Nostalgia STM: 8 Festivais que marcaram época e não existem mais.

Nostalgia STM: 8 Festivais que marcaram época e não existem mais.

O Brasil tem um histórico notável de festivais de música, todos com momentos inesquecíveis. A Strip Me mostra hoje que nem só de Rock in Rio e Lollapalooza vive o brasileiro.

Juntar vários artistas num mesmo palco não é um negócio novo. Muito antes da contra cultura hippie, Woodstock e etc, já rolavam as caravanas de artistas, que viajavam de cidade em cidade tocando em feiras agropecuárias e quermesses de igrejas. Isso tanto na gringa como aqui no Brasil. Vamos lembrar que nos anos 50, umas dessas caravanas no sul dos Estados Unidos carregava Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. Mas, sim, o conceito de festival de música como a gente conhece hoje, nasceu ali nos anos 60. Já falamos sobre isso aqui no blog, num texto bem legal sobre o Woodstock, que você pode ler aqui. No Brasil não foi diferente. Do mesmo jeito que rolavam as caravanas, que reuniam Inezita Barroso, Chitãozinho e Xororó e outros artistas, também nos anos 60 os hippies tupiniquins organizaram um mega festival, o nosso Woodstock, a ser realizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Batizado de Festival da Primavera, e carinhosamente apelidado de Ibirastock, o rolê estava marcado para os dias 15 e 16 de novembro de 1969. Porém, os militares fizeram com que o festival fosse cancelado dias antes. O que sobrou, e foi amplamente reproduzido, se tornando item de decoração, foi o cartaz psicodélico criado pelo artista Antonio Peticov.

Mas a história do Brasil com festivais de música vai muito além da ditadura militar. Antes do Ibirastock, os festivais realizados pelos canais de televisão já geravam um fuzuê danado tendo cenas antológicas como Gilberto Gil e Os Mutantes tocando Domingo no Parque, o bossanovista Sérgio Ricardo full pistola espatifando seu violão, Caetano Veloso cantando É Proibido Proibir e fazendo um discurso indignado contra o público, gritando “Vocês não entendem nada! Nada!”… enfim, isso tudo, é claro, até 1968, quando o AI 5 foi decretado e a censura se instaurou de vez, culminando no cancelamento dp Ibirastock. Porém, dali em diante, a contra cultura, músicas de protesto e a cultura pop em geral faziam com que artistas e bandas seguissem produzindo e nunca faltou quem quisesse fazer um festivalzinho aqui e ali. Até que, em 1975, finalmente rolou o Festival de Águas Claras, e o Brasil nunca mais ficou sem ter um festival de música rolando. Hoje a Strip Me relembra os festivais mais importantes que rolaram por aqui, mas que não existem mais.

Festival de Águas Claras

Os hippies brasileiros finalmente conseguiram ter seu Woodstock em 1975, graças aos esforços de um estudante de engenharia e amante da música, que resolveu realizar um festival na fazenda de sua família, na pequena cidade de Iacanga, no interior de São Paulo. Entre o cancelamento do Ibirastock em 1969 e o Festival de Águas Claras, outros festivais até rolaram, mas com pouca expressão e muita repressão. O jovem organizador do Festival de Águas Claras, era bem articulado e tinha boas conexões. Usou isso em seu favor e conseguiu autorizações do DOPS e outros orgãos de censura para realizar o festival. A primeira edição, em 1975, contou com várias bandas de rock como O Som Nosso de Cada Dia, Os Mutantes, O Terço e outros. A segunda edição foi a mais bem sucedida, aconteceu em 1981, quando já havia começado a abertura política da ditadura. Contou com um line up mais variado e estrelado, com nomes como João Gilberto, Gilberto Gil, Alceu Valença, Raul Seixas, Luiz Gonzaga e muitos outros. O festival ainda contou com duas outras edições, em 1983 e 1984, mas sem a mesma qualidade. A crise econômica e um certo amadorismo que, no início dava certo charme ao festival, acabaram atrapalhando. No ano seguinte veio o Rock in Rio e elevou o nível de maneira tão radical, que desanimou os organizadores a produzir novas edições.

M2000 Summer Concerts

O que se pode dizer, logo de cara, sobre o festival M2000 Summer Concerts, é que foi um baita evento ousado. Organizado pela então muito popular marca de tênis M2000, foi um festival emblemático porque levou essa estrutura de grandes festivais para o litoral, para cidades que, com exceção do Rio de Janeiro, não estavam habituadas a receber eventos daquele tamanho. Além do mais, os shows foram de graça, na areia da praia. E, para completar, os shows rolaram entre janeiro e fevereiro de 1994, época em que rolava em São Paulo e no Rio o legendário Hollywood Rock. O M2000 Summer Concerts rolou em 4 cidades do litoral: Santos, Rio de Janeiro, Florianópolis e Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul. O festival contou com nomes internacionais de peso como Three Walls Down, Chaka Demus, Shabba Ranks, Fito Paez, Helmet, Rollins Band, Lemonheads e Mr. Big. O M2000 Summer Concerts ficou marcado por ser o primeiro festival de grande porte a levar milhares de pessoas para praia para curtir shows de graça. Também tem sua importância por ter sido o primeiro palco grande onde se apresentaram Chico Science & Nação Zumbi e também os Raimundos, que em seguida ganhariam notoriedade nacional.

Claro Q É Rock!

Em 2004 a empresa de telefonia Claro, com a intenção de fortalecer sua marca, resolveu promover um festival de música. A organização acertou a mão ao se concentrar num nicho que era muito pouco levado em conta nos line ups dos principais festivais, o rock e pop alternativo. A grande atração do evento foi a banda Placebo. O festival rolou em São Paulo e teve uma aceitação imensa do público. O que motivou a empresa em investir ainda mais no ano seguinte. A segunda edição do Claro Q É Rock, em 2005, foi realmente memorável com Iggy Pop, Sonic Youth, Flaming Lips, Fantômas, Good Charlotte e Nine Inch Nails. Um line up nunca antes visto, juntando tudo quanto é tipo de gente. O festival rolou na Chácara do Jockey, em São Paulo, no final de novembro, época de muita chuva. Mas o lamaçal não atrapalhou e o que se viu ali foram shows realmente inesquecíveis. Destaque para Mike Patton a frente dos Fantômas destilando bizarrices sonoras, mas também tocando um ou outro clássico do Faith no More, o vocalista dos Flaming Lips dentro de uma bolha rolando acima do público, Iggy Pop incansável fazendo mosh e chamando o público para invadir o palco e o Nine Inch Nails com um show absurdamente pesado e recheado de hits. Infelizmente, o festival parou por aí, mas deixou sua marca na história.

Planeta Terra Festival

Em 2007 o grupo de telecomunicação Terra Network resolveu entrar na onda dos festivais de música para alavancar sua marca entre os jovens. Malandramente, a organização acabou indo na mesma onda do Claro Q É Rock, que causou tanto furor em 2005. Na sua primeira edição, trouxeram nomes como Kasabian, Lily Allen e os mega influentes Devo. A fórmula funcionou muito bem. Tanto que o festival, a cada ano trazia pelo menos um nome desses, que é super importante e influente, mas não necessariamente tão popular. Assim, em 2008, trouxeram os papas do shoegaze The Jesus and Mary Chain, em 2009 Iggy Pop & The Stooges e Sonic Youth, em 2010 Smashing Pumpkins e Pavement, em 2011 The Strokes e Beady Eye, em 2012 Garbage e Kings of Leon e em 2013 Blur e Lana DelRey. Em 2014 a organização do festival anunciou que por conta da Copa do Mundo no Brasil e das eleições presidenciais, o evento não iria acontecer, mas prometeram que voltaria em 2015. O que nunca aconteceu. Ficamos orfãos de um dos festivais mais legais que já passaram por aqui, com line ups sempre surpreendentes.

Skol Beats

Sacando que nem tudo nessa vida é rock e de olho na alta popularidade que a música eletrônica e a cultura DJ tinham na virada do milênio, a cervejaria Skol decidiu realizar um festival de música eletrônica para promover sua marca.. Sua primeira edição aconteceu no ano 2000 e cobriu todos os estilos que estavam bombando na época como Jungle, Drum ‘n’ Bass, Trance, House e o Techno, trazendo nomes de peso como Paul Oakenfold, Armand van Helden, Frankie Knuckles, Bob Sinclar, DJ Rap, Fabio, Optical, Green Velvet, Stacey Pullen, além de nacionais como DJ Marky, Anderson Noise e Mau Mau. O Skol Beats rolou todo ano, de 2000 a 2008, na cidade de São Paulo e, nesse período se consolidou como o maior evento de música eletrônica da América do Sul. O festival nunca parou de crescer em seus 9 anos de existência. Portanto, todo mundo recebeu com surpresa a notícia de que a Skol estava cancelando a realização do festival de 2009 em diante, pois a marca não queria mais se envolver na realização de grandes eventos, mais sim patrocinar shows e eventos menores. Até hoje estamos tentando entender essa lógica e morrendo de saudade do festival Skol Beats.

SWU

O SWU foi um festival sem precedentes no Brasil. Idealizado por um publicitário e realizado por um grupo diverso de pessoas, o SWU Music & Arts Festival uniu a importância de se discutir a sustentabilidade com manifestações artísticas e música. Realizado no interior de São Paulo, o festival contava com uma infra estrutura que condizia com o seu ideal, utilizando geradores de energia movidos a biodiesel, por exemplo. Além de promover palestras e fóruns sobre sustentabilidade, o SWU, sigla para Starts With You, trouxe grandes nomes da música em suas duas edições. Trouxe pela primeira vez ao Brasil Rage Against the Machine, Lynyrd Skynyrd e Stone Temple Pilots, além de grandes nomes como Pixies, Faith No More, Alice in Chains, Dave Matthews Band, Regina Spektor, Joss Stone, Black Eyed Peas, Queens of the Stone Age, Linkin Park, Duran Duran… olha, foram realmente duas edições memoráveis, ocorridas em 2010 e 2011. Não se sabe a razão pela qual o festival deixou de ser realizado. Especula-se que o crescimento e surgimento de cada vez mais festivais no país, ou seja, a concorrência cada vez maior, fez com que os organizadores desistissem do projeto.

