10 filmes para se orgulhar do cinema brasileiro.

10 filmes para se orgulhar do cinema brasileiro.

Nos aproximando de mais uma edição do Oscar, onde o melhor filme norte americano acaba ganhando status de melhor do mundo, a Strip Me faz questão de lembrar que o cinema brasileiro também tem seu valor.

A arte é universal. Um paradoxo curioso, já que, quase sempre, o artista se expressa de acordo com a realidade onde vive. Antes de 1967 só os moradores de Liverpool sabiam que existia uma rua chamada Penny Lane. Mas desde que a canção com mesmo nome foi lançada no disco Magical Mistery Tour, o mundo inteiro conhece o lugar. Isso acontece em todas as expressões artísticas, não só na música. O cinema brasileiro é um excelente exemplo disso.

O cinema no Brasil tem uma trajetória interessante, com altos e baixos e produções irretocáveis e desprezíveis. Uma das críticas que sempre recai sobre o cinema nacional é ser muito regionalista. Ou é sertão nordestino ou é favela carioca. Ora, há de se considerar que, ainda que o Brasil seja imenso e diverso, esses dois panos de fundo representam bem a nossa realidade, e podem muito bem ser palco de grandes histórias. Mas, ainda bem, desde o fim dos anos 90 uma vertente de cineastas começou a diversificar pra valer, produzindo um cinema mais urbano e diverso. Para ter uma dimensão da alta qualidade do cinema brasileiro, a Strip Me elencou 10 filmes excelentes, que fazem a gente realmente ter orgulho de ser brasileiro! A lista está em ordem cronológica, pois a ideia não é dizer se um é melhor que o outro.

O Pagador de Promessas (1962)

É sempre meio complicado falar de filmes com mais de 50 anos. Por mais que sejam considerados brilhantes e revolucionários, estamos tão acostumados com o cinema moderno, tão dinâmico e de alta qualidade visual, que acabamos achando esses filmes antigos lentos, cansativos. Mas, a verdade é que O Pagador de Promessas é realmente um filme bom pra c@r#l%o! Não à toa é o único filme brasileiro até hoje que ganhou a Palma de Ouro, o prêmio máximo do tradicional Festival de Cannes. O filme foi escrito e dirigido pelo cineasta Anselmo Duarte, baseado na peça de teatro do dramaturgo Dias Gomes. É uma história envolvente e emocionante que desperta discussões relevantes até hoje sobre intolerância religiosa e sensacionalismo. Filme obrigatório para quem realmente se liga em cinema!

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)

DEDE

Uma das revoluções culturais que mais marcaram o Brasil foi o Cinema Novo, que pretendia trazer uma linguagem mais realista ao cinema brasileiro, até então caracterizado por filmes musicais popularescos e épicos pretensiosos. Foi quando começou essa onda de retratar o sertão seco do nordeste e as desigualdades sociais. Glauber Rocha foi um cineasta genial, autor de grandes filmes como Terra em Transe, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro e o Leão de Sete Cabeças. Mas foi em Deus e o Diabo na Terra do Sol que Glauber encontrou o equilíbrio entre seu texto contundente e cenas empolgantes. Isso faz de Deus e o Diabo na Terra do Sol a obra mais acessível do cineasta. Um filmaço!

O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Rogério Sganzerla é considerado um dos mais inventivos cineastas brasileiros. O Bandido da Luz Vermelha comprova isso com propriedade. Foi o primeiro longa que Sganzerla escreveu e dirigiu, com apenas 22 anos de idade. Um filme que mistura realidade e ficção de maneira pungente e intensa. A história é inspirada em fatos reais, sobre um assaltante ousado e, de certa forma, carismático, que chamou a atenção da imprensa do Brasil inteiro. Um marco do cinema brasileiro!

Central do Brasil (1998)

Central do Brasil marca o movimento conhecido como Cinema de Retomada, quando o cinema brasileiro começou a receber mais incentivo e, através de novos e criativos artistas, desenvolver filmes cada vez mais relevantes. Deste movimento, Walter Salles certamente é quem mais se destacou. Central do Brasil é um filme inspiradíssimo, com um roteiro incrível, atuações brilhantes e esteticamente irretocável. Chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Fernanda Montenegro foi indicada a melhor atriz, a primeira atriz latino americana a receber tal indicação. Uma obra de arte de Walter Salles e um dos grandes filmes do cinema brasileiro.

O Auto da Compadecida (2000)

De toda a lista de filmes apresentada aqui, provavelmente apenas Cidade de Deus e Tropa de Elite possa se comparar a O Auto da Compadecida, no quesito popularidade. A maioria dos filmes aqui listados são mais artísticos e densos, características que nem sempre arrastam multidões às salas de cinema. Mas O Auto da Compadecida tem tudo que um blockbuster precisa: Um texto dinâmico, inteligente e muito engraçado, personagens carismáticos, atuações memoráveis e uma simples, mas bem contada, história. É um desses raros filmes cujas falas de personagens se tornam jargões populares no dia a dia. A união do texto exuberante de Ariano Suassuna e o talento e olhar contemporâneo de Guel Arraes fazem d’O Auto da Compadecida um dos filmes mais marcantes do cinema nacional.

Bicho de Sete Cabeças (2000)

Bicho de Sete Cabeças é um filme fundamental. Mais importante do que exaltar suas qualidades estéticas e de atuação (que são mesmo de altíssimo nível), é importante ressaltar seu valor social. Suas cenas de ação e o carisma de Rodrigo Santoro conquistaram os jovens, que levantaram duas discussões muito importantes: a relação da juventude com as drogas e a importância da luta do movimento antimanicomial. Sim, independente disso, é um filme incrível! Com certo exagero, ele chegou a ser comparado com o clássico Um Estranho no Ninho, do Milos Forman. É o tipo de filme que, além de entreter, traz consigo uma carga social inquestionável!

Abril Despedaçado (2001)

“O sangue tem o mesmo volume para todos. Você não tem o direito de tirar mais sangue do que o que foi tirado de você”. Essa é a frase que melhor define este filme emblemático e emocionante. Pra começar, vale lembrar que se trata de um roteiro adaptado de um livro chamada Prilli i Thyer, escrito pelo autor albanês Ismail Kadare. Livro, cujo título traduzido do albanês é exatamente Abril Despedaçado, narra uma história de vingança ambientada nas pradarias do leste europeu, que foi adaptada com perfeição para o árido sertão nordestino do começo do século XX. Além de um roteiro soberbo e fotografia encantadora, mais uma vez Rodrigo Santoro tem uma atuação invejável e o diretor Walter Salles se reafirma como um dos cineastas mais autênticos do Brasil. Filme imperdível!

Cidade de Deus (2002)

Se Central do Brasil marca a retomada do cinema brasileiro, Cidade de Deus marca sua consolidação. Cidade de Deus representa um cinema pungente, moderno, pop e com conteúdo! A cena inicial do filme, um plano sequência de uma galinha sendo perseguida, já dá o tom desse cinema dinâmico e vigoroso. O roteiro é excelente, uma história incrível, repleta de reviravoltas e personagens carismáticos, montagem e edição empolgantes! Enfim, tudo funciona! Fernando Meirelles, como diretor, fez um trabalho impecável! É o filme que finalmente dá ao cinema brasileiro uma identidade, juntando ação, comédia e dramas sociais. Receita que foi repetida com sucesso em Tropa de Elite. Mas enfim, Cidade de Deus é um filme imperdível!
ps: Que trilha sonora deliciosa!

Tropa de Elite (2007 – 2010)

Quando pensamos no Tropa de Elite, deveríamos, na real, pensar nos dois filmes juntos. O primeiro, de 2007, e o segundo, de 2010, como um filme só. Pois veja. O segundo filme tem um roteiro muito mais bem acabado e empolgante, com uma história mais complexa e instigante. Porém, ele só pode ser tão bem sucedido porque teve no primeiro filme uma brilhante apresentação profunda dos personagens e do funcionamento da polícia e do Bope no Rio de Janeiro. Em especial a construção do personagem Capitão Nascimento, e sua desconstrução no segundo filme, é de se aplaudir de pé! O cinema brasileiro definitivamente encontrou o equilíbrio perfeito entre realidade e ficção no cinema. Tropa de Elite joga isso na sua cara sem dó nem piedade.

Bacurau (2019)

Bacurau é um dos melhores filmes de 2019. Não só no cinema brasileiro, mas no mundo. E olha que estamos falando de um ano em que foram lançados Era uma Vez em Hollywood, Joker, O Irlandês e Parasita! Bacurau reafirma a excelência do cinema brasileiro, que consegue ser inventivo e empolgante, e, ao mesmo tempo, manter suas raízes, sem parecer datado. O roteiro é impecável e a estética do filme é impressionante, de uma qualidade poucas vezes vistas por aqui. O filme foi escrito e dirigido a quatro mãos, pela dupla Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que fizeram um trabalho extraordinário! Se em seu enredo, Bacurau aponta para um futuro distópico, na vida real ele aponta para um futuro prodigioso e sem limites para o cinema brasileiro!

