Os 10 Mandamentos do Boteco.

Os 10 Mandamentos do Boteco.

Apesar de ultra democrático, o bom e velho boteco não é terra de ninguém. Há um código de conduta não escrito, mas que deve ser respeitado. Portanto, hoje a Strip Me apresenta os 10 Mandamentos do Boteco.

Bar, doce lar! Não há lugar onde o brasileiro se sinta mais em casa do que o bar. Aquele boteco gostoso, com mesas na rua, cerveja estupidamente gelada e garçom gente boa. Mais que um simples estabelecimento comercial, é uma instituição brasileira e patrimônio socio-cultural. O bar é a materialização da democracia, onde todo o tipo de gente conversa sobre todo o tipo de assunto com liberdade. Mas falando assim, parece que é um lugar com certa pompa e circunstância. Mas é nada! É um lugar despojado e agradável que você pode ir de bermuda e chinelo ou de roupa social, que ninguém vai te julgar.

Mas não pense você que essa liberdade e despojamento fazem do boteco um lugar ao deus dará, uma terra de ninguém. Justamente por essa aura livre, não tem uma regra escrita de como agir e o que não fazer no bar. Mas claro que há um código de conduta, um decálogo de mandamentos a serem seguidos. Algo que está no consciente coletivo e que todo mundo meio que sabe, sem saber direito de onde aprendeu. Para exaltar a chegada desse calorão, o mês da Oktoberfest e simplesmente porque nós amamos um bom papo na mesa do bar, a Strip Me traz Os Dez Mandamentos do Boteco.

1. O que acontece no bar, fica no bar.

É meio que como as regras do Clube da Luta. A mesa do bar tem ares de confessionário, e o álcool tende a fazer com que as pessoas se tornem cada vez mais sinceras, além de ser um combustível muito eficiente para transformar pessoas comuns em hábeis dançarinos. Mas isso tudo não precisa ser motivo de buchicho ou chacota durante o cafezinho na segunda feira de manhã na empresa.

2. Serás cliente fiel de pelo menos um bar na cidade onde moras.

Olha, uma das características básicas do boteco é a boa convivência. E a boa convivência é algo que se constrói ao longo do tempo. Por isso, é muito importante você eleger em sua cidade o seu bar favorito, e frequenta-lo periodicamente, saber o nome do dono do bar, de pelo menos um dos garçons e etc. Isso te impede de ir a outros bares? Claro que não! Mas é sempre bom ter um porto seguro, onde você tem certeza que a cerveja estará gelada e que você não vai precisar pedir pra trocar a tulipa pelo copo americano.

3. Conversarás com o garçom além do essencial.

Esse negócio de falar somente o essencial é que com o motorista do busão. No bar, você tem total liberdade para pedir opinião do garçom não só sobre qual a porção mais apetitosa, mas também sobre o desempenho do time que vai jogar nos dias vindouros e até mesmo pedir conselhos amorosos. Garçons são sempre pessoas sábias e merecem ser ouvidas.

4. Não deixarás a cerveja esquentar no copo.

Não caia em conversa furada de falsos profetas, que teimam em levar etiqueta e melindres para a mesa de bar. Há quem diga que é indelicado colocar cerveja no copo de outra pessoa, sem que ela peça. Besteira! No bar, não se deixa a cerveja esquentar! Completar um copo que está com menos da metade é um favor que você faz àquele amigo que bebe mais devagar. Aquele golinho no fundo do copo pode rapidamente esquentar, tornando-se pouco atrativo ao paladar. Ao completar o copo com cerveja gelada, você restitui o equilíbrio da mesa.

5. Pedirás um petisco.

Nem que seja um amendoim. Mas um tira gosto é essencial para manter a mesa do bar funcionando perfeitamente, além de prolongar a qualidade da conversa ali desenvolvida. Afinal, todo mundo sabe que beber de barriga vazia faz com que o álcool faça efeito mais rápido. Para não começar a enrolar as palavras logo na quinta ou sexta garrafa, uma boa porção é fundamental. De preferência alguma fritura, como um belo torresmo, que ajudará a metabolizar o álcool no seu organismo. Além disso, tal ato vai colaborar com a arrecadação do bar, permitindo que ele se mantenha aberto e funcionando bem.

