Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

Double Trouble: 10 casais mais polêmicos da música pop!

A Strip Me segue no clima de romance do mês dos namorados, mas acrescenta uma pitada de polêmica ao apresentar os 10 casais mais polêmicos da música pop!

Todos os clichês do mundo nunca serão suficientes para descrever com exatidão o que acontece quando duas pessoas se atraem e formam um casal. Carne e unha, almas gêmeas, as metades da laranja, a tampa da panela… E quando um casal se junta, é legal notar que sempre rola uma torcida por parte dos amigos. Uma torcida a favor e outra contra, vale dizer. Agora, quando um casal é formado por celebridades, pessoas famosas, essa torcida se torna ainda maior, e não só por parte de amigos, mas de fãs e pessoas que curtem acompanhar as fofocas de gente famosa.  Acontece que alguns desses casais de pessoas famosas acabam extrapolando as colunas das revistas de fofocas… quer dizer, os comentários no Instagram e manchetes dos sites de entretenimento. É aí que a coisa começa a ficar interessante.

Na cultura pop são muitos os casais que ganharam notoriedade por serem muito polêmicos, por aprontar muito, por ser muito diferente… enfim. São casais que acabam gerando discussões interessantes sobre vários assuntos de maneira indireta, por conta de seu comportamento. Hoje vamos falar de 10 casais do mundo da música que tiveram esse tipo de destaque e ganharam notoriedade. No mês do dia dos namorados, vamos celebrar o amor em suas mais diversas versões conhecendo um pouco da história desses casais.

Elis Regina & Ronaldo Bôscoli
Elis Regina chegou no Rio de Janeiro, vinda do Rio Grande do Sul ainda muito novinha, mas já como uma promessa. Era uma cantora de personalidade e voz versátil. Emplacou várias apresentações no famoso Beco das Garrafas, no centro do Rio, onde conheceu os produtores e agitadores culturais Miéle e Ronaldo Bôscoli. E foi por Bôscoli que Elis se encantou. Os dois rapidamente começaram a namorar. Se casaram em 1967, ela com 22 anos e ele com 38, sendo que Elis já estava consagrada como grande cantora e apresentadora de TV. O casal estava sempre nas colunas sociais, e o que mais rolavam eram fofocas, nem sempre infundadas, sobre as puladas de cerca de Bôscoli, um boêmio e mulherengo incurável. Até que Bôscoli engatou um romance difícil de esconder com a também cantora Maysa. O caso rapidamente ganhou as páginas das revistas e jornais, com escândalos e brigas entre Elis e Bôscoli. Elis e Maysa eram mulheres geniosas e muito ciumentas. O casamento acabou num tumultuado divórcio em 1972, mas marcou o casal Elis Regina e Ronaldo Bôscoli como um dos mais famosos da música popular brasileira.

Ronaldo Bôscoli & Elis Regina

Tracy Chapman & Alice Walker
Essa é uma história maluquíssima  e cujos detalhes ninguém realmente sabe direito. A cantora e compositora Tracy Chapman sempre foi muito reservada em relação a sua vida pessoal, incluindo a sua orientação sexual. Mas o mesmo não se pode dizer de uma, aliás, duas, de suas antigas namoradas. As datas são imprecisas, mas em 2006 a escritora Alice Walker, autora de clássicos como o livro A Cor Púrpura, deu uma entrevista reveladora assumindo que teve um caso que durou alguns anos com Tracy Chapman na década de 1990. Até aí tudo bem. Acontece que essa história acabou repercutindo muito mais, porque a filha de Alice, Rebecca Walker, também foi à imprensa e até escreveu livros fazendo críticas duras à sua mãe e o modo como foi criada. E uma dessas mágoas é justamente porque foi ela, Rebecca, quem começou um relacionamento com Tracy. E, supostamente, Alice “roubou” a namorada da filha. Tracy Chapman nunca se manifestou a respeito disso tudo, mas Alice e Rebecca Walker, vira e mexe, trocam farpas através da imprensa. Aqui no Brasil o caso não chegou a chamar muita atenção, mas nos Estados Unidos já deu muito o que falar.

Tracy Chapman & Alice Walker

Rita Lee & Arnaldo Baptista
Por falar em treta, um dos casais mais marcantes da música brasileira foi Rita Lee e Arnaldo Baptista. Rita e Arnaldo faziam parte da legendária banda Mutantes, responsável por reinventar o rock brasileiro, na onda do movimento tropicalista. Para além da banda, Rita e Arnaldo namoravam e chegaram a se casar em 1968. Foi um casamento no mínimo conturbado. O casal morava numa comunidade hippie na serra da Cantareira e viviam a filosofia power flower, de amor livre, sem pudores. Porém, se hoje em dia esse negócio de relacionamento aberto ainda causa confusão, imagina naquela época. Rolava muito ciúme e traições de ambos os lados. Mas a traição maior mesmo foi quando o próprio Arnaldo expulsou Rita Lee dos Mutantes, sem mais nem menos. Acontece que Rita não se abalou e logo deu início a uma carreira solo bem sucedida. Rita Lee deixou os Mutantes em 1972, mas só foi conseguir o divórcio de Arnaldo em 1977, quando ela rasgou sua certidão de casamento no programa da Hebe Camargo. Arnaldo, naquela época, vivia ressentida com o sucesso de Rita. Em seu primeiro disco solo, Lóki, a canção Desculpe é claramente endereçada a Rita Lee. Em determinado verso, emocionado, Arnaldo canta: “Não sou perfeito, nem mesmo você é, Riiiiii… Yeah!”.

Rita Lee & Arnaldo Baptista

Lou Reed & Rachel Humphreys
New York nos anos 1970 certamente não era uma cidade em que um cidadão conservador gostaria de criar seus filhos. Nos bairros mais boêmios como o Greenwich Village, Soho e Queens, a situação se acentuava. Em 1973, numa boate que apresentava shows de transformistas e transgêneros, Lou Reed estava no balcão do bar, absolutamente chapado como de costume, quando se encantou com uma garota trans chamada Rachel. Depois de um papo e uns drinks, Reed a levou para sua casa. Começava ali um relacionamento cheio de altos e baixos, mas que acabou realmente marcado pelo machismo e preconceito.  Por mais que os dois morassem juntos, ela não dava declarações a imprensa, muitas vezes Reed a escondia ou evitava falar sobre ela. Quando o namoro finalmente terminou, em 1977, Lou Reed se negou desde então a falar sobre Rachel. O que poderia ter sido um caso exemplar de amor sem preconceito, acabou na vala comum da transfobia e do machismo. Rachel morreu em 1990 em decorrência da AIDS. O que ficou de bom desse romance trágico foi um disco excelente. Coney Island Baby é o sexto disco solo de Lou Reed, Junto de Transformer e Berlim, é um dos melhores discos do artista. E sabidamente, todas as músicas do disco tiveram Rachel como musa inspiradora.No fim da faixa título, Reed diz “I’d like to send this one out to Lou and Rachel, and all the kids at P.S. 192”.

Lou Reed & Rachel Humphreys

Daniela Mercury & Malu Verçosa
Hoje em dia é um dos casais mais queridos do Brasil. Mas no início a polêmica foi grande. Daniela Mercury, a rainha suprema do axé (sorry, Ivete, mas você sabe que é verdade) surpreendeu o país em 2013 quando publicou uma foto no Instagram comunicando seu casamento com a jornalista Malu Verçosa. Até então, Daniela havia tido dois casamentos com homens, e só depois do fim do segundo casamento, em 2012 ela se assumiu bissexual. Na sequência já começou a namorar firme Malu. E justamente em 2013 uma resolução publicada pelo Conselho Nacional de Justiça garantiu o casamento homoafetivo no país. Daniela e Malu se casaram em outubro de 2013. De lá pra cá, seguem sendo um casal lindíssimo, esbanjando amor e atuando ativamente em prol da igualdade e contra o preconceito e homofobia. Na real elas não formam um casal assim tão polêmico. Mas é um casal tão querido, e que completa 10 anos de união neste ano, que acabou entrando para esta lista!

