Os 10 melhores filmes de Robert Zemeckis.

Os 10 melhores filmes de Robert Zemeckis.

Mais conhecido por conta de De Volta Para o Futuro e Forrest Gump, o cineasta Robert Zemeckis tem uma vasta e muito variada filmografia. Para você conhecer um pouco mais sobre sua obra, a Strip Me selecionou seus 10 melhores filmes.

A banda irlandesa The Cranberries cravou seu nome na história da música pop graças a essencialmente 3 hits, cada um oriundo de um disco diferente. Entretanto, a banda tem em sua discografia 8 discos, que não são tão conhecidos, ou lembrados. Vamos dar nome aos bois. Os Cranberries ficaram conhecidos por conta de Linger, música presente no disco de estreia da banda, Everybody Else is Doing It, So Way Can’t We?, de 1993, Zombie, certamente a mais conhecida música dos irlandeses, do disco No Need to Argue, de 1994, e Free to Decide, do disco To The Faithful Departed, de 1996. Os outros 5 discos da banda, apesar de não contarem com hits avassaladores, são bons discos, com ótimas músicas, e que nunca deixaram de agradar os fãs. A banda Cranberries não é das mais revolucionárias ou inventivas de sua geração. Mas tem trabalhos memoráveis e é sempre lembrada. Mas o que os Cranberries tem a ver com o Robert Zemeckis?

Robert Zemeckis nasceu em Chicago, em maio de 1951. Cresceu assistindo séries e programas de TV, que o inspiraram a seguir a carreira de cineasta. Fez faculdade de cinema na California nos anos 70, uma época em que despontavam em Hollywood grandes nomes como Steven Spielberg, George Lucas, Brian de Palma e tantos outros. Zemeckis se destacou na faculdade e chamou a atenção de Spielberg. Recém consagrado na indústria cinematográfica por conta de Tubarão, Spielberg ajudou muito Zemeckis ao assumir a produção de seu primeiro filme, iniciando uma parceria longeva. A carreira de Zemeckis despontou mesmo com De Volta Para o Futuro, de 1985. Depois foi aclamado por Forrest Gump e Náufrago. Apesar de contar com uma filmografia de quase 20 obras, ele é lembrado por apenas três ou quatro deles. Tal qual os Cranberries na geração de bandas dos anos 90, Zemeckis é sempre lembrado como um bom cineasta de sua geração, com alguns êxitos grandiosos, mas nunca entra na lista dos maiores. Para entender porque isso acontece, a Strip Me selecionou os 10 melhores filmes de Zemeckis para dar uma geral e conhecer melhor a sua obra.

10 I Wanna Hold Your Hand (1978)

Este foi o primeiro filme de Zemeckis como diretor, já tendo Bob Gale como roteirista e Steven Spielberg como produtor. Configuração que se repetiria algumas vezes no futuro. Trata-se de uma comédia ingênua, mas divertida, que se presta a retratar o início da beatlemania nos Estados Unidos. O filme acontece  nos momentos que antecedem a primeira aparição dos Beatles no lendário The Ed Sullivan Show, em 1964, mostrando alguns jovens, fãs da banda, que tentam entrar no show e até mesmo invadir o quarto de hotel dos rapazes de Liverpool. O roteiro é simples, mas bem amarradinho, e a direção de Zemeckis é eficiente. Tem boas sacadas, é leve e engraçado. Longe de ser um filme brilhante, mas tem seu valor histórico, além de ser um bom entretenimento.

9 Tudo por uma Esmeralda (1984)

É o quarto filme da carreira de Zemeckis como diretor, e seu primeiro êxito comercial de fato. Ele fora contratado para dirigir o longa por Michael Douglas, astro em ascensão na época. A Fox já tinha o roteiro de Tudo por uma Esmeralda e Michael Douglas escalado para protagonizar o filme, e ele acabou podendo escolher quem iria dirigi-lo.  Tudo por uma Esmeralda é um bom filme de aventura, uma espécie de genérico de Indiana Jones. Além de ser um filme divertido de se ver, ele marca um ponto essencial na carreira de Zemeckis. Foi a primeira vez que ele trabalhou com o compositor Alan Silvestri. Desde então Silvestri faria as trilhas de praticamente todos os filmes de Zemeckis.