Free Jazz Festival/Tim Festival

A empresa de cigarros Souza Cruz se aventurou no negócio de festivais de música modestamente em 1975, dando origem a um dos festivais mais importantes da história do Brasil, o Hollywood Rock, que naquele ano foi idealizado pelo escritor Nelson Motta. A experiência não foi das mais positivas. Até que em 1985, com o sucesso do Rock in Rio a marca resolveu investir nesse ramo mais uma vez. Porém, preferiu se distanciar do rock, até para evitar comparações com o Rock in Rio, e foi criado o Free Jazz Festival. Além de trazer uma das marcas mais populares da empresa, o nome deixava claro que o foco era o jazz, mas havia liberdade para que outros estilos comparecessem. O festival rolou anualmente de 1985 a 2001, sendo que em apenas 1990 o evento não aconteceu por conta da crise econômica causada pelo famigerado Plano Collor. O Free Jazz fez história pelo seu ecletismo e grandes nomes da música que trouxe para tocar no Brasil, de Chet Baker a Fatboy Slim, passando por Ray Charles, Nina Simone, John Lee Hooker, Dizzy Gillespie, Duke Ellington, Albert King, Bo Diddley, Chuck Berry, James Brown, BB King, Stevie Wonder, Jamiroquai, Isaac Hayes, Bjork, Jeff Beck, Ben Harper, Sean Lennon, Manu chao, Belle and Sebastian… realmente eram line ups admiráveis. Em 2003, uma das prerrogativas da lei antitabagista aprovada pelo governo era que marcas de cigarro não poderiam patrocinar eventos culturais. Assim, a organização do festival passou para as mãos da empresa de telefonia Tim, passando a se chamar Tim Festival. O Tim Festival seguiu a mesma linha do Free Jazz, dando maior ênfase ao jazz, à música eletrônica e alternativa. Sob o nome Tim festival, ao longe de suas 6 edições, entre 2003 e 2008, vieram ao Brasil nomes como The White Stripes, Public Enemy, Kanye West, Cat Power, Arctic Monkeys, The Killers, Herbie Hancock, Patti Smith, Daft Punk, Arcade Fire, Wilco, Libertines e muito mais. O festival encerrou as atividades por conta da crise financeira de 2008, e nunca mais voltou.

Hollywood Rock

Pois é, como já foi dito acima, a primeiríssima edição do Hollywood Rock foi organizada pelo Nelson Motta em 1975, e a Souza Cruz entrou como patrocinadora, mas não deu pitaco na organização do festival, que contou apenas com artistas brasileiros. O evento rolou no estádio do Botafogo, no Rio de Janeiro, e foi marcado por muitos problemas técnicos, aparelhagem ruim e muita chuva. Mesmo assim, shows de Raul Seixas, Mutantes, Rita Lee & Tutti Frutti, o Peso e Vímana foram marcantes. Em 1988, com o Free Jazz dando bons resultados, a marca resolveu investir no Hollywood Rock, mas agora tendo mais autonomia sobre a organização. Com o know how do Free Jazz nas costas, trouxeram grandes atrações como UB40, Simply Red, Duran Duran e Supertramp. Foi um sucesso. Em 1989 o festival não rolou, por conta da caótica campanha para eleições presidenciais. Em 1990 o Hollywood Rock se consolidou de vez ao trazer Bob Dylan, Marillion e Bon Jovi, que estava no auge de sua carreira. Em 1992 seguiu trazendo grandes nomes e proporcionando uma estrutura cada vez melhor. Os destaques daquele ano foram EMF, Seal, Living Colour, Skid Row e Extreme. 1993 foi o ano mais emblemático do festival. O ano do grunge, cujo line up trazia L7, Alice in Chains, Red Hot Chilli Peppers e, é claro, Nirvana. O show do Nirvana em São Paulo é considerado o pior show da banda, já o do Rio de Janeiro entrou para história por Kurt Cobain ter cuspido nas câmeras da Rede Globo e exposto suas partes íntimas. A passagem do Nirvana pelo Brasil graças ao Hollywood Rock rendeu diversas histórias que serão lembradas para sempre, como a noitada de Cobain com João Gordo por São Paulo e o bilhete que Kurt escreveu para Arnaldo Baptista, mostrando ser fã dos Mutantes. Depois disso, o festival ainda durou por mais 3 anos. Em 1994 trouxe Ugly Kid Joe, Poison, Aerosmith e Robert Plant, em 1995 recebeu a tour Voodoo Lounge dos Rolling Stones, tendo Spin Doctors como banda de abertura e em 1996 trouxe Page & Plant, The Cure, Smashing Pumpkins, Supergrass e Black Crowes. Com as primeiras leis antitabagismo circulando a partir de 1997, a Souza Cruz precisou fazer cortes de custo e optou por manter o Free Jazz e cancelar o Hollywood Rock.

Poucas coisas são tão divertidas quanto estar num festival de música, curtindo com a turma shows de seus artistas favoritos. Por isso a Strip Me faz questão de celebrar os festivais que fizeram história no Brasil e, é claro, também os festivais que ainda estão por aí gerando grandes momentos e memórias. Se você, assim como nós, é apaixonado por música, precisa conferir a nossa coleção de camisetas de música. Mas não só isso, para os melhores rolês e festivais, temos ainda camisetas de arte, cultura pop, cinema, bebidas e muito mais. Passa lá no nosso site e aproveita para ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist no talo com músicas gravadas ao vivo de bandas que passaram pelos festivais aqui citados! Festival top 10 tracks.

Para assistir: Vale a pena conferir na Netflix o ótimo documentário O Barato de Iacanga, que conta a história do Festival de Águas Claras, o Woodstock brasileiro.

As 5 edições mais polêmicas do Rock in Rio.

As 5 edições mais polêmicas do Rock in Rio.

A recente polêmica envolvendo o Rock in Rio e os sertanejos é mais uma na coleção de várias tretas que o festival acumula em seus 40 anos de existência e 9 edições realizadas. Conheça aqui as mais marcantes.

Sem dúvida o Rock in Rio é o festival de música mais importante do Brasil. Fez história em 1985 para além do showbiz, sendo um dos símbolos da redemocratização do país. De lá pra cá, se vão 40 anos (vá lá… 39) e 9 edições recheadas de histórias, concertos memoráveis, momentos inusitados e, é claro, muita treta! Sabendo que o que o brasileiro gosta mesmo é de ver o circo pegar fogo, a Strip Me separou as 5 edições mais recheadas de tretas e polêmicas do Rock in Rio pra te contar.

Rock in Rio 1 (1985)

Na real, a primeira edição de festival teve várias tretas, mas muito por conta do amadorismo e, até certo ponto, ingenuidade por parte dos organizadores de um evento daquela magnitude no país. Uma das tretas mais famosas dessa edição foi o estrelismo do Freddie Mercury, que exigia que por onde ele passasse nos bastidores, os corredores deveriam estar vazios. Então sempre tinha alguém a frente dele, pedindo que artistas e técnicos que confraternizavam nos corredores, entrassem em seus camarins para que passasse a rainh… quer dizer, o vocalista do Queen. Em um desses momentos, enquanto Mercury passava, ouvia-se um coro vindo de dentro das salas: “Bicha! Bicha! Bicha!”. Outra treta foi protagonizado por Erasmo Carlos. A organização do festival teve a brilhante ideia de colocar o Tremendão para tocar antes de Whitesnake e Iron Maiden. Pra piorar, o ingênuo Erasmo quis homenagear os metaleiros usando uma roupa de couro preta cheia de tachinhas. Agora imagina um tiozão fantasiado de metaleiro tocando Gatinha Manhosa diante de uma horda enfurecida de adolescentes cabeludos esperando o Iron Maiden. O Tremendão deixou o palco debaixo de uma saraivada de cusparadas e vaias.

Rock in Rio 2 (1991)

A segunda edição do festival também foi cercada de barracos e polêmicas. A começar pela escolha do local. Ao contrário da primeira edição, realizada num campo aberto, um descampado nos arredores do Rio de Janeiro, a edição de 1991 rolou no estádio do Maracanã. Essa foi a primeira das grandes tretas daquele ano. Alguns laudos feitos no ano anterior por conta do campeonato brasileiro de futebol indicavam que alguns pontos da estrutura do estádio estavam comprometidos e o estádio chegou a ser interditado uma semana antes do festival acontecer. Porém, o jeitinho brasileiro se fez presente e a organização do Rock in Rio conseguiu liberar o estádio e, ainda bem, não aconteceu nenhum acidente grave. Algumas bandas brasileiras se recusaram a participar do festival, fazendo críticas pesadas na imprensa sobre o descaso com os artistas nacionais e privilégios dos gringos. Barão Vermelho, Caetano Veloso e Legião Urbana, foram os que mais fizeram críticas. Já os artistas brasileiros que tocaram, realmente sofreram com a falta de apoio. Muitos fizeram shows ruins por não terem feito passagem de som, ter espaço de palco bem reduzido e etc. E teve também uma treta com os Guns n’ Roses, que quase desistiram de tocar horas antes de subir ao palco, quando ficaram sabendo que seu show seria transmitido por uma estação de rádio local. Mas no fim deu tudo certo, e eles fizeram um dos melhores shows daquela edição.

Rock in Rio 3 (2001)

Para a terceira edição, a equipe do Rock in Rio achou melhor voltar para onde tudo começou. O mesmo terreno onde havia acontecido a edição de 1985. Mas isso não evitou que muitas tretas acontecessem, principalmente porque, ao tentar organizar melhor e colocar tudo em pratos limpos, os organizadores oficializaram o que tanto havia acontecido em 1991. Constava nos contratos que as bandas brasileiras não teriam direito a passar som, interferir na montagem do palco ou escolher que horário preferiam tocar. O resultado foi um boicote das principais bandas brasileiras que se apresentariam, como O Rappa, Skank, Raimundos, Cidade Negra e Charlie Brown Jr. Outra treta foi a inclusão de uma noite teen , que contaria com artistas como N’Sync, Britney Spears e Sandy & Júnior. Os puristas do rock ficaram ressentidos com a inclusão desses artistas. Pra piorar, aquela turma das bandas brasileiras do boicote ficaram sabendo que a dupla Sandy & Júnior receberia um cachê bem maior do que o acertado com os outros artistas brasileiros. Britney Spears protagonizou pelo menos duas polêmicas em sua apresentação. Primeiro que ela foi muito criticada por utilizar playback em vários momentos, mas o mais engraçado foi que, em certo momento de sua apresentação, ela vai para o backstage para uma troca de roupa. Ela usava um microfone desses de headset, e acabaram deixando o microfone dela aberto e toda a conversa dela com a produção nos bastidores foi ouvida pelo público e transmitida ao vivo pela TV, incluindo ela xingando e criticando sua própria equipe.