Daniela Mercury & Malu Verçosa

Sid & Nancy
Mas se é pra ser polêmico, aqui sim temos um casal daqueles! Afinal, quis o destino que um moleque rebelde e afeito ao caos, que integrava uma das bandas mais controversas do mundo e uma menina vinda de uma família disfuncional e com um apetite voraz por álcool e drogas se apaixonassem perdidamente. Sid Vicious e Nancy Spungen começaram a namorar  no início de 1977, logo depois de Sid ter sio integrado aos Sex Pistols como baixista. Com o lançamento de Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols, a banda estava em evidência, ganhando muito dinheiro. Isso fez com que Sid e Nancy se esbaldassem e se tornassem um casal famoso na cena punk de Londres por seus excessos e demonstrações de carinho e ciúme em público. Com o fim da banda, em janeiro de 1978, Sid e Nancy decidem se mudar para New York, onde Sid dá início a uma carreira solo empresariada por Nancy. Ou seja, tinha tudo pra dar errado. E deu. Hospedados no lendário Chelsea Hotel, Nancy foi encontrada morta, com uma facada na barriga, no banheiro do apartamento no dia 12 de outubro de 1978. Sid também estava lá, grogue e muito confuso. Os dois eram heavy users de heroína. Sid foi preso, acusado pela morte de Nancy, mas nunca foi a julgamento. Saiu da prisão no mesmo ano e acabou morrendo de overdose no começo de 1979. Até hoje há várias versões, que culpam e inocentam Sid pela morte de Nancy. A única coisa que sabemos com certeza é que Sid Vicious entrou para a história como a personificações do punk rock.

Nancy Spungen & Sid Vicious

Max Cavalera & Gloria Cavalera
Quando foi lançado o documentário Sepultura Endurance, retratando os 30 anos da banda Sepultura, o sábio João Gordo, amigo íntimo dos integrantes da banda, publicou um breve comentário sobre o filme em suas redes sociais, que define com objetividade e perfeição a história do Sepultura:  “Eles tinham o mundo na mão. Enfiaram tudo no c*.” A história da banda está intimamente ligada ao casal Max e Gloria. Gloria nasceu e cresceu nos Estados Unidos e acabou sendo convidada pela gravadora Roadrunner para ser empresária do Sepultura. De cara, ela e Max já se deram bem e engatarm um relacionamento. Foram morar juntos em Phoenix em 1992. Em 1996, durante a tour do disco Roots, as coisas já vinham mal entre o casal e o resto da banda. Depois de uma crise, a banda fez uma reunião, na qual decidiu que Gloria não mais seria sua empresária. Por conta dessa decisão, Max saiu da banda. A história é muito mais complexa que isso, é verdade. Mas o resumo da ópera é esse. E o casal Max e Gloria entrou para a história do rock n’ roll por ter protagonizado a ruptura do Sepultura (rimou!) num momento em que a banda estava prestes a ingressar no mais alto escalão do rock pesado, ao lado do Metallica e Slayer. Mas, como bem disse João Gordo… enfiaram tudo no c*.

Gloria Cavalera & Max Cavalera

Kurt & Courtney
Quem visse Kurt Cobain e Courtney Love juntos em meados de 1992, facilmente poderia encarar o casal como uma versão noventista de Sid e Nancy. Pelo menos o apetite por drogas era o mesmo, mas sem a violência urgente e destrambelhada do casal punk dos anos 70. A diferença de idade é um fator que ajuda a distanciar os dois casais. Nancy e Sid eram praticamente adolescentes, ela morreu com 20 anos e Sid com 21. Em 1992, quando o namoro entre os dois realmente ficou sério, a ponto de se casarem  naquele mesmo ano, Kurt tinha 24 anos e Courtney 28. Os dois tinham suas bandas, seus compromissos e, mesmo cultivando seus excessos, tinham certo equilíbrio. Mas eram um casal polêmico. Não tinham preguiça de arrumar encrenca com a imprensa, principalmente quando Courtney engravidou e foi publicado que ela continuava se drogando durante a gravidez. Também não eram poucas as histórias sobre puladas de cerca de Courtney, que teria tido casos com Billy Corgan, dos Smashing Pumpkins, e até mesmo com Slash, dos Guns n’ Roses. Mas tudo supostamente, ninguém prova nada nessa história. Inclusive, rolam teorias da conspiração envolvendo a morte de Cobain que colocam Courtney como mandante do assassinato do marido! O fato é que numa época de pura iconoclastia como foi a década de 1990, Kurt e Courtney foram o casal ideal para estampar capas de revista e camisetas de rock.

Kurt Cobain & Courtney Love

 Cazuza & Ney Matogrosso
“Ele foi na minha casa com uma amiga e a certa altura a gente foi fumar um baseado, tomamos um Mandrix, e lá pelas tantas ele me perguntou se eu daria um beijo nele. E dei. Não significava nada dar um beijo naquela época. Só que que quando a gente deu esse beijo o mundo se apagou ao redor, ficamos nós dois dentro daquilo. E não nos largamos mais”. Assim Ney Matogrosso descreve seu primeiro encontro com Cazuza. Isso aconteceu em 1979. Cazuza tinha 17 para 18 anos e era um ilustre desconhecido. Aliás, não tão desconhecido, já que seu pai era um importante diretor de uma grande gravadora. Já Ney Matogrosso tinha 38 anos e uma carreira muito sólida. Numa época que ainda não existia a cultura os paparazzi, o casal andava numa boa pelos bares e boates do Rio de Janeiro. Porém, o relacionamento durou pouco. Apenas 4 meses. Nessa época, Cazuza estava começando o Barão Vermelho e estava descobrindo o mundo das drogas. Os hormônios da juventude fervendo junto com a cocaína davam a Cazuza energia e irresponsabilidade suficiente para que Ney acabasse com o namoro. Mas os dois permaneceram amigos até os últimos dias de Cazuza. Certamente, Ney e Cazuza são um casal memorável e muito marcante da música moderna brasileira.

Ney Matogrosso & Cazuza

John & Yoko
Não dava pra encerrar essa lista com outro casal que não este. John Lennon conheceu Yoko Ono em 1965 numa exposição que a artista japonesa apresentava em Londres. John teve uma ótima impressão da arte envolvente, moderna e provocadora de Ono. Os dois passaram a se falar com certa frequência. Nessa época, John já era casado com Cynthia e tinha um filho, Julian. Mas, com o passar do tempo, John foi se apaixonando cada vez mais por Yoko. Até que, em 1967, num ato vergonhoso, John Lennon deu um perdido em Cynthia na estação de trem de Londres, e embarcou com Yoko e outros integrantes dos Beatles para a Índia, para ter o famigerado retiro com o guru Maharish. Depois disso, John se divorciou e se casou com Yoko em 1968 em Gibraltar. Toda a saga deste casamento é contada na divertida canção The Ballad of John & Yoko, escrita e interpretada por John Lennon e Paul McCartney, que gravaram a música inteira, John gravou vocal, guitarras, violão e pandeirola, e Paul gravou piano, baixo, bateria e backing vocals. A lua de mel do casal foi dominada pelos famosos bed-ins, quando eles lançaram a campanha War is Over, pelo fim da guerra no Vietnã. No início dos anos 1970 o casal se mudou de Londres para New York, onde tiveram uma vida muito movimentada, criando seu filho Sean, gravando discos e promovendo performances de arte, além de militar por direitos humanos. Marcou o casal sua separação que ficou conhecida como Fim de Semana Perdido, em que John se separou de Yoko, passou a namorar a empresária May Pang e caiu na farra em Los Angeles entre os anos de 1974 e 1976, quando ele reatou seu casamento com Yoko. John foi morto por um tiro disparado por um fã na noite do dia 8 de dezembro de 1980.

John Lennon & Yoko Ono

Que lista maravilhosa! Onde a gente percebe que a arte realmente tem o poder de unir as pessoas. Faz a gente perceber a diversidade que existe entre todos nós, e como isso é bom! A gente tem que admitir que o amor não é uma coisa simples, mas certamente vale a pena vive-lo intensamente! Por isso, o amor, a música e o amor à música inspiram a Strip Me a estar sempre concebendo camisetas com estampas lindas e originais que celebram todo esse amor! São camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra toas elas, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com uma música de cada artista aqui apresentado nessa lista maravilhosa! Double Trouble Top 10 tracks.

Para assistir: Apear de não ser fácil de encontrar nos streamings, vale a pena procurar pra assistir o filme Sid and Nancy, O filme é de 1986, dirigido pelo Alex Cox e conta a história do casal mais punk que já existiu. O filme tem seus exageros e um final meio piegas, é verdade, mas vale a pena ver. Nem que seja pela trilha sonora, ou por para ver o Sid Vicious sendo interpretado pelo Gary Oldman, sim, o sisudo policial Jim Gordon dos filmes do Batman de Christopher Nolan!

Para ler: Em 2018 saiu pela editora Tordesilhas a autobiografia de Ney Matogrosso. O livro se chama Vira Lata de Raça e é muito bom. Numa narrativa simples e, em certos pontos, com tom de confidência, Ney Matogrosso conta sua vida inteira. Além de sua trajetória fantástica no mundo da música, Ney dedica um capítulo inteiro para dissertar sobre o seu relacionamento com Cazuza. Leitura mais que recomendada.