8 Revelação (2000)

Desde De Volta para o Futuro Robert Zemeckis se destaca por valorizar a estética e usar com eficiência efeitos visuais impressionantes. Isso não o impediu de explorar diferentes gêneros cinematográficos. Após passear pela comédia, ficção científica, drama e aventura, Zemeckis não economizou esforços e finanças para colocar em prática seu filme de suspense e terror. Tendo como protagonistas Harrison Ford e Michelle Pfeiffer, Revelação é um thriller de suspense sobrenatural repleto de efeitos visuais e referências à obra de Alfred Hitchcock, o que torna tudo mais saboroso. O filme é ótimo, mostrando uma faceta diferente do diretor, que já havia explorado temas sombrios no passado, mas sob uma ótica cômica, no ótimo A Morte lhe Cai Bem.

7 Náufrago (2000)

Antes de mais nada trata-se aqui de um dos mais célebres cases de merchandising da história do cinema! Tom Hanks protagoniza o longa onde a marca FedEx é quase um personagem à parte. E precisamos ser honestos aqui. Primeiro, Náufrago nem é um filme assim tão bom. É divertido e tem alguns grandes momentos, é claro. Mas chega a ser cansativo em algumas partes. Segundo, é um filme do Tom Hanks. Claramente, Zemeckis está ali como diretor, mas dá pra sacar, até pelo estilo de filmagem, que Tom Hanks devia opinar muito. Nota-se que é um estilo diferente do que Zemeckis sempre fez. E é compreensível. O filme é carregado na costas pelo protagonista. E é um bom filme… do Tom Hanks.

6 Uma Cilada para Roger Rabbit (1988)

Na época, foi um dos filmes mais desafiadores de Hollywood, e um dos mais caros também. A tecnologia para fazer atores humanos interagirem com animações era uma novidade, ninguém sabia direito como usá-la e nem se ela funcionaria realmente na telona. Mas Zemeckis sempre foi um diretor muito ligado à tecnologia e efeitos visuais, e comprou a briga! E acabou dando super certo! Tão certo que, se visto hoje em dia, ele ainda funciona e é um filme muito divertido. Claro, não dá pra ir assistir um filme de comédia, com desenhos animados esperando encontrar um baita roteiro, mas a história é bem amarradinha, esteticamente o filme é ótimo e no geral é realmente divertido. Precisa do que a mais do que isso? No máximo um balde grande de pipoca.

5  A Morte lhe Cai Bem (1992)

Adentramos ao glorioso Top 5 com um filme pitoresco. Uma comédia até então pouco usual no cinema, com uma dose cavalar de morbidez e e sarcasmo. Certamente o interesse de Zemeckis em realizar essa obra se deu por oferecer a possibilidade de usar e abusar de efeitos visuais, com corpos mutilados e etc. Mas para além da estética, é sim um filme muito bom! A começar pelo elenco, que conta com Meryl Streep e Bruce Willis. O roteiro de David Koepp (que depois trabalharia com Spielberg em Jurassic Park e outros filmes) é esperto, com boas sacadas e uma trama com algumas surpresas. Zemeckis soube trabalhar muito bem a fotografia e edição do filme, misturando muito bem o humor com o sombrio. É o filme do Zemeckis que os fãs do Tim Burton mais gostam.