Rock in Rio 8 (2019)

O tempo é o melhor professor. Indiscutivelmente a organização do Rock in Rio aprendeu muito com os erros do passado e, ao longo dos anos, foi alinhando melhor sua relação com artistas, melhorando sua infra estrutura e investindo cada vez mais para que o público possa viver uma grande experiência. Mas, a edição de 2019 voltou a ter um número acima da média de tretas e polêmicas. Uma delas é uma polêmica que sempre perseguiu e continua perseguindo o festival: a crítica a outros gêneros musicais. Em 2019, a presença de artistas do funk e rap em larga escala fez muita gente xingar muito no Twitter. E boa parte das polêmicas daquele ano giraram em torno desse núcleo. O Rock in Rio 8 foi marcado por muitas manifestações políticas do público, contra o então presidente Jair Bolsonaro e em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco. Durante o show do Black Eyed Peas, uma das principais atrações, Will.i.am disse, em inglês, claro, que amava bossa nova. Porém, sua pronúncia das palavras bossa nova saiu embolada. O público entendeu que ele havia mencionado Bolsonaro e desabou em vaias e xingamentos. Anitta também causou polêmica. Após forte apelo de seu público, ela não foi escalada para tocar na sétima edição do festival, em 2017. Mas em 2019 estava lá e causou geral. Ficou marcada sua frase “Vocês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda no Rock in Rio?” Por fim, uma das atrações mais importantes do festival, o rapper Drake também fez o clima desandar ao proibir que seu show fosse transmitido pela TV, coisa que já estava até acordada em contrato. O bonitão quase não sobe ao palco e conseguiu barrar a transmissão. Sujeitinho bem antipático…

Rock in Rio 10 (2024)

O Rock in Rio 10 só vai rolar daqui dois meses, do dia 13 ao dia 22 de setembro. Mas a porrada já está lambrando desde já internet afora! O que acontece é que muito gente está criticando o line up do festival. O Rock in Rio comemora este ano seus 40 anos. Sim, a primeira edição foi em 1985, e os 40 anos completos seria só ano que vem, mas como o festival já vem de uma programação de rolar a cada dois anos e tal, acaba que a celebração foi adiantada alguns meses. A treta já começou quando os primeiros headliners foram sendo anunciados, e o público sentindo falta do rock. Confirmaram Mariah Carey, Ed Sheeran, Cindy Lauper, Katy Perry… e, até então, nenhum megadethzinho pra alegrar a turma. Já com praticamente todas as datas fechadas, o dia 21 de setembro ainda se mantinha vazio, e era a esperança dos roqueiros, daquele ser o dia do metal ou algo assim. Para desgosto desse pessoal, o dia 21 foi anunciado como o Dia Brasil, e vai contar com atrações nacionais apenas. Sepultura, Ratos de Porão, Angra… ? Nada disso! Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Luan Santana! É a primeira vez que artistas sertanejos participam do evento. E a internet veio abaixo! Muita gente vem dizendo que é um absurdo que o festival que traz o rock no nome, ao celebrar seus 40 anos e 10 edições não só não valorize o rock, como inclua sertanejos no line up. Uma verdadeira afronta, é o que dizem. A treta ainda segue movimentando as redes sociais. E quem acha que não tem nada de rock no Rock in Rio, saiba que estão confirmada as bandas Avenged Sevenfold, Evanescence e os veteranos da banda Journey, sim, aqueles da música Don’t Stop Believing. O Rock in Rio 2024 parece ter optado por não ter nenhuma banda de rock pesado, mas compensa mantendo um clima pesadíssimo nas redes sociais.

No fim das contas, em qualquer evento grande, que envolva muita gente, muitos artistas de egos inflados e fãs coléricos, a chance de sair tretas e polêmicas é praticamente 100%. Em especial o Rock in Rio, em praticamente todas as edições, as críticas mais frequentes são justamente referentes à inclusão de outros gêneros musicais que não o famigerado rock. Conclui-se portanto que o erro foi de quem criou o festival, lá em 1985, e botou a palavrinha rock no nome. Se fosse Music In Rio, não estaríamos aqui nos deliciando com tanta polêmica. E além de não dispensar uma boa fofoquinha com um cafézinho coado e bolo de fubá, na Strip Me todo mundo é entusiasta de grandes festivais e apaixonado por música! Isso pode ser facilmente constatado nas nossas coleções de camisetas de música, cultura pop e brasilidades, além das camisetas de arte, cinema, bebidas, games e muito mais. Na nossa loja você confere tudo isso e ainda fica por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o que de melhor passou pelos palcos do Rock in Rio ao longo desses 40 anos. Rock in Rio Top 10 tracks.

Para assistir: A Globoplay produziu uma série documental de 5 episódios bem legal sobre o festival. Rock in Rio – A História, foi lançado em 2022 e vale a pena conferir. Tem entrevista de muita gente bacana e várias histórias interessantes.

8 atributos que justificam a majestade absoluta de Madonna na música pop.

8 atributos que justificam a majestade absoluta de Madonna na música pop.

Ousada e icônica, ela é a própria definição da reinvenção. A Strip Me apresenta 8 argumentos irrepreensíveis que explicam porquê Madonna é a rainha do pop, conquistando o mundo com sua música, estilo e atitude inconfundíveis.

Madonna é uma dessas artistas inexplicáveis, difíceis de serem definidas. Mas se a gente dissecar sua vida e obra, camada por camada, vamos descobrir que o que torna Madonna tão especial é sua habilidade de se reinventar a cada era. Ela não apenas segue as tendências, ela as define. Dos trajes provocantes à espiritualidade de Like a Prayer, passando pela música eletrônica de Ray of Light e chegando à exploração das sonoridades latinas em Music, Madonna sempre esteve à frente de seu tempo.

Aos 66 anos, Madonna continua a desafiar as expectativas e a quebrar barreiras. Fazendo turnês, produzindo música e se engajando em causas sociais, ela esbanja uma energia inigualável e vai deixando um legado brilhante e imortal. Para reforçar isso tudo, a Strip Me traz 8 faces da personalidade de Madonna que justificam seu status de rainha.

Mulher de família.

Apesar do que muita gente pensa, Madonna não é apelido, é nome mesmo. Ela nasceu Madonna Louise Ciccone em 16 de agosto de 1958. Foi batizada com o mesmo nome da mãe, que também ao contrário do que se pensa, não era italiana, mas sim franco-canadense. O pai dela sim era descendente de italianos. É a terceira de seis filhos que o casal Madonna e Silvio tiveram. Porém, a mamãe Madonna faleceu aos 30 anos, vítima de um câncer, quando Madonna filha tinha apenas cinco anos de idade. Madonna cresceu muito ligada à família, que era toda católica, o que viria a influenciar sua música e opiniões controversas no futuro. Madonna foi casada duas vezes e tem seis filhos, sendo dois deles biológicos e quatro adotivos. Suas relações familiares dizem muito sobre sua carreira. Madonna sempre foi crítica ao fanatismo religioso e ativista humanitária.

Rock n’ Roll Girl.

Desde nova Madonna já apresentava aptidão para as artes, dançava e cantava. Adolescente, ouvia tudo que tocava no rádio. Eram os anos 70 e a música negra de James Brown, Sly and The Family Stone e muitos outros, dominava o dial. Com 20 anos de idade e 35 dólares no bolso, Madonna se despediu da família em Bay City, cidade provinciana do estado de Michigan, para ser dançarina profissional em New York. Foi a primeira vez que ela viajou de avião e, chegando em NY, pela primeira vez andou de taxi. Em New York ela fez parte de alguns grupos de dança, até que começou a namorar um músico e passou a conhecer a cena punk e new wave da cidade. Logo montou uma banda com o namorado, chamada Breakfast Club, onde tocava bateria, e guitarra em uma ou outra música. A banda durou pouco e, em seguida ela entrou em outra banda, chamada Emmy, onde desta vez ela era vocalista e guitarrista. Madonna sempre afirmou que consome e gosta de todo tipo de música, mas sempre coloca Debbie Harry e Chrissie Hynde como suas grandes influências.

Rainha dos anos 80.

Mas Madonna começou pra valer seu reinado quando abandonou a banda Emmy e decidiu tentar uma carreira solo apostando em suas próprias composições. Ela então conseguiu assinar com a Sire Records, um selo vinculado ao grupo Warner, que lançou Ramones, Talking Heads, Blondie e tantos outros artistas da cena novaiorquina. Seu primeiro disco, Madonna, lançado em 1983, já chegou de cara ao top 10 da Billboard, impulsionado peplo hit Holiday. Em 1984 sai Like a Virgin e Madonna é realmente alçada ao estrelato. Em 1986 True Blue vende como água contendo clássicos como Papa Don’t Preach e La Isla Bonita. A década é encerrada com o lançamento do polêmico Like a Prayer em 1989, que, além de tudo, teve participação do Prince. Em resumo, Madoona se sagrou a artista que mais vendeu discos na década de 80, emplacando dezenas de hits entre 1983 e 1989. Ali começou o reinado que ninguém conseguiu tirar dela até hoje (e nunca vão tirar).

Empresária de sucesso.

Madonna entrou na década de 90 como uma das maiores artistas do mundo, faturando alto com seus shows e discos. Ao invés de torrar essa grana toda, ela investiu em alguns imóveis e fundou uma empresa multimídia chamada Maverick. A empresa engloba vários setores de mídia como uma gravadora (Maverick Records), uma produtora de filmes (Maverick Films), edição de livros, edição de música, uma divisão de discos latino (Maverick Musica) e uma produtora de televisão. Assim, ela passou a lançar seus discos de maneira quase independente, só dependendo de uma grande gravadora (no caso, a Warner) para distribuição. O primeiro lançamento da empresa foi justamente o polêmico disco Erotica. Além disso, Madonna ganha dinheiro co produzindo filmes, fazendo lançamentos no segmento da moda em parceria com H&M e Dolce & Gabbana, e abrindo até uma rede de academias chamada Hard Candy Fitness com unidades por todo Estados Unidos e outros cinco países. Além disso tudo, ela também investe em obras de arte, adquirindo originais de Fernand Legér, Tamara de Lempicka, Frida Kahlo e Pablo Picasso.

Ativista.

Por desde a adolescência ser questionadora dos dogmas da igreja católica e conviver no meio artístico, Madonna desenvolveu uma noção de empatia por minorias como a comunidade gay. Logo que começou a ter maior autonomia, passou a produzir cada vez mais músicas e vídeo clipes provocativos e questionadores. Com o tempo passou a também a atuar em prol do combate à pobreza, fundando a instituição Raising Malawi. Além disso, sempre se declara a favor da comunidade LGBTQIA+, já ajudou organizações de assistência a portadores do HIV, e defendeu grupos feministas. Madonna também é vegetariana e defende frequentemente este hábito, que faz parte de um discurso que defende a sustentabilidade do meio ambiente e o cuidado com os animais.

