Dia do Rock: As 10 guitarras que mudaram a música.

Dia do Rock: As 10 guitarras que mudaram a música.

Para celebrar o Dia do Rock, nada mais adequado do que falar sobre o símbolo máximo do gênero, a guitarra. A Strip Me elenca os 10 modelos de guitarra mais marcantes da história do rock ‘n roll e da música pop.

O que veio primeiro? A guitarra ou o rock ‘n roll? Este não é um caso do ovo ou a galinha. Claramente a guitarra veio primeiro, desenvolvida na década de 1940. Não existe um consenso sobre um marco zero, ou o registro da primeira guitarra fabricada e quem a criou. Técnicos e músicos foram desenvolvendo ao longo do tempo, primeiro tentando amplificar o som do violão e depois, com a invenção do captador, começou a evolução da guitarra. O captador foi criado em 1923 pelo músico e engenheiro acústico americano Lloyd Loar. Trata-se de um dispositivo que transforma a vibração das cordas de aço em sinais elétricos, que são transformados em ondas sonoras num amplificador. Em 1932 um músico suíço radicado nos Estados Unidos ficou amigo de Loar, conheceu sua invenção e desenvolveu um protótipo de um instrumento de braço longo e corpo com curvas arredondadas, equipado com uma placa eletrificada com o captador de Loar. Este protótipo foi patenteado por seu criador, Adolf Rickenbacker, e é considerado por alguns historiadores como a primeira guitarra propriamente dita.

Mas desde que Bill Haley gravou a seminal faixa Rock Around the Clock empunhando uma Gibson ES 300 o mundo nunca mais foi o mesmo. Em seguida, Chuck Berry imortaliza a Gibson ES 335 com seu duck walk e Elvis Presley leva o rock ‘n roll para todos os cantos do mundo, sempre acompanhado de seu fiel escudeiro, o guitarrista Scotty Moore, que tocava uma linda Gibson ES 295 dourada, guitarra esta que ficou conhecida como a guitarra que mudou o mundo. Apesar de inicialmente ser um instrumento pensado mais para o jazz e blues, logo a guitarra se tornou a locomotiva do rock. E muitos foram os diferentes modelos desenvolvidos nesses 70 anos de excessivo uso da escala pentatônica. A Strip Me traz os 10 modelos de guitarra que entraram para a história do rock.

Cigar Box Guitar

Se a gente pensar no rock ‘n roll como atitude e life style, dá pra considerar que tudo começou mesmo no fim do século XIX. Os Estados Unidos viviam uma depressão econômica grave. Para quem curtia fazer um som, a situação era delicada, já que os instrumentos musicais eram caríssimos. Assim, no melhor estilo Do It Yourself, músicos de bluegrass e blues aproveitavam caixas de charutos, que eram de madeira e davam boa acústica, para criar instrumentos que simulavam banjos e rabecas. Eram instrumentos que iam de 1 a 4 cordas. No começo do século XX, depois da invenção do captador, músicos de blues eletrificaram esses instrumentos, buscando novas sonoridades. Quem primeiro se notabilizou ao utilizar uma cigar box fazendo as vezes da guitarra foi Blind Willie Johnson, um dos pioneiros do blues. Mas não podemos chamar o instrumento de guitarra, já que a cigar box ali tinha menos cordas e um braço mais curto. Foi outro bluesman quem fez da cigar box uma guitarra de fato. Bo Diddley adorava a sonoridade da cigar box e levou a ideia para um luthier. A ideia era fazer uma guitarra convencional, com 6 cordas e braço de 21 escalas, além de um captador, mas o corpo sendo uma caixa quadrada de madeira. Outros guitarristas curtiram a ideia e as cigar box guitars se popularizaram. Além de Diddley, Billy Gibbons do ZZ Top, os mestres do blues Albert King e Buddy Guy e até mesmo Paul McCartney já se aventuraram tocando uma cigar box guitar.

Gretsch Country Gentleman

A Gretsch começou como uma pequena fábrica e loja de instrumentos de percussão. Com bom olho para os negócios, o jovem Fred Gretsch se ligou na crescente popularidade das guitarras Gibson entre músicos de jazz e big bands e começou a fabricar guitarras similares, mas mais baratas. Com ótimo senso estético, as guitarras de Gretsch tinham um design mais elegante e cheio de detalhes. Nos anos 50, sua sonoridade encorpada encantou guitarristas que começavam a se aventurar no r’n’b e rock ‘n roll e foi parar nas mãos de gente como Chet Atkins, Carl Perkins e Eddie Cochran. Se tornou assim o maior símbolo do rockabilly, estilo que, além dos músicos citados, teve no início representantes como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis. Nos anos 80 a banda Stray Cats reacendeu a chama do rockabilly, tendo a frente o talentoso guitarrista Brian Setzer, que sempre usou guitarras Gretsch. Para além do rockabilly, a guitarra Gretsch Country Gentleman já foi um dos instrumentos favoritos de George Harrison e é o sonho de consumo de muito guitarrista por aí.

Fender Telecaster

Fender e Gibson rivalizam desde os anos 50, disputando o posto de marca favorita dos músicos. Até 1950 a Gibson dominava o mercado e, até então só existiam guitarras semi acústicas ou acústicas. Foi Leo Fender que desenvolveu a primeira guitarra de corpo maciço a se tornar popular. O fato de o corpo do instrumento não ser oco diminuía microfonia e permitia um som com mais sustentação. A Tele foi logo adotada por vários guitarristas, em especial músicos de country, que apreciavam seu som mais seco e grave. Já no final dos anos sessenta, a Tele se popularizou entre os guitarristas de rock. No lendário show dos Beatles em cima do prédio da Apple, George Harrison usa uma linda Telecaster rosewood, e essa mesma guitarra foi utilizada na gravação de boa parte do disco Let It Be. Mas a tele se tornou icônica mesmo nas mãos de dois gênios. Um é Keith Richards, que imortalizou a tele com a afinação aberta em sol, sem a corda mi mais grave. O outro é The Boss Bruce Springsteen, com riffs simples, mas brilhantes.

Rickenbacker 360/12

A Rickenbacker sempre produziu bons instrumentos, mas até o começo dos anos 60 era uma marca modesta e sem grande expressão. Quem catapultou a marca foram os Beatles. John Lennon e George Harrison se encantaram com o timbre mais estridente e vigoroso das guitarras da marca e passaram a utilizá-las. Mas foi o modelo 360/12 que realmente mudou tudo. Foi a primeira guitarra de 12 cordas que a Rickenbacker fabricou, e acertou logo de cara. George Harrison logo a adotou e é possível ouví-la em várias gravações dos Beatles entre 1964 e 1966, incluindo clássicos como A Hard Day’s Night e Ticket to Ride. A sonoridade límpida e única dessa guitarra encantou também outros músicos (por causa dos Beatles, diga-se). Assim, a Rickenbacker 360/12 tornou-se uma das marcas registradas da sonoridade da banda The Byrds e toda a cena folk rock que se formava na California. Este modelo também brilhou nas mãos de caras como Tom Petty, Johnny Marr, Pete Townshend e Jeff Buckley.

Gibson ES 335

Certamente uma das guitarras mais marcantes da história da música. Uma guitarra semi acústica robusta e versátil. Um de seus diferenciais é a combinação dos dois captadores hambucker com as reentrâncias do corpo do instrumento, criando um som mais denso, que num volume mais alto, mesmo sem nenhum efeito, pode soar levemente distorcido. Foi um dos primeiros modelos desenvolvidos pela Gibson e logo se tornou o mais popular, sendo desbancado apenas pelo modelo Les Paul anos depois. Mas até hoje é o segundo modelo da marca mais vendido. A ES 335 é simplesmente a guitarra de Chuck Berry. A lendária guitarra Lucille do mestre B.B. King é uma Gibson ES 335 preta. Também é a guitarra favorita de Andy Summers, John McLaughin, Johnny Rivers, Noel Gallagher e muitos outros. Ah, sim. Também é a guitarra que Marty McFly usa para tocar Johnny B. Goode em 1955.

Mosrite Ventures II

Samie Moseley era guitarrista e aprendiz de luthier. Trabalhou na fábrica da Rickenbacker, onde aprendeu muito. Na metade da década de 50 decidiu abrir sua própria fábrica de guitarras. Nascia a Mosrite. Moseley se ligou no sucesso que a Telecaster e a recém criada Stratocaster, da Fender, estavam fazendo e investiu na criação de guitarras de corpo sólido, com design mais moderno. No começo dos anos 60 fez uma parceria que mudou o rumo da empresa. Junto com o guitarrista Don Wilson, Moseley criou uma guitarra especial para a banda de Don, The Ventures. Era um instrumento cuja sonoridade era mais aguda e parecia ter um vibrato natural. Além disso, tinha um design diferente, mais alongado. E foi o modelo Mosrite Ventures II que mudou o mundo, ao se tornar a guitarra preferida de um moleque em New York no começo dos anos 70. Claro que estamos falando de John Cummings, que ficaria mais conhecido como Johnny Ramone. Por causa dos Ramones, a Mosrite se tornou símbolo do punk rock. Até porque, antes do Johnny Ramone, Dave Alexander dos Stooges e Fred Smith do MC5 já usavam guitarras Mosrite. E décadas depois, uma Mosrite também foi a primeira guitarra de Kurt Cobain.

Fender Jaguar

Falando em Kurt Cobain, a Fender Jaguar não pode ficar de fora dessa lista. Criada pela Fender em 1962 justamente para competir com a Mosrite, era a guitarra ideal para a crescente onda de surf music de bandas como The Shadows e The Ventures. A Jaguar é uma evolução da Jazzmaster, instrumento que a Fender criou para agradar os guitarristas de jazz, com um timbre mais encorpado e versátil. A Jaguar vinha com mais possibilidades de sons através do controle independente dos captadores. Foi um modelo que dominou o mercado nos anos 60, mas depois perdeu espaço para a Les Paul e novos modelos da Gretsch. Mas nos anos 80 foi redescoberta na Inglaterra pela turminha pós punk, sendo a guitarra número 1 do Johnny Marr, guitarrista dos Smiths, e nos Estados Unidos pelos alternativos como Thurston Moore e Lee Ranaldo do Sonic Youth. Mas quem fez a Jaguar voltar com tudo mesmo, foi Kurt Cobain (que começou a usá-la justamente por influência do Sonic Youth). Nessa época, a Jaguar já havia passado por algumas reformulações e, agora vinha com captadores hambucker, mais robustos que os single coil utilizados nas primeiras levas do modelo nos anos 60. A Jaguar ficou marcada como a guitarra de Cobain, mas também teve muitos outros guitarristas célebres a empunhando, como Elvis Costello, Tom Verlaine, Mark Arm, Black Francis e muitos outros.

Gibson SG

A Gibson começou a fabricar a Les Paul em 1952, para entrar no mercado das guitarras de corpo sólido. Ganhou adeptos e tudo ia bem. Mas, no começo dos anos 60 as vendas da Les Paul começaram a cair. Além do valor, os guitarristas tinham duas reclamações recorrentes sobre o modelo: era muito pesada e o acesso às últimas escalas do braço era desconfortável. Assim, a Gibson se empenhou em desenvolver uma nova guitarra sólida, com a mesma qualidade da Les Paul, mas mais leve e com novo design. Nascia a Gibson SG (abreviação de Solid Guitar). E funcionou. A SG se popularizou rapidamente. Além do timbre potente, braço mais confortável e corpo mais fino e mais leve, seu design moderno agradou a turma do rock ‘n roll. Se tornou a guitarra de pesos pesados como Tony Iommi, Carlos Santana, Robby Krieger, Mark Farner e Max Cavalera. Também foi a guitarra que conquistou uma das mulheres mais importantes do rock ‘n roll. Sister Rosetta Tharpe já tocava guitarra com distorção no blues, muito antes do rock, e por isso, ela é considerada uma das pioneiras do rock. Quando a SG pintou no mercado, Sister Rosetta a adotou, e em suas apresentações mais notáveis no começo dos anos 60, ela toca uma bela SG branca. E, é claro, a SG, se tornou a marca registrada de Angus Young e é o modelo que remete imediatamente ao AC DC.