Festa Junina – 10 fatos sobre a festa mais querida do Brasil.

Festa Junina – 10 fatos sobre a festa mais querida do Brasil.

A Strip Me hoje traz 10 fatos que não deixam dúvida: a Festa Junina é a festa mais querida, é o xodó do Brasil!

Se tem uma coisa de que brasileiro entende é fazer festa. E tem de tudo. As festas de galpão no sul, a festa dos bois de Parintins, a folia de Reis  no interior de São Paulo e Minas Gerais, e, é claro, o nosso  Carnaval. E essas são as festas grandes e populares. Isso sem falar no nosso bom e velho churrasco do fim de semana, um verdadeiro coringa, que serve pra tudo quanto é comemoração. Aniversário? Churrasco. Passou no vestibular? Churrasco. Final de campeonato? Churrasco. É feriado? Churrasco. Não tem nada pra fazer? Churrasco. Mas, no meio de tanta festa, tem uma que é o nosso xodó. Aquela festa que a gente espero o ano inteiro, porque traz aquele quentinho no coração, tem umas comidinhas deliciosas que nos abraçam, o ar fica cheiroso com a mistura do cheiro de quentão e da madeira queimando na fogueira, a música é animada e, mesmo quem mora nas grandes cidades, acaba experimentando um pouquinho da vida simples de quem vive na roça!

A festa junina, é claro, tem suas origens na Europa. Mas chegou aqui, mais ou menos nos moldes que a gente conhece. Acabaram sendo feitas algumas apropriações culturais aqui e ali e criou-se esse imaginário do caipira vinculado às festas do mês de junho, que celebram 3 dos mais importantes santos da igreja católica: Santo Antônio, São João e São Pedro. Como toda festa cristã que se preze, a festa junina também é de origem pagã. Muito antes do cristianismo ser concebido, povos que viviam em aldeias por toda a Europa ocidental faziam uma grande fogueira no dia do solstício de verão, que marca a passagem da primavera para o verão no Hemisfério Norte, e faziam muita festa em volta dessa fogueira, celebrando o tempo de colheitas. Quando o cristianismo se tornou a religião predominante na região, essa festividade foi incorporada no calendário católico como celebração do dia de São João. Assim, tal festividade ficou conhecida entre os povos de língua latina como festa joanina. No futuro, por ocorrer no mês de junho, acabou virando festa junina e diz respeito não só ao dia de São João, mas também de Santo Antônio e São Pedro, pelo único motivo de esses dois santos também terem seus dias celebrados no mesmo mês.

Aqui no Brasil a festa joanina chegou com os primeiros colonos portugueses e foi se adaptando à nossa realidade. No início, era celebrada apenas pela elite, ou seja a nobreza e o clero. Originada na França, uma dança chamada quadrille, uma espécie de minueto dançado em grupo, começou a fazer parte das festividades, além de grandes banquetes e missas em homenagem aos santos. No fim do século XIX, com a abolição dos escravos, o crescimento das cidades e a vinda de muitos imigrantes para trabalhar nas lavouras fez com que a festa joanina se popularizasse, principalmente no interior, nas fazendas onde os imigrantes, muito religiosos, celebravam essas datas, mas sem a pompa de outrora. Assim, a quadrille virou quadrilha, as comidas passaram a contar com ingredientes mais baratos como o milho, a música misturava cantigas de roda e música tradicional, essencialmente italiana (onde o uso do acordeom é muito comum), com elementos brasileiros dos camponeses, a famosa moda de viola. E pronto! Temos a festa junina como conhecemos hoje.

Essa história toda é muito interessante, mas não explica por que razão a festa junina é tão adorada e querida pelas pessoas. Lembra da pandemia? Uma das coisas mais comentadas internet afora, quando o clima começava a esfriar, eram lamentos sobre a saudade da festa junina! Pois bem. A Strip Me está aqui para explicar essa paixão para você. Trouxemos 10 fatos que comprovam porque a festa junina é a festa mais querida do Brasil. Confere aí.

01 – Fogo

Você já deve ter ouvido falar que o fato de o cachorro dar uma ou duas voltas em círculo antes de se deitar é um traço de sua ancestralidade. Pois é, antes dos cães serem domesticados, eles viviam na natureza, e antes de se deitar, andavam em círculos para afofar a terra onde iriam se deitar. Da mesma maneira, o ser humano, desde os primórdios se reúne em volta de fogo. É uma parada que nos fascina até hoje. Então, certamente, uma das coisas que torna a festa junina tão atrativa é o fogo. A fogueira, os fogos de artifício, as bombinhas que tanto divertem as crianças. Passam-se eras e a gente ainda continua se reunindo em volta do fogo, tal qual um cachorro andando em círculos no concreto antes de se deitar.

02 – Clima

Na esteira do fogo, o clima também ajuda muito a fazer com que as pessoas gostem da festa junina. Em especial no sul e sudeste, junho é tempo frio. O clima ajuda muito a fazer com que tudo que envolve a festa junina se torne atrativo. As bebidas como o quentão e o vinho quente, as roupas como camisa e calça para homens e vestidos para as mulheres, a fogueira, a dança… enfim, tudo. E não é só no sul e sudeste que o clima conta. O estado da Paraíba se orgulha de realizar a maior festa de São João do Brasil. Nos arredores da cidade de Campina Grande, existem  pequenas cidades cujas festas juninas são muito concorridas, e são cidades de uma região serrana, onde, em pleno nordeste brasileiro, chega a fazer aproximadamente 15 graus.

3 – Roupa

Está aí o Carnaval que não nos deixa mentir. A gente sempre gostou muito de se fantasiar. Uma das coisas mais divertidas da festa junina e encarnar o personagem caipira. Se vestir à caráter, com chapéu de palha e tudo. Além de ser divertido, é muito fácil se vestir de caipira, e muito confortável também. A praticidade de sempre ter no guarda roupas uma camisa xadrez e uma calça jeans meio detonada é muito estimulante. Para as mulheres, acaba dando um pouco mais de trabalho, é verdade, mas mesmo quando dá um trampinho a mais pra montar a fantasia, isso acaba fazendo parte da diversão.

4 – Vida simples

Principalmente para quem mora em grandes cidades, a festa junina é um verdadeiro portal que transporta a pessoa para um mundo de simplicidade e alegria. Não é que não tenham desvantagens em morar no campo. Mas é indiscutível que quem mora no interior leva uma vida mais tranquila, tem hábitos mais saudáveis, se alimenta melhor… além disso, o estereótipo do caipira é de uma pessoa humilde, de gostos simples, bondosa e muita tranquila. Quem não quer ser assim? Nem que seja por uma noite, na quermesse, a gente consegue vivenciar um pouquinho dessa vida simples da roça.

5 – Tradição

Dentro dessa esfera da vida simples campesina, tem um outro fator que atrai a curiosidade de quem não conhece  a cultura sertaneja e desperta sentimentos em quem é familiarizado com essa cultura. É a tradição. Por toda a história da festa junina, que vimos no começo do texto, soma-se o fato de que no interior as pessoas tendem a ser mais religiosas, simplesmente porque isso é passado de geração para geração. A tradição das quermesses de Santo Antônio, por exemplo, são curiosíssimas. Sendo ele o santo casamenteiro, tem toda uma dinâmica na quermesse com simpatias para mulheres solteiras arranjarem marido. É uma parada que nem cabe muito em pleno 2023, esse negócio de mulher ter que casar… mas a coisa toda acaba sendo encarada como uma brincadeira.

6 – Quadrilha & Casamento

Toda quermesse que se preze tem uma bela dança de quadrilha e um casamento. Como já foi dito, a quadrilha é uma herança de uma dança da nobreza de séculos passados, e foi adaptada aos nossos costumes. O que chama a atenção aqui é que existe um grande fundo de deboche dentro dessas práticas tradicionais da festa junina. Quando as festas juninas se popularizaram entre trabalhadores da lavoura, o que animava a festa era satirizar os hábitos dos fazendeiros ricos, que tanto enganavam os trabalhadores com promessas falsas. Assim, a quadrilha passou a ser dançada com música sertaneja e sempre tem um animador contando mentiras para os dançarinos. “Olha a cobra!” “Olha a chuva!”. O casamento também é uma sátira aos casamentos pomposos da aristocracia, ao se realizar um casamento com noivos pobres e com roupas simples. Festa junina também é resistência e consciência de classe!