Multi-Mulher.

Madonna entendeu logo que entrou no mundo do showbiz que fazer só o básico do que esperam de um artista não é suficiente. Assim, ela se dedicou a muitas outras atividades além da música. Pra começar, assim que conquistou sucesso na música, Madonna já voltou sua atenção para o cinema. Entre 1985 e 2006 ela atuou em mais de dez filmes, e em 2008 estreou como diretora, assinando o filme Filth and Wisdom. Em 2011 repetiu a dose dirigindo o longa W.E. Madonna também se aventurou no munda da literatura infantil escrevendo uma série de 5 livros chamada As Rosas Inglesas. Isso tudo sem falar no seu lado empresarial. Madonna é incansável!

Recordista.

Tanto trabalho tem que gerar algum resultado, né? O primeiro, claro, é financeiro. Madonna é uma das mulheres mais ricas e bem sucedidas do mundo. E, sendo a música o foco principal de sua vida profissional, claro que ela acabou acumulando alguns recordes na indústria musical. Madonna entrou para o Guinnness Book, o livro dos recordes, em 2023, ao atingir a marca de 400 milhões de álbuns vendidos. Com isso, Madonna se tornou a artista feminina mais vendida da história, e, no geral, ficou atrás apenas dos Beatles, Elvis Presley e Michael Jackson. Em 1993 colocou 120 mil pessoas dentro do estádio do Maracanã, o maior público para quem ela já se apresentou até hoje. Com suas turnês gigantescas, é a artista que mais vendeu ingressos de shows na história da música pop! Ou seja, qualquer superlativo utilizado para se referir à Madonna é justificado.

Influente.

Bom, não precisamos nem dizer que se não fosse pela Madonna não existiriam Britney Spears, Lady Gaga, Rihanna, Dua Lipa e muitas outras cantoras pop. Mas Madonna é mais do uma figura influente entre artistas. Ela ajudou a moldar a cara dos anos 80 e 90 ao se preocupar tanto com a estética de seus videoclipes, o figurino que usava em shows e nos filmes. Ajudou a criar um perfil de mulher mais independente, bem resolvida com sua sexualidade e decidida a romper com o patriarcado e machismo que vigoraram tanto até os anos 90, e vêm arrefecendo desde as duas últimas décadas. Que nos perdoem mulheres incríveis como Billie Holiday, Carole King, Joan Baez e Janis Joplin, mas não existe umas mulher no mundo que tenha exercido maior influência artística e de comportamento do que Madonna.

Pronto! Está mais do que justificada a majestade soberana de Madonna. A mulher que reinventou o conceito de diva pop, que começou com lá atrás com as pin-ups e atrizes como Marilyn Monroe. A maior cantora dos últimos 40 anos. Diante de um reinado tão virtuoso, só resta à Strip Me se curvar e prestar sua reverência. Por isso, dentro da nossa coleção de camisetas de música, você vai encontrar, claro, algumas estampas fazendo referência à Madonna, pra você arrasar no look quando for pro show da diva aqui no Brasil. E tem também as nossas coleções de arte, cinema, cultura pop, brasilidades e muito mais. É só colar no nosso site pra conferir e ficar por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana.
Vida longa à rainha!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com o crème de la crème da obra da Madonna. Madonna Top 10 tracks.

8 fatos que você precisa saber sobre o Blink-182.

8 fatos que você precisa saber sobre o Blink-182.

O Lollapalooza está chegando! E com ele o aguardadíssimo show da banda Blink-182. Para preparar o espírito para esse momento memorável, a Strip Me te conta 8 fatos interessantes sobre o trio mais engraçadinho do punk rock.

Blink-182, a banda que tornou “What’s my age again?” o hino dos eternos adolescentes em todo o mundo. Formada por Mark Hoppus, Tom DeLonge e Travis Barker, a banda passou com competência e muito bom humor pela porta do mainstream, aberta pelo Green Day e Offspring. Assim, conquistou uma legião de fãs com seu punk rock entusiasmado e letras irreverentes. E justamente envelhecer parece que não foi fácil para o trio, que ficou famoso, além da música, por aprontar mil travessuras fora dos palcos e não levar a vida nada a sério. Mas, por fim, parece que tudo foi se ajeitando. A banda foi ícone teen, foi desprezada e tida como vendida pelos punks, mas foi amadurecendo e ganhando o respeito da crítica musical e da cena punk. Hoje é uma das bandas com os shows mais disputados do mundo.

E, finalmente chegou a vez do Brasil conferir esse show, depois de três tentativas frustradas da banda vir para a terra tupiniquim. Isso graças ao festival Lollapalooza, que desde 2012 nos brinda com shows incríveis e toda a estrutura de um grande festival. Era para a banda ter tocado ano passado no festival, mas acabou cancelando sua vinda, mas para este ano o show está garantidíssimo! Para te ajudar a ir esquentando os motores para este show tão esperado, a Strip Me conta 8 fatos para você ficar conhecendo melhor Mark Hoppus e sua turma.

Blink antes do 182.

A banda foi formada por um trio de amigos adolescentes, ainda no colégio, em 1992. Quando começou a realmente ser levada a sério por seus integrantes, Mark Hoppus, baixo e voz, Tom DeLonge, guitarra e voz, e Scott Raynor, bateria, a banda foi batizada Blink. Em 1994 lançam seu primeiro disco, Cheshire Cat. Mesmo lançado de forma independente, o disco chama atenção. Tanto que a banda é processada por uma banda da Irlanda com o mesmo nome. Para evitar uma treta judicial, eles decidem colocar um número da na frente do nome. Surge Blink-182. De onde veio esse número, ninguém sabe. Provavelmente os caras acharam que soava bem. Mas ao longo do tempo, deram várias explicações malucas. Por exemplo, dizem que 182 é o peso de um dos integrantes da banda em libras, ou que 182 é o número de vezes em que Al Pacino diz “fuck” no filme Scarface.

A escolha.

No início de 1993 a banda Blink começava a crescer para além dos arredores de San Diego, California, onde se originou. A banda tomava cada vez mais tempo dos três jovens. Mark Hoppus tinha uma namorada ciumenta nessa época, que lhe deu um ultimato: “A banda ou eu!” E por algumas semanas, quase dois meses, ele escolheu a namorada. Mas, um tempo depois, sentiu saudade da sua turminha do barulho, mandou o namoro às favas e retomou seu lugar na banda bem a tempo de gravar a demo que daria origem ao seu primeiro disco.

Dança das baquetas.

Scott Rayner manteve o posto de baterista do Blink-182 até 1998. Em 1996 a banda dava o que falar e as gravadoras estavam desesperadas procurando um novo Green Day. O trio de San Diego acabou assinando com uma major ainda naquele ano, e em 1997 lançaram seu segundo disco, Dude Ranch, que fez um baita sucesso nos Estados Unidos. A fama fez com que Rayner perdesse as estribeiras e afundasse feio na bebida. Depois de algumas mancadas e sumiços em dias de show, Hoppus e DeLonge o expulsaram da banda. Por sorte, eles excursionavam com uma banda chamada The Aquabats, cujo baterista era um prodígio. Para não deixar Hoppus e DeLonge na mão em um show, o baterista Travis Barker, aprendeu a tocar o repertório do Blink-182 em uma tarde. E não saiu de trás dos tambores da banda desde então.

Enema of the State.

E foi em 1999 que o Blink-182 ganhou o mundo, com um disco inspirado e aquele empurrãozinho maroto da MTV. Os clipes de What’s My Age Again?, All the Small Things e Adam`s Song bombaram no mundo inteiro e o punk adolescente voltou para as cabeças. O disco Enema of the State teve duas capas diferentes. A primeira tiragem do disco saiu com o nome da banda com “B” maiúsculo e uma cruz vermelha no chapéu da enfermeira na capa. O trio preferia a grafia do nome com todas as letras minúsculas. Na mesma época a Cruz Vermelha, entidade internacional de saúde, ameaçou processar a gravadora pelo uso de seu símbolo de forma pejorativa, quase obscena, segundo a entidade. Para evitar confusão, foi retirada a cruz do chapéu da enfermeira, e uma nova tiragem do disco saiu com a capa com o nome da banda escrita em letras minúsculas e o chapéu sem a cruz. Aliás, a enfermeira em questão era ninguém menos que Janine Lindemulder, uma estrela em ascensão do cinema pornô na época, o que explica o desconforto do pessoal da Cruz Vermelha. Pra completar, o título do disco é um trocadilho malicioso com a expressão “enemy of the state”(inimigo do estado, ou do governo). A palavra “enema”, que substitui “enemy”, significa em português esperma. Trocadilho típico de quinta série. De fato, what’s my age again?

O preço da fama.

Enquanto a fama e popularidade da banda escalavam em alta velocidade, sua credibilidade dentro da comunidade punk despencava. Enquanto todas as bandas punks no começo do século vinte e um produziam músicas de protesto, incluindo os outrora adolescentes meio bobocas do Green Day, o Blink-182 saía na capa da revista CosmoGirl (a versão norte americana da Capricho) e ganhava o prêmio Nickelodeon’s Kids’ Choice Award. Realmente ficava difícil levar os caras a sério. E isso acabou sendo um ponto de virada, pois o trio ficou realmente incomodado com isso e resolveu mudar.

Amadurecimento.

Em 2003 a banda lançou seu quinto álbum. Intitulado simplesmente Blink-182, o disco mostrava que a banda realmente amadureceu, trazendo novos elementos à sua música, para além dos power acordes rápidos, soando ora como uma banda indie noventista, ora como uma banda new wave dos anos oitenta. O disco chegou a ser comparado com The Police e U2, mas os integrantes da banda afirmam que na época estavam ouvindo muito The Cure, o que ajudou a inspirá-los a escrever letras mais confessionais e questionadoras. Nessa mesma época, para mostrar que estava realmente querendo fazer as pazes com o mundo, durante uma turnê no Reino Unido, o trio foi até a Irlanda e fez questão de conhecer a tal banda Blink, que quase os processou na época do lançamento do Cheshire Cat. Mas essa fase paz e amor durou pouco. Em 2005 a banda anuncia que estava se separando.

Travis Barker nas asas do destino.

