jack Rabbit Slim

Que Pulp Fiction é cheio de referências a diversos outros filmes, isso é fato. Mas uma cena em especial ganha destaque: a genial cena de dança interpretada por Uma Thurman e John Travolta é, na verdade, uma homenagem de Tarantino à cena de dança de Gloria Morin e Mario Mezzabotta’s no filme de Frederico Fellini.


 

11. Bônus: A palavra Fuck é dita 265 vezes durante o filme.

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Kurt Cobain: a última estrela do rock?

Kurt Cobain: a última estrela do rock?

De “último rockstar” a “porta-voz de uma geração”, muitas são as alcunhas dadas a Kurt Cobain, e mesmo 20 anos após sua morte, o eterno líder do Nirvana continua sendo uma das figuras mais influentes e emblemáticas da cultura pop, tornando-se símbolo eterno para a rebeldia juvenil e para a contestação de paradigmas e valores sociais.

Entre relações pessoais complicadas, escândalos midiáticos e enorme interesse público (tudo isso sempre acompanhado por música de extrema sensibilidade e qualidade) formou-se o mito Cobain, que iremos dissecar em 10 episódios notórios, seja musical ou cultural.

Infância conturbada

Quando nos lembramos de Kurt Cobain, a primeira imagem que vem à mente é a de uma pessoa quieta, traço que, segundo familiares, foi adquirido após o divórcio de seus pais. Kurt chegou a relatar o impacto que isso teve em sua vida, dizendo que “se sentia envergonhado” com o fato. O divórcio fez com que Kurt passasse a morar com amigos e parentes durante muitos períodos, inclusive com avós, e em especial com suas tias, que estimularam seu lado artístico e apresentaram ao jovem Kurt a primeira banda pela qual ele se apaixonou: The Beatles.


Primeiros contatos com a cena musical

Enquanto estava no colegial, Cobain viu um show da banda punk Melvins, e após criar uma relação com os integrantes da banda, passou a frequentar seus ensaios e conhecer pessoas ligadas à cena de Washington, inclusive Krist Novoselic. Na mesma época, após ter largado a escola, Kurt foi expulso de casa por sua mãe e passou a morar na casa de amigos e, segundo reza a lenda, embaixo de uma ponte no rio Whishkah, fato que inspirou a música “Something in the Way”.


Nirvana

Em 1986, Cobain começou a escrever as primeiras músicas do Nirvana e logo começou a ensaiar as mesmas com Novoselic. Após alguns meses ensaiando no segundo andar do salão de beleza da mãe de Krist, a dupla recrutou um baterista e começou a se apresentar na região de Aberdeen. A música “About a Girl” foi composta nessa época e descreve a relação de Kurt com sua namorada da época, que reclamava das madrugadas em que ele ficava escrevendo músicas se negando a arrumar um emprego.


Bleach

O primeiro álbum da banda foi lançado em 1989 pela Sub Pop Records, importante gravadora da cena independente. Para se encaixar nos gostos da cena Grunge da época, Cobain escondeu suas canções artísticas de pegada mais pop e deixou seu outro lado aparecer no álbum, com músicas pesadas e letras negativas, feitas na noite anterior as gravações, enquanto ele estava “p— da vida”.


Contrato com grandes gravadoras

Após o lançamento de Bleach, Kurt ficou descontente com a falta de habilidade da Sub Pop em atrair atenção da mídia e público para seu álbum, e foi atrás das grandes gravadoras. Depois de muita insistência de Kim Gordon, do Sonic Youth, a banda entrou em acordo com a Geffen Records e foi para o Sound City Studios, em Los Angeles, para sessões de gravação. Durante dois meses, com Butch Vig na produção, a banda gravou várias ideias e entregou o álbum com atraso.