4 O Voo (2012)

Robert Zemeckis sempre misturou gêneros cinematográficos e muitas vezes deixou de lado a história que está sendo contada, para se dedicar ao visual. Aqui o cineasta demonstra maturidade ao se ater ao drama e valorizar o roteiro, e, consequentemente, as atuações. O Voo é um filme ótimo! O roteiro é muito bem escrito e a direção de Zemeckis torna o filme provocador, ao abordar dilemas complicados. O protagonista fica na corda bamba entre o anti herói e o vilão. Denzel Washington apresenta uma atuação impecável! E tudo é abraçado por uma fotografia excelente e uma direção exuberante de Zemeckis. Um filme imperdível!

3 Contato (1997)

Contato é um filme muito, mas muito bonito. Tanto visualmente, quanto na mensagem que se propõe a transmitir. Zemeckis foi ousado ao decidir levar para a telona um livro de um cientista como Carl Sagan. Mas o resultado foi muito positivo. O roteiro é muito bem escrito e consegue transitar bem entre a linguagem científica e leiga, além de apresentar personagens bem construídos, com profundidade, em especial a personagem de Jodie Foster. As atuações também ajudam o filme a crescer, Jodie Foster e Matthew McConaughey estão ótimos! E a direção de Zemeckis é sensível e bela. Um filme realmente muito bom, que ao abordar a suposição de vida fora da Terra, levanta questões essenciais sobre a vida em sociedade, religiosidade e auto conhecimento.

2 De Volta para o Futuro (1985)

De cara, vamos esclarecer duas coisas: Primeiro que muita gente certamente diria que a trilogia deveria ser inserida como um filme só na lista, e segundo que ele deveria estar em primeiro lugar. Bom, a trilogia é realmente maravilhosa. Mas o primeiro filme é, disparado, o melhor dos três. Além do mais, ele foi pensado para ser um filme só, sem continuação. Claro que os dois filmes seguintes são ótimos e funcionam super bem. Mas o primeiro tem um sabor a mais e um roteiro muito mais simples, e por isso mesmo, mas dedicado a construir os personagens e desenvolver emoções. Como um todo, ele acaba sendo mais significativo sozinho, do que dividindo a atenção com os outros dois. Quanto a ele não ser o primeiro da lista, falaremos sobre isso depois. Mas certamente De Volta para o Futuro é o filme pelo qual Zemeckis será sempre lembrado. Tudo ali funciona com perfeição! A história envolvente e fácil de se conectar, os personagens carismáticos, o ritmo de aventura, a expectativa de estar sempre no limite, a estética pop futurista e, é claro, a trilha sonora majestosa! De Volta para o Futuro é um clássico, sem exagero, um filme perfeito. O que o deixa em segundo lugar nessa lista é que o primeiro filme, além de ser perfeito, é um épico.

1 Forrest Gump (1994)

Já rolaram várias discussões, algumas delas interessantes até, sobre a qualidade de Zemeckis como diretor e suas especificidades. Dá pra dizer sem medo de errar que ele não tem um estilo marcante. Por exemplo, é fácil identificar, sem ler os créditos, que um filme é dos irmãos Coen, ou do Tarantino, ou do Scorsese… Talvez isso justifique o fato de ele ser um bom diretor, mas não um cineasta genial. Ainda assim, Zemeckis foi capaz de conceber uma obra prima. Um filme atemporal, engraçado, emocionante e instigante! Mais uma vez abrindo mão do excesso de efeitos visuais e priorizando a história, Forrest Gump é irretocável! Através da vida de um homem, desde a sua infância até a vida adulta, Zemeckis conta a história recente dos Estados Unidos, e o faz sem medo de soar piegas e nem de fazer críticas. Por isso, pode ser considerado um épico. Um filme onde tudo conduz para um arco de redenção não só do personagem principal, Forrest Gump, mas também se sua companheira, Jenny. Com graça e sensibilidade, o longa levanta todo o tipo de questionamento, mas sem panfletarismo. Além do mais, a escolha da trilha sonora, que acompanha a passagem dos anos, é avassaladora! Só música de primeira linha! Não é à toa que Forrest Gump foi indicado a 13 categorias no Oscar e levou 6 estatuetas, incluindo a de Melhor Filme! É um clássico absoluto e inquestionável. De Volta para o Futuro é sim encantador e memorável. Mas Forrest Gump é um épico contemporâneo.