7 – Música

Por si só, a música tradicional, ou folclórica, é um tema fascinante e muito vasto. Mas basta dizer que muitas das músicas tradicionais de diferentes povos tem muitas similaridades. A começar que são geralmente cantadas em grupo, animadas e acompanhadas de dança. Assim são as tarantelas sicilianas, as polkas do leste europeu, as marchas dos alemães e etc. O que conhecemos hoje como música caipira tem em seu DNA boa dose dessas músicas europeias, em especial dos italianos, que foram a maioria que se instalaram tanto no Rio Grande do Sul quanto no interior paulista. Ouça músicas como Abballati e C’è la Luna a Mezzo Mare, que são tarantelas típicas italianas e perceba a semelhança rítmica com as músicas caipiras capitaneadas pela sanfona na dança da quadrilha. E são todas músicas divertidíssimas de se ouvir! A música é uma coisa só, bicho!

8 – Bebida

Quentão e vinho quente são essenciais para qualquer festa junina que se preze. Mas não é só isso. Essas bebidas deliciosas são um dos motivos do nosso amor pela festa junina. São bebidas de sabor único, quentinhas, que ajudam a aplacar o frio, além de servir como aquele eficiente lubrificante social. Á medida que você vai bebendo, vai ficando mais solto na quermesse. Quando se dá conta, já se sente apto a buscar aquela prenda em cima do pau de sebo  e até adoçar os lábios na barraca do beijo. Claro que quermesse boa tem de tudo, inclusive a cervejinha gelada pra quem preferir, mas tem também refri vendido no saquinho plástico e canudo e garapa. Enfim, é diversão garantida.

9 – Comida

O estilo de vida caipira, a música, a quadrilha, a fogueira… tudo lindo. Mas a verdade é que a gente curte mesmo comer! E é cada delícia na festa junina que não tem como a gente não amar muito essa festa. Amendoim torrado, pipoca, milho com manteiga, churrasquinho de carne, frango assado, pamonha, canjica, pé de moleque, bolo de fubá… é tudo maravilhoso! Acho que podemos assumir aqui que todos os demais fatos que compõe essa lista são apenas suporte para este tópico. A gente ama muito a festa junina é por causa a comida mesmo.

10 – Nostalgia

Para completar, tem mais um fato que explica o nosso amor pela festa junina. É a nostalgia, a lembrança daquele tempo gostoso de criança, quando a escola fazia festa junina. Os pais pintavam bigodinho nos meninos e sardas nas meninas, todo mundo se vestia à caráter e tinha muito brincadeira. Pesca, tiro ao alvo com bola de meia, correio elegante, cadeia… eram festas tão legais que é bem provável que todo mundo já teve um dia uma foto sua criança vestido de caipira. A festa junina traz também essa nostalgia gostosa de ser a mesma festa que a gente curtia quando criança, só que agora, ao invés de ir na barraca da pesca, a gente compra a rifa da leitoa e fica sentado curtindo a festa. enquanto toma quentão e cervejinha!

A festa junina pode até ter suas origens lá na gringa, mas já é uma festa brasileiríssima! É a nossa festa mais querida, o nosso xodó! Por isso, é claro, que a Strip Me tem estampas dedicas a ela! Mas não só. Tem também camisetas de carnaval e brasilidades em geral. E tem também as camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas elas e ainda fica por dentro dos lançamentos, que pintam semanalmente!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist tão boa quanto pé de moleque, com música que tem tudo a ver com festa junina! Festa Junina top 10 tracks.

Guia Prático STM Pra Presentear o Seu Amor.

Guia Prático STM Pra Presentear o Seu Amor.

A Strip Me apresenta um guia para te ajudar a comprar o presente perfeito para o Dia dos Namorados!

Junho é o mês do amor! Tá certo, tem as festas juninas também… gostoso demais! Mas hoje vamos nos concentrar no dia 12 de junho, o Dia dos Namorados. Data esta que até tem certa influência das comemorações católicas das festas juninas. Afinal, em junho são celebrados em quermesses os dias de Santo Antônio, São Pedro e São João. E Santo Antônio é nacionalmente conhecido como o santo casamenteiro. O dia de Santo Antônio é 13 de junho, portanto, nada mais justo do que o dia dos namorados acontecer um dia antes da data que celebra o padroeiro dos casamentos.

E, no fundo, todo mundo sabe que é uma data comercial, coisa de publicitário. Mas não deixa de ser uma oportunidade ótima para que as pessoas manifestem seu amor, seja através de presentes, jantares, idas ao cinema e até pegar um motelzinho, pra dar aquela variada na rotina. Uma das coisas mais bonitas de se ver num relacionamento é justamente a demonstração de carinho e amor, surpreender a pessoa amada e proporcionar momentos prazerosos e emocionantes. E para surpreender o seu amor, ninguém melhor que você mesmo, que conhece bem cada detalhe da personalidade e do jeitinho da pessoa amada. Com base nesse conhecimento, você tem tudo para comprar o presente perfeito.

Para ajudar você, que já conhece tão bem o seu amor, a escolher a camiseta perfeita para dar de presente, a Strip Me apresenta o Guia Prático STM Para Presentear o Seu Amor. Neste guia, selecionamos 5 perfis de pessoas  e sugerimos algumas estampas da nossa loja. Com certeza, quem você ama vai aparecer representada, nem que seja em um ou dois aspectos de algum dos perfis apresentados. Aí fica fácil pra você escolher a camiseta que será o presente ideal.

Guia Prático STM Pra Presentear o Seu Amor.

O primeiro passo deste guia é que você conheça bem quem você ama. Tá fácil, né? Se você se apaixonou, é porque já sabe do que o seu amor gosta, qual o tipo de personalidade, hábitos e humor ele tem e, principalmente, qual tamanho de camiseta ela ou ele usa. Tendo isso me mente, basta identificar se a pessoa que você ama é do tipo artista, minimalista, mística, brasileiríssima ou tecnológica, e em seguida escolher a camiseta ideal. Seguem, portanto, as descrições de cada um desses perfis e as sugestões de estampas.

Perfil Artista

A pessoa com perfil de artista tem uma sensibilidade um pouco mais aflorada e dá atenção a certos detalhes que passam batido pela maioria das pessoas. Na mesa do bar identifica-se facilmente uma pessoa com perfil de artista. É aquela que sempre lembra o nome do cantor daquela música brega que todo mundo sabe cantar, mas nunca teve o disco em casa, ou ainda que sabe dizer quem dirigiu determinado filme, e ainda cita outros cinco filmes do autor. Também é aquela pessoa que sempre está recomendando séries para os amigos. Quando chega na casa de alguém vai direto na prateleira de livros ver o que tem por ali, e não se faz de rogado se vê um violãozinho encostado no canto da sala, e já pega e começa a dedilhar uns acordes.

Em resumo: É gente que calça tênis All Star, não vive sem os amigos, chora no cinema, se alimenta de quarteirão com queijo e sonha em tomar uma cerveja com o Dave Grohl.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: MúsicaCinemaArteCultura Pop.

Camisetas sugeridas:

Perfil Minimalista

Pessoas de perfil minimalistas são fascinantes. Prezam pela simplicidade, mas são cuidadosas e organizadas. Identifica-se a pessoa minimalista no ambiente de trabalho  por sua mesa bem organizada, quando há post-its grudados na parede ou na tela do computador, estão devidamente alinhados e são e apenas uma cor. Também são pessoas que, ao sentar num restaurante, diagramam a mesa, colocando o porta guardanapos num canto, o saleiro e o azeite no outro e cuidam para que cada bebida e prato servido esteja devidamente posicionado. É uma pessoa de poucos, mas ótimos amigos, se liga em arte e design e vive na linha tênue entre o “está tudo sob controle” e o “deixa a vida me levar”.

Em resumo: É gente separa as roupas por cor no guarda-roupas, vai na academia pra fazer esteira, gosta de queijos e vinhos e já viu mais de dez temporadas de Grey’s Anatomy, mas atualmente desistiu de continuar acompanhando.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: MinimalistaEstampas GeométricasRetroGraphics.

Camisetas sugeridas:

Perfil Místico

A pessoa de perfil místico é acolhedora, sabe ouvir e dar conselhos como ninguém. É alguém que nunca vai tomar um Advil para dor de cabeça ou Omeprazol para o estômago, porque tem um quintal abarrotado de plantinhas mágicas. Identifica-se facilmente a pessoa de perfil místico por sua vestimenta despojada hippie-chic, por sempre fazer perguntas do tipo: “Tem alguma coisa sem carne no cardápio?” e por fazer afirmações do tipo: “Eu não te conheço, mas tenho certeza que você é virginiano!”. Se liga em arte, cores e música. Algumas dessas pessoas se conectam com o mundo através da meditação, outras através da ioga e outras ainda através de chás e cigarrinhos misteriosos. Mas todas elas certamente amam a natureza e todas as pessoas, com certa ressalva apenas àquelas de áries e escorpião.