Em 2008 Travis estava num avião particular com mais cinco pessoas. Sobrevoando o estado da Carolina do Sul, o avião teve uma pane, pegou fogo e caiu. Apenas Travis e mais um rapaz amigo dele sobreviveram. O baterista teve 68% do seu corpo com queimaduras severas. O acidente fez com Barker adquirisse uma verdadeira fobia a aviões. Mas também fez com que ele e Hoppus voltassem a se falar depois de três anos sem se verem. Começava ali o retorno da banda. E, graças ao esforço e apoio de sua esposa, a socialite Kourtney Kardashian, Travis superou seu medo e voltou a viajar de avião em 2001, facilitando muito a vida da banda, que até então voltara a tocar e se esforçava para fazer turnês sem depender de aviões.

Vindas frustradas ao Brasil.

Já superado o trauma, ao contrário do que dizia Belchior, não foi por medo de avião que Travis Barker não pôde vir tocar no Lollapalooza Brasil em 2023, mas sim porque ele teve um problema nas articulações dos dedos das mãos e teve que passar por uma cirurgia. O show da banda acabou sendo cancelado meio em cima da hora. Mas não foi a única vez que o trio californiano ameaçou vir, mas não veio. Em 2004 DeLonge disse numa entrevista que a banda faria uma turnê mundial e passaria pela América do Sul no segundo semestre de 2005. Criou-se uma grande expectativa, que acabou frustrada com a declaração da separação da banda no começo de 2005. Já em 2001, a banda estava cotada para tocar no Rock In Rio e chegou até a ser anunciada como uma das atrações, mas acabou não rolando. Em uma entrevista ao ex-Malhação André Marques, no extinto programa Video Show, DeLonge disse que estava tudo certo para a banda participar do festival, mas Axl Rose não aceitou que o Blink-182 tocasse na mesma noite que ele, certamente com medo de o Guns n’ Roses fosse eclipsado pela performance magnífica do trio de San Diego. DeLonge disse isso sério e, depois de uma breve pausa, riu e disse que estava de sacanagem e que não sabia por quê a banda tinha sido retirada do line up do festival. E mesmo sem o Blink-182, naquele ano Axl Rose foi às lágrimas no palco.

Enfim, o Blink-182 é uma banda realmente cativante. Seja pelo seu bom humor, ou pelas suas ótimas canções, ou pelas duas coisas juntas. Blink-182 é puro barulho, diversão e arte. Uma banda dessa não ia ficar de fora da trilha sonora da Strip Me, que tem não só o Blink-182, mas também outras bandas punk representadas na excelente coleção de camisetas de música, onde tais bandas são apresentadas em estampas originais e super descoladas. E tem também as coleções de camisetas de cinema, arte, cultura pop, bebidas, games e muito mais. No nosso site você confere isso tudo e ainda fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com o que há de melhor na discografia do Blink-182. Blink-182 Top 10 tracks.

Para ler: Altamente recomendável o livro Travis Barker. Vivendo a Mil, Enganando a Morte e Batera, Batera, Batera, a autobiografia de Travis Barker, livro lançado em 2016 pela editora Ideal. Numa narrativa envolvente o baterista conta sua vida, as idas e vindas da banda e seu traumático acidente de avião.

Lollapalooza 2023: Os 5 Shows Imperdíveis!

Lollapalooza 2023: Os 5 Shows Imperdíveis!

Pode até não ser o maior em capacidade de público, em duração de dias e etc. Mas ninguém duvida que o Lollapalooza é o festival mais querido e descolado deste nosso planetinha redondo. Desde que foi criado, em 1991 pelo Perry Farrel, vocalista da banda Jane’s Addiction, o festival cresceu demais, rompeu as fronteiras dos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo. Em 2023 recebemos a décima edição do festival em território brasileiro. A primeira edição foi em 2012 e rolou anualmente desde então, com exceção de 2020 e 2021, por conta do infame corona vírus. A Strip Me surgiu em 2014, ou seja, já nasceu totalmente ligada na vibe maravilhosa do Lolla, de barulho, diversão e arte! Portanto, é com conhecimento de causa que nós fazemos questão de, não só te recomendar os melhores looks para curtir os shows, como também dar os toques de quais shows você não pode perder nesta edição de 2023.

O Lollapalooza 2023 rola nos dias 24, 25 e 26 de março no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Traz, como sempre, um line up variadíssimo e cheio de novidades. Vai do hardcore ao funk, do trap ao trash metal sem medo de misturar tribos. E essa é justamente uma das belezas do festival. Ao todo, são 75 shows celebrando essa diversidade, entre artistas e bandas nacionais e gringas. E 75 shows é muita coisa, né… por mais que você queira, não dá pra ver tudo. Mas tem alguns aí que não dá pra perder de jeito nenhum. Então se liga nas nossas dicas.

Billie Eilish

Certamente ela é a principal atração do festival. Primeiro porque é a primeira vez que ela se apresenta no Brasil. Segundo porque, obviamente, essa garota não brinca em serviço. Afinal, com apenas 21 anos de idade, ela já ganhou um Oscar, sete Grammys, dezesseis Guinness World Records, três MTV Music Video Awards e foi eleita uma das 100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo em 2022 pela BBC. E no palco, Billie Eilish faz por merecer todas essas premiações. Seu show é energético e cativante. É um show mais que imperdível, é histórico!

Lil Nas X

Mais um que se apresenta pela primeira vez em terras tupiniquins. E mais um artista jovem com um sucesso imenso, cheio de premiações e realmente talentoso. Montero Lamar Hill, mais conhecido como Lil Nax X é um rapper de apenas 23 anos, vindo do conservador estado da Georgia. Ganhou fama no fim de 2018, quando lançou a irresistível faixa Old Town Road, que mistura country e rap de maneira brilhante. Mas não parou por aí, desde então, tudo que o artista lança tem relevância e qualidade. É rap com grandes melodias e mistura de gêneros musicais! Lil Nas X é realmente um artista muito inventivo e traz um show certamente impactante.

Blink 182

Claro que o bom e velho rock n’ roll não ficaria de fora dos principais destaques do Lollapalooza! E que destaque! A banda californiana Blink 182 foi um dos maiores nomes do punk e power pop  da segunda metade da década de 90. Na onda do Green Day e Offspring, a banda lançou pelo menos dois discos matadores: Dude Ranch, de 1997 e Enema of the State, de 199, que trazia os clássicos All The Small Things e What’s My Age Again?. Entre idas e vindas, a banda retomou as atividades tendo Tom DeLonge e Mark Hoppus (fundadores da banda) ano passado. Com uma agenda abarrotada de shows mundo afora, a Blink 182 passa pelo Brasil no palco do Lolla 2023 e promete um show inesquecível.

Rosalía

Rosalía tem tudo para entregar o melhor show de todo o festival. Nascida e criada numa pequena cidade da Catalunha, perto de Barcelona, Rosalía estudou música clássica, especializou-se em flamenco e música tradicional espanhola, fez parte de várias bandas, tocou na noite e em casamentos em Barcelona, até começar a desenvolver um material autoral muito original. Em 2016 ela se muda para a California e lança, no ano seguinte, seu primeiro disco, cujo nome homenageia a cidade onde foi morar, Los Angeles. Em 2018 lança o disco El Mal Querer e arrebenta, encabeçado pela bela canção Malamente. Ganhou tudo quanto é prêmio e brilhou nos principais festivais da Europa. Em 2022 lançou o disco Motomami, um disco inspiradíssimo puxado pelos singles Saoko e La Fama. A mistura de flamenco, latinidades, reggaeton e R&B de Rosalía é irresistível e muito poderosa. Show imperdível mesmo!

Kali Uchis

Drake, Tame Impala e tantos outros que nos desculpem, mas esse Lolla 2023 tá dominado pelas mulheres! Dos 5 shows mais importantes do festival, 3 são de mulheres absolutamente talentosas. Billie Eilish, Rosalía e Kali Uchis. Kali é colombiana, mas passou boa parte de sua adolescência nos Estados Unidos. É uma compositora brilhante de 28 anos de idade. Além da música, ela também se destaca como designer de moda e artista visual. Começou cedo na música tocando piano e saxofone. Fez parte de uma banda de jazz, mas logo começou a produzir seu próprio material, inspirada em Ella Fitzgerald e Curtis Mayfield. Com essas referências, não tinha como dar errado. Com uma linguagem moderna, ela produz ótimas canções e já trabalhou com gente como Gorillaz, Tyler the Creator, Tame Impala, Thundercat, BBNG e outros mais. Certamente vai ser uma das grandes surpresas do festival!

Bonus Tracks

Mas nem só de grandes artistas internacionais vive o Lollapalooza. Alguns artistas brasileiros também merecem atenção e prometem grandes shows. Para começar precisamos falar de Number Teddie, um cara que saiu de Manaus com canções inacreditáveis de boas, pegada pop, mas com um pé no rock n’ roll e letras confessionais. O disco Poderia ser Pior, lançado ano passado, é ótimo e o show deve ser bom demais! Também vale destacar a banda punk/trash Black Pantera, banda agressiva, com grandes músicas pesadas e de letras excelentes! Pra bater cabeça com gosto! Ana Frango Elétrico, que é o nome artístico da carioca Ana Fainguelernt, é outra que promete um show de primeira! É uma baita compositora, seu disco Mormaço Queima foi um dos melhores discos brasileiros de 2018 e ano passado ela foi um dos grandes destaques do Coala Festival! Para aquele momentinho de relaxar, quando pintam uns cigarrinhos de artista aqui e ali, a banda Gilsons é uma grande pedida. Uma MPB renovada com grandes melodias e uma banda muito competente, formada por filho e netos de ninguém menos que Gilberto Gil. Por fim, vale também conferir o show da ótima banda O Grilo, cujo disco Você Não Sabe de Nada, de 2021, apresenta um indie rock dançante e promissor. A banda se apresentou ano passado no Rock in Rio e foi muito elogiada. Vale a pena ficar de olho.

Pronto. Agora você já está apto a escolher os melhores shows do Lolla para curtir. Só falta escolher o look ideal ara cada um deles! Na Strip Me você tem uma vasta coleção de camisetas de música para escolher suas estampas favoritas, sem falar nas coleções de arte, cinema, cultura pop, comportamento e muito mais. Camisetas estilosíssimas e super confortáveis pra você curtir o festival do começo ao fim! Vem conferir a nossa loja e dar uma olhada nos lançamentos mais recentes!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist arrebatadora com o que de melhor vai rolar no Lolla 2023. LollaBR 2023 top 10 tracks.