Robert Zemeckis nos traz lições valiosas. A mais importante delas é que qualquer pessoa dedicada o suficiente pode construir algo extraordinário e ser respeitado e bem sucedido, mesmo não figurando no panteão das lendas imortais. Também nos mostra que o visual é fundamental, é claro! E que a tecnologia está aí pra gente aprender a usá-la da melhor forma possível. Mas sem nunca deixar de lado o valor inestimável de uma boa história! Por causa de caras como Zemeckis o cinema é tão empolgante e delicioso! E por causa disso, a Strip Me, que também não fica sem um bom filminho no fim de semana, está sempre criando novas camisetas homenageando e referenciando mestres como Robert Zemeckis e seus grandes filmes na coleção de camisetas de cinema. E não é só isso. Na nossa loja também tem as coleções de camisetas de música, arte, cultura pop, games e muito mais. Dá uma conferida lá no nosso site e aproveita pra ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Como boa parte dos filmes de Zemeckis tem uma trilha sonora com tema grandioso e músicas incidentais, vamos fazer uma playlist caprichada, baseada na trilha sonora de Forrest Gump, que tem o que há de melhor na música do século XX. Robert Zemeckis Top 10 Tracks.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Na expectativa do décimo filme de Tarantino, em fase de produção, a Strip Me ranqueou todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

Um post claramente polêmico. Nada mais justo, afinal Quentin Tarantino sempre foi um diretor de cinema polêmico, gerando discussões sobre apologia à violência, subverter fatos históricos, abusar de referências pop e retratar o Bruce Lee levando um pau de um dublê de Hollywood. Mas é sua obra que o coloca como um dos maiores diretores da história do cinema. Um revolucionário. Tarantino fez na indústria do cinema o que o Nirvana fez na indústria fonográfica (e praticamente na mesma época). Ambos alçaram ao topo do mainstream o que era alternativo e underground, com obras absolutamente fantásticas e de valor inquestionável. O disco Nevermind desencadeou uma avalanche de lançamentos de bandas desconhecidas, e Pulp Fiction fez com que diretores autorais, como os irmãos Coen por exemplo, tivessem mais espaço, além de iniciar uma época de filmes violentos mais crus e explícitos.

Tarantino anunciou no começo deste ano que finalizou o roteiro de seu décimo filme, e aproveitou para dizer que será seu último. Se ele vai mesmo pendurar a claquete, só o tempo dirá. Mas a expectativa sobre seu último filme é enorme. Intitulado The Movie Critic, o longa será ambientado em 1977. Em entrevistas o diretor não deu pistas sobre a história, mas afirmou de antemão que não se trata de um crítico de cinema específico, não é uma cinebiografia ou algo assim. As filmagens estão programadas para o outono deste ano, que no Hemisfério Norte começa em setembro. Pra amenizar essa expectativa, fizemos um ranking de todos os filmes do Tarantino, do pior para o melhor. Onde The Movie Critic se encaixará nessa lista, ainda não sabemos. Mas sabemos que muita gente vai concordar com o nosso ranking, e muita gente vai discordar. E, no fim das contas, essa é a graça de fazer listas. Então vamos a ela.

Death Proof
Lançado em 2007, este é o filme mais fraco de Quentin Tarantino. É lógico que o filme mais fraco do Tarantino ainda é melhor que muita coisa feita nos últimos vinte anos no cinema. Sim, é um filme divertido, com aquela linguagem de filme B dos anos 70, diálogos maravilhosos e algumas cenas memoráveis. A cena da colisão frontal dos carros é linda! Mas é um file propositalmente galhofeiro, tem uns cortes desnecessários de cenas e um roteiro desleixado. A história é fraca.