Em resumo: É gente que acende incenso dentro de casa, tem pelo menos dois gatos, come coxinha de jaca, faz corrida no parque, escuta Enya e curte andar descalço na grama.

No site Strip Me procure as seguintes coleções:  MysticHippieFloraisPet Friendly.

Camisetas sugeridas:

Perfil Brasileiríssimo

Pessoas de perfil brasileiríssimo são, definitivamente, as melhores para se ter por perto. Alto astral a todo momento, está sempre fazendo uma piadinha marota e não dispensa um cafezinho coado na hora. Identifica-se a pessoa de perfil brasileiríssimo facilmente no bar, quando ele chama o garçom pelo nome e pede pra trocar a tulipa por copo americano, e aproveita pra pedir um cu de burro e uma porção de amendoim. É a pessoa que está sempre agilizando um churrasquinho com a turma e manja de batucar samba na caixa de fósforo. Sempre sorridente, não quer saber de briga, mas tem plena convicção que Pelé é melhor que Maradona, que Cartola é melhor que Carlos Gardel e que o lugar do Abaporu é no Masp, e não num museu qualquer em Buenos Aires.

Em resumo: É gente que conhece o bairro inteiro, come açaí com granola, banana e leite condensado, tá sempre de Havaiana e fica doente se não viajar pra praia pelo menos uma vez por ano.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: TropicsCartolaVerãoCarnaval.

Camisetas sugeridas:

Perfil Tecnológico

Pessoas de perfil tecnológico são muito inteligentes e bem humoradas. Na adolescência ficavam no meio termo entre o nerd e o piadista da sala. Identifica-se facilmente a pessoa de perfil tecnológico. É a aquela que não larga o celular nem mesmo durante a refeição, e que é sempre a primeira a pedir pra turma se juntar pra tirar uma selfie. Prestativa, é aquela pessoa que  tem sempre um aplicativo legal pra te recomendar se você quiser fazer qualquer coisa, desde começar a correr até aprender a bordar. Entende de fotografia analógica e digital, é uma enciclopédia de jogos de vídeo games e, acima de tudo, sempre tem os melhores memes e stickers pra mandar no grupo dos amigos.

Em resumo: É gente troca de celular periodicamente, explica memes para pessoas mais velhas, curte hambúrguer artesanal e critica filmes baseados em games.

No site Strip Me procure as seguintes coleções: Vida DigitalGraphicsFoto & VídeoGames.

Camisetas sugeridas:

Agora ficou fácil! É só escolher a camiseta (ou as camisetas) ideal para o seu amor e correr para os beijos e abraços! Mas, olha, se você ainda não está conseguindo se decidir, nós temos uma outra opção super especial Você pode personalizar uma camiseta com a estampa que quiser. É só entrar no nosso site, acessar a seção “Personalize” e seguir os passos. Você envia a imagem pra gente e nós te entregamos uma camiseta de ótimo caimento, com um tecido 100% algodão e a estampa numa impressão excelente! Tudo feito com amor verdadeiro, tornando o seu presente de Dia dos Namorados inesquecível!

Vai fundo!

Para ouvir: Para embalar o seu momento de entrega do presente do Dia dos Namorados, selecionamos uma playlist caprichada e super romântica. 12 de Junho Top 10 tracks.

A Musa Renascentista

A Musa Renascentista

A Strip Me apresenta a história de Simonetta Vespucci, a musa inspiradora de Sandro Botticelli e de outros artistas da Renascença.

Qualquer um que diga “No meu tempo é que era bom.” está errado. A não ser que tenha vivido durante o momento mais empolgante e inovador na história da humanidade, a segunda metade do século XV. A era do Renascimento! Quando a humanidade deu um verdadeiro salto evolutivo em ideias, tecnologia e comunicação. Pensa bem. Em 1452 nasce Leonardo Da Vinci. Em 1453 Constantinopla é invadida, encerrando a era medieval. Em 1454 Gutemberg cria a imprensa. Daí em diante, a história do mundo mudou radicalmente. A arte foi elevada a níveis inimagináveis, as navegações se desenvolveram, descobrindo novas terras e novas culturas, e novos conceitos políticos e sociais foram elaborados, por pensadores como Maquiavel, Erasmo de Roterdã e Nicolau Copérnico.  Sem dúvida foi o maior turning point da humanidade.

Nessa época não havia lugar melhor para se estar do que a cidade de Florença. Em toda a Europa ocidental, nenhum lugar era tão movimentado e plural. Isso porque a cidade era governada por uma família riquíssima e muito ligada à cultura e às artes. Enquanto os pequenos reinos ao redor, como Milão e Gênova ainda viviam sob uma política feudal, Florença tinha uma sociedade mais diversa, com uma burguesia ativa, formada por profissionais liberais e artistas. Tudo graças à família Médici, que governava a cidade. Assim, Florença, por determinado período, tinha como moradores os mais importantes e reconhecidos artistas do Renascimento: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Donatello… e um jovem pintor muito talentoso chamado Sandro Botticelli.

Este é o contexto geral que ajuda a contar a história de uma das mulheres mais admiradas do mundo durante séculos. Um rosto conhecidíssimo, porém uma vida e personalidade desconhecida. Ela nasceu justamente no ano da queda de Constantinopla, 1453, mas não se sabe exatamente o dia. Sabe-se que nasceu e passou a infância em Portovenere, uma pequena cidade litorânea entre Gênova e Florença. Gaspare Cattaneo della Volta era um nobre genovês casado com Cattocchia Spinola. Do casal nasceu Simonetta Cattaneo. Uma menina lindíssima, de cabelos claros acobreados e olhos intensamente azuis, uma raridade na região para aquela época. Simonetta recebeu uma educação comum a qualquer menina burguesa, tinha aulas de etiqueta, piano e afazeres domésticos, além de aprender a ler. Com uma beleza realmente exuberante, não demorou a ter muitos homens  a seus pés. Por sorte, ela se apaixonou justamente por um jovem de uma família muito rica, que possuía bancos e outros empreendimentos, a família Vespucci. O pai de Simonetta, de imediato aprovou o casamento, que aconteceu em 1469, quando ela tinha 16 anos de idade.

Retrato de Simonetta Vespucci – Sandro Botticelli

O casamento aconteceu em Florença, onde o casal escolheu morar. Isso porque Marco Vespucci, o noivo de Simonetta, gerenciava o Banco de San Giorgio e tinha muitos negócios com a família Médici. Na festa de casamento, entre muitos convidados ilustres, como o próprio Lorenzo de Médici, também conhecido como Lorenzo, o Magnífico, estava um jovem pintor de 24 anos chamado Sandro Botticelli. Ele era um dos protegidos da família Médici, que, com frequência lhe encomendava obras de arte, além de financiar seu atelier e matérias de pintura. Botticelli ficou encantado com a beleza de Simonetta e fez questão de conhece-la. Também estava na festa um rapaz de 17 anos chamado Amerigo Vespucci. Ele vinha de Gênova para conhecer os negócios da família em Florença. Era um rapaz muito inteligente, comunicativo e ambicioso. Algumas décadas depois, ele se mudou para Sevilha, na Espanha, entrou no negócio de navegações e se tornou uma personalidade histórica das mais controversas e fascinantes, que nós conhecemos pelo seu nome traduzido para o português: Américo Vespúcio, o homem que deu nome ao continente americano. Amerigo Vespucci era primo de Marco Vespucci, noivo de Simonetta.

Vênus e Marte – Sandro Botticelli
(Vênus retratada com o rosto de Simonetta Vespucci)

Não foi só Botticelli que se encantou com a beleza de Simonetta. O irmão mais novo de Lorenzo, o Magnífico, Giuliano de Médici, apaixonou-se perdidamente por Simonetta. Até hoje especula-se que havia reciprocidade nesse amor, mas que não passou de um sentimento platônico, nunca encarnado. Isso porque Simonetta era casada com Marco Vespucci, e as famílias Médici e Vespucci tinham negócios  milionários, e que poderiam ir por água abaixo se um escândalo de adultério entre as famílias viesse a público. De qualquer forma, assim que passou a morar em Florença, Simonetta passou a ser requisitada por vários artistas da cidade, para posar como modelo. Assim, rapidamente, Simonetta tornou-se muito conhecida na cidade, e era considerada a mulher mais linda de Florença.