Gibson Les Paul

Apesar das críticas lá nos anos 60, a Les Paul nunca deixou de ser fabricada, e nem de vender muito. Sim, ela é uma guitarra pesada. Mas justamente pelo seu corpo sólido mais largo, ela tem um timbre tão marcante e profundo. Esse timbre também se deve aos dois captadores hambucker que produzem um som cristalino, sem ruídos e muito encorpado. Na real, é impossível conseguir um timbre igual ao de uma Les Paul com outro modelo de guitarra. A combinação desse timbre intenso da Les Paul com um amplificador valvulado como um Marshall produzem um som poderoso e irresistível. É por isso que a Les Paul é um dos modelos mais vendidos no mundo até hoje e é um dos maiores ícones do rock. Basta pensar em caras como Jimmy Page, Slash, Pete Townshend, Frank Zappa, Ace Frehley, Zakk Wylde, Marc Bolan e Neil Young, que automaticamente você verá uma guitarra Les Paul.

Fender Stratocaster

Não tem pra ninguém. A boa e velha Strato é a guitarra número 1 do mundo. Além de ser absoluta no rock, é uma guitarra versátil que serve muito bem a músicos de todos os estilos. Ao contrário da Les Paul, a Stratocaster é muito versátil, tem 3 captadores single coil, que permitem várias combinações de sonoridade. Apesar de serem captadores mais suscetíveis a ruídos e microfonias, tem um som com mais brilho e presença. A Strato é uma guitarra confortabilíssima de se tocar, com um braço fino e corpo leve. E seu design é marcante e imponente, o símbolo máximo do rock ‘n roll. Uma Strato plugada num amplificador Fender Twin Reverb é incomparável! Não é à toa que é a guitarra escolhida por Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jeff Beck, Ritchie Blackmore, Rory Gallagher, Steve Ray Vaughan, John Mayer, David Gilmour e tantos outros. Aliás, David Gilmour é sabidamente o proprietário da Fender Stratocaster com o número de série 0001, fabricada em 1954. Se uma Fender fabricada hoje em dia já custa uma grana alta, imagine essa aí.

Menção honrosa: Frankenstrat

Se estamos falando de guitarras que ajudaram a revolucionar a música, não dá pra não falar de Eddie Van Halen e sua inigualável guitarra. Eddie Van Halen revolucionou o jeito de tocar guitarra no heavy metal. Além de sua habilidade assombrosa e inventividade, ele buscou inovar também em seu equipamento. Assim, não só desenvolveu efeitos e distorções próprias, como foi até a fábrica da Fender propor algumas alterações em sua Stratocaster. A guitarra batizada como Frankenstrat é uma Stratocaster com um captador hambucker na ponte e dois single coil no meio e no braço, além de uma ponte floyd rose, microafinação e uma pintura vermelha com traços brancos e pretos. A sonoridade de Eddie Van Halen com sua Frankenstrat influenciou diretamente guitarristas não só do metal, mas de vários gêneros, ajudando a popularizar guitarras com ponte floyd rose e microafinação.

Alguns anos atrás circulou uma notícia, verdadeira diga-se, de que a venda de guitarras elétricas tinha caído vertiginosamente ao redor do mundo. Isso aconteceu por vários motivos, incluindo o imediatismo inerente às novas gerações, acostumadas a ter tudo pronto no celular e também pela popularização de ferramentas digitais de produção musical. Mas assim como a guitarra nunca vai deixar de existir e empolgar jovens sedentos por música e boas doses de rebeldia, o rock ‘n roll também segue firme e forte. Pode não ser o gênero mais popular do mundo, como já foi outrora, mas certamente é o que mais tem consumidores fiéis e apaixonados. A Strip Me, que exala rock ‘n roll por todos os poros, concorda que todo dia é dia de rock, por isso nossa coleção de camisetas de música está recheada de estampas lindas com as mais variadas referências ao rock. Uma pegada, aliás, que se encontra em todo o nosso catálogo, incluindo as camisetas de arte, cinema, cultura pop, bebidas, games e muito mais. Cola lá no nosso site pra conferir e ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist com grandes canções de alguns dos guitarristas citados neste texto. Guitarra top 10 tracks.

Para assistir: Para quem se liga em guitarras e guitarristas, vale a pena conferir o documentário A Todo Volume, que reúne Jimmy Page, Jack White e The Edge para conversar sobre música, guitarras e para tocar também, é claro.

30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

Alguns dos filmes mais marcantes e revolucionários do cinema moderno foram lançados 30 anos atrás, no conturbado ano de 1994. A Strip Me te conta quais são os filmes mais importantes daquele ano.

1994 realmente foi um ano agitado. Nelson Mandela assumiu a presidência da África do Sul, depois de uma eleição conturbada, se tornando o primeiro presidente negro eleito no país. O leste europeu é abalado por conflitos sangrentos, principalmente em Sarajevo, na Bósnia. O líder palestino Yasser Arafat ganha o Nobel da Paz. No Brasil o Plano Real é colocado em prática, Ayrton Senna morre tragicamente, a seleção ganha o tetra e Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente. Isso sem falar nas mortes de Kurt Cobain e Tom Jobim, o lançamento do Dookie, do Green Day, a estréia do documentário e lançamento dos CDs The Beatles Anthology, a estréia de Friends na TV… ufa!

Assim como foi 1920 para a arte, com a convergência em Paris de Picasso, Dali, Matisse e a ascensão do surrealismo, e 1967 para a música, quando Beatles, Pink Floyd, The Doors e Velvet Underground lançaram discos seminais, 1994 foi um ano fundamental para o cinema moderno. Alguns filmes lançados 30 anos atrás trouxeram novas abordagens e perspectivas, que foram rapidamente assimiladas e incorporadas às produções cinematográficas de lá pra cá. A Strip Me selecionou os 8 filmes mais marcantes dessa safra pra você conferir.

Entrevista com o Vampiro

Um dos filmes mais caros do ano, a megaprodução trouxe uma reconstituição de época impecável e fez de um filme sombrio um sucesso de bilheteria. Claro, muito graças ao elenco que conta com Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater e uma jovenzinha promissora chamada Kirsten Dunst. Realmente é um baita filme bom! O roteiro é ótimo e bem fiel ao livro de mesmo nome, afinal, ambos foram escritos pela mesma pessoa: Anne Rice, e traz uma história instigante com personagens muito bem construídos. A direção de Neil Jordan é riquíssima e tem uma fotografia excelente. Não é um filme transformador, mas foi responsável por um crescimento geral do interesse das pessoas por vampiros e temas sobrenaturais na cultura pop.
Onde assistir: Amazon Prime

Ace Ventura

Para algumas pessoas pode ser só uma comédia boba. Mas a real é que é um baita filme de comédia que Jim Carrey carrega nas costas. Foi o filme que o lançou ao estrelato. Neste mesmo ano ainda sairia O Máscara e Debi & Loide, que solidificaram de vez, e em tempo recorde, o status de melhor ator de comédia de sua geração. Em Ace Ventura, Jim Carrey entrega um humor físico exuberante, com caretas, gestos exagerados e outras estripulias, mas também deixa claro que sabe atuar. O roteiro do filme é simples, mas bem executado e a direção, acertadamente, simplesmente volta as lentes para Carrey e o deixa solto. É um filme divertidíssimo.
Onde assistir: Amazon Prime

Ed Wood

Aqui Tim Burton realiza mais que uma cinebiografia, mas uma verdadeira homenagem a um cineasta, até então, ignorado. Edward D. Wood Jr certamente foi um dos diretores mais influentes para Tim Burton, com “clássicos” como Plano 9 Para o Espaço Sideral, A Noiva do Monstro e Noite das Assombrações. É neste filme que a parceria entre Burton e Johnny Depp se mostra mais eficaz. Tudo aqui funciona para que o espectador mergulhe de cabeça na trama, desde a estética retrô, em preto e branco, até as atuações impressionantes de Depp, Patricia Arquette e Sarah Jessica Parker. Com Ed Wood Tim Burton trouxe ao grande público um cinema até então pouco valorizado e tido como marginal. Vale muito a pena conferir!
Onde assistir: Star+

Um Sonho de Liberdade

Há de se deixar claro que estamos falando aqui da adaptação para o cinema de um dos livros mais marcantes da longeva obra de Stephen King. É também o primeiro longa metragem de Frank Darabont, que dirigiu e escreveu o roteiro adaptado. Isso posto, podemos afirmar sem medo que se trata de um filme excepcional! A história instigante e cativante escrita por King é fielmente contada em película, sob uma direção firme e elegante, impressionante para um diretor estreante. Apesar de não trazer nada de novo, nenhuma tendência inovadora, é desses filmes que justificam que o cinema seja considerado uma arte. É um filme inspirador, que só não foi mais celebrado na época porque teve a fortíssima concorrência de Forrest Gump.
Onde assistir: HBO Max, Amazon Prime

Assassinos por Natureza

É um roteiro de Quentin Tarantino, é verdade. Mas dá pra dizer que Assassinos por Natureza é uma obra majoritariamente de Oliver Stone. Prova disso é que o próprio Tarantino afirmou publicamente não gostar da abordagem de Stone para seu roteiro. De fato, esteticamente Assassinos por Natureza e Pulp Fiction são filmes bem diferentes. O fato é que Oliver Stone, além de realizar um filme empolgante e visceral, com uma história bem amarrada e um casal de protagonistas absurdamente carismáticos, institucionalizou uma linguagem cinematográfica moderna, com cara de videoclipe, que viria a influenciar muita gente, incluindo Guy Ritchie e Danny Boyle. Assassinos por Natureza é um filme brilhante e um bom resumo do que foram os anos 90.
Onde assistir: Star+

O Rei Leão

Impossível ignorar o filme que rendeu a maior bilheteria de 1994 e uma das maiores da histórias do cinema até hoje. Ainda mais sendo este uma animação da Disney, famosa por suas produções caretas e politicamente corretas. O Rei Leão se enquadra nesses termos, é verdade, mas vai muito além. Tem um roteiro impecável, uma estética linda e uma produção muito caprichada, sem falar no elenco de dublagem, que conta com nomes como Matthew Broderick, Jeremy Irons e Whoopi Goldberg, e na trilha sonora fantástica de Hans Zimmer, com canções originais de Elton John. Até hoje é um marco na produção de animações para o cinema, que vão além do público infantil para atingir em cheio pessoas de qualquer idade. Indiscutivelmente um clássico.
Onde assistir: Disney+

Forrest Gump

Ainda não havia sido feito nada parecido com Forrest Gump na história do cinema. Em certa perspectiva, é um filme épico, mas muito ousado, pretensioso até, ao inserir seu protagonista como coadjuvante, ou simplesmente espectador, de vários momentos históricos do século vinte, desde inspirar Elvis Presley a dançar até conhecer um dos primeiros investidores da Apple. O roteiro de Eric Roth é primoroso, adaptado de um livro homônimo, lançado em 1986 e escrito por Winston Groom. A direção de Robert Zemeckis é inspirada e Tom Hanks e Robin Wright entregam atuações excepcionais! Forrest Gump é um filme indispensável.
Onde assistir: Apple TV, Amazon Prime

Pulp Fiction

1994 foi o ano de Quentin Tarantino. Além de escrever o roteiro de Assassinos por Natureza, ele escreveu e dirigiu o clássico absoluto do cinema cult e inaugurou um novo estilo de filmar cenas de ação e violência. Como já foi dito, Pulp Fiction difere muito de Assassinos por Natureza na direção e fotografia. Tarantino é mais sóbrio, não abusa de efeitos especiais, contrastes ou enquadramentos esdrúxulos. Mas, ao mesmo tempo, é mais sofisticado, emula o cinema europeu, traz dinâmica, cortes bruscos e filma cenas brutais com uma naturalidade espantosa. E o roteiro… bom, o roteiro é genial! Diálogos inteligentes e bem humorados, uma história que se desdobra, mas é bem amarrada e personagens cativantes. A montagem que bagunça a cronologia foi outra novidade que Tarantino popularizou no cinema. Se Assassinos por Natureza é um retrato dos anos 90 por sua linguagem e estética, Pulp Fiction marca uma verdadeira revolução no cinema dali em diante.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime, Telecine

Claro que 1994 teve muitos outros filmes marcantes, mas selecionamos aqui os mais relevantes. Por exemplo, também completam 30 anos de lançados o polêmico Kids, o divertido Airheads, o meloso Lendas da Paixão, o empolgante True Lies, o denso Assédio Sexual, o esperto Cova Rasa e muitos outros. Um ano com tanto filme bom não poderia deixar de ser exaltado aqui na Strip Me. Afinal, cinema é uma das nossas paixões e uma fonte de inspiração para estampas originais lindas e super descoladas! Confere lá no nosso site a coleção de camisetas de cinema, aproveitas e dá uma olhada nas camisetas de arte, música, bebidas, games, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com as melhores músicas lançadas em 1994. 1994 top 10 tracks.