Os Oito Odiados
Filme lançado em 2015, com um elenco fantástico. Numa espécie de volta às origens, Os Oito Odiados é como se fosse uma refilmagem do Cães de Aluguel, só que numa cabana congelada no meio do nada no século XIX. Claro, as atuações e os diálogos fazem com que o filme funcione muito bem. Mas acaba que é um filme cansativo e arrastado, ainda mais para quem vinha de esperando um novo Django Livre ou Bastardos Inglórios. Requer certa paciência para assistir as quase três horas de filme numa tacada só.

Jackie Brown
Veja você que o terceiro filme mais fraco de Tarantino tem no elenco Robert DeNiro, Bridget Fonda, Pam Grier, Michael Keaton e, é claro, Samuel L. Jackson. Além de ser o único dos filmes que Tarantino dirigiu, mas não escreveu, Jackie Brown é um filme muito bom. Na real, nem tem muito o que criticar. Tem atuações muito boas, uma história bem amarrada e uma trilha sonora focada no soul e funk dos anos 70 que é um deslumbre. Foi lançado em 1997 e é altamente recomendado. Mas, ao continuar lendo, você vai entender porque ele está entre os três “piores” do Tarantino.

Django Livre
Aqui a coisa já começa a complicar. Porque daqui pra frente são filmes realmente incríveis, e chega a ser injusto dizer que um é pior, ou mais fraco, que outro. Django Livre foi lançado em 2012 e é um filme grandioso. Tarantino recriou um filme western com maestria, mas colocando um negro como protagonista. Aqui temos um Leonardo DiCaprio numa atuação irretocável, aliás todas as atuações são muito acima da média. A trilha sonora que mescla clichês do western spaghetti com rap é genial. Mas é isso. É um western sob o olhar do século XXI. Uma boa história, boas atuações, mas sem grandes transgressões ou ousadias.

Bastardos Inglórios
Entramos no Top 5. E de cara podemos afirmar sem medo de errar que Bastardos Inglórios já é um clássico do cinema de todos os tempos. Foi neste filme que Tarantino, pela primeira vez, subverteu seu próprio método. Concebeu um filme numa linha do tempo linear, sem flashbacks, usou pelo menos umas 3 tipografias diferentes ao apresentar os créditos e retratou personagens históricos reais. Foi aqui que Tarantino mostrou ao mundo o brilhante ator Christoph Waltz, que roubou a cena como um general da SS culto e inescrupuloso. Outra subversão de Tarantino foi com a própria história mundial. Neste filme, lançado em 2009, os nazistas são derrotados em 1944, com a cúpula nazista, incluindo Hitler, morta num incêndio de um pequeno cinema em Paris. É um filme imperdível.

Cães de Aluguel
Lançado em 1992, é o filme de estreia de Tarantino como diretor. E é um dos filmes mais empolgantes dos anos 90. Tudo que o mundo viria a conhecer dois anos depois com o sucesso de Pulp Fiction já estavam neste filme. Litros de sangue, diálogos impagáveis, sarcasmo, uma linha temporal bagunçada e criminosos como protagonistas. Cães de Aluguel é brilhante por inúmeros motivos, mas um deles certamente é o fato de o filme se passar por mais da metade do tempo dentro de um barracão vazio. As atuações e os diálogos são maravilhosos. Sem falar na memorável cena da tortura do policial, que imortalizou a música Stuck in the Middle With You, da banda Stealers Wheel. Em se tratando de um diretor estreante, é um filme realmente inacreditável de tão bom.

Kill Bill I & II
Se o próprio Tarantino, em sua filmografia, considera os dois volumes de Kill Bill, lançados em 2003 e 2004, um filme só, quem somos nós para discordar? Kill Bill é um filme de 4 horas de duração, mas que pode ser assistido de uma vez sem cansar. Além da história ser riquíssima, tem personagens cativantes, diferentes locações e até mesmo diferentes linguagens cinematográficas, indo da animação no estilo mangá até filmes de bang bang. Apesar de se tratar de uma premissa simples, uma mulher em busca de vingança, tudo que envolve essa personagem e suas motivações são explicados num turbilhão delicioso de referências e homenagens à cultura pop, passando pela música, quadrinhos e cinema. Apesar de toda a violência, é um filme leve e divertido, desses que a gente não cansa de ver e rever.