Retrato de Simonetta Vespucci – Sandro Botticelli

Em 1475 foi organizado um torneio de cavaleiros, desses de lança e armadura, que a gente vê nos filmes. O evento aconteceu na Piazza Santa Croce, no centro de Florença. O prêmio era um estandarte com um retrato de Simonetta, pintado por Sandro Botticelli. No estandarte, Simonetta foi pintada representando a deusa Atena. Apaixonado, Giuliano de Médici se increveu no torneio com o objetivo único de ter para si aquele estandarte. E assim o fez. Venceu o torneio e, desde então, andava pra cima e pra baixo sempre ostentando  o estandarte da deusa Atena, com o rosto de Simonetta.

Porém, a vida não era fácil naqueles tempos. No ano seguinte, 1476, Simonetta adoeceu. Sentia muita fraqueza, falta de ar, febres altíssimas e muita tosse. A família Médici ofereceu seu médico particular para cuidar da jovem. Até hoje não se sabe exatamente qual era a doença. Podia ser uma tuberculose, uma infecção pulmonar ou uma pneumonia aguda. O fato é que ela adoeceu em meados de março, piorou muito em abril e acabou morrendo no dia 26 de abril de 1476. Toda a cidade ficou de luto. O cortejo foi muito incomum. O caixão foi carregado pelas ruas da cidade aberto, para que todos pudessem contemplar pela última vez a beleza incomparável de Simonetta Vespucci.

Porém, a beleza de Simonetta acabou tornando-a imortal. Artistas como Botticelli e Piero de Cosimo ainda pintariam muitas obras tendo a jovem como musa inspiradora. A mais marcante dessas obras é Nascimento de Vênus, a obra mais famosa e brilhante de Botticelli, pintada em 1483, 7 anos após a morte de Simonetta. Na obra, Simonetta representa a deusa Vênus, nua numa concha, que flutua sendo soprada do mar para a terra, para trazer vida e beleza ao mundo. O próprio Botticelli ainda faria várias outras obras pintando o rosto de Simonetta. Tamanha era sua adoração, ele deixou registrado que, ao morrer, queria ser enterrado aos pés de sua musa. Simonetta Vespucci foi sepultada na igreja de Ognissanti, assim como Botticelli, conforme sua vontade, quando ele faleceu em 17 de maio de 1510. Simonetta também foi retratada pelo pintor Piero de Cosimo em 1480, representando Cleópatra, com um colar e uma serpente ao redor do pescoço.

Nascimento de Vênus – Sandro Botticelli

Simoneta Cattaneo Vespucci foi uma mulher literalmente icônica! Verdadeira musa da arte renascentista e dona de uma história breve, já que morreu com apenas 23 anos de idade, mas intensa. Viveu num momento mágico de transformação e transcendência da humanidade e conviveu com algumas figuras históricas grandiosas, como Lorenzo de Médici e Américo Vespúcio, além de artistas imortais como Botticelli e Piero de Cosimo. A beleza e a história de Simonetta encantam e inspiram a todos nós da Strip Me, que somos loucos por arte em geral! Tanto é que não faltam referências aos artistas renascentistas na nossa coleção de camisetas de arte. E ainda tem camisetas de música, cinema, cultura pop e muito ais. Na nossa loja você pode conferir todas elas e ainda ficar por dentro dos nossos lançamentos, que aparecem por lá toda semana.

Cleópatra – Piero de Cosimo
(Cleópatra retratada com o rosto de Simonetta Vespucci)

Vai fundo!

Para ouvir: E se Simonetta Vespucci foi ícone da beleza renascentista, nada mais justo do que a gente fazer uma playlist de canções que falam sobre beleza. Beleza! Top 10 tracks.

Para assistir: É impressionante, perturbador até, assistir ao documentário Botticelli Inferno. Pois é, nem só de belas mulheres vivia Sandro Botticelli. Ele era fascinado pela obra de Dante Alighieri. Botticelli passou mais de uma década trabalhando num desenho enorme do Inferno, como descrito no livro A Divina Comédia, de Dante. O filme de Ralph Loop, lançado em 2016, traz detalhes da obra desses dois artistas e suas conexões, bem como alguns segredos escondidos, no melhor estilo Código Da Vinci. Não é um filme tão fácil de achar, mas vale a pena conferir.

Para ler: Pode parecer uma recomendação meio deslocada, mas, acredite, não é. Vale demais conferir o livro Secreções, Excreções e Desatinos, uma compilação de contos do genial escritos Rubem Fonseca. São 14 contos maravilhosamente bem escritos, recheados de sarcasmo, onde a fisiologia e a mente passam por distúrbios diversos. O principal conto deste livro se chama justamente O Corcunda e a Vênus de Botticelli, e é excelente, tanto que uma parte da obra Nascimento de Vênus ilustra a capa da primeira edição do livro, lançado em 2001 pela Companhia das Letras. Um livro imperdível!

10 Curiosidades para entender Post Malone.

10 Curiosidades para entender Post Malone.

A Strip Me te ajuda a desvendar quem é Post Malone, um dos maiores e mais controversos ícones da música pop atual.

No fim de abril de 2020 o bicho estava pegando como nunca. A Covid-19 assombrava todo o planeta. Na maioria dos países o lockdown foi implantado e manteve as pessoas isoladas em casa, para evitar a transmissão do vírus. Neste cenário, muitos artistas começaram a veicular performances ao vivo, transmitidas pela internet. As lives tinham o propósito de entreter, mas também de arrecadar dinheiro, através de doações, tanto para que artistas e seus funcionários continuassem a trabalhar, como também para ajudar entidades e organizações. Uma das lives mais impressionantes foi a de Post Malone, no dia 24 de abril de 2020. Ao invés de ele aparecer interpretando suas próprias canções, Malone se juntou a outros três músicos, entre eles, o baterista Travis Barker, da Blink-182, e, por quase uma hora e meia, interpretou 16 músicas do Nirvana. E o fez com competência e energia invejáveis. Era nítido que os músicos ali se divertiam tocando, a escolha do repertório impressionou por contar com músicas pouco conhecidas como Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle ou Lounge Act, mas também clássicos como Heart Shaped Box e In Bloom. É muito provável que essa live tenha sido responsável por apresentar a obra de Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl à nova geração de jovens. Além de prestar esse serviço, a live de Post Malone foi responsável por arrecadar mais de 5 milhões de dólares para o fundo de pesquisa e combate à Covid-19 da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

O fato de Post Malone ter feito uma live inteira dedicada à obra do Nirvana não causaria surpresa nenhuma se ele fosse um músico quarentão, vocalista de uma banda de rock qualquer. Mas não. Em 2020 Post Malone já era considerado um dos mais importantes nomes do rap e hip hop, e tinha apenas 26 anos de idade. O fato de Post Malone ser um jovem cantor de rap e estar tão à vontade tocando e cantando hinos do grunge é apenas uma das muitas atitudes de seu comportamento controverso. Post Malone, que tem um talento indiscutível para compor e cantar rap, trap e hip-hop, já entrou em discussões com grandes nomes do estilo, como Lil B e Vince Staples, dizendo que o hip hop não canta mais sobre a vida real, já foi chamado de abutre da cultura, por, teoricamente, se apropriar da cultura afro americana. , pra piorar, depois desse incidente, ainda fez a infeliz declaração: “É uma luta ser um rapper branco.”. Se declarou contra o governo Trump, mas é um ávido colecionador de armas de fogo e suas tatuagens foram feitas, em boa parte, por ele mesmo. Realmente um personagem complexo, que vamos tentar entender melhor conhecendo 10 curiosidades sobre sua vida.

1 – Legítimo estadunidense.

Post Malone nasceu no dia 4 de julho de 1995, batizado Austin Richard Post. Ou seja, nasceu no dia da independência norte americana. Talvez isso ajude a explicar o fato de ele ser tão consumista a ponto de, antes da fama, quando trabalhava numa lanchonete, economizar seu salário por meses para comprar um par de mocassim da marca Versace por 800 dólares, e também o fato de ele ser tarado por armas de fogo.

2 – Criado na pista.

O pai de Post Malone, Rick Post, era DJ em alguns clubes de Syracuse, NY, e tinha em casa uma vasta coleção de discos de rock, R&B, soul e country. Malone cresceu imerso na coleção de discos do pai. Quando ele tinha 9 anos de idade, a família se mudou para Grapevine, no Texas, onde seu pai abandonou as pick ups para trabalhar como gerente administrativo no time de futebol americano Dallas Cowboys. Mas a coleção de discos acompanhou a família na mudança, e mesmo Rick não trabalhando mais como DJ, os discos não ficaram pegando poeira num canto, graças ao jovem Richard Post.

3 – O pesado início no mundo da música.