Camiseta Bootleg e o Revival dos Anos 90.

Camiseta Bootleg e o Revival dos Anos 90.

As camisetas bootleg, ou oversized t-shirts, estão em alta! Assim como tudo que vem dos anos 90! A Strip Me entrou de cabeça nessa onda e te explica tudo! O hype dos anos 90 e as camisetas bootleg personalizadas!

Parafraseando Oliviero Toscani, a moda é um cadáver que nos sorri. Em seu livro mais célebre, Toscani fala da publicidade, e não da moda. Mas muitos dos conceitos de uma se aplicam à outra. Ele afirma que a maioria das fórmulas usadas pela publicidade para vender são repetidas e recicladas ao longo dos anos. Assim é também a moda, cujas tendências vem e vão de tempos e tempos. Em certo ponto do livro, sendo ainda mais enfático, o fotógrafo italiano dispara: “A publicidade é um modelo falsificado e hipnótico da felicidade.” O mesmo podemos dizer da moda, um modelo falsificado e hipnótico da felicidade. A diferença é que a moda conseguiu subverter este conceito, imprimindo autenticidade e ousadia através do que ficou conhecido como Design Bootleg.

O Desing Bootleg

A parada começou em 1983 com o estilista do Harlem, bairro conhecido por sua comunidade negra em NY, Dapper Dan. Uma cliente chegou em seu ateliê se gabando de sua nova bolsa, enfatizando a marca, Louis Vuitton. Ele pensou: “Se essa garota está tão encantada assim por causa de um nome escrito pequenininho numa bolsa, imagina toda uma coleção de moda com essa marca!” Assim começou a desenvolver moletons, camisetas, jaquetas, bonés e outras peças estampando em tamanho grande várias marcas famosas como Gucci, Louis Vuitton, Fendi e muitas outras. E essas roupas todas eram usadas por gente como Rum DMC, LL Cool J, Bobby Brown e outros nomes do emergente hip-hop. E a moda pegou. Mas o sucesso durou pouco. As marcas entraram com várias ações judiciais e, não só as peças sumiram do mercado, como o ateliê de Dapper Dan foi fechado.

Em 2018 o jovem, e já renomado, estilista Alessandro Michele prestou uma marcante homenagem a Dapper Dan. Além de fazer declarações exaltando Dan, ele apresentou em pleno desfile da Gucci uma jaqueta com dois Gs imensos estampados. De lá pra cá, o design bootleg ficou conhecido e ganhou força no mundo da moda, pegando emprestado do universo musical o termo bootleg, que significa em português nada mais que pirata, falsificação. Os discos bootlegs eram gravações feitas sem autorização dos artistas, feitas por fãs em shows ou de sobras de estúdio que vazavam dos estúdios. E foi numa época bem específica que os bootlegs se popularizaram: os anos 90! Os métodos digitais de gravação e o surgimento do CD contribuíram muito para o boom da cultura do bootleg na música.

Os Anos 90

A música é peça chave para entender a estética dos anos 90 no mundo da moda. As pessoas estavam cansadas das cores berrantes e mangas bufantes, da maquiagem pesada cheia de contrastes e dos cabelos moldados a laquê. Enquanto a moda passava por um momento de transição, a cultura pop tinha suas portas arrebentadas por uns moleques de jeans rasgados, camisas largas de flanela xadrez e cabelos ensebados. A MTV tinha lá seu quinhão de responsabilidade por essa explosão. Mas não foi só ela. De repente, Kurt Cobain estava na capa da revista Time e Eddie Vedder na capa da People, revistas que não tem nada a ver com música. Com a cultura do rock tão efervescente, as próprias gravadoras passaram a vender produtos licenciados com os nomes de suas bandas em letras garrafais, principalmente camisetas. Tais camisetas eram vendidas, principalmente em shows. Você ia curtir a apresentação de sua banda favorita e saía de lá com uma camiseta feita especialmente para aquela tour que a banda estava apresentando. Uma camiseta com o nome e uma foto da banda bem grandes na frente, e atrás, as datas e locais da turnê.

Essas camisetas se popularizaram muito e acabaram inspirando um monte de gente a fazer camisetas no mesmo estilo, fosse de banda ou não, e essa estética se tornou uma marca muito forte da moda nos anos 90. Em especial porque foi nessa época que a moda deixou o glamour de lado para abraçar o street wear. A alta costura e as roupas do dia a dia se misturaram. O hip-hop e rap dos anos 90 também fazem parte disso. Snoop Dogg, Notorious B.I.G. e Tupac eram talvez até mais famosos que a turma do grunge. Eles influenciaram muito o jeito dos jovens suburbanos de se vestir, e chegaram até as passarelas de moda.

No final das contas, a moda é cíclica. Suas tendências são repetidas já faz tempo. Nos anos 60 os mods e seus terninhos bem cortados revisitavam os anos 20, nos anos 80 as moças de vestidos bufantes e rapazes com jaquetas e topetes revisitavam os anos 50, nos anos 00 as polainas e calças Saint Tropez revisitavam os anos 80… e agora chegou a vez dos anos 90! Gargantilhas, vestidos slip em tons pastéis, camisas de flanela, coturnos, jeans rasgados, pochetes… tá tudo aí! Só falta o Evair no Palmeiras e o dólar e o real um pra um!

Camisetas Bootleg Personalizadas

Junto com isso tudo, voltou também o que na gringa eles chamam de oversized t-shirt. Ou seja, camisetas grandes. O nome diz respeito ao tamanho da estampa, mas também da peça em si, afinal, era moda nos 90 usar camisetas largas, parecendo que eram um número maior do que a pessoa precisava, ou seja, oversized. Mas na moda, as coisas não são simplesmente copiadas, mas sim se transformam. Portanto, acabou se tornando trend pessoas encomendarem camisetas personalizadas no estilo das camisetas “de banda” dos anos 90, largas e com estampas grandes. E tem de tudo, há quem personalize estampando o próprio nome ou o nome de alguém que vai ser presenteado com a camiseta, e fotos dessa pessoa, tem quem o faça com jogadores de futebol, personagens de filmes e outras celebridades. Essa moda é recente na gringa e está chegando agora aqui no Brasil.

Camiseta Bootleg Personalizada Raios

Claro que uma novidade carregada de tanta história, tanta referência pop e estilo próprio, já faz parte do completíssimo catálogo da Strip Me. Além das camisetas de arte, música, cinema, bebidas, cultura pop, games e muito mais com estampas lindas e originais, você também pode personalizar a sua camiseta Strip Me como quiser! Inclusive no estilo bootleg! É só você nos enviar sua frase, foto ou arte, que gente faz pra você! Ou seja, você vai ter no peito uma camiseta 100% exclusiva que, além de tudo, é confeccionada em tecido sustentável, com certificação BCI, possui modelagem tradicional unissex, gola redonda, corte reto e o caimento perfeito! Curtiu? Então chega lá na nossa loja pra fazer a sua. Lá você também fica por dentro de todas as nossas promoções e lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o que há de melhor das bandas que estamparam as camisetas dos anos 90! Bootleg T-Shirt Top 10 tracks.

Foo Fighters One by One: Todos os discos, do pior ao melhor!

Foo Fighters One by One: Todos os discos, do pior ao melhor!

O queridão Dave Grohl e sua turma tocam no Brasil neste fim de semana. Para esquentar os motores para os shows, a Strip Me deu uma geral na discografia da banda.

É realmente incrível que os Foo Fighters estejam em turnê depois de tanta coisa. Nós, brasileiros, lembramos muito bem de março do ano passado, quando fomos surpreendidos com o cancelamento do show da banda no Lollapalooza, por conta da morte de Taylor Hawkins. Em agosto do mesmo ano, a mãe de Dave Grohl também faleceu, deixando o vocalista despedaçado. Com tanta tragédia, era de se esperar que a banda, ainda que não encerrasse oficialmente suas atividades, pelo menos embarcasse num hiato por um período de tempo. Mas qual o quê! Após poucos meses de luto, os Foos se juntaram em estúdio com um novo baterista, o competente Josh Freese, e conceberam, simplesmente, um dos melhores discos de 2023, o excelente But Here We Are. O disco saiu em junho deste ano e a banda já está em turnê mundo afora. Eles tocam no Brasil no dia 7 de setembro em Curitiba e no dia 9 em São Paulo, como atração do festival The Town.

Para se preparar para os shows, nada melhor do que dar uma geral na carreira da banda e ouvir alguns discos. Por isso, a Strip Me realizou a quase hercúlea tarefa de selecionar todos os discos dos Foo Fighters do pior ao melhor. Então confere aí como ficou essa lista. Ah, sim, estão inclusos aqui somente os 11 discos de estúdio, com canções inéditas. Discos ao vivo e coletâneas não entraram.

11 Concrete and Gold (2017)

No final de 2015 os Foo Fighters lançaram um EP chamado Saint Cecilia, com 5 canções. O lançamento foi feito em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de Paris, em novembro daquele ano. Com o EP. Dave Grohl divulgou uma carta aberta, que dava a entender que a banda poderia encerrar as atividades, mas que um novo disco seria feito antes. Este disco é Concrete and Gold. Sem dúvida o disco menos inspirado dos Foo Fighters, apesar das boas influências que ele carrega. Dave Grohl parece ter entrado no estúdio com o Álbum Branco dos Beatles embaixo do braço. Mais do que isso, Paul McCartney em pessoa participa do disco. Talvez a sanha de misturar essas influências sessentistas com o rock de arena da banda tenha feito Dave Grohl escrever boas canções, mas sem aquele brilho que faz o parquinho pegar fogo. É um disco morno. A maior prova de que a banda estava desmotivada e sem vontade de trabalhar pra valer é que subutilizaram a presença de Paul McCartney, o colocando para tocar bateria em uma das faixas, e nada mais!

10 Sonic Highways (2014)

Em 2012 Dave Grohl disse que os Foo Fighters fariam uma pausa por tempo indeterminado, para descansar, depois de anos ininterruptos de turnês intermináveis. Mas, como tem gente que gosta de descansar carregando pedra, Grohl pegou esse tempo livre e concebeu o ótimo documentário Sound City. Em meados de 2013 já rolava um zum zum zum de que a banda estava em estúdio produzindo material novo. Em dezembro, Grohl confirmou os boatos e disse que o disco já tinha nome, Sonic Highways, e que seria feito de uma maneira muito diferente. De fato, o disco foi gravado na estrada, cada música gravada numa cidade diferente com algum convidado local e com um contexto. A ideia é realmente ótima. Mas nem sempre uma boa idéia acaba sendo bem realizada. O disco é irregular e sem inspiração nenhuma. Sabe quando a gente vê na tv aqueles reality shows de culinária e alguém faz um prato lindo, cheio de conceito, mas que quando os jurados provam, não tem gosto de nada? Então. É isso. Sonic Highways é um um prato lindo e cheio de conceito, mas sem nenhum tompêro.