Para assistir: Para você se preparar para o que está por vir, vale a pena assistir o show da Billie Eilish gravado em 2021 no Firefly Music Festival, em Dover, Delaware. Além da qualidade de áudio e imagem estarem ótimas, o show é realmente muito bom! Completinho e free no Youtube. Link aqui.

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Bora pro festival: guia de looks para os melhores rolês

Pensar no look perfeito faz parte do planejamento de quem vai a algum evento ou festival de música. E para saber como se vestir bem é necessário conhecer alguns detalhes muito importantes, como o tema do festival, o seu próprio estilo, duração, quem vai tocar e muito mais.

Um exemplo é que, dependendo do dia, a camiseta Rock in Rio precisará conter elementos que fazem referência aos grandes nomes do Rock e do Heavy Metal, ou então deverá ter ícones da cultura POP.

Já a camiseta Lollapalooza pode ter detalhes minimalistas, coloridos, que cite uma banda ou um artista que participará do evento.

Agora, se for a camiseta para o Primavera Sound, você pode investir em um look mais alternativo. Na hora de escolher a camiseta de festival perfeita, tudo vai depender do local, do horário e do que você quer expressar com o seu look.

Vários jovens com mãos pra cima vistos de costas curtindo festival de música

3 dicas para arrasar no look

Agora você confere 3 dicas para saber como se vestir bem em um festival e arrasar no look. Continue lendo!

Escolha roupas confortáveis e adequadas para o local

Na hora de escolher a camiseta para festival para aproveitar todos os momentos sem incômodo, pense em manter o estilo sem perder o conforto, sem passar muito frio ou muito calor.

Para isso, considere se o evento estará cheio, se ocorre a céu aberto ou em local fechado, se será durante o dia ou durante à noite e, por consequência, a temperatura e o clima.

Modelo masculino de calça preta básica e camiseta branca com estampa Hip Hop, modelo exclusivo Strip Me
Camiseta Hip Hop Strip Me Clothing

Utilize acessórios

O que não faltam são acessórios para deixar o seu look ainda mais completo e descolado.

Seja com itens coloridos ou até mesmo em uma única cor, em formatos distintos ou com diversas funcionalidades, eles são uma ótima opção para deixar o seu visual mais autêntico e diferente.

05 modelos de bolsas shoulder bag Strip Me, Cores: preto com verde, preto com cinza, preto com roxo, preto com preto e preto com branco
Shoulder Bags Strip Me Clothing

Não deixe de passar a sua personalidade

O look é onde a sua personalidade pode e deve ser comunicada. É a partir da construção dos detalhes que a sua identidade ficará em evidência para os outros participantes do festival.

Modelo feminina usando a camiseta WTF preta Strip Me
Camiseta WTF preta Strip Me Clothing

Opções para montar o seu look ideal não faltam e, para deixá-lo ainda melhor e totalmente com o seu estilo, visite o site e escolha as camisetas Strip Me que mais tem sua cara. Não tem como errar 😉

Primavera Sound: O Florescer de um festival.

Primavera Sound: O Florescer de um festival.

É, parece que esse negócio de festival de música veio mesmo pra ficar. Claro que essa frase provavelmente foi dita em algum momento do fim dos 60, com a consagração do Woodstock. Mas tal frase ainda soa verdadeira em 2022. Até dezembro, o Brasil terá recebido pelo menos 10 festivais de grande porte. Os que já aconteceram se provaram de grande sucesso. João Rock, MITA, Lollapalooza, Rock in Rio, Festival DoSol, Coala e MADA todos tiveram grande público e ótimas apresentações. E ainda tem outros festivais por acontecer até o fim do ano. Um deles se destaca por acontecer pela primeira vez no Brasil e trazer uma proposta um pouco diferente, de integração com a cidade que o recebe.

O Primavera Sound começou como um festival de um dia só, na cidade de Barcelona, Espanha. Ainda em meados dos anos 90, o festival já acontecia com regularidade, mas sem artistas de grande expressão como headliners. Foi em 2001 que o evento realmente cresceu. Passou a ser realizado no Pueblo Espanhol, uma espécie de parque temático, que recria a vida medieval da Espanha em meio a um bosque. Neste ano o festival reuniu quase 8 mil pessoas e trouxe um line up diverso, com DJs e músicos de várias partes do planeta. Ali começou a escalada. Em 2002 um dia a mais é adicionado, ocorrendo nos dias 17 e 18 de maio, e um line up bem mais robusto se apresenta, com nomes como Echo & The Bunnymen, J. Mascis, Le Tigre, Dave Clark Jr. e The Moldy Peaches. No ano seguinte, o publico chegou a 28 mil pessoas e 5 palcos foram montados por todo o Pueblo Espanhol, com apresentações de gente como Belle And Sebastian, Yo La Tengo, Teenage Fanclub, Sonic Youth, Mogwai, The White Stripes e Television. Nada mau, hein…

Em 2004 a coisa cresceu ainda mais. O festival atendeu 40 mil pessoas e acresceu mais um dia de shows. Além disso tudo, ainda promoveu uma feira com palestras e convenções voltada para o mercado fonográfico, com participação de diretores de várias grandes gravadoras. Os principais nomes a se apresentar naquele ano foram PJ Harvey, Primal Scream, Wilco e Franz Ferdinand. Em 2005 o Pueblo Espanhol ficou pequeno e o festival foi realocado no Parc del Fòrum, nos arredores de Barcelona, um espaço pelo menos 3 vezes maior que o Pueblo Espanhol. Nessa edição rolou New Order, Iggy Pop & The Stooges, Sonic Youth, Gang of Four, entre outros. 2006 foi um ano de poucas mudanças, mas de afirmação da importância do festival. Além de trazer sempre artistas locais e independentes, os headliners traziam ainda mais imponência ao evento. Em 2006 contou com nomes como Lou Reed, Motörhead, Yo La Tengo, The Flaming Lips, Yeah Yeah Yeahs e Isobel Campbell. 2007 ficou marcado como o ano que bateu 60 mil pessoas e apresentou dois shows antológicos: a veterana Patti Smith com um show eletrizante e o Sonic Youth, já prata da casa, tocando na íntegra o clássico disco Daydream Nation.

Em 2010 Primavera Sound já se torna um dos maiores festivais da Europa. Com público de mais de 100 mil pessoas e com a oficialização da PrimaveraPro, aquela feira para profissionais da indústria, se estabelecendo como um evento à parte muito importante em todo o mundo. Em 2019 a organização do festival apresenta uma política invejável: igualar no line up o número de artistas homens e mulheres. Segundo a própria organização, a intenção é quebrar o paradigma vigente desde sempre no mundo do rock e pop, que foi muito bem descrito como “pale, male and stale”, ou seja, homem branco e velho. Neste ano os destaques foram  Interpol, Tame Impala e Miley Cyrus.

Desde 2012 o festival passou a ter uma edição extra na cidade do Porto, Portugal. Na cidade portuguesa, o festival sempre acontece uma ou duas semanas depois de Barcelona e, normalmente, com o mesmo line up. Assim, podemos dizer que o Primavera Sound é um festival internacional desde então. Mas mais ou menos, né… afinal, como costuma se dizer na Europa, Portugal é uma pequena ilha cercada de mar e de Espanha. É como você fazer uma festa na sala da sua casa, e depois repetir a mesma festa no quintal. Mas agora, em 2022, 10 anos depois de estrear a versão lusitana, o Primavera Sound finalmente se internacionalizou pra valer! Neste ano o festival tem edições em Los Angeles, Estados Unidos, Santiago, Chile, Buenos Aires, Argentina e… São Paulo, Brasil! Sim, o festival chegou até aqui! Em L.A. o festival já rolou, entre os dias 16 e 18 de setembro. Aqui na América Latina rola entre o fim de outubro e começo de novembro.

Em São Paulo o Primavera Sound vai trazer mais de 30 artistas e bandas, que se apresentarão entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro em 3 lugares diferentes: Cine Joia, Audio e Anhembi. O festival mesmo é no fim de semana dos dias 5 e 6 de novembro. Mas uma semana antes, a partir do dia 31 de outubro, rolam vários shows durante a semana promovidos pela organização do festival nos citados locais. É o que eles chamam de Primavera na Cidade. Aí, quem compra o passaporte integral do festival, tem acesso a esses shows durante a semana e também ao festival pra valer no Anhembi no fim de semana do dia 5. A proposta dos caras é realmente interessante. De acordo com uma nota divulgada pela produção do festival, eles afirmam o seguinte: “O festival é feito para todas as pessoas, com o objetivo de conectar, fortalecer e enriquecer a cultura local. Não se trata, afinal, do que a cidade pode fazer para o Primavera Sound e, sim, sobre o que o Primavera Sound pode fazer por cada cidade.”. Muito legal.

Mas vamos ao que interessa. Quem vai tocar. O line up desta primeira edição em São Paulo está bem diversa, contemplando artistas consagrados e independentes gringos e brasileiros. Os destaques são Arctic Monkeys, Björk, Father John Misty, Interpol, Gal Costa, Hermeto Pascoal e Terno Rei. Mas tem muito mais coisa. E, aparentemente, a vibe do festival é das melhores, afinal, a começar pelo próprio nome, é um rolê que celebra a natureza, a chegada da primavera, a integração e diversidade. Tem tudo pra ser excelente. E a programação completa, com datas e informações de ingressos você confere no site oficial do festival. É só clicar aqui.

Fala a verdade! Baita rolê inspirador esse festival! É o tipo de coisa que tem tudo a ver com a Strip Me, e que a gente faz questão de falar a respeito e divulgar! Afinal, boa música, alto astral e diversidade tem tudo a ver com a gente! Agora imagina, você curtindo um festival desse com uma camiseta no peito tão firmeza quanto os shows que vão rolar! Camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Confere a nossa loja e se liga que sempre tem lançamento novo pintando!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist cremosa com o que de melhor vai rolar no Primavera Soud SP! Primavera Sound SP Top 10 tracks!

Para assistir: Se você curte festivais, não pode perder o excelente documentário sobre o Woodstock ’99! Trainwreck: Woodstock ’99 foi lançado neste ano pela produtora RAW. Está disponível na Netflix e mostra exatamente tudo o que não se deve fazer ao organizar e conduzir um festival de música!

10 Sons que você vai ouvir no Rock in Rio

10 Sons que você vai ouvir no Rock in Rio

E lá vem mais uma edição do Rock in Rio. A décima sexta, para não perdermos a conta.