Ainda antes de se tornar Post Malone, Austin Richard Post descolou uma guitarra e montou uma banda de heavy metal com alguns camaradas. A banda era bem calcada no death metal dos primeiros discos do Metallica e do Megadeth. A banda se chamava Ashley’s Arrival e, como o péssimo nome já dava a entender, a banda não tinha muito futuro. Tanto que o jovem Richard Post, querendo viver de música, resolveu encarar um teste para ser guitarrista da banda de new metal Crown the Empire. Ele fez o teste, mas não mandou muito bem e foi dispensando logo de cara.

4 – I’m goin’ through changes.

Vivendo os dissabores do rock pesado e o desejo de viver de música, Austin Richard Post passa a se interessar por rap e hip hop e começa a escrever algumas letras. Na internet, encontrou um site divertido que gerava nomes aleatórios para cantores de diversos estilos musicais. Ele selecionou rap e apareceu um nome composto, Malone alguma coisa. Ele pegou então seu sobrenome e acrescentou o nome Malone. Nascia assim Post Malone. Já com uma fita demo de alguns raps que ele escrevera e gravara no Audacity, Post Malone se mandou do Texas, indo sozinho morar em Los Angeles e tentar a sorte.

5 – Sucesso da noite para o dia.

Post Malone chegou em LA em 2011. Batalhou grana, fez amizades no mundo da música, trampou em estúdios… até que, no início de 2015, gravou uma música chamada White Iverson, fazendo referência a um jogador de basquete. A canção foi finalizada no estúdio de um amigo em fevereiro de 2015, e Post Malone a publicou em seu perfil do Soundcloud. Ele próprio já contou em entrevistas que postou a música e foi dormir. Quando acordou, sem explicação nenhuma, a faixa tinha milhares de acessos. Em poucos dias White Iverson recebia elogios no Twitter de nomes como Wiz Khalifa. Da noite para o dia, Post Malone era um sucesso.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

6 – Amigo de fé irmão camarada.

Em menos de um mês White Iverson atingiu um milhão de acessos. Começaram a aparecer convites para shows e contatos de gravadoras querendo contratá-lo. Numa dessas festinhas de gravadoras, Post Malone conheceu pessoalmente Justin Bieber. Malone já era fã das músicas de Bieber e se aproximou acanhado, como fã mesmo, pra pedir uma foto. Só que os dois começaram a trocar ideia e se tornaram parças. A amizade vingou e se tornou profissional quando Justin Bieber convidou Post Malone a fazer a abertura de seus shows na turnê Purpose World Tour, que durou quase um ano, entre 2016 e 2017.

7 – Quebrando recordes.

A ascensão de Post Malone foi realmente meteórica. No começo de 2015 lançou o single White Iverson, em poucos meses a faixa já tinha milhões de acessos, ele lançou outros singles com igual sucesso, em 2016 lançou seu primeiro disco, Stoney, que de cara, chegou à oitava posição da Billboard e vendeu mais de 10 milhões de cópias. Em 2017 lotou shows e começou a produzir seu segundo disco, que seria lançado em 2018. O primeiro single do novo disco foi a canção Rockstar, em parceria com 21 Savage. O single ficou por 8 semanas como número 1 da Billboard. Em abril de 2018 foi lançado o disco Beerbongs & Bentleys. O disco quebrou o recorde do Spotify de número de execuções de um disco em seu primeiro dia de lançamento. Foram 78,7 milhões de streams em todo o mundo, em um único dia. Em agosto do mesmo ano, o primeiro disco de Malone, Stoney, quebrou mais um recorde e desbancou Thriller, do Michael Jackson, ficando 77 semanas no top 10 da Billboard. Thriller ficou “apenas” 76 semanas.

8 – Coisa de cinema.

Não é surpresa pra ninguém que Post Malone tenha migrado também para o cinema. Afinal, atualmente todo mundo acaba sendo multimídia. Em 2018 Post Malone lançou a faixa Sunflower, que entrou na trilha sonora do filme da Marvel Spider-Man: Into the Spider-Verse. Além disso, Malone ainda fez uma ponta dublando um personagem secundário no longa. Depois, foi convidado para atuar ao lado de Mark Wahlberg no filme Troco em Dobro (Spenser Confidential), lançado em 2020. Também fez uma ponta no filme Infiltrado, de 2021,com Jason Statham e participou de produções para a TV num filme chamado Runaway, lançado em 2022, e dublou um personagem numa animação das Tartarugas Ninja para a Nickelodeon.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

9 – Voando baixo demais.

No dia 21 de agosto de 2018 Post Malone embarcou num jato particular para voar de New Jersey para Londres, onde faria alguns shows. Após a decolagem duas rodas do avião, do nada, explodiram. Era muito arriscado cruzar o Atlântico depois de algo assim acontecer. O jeito era pousar. Mas o avião acabar de decolar, e estava com o tanque cheio. Uma aterrissagem de emergência sem as rodas poderia acabar explodindo o avião inteiro. A solução foi o avião ficar sobrevoando New Jersey em círculos até consumir o máximo possível de combustível. Horas depois, o piloto realizou um pouco de emergência bem sucedido. As 16 pessoas que ocupavam o avião saíram ilesas. Entre a tripulação do avião e os funcionários do aeroporto que auxiliaram o pouso pela torre, somaram-se 25 pessoas que receberam passe livre vitalício para qualquer show de Post Malone.

10 – Post empreendedor.

Post Malone vem ganhando uma fortuna com sua música, isso todo mundo sabe. O que pouca gente sabe é que essa fortuna acaba gerando mais uma fortuna, porque Post Malone também curte ser empreendedor. Melhor dizendo… investidor. Em 2020, por causa do cinema, icou amigo de Mark Wahlberg. Na casa do ator, Post Malone foi apresentado ao mundo dos vinhos finos e se encantou. Logo achou uma vinícola em Saint Tropez, na França, comprou-a, criou um rótulo próprio e passou a vender um vinho rosè de altíssima qualidade chamado Maison No.9. É um vinho com uma nota muito alta entre os críticos e que chegou a vender mais de 50 mil garrafas em dois dias. Além disso, Post Malone também tem participação na empresa Amette, responsável por uma linha descolada de óculos escuros e também com a Crocs, que podem não ser os calçados mais bonitos do mundo, mas que vendem horrores.

Post Malone – Photo Credit: Eric Ryan Anderson

Pois é. Post Malone é uma figura peculiar do mundo da música. Eclético, de personalidade forte, talentoso e multi-tarefa! Um artista que é a cara da Strip Me, versátil, descolada e cheia de personalidade. E assim são as nossas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Dá uma chegada na nossa loja pra conhecer e também ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist no capricho com o que há de melhor do Post Malone! Post Malone Top 10 tracks.

Para assistir: Vale a pena conferir o filme Troco em Dobro, produção da Netflix, com Mark Wahlberg. É um filme de ação e comédia bem divertido. A direção é do Peter Berg, responsável por Hancock.  Post Malone aparece como um presidiário, amigo do personagem de Wahlberg. Não é um filmaço, mas é um bom entretenimento. Vale a pena ver.

Yin Yang: O Equilíbrio da Vida

Yin Yang: O Equilíbrio da Vida

A Strip Me faz sua alquimia ao misturar a filosofia chinesa do Yin Yang à diversidade da cultura pop, para criar camisetas originais e super contemporâneas.

Demorou muito para que os povos do ocidente (nós, no caso) realmente assimilassem filosofias e hábitos orientais. A história do mundo nos mostra que sempre rolou uma barreira muito grande entre esses dois mundos. De um lado a filosofia greco romana e a religiosidade judaico-cristã. De outro as filosofias milenares do taoísmo e do budismo. Durante o Renascimento e as grandes navegações, muito se consumiu do oriente, claro. Mas apenas produtos e alimentos, as famosas especiarias e as sedas chinesas. Foi mais à partir do século XX mesmo que as coisas começaram a mudar e o ocidente passou a incorporar elementos das filosofias orientais.

O engraçado é que as coisas chegam até nós meio enlatadas, com um verniz espesso de ocidentalização. E não estamos falando só do brasileiro, que transforma o sushi em hot roll. Um exemplo é o Feng Shui, que é um princípio filosófico complexo, cheio de nuances e interpretações, que acabou virando meio que uma vertente do design de interiores, um conceito que os arquitetos mais descolados gostam de usar para justificar suas ideias. Da mesma maneira, o Yin Yang virou um símbolo pop, que virou febre entre os jovens dos anos 80 em vários lugares do mundo, que tatuavam o símbolo no braço sem saber direito o que aquilo significa.