6. Saberás pedir cerveja gelada por diferentes expressões.

Não só por uma questão de entretenimento e diversão, mas também para evitar a monotonia da repetição da mesma frase muitas vezes na mesma noite, é importante que o frequentador do boteco tenha um bom vocabulário de expressões para chamar aquela cerveja gelada. “Vê uma trincando.” ”Me traz uma canela de pedreiro!” “Traz aquela com o véu de noiva.”  “Desce aquela tirada do cu da foca.” E por aí vai. O mesmo vale para a maneira como você se refere ao garçom. Amigão, doutor, mestre, consagrado, professor, meu querido, comandante…

7. Conversarás sobre todos os assuntos.

No bar é muito importante que você converse sobre todos os assuntos possíveis. Mesmo que você não entenda nada sobre o assunto em curso na mesa, opine, mostre-se curioso e tente aprender alguma coisa. Veja bem, não confunda a mesa do bar com um palanque ou uma sala de aula. Ninguém gosta de um palestrinha. Mas é sempre bom ter conversas leves e descomprometidas sobre os mais variados assuntos. O importante é não ficar a noite toda com a cara enfiada no celular só porque você não viu o último filme do Scorsese ou não liga a mínima que a Sandy é a mais nova divorciada da praça.

8. Não brigarás.

Esse é tão óbvio que não precisava nem ser dito, né? Até porque sair na mão é um troço muito demodê, é cafonérrimo, muito anos 90. Hoje em dia ninguém resolve mais nada brigando. Além disso, derruba o clima do bar, deixa todo mundo tenso, enquanto estão todos ali pra relaxar e curtir. Pra piorar, uma briga pode causar danos materiais ao bar e deixa-lo com fama de lugar mau frequentado. Portanto, se quiser brigar, não vá pro bar, vá pro Twitter.

9. Pedirás a saideira antes da conta.

Certas tradições são inquebráveis! Essa é uma delas. Todo mundo na mesa concorda que a conversa está boa, mas está ficando tarde, já comeram e beberam o suficiente e tal? Tudo bem. Então é hora de pedir a conta. Mas é absolutamente necessário manter o decoro e fazer como manda o figurino dizendo: “Campeão, traz pra gente a saideira e a conta faz favor!” A saideira é a responsável pelo brinde de despedida e por deixar o inebriante gostinho de quero mais, que fará com que todos na mesa aguardem ansiosamente pelo próximo fim de semana.

10. Se for embora antes dos demais, pedirás a parcial e pagarás sua parte.

Outro mandamento que nem precisava ser dito, de tão óbvio e ululante. Mas é sempre bom reforçar, porque sempre tem um espertinho que toma uma caixa de cerveja, joga trinta reais na mesa e vai embora de fininho. Ora, o fiel frequentador do boteco jamais faz isso. Se precisa ir embora antes dos demais da mesa, ele pede uma parcial, faz a divisão e paga sua parte. Assim, mantém todo um equilíbrio entre os presentes na mesa que ficarão até o final, além de fortalecer os vínculos de confiança e amizade.

Eu ouvi um amém? 10 Mandamentos desses é pra glorificar de pé, de preferência, com copo em riste, pronto pra brindar! O boteco é esse poço de brasilidade, lugar de barulho, diversão e arte, de diversidade, liberdade e democracia! Um lugar que a Strip Me leva no coração e se inspira para elaborar as mais lindas e descoladas camisetas de bebidas, mas também de cultura pop, onde o boteco está mais que inserido, aliás. E tem ainda as camisetas de arte, cinema, música, games e muito mais. Na nossa loja você confere tudo isso e ainda fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist digna de um fiel botequeiro! Bar, doce lar Top 10 tracks.

Para assistir: Recomendadíssimo o documentário sobre um dos grandes cantores de todos os tempos no Brasil: Cauby Peixoto. O filme Cauby: Começaria Tudo Outra Vez foi lançado em 2015 e dirigido por Nelson Hoineff. E o que um doc sobre o Cauby Peixoto tem a ver com o tema do texto? Ora, o Cauby fez sua fama e até seus últimos dias de vida se apresentou no bar mais famoso de São Paulo, o Bar Brahma! E, além disso, o Cauby tem uma história incrível que merece ser conhecida.