Menção Honrosa.

Realmente o cinema brasileiro tem muitos filmes incríveis, de altíssimo nível, que muitas vezes desafiam a própria realidade. Afinal, o Brasil é um país complicado economicamente, e as produções artísticas sempre são as primeiras a perder incentivo e suporte financeiro, sem falar os períodos que passamos sob forte censura. Por exemplo. É praticamente impensável que durante uma ditadura militar fosse concebido no Brasil um filme de terror de tamanho impacto, que acabaria influenciando cineastas do gênero no mundo todo! Em 1967 José Mojica Marins, o legendário Zé do Caixão, lança o inacreditável filme Esta Noite Encarnarei em Teu Cadáver, uma obra avassaladora! Por falar em ditadura, vale também citar o excelente O Que É Isso Companheiro? Filme de Bruno Barreto lançado em 1997 que retrata com sensibilidade esse período sombrio da nossa história. Em 2002 O Invasor, de Beto Brant, vem mostrar que nós também sabemos produzir thrillers psicológicos de primeira e, de quebra, revelou o Paulo Miklos como um baita ator. Hector Babenco concebeu em 2003 uma obra de arte chamada Carandiru, um filme denso e revelador, baseado no relato fraterno do doutor Drauzio Varella. Por fim, para mostrar a diversidade do nosso cinema, podemos citar o ótimo Cinema, Aspirinas e Urubus, um road movie irresistível do cineasta Marcelo Gomes, lançado em 2005. Apesar da pouca repercussão pelo público, foi muito elogiado pela crítica e é, de fato, um filme que merece ser visto.

E olha, ainda faltou um monte de filme ser citado! O Cheiro do Ralo, O Céu de Suely, Pixote, Colegas, 2 Coelhos, Vidas Secas, Eles Não Usam Black-Tie, Madame Satã, Macunaíma, Durval Discos, Amarelo Manga, Saneamento Básico… é muita coisa boa! O cinema é uma arte universal, mas com esse nosso jeitinho brasileiro, ganha um borogodó a mais. E de borogodó e brasilidade a Strip Me manja! Por isso, estamos aqui celebrando a sétima arte, à nossa moda. Dá uma chegadinha na nossa loja para conhecer a coleção de camisetas de cinema, e aproveita pra conferir as coleções de música, cultura pop, arte e muito mais. No nosso site você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: A maioria dos filmes listados neste post tem trilhas sonoras instrumentais, incidentais e tal… Mas Cidade de Deus tem uma trilha sonora de canções maravilhosa, daquelas coletâneas de músicas dos anos 70 imbatíveis! Então a playlist hoje é por conta da trilha sonora do filme Cidade de Deus. Cidade de Deus top 10 tracks.

Para ler: Recomendadíssima a excelente biografia do José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Maldito! A biografia de Zé do Caixão é um livro escrito pelo André Barcinski e saiu numa edição super caprichada, em capa dura e tudo, pela Darkside Books, é claro. Um livro essencial para amantes do cinema.

Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

A Strip Me segue no clima de romance do mês dos namorados, mas acrescenta uma pitada de polêmica ao apresentar os 10 casais mais polêmicos da música pop!

Todos os clichês do mundo nunca serão suficientes para descrever com exatidão o que acontece quando duas pessoas se atraem e formam um casal. Carne e unha, almas gêmeas, as metades da laranja, a tampa da panela… E quando um casal se junta, é legal notar que sempre rola uma torcida por parte dos amigos. Uma torcida a favor e outra contra, vale dizer. Agora, quando um casal é formado por celebridades, pessoas famosas, essa torcida se torna ainda maior, e não só por parte de amigos, mas de fãs e pessoas que curtem acompanhar as fofocas de gente famosa.  Acontece que alguns desses casais de pessoas famosas acabam extrapolando as colunas das revistas de fofocas… quer dizer, os comentários no Instagram e manchetes dos sites de entretenimento. É aí que a coisa começa a ficar interessante.

Na cultura pop são muitos os casais que ganharam notoriedade por serem muito polêmicos, por aprontar muito, por ser muito diferente… enfim. São casais que acabam gerando discussões interessantes sobre vários assuntos de maneira indireta, por conta de seu comportamento. Hoje vamos falar de 10 casais do mundo da música que tiveram esse tipo de destaque e ganharam notoriedade. No mês do dia dos namorados, vamos celebrar o amor em suas mais diversas versões conhecendo um pouco da história desses casais.

Elis Regina & Ronaldo Bôscoli
Elis Regina chegou no Rio de Janeiro, vinda do Rio Grande do Sul ainda muito novinha, mas já como uma promessa. Era uma cantora de personalidade e voz versátil. Emplacou várias apresentações no famoso Beco das Garrafas, no centro do Rio, onde conheceu os produtores e agitadores culturais Miéle e Ronaldo Bôscoli. E foi por Bôscoli que Elis se encantou. Os dois rapidamente começaram a namorar. Se casaram em 1967, ela com 22 anos e ele com 38, sendo que Elis já estava consagrada como grande cantora e apresentadora de TV. O casal estava sempre nas colunas sociais, e o que mais rolavam eram fofocas, nem sempre infundadas, sobre as puladas de cerca de Bôscoli, um boêmio e mulherengo incurável. Até que Bôscoli engatou um romance difícil de esconder com a também cantora Maysa. O caso rapidamente ganhou as páginas das revistas e jornais, com escândalos e brigas entre Elis e Bôscoli. Elis e Maysa eram mulheres geniosas e muito ciumentas. O casamento acabou num tumultuado divórcio em 1972, mas marcou o casal Elis Regina e Ronaldo Bôscoli como um dos mais famosos da música popular brasileira.

Ronaldo Bôscoli & Elis Regina

Tracy Chapman & Alice Walker
Essa é uma história maluquíssima  e cujos detalhes ninguém realmente sabe direito. A cantora e compositora Tracy Chapman sempre foi muito reservada em relação a sua vida pessoal, incluindo a sua orientação sexual. Mas o mesmo não se pode dizer de uma, aliás, duas, de suas antigas namoradas. As datas são imprecisas, mas em 2006 a escritora Alice Walker, autora de clássicos como o livro A Cor Púrpura, deu uma entrevista reveladora assumindo que teve um caso que durou alguns anos com Tracy Chapman na década de 1990. Até aí tudo bem. Acontece que essa história acabou repercutindo muito mais, porque a filha de Alice, Rebecca Walker, também foi à imprensa e até escreveu livros fazendo críticas duras à sua mãe e o modo como foi criada. E uma dessas mágoas é justamente porque foi ela, Rebecca, quem começou um relacionamento com Tracy. E, supostamente, Alice “roubou” a namorada da filha. Tracy Chapman nunca se manifestou a respeito disso tudo, mas Alice e Rebecca Walker, vira e mexe, trocam farpas através da imprensa. Aqui no Brasil o caso não chegou a chamar muita atenção, mas nos Estados Unidos já deu muito o que falar.

Tracy Chapman & Alice Walker

Rita Lee & Arnaldo Baptista
Por falar em treta, um dos casais mais marcantes da música brasileira foi Rita Lee e Arnaldo Baptista. Rita e Arnaldo faziam parte da legendária banda Mutantes, responsável por reinventar o rock brasileiro, na onda do movimento tropicalista. Para além da banda, Rita e Arnaldo namoravam e chegaram a se casar em 1968. Foi um casamento no mínimo conturbado. O casal morava numa comunidade hippie na serra da Cantareira e viviam a filosofia power flower, de amor livre, sem pudores. Porém, se hoje em dia esse negócio de relacionamento aberto ainda causa confusão, imagina naquela época. Rolava muito ciúme e traições de ambos os lados. Mas a traição maior mesmo foi quando o próprio Arnaldo expulsou Rita Lee dos Mutantes, sem mais nem menos. Acontece que Rita não se abalou e logo deu início a uma carreira solo bem sucedida. Rita Lee deixou os Mutantes em 1972, mas só foi conseguir o divórcio de Arnaldo em 1977, quando ela rasgou sua certidão de casamento no programa da Hebe Camargo. Arnaldo, naquela época, vivia ressentida com o sucesso de Rita. Em seu primeiro disco solo, Lóki, a canção Desculpe é claramente endereçada a Rita Lee. Em determinado verso, emocionado, Arnaldo canta: “Não sou perfeito, nem mesmo você é, Riiiiii… Yeah!”.