9 In Your Honor (2005)

Apesar de Dave Grohl parecer um cara simples, sem afetações, hábitos excêntricos ou vaidade, ele certamente tem alguns arroubos de megalomania em se tratando de música. In Your Honor foi o primeiro deles. Depois de passar meses compondo ao violão em sua casa, Grohl decidiu que o próximo disco dos Foos seria um disco duplo, onde um disco conteria somente músicas agitadas e cheias de distorção e outro somente com faixas acústicas. Além disso, o vocalista acabara de construir em sua casa, em LA, um estúdio profissional. Foi lá que a banda gravou todo o disco, e também a banda assina a produção da obra. É complicado dizer que o disco que entrega Best of You é um dos mais fracos da banda. Mas é a mais pura verdade. A real é que o disco plugado é bem bom e traz os destaques do álbum como um todo. Best of You, DOA e No Way Back são ótimas músicas. Do acústico, salvam-se ali Friend of a Friend e Miracle. O fato é que se condensassem os dois discos num só, teríamos um álbum muito bom. Mas acaba ficando pra trás por ser um disco longo e cansativo, com uma ou outra pérola no caminho.

8 Medicine of Midnight (2021)

Apesar da recepção fria de Concrete and Gold por parte de crítica e público em 2017, a banda se lançou em suas costumeiras turnês mundiais e tudo estava bem. Em 2019 Grohl já acumulava uma boa quantidade de músicas novas e a banda começou a produzir o disco no fim daquele ano. Era para o disco sair no início de 2020. E aqui entra aquela frase, a mais dita na década atual: Mas aí veio a pandemia, né? Por fim, o disco foi lançado em fevereiro de 2021 e foi uma grata surpresa! A banda que vinha desacreditada, depois de dois discos fracos, ressurgiu com um disco moderno, inspirado e divertido de se ouvir, sem perder a mão do bom, velho e sujo rock n` roll. O disco equilibra bem as guitarras saturadas com batidas e ritmos inspirados, com Taylor Hawkins em seu auge como baterista. O disco emula um som oitentista, mas sem soar datado. Em vários momentos lembra Bowie na fase Let`s Dance/Scary Monsters. Um disco revigorante para uma banda que estava se perdendo dentro de si mesma.

7 Echoes, Silence, Patience and Grace. (2007)

Lá em 1997, depois de uma exaustiva turnê, Pat Smear, guitarrista que acompanhava Grohl em empreitadas musicais desde os tempos do Nirvana, resolveu deixar os Foo Fighters, alegando esgotamento. Em 2005, durante a turnê de In Your Honor, Pat Smear fez algumas participações com a banda, mas ainda receoso de voltar definitivamente. Ainda sem Smear de volta, mas vira e mexe tocando em alguns shows, a banda lança o ao vivo Skin and Bones em 2006 e se recolhe para compor material novo. Para alavancar o disco,. Grohl convidou o produtor Gil Norton, responsável pelo clássico The Colour and the Shape e Pat Smear para gravar uma canção. Echoes, Silence, Patience and Grace foi recebido com entusiasmo. Emplacou 3 singles no primeiro lugar da Billboard e trouxe de volta um Foo Fighters direto e cheio de energia, com grandes canções como The Pretender, Long Road to Ruin e Let it Die. É um disco que só não está mais perto do top 5 porque acaba tendo algumas canções sem graça, que tornam o disco um pouco cansativo do meio para o fim. É o caso da balada insossa Stranger Things Have Happened e da dispensável instrumental Ballad of the Beaconsfield Miners.

6 But Here We Are (2023)

Como foi dito no início, é fantástico que depois de tanta tragédia, em especial para Dave Grohl, a banda esteja tão afiada, e tenha concebido um disco tão brilhante. Mas, na real, é aquela coisa, a dor foi transformada em música. A faixa título do disco diz tudo. “Você está pronto agora? Dor. Separação. Reverência. De braços dados, estamos para sempre. Eu te dei meu coração. Mas aqui estamos nós.” Acontece que, além dessa carga dramática toda transformada em arte, Dave Grohl foi capaz de revisitar praticamente todas as fases da banda, em especial as mais prolíficas. Show me How e Under You poderiam facilmente figurar entre o repertório de There`s Nothing Left to Lose. Rescued poderia estar no The Colour and the Shape. But Here We Are é um disco coeso, empolgante e inspirador! Só não entrou no top 5 porque… porra, porque daqui pra frente é só disco muito f#d@!

5 One by One (2002)

One by One é o terceiro disco da banda. Foi concebido em meio a muita treta e insegurança. O disco anterior, There`s Nothing Left to Lose tinha ido super bem, rolou uma mega turnê bem sucedida… mas quando a banda parou para compor novas canções o clima não foi dos melhores. Discussões começaram a pintar entre os músicos quanto a que rumo tomar com o novo disco, estavam inseguros com relação a qualidade das novas músicas… E, numa hora de crise, Dave Grohl fez o que qualquer um faria: Deixou tudo de lado e foi tocar bateria com outra banda. Grohl assumiu temporariamente as baquetas do Queens of the Stone Age e, com eles, gravou o disco Songs for the Deaf e saiu em turnê com a banda no primeiro semestre de 2002. No segundo semestre, os Foo Fighters estavam escalados para tocar em alguns festivais. Mas o clima estava péssimo, e a banda em voltas de terminar. Porém, os shows que fizeram foram muito empolgantes, a banda se reconectou e foi todo mundo para Alexandria, cidade do estado de Washington onde Grohl morava, e gravaram ali o One By One. E é um petardo. O disco já abre com All My Life. Depois seguem Times Like These, Tired of You, Halo, Burn Away e muitas outras. Um disco sensacional! Talvez um pouco longo (15 canções). Mas ainda assim, um disco muitíssimo acima da média.

4 Foo Fighters (1995)

O primeiro disco dos Foo Fighters é um disco solo do Dave Grohl. Ele só batizou a obra como Foo Fighters porque não queria que o disco ficasse conhecido como “o disco do cara do Nirvana”. Funcionou. O disco foi gravado em outubro de 1994, seis meses depois de Kurt Cobain cometer suicídio. Após a morte de Cobain, Dave Grohl cogitou abandonar a vida de músico. Mas acabou encontrando na música uma forma de se curar. Ele já vinha compondo algumas músicas desde 1991, 1992, quando morou com Kurt compôs músicas como Marigold, que chegou a ser gravada pelo Nirvana. Depois de gravar e batizar a compilação de músicas simplesmente como Foo Fighters, Grohl saiu distribuindo cópias. Quando viu que todo mundo curtiu e tinha até uma gravadora interessada, recrutou Nate Mendel e William Goldsmith, baixista e baterista da banda Sunny Day Real Estate, e Pat Smear, seu parceiro no Nirvana, e colocou a banda na estrada para divulgar o disco. Assim surgiu Foo Fighters como banda propriamente dita. Ah, sim, e o disco é ótimo, assim como em But Here We Are quase trinta anos depois, Grohl transformou sofrimento em grandes canções. Destaque para Big Me, This is a Call, Alone + Easy Target e I`ll Stick Around. É um disco com grandes canções, mas sem muito equilíbrio. Mas Dave Grohl só estava começando a moldar sua inigualável fórmula para unir barulho e melodia.

3 Wasting Light (2011)

Em 2009 os Foo Fighters encerraram a turnê do disco Echoes, Silence, Patience and Grace e resolveram tirar uns meses de férias. Mais uma vez, Dave Grohl foi descansar carregando pedra e montou a banda Them Crooked Vultures, uma superbanda na real, já que contava com Grohl na bateria, Josh Homme, do Queens of the Stone Age, na guitarra e ninguém menos que John Paul Jones, ex baixista do Led Zeppelin! A banda passou o ano fazendo shows e gravou um ótimo disco. Com todo mundo descansado e cheio de energia, os Foo Fighters voltam a se reunir em 2010 e Pat Smear é oficialmente reintegrado à banda. E os planos eram promissores. O novo disco seria gravado na garagem da casa de Dave Grohl, usando somente equipamentos analógicos e tendo como produtor Butch Vig, o cara que produziu o Nevermind, o clássico do Nirvana. Tudo conspirou e o disco é sensacional! Pesado, com boas melodias e algumas canções memoráveis. A cereja no bolo para os fãs mais antigos de Dave Grohl foi a participação de Krist Novoselic no disco. O ex baixista do Nirvana toca na faixa I Should Have Known. O disco ainda conta com a participação de Bob Mould, do Husker Dü, tocando guitarra e fazendo backing vocals em Dear Rosemary, umas das melhores músicas do disco. Wasting Light é um dos melhores discos dos Foos por trazer canções brilhantes interpretadas por uma banda madura e bem entrosada.

2 There’s Nothing Left To Lose (1999)

Fãs do Foo Fighters com uma queda por rock mais pesado certamente colocariam Wasting Light como o segundo melhor disco da banda. Mas vamos segurar essa emoção e pensar racionalmente. There`s Nothing Left To Lose é um disco impecável. Mas como Dave Grohl e companhia chegaram a ele?  Bom, pra começo de conversa, este disco marca a entrada de Taylor Hawkins na bateria. Na real, foi uma fase de muita mudança na formação da banda. Vamos lembrar que Pat Smear deixou a banda em 1997, depois da tour de The Colour and the Shape. O baterista William Goldsmith também já tinha deixado a banda. Goldsmith foi substituído por Hawkins e Pat Smear foi substituído por Franz Stahl, guitarrista que tocara com Grohl na banda Scream nos anos 80. Em 1998 Grohl, Mendel, Stahl e Hawkins se reuniram para compor material para um disco novo. Porém, as ideias não estavam batendo entre Stahl e o resto da banda, o que culminou em sua demissão. There`s Nothing Left To Lose foi concebido e gravado basicamente pelo trio Grohl, Mendel e Hawkins. Como sempre, na adversidade, Dave Grohl tira da cartola canções inspiradíssimas. Trata-se de um disco impecável porque é nele que Grohl encontrou o equilíbrio perfeito na sua fórmula de misturar barulho e melodia. A união do Teenage Fanclub com o Motorhead. Neste disco estão clássicos absolutos como Learn to Fly, Next Year, Breakout e Generator, além de pérolas como Aurora e Headwires. É um disco que não tem como não gostar!

1 The Colour and the Shape (1997)

Quis o destino que o disco mais impactante e que ficaria para sempre estabelecido como o melhor  de toda a obra da banda de Dave Grohl fosse o segundo disco, assim como Nevermind foi o segundo disco do Nirvana. E não é exagero nenhum cravar que The Colour and the Shape é um dos melhores discos da segunda metade dos anos 90. Depois de gravar sozinho o disco de estreia da banda, Dave Grohl conseguiu o que queria. Não ser mais visto como “o cara do Nirvana”, mas sim como o vocalista dos Foo Fighters. A boa aceitação da de crítica e público e a boa relação entre os músicos dentro da banda, que na época contava com Dave Grohl e Pat Smear nas guitarras, Nate Mendel no baixo e William Goldsmith na bateria, inspirou Grohl a compor canções grandiosas e irresistíveis! Vale dizer aqui que uma das grandes forças do disco é a bateria cavalar… que foi gravada pelo próprio Dave Grohl. Reza a lenda que, após ouvir a primeira mixagem das músicas, com Goldsmith na bateria, Grohl achou as baterias das músicas sem pegada, sem inspiração. E ele foi lá e regravou tudo. Lógico que Goldsmith ficou puto e saiu da banda. Foi quando Grohl, que precisava de alguém pra começar a tour do disco, conseguiu convencer o baterista da banda da Alanis Morissette a abandonar a cantora e se juntar a ele nos Foos. E Taylor Hawkins estava dentro. Bom, The Colour and the Shape é um disco brilhante, impecável e atemporal. Duvida? Ouça ele inteiro. O disco fala por si. E ali estão alguns dos maiores clássicos da banda, como Monkey Wrench, Everlong e My Hero.