Um brinde ao cinema!

Um brinde ao cinema!

A Strip Me traz um top 5 de Drinks que foram imortalizados pelo cinema!

Que o cinema sempre gerou tendências, isso não é novidade. Desde James Dean vestindo calça jeans, camiseta branca e jaqueta até a Reese Whiterspoon de vestido cor de rosa no tribunal. É evidente que o cinema tem uma influência brutal sobre a sociedade. Não só no vestuário, mas no comportamento e no consumo em geral. Já faz tempo que a indústria cinematográfica inventou o merchandising. Então, a gente sabe que não é à toa que o Marty McFly toma Pepsi no passado, no futuro e no presente ou que o Forrest Gump calce tênis Nike para correr pelos Estados Unidos. Mas muitas vezes, algumas tendências surgem involuntariamente.

Todo mundo gosta de tomar um bom drink entre amigos. Num encontro amoroso então, é ainda mais charmoso degustar um atraente drink bem elaborado. E nisso o cinema sempre se mostrou prodigioso em mostrar. Tanto que muitos drinks ganharam fama mundial e são consumidos até hoje graças ao cinema. E essa união de cinema e drinks é tão deliciosa, que a Strip Me resolveu apresentar um top 5 dos melhores e mais famosos drinks no cinema, pra você tomar no balcão do bar no maior estilo, ou até mesmo reproduzi-los em casa.

Manhattan

Pra começar vamos com um clássico em todos os aspectos. Quanto Mais Quente Melhor é considerado um dos melhores filmes do diretor Billy Wilder. Lançado em 1959, o longo conta com Tony Curtir, Jack Lemmon e Marilyn Monroe. Ficou famosa a cena em que uma sedutora Marilyn prepara um drink para a dupla de fugitivos interpretados por Curtis e Lemmon, dentro de um trem. Ela mistura vermute e bourbon e diz que o drink se chama Manhattan. Essa cena foi o suficiente para imortalizar o drink e fazer dele um dos mais pedidos nos bares dos Estados Unidos no anos 60.
O Manhattan clássico leva uma dose de vermute, duas doses de bourbon, gelo, uma cereja uma lasca de casca de laranja para decorar. Coloque o vermute, o bourbon e o gelo numa coqueteleira, misture bem e sirva na taça, finalizando com a cereja e a casca da laranja. É servido numa taça do tipo coupette. Se quiser, é uma boa ideia deixar a taça no congelador por uns 15 minutos antes de servir o drink.

Dry Martini

A primeira vez que James Bond explicou como gosta de seu Dry Martini foi no filme 007 Contra Goldfinger, de 1964. Na famosa cena, Sean Connery explica que ao drink deve ser batido e não mexido. Um comentário controverso, diga-se. Mas  a gente chega lá. Bond foi adaptado para o cinema, vindo dos livros de Ian Fleming. E logo no primeiro livro, Casino Royale, lançado em 1953, o personagem dá uma descrição detalhada do preparo de seu drink favorito. “três medidas de gin Gordon’s, uma de vodka, meia medida de licor Kina Lillet, bem agitada até que esteja gelada, em seguida, adicione uma fatia grande e fina de casca de limão”. Nos filmes que vieram depois de Goldfinger, James Bond repetiu inúmeras vezes que prefere seu Dry  Martini batido, não mexido. O fato é que o correto é que o drink seja servido coado, límpido, sem nenhum vestígio sólido de gelo. Entretanto, o drink deve ser servido bem gelado. Por isso, alé de manter a taça resfriada antes de servir, a mistura das bebidas deve ser feita numa coqueteleira ou num mixing glass com bastante gelo, e depois coada para ser servida. Mexer a mistura com uma colher é mais apropriado, porque, ao ser batido na coqueteleira, o gelo se quebra em pedaços pequenos e derrete mais rápido. Assim, o drink fica diluído e com cristais de gelo que não são retidos na coagem. Mas, convenhamos, quem somos nós pra questionar o gosto do 007?
Para preparar seu próprio Dry Martini, antes de tudo, coloca a taça para resfriar. Numa coqueteleira com bastante gelo, coloque 60ml de gim, 20ml de vodca e 10ml de vermute branco. Mexa (ou bata, como preferir) bastante. Coe, sirva na taça fria e coloque uma lasca fina de casaca de limão siciliano. Ah, sim. O dry martini tradicional é servido com uma azeitona dentro. O do James Bond, porém, não leva azeitona. Aí fica a seu critério.