Rita Lee & Arnaldo Baptista

Lou Reed & Rachel Humphreys
New York nos anos 1970 certamente não era uma cidade em que um cidadão conservador gostaria de criar seus filhos. Nos bairros mais boêmios como o Greenwich Village, Soho e Queens, a situação se acentuava. Em 1973, numa boate que apresentava shows de transformistas e transgêneros, Lou Reed estava no balcão do bar, absolutamente chapado como de costume, quando se encantou com uma garota trans chamada Rachel. Depois de um papo e uns drinks, Reed a levou para sua casa. Começava ali um relacionamento cheio de altos e baixos, mas que acabou realmente marcado pelo machismo e preconceito.  Por mais que os dois morassem juntos, ela não dava declarações a imprensa, muitas vezes Reed a escondia ou evitava falar sobre ela. Quando o namoro finalmente terminou, em 1977, Lou Reed se negou desde então a falar sobre Rachel. O que poderia ter sido um caso exemplar de amor sem preconceito, acabou na vala comum da transfobia e do machismo. Rachel morreu em 1990 em decorrência da AIDS. O que ficou de bom desse romance trágico foi um disco excelente. Coney Island Baby é o sexto disco solo de Lou Reed, Junto de Transformer e Berlim, é um dos melhores discos do artista. E sabidamente, todas as músicas do disco tiveram Rachel como musa inspiradora.No fim da faixa título, Reed diz “I’d like to send this one out to Lou and Rachel, and all the kids at P.S. 192”.

Lou Reed & Rachel Humphreys

Daniela Mercury & Malu Verçosa
Hoje em dia é um dos casais mais queridos do Brasil. Mas no início a polêmica foi grande. Daniela Mercury, a rainha suprema do axé (sorry, Ivete, mas você sabe que é verdade) surpreendeu o país em 2013 quando publicou uma foto no Instagram comunicando seu casamento com a jornalista Malu Verçosa. Até então, Daniela havia tido dois casamentos com homens, e só depois do fim do segundo casamento, em 2012 ela se assumiu bissexual. Na sequência já começou a namorar firme Malu. E justamente em 2013 uma resolução publicada pelo Conselho Nacional de Justiça garantiu o casamento homoafetivo no país. Daniela e Malu se casaram em outubro de 2013. De lá pra cá, seguem sendo um casal lindíssimo, esbanjando amor e atuando ativamente em prol da igualdade e contra o preconceito e homofobia. Na real elas não formam um casal assim tão polêmico. Mas é um casal tão querido, e que completa 10 anos de união neste ano, que acabou entrando para esta lista!

Daniela Mercury & Malu Verçosa

Sid & Nancy
Mas se é pra ser polêmico, aqui sim temos um casal daqueles! Afinal, quis o destino que um moleque rebelde e afeito ao caos, que integrava uma das bandas mais controversas do mundo e uma menina vinda de uma família disfuncional e com um apetite voraz por álcool e drogas se apaixonassem perdidamente. Sid Vicious e Nancy Spungen começaram a namorar  no início de 1977, logo depois de Sid ter sio integrado aos Sex Pistols como baixista. Com o lançamento de Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols, a banda estava em evidência, ganhando muito dinheiro. Isso fez com que Sid e Nancy se esbaldassem e se tornassem um casal famoso na cena punk de Londres por seus excessos e demonstrações de carinho e ciúme em público. Com o fim da banda, em janeiro de 1978, Sid e Nancy decidem se mudar para New York, onde Sid dá início a uma carreira solo empresariada por Nancy. Ou seja, tinha tudo pra dar errado. E deu. Hospedados no lendário Chelsea Hotel, Nancy foi encontrada morta, com uma facada na barriga, no banheiro do apartamento no dia 12 de outubro de 1978. Sid também estava lá, grogue e muito confuso. Os dois eram heavy users de heroína. Sid foi preso, acusado pela morte de Nancy, mas nunca foi a julgamento. Saiu da prisão no mesmo ano e acabou morrendo de overdose no começo de 1979. Até hoje há várias versões, que culpam e inocentam Sid pela morte de Nancy. A única coisa que sabemos com certeza é que Sid Vicious entrou para a história como a personificações do punk rock.

Nancy Spungen & Sid Vicious

Max Cavalera & Gloria Cavalera
Quando foi lançado o documentário Sepultura Endurance, retratando os 30 anos da banda Sepultura, o sábio João Gordo, amigo íntimo dos integrantes da banda, publicou um breve comentário sobre o filme em suas redes sociais, que define com objetividade e perfeição a história do Sepultura:  “Eles tinham o mundo na mão. Enfiaram tudo no c*.” A história da banda está intimamente ligada ao casal Max e Gloria. Gloria nasceu e cresceu nos Estados Unidos e acabou sendo convidada pela gravadora Roadrunner para ser empresária do Sepultura. De cara, ela e Max já se deram bem e engatarm um relacionamento. Foram morar juntos em Phoenix em 1992. Em 1996, durante a tour do disco Roots, as coisas já vinham mal entre o casal e o resto da banda. Depois de uma crise, a banda fez uma reunião, na qual decidiu que Gloria não mais seria sua empresária. Por conta dessa decisão, Max saiu da banda. A história é muito mais complexa que isso, é verdade. Mas o resumo da ópera é esse. E o casal Max e Gloria entrou para a história do rock n’ roll por ter protagonizado a ruptura do Sepultura (rimou!) num momento em que a banda estava prestes a ingressar no mais alto escalão do rock pesado, ao lado do Metallica e Slayer. Mas, como bem disse João Gordo… enfiaram tudo no c*.

Gloria Cavalera & Max Cavalera

Kurt & Courtney
Quem visse Kurt Cobain e Courtney Love juntos em meados de 1992, facilmente poderia encarar o casal como uma versão noventista de Sid e Nancy. Pelo menos o apetite por drogas era o mesmo, mas sem a violência urgente e destrambelhada do casal punk dos anos 70. A diferença de idade é um fator que ajuda a distanciar os dois casais. Nancy e Sid eram praticamente adolescentes, ela morreu com 20 anos e Sid com 21. Em 1992, quando o namoro entre os dois realmente ficou sério, a ponto de se casarem  naquele mesmo ano, Kurt tinha 24 anos e Courtney 28. Os dois tinham suas bandas, seus compromissos e, mesmo cultivando seus excessos, tinham certo equilíbrio. Mas eram um casal polêmico. Não tinham preguiça de arrumar encrenca com a imprensa, principalmente quando Courtney engravidou e foi publicado que ela continuava se drogando durante a gravidez. Também não eram poucas as histórias sobre puladas de cerca de Courtney, que teria tido casos com Billy Corgan, dos Smashing Pumpkins, e até mesmo com Slash, dos Guns n’ Roses. Mas tudo supostamente, ninguém prova nada nessa história. Inclusive, rolam teorias da conspiração envolvendo a morte de Cobain que colocam Courtney como mandante do assassinato do marido! O fato é que numa época de pura iconoclastia como foi a década de 1990, Kurt e Courtney foram o casal ideal para estampar capas de revista e camisetas de rock.

Kurt Cobain & Courtney Love

 Cazuza & Ney Matogrosso
“Ele foi na minha casa com uma amiga e a certa altura a gente foi fumar um baseado, tomamos um Mandrix, e lá pelas tantas ele me perguntou se eu daria um beijo nele. E dei. Não significava nada dar um beijo naquela época. Só que que quando a gente deu esse beijo o mundo se apagou ao redor, ficamos nós dois dentro daquilo. E não nos largamos mais”. Assim Ney Matogrosso descreve seu primeiro encontro com Cazuza. Isso aconteceu em 1979. Cazuza tinha 17 para 18 anos e era um ilustre desconhecido. Aliás, não tão desconhecido, já que seu pai era um importante diretor de uma grande gravadora. Já Ney Matogrosso tinha 38 anos e uma carreira muito sólida. Numa época que ainda não existia a cultura os paparazzi, o casal andava numa boa pelos bares e boates do Rio de Janeiro. Porém, o relacionamento durou pouco. Apenas 4 meses. Nessa época, Cazuza estava começando o Barão Vermelho e estava descobrindo o mundo das drogas. Os hormônios da juventude fervendo junto com a cocaína davam a Cazuza energia e irresponsabilidade suficiente para que Ney acabasse com o namoro. Mas os dois permaneceram amigos até os últimos dias de Cazuza. Certamente, Ney e Cazuza são um casal memorável e muito marcante da música moderna brasileira.