Sucesso mundial

A tiragem original para Nevermind, segundo disco do Nirvana, foi de apenas 250 mil cópias. Esse fato, por si só, revela a baixa expectativa da gravadora na banda, prevendo, no máximo, um sucesso tímido de vendas. Mas, enquanto a banda excursionava por pequenas casas de show na Europa, o clipe de “Smells Like Teen Spirit” foi lançado na MTV e o resto se tornou história. A música era tocada exaustivamente ao redor do mundo, as vendas explodiram, a banda tirou Michael Jackson do primeiro lugar da Bilboard, Cobain se despontou como ícone de sua geração… Hoje, 23 anos após seu lançamento, Nevermind já vendeu mais de 70 milhões de cópias e é considerado um dos maiores álbuns de todos os tempos.


Courtney Love

Love e Cobain se conheceram em 1990 enquanto suas bandas, Hole e Nirvana, tocavam em um clube em Oregon. Após alguns meses de insistência, Courtney conseguiu se tornar próxima de Kurt com a ajuda de Dave Grohl. Vale dizer que ambos compartilhavam uma coisa em comum: um interesse obsessivo por drogas. O relacionamento mudou a vida de Cobain para sempre, e em 1992, após descobrir que Courtney estava grávida, os dois se casaram no Havaí. Kurt se casou de pijama azul porque estava “com preguiça de colocar um terno”.


VMA de 1992

No VMA de 1992, o Nirvana confirmou ao mundo que não era uma banda convencional só no som. Nos bastidores, os integrantes, sempre acompanhados de Courtney Love, brigaram com Axl Rose e com os executivos da MTV, que insistiam que a banda tocasse Smells Like Teen Spirit ou Lithium, enquanto eles queriam tocar Rape Me, inédita e completamente desconhecida para o grande público da época. Eles cederam e tocaram Lithium, mas antes fizeram toda a produção mijar nas calças ao tocar os primeiros acordes de Rape Me ao vivo, em rede nacional. No fim da apresentação, Krist Novoselic foi à nocaute ao arremessar seu baixo alguns metros no ar e deixar o mesmo cair em sua testa, enquanto Dave Grohl mandava saudações indecorosas para Axl Rose. Cobain também não perdeu a oportunidade e cuspiu no piano que Axl Rose usaria mais tarde para tocar November Rain, outro mega hit da época.


Passagem pelo Brasil

Para os fãs brasileiros, parte da mitologia da banda está ligada aos shows em janeiro de 1993 nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, durante o finado Hollywood Rock, que ainda contou com participação de outras bandas hypadas da época, como L7, Red Hot Chili Peppers e Alice in Chains. Durante o show de São Paulo, num Morumbi lotado por 110 mil pessoas, a banda fez um show caótico, definido por Novoselic como “um show de desconstrução da imagem”. Teve de tudo: cover de Duran Duran, Kurt Cobain rastejando no palco, os integrantes da banda trocando de instrumentos no fim do show etc. A noite acabou à paulistana, em uma balada na Augusta até as 11 horas da manhã seguinte, com João Gordo de motorista para Kurt, Courtney Love, Flea do Red Hot Chili Peppers e Patti Schemel do Hole. Já o show no Rio de Janeiro foi considerado, no fim das contas, um “bom show”. Teve transmissão ao vivo da Rede Globo, participação do baixista Flea, Kurt Cobain completamente sedado por remédios, destruição de instrumentos, Kurt Cobain mostrando o bilau para a câmera da Globo, dentre outras coisas…


Morte

Em 30 de março de 1994, Kurt fugiu de um hospital de Los Angeles, onde estava internado para cuidar de seu vício em heroína, e pegou um voo de volta para Seattle. Lá foi avistado por fãs em alguns bares da cidade, até sumir completamente no dia 03 de abril. Em 08 de abril seu corpo foi encontrado por um eletricista em sua casa, que também encontrou ao seu lado uma arma e uma carta, escrita por Cobain. Kurt se suicidou aos 27 anos. Oito meses após sua morte, foi lançado o MTV Unplugged in New York, registro acústico do Nirvana, considerado pelos fãs como um último “adeus” de Cobain.

http://www.youtube.com/watch?v=9pb8iLS18wo


 


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