The Red Eye

Só mesmo o Tom Cruise exalando juventude seria capaz de convencer alguém a beber uma parada que mistura cerveja, suco de tomate e ovo cru. No clássico oitentista Cocktail, um filme de gosto questionável, mas sucesso de bilheteria, Cruise interpreta um barman e prepara esse drink inusitado chamado Red Eye. Desde então, o drink passou a ser solicitado em bares em todo o mundo. O filme é de 1988, e o personagem de Tom Cruise é um jovem ambicioso que abandona o exército e quer subir na vida. Acaba arranjando um trampo de barman, se dá bem, mas acaba tendo alguns conflitos or causa de uma paixão. Enfim, um roteiro fraquíssimo. Mas o filme acaba sendo um bom entretenimento. Já o drink Red Eye não consegue ficar no meio termo. Ou é amado ou é odiado. É um sabor que não dá pra explicar. Só experimentando mesmo. Então segue a receita.
Como boa parte dos drinks, é legal resfriar o recipiente onde a bebida será servida. Neste caso, uma caneca de 500ml. Na caneca resfriada, coloque 1 lata de cerveja de 350ml, 30ml de vodca, 180ml de suco de tomate e mexa bem como uma colher. Como o drink não leva gelo, é legal que todas as bebidas estejam geladas. Em seguida quebre o ovo cru na caneca e não mexa mais. O ideal é que a gema não se quebre. Para decorar, você pode colocar um talo de salsão. Aí é só respirar fundo e mandar essa mistura pra dentro.
Boa sorte.

White Russian

E chegamos aos anos 90! Finalmente! Chega de sofisticação e exageros! Nada de copinho resfriado e casca de limão! Nada de excentricidades e ingredientes exóticos! A gente só quer relaxar, cara! Andar de bermuda e roupão, jogar conversa fora e tomar uma paradinha doce, mas que dê aquela chapada. E assim, ao mesmo tempo, descrevemos o drink White Russian e o nosso querido The Dude, O Grande Lebowski! O brilhante e divertidíssimo filme dos irmãos Coen, de 1998, foi o responsável por popularizar de vez esse drink, que já existia em alguns bares da California desde os anos 1940. E o filme Grande Lebowski é tão bom quanto o drink White Russian. Ambos exalam uma certa maturidade, mas são leves e contém uma certa complexidade surpreendente. Então coloca um som do Supergrass pra tocar e aprende a fazer um legítimo White Russian.
Numa coqueteleira, coloque uns 4 ou 5 cubos de gelo, 60 ml de creme de leite e 60ml de vodca. Misture bem, até sentir que a coqueteleira está bem gelada nas suas mãos, sinal que a mistura dentro está bem homogênea. Num copo baixo coloque 40ml de licor de café e uns 3 cubos de gelo. Coloque devagar a mistura da coqueteleira usando um coador, assim, o drink vai ficar numa coloração degradê bonita no copo. Agora é só tirar o chinelo, botar os pés pra cima e saborear.