Ney Matogrosso & Cazuza

John & Yoko
Não dava pra encerrar essa lista com outro casal que não este. John Lennon conheceu Yoko Ono em 1965 numa exposição que a artista japonesa apresentava em Londres. John teve uma ótima impressão da arte envolvente, moderna e provocadora de Ono. Os dois passaram a se falar com certa frequência. Nessa época, John já era casado com Cynthia e tinha um filho, Julian. Mas, com o passar do tempo, John foi se apaixonando cada vez mais por Yoko. Até que, em 1967, num ato vergonhoso, John Lennon deu um perdido em Cynthia na estação de trem de Londres, e embarcou com Yoko e outros integrantes dos Beatles para a Índia, para ter o famigerado retiro com o guru Maharish. Depois disso, John se divorciou e se casou com Yoko em 1968 em Gibraltar. Toda a saga deste casamento é contada na divertida canção The Ballad of John & Yoko, escrita e interpretada por John Lennon e Paul McCartney, que gravaram a música inteira, John gravou vocal, guitarras, violão e pandeirola, e Paul gravou piano, baixo, bateria e backing vocals. A lua de mel do casal foi dominada pelos famosos bed-ins, quando eles lançaram a campanha War is Over, pelo fim da guerra no Vietnã. No início dos anos 1970 o casal se mudou de Londres para New York, onde tiveram uma vida muito movimentada, criando seu filho Sean, gravando discos e promovendo performances de arte, além de militar por direitos humanos. Marcou o casal sua separação que ficou conhecida como Fim de Semana Perdido, em que John se separou de Yoko, passou a namorar a empresária May Pang e caiu na farra em Los Angeles entre os anos de 1974 e 1976, quando ele reatou seu casamento com Yoko. John foi morto por um tiro disparado por um fã na noite do dia 8 de dezembro de 1980.

John Lennon & Yoko Ono

Que lista maravilhosa! Onde a gente percebe que a arte realmente tem o poder de unir as pessoas. Faz a gente perceber a diversidade que existe entre todos nós, e como isso é bom! A gente tem que admitir que o amor não é uma coisa simples, mas certamente vale a pena vive-lo intensamente! Por isso, o amor, a música e o amor à música inspiram a Strip Me a estar sempre concebendo camisetas com estampas lindas e originais que celebram todo esse amor! São camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra toas elas, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com uma música de cada artista aqui apresentado nessa lista maravilhosa! Double Trouble Top 10 tracks.

Para assistir: Apear de não ser fácil de encontrar nos streamings, vale a pena procurar pra assistir o filme Sid and Nancy, O filme é de 1986, dirigido pelo Alex Cox e conta a história do casal mais punk que já existiu. O filme tem seus exageros e um final meio piegas, é verdade, mas vale a pena ver. Nem que seja pela trilha sonora, ou por para ver o Sid Vicious sendo interpretado pelo Gary Oldman, sim, o sisudo policial Jim Gordon dos filmes do Batman de Christopher Nolan!

Para ler: Em 2018 saiu pela editora Tordesilhas a autobiografia de Ney Matogrosso. O livro se chama Vira Lata de Raça e é muito bom. Numa narrativa simples e, em certos pontos, com tom de confidência, Ney Matogrosso conta sua vida inteira. Além de sua trajetória fantástica no mundo da música, Ney dedica um capítulo inteiro para dissertar sobre o seu relacionamento com Cazuza. Leitura mais que recomendada.

Retrospectiva STM 2022: Os destaques do ano.

Retrospectiva STM 2022: Os destaques do ano.

Conseguimos! Chegamos na derradeira semana de 2022. E que ano, amigas e amigos! Foi um ano bem conturbado, com algumas tragédias, muitas mortes difíceis de superar e uma guerra inaceitável (como é toda e qualquer guerra) na Europa. Mas também tiveram muitos momentos especiais e felizes. Apesar de o Brasil não trazer o caneco pra casa, a Copa do Mundo foi muito emocionante e consagrou, mais que um time, um jogador formidável, sem falar na Anitta ganhando o mundo e uma tonelada de prêmios, o Lollapalooza e o Rock in Rio arrebatadores, os 200 anos da Independência do Brasil, os 100 anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo e a eleição presidencial, é claro, que ocorreu sem grandes transtornos e trouxe um pouco de esperança para muita gente. Ah, sim, tudo isso foi acontecendo em meio a uma enxurrada de memes e virais internet afora. Então, bora, Bill, vamos acordar o Pedrinho com um tapa igual do Will Smith, só que com Luva de Pedreiro, pra não machucar. Enquanto os patriotas (ainda) aprontam das suas na frente dos quartéis, a gente por aqui confere os destaques do ano da Strip Me!

Uva passa no arroz, especial do Roberto Carlos, panetone, amigo secreto, confraternização da firma e retrospectiva do ano são a base de todo o fim de ano, desde os primórdios da humanidade. É o básico do básico. E o primeiro destaque da Strip Me neste ano foi justamente a coleção de camisetas básicas! Camisetas lisas, mas com diferentes cortes, cores e modelos. Para quem sabe que a vida é uma tela em branco, para você mergulhar num mundo de possibilidades, as camisetas básicas são perfeitas!

2022 foi um ano em que se destacaram pessoas com muita personalidade. A Anitta, por exemplo, não só ganhou uma tonelada de prêmios, bombou mundo afora e ainda se saiu bem de uma polêmica onde um sertanejo quis problematizar a bunda dela. Boa parte dos artistas no Lollapalooza também mostraram ter personalidade forte diante de uma proibição patética de não poder se manifestar politicamente no palco. Sabendo que todo mundo tem o seu jeitinho, sua personalidade e suas preferências, a Strip Me também teve como destaque neste ano as camisetas personalizadas! Para quem não abre mão da qualidade do nosso tecido e da nossa impressão de estampa, mas quer colocar na camiseta aquela frase de impacto, aquela imagem, aquela capa de disco… é só mandar, que a gente faz a camiseta do seu jeitinho!

Por outro lado, tem gente que parece ter muita personalidade, mas que tem umas atitudes de doer, né? E que a gente se pergunta, que diabos tem de errado com esse pessoal? Convenhamos. Um patriota pendurado na frente de um caminhão, gente na frente de quartel com celular na cabeça, sem falar na turma que está sempre puta, e vive de xingar e esbravejar nas redes sociais… olha, não é fácil. Portanto, não é à toa que um dos maiores destaques de 2022 na Strip Me foi a camiseta e o moleton WTF. Um jeitinho bem humorado de expressar esse nosso sentimento, e com muito estilo. Afinal tem essa brincadeira com a logo da MTV e tal. WTF is worng with people? É uma pergunta para a qual talvez nunca alcancemos a resposta. O que acaba por transformar essa estampa em algo verdadeiramente atemporal.

Mas claro que o brasileiro não tem só esse lado maluco e incompreensível. Na real, o brasileiro, de maneira geral, é um figuraça! Bem humorado, conversador e sempre muito criativo. Nós somos o povo que considera Evidências seu hino nacional extraoficial e que assiste debate político esperando os memes pipocarem, que aliás sempre aparecem, tal qual o padre de festa junina e a emblemática declaração do partido Novo: “Que tistreza!”. Nós somos o povo que enxerga valor no cotidiano e se orgulha da simplicidade, alçando como um de nossos símbolos mais auspiciosos o infalível vira-lata caramelo! Mais uma tendência que a Strip Me soube assimilar e transformar numa estampa incrível, que acabou se tornando mais um dos grandes destaques do ano! O Caramelo Republic, tanto na camiseta, quanto no moleton, foi um sucesso enorme. Também pudera, traz todos os elementos que amamos! Aquela referência á bandeira da California, terra onde sol, praia, rock n’ roll e aquele fuminho peculiar coexistem na maior legalidade, mas tem o nosso caramelo, deixando claro que aqui é Brasil, porra!

E não dá pra falar de 2022 e Brasil sem mencionar a Copa do Mundo e daqueles 4 minutos… Tá, vamos esquecer os 4 minutos. A Copa do Mundo foi uma delícia. E o brasileiro, por mais que critique e entenda todos os podres da política e da enxurrada de dinheiro gasto, quando chega a hora de assistir aquele Costa Rica X Tunísia às 7 da manhã, já se empolga, quer acender churrasqueira, ir pro boteco… Não adianta, a gente é pirado nesse negócio! Portanto, mais um destaque de 2022 na Strip Me foi a Coleção Copa do Mundo! Uma coleção inteirinha dedicada a este evento mundial tão empolgante e tudo que o cerca. Ou seja, tem referência ás figurinhas premiadas, às nossas grandes conquistas e, é claro, à cervejinha que nos embala antes, durante e depois do jogo! A coleção Copa do Mundo foi tão bem sucedida que certamente continuará vendendo nos próximos anos.