Certa vez, Grohl disse numa entrevista: “Adoro estar em uma banda de rock, mas não sei se necessariamente quero estar em uma banda de rock alternativo dos anos 90 pelo resto da minha vida.” A frase é perfeita e explica a longevidade dos Foo Fighters. Fazer o que ama, mas não se acomodar. Procurar sempre inovar, encontrar caminhos diferentes, mas sem perder a personalidade e originalidade. Uma inspiração e tanto para a Strip Me, que está às margens de completar 10 anos de barulho, diversão e arte, procurando sempre novos caminhos. E é claro que você encontra estampas referentes aos Foo Fighters e muitas outras bandas na nossa coleção de camisetas de música, pra você curtir o show dos Foos no maior estilo! Além disso, na nossa loja ainda tem as camisetas de cinema, bebidas, arte, cultura pop e muito mais. Dá uma olhada lá no nosso site, e aproveita para ficar por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Nossa prática aqui é sempre fazer um top 10. Mas hoje vamos abrir uma exceção para essa banda tão maravilhosa e fazer um top 11, com uma música de cada discos dos Foo Fighters. Mas não aquelas óbvias, tá? Everlong, Learn to Fly, Best of You… todo mundo conhece. Vamos pinçar aqui músicas menos óbvias, porém igualmente excelentes. Foo Fighters top 11 Tracks.

Para assistir: É imperdível o divertidíssimo documentário Foo Fighters Back and Forth, dirigido pelo James Moll e lançado em 2011, praticamente junto com o disco Wasting Light. O doc dá uma geral na história da banda e apresenta sua trajetória desde as gravações de Grohl sozinho 1994 até os bastidores de Wasting Light. Enfim, é bom demais e vale a pena ver.

Para ler: Dave Grohl já foi contemplado com pelo menos três bons livros contando sua trajetória. Mas o definitivo, claro, é o escrito por ele mesmo. Bom humorado e com muita fluidez Grohl escreve suas memórias no excelente livro Contador de Histórias: Memórias da Vida e Música, lançado em 2022 no Brasil pela editora Intrínseca. Leitura recomendada!

12 Filmes que contam a história do Rock! Parte 2

12 Filmes que contam a história do Rock! Parte 2

No mês do rock, a Strip Me apresenta 12 histórias de cinema, sobre alguns dos mais importantes artistas da música pop!

O Dia Mundial do Rock é mais brasileiro do que mundial. Basta você procurar mundo afora para ver quem realmente comemora essa data fora do Brasil. A história toda por trás disso é interessante. O dia 13 de julho de 1985 entrou para a história por conta do Live Aid, o grande festival que rolou simultaneamente nos Estados Unidos e Inglaterra e foi televisionado para o mundo todo. O evento reuniu gente como Paul McCartney, The Who, Queen e muitos outros. Aqui no Brasil o festival teve uma audiência enorme, já que o país ainda respirava a euforia do Rock In Rio, que aconteceu em janeiro daquele ano. Numa entrevista, falando sobre o Live Aid, Phil Collins, emocionado após ter participado do festival, declarou: “O dia 13 de julho deveria ser lembrado como o dia mundial do rock.” Pouca gente deu atenção a isso, exceto os jornalistas brasileiros. Desde então, rádios e publicações brasileiras dedicadas ao rock passaram a celebrar a data, e a moda pegou. E cá estamos. Celebrando o nosso brasileiríssimo Dia Mundial do Rock!

Para celebrar esse dia, selecionamos 12 filmes que ajudam a contar a história do rock n’ roll mundial e brasileiro. A lista foi dividida em duas partes. A primeira, publicada semana passada, você pode ler clicando aqui. E hoje apresentamos a parte 2, celebrando não só o dia 13, mas o mês de julho, que pode ser realmente considerado o mês do rock! Então já vai treinando o air guitar aí e confira a parte 2 da nossa lista de filmes sobre o rock n’ roll.

Last Days (2005)

Keyart for Last Days.

Incluir esse filme na lista é foi uma decisão difícil. Primeiro porque não é uma obra literalmente sobre um artista real, segundo porque é um filme muito mais introspectivo, pesado, sem praticamente nenhum apelo comercial. É o que a turma costuma chamar de filme cabeça, que pode ser um sinônimo de filme chato. O longa é escrito e dirigido por Gus Van Sant e foi inspirado nos últimos dias de vida de Kurt Cobain. Na verdade trata-se sim de um relato bem fiel do que foram os últimos dias de Cobain em sua casa, antes de se matar. Os nomes dos personagens foram alterados simplesmente porque não se chegou a um acordo entre o cineasta e a família de Cobain, com relação a diretos e tal. Apesar de não ser uma produção empolgante, cheia de música e personagens carismáticos, como estamos acostumados a ver na maioria das cinebiografias, Last Days é um filme muito bom, com uma fotografia cuidadosa, ótima atuação do protagonista Michael Pitt e que transmite com eficiência desoladora a angústia de alguém que não vê mais sentido na vida.

Simonal (2018)

Wilson Simonal foi um artista como poucos no Brasil. Misturou ritmos, praticamente criou um estilo novo, que viria a influenciar toda a música pop brasileira, do samba ao rock. Chegou a ser o artista mais bem pago do país, vendeu mais discos que Roberto Carlos e, quando estava no auge de sua carreira, levou um tombo do qual nunca mais se recuperaria. Foi acusado de colaborar com os militares e dedurar artistas considerados subversivos, durante a ditadura de 1964. Até hoje essa história é questionada. Leonardo Domingues escreveu e dirigiu Simonal, filme que retrata com muita beleza e fluidez a trajetória de Simonal ao estrelato, seu posicionamento contra o racismo e a controversa relação do cantor com a política. É um filme muito bem feito mesmo, com um roteiro muito bem elaborado, uma história interessantíssima e muita música boa.

The Doors (1991)

“Is everybody in? The ceremony is about to begin.”Sim, este é um dos filmes mais icônicos dos anos 90! Tudo convergiu para que este filme se tornasse um clássico imediato. A música dos Doors, a persona de Jim Morrison, que o ator Val Kilmer incorporou de maneira quase xamânica e a estética de videoclipe do diretor Oliver Stone. Se parar pra pensar, o roteiro em si não tem nada de novo. É a história de uma banda que começa por baixo, tem talento, consegue gravar um disco, faz sucesso, se perde em excessos… Mas Jim Morrison foi um artista único no rock. Mais poeta que músico, mais blues que rock, mais inconformismo que depravação, mais alucinógenos que insanidade. Oliver Stone arrebenta na direção deste filme, a edição e montagem são alucinantes, os diálogos são ótimos, a trilha sonora excelente… tudo funciona! Um filme para ver e rever!

Legalize Já – Amizade Nunca Morre (2017)

Skunk idealizou e ajudou a compor o material da banda Planet Hemp, mas não viveu para ver o seu sucesso e a polêmica que iria causar em todo o país. Entretanto, seu legado está presente e é reverenciado até hoje. Mas ele não fez isso sozinho. Ao seu lado estava seu grande amigo Marcelo D2. O filme Legalize Já retrata com propriedade o início da amizade entre Skunk e D2, a formação da banda Planet Hemp e o início do seu sucesso com o disco Usuário, lançado em 1995. Dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, e escrito por Felipe Braga, o longa tem uma cara de filme independente, uma fotografia ousada e muito bonita, além de ótimas atuações e uma ótima trilha sonora. Um filme para o qual se mantenha o respeito.

Bohemian Rhapsody (2018)

O diretor Bryan Singer ficou conhecido por conceber os melhores filmes da franquia X Men, além de ter dirigido o excelente Os Suspeitos, um filmaço de 1995 subestimado pela crítica. Mas foi em Bohemian Rhapsody que ele mostrou o grande diretor que é, ao retratar com tanta exuberância e cuidado a vida de Freddie Mercury e a obra do Queen. É verdade que o longa tem algumas falhas.  O roteiro de Anthony McCarten e Peter Morgantem tem alguns furos, além de alguns fatos sobre a banda serem omitidos e outros inventados, mas tudo em nome da boa e velha licença poética, que libera certos dribles na realidade para tornar a obra mais suculenta e apetitosa. O filme é vigoroso e vale a pena ser visto! Ah, sim! Há de se exaltar a brilhante atuação de Remi Malek como Freddie Mercury. O cara mandou bem demais! E a reprodução no filme da apresentação do Queen no Live Aid (olha o dia do rock aí!) é impecável!

Tim Maia (2014)

A história de Tim Maia chega a ser inacreditável! Dessas que quem ouve falar diz “Nossa, a vida desse cara dava um filme”. Pois é. Não bastou ser um dos maiores cantores do país, Tim Maia ainda teve uma vida intensa e cheia de momentos dignos de nota. A infância pobre no Rio de Janeiro. A banda promissora que foi desfeita depois de uma traição, a viagem aos Estados Unidos, a juventude transviada das drogas, a deportação e finalmente a ascensão na música. Mas não pára por aí, porque depois ainda vem a fase Racional, a criação de seu próprio selo, os shows que ele foi e os que ele não foi e a morte que quase aconteceu em cima do palco. Com uma história dessas, seria muito difícil sair um filme ruim. Ainda bem que Mauro Lima, que escreveu e dirigiu o filme, que foi inspirado no livro Vale Tudo, de Nelson Motta, soube aproveitar essa história e realizar um filmaço! Com uma direção fluída, ótima fotografia e atuações espetaculares. A trilha sonora, não precisamos nem dizer, é do c#r@l§! E se você está se perguntando o que o Tim Maia tem a ver com o rock, basta você saber que, além de ter feito uma música influente em todas as vertentes, estamos falando do cara que assumia bem humorado que, antes dos shows, praticava o triátlon, ou seja, mandava pra dentro whisky, maconha e cocaína. Se isso não é rock n’ roll, meu amigo…

Menção Honrosa

Ainda que o dia 13 de julho seja considerado o Dia Mundial do Rock mais aqui no Brasil mesmo, certamente, o mês de julho deve ser celebrado como o mês do rock n’ roll, independente disso. Em especial o dia 5 de julho é deveras significativo para a história do rock. Afinal, foi nesse dia que Elvis Presley, acompanhado de Scotty Moore e Bill Black gravou no estúdio da Sun Record a música That’s Alright Mama, a primeira gravação de Elvis, que se tornou popular e influenciou gerações a seguir. Por isso mesmo, não podemos deixar de citar o ótimo filme Elvis, escrito e dirigido por Baz Luhrmann, lançado em 2022. É um filme vigoroso e muito bem produzido, que conta toda a trajetória de Elvis. O longa conta com Tom Hanks, brilhante no papel de Coronel Tom Parker, e Austin Butler numa impressionante interpretação de Elvis. Não é só que o filme é bom, mas também a história de Elvis e sua música são inigualáveis. Não é à toa que ele ficou conhecido como o Rei do Rock, tendo influenciado todo mundo que veio depois dele. Inclusive os Beatles, cuja primeira apresentação nos Estados Unidos aconteceu no dia 5 de julho de 1964. É… talvez seja boa ideia a gente rever esse dia do rock no mês de julho.

Seja dia 5 ou dia 13, não importa! Porque todo dia é dia de rock! Pelo menos pra nós aqui da Strip Me! Por isso estamos sempre produzindo camisetas instigantes e provocadoras, além de super descoladas, claro! Entra na nossa loja pra conferir! Toda semana pintam novos lançamentos, e lá você encontra camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com músicas dos artistas biografados nos filmes citados neste texto! Rock no Cinema (Parte 2) top 10 tracks.

Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

A Strip Me segue no clima de romance do mês dos namorados, mas acrescenta uma pitada de polêmica ao apresentar os 10 casais mais polêmicos da música pop!

Todos os clichês do mundo nunca serão suficientes para descrever com exatidão o que acontece quando duas pessoas se atraem e formam um casal. Carne e unha, almas gêmeas, as metades da laranja, a tampa da panela… E quando um casal se junta, é legal notar que sempre rola uma torcida por parte dos amigos. Uma torcida a favor e outra contra, vale dizer. Agora, quando um casal é formado por celebridades, pessoas famosas, essa torcida se torna ainda maior, e não só por parte de amigos, mas de fãs e pessoas que curtem acompanhar as fofocas de gente famosa.  Acontece que alguns desses casais de pessoas famosas acabam extrapolando as colunas das revistas de fofocas… quer dizer, os comentários no Instagram e manchetes dos sites de entretenimento. É aí que a coisa começa a ficar interessante.

Na cultura pop são muitos os casais que ganharam notoriedade por serem muito polêmicos, por aprontar muito, por ser muito diferente… enfim. São casais que acabam gerando discussões interessantes sobre vários assuntos de maneira indireta, por conta de seu comportamento. Hoje vamos falar de 10 casais do mundo da música que tiveram esse tipo de destaque e ganharam notoriedade. No mês do dia dos namorados, vamos celebrar o amor em suas mais diversas versões conhecendo um pouco da história desses casais.