Cosmopolitan

O cosmopolitan é um drink tradicional, mas era mais conhecido e consumido nos Estados Unidos, especificamente na costa leste. Mas foi só a Carrie Bradshaw, emblemática personagem interpretada pela Sarah Jessica Parker na série e nos filmes Sex and the City, que o drink se tornou conhecido no mundo inteiro e virou o drink queridinho do público feminino. Não por acaso. Afinal, tanto a série como os filmes transmitem com perfeição o universo de mulheres independentes, determinadas e bem sucedidas que, é claro, vivem altos e baixos, tem inseguranças, medos e defeitos. Aliás como todo mundo os tem, homens e mulheres. E o drink cosmopolitan remete justamente a essa exuberância da mulher, que a série e os filmes retratam. Um drink tão saborosos quanto simples que não precisa nem descer do salto para fazer. Antes de começar, pegue uma taça de Martini e coloque pra resfriar no congelador. Numa coqueteleira coloque 50ml de vodca, 20ml de suco de cranberrie, 20ml de licor de laranja, 10ml e suco de limão, bastante gelo e misture bem. Depois é só coar a mistura na taça de Martini resfriada e adicionar uma lasca de casca de laranja para decorar.

Menção Honrosa

Não é um drink alcoólico, é verdade. Mas faz parte de uma cena tão marcante e divertida, que não dá pra falar de cinema e bebida sem citar o lendário five dollar shake de Pulp Fiction.  Afinal, convenhamos, não se trata de um simples milk-shake, mas um milk-shake que custa cinco dólares! O pedido de Mia Wallace chama tanto a atenção de Vincent Vega, que ele chega a perguntar para o garçom sósia de Buddy Holly: “É um milkshake comum, vai leite e sorvete?” O garçom responde: “É isso, sim senhor.” Vincent: “Não vai bourbon, nem nada?” “Não, senhor.” “E custa cinco dólares.” “Sim, senhor.” “Ok, just checking…”. Enfim, a cena toda no Jack Rabbit Slim’s é brilhante, com alguns dos diálogos mais divertidos já escritos e que culmina com a dança de Uma Thurman e John Travolta ao som de Chuck Berry. Realmente uma obra de arte de Quentin Tarantino. E que só nos faz sonhar, imaginando que gosto deve ter um milk-shake de cinco dólares.

Juntar cinema e drinks não tem como dar errado! E curtir um bom filme e juntar a turma para tomar um trago num bom boteco são coisas que a gente da Strip Me adora! Por isso mesmo, temos uma coleção linda de camisetas de bebidas e a nossa já tradicional coleção de camisetas de cinema, sem falar das coleções de arte, música, cultura pop e muito mais. Dá uma chegada na nossa loja pra conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.
Cheers!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist animadíssima pra você curtir com a turma enquanto prepara os seus drinks favoritos. The Drinks Mix top 10 tracks.

Rainha Caipirinha & Outros Drinks Brasileiros

Rainha Caipirinha & Outros Drinks Brasileiros

Nessa semana começa o mês de dezembro e entraremos oficialmente no período mais animado do ano! Por toda a parte, praticamente todo dia tem uma festa acontecendo. Por conta das férias de fim de ano, amigos que moram em cidades diferentes se encontram, tem confraternização da empresa e, é claro, as festividades de natal e ano novo. Mas fora isso tudo, é época de muito calor, onde vai muito bem um botequinho ao cair da tarde e um churrasquinho com piscina. E em todas essas ocasiões a brasileiríssima caipirinha se faz presente. Por isso a Strip Me fez questão de homenagear essa instituição brasileira da alegria etílica com a camiseta Caipirinha! Uma camiseta super estilosa que combina com todos os rolês, desde o jogo da seleção no boteco até a reunião em família no fim do ano.

Verdade seja dita, nem só de cervejinha vive o brasileiro. Assim como a cerveja, a caipirinha é um drink versátil e saboroso. Vai bem no boteco com os amigos, no churrasquinho de domingo, acompanhando uma feijoada e muito mais. Além disso, é um drink 100% brasileiro conhecido no mundo inteiro. Mas ela não é a única. Criar drinks é uma arte que o brasileiro domina com maestria, incluindo a elaboração de nomes muito inusitados. É o caso, por exemplo, do Xixi de Anjo, drink feito com cachaça, leite condensado, limão e laranja. Tem também o famoso Suco Gummy, feito com vodka, refrigerante de limão e suco em pó, uma bebida doce até o talo e muito popular entre os jovens. Nessa mesma onda, tem também o Chevette, drink que mistura Corote de limão, água de coco e suco em pó sabor baunilha com limão. Tamanha é a diversidade de drinks brasileiros, que resolvemos fazer uma boa triagem e trazer um top 5, os melhores e mais conhecidos drinks genuinamente brasileiros. Então já prepara a coqueteleira aí!