Mas olha, se a gente tiver que resumir 2022, certamente podemos dizer que foi o ano em que conseguimos nos reconhecer como brasileiros e como latino americanos sem viralatismo, mas sim com orgulho e esperança. Mesmo entre tantas tragédias, a começar pelo Capitólio, em Minas Gerais e Petrópolis no Rio de Janeiro, e tantas perdas incalculáveis, como a Elza Soares, a Gal Costa, o Erasmo Carlos, o Rolando Boldrin, o Milton Gonçalves… nós começamos a resgatar nossos símbolos nacionais, estamos nos conscientizando cada vez mais politica e socialmente e entendendo nosso lugar no mundo. Até no futebol, torcemos para a Argentina na final da Copa, deixando essa rivalidade besta de lado. Isso tudo se reflete no último grande destaque da Strip Me neste ano. As camisetas da Coleção Tropics, onde são reconhecidos os nossos valores através de estampas super estilosas e criativas como a América Latina, Carnaval, Nightporu e Van Dog. Camisetas que muito nos representam!

É. 2022 foi um ano daqueles. Foi pesado, foi desgastante, mas sobrevivemos. Agora é celebrar essa passagem e encarar 2023 com mais leveza e esperança. E a Strip Me continuará por aqui, sempre de olho e colocando em perspectiva tudo que acontece nos seus lançamentos, e também enaltecendo sempre os grandes ícones da música, da arte, do cinema e da cultura pop!

Feliz Ano Novo! Que o seu 2023 seja encharcado de barulho, diversão e arte!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o que rolou de melhor na música neste ano maluco de 2022. Retrospectiva STM 2022 top 10 tracks.

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Pensar no look perfeito faz parte do planejamento de quem vai a algum evento ou festival de música. E para saber como se vestir bem é necessário conhecer alguns detalhes muito importantes, como o tema do festival, o seu próprio estilo, duração, quem vai tocar e muito mais.

Um exemplo é que, dependendo do dia, a camiseta Rock in Rio precisará conter elementos que fazem referência aos grandes nomes do Rock e do Heavy Metal, ou então deverá ter ícones da cultura POP.

Já a camiseta Lollapalooza pode ter detalhes minimalistas, coloridos, que cite uma banda ou um artista que participará do evento.

Agora, se for a camiseta para o Primavera Sound, você pode investir em um look mais alternativo. Na hora de escolher a camiseta de festival perfeita, tudo vai depender do local, do horário e do que você quer expressar com o seu look.

Vários jovens com mãos pra cima vistos de costas curtindo festival de música

3 dicas para arrasar no look

Agora você confere 3 dicas para saber como se vestir bem em um festival e arrasar no look. Continue lendo!

Escolha roupas confortáveis e adequadas para o local

Na hora de escolher a camiseta para festival para aproveitar todos os momentos sem incômodo, pense em manter o estilo sem perder o conforto, sem passar muito frio ou muito calor.

Para isso, considere se o evento estará cheio, se ocorre a céu aberto ou em local fechado, se será durante o dia ou durante à noite e, por consequência, a temperatura e o clima.

Modelo masculino de calça preta básica e camiseta branca com estampa Hip Hop, modelo exclusivo Strip Me
Camiseta Hip Hop Strip Me Clothing

Utilize acessórios

O que não faltam são acessórios para deixar o seu look ainda mais completo e descolado.

Seja com itens coloridos ou até mesmo em uma única cor, em formatos distintos ou com diversas funcionalidades, eles são uma ótima opção para deixar o seu visual mais autêntico e diferente.

05 modelos de bolsas shoulder bag Strip Me, Cores: preto com verde, preto com cinza, preto com roxo, preto com preto e preto com branco
Shoulder Bags Strip Me Clothing

Não deixe de passar a sua personalidade

O look é onde a sua personalidade pode e deve ser comunicada. É a partir da construção dos detalhes que a sua identidade ficará em evidência para os outros participantes do festival.

Modelo feminina usando a camiseta WTF preta Strip Me
Camiseta WTF preta Strip Me Clothing

Opções para montar o seu look ideal não faltam e, para deixá-lo ainda melhor e totalmente com o seu estilo, visite o site e escolha as camisetas Strip Me que mais tem sua cara. Não tem como errar 😉

A música de chuteiras.

A música de chuteiras.

A cada 4 anos vivemos este clima efervescente, de muito debate, expectativa e patriotismo! Em cada mesa de bar do país se discute quem deve entrar e quem deve sair, e até mesmo são questionados os dispositivos eletrônicos, recentemente incorporados na disputa. É claro que você já entendeu sobre o que vamos falar hoje: Futebol! Faltam apenas 2 meses para começar a Copa do Mundo e já começamos a ouvir ao longe o som de gritos de torcida e vuvuzelas incessantes, já sentimos o cheiro da pipoca que será consumida assistindo aos jogos, já marcamos no calendário os dias de jogos do Brasil pra não marcar nenhuma reunião na empresa, já vemos adultos em toda a parte comprando álbum de figurinhas da Copa e se justificando pros amigos, dizendo que comprou pro filho! É o clima de Copa do Mundo, este momento mágico do futebol mundial, que encanta até aqueles que nem gostam tanto assim de esporte e passam os três anos que não tem Copa sem dar bola, com o perdão do trocadilho, para o futebol.

Por outro lado, tem muita gente, mas muita mesmo, que é super ligada no futebol. Torcedores apaixonados, que pautam vários momentos de sua vida de acordo com seu time do coração. Num país como o Brasil, onde o futebol faz parte da cultura pop, é muito comum a gente ver artistas de todos os segmentos, mas em especial da música, se manifestando sobre seus times e sobre o futebol em geral. Também é notável a relação de artistas britânicos com o futebol. Também, pudera, tal esporte efetivamente nasceu na Inglaterra. No mundo do rock inglês, tem de tudo, astros que são torcedores desencanados até astros que se tornaram dirigentes de times. A história da música pop, e do rock n’ roll em especial, é permeada por saborosíssimas histórias envolvendo o futebol.

Seria como cometer uma falta pra cartão falar de rock n’ roll e futebol e não mencionar com honras o MTV RockGol. O programa começou no longínquo ano de 1995 na MTV Brasil. A ideia do programa surgiu durante uma confraternização entre VJs e alguns músicos que faziam churrasco e batiam uma bolinha no fim de semana. Em 1995 e 1996 os jogos não eram transmitidos na íntegra e nem tinham narração, apareciam alguns momentos dos jogos e entrevistas com os músicos. Foi em 1997 que a coisa realmente cresceu e ganhou o formato totalmente excelente que todo mundo conhece. A MTV contratou o então grupo de humor Os Sobrinhos do Ataíde, que faziam sucesso arrebatador nas rádios paulistanas para capitanear o projeto. Com narração de Paulo Bonfá, comentários de Marco Bianchi e Felipe Xavier como repórter de campo, o RockGol ganhou vida e se tornou o programa de maior sucesso do canal. Além de contar com o bom humor da equipe de narração, os times proporcionavam um show à parte. No início os times levavam o nome das bandas de seus jogadores, mas depois passaram a ter outros nomes engraçados. E a graça era que a maioria dos músicos era realmente ruim de bola, proporcionando jogadas desencontradas, tombos, e trombadas inesquecíveis. A fase áurea do RockGol durou até 2008. Retornou com outra equipe de narração e cobertura em 2011, mas sem o mesmo brilho. Em 2013 o programa foi ao ar pela última vez.

O MTV RockGol só veio comprovar um fato já antigo. A música brasileira sempre se fez valer de grandes jogadores de futebol. Antes de revolucionar a música popular brasileira, o paraibano Jackson do Pandeiro atuou como goleiro do time Treze de Campina Grande na década de 1940. Somente aos 30 anos de idade o músico abandonou os campos de futebol para se dedicar á música. Djavan foi outro músico que começou dentro das quatro linhas. Era meio campista, e dos bons, dizem, do CSA-AL, time de Maceió. Ele jogou até os 19 anos. Quando precisou escolher entre subir para o time profissional ou se dedicar à música, ele escolheu tocar violão e escrever emblemáticos versos como “Insiste em zero a zero e eu quero um a um. (…) Mais fácil aprender japonês em braile, do que você decidir se dá ou não”. Imagine se tivesse virado jogador… Outro que foi jogador quando jovem foi Jorge Bem Jor, jogando como volante no juvenil do Flamengo. Jorge Ben acabou seguindo a carreira musical, mas o futebol nunca saiu de sua vida. Muitas de suas músicas abordam o tema, algumas delas se tornaram imenso sucesso, como Ponta de Lança Africano (Umbabarauma) e Filho Maravilha. Além de ex-jogadores, o rock brasileiro conta com vários torcedores fanáticos que levam o futebol para o palco, como o cruzeirense Samuel Rosa que escreveu a célebre canção Uma Partida de Futebol, Humberto Gessinger, (ex-Engenheiros do Hawaii) que rotineiramente se apresenta usando a camisa do Grêmio de Porto Alegre e Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, são-paulino doente que está sempre no Morumbi assistindo aos jogos.