Elis Regina & Ronaldo Bôscoli
Elis Regina chegou no Rio de Janeiro, vinda do Rio Grande do Sul ainda muito novinha, mas já como uma promessa. Era uma cantora de personalidade e voz versátil. Emplacou várias apresentações no famoso Beco das Garrafas, no centro do Rio, onde conheceu os produtores e agitadores culturais Miéle e Ronaldo Bôscoli. E foi por Bôscoli que Elis se encantou. Os dois rapidamente começaram a namorar. Se casaram em 1967, ela com 22 anos e ele com 38, sendo que Elis já estava consagrada como grande cantora e apresentadora de TV. O casal estava sempre nas colunas sociais, e o que mais rolavam eram fofocas, nem sempre infundadas, sobre as puladas de cerca de Bôscoli, um boêmio e mulherengo incurável. Até que Bôscoli engatou um romance difícil de esconder com a também cantora Maysa. O caso rapidamente ganhou as páginas das revistas e jornais, com escândalos e brigas entre Elis e Bôscoli. Elis e Maysa eram mulheres geniosas e muito ciumentas. O casamento acabou num tumultuado divórcio em 1972, mas marcou o casal Elis Regina e Ronaldo Bôscoli como um dos mais famosos da música popular brasileira.

Ronaldo Bôscoli & Elis Regina

Tracy Chapman & Alice Walker
Essa é uma história maluquíssima  e cujos detalhes ninguém realmente sabe direito. A cantora e compositora Tracy Chapman sempre foi muito reservada em relação a sua vida pessoal, incluindo a sua orientação sexual. Mas o mesmo não se pode dizer de uma, aliás, duas, de suas antigas namoradas. As datas são imprecisas, mas em 2006 a escritora Alice Walker, autora de clássicos como o livro A Cor Púrpura, deu uma entrevista reveladora assumindo que teve um caso que durou alguns anos com Tracy Chapman na década de 1990. Até aí tudo bem. Acontece que essa história acabou repercutindo muito mais, porque a filha de Alice, Rebecca Walker, também foi à imprensa e até escreveu livros fazendo críticas duras à sua mãe e o modo como foi criada. E uma dessas mágoas é justamente porque foi ela, Rebecca, quem começou um relacionamento com Tracy. E, supostamente, Alice “roubou” a namorada da filha. Tracy Chapman nunca se manifestou a respeito disso tudo, mas Alice e Rebecca Walker, vira e mexe, trocam farpas através da imprensa. Aqui no Brasil o caso não chegou a chamar muita atenção, mas nos Estados Unidos já deu muito o que falar.

Tracy Chapman & Alice Walker

Rita Lee & Arnaldo Baptista
Por falar em treta, um dos casais mais marcantes da música brasileira foi Rita Lee e Arnaldo Baptista. Rita e Arnaldo faziam parte da legendária banda Mutantes, responsável por reinventar o rock brasileiro, na onda do movimento tropicalista. Para além da banda, Rita e Arnaldo namoravam e chegaram a se casar em 1968. Foi um casamento no mínimo conturbado. O casal morava numa comunidade hippie na serra da Cantareira e viviam a filosofia power flower, de amor livre, sem pudores. Porém, se hoje em dia esse negócio de relacionamento aberto ainda causa confusão, imagina naquela época. Rolava muito ciúme e traições de ambos os lados. Mas a traição maior mesmo foi quando o próprio Arnaldo expulsou Rita Lee dos Mutantes, sem mais nem menos. Acontece que Rita não se abalou e logo deu início a uma carreira solo bem sucedida. Rita Lee deixou os Mutantes em 1972, mas só foi conseguir o divórcio de Arnaldo em 1977, quando ela rasgou sua certidão de casamento no programa da Hebe Camargo. Arnaldo, naquela época, vivia ressentida com o sucesso de Rita. Em seu primeiro disco solo, Lóki, a canção Desculpe é claramente endereçada a Rita Lee. Em determinado verso, emocionado, Arnaldo canta: “Não sou perfeito, nem mesmo você é, Riiiiii… Yeah!”.

Rita Lee & Arnaldo Baptista

Lou Reed & Rachel Humphreys
New York nos anos 1970 certamente não era uma cidade em que um cidadão conservador gostaria de criar seus filhos. Nos bairros mais boêmios como o Greenwich Village, Soho e Queens, a situação se acentuava. Em 1973, numa boate que apresentava shows de transformistas e transgêneros, Lou Reed estava no balcão do bar, absolutamente chapado como de costume, quando se encantou com uma garota trans chamada Rachel. Depois de um papo e uns drinks, Reed a levou para sua casa. Começava ali um relacionamento cheio de altos e baixos, mas que acabou realmente marcado pelo machismo e preconceito.  Por mais que os dois morassem juntos, ela não dava declarações a imprensa, muitas vezes Reed a escondia ou evitava falar sobre ela. Quando o namoro finalmente terminou, em 1977, Lou Reed se negou desde então a falar sobre Rachel. O que poderia ter sido um caso exemplar de amor sem preconceito, acabou na vala comum da transfobia e do machismo. Rachel morreu em 1990 em decorrência da AIDS. O que ficou de bom desse romance trágico foi um disco excelente. Coney Island Baby é o sexto disco solo de Lou Reed, Junto de Transformer e Berlim, é um dos melhores discos do artista. E sabidamente, todas as músicas do disco tiveram Rachel como musa inspiradora.No fim da faixa título, Reed diz “I’d like to send this one out to Lou and Rachel, and all the kids at P.S. 192”.

Lou Reed & Rachel Humphreys

Daniela Mercury & Malu Verçosa
Hoje em dia é um dos casais mais queridos do Brasil. Mas no início a polêmica foi grande. Daniela Mercury, a rainha suprema do axé (sorry, Ivete, mas você sabe que é verdade) surpreendeu o país em 2013 quando publicou uma foto no Instagram comunicando seu casamento com a jornalista Malu Verçosa. Até então, Daniela havia tido dois casamentos com homens, e só depois do fim do segundo casamento, em 2012 ela se assumiu bissexual. Na sequência já começou a namorar firme Malu. E justamente em 2013 uma resolução publicada pelo Conselho Nacional de Justiça garantiu o casamento homoafetivo no país. Daniela e Malu se casaram em outubro de 2013. De lá pra cá, seguem sendo um casal lindíssimo, esbanjando amor e atuando ativamente em prol da igualdade e contra o preconceito e homofobia. Na real elas não formam um casal assim tão polêmico. Mas é um casal tão querido, e que completa 10 anos de união neste ano, que acabou entrando para esta lista!

Daniela Mercury & Malu Verçosa

Sid & Nancy
Mas se é pra ser polêmico, aqui sim temos um casal daqueles! Afinal, quis o destino que um moleque rebelde e afeito ao caos, que integrava uma das bandas mais controversas do mundo e uma menina vinda de uma família disfuncional e com um apetite voraz por álcool e drogas se apaixonassem perdidamente. Sid Vicious e Nancy Spungen começaram a namorar  no início de 1977, logo depois de Sid ter sio integrado aos Sex Pistols como baixista. Com o lançamento de Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols, a banda estava em evidência, ganhando muito dinheiro. Isso fez com que Sid e Nancy se esbaldassem e se tornassem um casal famoso na cena punk de Londres por seus excessos e demonstrações de carinho e ciúme em público. Com o fim da banda, em janeiro de 1978, Sid e Nancy decidem se mudar para New York, onde Sid dá início a uma carreira solo empresariada por Nancy. Ou seja, tinha tudo pra dar errado. E deu. Hospedados no lendário Chelsea Hotel, Nancy foi encontrada morta, com uma facada na barriga, no banheiro do apartamento no dia 12 de outubro de 1978. Sid também estava lá, grogue e muito confuso. Os dois eram heavy users de heroína. Sid foi preso, acusado pela morte de Nancy, mas nunca foi a julgamento. Saiu da prisão no mesmo ano e acabou morrendo de overdose no começo de 1979. Até hoje há várias versões, que culpam e inocentam Sid pela morte de Nancy. A única coisa que sabemos com certeza é que Sid Vicious entrou para a história como a personificações do punk rock.

Nancy Spungen & Sid Vicious

Max Cavalera & Gloria Cavalera
Quando foi lançado o documentário Sepultura Endurance, retratando os 30 anos da banda Sepultura, o sábio João Gordo, amigo íntimo dos integrantes da banda, publicou um breve comentário sobre o filme em suas redes sociais, que define com objetividade e perfeição a história do Sepultura:  “Eles tinham o mundo na mão. Enfiaram tudo no c*.” A história da banda está intimamente ligada ao casal Max e Gloria. Gloria nasceu e cresceu nos Estados Unidos e acabou sendo convidada pela gravadora Roadrunner para ser empresária do Sepultura. De cara, ela e Max já se deram bem e engatarm um relacionamento. Foram morar juntos em Phoenix em 1992. Em 1996, durante a tour do disco Roots, as coisas já vinham mal entre o casal e o resto da banda. Depois de uma crise, a banda fez uma reunião, na qual decidiu que Gloria não mais seria sua empresária. Por conta dessa decisão, Max saiu da banda. A história é muito mais complexa que isso, é verdade. Mas o resumo da ópera é esse. E o casal Max e Gloria entrou para a história do rock n’ roll por ter protagonizado a ruptura do Sepultura (rimou!) num momento em que a banda estava prestes a ingressar no mais alto escalão do rock pesado, ao lado do Metallica e Slayer. Mas, como bem disse João Gordo… enfiaram tudo no c*.

Gloria Cavalera & Max Cavalera

Kurt & Courtney
Quem visse Kurt Cobain e Courtney Love juntos em meados de 1992, facilmente poderia encarar o casal como uma versão noventista de Sid e Nancy. Pelo menos o apetite por drogas era o mesmo, mas sem a violência urgente e destrambelhada do casal punk dos anos 70. A diferença de idade é um fator que ajuda a distanciar os dois casais. Nancy e Sid eram praticamente adolescentes, ela morreu com 20 anos e Sid com 21. Em 1992, quando o namoro entre os dois realmente ficou sério, a ponto de se casarem  naquele mesmo ano, Kurt tinha 24 anos e Courtney 28. Os dois tinham suas bandas, seus compromissos e, mesmo cultivando seus excessos, tinham certo equilíbrio. Mas eram um casal polêmico. Não tinham preguiça de arrumar encrenca com a imprensa, principalmente quando Courtney engravidou e foi publicado que ela continuava se drogando durante a gravidez. Também não eram poucas as histórias sobre puladas de cerca de Courtney, que teria tido casos com Billy Corgan, dos Smashing Pumpkins, e até mesmo com Slash, dos Guns n’ Roses. Mas tudo supostamente, ninguém prova nada nessa história. Inclusive, rolam teorias da conspiração envolvendo a morte de Cobain que colocam Courtney como mandante do assassinato do marido! O fato é que numa época de pura iconoclastia como foi a década de 1990, Kurt e Courtney foram o casal ideal para estampar capas de revista e camisetas de rock.

Kurt Cobain & Courtney Love

 Cazuza & Ney Matogrosso
“Ele foi na minha casa com uma amiga e a certa altura a gente foi fumar um baseado, tomamos um Mandrix, e lá pelas tantas ele me perguntou se eu daria um beijo nele. E dei. Não significava nada dar um beijo naquela época. Só que que quando a gente deu esse beijo o mundo se apagou ao redor, ficamos nós dois dentro daquilo. E não nos largamos mais”. Assim Ney Matogrosso descreve seu primeiro encontro com Cazuza. Isso aconteceu em 1979. Cazuza tinha 17 para 18 anos e era um ilustre desconhecido. Aliás, não tão desconhecido, já que seu pai era um importante diretor de uma grande gravadora. Já Ney Matogrosso tinha 38 anos e uma carreira muito sólida. Numa época que ainda não existia a cultura os paparazzi, o casal andava numa boa pelos bares e boates do Rio de Janeiro. Porém, o relacionamento durou pouco. Apenas 4 meses. Nessa época, Cazuza estava começando o Barão Vermelho e estava descobrindo o mundo das drogas. Os hormônios da juventude fervendo junto com a cocaína davam a Cazuza energia e irresponsabilidade suficiente para que Ney acabasse com o namoro. Mas os dois permaneceram amigos até os últimos dias de Cazuza. Certamente, Ney e Cazuza são um casal memorável e muito marcante da música moderna brasileira.