Rabo de Galo

Esse drink tradicionalíssimo brasileiro tem uma historia curiosa, pois foi inventado quase que como uma ação de marketing. O vermute sempre foi uma bebida muito consumida na Itália. Com a imigração massiva de italianos no começo do século XX para o Brasil, a marca Cinzano lançou no mercado o seu vermute, uma bebida feito à base de vinho, açúcar, ervas e especiarias. Até os anos 1940 a marca vendeu muito bem. Mas a partir de então, as vendas começaram a cair. Após fazer uma pesquisa de mercado, a Cinzano constatou que os italianos que consumiam o vermute, haviam tomado gosto pela nossa cachaça, deixando o vermute meio de lado. Para estimular as vendas, os representantes da marca passaram a espalhar pelos bares da cidade de São Paulo a receita de uma novo drink, que misturava vermute, cachaça e um pouquinho de limão. Sem ideias para batizar a bebida, chamavam de cocktail, palavra que, em inglês designa qualquer tipo de drink que misture duas ou mais bebidas. Pra facilitar, alguns donos de bares preferiram traduzir o nome para o português. Assim nasceu o nosso popular Rabo de Galo. A receita clássica é:
1 dose de vermute
1 dose de cachaça
Algumas gotinhas de limão taiti
O gelo é opcional.

Hi-Fi

No final dos anos 1950 o rock n’ roll dominou o mundo. Aqui o Brasil não foi diferente. Influenciados por Bill Halley e Elvis Presley, começaram a pintar alguns jovens músicos brasileiros empunhando guitarras elétricas. Os mais notórios foram os irmãos Tony e Celly Campello, responsáveis pelo clássico Estúpido Cupido. A dupla apresentava um programa na televisão chamado Crush em Hi-Fi, onde apresentavam novos artistas, sempre voltados para o rock n’ roll. O nome misturava a marca do principal patrocinador do programa, o refrigerante Crush, com o termo utilizado na época para definir gravações de alta qualidade: Hi-Fi, uma abreviação de High Definition. Os jovens que curtiam o programa e consumiam o Crush, que era um refrigerante sabor laranja, passaram a turbinar o refri misturando com vodka, para animar suas festinhas, e passaram a chamar a bebida de Hi-Fi, por causa do programa. O drink virou febre entre os jovens nos anos 1960, se igualando ao Cuba Libre (drink que mistura Coca-Cola e rum) em popularidade. A receita é simples, refrescante e deliciosa:
1/2 dose de vodka
2 doses de refrigerante de laranja
Gelo

Bombeirinho

Outro drink muito popular entre os bares do país. É um drink mais novo, se comparado com o Rabo de Galo e o Hi-Fi. Foi criado nos anos 1980. Na época o Brasil vivia uma crise econômica terrível. Para economizar, os donos de bares deixaram de servir drinks que precisavam de frutas ou qualquer outro ingrediente fresco. Assim, caipirinhas de diferentes sabores e batidas de vinho com frutas foram substituídas por drinks à base de produtos industrializados como leite condensado e groselha. Assim surgiu o Bombeirinho, uma simples mistura de cachaça e groselha. O nome do drink deve-se à sua cor vermelha e também ao fato de que a doçura da groselha faz com que a cachaça, mesmo sendo de qualidade duvidosa, não desça queimando na garganta. Existem várias versões de Bombeirinho botecos afora pelo Brasil, com variações de ingredientes como xarope de romã, suco de laranja, cachaça envelhecida e até leite condensado. Mas a receita clássica e definitiva é:
30 ml de cachaça
10 ml de suco de limão tahiti
10 ml de groselha
Gelo