Fora do Brasil, a maior concentração de músicos famosos ligados ao futebol está na Inglaterra. Além do país ser tradicionalíssimo no futebol, tem algumas das torcidas mais fanáticas e dedicadas do mundo. E quando a gente fala de músicos ingleses, a primeira coisa que vem na cabeça é Beatles, nessa relação com o futebol, já pensamos então no Liverpool F.C. Acontece que nenhum dos 4 músicos em questão era muito ligado ao esporte. Paul McCartney já foi visto ao longo dos anos em sua terra natal assistindo a alguns jogos do… Everton F.C.! Sim, o velho Macca torce para o time menor da cidade de Liverpool, o Everton. Que não é dos maiores da Inglaterra, mas não deixa de ser um time competitivo. Já Robert Plant, o eterno vocalista do Led Zeppelin, é torcedor fanático do Wolverhampton Wanderers, também conhecido como Wolves. Plant é tão presente na vida do time que chegou a ser eleito presidente de honra do clube! Já Elton John foi além. Em 1977 ele comprou o Watford F.C., time pelo qual sempre torceu e estava em baixa na época.  Elton John investiu no time e o presidiu até 2002! Sob o comendo do pianista, o Watford subiu para a primeira divisão e de lá nunca mais saiu, conquistando alguns títulos, inclusive.

Os músicos ingleses têm mesmo algumas histórias bem curiosas relacionadas aos seus times do coração. Eric Clapton, por exemplo, chegou a desembolsar uma grana considerável só para que seu time, o West Brom, pudesse participar de um jogo classificatório  fora do país. Em 1978 o clube vivia uma crise financeira, mas fazia uma boa campanha na Copa UEFA. Em setembro daquele ano, então  o guitarrista bancou a viagem do time até a Turquia para enfrentar o Galatasaray, pela primeira fase da competição. Ele bancou a viagem e hospedagem de todo o time. Ainda bem que o time não decepcionou e venceu os turcos por 3 a 1. Outra história inusitada, e até hoje sem uma explicação clara diz respeito à banda Pink Floyd. No disco Meddle, de 1971, consta a música Fearless, uma bela balada acústica que acaba com uma gravação da apaixonada torcida do Liverpool F.C. entoando seu cântico mais célebre, o refrão da música You’ll Never Walk Alone. Não só nenhum dos integrantes da banda nunca deram uma explicação de por qual motivo inseriram aquela gravação, como a dupla de compositores da música, Roger Waters e David Gilmour são de Londres, não de Liverpool, e torcedores declarados do Arsenal.

Ainda falando dos ingleses, não podemos deixar de citar a fortíssima fama de pé frio de Mick Jagger. Tudo começou em 2010, na Copa do Munda da África. Nas oitavas de final da competição, Jagger resolveu comparecer a alguns jogos e deu algumas declarações apoiando um ou outro time. E ele sempre acabava ficando do lado perdedor. O primeiro jogo foi Estados Unidos X Gana. Jagger sentou-se junto á torcida norte americana, e os Estados Unidos perderam por 2 x 1 para a seleção de Gana. Na sequência, foi acompanhar o jogo da Inglaterra, que foi sumariamente goleada por 4 x 1 numa verdadeira blitzkrieg da Alemanha. Nas quartas de final, correu a notícia que Jagger estaria no jogo Brasil X Holanda, torcendo pela seleção canarinho junto de seu filho Lucas. A notícia caiu como uma bomba na internet entre a infalível e impiedosa indústria de memes brasileira. E nem precisamos dizer que o Brasil foi eliminado. Mas não é só isso. Antes do jogo do Brasil, Jagger deu uma entrevista e disse que acreditava muito que a Argentina seria campeã. Dias depois a Alemanha metia 4 a 0 nos hermanos, e Tevez e sua turma se despediram da competição. Chega  2014 e pouco antes da Copa do Mundo do Brasil começar, os Stones faziam um show em Lisboa e Jagger vaticina para o público que Portugal tinha Cristiano Ronaldo e venceria aquela Copa do Mundo. No primeiro jogo dos portugueses, não só eles levaram uma goleada dos alemães, como foram eliminados ainda na primeira fase. A Inglaterra também não durou muito na competição. Mas como a Copa era no Brasil, Jagger estava lá para torcer ao lado de seu filho brasileiro. E é claro que ele estava lá, segurando uma bandeira brasileira naquela tarde fatídica no Mineirão, no célebre 7 a 1 da Alemanha.

Pra finalizar, vale a pena contar a história da vinda de Bob Marley ao Brasil. Em 1980 a gravadora BMG Ariola era inaugurada e um dos diretores da gravadora teve a ideia de convidar Bob Marley para a festa de inauguração, já que ele era do cast da gravadora na Europa. O rei do reggae veio, mas não trouxe sua banda e nem veio pra cá pensando em fazer shows. Queria apenas curtir uns dias de descanso. Em sua primeira entrevista em solo brasileiro, ele já mandou: “Estou feliz por estar aqui. Rivelino, Jairzinho, Pelé… A Jamaica gosta de futebol por causa do Brasil.” Marley fez questão de se encontrar com Pelé, de quem ganhou uma camisa 10 do Santos. No Rio de Janeiro, ele conheceu o ex-jogador Paulo Cézar Caju, que jogou na seleção tricampeã de 1970. Caju tinha alguns amigos músicos que já tinham o hábito de se juntar para fazer um churrasquinho e jogar bola numa chácara de propriedade de Chico Buarque. Logo já armaram o esquema pra rolar uma pelada daquelas para Bob Marley participar. No time de Bob Marley jogaram Chico Buarque, Toquinho, Moraes Moreira, Alceu Valença e Paulo Cézar Caju. Eles ganharam por 3 a 0, um dos gols de Marley. No outro time entre alguns desconhecidos estavam o sambista Carlinhos Vergueiro e o então jovenzinho Evandro Mesquita. Por fim, Marley veio ao Brasil e não fez show, mas jogou bola, alguns dizem que muito bem. Meses depois, em 1981 ele morreria de câncer na Jamaica.

É claro que este clima de bola no mato, que o jogo é de campeonato também bate forte no time da Strip Me, que se liga que o futebol e cultura pop andam muito juntos, como ficou claro neste post. Então aproveita essa onda pra conferir nossas camisetas de música incríveis, assim como as camisetas de arte, cinema, cultura pop, comportamento e muito mais. Na nossa loja você encontra tudo isso e muito mais. Aliás, é bom ficar sempre de olho, porque sempre tem novos lançamentos pintando na grade área por lá, pra você matar seu look no peito e marcar um gol de placa no rolê.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist caprichada com músicas sobre este nobre esporte bretão, que acabou virando paixão nacional brasileira. Bola na rede top 10 tracks.

Para assistir: Vale a pena deixar o clubismo de lado para assistir esse documentário. Apesar de não dizer respeito diretamente à música ou algo assim, a época da Democracia Corinthiana foi mágica e muito ligada à movimentos libertários, incluindo a amizade entre jogadores como Casagrande e Sócrates com músicos da cena roqueira como Titãs e Rita Lee. O doc Democracia em Preto e Branco, lançado em 2014 e dirigido pelo Pedro Asbeg é muito bom, e conta essa fase do futebol brasileiro com clareza, de forma envolvente. Recomendadíssimo.

Na maior onda!

Na maior onda!

Qual é a obra de arte mais reproduzida de todos os tempos? Alguns poderiam dizer que é a Monalisa, uma das obras primas de DaVinci. De maneira nenhuma é uma suposição descabida. Mas a Monalisa foi muito mais parodiada do que realmente reproduzida fielmente. Talvez a sopa Campbell do Warhol. Acontece que, além de ser uma marca, muito raramente a obra é reproduzida em sua totalidade, ou seja, uma imagem com 32 latas simetricamente enfileiradas, como numa gôndola de supermercado. Claro, também tem o famosíssimo O Grito, de Munch. Mas ele também raramente é reproduzido em sua totalidade, costuma ser recortado, além de ser muito parodiado, tal qual a Monalisa. Por incrível que pareça, a obra de arte mais reproduzida no mundo não é ocidental, e seu autor para muita gente é desconhecido. E você, que é mais espertinho, já se ligou que estamos falando de A Grande Onda de Kanagawa

Pra contar a história dessa obra incrível, se faz necessário dar aquela contextualizada. A Grande Onda de Kanagawa faz parte de um conjunto de 36 xilogravuras conhecidas como 36 Vistas do Monte Fuji, do artista japonês Katsushika Hokusai. Essas obras foram concebidas entre 1829 e 1831. A primeira metade do século XIX foi muito conturbada para os japoneses. A história do Japão é muito interessante e única. O primeiro contato que os japoneses tiveram com os europeus foi em 1542, quando os portugueses dominavam as explorações marítimas. Os portugueses logo encheram a ilha de jesuítas, com a intenção de catequizar os japoneses e criar mais uma colônia. Mas deu errado. Os japoneses eram ótimos guerreiros e enxotaram os jesuítas de lá. O ótimo filme Silêncio, do Martin Scorsese, retrata bem esse período. Já no início do século XVII o governo japonês executou sem dó nem piedade milhares de japoneses que haviam se convertido ao cristianismo e fecharam seus portos para o resto do mundo. Era o início do xogunato, que manteria o Japão isolado do mundo por 250 anos. 