Era Uma Vez em Hollywood…
O dedo chega a coçar para escrever que este é o melhor filme de Tarantino. Mas é claro, devemos levar em conta fatores como a maturidade, que traz consigo aprimoramento profissional, do diretor. Era uma vez em Hollywood… é seu filme mais recente, lançado em 2019. De fato, aqui Tarantino refinou sua arte em todos os sentidos. Está tudo lá. As referências pop, as influências de western e kung fu, a ambientação de época impecável e diálogos maravilhosos. Mas tudo muito bem dosado, sem exagero, e feito com esmero. É mais um filme de Tarantino com mais de duas horas de duração, mas que não dá pra sentir o tempo passar. E, é claro, as atuações irretocáveis de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Em especial DiCaprio está voando, numa atuação realmente poderosa. Mais uma vez Tarantino reescreve a história ao recontar à sua maneira o caso Sharon Tate, atacada pelos asseclas de Charles Manson. É um filme praticamente perfeito, uma das obras primas de Tarantino.

Pulp Fiction
A ordem de toda essa lista pode ser questionada, mas este primeiro lugar, dificilmente será questionado. Pulp Fiction é o melhor filme de Tarantino não só pela originalidade e inventividade, mas também por sua estética revolucionária para a época. A importância do filme para o cinema é imensa. Além de fazer com que a indústria desse mais atenção para diretores autorais, com uma pegada mais alternativa, deu aval para que filmes de violência fossem mais explícitos e, consequentemente, mais densos e realistas. O próprio Seven, de David Fincher, lançado em 1995, é filho direto de Pulp Fiction, com cenas que não economizam no sangue, coisa que não aparecia com frequência em filmes policiais até então. Falando do filme em si, Pulp Fiction impressiona pelo roteiro coeso e bem amarrado, pela diversidade de personagens interessantíssimos, e que acabam se conectando, pela linha temporal bagunçada que encanta o espectador quando o filme acaba e tudo se explica, pelos diálogos impagáveis que vão de massagem nos pés a diferentes procedências de heroína. Além de cenas icônicas como a dança de Uma Thuruman e John Travolta, ou a incrível escapada do personagem de Bruce Willis, que foge com a motoci… quer dizer, com a chopper do Zed. Pulp Fiction é um filme irresistível, desses que se você pega pela metade, zapeando os canais da TV, para pra ver até o fim, mesmo já tendo visto dezenas de vezes. É o Nevermind do Tarantino, e só por esse elogio, já se justifica ele estar no primeiro lugar dessa lista, como a melhor obra do cineasta.

Pronto! Está feita a polêmica. Agora é com você, concordar ou discordar da sequência. Unanimidade mesmo é que o Quentin Tarantino é um dos cineastas mais importantes de todos os tempos e, certamente, o mais revolucionário dos últimos 30 anos. Sendo assim, é uma das nossas inspirações aqui na Strip Me. Basta dar uma conferida na nossa loja a quantidade de camisetas baseadas na obra dele para comprovar. Isso sem falar em muitas outras camisetas inspiradas no cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, tem estampa nova toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Mais uma playlist caprichada com músicas das trilhas sonoras dos filmes do Tarantino. Tarantino Mix Top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes do Tarantino, nunca é demais recomendar o inigualável e divertidíssimo curta-metragem brasileiro Tarantino’s Mind. Lançado em 2006, escrito e dirigido pela dupla Bernardo Dutra e Manitou Felipe, o filme conta com Seu Jorge e Selton Mello nos papéis de suas vidas, falando sobre a obra de Tarantino. É sensacional e tem de graça no Youtube. Link aqui.

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