De 1985 pra cá o festival já conquistou seu lugar no folclore do mundo musical e se tornou um ponto turístico pra quem curte um bom show. Apesar de seu DNA rock and roll, o festival de Roberto Medina abre espaço desde sua primeira edição para a música pop, eletrônica e outras vertentes que emprestam um pouco da transgressão e da atitude do estilo que da nome ao evento.

line up rock in rio 2015

Para celebrar a volta do Rock in Rio, e de um motivo pra tirar aquela parafernália com ‘Eu Fui’ do armário, vamos listar 10 sons que vão tocar pela Cidade do Rock nesses sete dias de festival.

Queen + Adam Lambert – Bohemian Rhapsody.

O Queen esteve no Rio de Janeiro em 1985 e marcou época com uma histórica versão de ‘Love of My Life’. Hoje, 30 anos depois, Brian May e Roger Taylor voltam ao festival que ajudaram a construir para prestar uma homenagem a Freddie Mercury e presentear os fãs brasileiros. Para ajudá-los nessa empreitada, recrutaram Adam Lambert, participante de uma edição passada do American Idol. Durante todo o tempo, May e Taylor insistem em dizer que essas apresentações servem apenas para espalhar a música do Queen e homenagear Mercury, não substituí-lo. Como se fosse possível substituir o cara…

https://www.youtube.com/watch?v=AzG0HBFRJnk

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Metallica – Enter Sandman

O Metallica vem para seu terceiro Rock in Rio seguido. Isso só no Rio de Janeiro, eles também já estiveram presentes nas edições de Lisboa, Madri e Las Vegas. Sempre com uma das apresentações mais aguardados do festival, o quarteto californiano de thrash metal vai fechar o sábado com seu show, que além de contar com algumas dezenas de hits, é extremamente bem produzido. Uma apresentação imperdível seja de casa ou in loco.

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Royal Blood – Little Monster

Os ingleses do Royal Blood estreiam de maneira grandiosa nos palcos brasileiros, Ben Tatcher e Mike Kerr se apresentam no Palco Mundo no sábado, dia 18. A banda foi formada em 2013, mas eles já estão acostumados com grandes festivais, já encararam Coachella, Leeds, Reading e Glastonbury, arrancando elogios de Dave Grohl e Jimmy Page, para citar alguns. Seu primeiro single, ‘Little Monster’, e alguns outros sons da banda que vem causando buzz junto ao público e a crítica especializada prometem renovar o sangue do festival.

 

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Rod Stewart – Ooh La La  

Stewart é tipo um Arnold Swarzenegger da música, começou a carreira ao lado de Ron Wood na banda inglesa The Faces, um dos expoentes dos blues rock entre as décadas de 1960 e 70, virou cantor de baladas melosas e por fim passou a cantar clássicos do jazz norte-americano. Rod Stewart leva um catadão disso ao palco do Rock in Rio no primeiro domingo do festival. A relação de Stewart com o Rio é antiga, ele esteve na primeira edição do Rock in Rio, em 1985, e fez a maior apresentação ao vivo de todos os tempos nas areias de Copacabana, em 31 de dezembro de 1994 ele tocou para 4,2 milhões de pessoas. Wow.

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Elton John – Tiny Dancer

Sir Elton John volta ao Rock in Rio, após ser prejudicado na edição de 2011 do festival, ele subiu ao palco após Rihanna e Katy Perry (que também voltam em 2015) e acabou se apresentando para um público muito pequeno, já que as hordas juvenis que foram até a Cidade do Rock ver as divas pop pouco se importaram com o senhor de óculos estranho, piano excêntrico e duas horas de hits feitos para um estádio cantar junto. Não se preocupe seu John, esse ano o pessoal já prometeu que fica e canta tudo com muito prazer. Ah, os anos 70…

 

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System of a Down – Chop Suey!

Vindos diretamente da longínqua década de 2000, os norte-americanos/armenos do System of a Down fazem outro show muito aguardado pelo público do Rock in Rio. A banda voltou de um hiato em 2010 e não lançam nada inédito desde 2005, mas nem um repertório sem muitas novidades desanima o público da banda. Se fizerem jus ao entusiasmo dos fãs, será de longe um dos melhores shows de todo o festival.

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Queens of the Stones Age – No One Knows

O dia 24, abertura do segundo fim de semana do festival, também traz ao palco o Queens of the Stone Age. A banda volta de férias, após longa turnê mundial, que começou e terminou aqui no Brasil, para promover o ótimo álbum ‘…Like Clockwork’, de 2013. Vale lembrar que o QOTSA é responsável por um episódio histórico do Rock in Rio, a banda veio como revelação para a edição de 2001, e Nick Olivieiri, baixista da banda na época, ficou completamente nu durante o show, correndo pelo palco sem muita vergonha. Depois da apresentação ele foi preso e eternizado na história do festival.

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Faith no More – Black Friday

Os veteranos do Faith no More voltam aos palcos do Rock in Rio com a mesma vitalidade de sua primeira aparição, em 1991. Mike Patton e companhia vão desfilar sucessos daquela época, como Epic e Midlife Crisis, além de sons do ótimo álbum ‘Sol Invictus’, lançado em maio de 2015. O show do Faith No More é imperdível, a banda é excelente ao vivo e tem Mike Patton, um dos últimos frontmans do rock. É impossível tirar o olho do cara, ele corre, grita, pula e ainda fala português. Com certeza, serão duas horas inesquecíveis na Cidade do Rock.

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Mastodon – The Motherload

A edição de 2015 do Rock in Rio foi bem generosa com os fãs de metal, ao trazer bandas como Metallica, System of a Down e Slipknot, nomes que marcaram época no estilo. Além dessas figurinhas carimbadas, a organização também apostou em bandas que estão conquistando seu espaço, que é o caso dos americanos do Mastodon. A banda não é exatamente nova, já está na estrada há 15 anos, mas ainda busca se firmar com públicos maiores. O Mastodon foge de muitos clichês estéticos e sonoros do estilo e tem tudo para agradar quem ainda não está familiarizado com seu som. Mais uma banda que promete rejuvenescer o festival.

 

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a-ha – Take on Me

Os suecos do a-ha se apresentaram no Maracanã, em 1991, na segunda edição do Rock in Rio e fizeram uma apresentação memorável para mais de 180 mil pessoas, um recorde absoluto na época. Depois de 24 anos, a banda volta ao festival, mas sem prometer muitas novidades. O set list que o a-ha apresenta no dia 27, última noite do festival, deve ser muito parecido com aquele que marcou época em 1991. Verdade seja dita, os caras lançaram um disco em 2015, mas novamente falharam na tentativa de produzir hits, como a eterna “Take on Me”. O show vale pela nostalgia. E pelo agudo no refrão de Take on Me. Quem resiste aquilo?

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Sobre a Strip Me

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Os 6 Shows mais épicos do Rock and Roll

Os 6 Shows mais épicos do Rock and Roll

Ouvir música se tornou quase uma necessidade básica em nossa singela existência, e graças a novas tecnologias (obrigado Spotify, obrigado Apple Music) nossa relação com ela se tornou algo muito mais acessível e amplo.

Apesar de todas essas facilidades e modernidades, a melhor maneira de entrar em contato com a música continua sendo ao vivo. Assistir a um bom show é uma experiência duradoura que além de render boas histórias, tem grande impacto na vida de todos que estavam por ali.

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A capacidade de transformar a cultura pop é uma das maiores provas do poder que um show tem, e agora vamos revisitar algumas apresentações que por um motivo ou por outro, deixaram suas marcas no rock and roll.

 

The BeatlesShea Stadium, 15 de agosto de 1965.

Um ano após a lendária apresentação no Ed Sullivan Show, os Beatles voltaram aos Estados Unidos para uma turnê de nove datas pela terra do Tio Sam e a primeira apresentação aconteceu no Shea Stadium, em Nova Iorque. Naquela noite 55 mil jovens ensandecidos pessoas foram ao estádio. Até então esse número era algo inimaginável para um show e por isso ninguém tinha ideia da estrutura necessária para promover tal evento. O minúsculo palco ficava no meio do estádio, longe da audiência que estava nas arquibancadas, e o grito dos fãs era tão alto que ninguém conseguia ouvir nada do que os Beatles tocavam naquela noite, nem mesmo a própria banda. Esse show foi um dos motivos dos Beatles desistirem de apresentações ao vivo.

The Beatles performing at New York’s Shea Stadium on Sunday, August 16, 1965, as some 50,000 fans cheer them on. L-R: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison and Ringo Starr. (AP Photo)

Apesar do caos momentâneo, essa apresentação foi extremamente importante, pois a partir dali ficou definido o que seria um show de rock como conhecemos atualmente. Os Beatles reescrevendo a história, nenhuma novidade aqui.

 

 

Jimi Hendrix – Monterey Pop Festival, 18 de junho de 1967.

Jimi Hendrix se mudou para Londres em 1966 e se tornou sucesso imediato na terra da rainha, exito que não se repetiu Estados Unidos. A fim de mudar esse cenário, Paul McCartney sugeriu aos organizadores do famoso Monterey Pop Festival a adição de Hendrix ao line-up. Jimi subiu ao palco com moral, após ser apresentado pelo Stone Brian Jones e logo de cara conquistou o público com suas roupas exóticas e um cover avassalador de Howlin’ Wolf.

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Ao fim do set, quando o público já delirava com a apresentação incendiária (desculpa), Jimi entrou de vez para a história com seu ato final, que envolveu malabarismos e simulações sexuais com sua guitarra, que acabou incendiada ao fim do “ritual”. A imagem de Hendrix e sua guitarra em chamas tem seu espaço reservado no imaginário popular e captura toda a energia da apresentação.

 

 

Pink FloydThe Wall, entre fevereiro de 1980 e junho de 1981.

Em 1977, o Pink Floyd viajou o mundo para promover o álbum Animals em sua maior turnê até então, e devido ao seu tamanho e peculiaridades dessas apresentações Roger Waters se sentiu distante de seu público, como se uma parede dividisse a banda dos fãs. Nascia o álbum The Wall. Em 1980, a banda transformou a álbum em um show conceito, onde realmente construiriam uma parede em frente ao palco e levariam os elementos do álbum aos estádios. Devido à complexidade do show, ele aconteceu somente em Londres, Los Angeles, Nova Iorque e Dortmund em 31 ocasiões entre 1980 e 1981.

The Wall foi extremamente importante pois levou a produção de shows a um outro nível. Além da música, as luzes, efeitos visuais, sonoros e telões eram partes vitais da apresentação, elementos que até então não eram tão pensados em um show de rock. Se hoje você fica longe do palco e se contenta em ver tudo pelo telão, agradeça Roger Waters por mais essa benfeitoria.