36 Views of Mount Fuji – #3 Rainstorm beneath the Summit (Sanka haku-u) – Katsushika Hokusai (1831)

No começo do século XIX as principais potências do mundo, interessadas em fazer negócio e ganhar dinheiro, claro, começam a forçar o governo japonês a abrir seus portos. Alguns japoneses mais ricos começam a viajar para a Europa, e voltam influenciados pela cultura ocidental. Com a aristocracia, e consequentemente o governo, dividida entre conservadores e entusiastas da ocidentalização, os Estados Unidos aproveitam para realizar uma invasão em 1854, que forçou o governo a abrir portos e assinar tratados de mercado com vários países. Claro que a população ficou dividida e houveram conflitos internos, mas acabou que a tal ocidentalização rolou mesmo, e ficou conhecida como Revolução Meiji. E se você ligou esse período histórico com o filme O último Samurai, protagonizado pelo Tom Cruise, acertou de novo! Tá, mas e daí? Onde a onda entra nessa história toda? 

Na década de 1820 se intensificam as viagens de japoneses para o ocidente. Nosso querido Katsushika Hokusai acaba sendo diretamente impactado por isso. Nessa época ele já era um artista plástico, conhecido no Japão, tinha mais de 60 anos de idade. Sempre foi conhecido pelo experimentalismo e por conhecer profundamente a arte japonesa e chinesa. Não há registros de que ele próprio tenha ido para a Europa, mas sabe-se que ele teve contato com obras de Goya, Delacroix e outros pintores europeus naquele início do século XIX. E os traços fortes e sobretons dessas obras o deixaram cheio de ideias. O lance é que a pintura no Japão era tradicionalmente feita através da ukiyo-e, também conhecida como xilogravura. Uma técnica que não permite explorar sobreposição de tonalidades de cores e diferentes traços e contornos com facilidade. A ukiyo-e inicialmente era feita somente em cor preta. No fim do século XVIII alguns artistas desenvolveram técnicas para fazer obras coloridas. E Hokusai conseguiu desenvolver ainda mais tais técnicas, permitindo variações de tons e sombreamentos. 

36 Views of Mount Fuji – #1 Under the Wave of Kanagawa (Kanagawa-oki nami-ura) – Katsushika Hokusai (1831)

Essa tradição de ukiyo-e era muito popular e muito barata. Afinal, basicamente, a xilografia é uma técnica de reprodução, à partir de uma matriz de madeira. Ou seja, você entalha um desenho numa placa de madeira, passa a tinta, coloca um papel por cima e pronto. Tal qual um carimbo, o desenho está no papel e pode ser comercializado facilmente. Voltando ao contexto histórico, inevitavelmente, essas xilogravuras começaram a chegar na Europa, e a agradar muito. A Grande Onda de Kanagawa acabou chamando a atenção não só dos japoneses, mas também de muitos artistas na Europa. Afinal, Hokusai elaborou uma cena congelada, mas cheia de movimento e tensão. O tom escuro do azul do mar, a crista da onda como garras de um monstro, os minúsculos pescadores em seus barcos e, ao fundo, o Monte Fuji. Uma obra impressionante. Tão impressionante que acabou influenciando o movimento impressionista europeu, de Monet, Renoir, Degas e etc. 

Realmente A Grande Onda de Kanagawa deve ser mesmo a obra mais reproduzida do mundo. Não só por estampar canecas, tênis, carteiras, capas de cadernos, chaveiros, mochilas, camisetas e mais uma infinidade de produtos. Mas também por se tratar de uma xilogravura. Estima-se que da matriz de madeira original entalhada por Hokusai tenham sido impressas mais de 5 mil gravuras. E é justamente o fato de não ser uma obra única, numa parede de museu, que faz dela uma obra tão famosa mundialmente, e, em contra partida, faz com que seu autor não seja tão conhecido assim. A xilogravura, de maneira geral, tem essa característica tão importante, de tornar uma obra de arte acessível a muitas pessoas a custos muito baixos. Tanto é que aqui mesmo, no Brasil, a xilogravura teve um papel fundamental na concepção e popularização de uma arte multimídia e muito original, a cultura de cordel do nordeste brasileiro. 

36 Views of Mount Fuji – #5 Surugadai in Edo (Tôto sundai) – Katsushika Hokusai (1831)

A Grande Onda de Kanagawa, do mestre Hokusai, é tão genial, carrega uma história tão acachapante, está tão entranhada na iconografia da cultura pop, que é uma onda irresistível de se mergulhar. E ninguém surfa melhor entre as ondas da arte e da cultura pop do que a Strip Me. Entre um tubo, uma cavada e um floater, a Strip Me apresenta camisetas com estampas originais e super descoladas inspiradas em obras de arte, ícones da cultura pop, além de cinema, música e comportamento. Então descansa essa prancha na areia e vem dar uma olhada nos últimos lançamentos na nossa loja

Vai fundo! 

Para ouvir: É onda que você quer, então é surf music que você vai ter. Uma playlist caprichada no que há de melhor na surf music. Surf top 10 tracks

Para assistir: Apesar de O Ùltimo Samurai, lançado em 2003, ser um filme bem divertido e retratar a época em que A Grande Onda de Kanagawa foi produzida, o filme Silêncio, de Martin Scorsese, lançado em 2016, é muito mais recomendável! Um filmaço, denso e plasticamente muito bonito! Vale a pena demais! 

Para ler: Ainda na cultura de samurais e do Japão feudal, a recomendação aqui é a obra prima de Frank Miller, a brilhante graphic novel Ronin. Uma história envolvente que liga o Japão feudal com uma New York suja e violenta, com desenhos absurdos de bons! Leitura fundamental! 

Strip Me Clothing: O Manifesto GREEN POWER Master Blaster!

Strip Me Clothing:                   O Manifesto GREEN POWER Master Blaster!

Estamos aqui pra extrapolar, pra ir adiante! Ao produzir uma peça, a Strip Me  imprime nela muito mais que uma estampa descolada. Estamos produzindo junto muita responsabilidade. Assim como sabemos que diversão e arte são combustíveis essenciais para a vida, por isso elaboramos camisetas para os melhores rolês, também sabemos da nossa responsabilidade social enquanto marca 100% nacional.

Da fabricação da peça à entrega na sua casa, a nossa pegada é estar em sintonia com fatores reais de sustentabilidade. Na prática, não na propaganda. Nossas camisetas são produzidas com malha 100% algodão, todas com certificação BCI (Better Cotton Initiative). O que garante que o algodão utilizado vem de uma plantação saudável, equilibrada, que utiliza água de maneira responsável, não prejudica o solo e nem o habitat natural das redondezas

Minimização do impacto ambiental no tecido e também na estampa, claro! Só usamos tintas ecologicamente corretas e certificadas, nos equipamentos mais f**das do mercado, o santo graal da tinta no tecido.

Quer mais um detalhe? Nossa produção é On Demand. Você faz o pedido aí, e nós produzimos o seu produto aqui. O seu, exclusivo. Não há estoque extra, não há consumo extra de tinta, de tecido, de energia elétrica… de nada! Até a caixa da Strip Me que chega aí na sua casa, tudo é feito para que possa ser reaproveitado ou reciclado. Menos é mais, sempre.


Parceria. Esse é outro pilar da Strip Me. Além de trabalhar com produtores locais, fomentando e gerando emprego e renda, também temos muito orgulho de apoiar e dar espaço para artistas independentes através das nossas collabs. Quem é cliente, tá ligado. Damos espaço e liberdade total para que nossos collabs apresentem seus trabalhos, agregando ainda mais originalidade, diversidade e arte na nossa e na sua vida. Além de usarmos a estrutura da Strip Me como vitrine para lançá-los no mercado, para que se destaque


Mas a coisa não acaba no produto. A venda também tem o seu diferencial. Na Strip Me toda venda realizada gera uma doação. Ao finalizar a compra, você seleciona para quem você quer que a doação seja destinada e nós cuidamos do resto. Apoiamos entidades ligadas ao combate à fome ou à proteção aos animais. Isso sem custo adicional nenhum para você. Você escolhe, a gente é que doa! E fazemos o tracking dessa doação nas Ongs e Institutos.


Nós estamos aqui pra transpor, pra extrapolar. Estamos aqui pela diversidade, pelo plural, pela arte. Queremos inspirar, conectar pessoas, com atitude, originalidade e responsabilidade! Diversão, arte e sustentabilidade! Strip Me Green Power Style, baby!


Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist suave com 10 tracks que pregam uma vida mais sustentável e tranquila, em harmonia com o meio ambiente. Aquela dose de bicho grilagem na medida certa!


Para assistir: A National Geographic produziu uma minissérie de dez episódios que é a coisa mais linda. É um amplo e muito profundo documentário chamado One Strange Rock. Além de imagens impressionantes, tem a narração bem humorada do Will Smith e apresenta várias surpresas sobre essa bolota tão impressionante que é o nosso planeta.

Pista Livre

Pista Livre

Uma estrada sem fim, que vai se estreitando até o horizonte, um céu mesclado de azul, laranja e amarelo, que pode ser uma alvorada ou um entardecer, dos dois lados da estrada planícies de mato e rochas. Nenhum sinal de civilização, nenhum outro carro na pista, só o seu. Enquanto pisa no acelerador e contempla o céu, o vidro aberto deixa entrar um revigorante sopro de ar fresco. Você aumenta o volume e canta junto com Mick Jagger: “I’ll never be your beast of burden, I’ve walked for miles my feet are hurting”. O conjunto dessas imagens e sensações é chamado de Liberdade.

Photo by Maizal Najmi (2017)

Road trips fazem tão bem que deveriam ser receitadas por médicos periodicamente, como tratamento preventivo contra o stress e problemas cardíacos! Road trips deveriam ser um direito básico de todo ser humano. Tais viagens deveriam ser incentivadas e cada vez mais celebradas. As road trips são um patrimônio da humanidade. Se você ainda não experimentou uma viagem assim, se prepara. Vou te dar algumas dicas aqui.

Photo by Dominika Roseclay (2018)

Primeiro você decide se quer fazer essa viagem sozinho, com sua namorada, seu namorado, par romântico, crush, com sua esposa, ou marido, e filhos ou com alguns velhos amigos. Se você for sozinho, uma playlist bem elaborada é a coisa mais importante, a música será sua melhor amiga, é com ela que você vai conversar durante todo o trajeto. Viajar sozinho é o único caso em que o destino não importa. Você para onde quiser e quando quiser. A estrada também pode ser o cenário para grandes romances. Viajar com a namorada é uma ótima oportunidade de estreitar laços, curtir a companhia um do outro, parar no meio do caminho para curtir paisagens e por aí vai. O mesmo vale para a família. Uma road trip é uma ótima oportunidade para mostrar para o seu filho que não existem limites a serem conquistados neste mundo. Tudo é possível. Já uma viagem com velhos amigos… bom, a única garantia é que tudo pode acontecer.

Photo by Roman Odintsov (2019)

Estamos acostumados a ver nos filmes as longas viagens pelos platôs e cânions ressecados norte americanos, a eterna busca do oeste pela rota 66. Mas te garanto que na Améria do Sul você encontra estradas, caminhos, paisagens e destinos tão empolgantes e incríveis quanto os de Hollywood. Claro que você vai passar por algumas estradas esburacadas, mas vai valer a pena. Pode ser por caminhos litorâneos quentes e sedutores, os caminhos belos e montanhosos de Minas Gerais, os caminhos selvagens pelo Mato Grosso que te levam até os mistérios da Bolívia ou Colômbia, ou ainda o épico e deslumbrante trajeto dos antigos bandeirantes seguindo pelas serras catarinense e gaúcha até os desertos gelados da Argentina.

Photo by Simon Matzinger (2013)

O mundo e os valores da sociedade estão mudando, cara! Ainda bem! Você não precisa ter uma casa grande, uma carreira profissional quadradinha num escritório. Você precisa é viver! Ter experiências! Para isso, você só precisa de um bom carro, que pode ser seu ou simplesmente alugado, uma longa e seleta playlist musical, uma garrafinha térmica de café, muita água, alguns sanduíches ou salgadinhos, umas frutas e uma estrada que te encante e desafie. Ponha esse pé na estrada e vai viver!

Photo by Nick Bondarev (2018)

VAI FUNDO!

Para ouvir: Lógico que a gente tem uma playlist com 10 tracks para te inspirar a pegar a estrada! Confere lá!

Para assistir: Existem dezenas de grandes filmes que envolvem estradas e viagens. Assassinos Por Natureza, Thelma & Louise, Easy Rider, Pequena Miss Sunshine… mas a minha dica aqui é o maravilhoso Um Mundo Perfeito, dirigido por Clint Eastwood, protagonizado por Kevin Costner e lançado em 1993. Dá pra ver ele completinho no YouTube na faixa.

Para ler: Já falamos aqui sobre a Beat Generation, eu sei. Mas não dá pra falar de road trip e não citar, recomendar e exaltar o fundamental livro On The Road, obra máxima de Jack Kerouac. Uma verdadeira bíblia para quem quer passar um bom tempo na estrada.

Para ver: A fotógrafa Joanna Proffitt rodou os Estados Unidos um ano atrás com sua exposição “An Arizona Road Trip”, com fotos incríveis de cânions e desertos beirando as estradas do sul e oeste dos Estados Unidos. Boa parte destas imagens estão disponíveis no site da fotógrafa, na seção “Landscape”. Dá uma olhada.

Beat it!

Beat it!

“Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito.”. Às vezes eu acho que a cultura pop inteira se baseia neste célebre verso do William Blake. Pensa comigo: Começa que o Blake era um poeta do romantismo, assim como Rimbaud, Baudelaire, Lord Byron e tantos outros. O romantismo e o ultra realismo foram os gêneros literários que mais influenciaram os escritores da Geração Beat. Aldous Huxley, que não era um beatnik, mas foi um grande escritor inglês, usou este verso de Blake para nomear seu estudo sobre mescalina, onde relata suas experiências alucinógenas. Por sua vez, este livro do Huxley inspirou Jim Morrison a escolher o nome de sua banda, além de influenciar desde artistas como Bob Dylan até estudiosos como o controverso neurocientista Timothy Leary. Mas o que realmente une o romantismo dos séculos dezoito e dezenove, experiências alucinógenas, literatura, Jim Morrison e Bob Dylan é a Geração Beat.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se estabelecem como maior potência econômica do mundo. Surge o american way of life, baseado numa sociedade cristã, moralista e conformada. Ou seja, para a maioria das pessoas no país, famílias brancas de classe média, se não faltava comida na mesa, por quê se preocupar com questões como racismo, tabus sexuais e até mesmo filosofia ou questões existencialistas? Pois foi nessa época que alguns jovens que não aceitavam essa postura se conheceram na Universidade de Columbia, em New York. William Burroughs, Jack Kerouac, Allen Ginsberg e Lawrence Ferllinghetti eram todos estudantes aspirantes a escritores que tinham em comum o gosto por autores como William Blake, Rimbaud e Dostoiévsky, além de se ligarem em altas doses de álcool, maconha e muito jazz.

Não é exagero dizer que os escritores beat, principalmente Burroughs, Ginsberg e Kerouac, mudaram o mundo. Seus livros foram tão influentes que é possível nota-los, não só  na literatura, como na música e no cinema em obras lançadas 40, 50 anos depois. On The Road, de Jack Kerouac é considerado uma bíblia para onze entre dez hippies que viveram o auge do Flower-Power m 1967. Incluindo aí Jim Morrison, que não era propriamente um hippie, mas tinha o livro de Kerouac como modelo para seu estilo de vida. Bob Dylan, que ajudou a moldar o rock n’ roll como o conhecemos, também era ávido leitor dos beats e chegou a ter uma amizade próxima com Allen Ginsberg.

Mas, talvez o maior ícone desta geração, em especial para o rock n’ roll, seja William Burroughs. A encarnação da contradição, Burroughs descrevia todo o tipo de devassidão, acreditava no caos artístico e era usuário frequente do mais variado cardápio de drogas e alucinógenos. Mas se apresentava sempre num sóbrio terno cinza escuro com colete e chapéu. Era pacifista e libertário, mas tinham em casa uma coleção de armas de fogo. Apesar de seu estilo de vida autodestrutivo, Burroughs viveu até os 83 anos, quando morreu em 1997. Ao longo de sua vida, conviveu com diversos artistas da música, com alguns tendo uma convivência considerável, como foi o caso de Lou Reed e Patti Smith, ou encontros únicos, porém memoráveis como Michael Stipe (REM), Kim Gordon (Sonic Youth), Madonna, David Bowie e Kurt Cobain.

Falar sobre os Beats é missão árdua, pois há tanto o que ser dito e estudado. Em contra partida é extremamente prazeroso notar como genialidade gera genialidade. Assim se conectam Willian Blake, que morreu em 1827 com Kurt Cobain, que morreu mais de 150 anos depois, em 1994, através de uma geração de escritores que, entre uivos, almoços nus e pés na estrada, mudaram o mundo.

Cadastre-se na Newsletter
X

Receba nossos conteúdos por e-mail.
Clique aqui para se cadastrar.