Ney Matogrosso & Cazuza

John & Yoko
Não dava pra encerrar essa lista com outro casal que não este. John Lennon conheceu Yoko Ono em 1965 numa exposição que a artista japonesa apresentava em Londres. John teve uma ótima impressão da arte envolvente, moderna e provocadora de Ono. Os dois passaram a se falar com certa frequência. Nessa época, John já era casado com Cynthia e tinha um filho, Julian. Mas, com o passar do tempo, John foi se apaixonando cada vez mais por Yoko. Até que, em 1967, num ato vergonhoso, John Lennon deu um perdido em Cynthia na estação de trem de Londres, e embarcou com Yoko e outros integrantes dos Beatles para a Índia, para ter o famigerado retiro com o guru Maharish. Depois disso, John se divorciou e se casou com Yoko em 1968 em Gibraltar. Toda a saga deste casamento é contada na divertida canção The Ballad of John & Yoko, escrita e interpretada por John Lennon e Paul McCartney, que gravaram a música inteira, John gravou vocal, guitarras, violão e pandeirola, e Paul gravou piano, baixo, bateria e backing vocals. A lua de mel do casal foi dominada pelos famosos bed-ins, quando eles lançaram a campanha War is Over, pelo fim da guerra no Vietnã. No início dos anos 1970 o casal se mudou de Londres para New York, onde tiveram uma vida muito movimentada, criando seu filho Sean, gravando discos e promovendo performances de arte, além de militar por direitos humanos. Marcou o casal sua separação que ficou conhecida como Fim de Semana Perdido, em que John se separou de Yoko, passou a namorar a empresária May Pang e caiu na farra em Los Angeles entre os anos de 1974 e 1976, quando ele reatou seu casamento com Yoko. John foi morto por um tiro disparado por um fã na noite do dia 8 de dezembro de 1980.

John Lennon & Yoko Ono

Que lista maravilhosa! Onde a gente percebe que a arte realmente tem o poder de unir as pessoas. Faz a gente perceber a diversidade que existe entre todos nós, e como isso é bom! A gente tem que admitir que o amor não é uma coisa simples, mas certamente vale a pena vive-lo intensamente! Por isso, o amor, a música e o amor à música inspiram a Strip Me a estar sempre concebendo camisetas com estampas lindas e originais que celebram todo esse amor! São camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra toas elas, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com uma música de cada artista aqui apresentado nessa lista maravilhosa! Double Trouble Top 10 tracks.

Para assistir: Apear de não ser fácil de encontrar nos streamings, vale a pena procurar pra assistir o filme Sid and Nancy, O filme é de 1986, dirigido pelo Alex Cox e conta a história do casal mais punk que já existiu. O filme tem seus exageros e um final meio piegas, é verdade, mas vale a pena ver. Nem que seja pela trilha sonora, ou por para ver o Sid Vicious sendo interpretado pelo Gary Oldman, sim, o sisudo policial Jim Gordon dos filmes do Batman de Christopher Nolan!

Para ler: Em 2018 saiu pela editora Tordesilhas a autobiografia de Ney Matogrosso. O livro se chama Vira Lata de Raça e é muito bom. Numa narrativa simples e, em certos pontos, com tom de confidência, Ney Matogrosso conta sua vida inteira. Além de sua trajetória fantástica no mundo da música, Ney dedica um capítulo inteiro para dissertar sobre o seu relacionamento com Cazuza. Leitura mais que recomendada.

Pearl Jam Facts

Pearl Jam Facts

O Pearl Jam é uma banda de rock à moda antiga com tudo que tem direito: a atitude do it yourself, o gosto por turnês incessantes e a honestidade visceral. Ver e ouvir o Pearl Jam é como sentar-se à mesa de um bar com um velho amigo, vocês sempre vão discutir aquele filme, conversar sobre alguma causa importante e relembrar algumas boas histórias. Já que o Eddie Vedder não vem pra cá tomar uma com a gente, vamos nos contentar em lembrar alguns fatos que mostram o quão foda eles são!

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Após o fim de suas respectivas bandas Stone Gossard, Jeff Ament e Mike McCready gravaram uma fita demo com algumas músicas e começaram a procurar um vocalista. Uma das cópias dessa fita acabou caindo na mão de um surfista Californiano chamado Eddie Vedder, que ouviu o material e foi surfar. Na volta, Vedder já tinha as letras de Alive, Once e Footsteps prontas, depois disso foi só gravar sua parte e pegar o avião rumo a Seattle para um teste.

O nome original da banda era Mookie Blaylock em homenagem ao jogador de basquete do New Jersey Nets , porém o mesmo foi vetado pela gravadora por medo de processos. Ament queria a palavra pearl no nome, a parte jam veio após a banda assistir um show de Neil Young no qual ele estendeu a maioria das músicas por mais de 15 minutos, assim nasceu o nome Pearl Jam. Nada a ver com a lenda da geleia da avó de Eddie Vedder, o próprio já derrubou a lenda em entrevistas.

 

Jack Irons, ex-baterista do Red Hot Chili Peppers, foi quem entregou a fita demo do trio de Seattle a Eddie Vedder. Os dois costumavam jogar basquete juntos em San Diego, cidade em que ambos moravam na época. Além de jogar basquete por aí, Vedder também gostava de surfar e trabalhava em um posto de gasolina pra juntar uns trocos.

Por sua veia idealista, o Pearl Jam acabou tomando algumas atitudes que não ajudaram muito em sua divulgação para o grande público, pra dizer o mínimo. Durante boa parte da década de 1990, eles se recusaram a trabalhar com a Ticketmaster, após a empresa cobrar taxas de serviço abusivas de seus fãs. No meio da disputa, a Ticketmaster foi acusada de monopólio e o caso foi parar em altas cortes americanas. Por falta de adesão de outras bandas, dificuldades no desenrolar do caso e reclamações de fãs devido a dificuldades de conseguir ingressos, o Pearl Jam desistiu do boicote no fim da década, mas acabou chamando muita atenção para o caso e ajudou a abrandar o mercado.

 

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O clipe de ‘Jeremy’ foi um dos maiores sucessos de 1992 e um dos responsáveis pela explosão da banda para o mainstream. Porém, em outro grito rebelde, o Pearl Jam decidiu parar de lançar clipes, pois queriam que cada fã criasse sua própria imagem mental para as músicas. O próximo clipe da banda só veio em 1998, com o single ‘Do The Evolution’, outro blockbuster musical que revolucionou a produção de vídeo clipes.

 

A balada Last Kiss é um cover de J. Frank Wilson and the Cavaliers e seria lançada apenas como um presente para o fã clube oficial. Porém, após pedidos incessantes eles lançaram a música como um single, que acabou ficando em segundo lugar na Bilboard, em 1999. Parte de sua renda foi revertida para causas humanitárias que ajudavam refugiados da Guerra do Kosovo.

No início da década de 1990, quando todos os Seatleítas gritavam para os quatro cantos do mundo, Kurt Cobain criticou o Pearl Jam, disse que a banda era vendida comercialmente e que Ten tinha mais solos de guitarra que deveria e por isso não era um álbum que representava o som de Seattle. Passados alguns anos e milhões de dólares na conta de ambas as bandas, Cobain e os integrantes do Pearl Jam acabaram se tornando amigos até o fim da vida do frontman do Nirvana.

O Pearl Jam nunca escondeu a idolatria por Neil Young, e após o sucesso, fãs e ídolo se conheceram. Mais do que isso, o Pearl Jam foi a banda de apoio de Neil Young na gravação do álbum Mirror Ball, lançado em 1995. Apesar de não saírem em turnê com Young para divulgar o álbum, sempre que estão por perto, todos se juntam para presentear o público com jams intensas.

 

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O Pearl Jam praticamente não mudou sua formação desde seu nascimento, as únicas mudanças vieram na bateria. E não foi pouco não, foi uma puta dança das cadeiras. Ao todo foram quatro trocas. Dave Krusen gravou o álbum Ten mas trocou a banda pela reabilitação, Matt Chamberlain saiu para se juntar a banda do Saturday Night Live, Dave Abbruzzese foi mandado embora por diferenças políticas, Jack Irons, ex-Red Hot, saiu da banda porque se cansou de turnês e foi substituído por Matt Cameron, que desde 1998 divide seu tempo entre Pearl Jam e Soundgarden.

No fim da década de 1990, dezenas de bootlegs do Pearl Jam rodavam a pré-história da internet, fato que era de conhecimento e aprovação da banda, porém, após ouvirem algumas dessas gravações e ficarem chateados com a qualidade eles resolveram lançar um álbum ao vivo para cada show da turnê. Todas as 72 apresentações da tour do Binaural em 2001 foram lançadas e garantiram o Pearl Jam no livro Guiness de recordes como a banda que mais lançou álbuns em um único ano.

 


Sobre a Strip Me

 

A Strip Me desenvolve camisetas e acessórios exclusivos com estilo e pegada rock and roll. Nossa homenagem a Eddie Vedder e companhia é a camiseta PJ Live, que você encontra em nossa loja online, além de várias outras camisetas de banda.

 

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5 fatos sobre Nevermind

5 fatos sobre Nevermind

Há 24 anos o Nirvana aparecia para o mundo com Nevermind, o álbum que mudou completamente a cara da música popular e ajudou a catapultar ótimas bandas independentes de suas respectivas cenas underground para o centro da cultura pop.

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Apesar de não ser o álbum de estreia do trio, Nevermind foi o primeiro sucesso comercial do Nirvana, e marcou época por ser certeiro em sua mistura de músicas extremamente melódicas, simples e com a medida certa de peso, além de trazer a revolução estética que todos esperavam, afinal, ninguém mais aguentava aquela história de laquê.

Para a nossa sorte, o resultado disso foi um dos melhores álbuns de todos os tempos. Obrigado, Kurt Cobain.

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Composições

Após o lançamento de Bleach, álbum de estreia do Nirvana, o baterista Chad Channing saiu da banda e foi rapidamente substituído por Dave Grohl. Nessa época, Kurt Cobain começou a escrever músicas para o segundo álbum do Nirvana, e sob influência de bandas como R.E.M, Pixies e The Melvins, seguiu um caminho mais melódico em suas novas composições. Dave Grohl disse que enquanto escreviam as músicas para Nevermind, eles tentavam se aproximar de músicas infantis, pois queriam algo melódico e o mais simples possível.

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Gravações

A banda gravou uma demo do álbum em 1990, já sob a produção de Butch Vig, e utilizou esse material para ir atrás de uma grande gravadora, já que a Sub-Pop andava mal das pernas e ameaçava ser vendida. Por recomendações de Kim Gordon do Sonic Youth, a banda assinou com a Geffen Records e se reuniu com Vig no estúdio Sound City, na cidade de Los Angeles, para gravar o álbum. Toda a produção durou aproximadamente quatro meses, entre maio e agosto de 1991, e Nevermind foi lançado em setembro do mesmo ano.

Nome

O segundo álbum do Nirvana se chamou Sheep durante todo o processo de produção, a banda escolheu esse nome devido a uma piada interna, eles queriam que o grande público comprasse o álbum, as tais ‘ovelhas’. Apesar de ter ajudado a criar o nome, Cobain se cansou de Sheep e sugeriu a mudança para Nevermind (tanto faz, em tradução livre) na última hora, ele disse que gostava desse nome pois ele sentia que essa era sua atitude em vários aspectos de sua vida e por ser a forma incorreta de se escrever essa expressão, o correto seria algo como ‘never mind’.