 

 

AC/DC – Monsters of Rock Moscou, 28 de setembro de 1991.

Em 1991 a União Soviética e seus anos de repressão se aproximavam do fim. Em meio a esse cenário político efervescente a cidade de Moscou recebeu uma edição do festival Monsters of Rock, que aconteceu em um aeroporto militar desativado, onde 1.5 milhão de jovens russos tiveram a oportunidade de ver Pantera, The Black Crowes, Metallica e AC/DC em apresentações inspiradas.

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A juventude soviética encarou o evento como um grito de liberdade contra a repressão do regime totalitário que por muito tempo os obrigou a contrabandear aquelas músicas e os proibiu de promover aquele estilo de vida, mostrando a face contestadora que moldou o rock and roll.

 

 

Freddie Mercury Tribute Concert, 20 de abril de 1992.

Cinco meses após a morte de Freddie Mercury, em decorrência de complicações relacionadas à AIDS, os membros sobreviventes do Queen promoveram um show beneficente no estádio de Wembley, que teve seus 72 mil ingressos esgotados em menos de três horas. Para homenagear Mercury, bandas como Metallica, Guns n’ Roses e Def Leppard apresentaram pequenos sets. Porém, Brian May, John Deacon e Roger Taylor foram as principais atrações da noite, que apresentaram músicas do Queen com Elton John, Roger Daltrey, David Bowie, Robert Plant, Axl Rose e várias outros substituindo Freddie Mercury nos vocais e emocionando todos os presentes.

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Esse show foi de extrema importância social, pois além de reverter toda a sua renda para órgãos que pesquisam e combatem a AIDS, ajudou a conscientizar a população mundial sobre a doença e derrubar vários estigmas e preconceitos em torno daqueles que a contraíram.

 

 

Rolling Stones – Praia de Copacabana, 18 de fevereiro de 2006.

A praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, é um dos pontos mais conhecidos do mundo por suas belezas naturais e eventos que costuma sediar. Além de se encher todo réveillon e carnaval a praia também presenciou o maior show de todos os tempos, 3,5 milhões de pessoas foram assistir Rod Stewart desfilar seus sucessos por Copacabana em 1994. Em 2006 os Rolling Stones tentaram tirar esse título de Stewart com a turnê do álbum A Bigger Bang e seus 40 anos de experiência, novamente nas areias de Copacabana.

Os Stones colocaram 1,2 milhão pessoas nas areias de Copacabana e levaram todos ao delírio. Na maior apresentação de sua extensa carreira, a banda embriagou todo o público e fez escola com um show de mais de duas horas que visitou praticamente todos os sucessos e fases dos Rolling Stones. Apesar de não superar o público de Stewart, que se apresentou em um réveillon, a apresentação dos Stones, que foi lançada em vídeo alguns anos mais tarde, é uma representação forte, crua e honesta de todo o poder que um legítimo show de rock pode carregar.

 

 


 

Sobre a Strip Me

 

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Woodstock Facts

Woodstock Facts

Hoje em dia os mega-festivais se tornaram uma coisa normal. Todo mundo vai, todo mundo participa. É seguro e tranquilo. São milhares de pessoas reunidas, com diversos patrocinadores bancando o evento, inúmeras opções para alimentação, locais quase que adequados para higiene pessoal, mega estruturas com telões em HD transmitindo o show, sistemas de som absurdamente bons… Incrível, né?

Pois é. Agora transporte-se para Agosto de 1969. E, claro, esqueça toda a parafernália eletrônica moderna que está nesse momento a sua volta. Nesse mundo, moderno e revolucionário é Jimi Hendrix e Janis Joplin. A conexão é feito com sexo, drogas e música. E muitos estão conectados, mas muitos mesmo: 500.000 pessoas. O local é um sítio no estado de Nova Iorque. Bem vindo ao Woodstock Music & Art Fair! Conheça agora algumas curiosidades do festival.

– Nome: Woodstock Music & Art Fair.

– Local: Bethel. Próxima a NY.

– Data: 15 a 18 de Agosto de 1969

– Preço inicial: $6 por dia.

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A ideia inicial era que o festival acontecesse em Woodstock. Mas, por falta de opções de local, os organizadores tiveram que mudar para uma cidadezinha logo ao lado, a 60 km de Woodstock, chamada WallKill. Problema resolvido? Nada disso. A população local proibiu os organizadores de realizarem o evento lá. A solução foi alugar de um fazendeiro um sítio logo ao lado, em Bethel, por $75.000.

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Max Yasgur, o desavisado que alugou sua propriedade.

Inicialmente, 32 bandas estavam escaladas para o Line-up. Mas nem todas conseguiram se apresentar, como foi a caso da banda Iron Butterfly, que ficou presa no aeroporto e não conseguiu chegar a tempo. Os organizadores até que gostaram do imprevisto, uma vez que o tipo de som da banda, mais pesado e agressivo, podia gerar um início de tumulto na multidão.

John Lennon queria muito participar do festival. Mas não conseguiu do governo americano a sua liberação de entrada no país.

Bob Dylan foi outro que não conseguiu participar do Woodstock. Embora ele tenha sido uma das grandes inspirações dos organizadores para criar o festival, justo no fim de semana do evento um de seus filhos foi internado no hospital, o que fez com que ele cancelasse sua participação.

A performance de Jimi Hendrix, encerrando o festival no dia 18 de Agosto, uma segunda-feira, 9 horas da manhã, tocando Star-Spangled Banner, foi descrita pelo New York Post como o momento mais brilhante dos anos 1960.

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Estima-se que durante todo o festival de Woodstock, mais de 4 crianças tenham nascido no local. Abortos espontâneos contabilizados foram 8. E mortes foram 2: uma por overdose de heroína, e a outra de um adolescente atropelado por um trator enquanto dormia em sua barraca. O motorista do trator nunca foi encontrado

strip-me-camisetas-woodstock-3Acho que eu to passando mal.

Inicialmente, o preço do ingresso para cada dia do festival foi de $6. Malandragem dos organizadores, que contaram às autoridades que esperavam 50.000 pessoas, enquanto já tinham vendido mais de 186.000 ingressos. No fim, 500.000 pessoas compareceram e mais de 1 milhão ficou presa no trânsito tentando chegar ao festival. Obviamente que, no final, não se pagava mais nada para entrar.

Estima-se que 9 em cada 10 pessoas fumou maconha no Woodstock. No total, 33 pessoas foram presas por porte de drogas. A quantidade de LSD consumida é impossível de ser contabilizada.

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Com a quantidade de gente no evento e em suas imediações, e a falta de infraestrutura disponível, o Governador do estado de Nova Iorque na época, Nelson Rockfeller, declarou o Festival de Woodstock como uma área de desastre total. Ao todo, foram registrados 5.162 atendimentos médicos, sendo 797 por abuso de drogas. Já a Time Magazine fez uma leitura mais coerente, e declarou aquele como “The greatest peaceful event in history” – algo como “O maior evento pacífico da história”.

Entre os milhares de casais daquele fim de semana, pelo menos um segue unido, Bobbi e Nick Ercoline se casaram pouco depois.

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strip-me-camisetas-woodstock-5-okA comida foi outro problema. Como alimentar 500.000 pessoas? Muitas comunidades vizinhas mandaram suprimentos. Até mesmo o exército americano teve que intervir e mandar alimentos para os participantes. Ironia do destino, visto que 100% dos participantes era contra a Guerra do Vietnam e a atuação americana no conflito.

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O carinho da comunidade para com o evento.

Muitos participantes também reclamaram do capitalismo selvagem praticado no preço da comida oficial do evento, a “The Food for Love”, que, de $0,25 aumentou seu preço rapidamente para $1 devido a enorme demanda. Resultado: o stand de comida foi derrubado e queimado.

Embora a temática do Woodstock tenha sido a paz e o amor, muitas das bandas faturaram alto para participar, sendo que algumas mais do que duplicaram seus cachês, como, por exemplo, o The Jefferson Airplane, que recebeu $12.000 (o dobro do seu cachê tradicional). E mais: pagamento adiantado e só em dinheiro, como fez Janis Joplin, The Who e Grateful Dead.

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E se chover? Pois é. Com a tempestade se aproximando, um dos organizadores pegou o microfone e pediu para que todos na plateia mentalizassem positivo para a chuva ir embora, todos aos gritos de “No Rain!” “No Rain”… Não adiantou muito, uma verdadeira tempestade caiu e transformando tudo em lama. O indiano Ravi Shankar, uma das estrelas do festival, disse que a situação do lamaceiro e a quantidade de gente o fez lembrar da Índia.

E para ir no banheiro? 650 privadas individuais e 200 espaços para urinar. Isso pra 500.000 pessoas. Bom, não precisa nem falar onde a galera fazia suas necessidades básicas…

E deu lucro? Na época não. Os organizadores arcaram com um prejuízo de cerca de $1 milhão e 400 mil dólares (cerca de $9 milhões de dólares atualmente). Processos também choveram nas costas dos organizadores Michael Lang, John Roberts, John Rosenman e Artie Kornfield: ao todo foram mais de 80.

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Quem tocou? Segue o Line-up:

Primeio dia:

• Richie Havens • Swami Satchidananda • Sweetwater • Bert Sommer • Tim Hardin • Ravi Shankar • Melanie • Arlo Guthrie • Joan Baez •

Segundo dia:

• Quill • Country Joe McDonald • Santana • John Sebastian • Keef Hartley Band • The Incredible String Band • Canned Heat • Mountain • Grateful Dead • Creedence Clearwater Revival • Janis Joplin with The Kozmic Blues Band • Sly and the Family Stone • The Who • Jefferson Airplane •

Terceiro dia:

• Joe Cocker and The Grease Band • Country Joe and the Fish • Ten Years After • The Band • Johnny Winter • Blood, Sweat & Tears • Crosby, Stills, Nash & Young • Paul Butterfield Blues Band • Sha Na Na • Jimi Hendrix / Gypsy Sun & Rainbows •

E a conclusão? Simples. O maior evento de música e comportamento da história. No auge da década mais culturalmente transformadora de que se tem notícia. Com a reunião de alguns dos maiores artistas de todos os tempos.

With a little help from my friends…

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Sobre a Strip Me

Um evento que mudou para sempre a cultura mundial. E é claro que nós prestamos nossa homenagem com a Camiseta Woodstock Frames, onde compilamos alguns dos momentos mais emblemáticos do Woodstock Music & Art Fair.

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