Capeta

Este drink que virou hit nacional, surgiu em Porto Seguro, Bahia, em 1984. O jovem chamado Antônio Carlos tinha uma barraca de bebidas na praia e queria criar um drink que deixasse as pessoas animadas a noite toda, principalmente durante o carnaval, numa época em que ainda não existiam os energéticos. Sabendo de suas propriedades estimulantes, resolveu criar um drink com pó de guaraná. Como o pó de guaraná é amargo, ele acrescentou mel, vodka e gelo. Pronto! Começou a vender, e vender bem! Quem bebia dizia que ficava com o capeta no corpo. E a bebida ganhou o nome de Capeta.  Mas acontece que era um drink realmente forte, e acabava sendo consumido mais pelos homens. Para agradar o público feminino, Antônio Carlos acrescentou leite condensado, que além de doçura, trouxe cremosidade à bebida. Aí sim, o sucesso foi geral e absoluto! Hoje em dia, o Capeta tem algumas variações, mas a receita mais comum e saborosa é a seguinte:
1 colher de chá de Guaraná em pó
1 pitada de Canela em pó
1 dose de vodka
2 colheres de sopa de Leite condensado
1 colher de sopa de Mel
2 colheres de sopa de Achocolatado em pó
3 ou 4 cubos de Gelo
Bata tudo na coqueteleira ou no liquidificador.

Caipirinha

Claro que não podia faltar a rainha das bebidas brasileiras nessa lista! A origem da caipirinha é desconhecida. Claro, existem várias versões, mas todas sem nenhuma comprovação sólida. A teoria mais antiga é do início do século XIX, quando a família real portuguesa veio para o Brasil. Diz-se que a rainha Carlota Joaquina, além de apreciar cigarrinhos de diamba, também era muito chegada a uma cachacinha, e a consumia misturando com frutas. Uma dessas misturas foi com limão e açúcar. Outra teoria diz que na região de Piracicaba, São Paulo, os ricos fazendeiros de açúcar criaram o drink para valorizar a cachaça produzida em seus alambiques, na segunda metade do século XIX. Tal medida foi tomada porque, com a vinda da família real para o Brasil, os portos foram abertos para o comércio internacional, e a cachaça começou a perder espaço para vinhos, uísques e conhaques importados. Há também a teoria de que, já no início do século XX, os artistas modernistas, em busca de suas raízes brasileiras, tomavam cachaça com limão. Uma das maiores entusiastas da bebida era a Tarsila do Amaral, que também adorava se vestir com roupas simples como as que usava quando jovem no interior de São Paulo. Assim, ela era chamada pelos amigos de caipirinha, e o apelido acabou sendo transferido para a bebida favorita da pintora. Porém, a teoria mais aceita, inclusive por alguns historiadores, é que um médico do interior de São Paulo, diante da escassez de remédios para tratar os inúmeros doentes durante o surto da gripe espanhola, começou a receitar uma mistura de cachaça, alho, mel e limão, para combater a gripe. Depois de curados os doentes continuaram a consumir o remédio, só que tirando o alho. A bebida chegou até a cidade de São Paulo e, como tinha sido criada no interior, ganhou o nome de caipirinha. Mas seja qual for a verdadeira origem, a caipirinha é uma unanimidade nacional e a receita infalível de caipirinha é:
60 ml de cachaça
1 limão
2 colheres de chá de açúcar
O limão é cortado em rodelas. Reserva duas, as outras coloque no copo com o açúcar e esmague levemente. Se esmagar com força, a casca do limão solta um amargor desagradável. Depois é só encher o copo com gelo, acrescentar as duas rodelas inteiras de limão, completar com a cachaça, mexer levemente e correr pro abraço!

Com esses drinks maravilhosos a festa está garantida! Pra completar, só falta você caprichar no visual com as camisetas Strip Me. Além da camiseta Caipirinha, você encontra muitas outras ligadas a bebidinhas deliciosas, e também camisetas de música, arte, cinema e cultura pop! Se liga na nossa loja pra conferir os lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist vertiginosamente etílica pra você beber, cair e levantar no maior astral! Cachaça Top 10 tracks!

Para assistir: Tem no Youtube um documentário bem legal sobre cachaça chamado Devotos da Cachaça, lançado em 2010 e escrito e dirigido por Dirley Fernandes. É um doc bem completo, com muita informação interessante e dados históricos da mais brasileira das bebidas alcoólicas. Vale a pena o play.

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