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Capa

A icônica capa de Nevermind também foi concebida pela banda, uma tarde, Kurt Cobain e Dave Grohl estavam assistindo a um documentário sobre partos realizados debaixo d’água e acharam o conceito interessante. A direção de arte da Geffen chegou a buscar fotos do tal parto, mas as imagens foram consideradas chocantes pela gravadora, o que levou a banda a se contentar só com um bebê nadando. Após um ensaio de apenas cinco fotos em uma piscina para bebês, eles escolheram o registro do pequeno Spencer Elden para ilustrar o álbum.

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Lançamento

No lançamento, a Geffen produziu por volta de 70 mil cópias e as distribuiu nos Estados Unidos e na Inglaterra. Essa tiragem inicial durou poucas semanas, já que o vídeo de Smells Like Teen Spirit estreou com força na MTV e catapultou as vendas do álbum. Em janeiro de 1992, apenas quatro meses após seu lançamento, o Nirvana já tinha tirado Michael Jackson do topo da lista e não parava de estabelecer recordes, nessa época, o álbum acabava tão rápido que a Geffen teve que dedicar toda a sua produção ao Nevermind. Segundo estimativas, 300 mil cópias eram vendidas semanalmente, o que ajudou Nevermind a atingir a impressionante marca de 30 milhões de cópias.

 

 


Sobre a Strip Me

O rock and roll é levado a sério aqui na Strip Me! Por isso, homenageamos as maiores bandas de todos os tempos com estampas exclusivas, descoladas e cheias de bom gosto. A pegada rock and roll é forte em nossas camisetas de bandas, camisetas de cinema, camisetas de cultura pop e acessórios. Tudo isso, você encontra com exclusividade em nossa loja online!

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LOVE, LOVE, LOVE: casais legais e zuados da música (parte 1)

LOVE, LOVE, LOVE: casais legais e zuados da música (parte 1)

Ah, a música…Essa eterna fonte de inspiração para tantas e tantas aventuras amorosas. Diga lá, quantos pessoas você conhece que encontraram sua cara metade por meio da música? Várias, não é mesmo? 🙂

Pois é. Inspirados por esse clima de Dia dos Namorados, resolvemos compilar aqui uma lista de casais do mundo da música (em sua grande maioria) ou do showbizz que resolveram juntar os trapos e get together. Por mais bacana ou zuada que a união possa parecer. Dividimos a coisa entre “casais legais” e “casais zuados”. Enjoy!

Casais Legais:

Kurt Cobain e Courtney Love

O casal da moda no início dos anos 90. Ele era punk, milionário e a “nova voz de uma geração”. Ela era barraqueira, igualmente punk e taxada de aproveitadora. E mais: estava prestes a estourar com sua banda, a Hole. Acrescenta-se a isso doses cavalares de drogas injetáveis e, tchanam: temos o amor. Foram considerados Sid & Nancy dos anos 90. O conto de fadas durou cerca de 3 anos, culminando com o suicídio de Cobain em 1994.

Sid Vicious e Nancy Spungen

strip-me-camisetas-blog-sid-nancyAmor em estado bruto. Literalmente. Reza a lenda que Sid matou Nancy à facadas. Fato é que os dois estavam afundados em heroína. Logo após a morte de Nancy, Sid tratou de apressar sua partida desse plano com um overdose. Sem novidades, mas cheio de amor.

John Lennon e Yoko Ono

strip-me-camisetas-blog-yoko-john strip-me-camisetas-blog-yoko-john2Ele era (e ainda é) O Cara, a mente brilhante por de trás dos Beatles, o homem que ousou imaginar um mundo sem barreiras e fronteiras. Só amor. Ela, até hoje, é taxada de culpada pela separação do grupo. Tretas e mais tretas a parte, o romance de John e Yoko foi uma verdadeira prova de amor que resistiu a, literalmente, um mundo inteiro torcendo contra.
Love is all you need, baby. Love is all you need.

 

– Thurston Moore e Kim Gordon

strip-me-camisetas-blog-kim-thurstonO amor em estado indie. O casal Sonic Youth ficou junto por quase toda a carreira do grupo. Juntos construíram uma base sólida de fãs e ajudaram a definir a estética e a sonoridade rock alternativa. All star, calças rasgadas, distorção, microfonia e, claro, amor.

Pete Doherty e Amy Winehouse

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No ápice da fama, Amy, entre uma bebedeira e outra, resolveu ficar amiga do cara mais maluco da Inglaterra: O Libertino Pete Doherty. A união dos dois parecia mais amizade do que, de fato, um romance. Da união sórdida saiu o videozinho dos pombinhos brincando com filhotinhos de rato em um momento pra lá de tenro. É muito amor. Em 2012, Pete declarou para o Jornal Dayli Telegraph que os dois chegaram a ter um rápido romance. Do jeito deles, mas tiveram.

– Johnny Cash e Junne Carter

Johnny Cash era um homem um tanto quanto rústico, gostava mesmo era de tomar um negocinho aqui outro ali e tocar um violão pros parceiros lá no presídio. A única pessoa capaz de fazer o man in black andar na linha era a cantora e atriz June Carter. Os dois se conheceram no meio da década de 1950 em um camarim e se apaixonaram de cara. Junne Carter até escreveu a música Ring of Fire para o rapaz, que era casado na época. Nada que atrapalhasse o relacionamento. Johnny e June se casaram 1968 e continuaram casados até 2003, ano em que ambos faleceram em um espaço de quatro meses. Se isso não for amor pra vc, nós aqui desistimos!

– Cazuza e Ney Matogrosso

strip-me-camisetas-blog-ney-cazuzaFoi ou não foi? A dúvida durou até o Ney Matogrosso vir a público e contar a real: se conheceram quando o Ney tinha 39 e o Cazuza só 19. Mas o romance mesmo só rolou um pouco depois e durou cerca de 4 meses, num codinome beija-flor e segredos de liquidificador.

Casais Zuados:

– Ched Kroeger (NickelBack) e Avril Lavigne

185138307PC161_WE_DAY_VANCOHe Was a Sk8er Boi. Mentira. Nem isso…

– Michael Jackson e Lisa Marie Presley

strip-me-camisetas-blog-lisa-michaelAlguém realmente acredita em algum desses romances do Michael Jackson?! Sério mesmo?!

– Justin Timberlake e Britney Spears

strip-me-camisetas-blog-britney-justinCulpa da Disney. Do Mickey Mouse Club. E, claro, dos empresários espertos do casal. Reza a lenda que a Madonna, naquele fatídico VMA de 2003, foi mais longe que o Justin jamais teria ido…

– Tommy Lee e Pamela Anderson

strip-me-camisetas-blog-tommy-pamelaO amor capturado em uma sex tape. O início da pornografia home made by pseudo-celebridades. Oh lord.

– Cher e Genne Simons

strip-me-camisetas-blog-cher-SimmonsUm romance cabeludo. Casal pra deixar qualquer um de cabelo em pé. E pensar que o Genne Simons também namorou a Diana Ross. Uow.

 

Dr. Dave Frankenstein Grohl

Dr. Dave Frankenstein Grohl

Que o Foo Fighters é legal, bacana, bonito e uma banda notoriamente gente boa, todos sabemos. E que os caras são amigos de todo mundo, fazem jam com quem aparecer, ajudam em pedidos de casamento e ainda te dão um refil de cerveja caso a sua acabe durante o show (principalmente se o show for em algum país gringo e vc estiver na primeira fila); isso também todo mundo sabe.

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Mas é claro que toda essa mística criada em volta da banda vem acompanhada de música boa, que foi o que colocou eles ali pra começo de conversa.

Além das características típicas do “gente boa amigo da galera”, os cinco integrantes do Foo Fighters tem outra coisa em comum, todos tem no currículo pré-Foos uma outra banda notável. Do punk explosivo à banda de apoio da Alanis Morissette, a galera já passou por tudo, e nesse clima churrascão de confraternização de bandas no fim do ano, Dave Grohl (que também já havia experimentado sucesso mundial com um tal de Nirvana) foi recrutando um a um enquanto saíam de suas bandas anteriores, para adicionar uma nova faceta ao Foo Fighters toda vez.

 

Tal qual um doutor Frankenstein do rock, Dave Grohl foi juntando pedaços de outras bandas para poder fazer seu monstro do jeito que imaginava: com classic rock, modernices e peso na medida exata para shows em estádios lotados pelo mundo. O próprio Dave (ele é amigo de todo mundo, podemos chamá-lo pelo primeiro nome) já esteve em dúzias de bandas.

Entre todas, a de mais sucesso, com certeza, foi o Nirvana. Grohl se juntou a Kurt Cobain e Krist Novoselic em 1990 e, com sua imagem e personalidade tão barulhenta quanto sua bateria, foi vital para a revolução cultural que a banda provocou. Enquanto estava na banda, Dave Grohl se destacava por sua maneira explosiva de tocar bateria, mas também já mostrava seu lado compositor, como em Marigold, lado B de Heart-Shaped Box.

O fim trágico da banda em 1994, por pior que tenha sido, acabou abrindo caminho para seu lado compositor vir à tona.


 

  • Taylor Hawkins

Antes do Foo Fighters, Taylor Hawkins foi baterista da banda de apoio de Alanis Morissette no auge de seu sucesso. Apesar de não ter gravado o álbum Jagged Little Pill, Hawkins participou de toda a turnê de divulgação do mesmo e apareceu no clipe do mega hit You Oughta Know. Na parte europeia dessa turnê, Hawkins e Grohl se conheceram durante um festival e se tornaram amigos imediatamente. Em 1996, Morissette resolveu tirar férias e William Goldsmith saiu do Foo Fighters. Enquanto procurava bateristas, Dave Grohl ligou para Hawkins pedindo recomendações, quando ele, que não é bobo e se encontrava meio que desempregado, prontamente se ofereceu para assumir o posto que ocupa até hoje.


 

  • Pat Smear

Velho conhecido de Dave Grohl, Pat Smear foi o segundo guitarrista do Nirvana, de 1993 até a morte de Kurt Cobain, em 1994. Antes disso, Smear fundou, em 1977, a banda punk Germs, que teve uma ascensão meteórica na cena de Los Angeles. A atenção rendeu, e com pouco mais de um ano de banda os Germs gravaram o disco GI, produzido por Joan Jett. Tão rápido quanto veio, a banda foi. Em 1980 o vocalista Darby Crash se suicidou e banda chegou ao fim.

Acho que já ouvi essa história em algum lugar.

Em 2007 foi lançado um filme, chamado What We Do Is Secret, abordando a história dos Germs e de seu problemático vocalista.


 

  • Nate Mendel

Ao lado de Dave Grohl, Nate Mendel é o único integrante que está no Foo Fighters desde o começo. Com o primeiro disco gravado, Grohl foi atrás de músicos para formar uma banda que poderia tocar ao vivo aquele material.

Enquanto buscava recursos humanos, Dave Grohl foi assistir uma apresentação da banda Sunny Day Real Estate e ficou impressionado com a performance de Mendel e do baterista William Goldsmith, que entraram para o Foo Fighters pouco tempo depois. Goldsmith deixaria a banda em 1996, enquanto Mendel segue firme e forte até hoje no contra-baixo.

http://www.youtube.com/watch?v=SgU8Bqcfd-Y


 

  • Chris Shiflett

Outro integrante do Foo Fighters com o passado ligado ao punk rock, Chris Shiflett foi guitarrista da banda californiana No Use For a Name. Em 1999, um amigo de Shifflet anunciou que o Guns n’ Roses buscava novos integrantes, Chris disse que ao invés de um teste com Axl Rose queria um com o Foo Fighters, que logo após o lançamento de There is Nothing Left to Lose, buscava um novo guitarrista. Chris Shifflet já havia tocado com Dave Grohl no fim da década de 1980, sua banda, Rat Pack abriu para o Scream (banda de hardcore na qual Grohl era baterista). Após esse reencontro e um bom ensaio, o Foo Fighters tinha um novo guitarrista.


 


Sobre a Strip Me 

A Strip Me cria camisetas de rock, camisetas de cinema e camisetas de cultura pop exclusivas e cheias de estilo. E é claro que um cara tão legal não podia ficar de fora: a Camiseta Dave Grohl Smile é um dos sucessos da loja online, corre lá: www.stripme.com.br 😉

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