O Yin Yang também é um conceito filosófico bem complexo e abrangente, é a base do taoísmo. Por sua vez, o taoísmo é uma filosofia religiosa politeísta chinesa, que tem sua própria explicação para a criação do universo, do planeta Terra e da humanidade. O Yin Yang está presente nesse princípio de tudo para os chineses. Ele representa o equilíbrio e a harmonia entre dois opostos. Luz e sombra, fogo e água, terra e céu, positivo e negativo, multiplicar e dividir… enfim, opostos, mas que se equilibram, que precisam um do outro para existir. Portanto, quando acontecem grandes catástrofes naturais como tsunamis, erupção de vulcões e até mesmo guerra entre povos, os chineses identificam essas coisas como desequilíbrios no Yin Yang. É por isso que em sua representação gráfica, o símbolo Yin Yang é uma esfera, dividida perfeitamente por uma onda, um lado é branco e outro é preto, e em cada lado, há um ponto. No lado preto um ponto branco e no lado branco um ponto preto, mostrando que a harmonia, representada pela onda, se estabelece quando os dois lados coexistem e interagem em equilíbrio.

Os primeiros registros do conceito do Yin Yang no taoísmo datam do século II antes de Cristo, ou seja, 4 mil anos atrás. Ao longo dos séculos ele foi sendo mais elaborado. Mas logo no início já ganhou a representação da esfera dividida entre preto e branco, representando o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yin preto e yang branco, integrados num movimento contínuo de geração mútua e interação destas forças. A filosofia taoísta observa a vida e a realidade como algo fluído, em constante mutação, por isso o equilíbrio do Yin Yang se mostra tão importante para sua cultura. Para se ter uma ideia, os conceitos do Yin Yang são aplicados em todas as áreas, da arte à matemática, passando pela agronomia, medicina, astronomia e muitas outras áreas da ciência e filosofia.

No século XX, as fronteiras do mundo diminuíram e começou a rolar toda uma descoberta dessas filosofias orientais por parte dos intelectuais do ocidente. No início do século, técnicas como a xilogravura, cuja obra mais marcante é A Onda de Kanagawa, se popularizou, bem como escritores existencialistas, entre eles alguns da geração beat, passaram a flertar com o budismo tibetano. Mais pra frente, nos anos 60, a cultura indiana se popularizou entre os jovens, muito graças aos Beatles, é verdade. Mas nessa busca por transcendência e purificação do ser humano que alguns hippies investiram, acabaram vindo junto alguns conceitos do taoísmo. E o Yin Yang passou a estampar algumas camisetas e batas. Claro, afinal, além de ter essa ideia de equilíbrio, o Yin Yang é esteticamente muito cativante.

Essa percepção do taoísmo sobre a natureza humana, representada pelo Yin Yang é realmente muito reveladora, e muito interessante. Tanto é que aparece com uma frequência enorme em diferentes manifestações artísticas. Nas artes plásticas isso fica mais subjetivo, mas pode ser identificado em obras como o Homem Vitruviano, de Leonardo Da Vinci. É bem provável que Da Vinci não tivesse contato direto com a filosofia taoísta. Ainda assim, transmitiu nessa obra, o mesmo conceito de equilíbrio e harmonia do ser. Mas é na literatura, quadrinhos e cinema que o Yin Yang é retratado com vitalidade e clareza, através de personagens complexos e diversos.

O maior exemplo é claramente o conto O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, escrito pelo escocês Robert Louis Stevenson e publicado originalmente em 1886. A obra que ficou mais conhecida como O Médico e o Monstro se tornou sucesso absoluto na Europa, logo foi adaptada para o teatro e, no século seguinte, assim que o cinema foi criado, ele foi um dos primeiros textos a serem adaptados para as telonas. E é, ainda hoje, uma as obras literárias com o maior número de adaptações no cinema. São mais de 30 filmes. O primeiro foi lançado em 1920, dirigido por John S. Robertson. O mais recente é de 2017, dirigido pelo Luciano Barsuglia. Mas, certamente a mais importante e impactante adaptação é a de Victor Fleming, O Médico e o Monstro, lançado em 1941 e estrelado por Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner. O Estranho Caso de Doutor Jekyll e Senhor Hyde foi a primeira obra, tanto na literatura, quanto no cinema, a personificar com propriedade o Yin Yang, essa dualidade que existe no ser humano, que é bom e mau naturalmente, e vive em harmonia. Mas se algo faz com que esse equilíbrio seja quebrado, as consequências podem ser desastrosas.

Uma espécie de releitura do Dr Jekyll é o personagem Harvey Dent, incorruptível promotor público de Gotham City, que depois de sofrer um acidente, tem metade de seu rosto desfigurado e passa a ter dupla personalidade, tornando-se um dos mais icônicos inimigos do Batman, o Duas Caras. O interessante sobre o Duas Caras é que, assim como o Yin Yang, ele tem uma maneira de manter o equilíbrio entre suas duas personalidades opostas: o acaso. Antes de tomar uma decisão conflitante entre o promotor público honesto e o vilão enraivecido, o personagem joga uma moeda para o alto e tira no cara ou coroa. O problema é que, para o azar de Gotham, a moeda quase sempre fica do lado do vilão. No universo dos quadrinhos de Batman outro exemplo de gritante de Yin Yang é a relação do próprio Batman com seu maior rival, o Coringa. Ambos são originados na violência e desigualdade de Gotham, mas um decide lutar contra o crime e o outro abraça o caos. E os dois se completam, um não existiria sem o outro. O belíssimo filme Joker, de 2019, com Joaquim Phoenix como protagonista, mostra isso com clareza.

E o mais recente e marcante exemplo de Yin Yang no cinema, que pode até ser considerada mais uma releitura de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, é o excelente Clube da Luta. Tyler Durden é o Dr. Jekyll do fim do século XX. Aqui temos os opostos realmente convivendo e lutando para se equilibrar. Com a diferença que nesta obra, tanto o escritor Chuck Palahniuk, quanto o diretor David Fincher, apostam no caos como forma de equilibrar os opostos. Como no poema de William Blake, que inspirou o nome da banda The Doors, o final de Clube da Luta, que aponta para o ápice do caos, justamente quando Tyler Durden tem pleno conhecimento de sua dualidade. “Quando as portas da percepção forem finalmente abertas, tudo aparecerá como realmente é: Infinito.”. Justamente o que prega o taoísmo chinês, a harmonia e fluidez da vida rumo ao infinito, numa constante evolução.

Enfim, todas essas teorias milenares orientais são bem complexas mesmo, e não dá pra gente resumir e falar sobre elas superficialmente. Mas é legal a gente saber sobre essa força imensa do Yin Yang e como ela é bem representada, num ícone tão simples e bonito. Além do mais, harmonia e equilíbrio fazem parte da nossa inspiração e filosofia de trabalho na Strip Me. Isso se reflete no uso de insumos que não agridem o meio ambiente, parceria com empresas locais e frequentes doações para ONGs que defendem nossos princípios.  Isso sem falar nas camisetas que combinam estilo e atitude em estampas de arte, música, cinema, cultura pop e muito mais. Confira tudo isso na nossa loja, onde você aproveita para ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Na música o Yin Yang também se faz presente, em parcerias que se completam. Lennon-McCartney, Richards-Jagger, Simon-Garfunkel… portanto, segue uma playlist com as mais marcantes duplas “Yin Yang” da música pop! Yin Yang Top 10 tracks!

Para assistir: O Clube da Luta com certeza é o filme que melhor retrata a dualidade do ser humano moderno em toda a sua complexidade. O filme é baseado no livro de Chuck Palahniuk, dirigido pelo David Fincher e protagonizado por Brad Pitt e Edward Norton, que são realmente um só em todo o filme. O filme foi lançado em 1999.

Para ler: A editora Darkside Books lançou em 2019 uma edição lindíssima, em capa dura do clássico O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson. Além de ser um texto realmente brilhante, essa edição da Darkside vale a pena pelo belíssimo tratamento gráfico.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Na expectativa do décimo filme de Tarantino, em fase de produção, a Strip Me ranqueou todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

Um post claramente polêmico. Nada mais justo, afinal Quentin Tarantino sempre foi um diretor de cinema polêmico, gerando discussões sobre apologia à violência, subverter fatos históricos, abusar de referências pop e retratar o Bruce Lee levando um pau de um dublê de Hollywood. Mas é sua obra que o coloca como um dos maiores diretores da história do cinema. Um revolucionário. Tarantino fez na indústria do cinema o que o Nirvana fez na indústria fonográfica (e praticamente na mesma época). Ambos alçaram ao topo do mainstream o que era alternativo e underground, com obras absolutamente fantásticas e de valor inquestionável. O disco Nevermind desencadeou uma avalanche de lançamentos de bandas desconhecidas, e Pulp Fiction fez com que diretores autorais, como os irmãos Coen por exemplo, tivessem mais espaço, além de iniciar uma época de filmes violentos mais crus e explícitos.

Tarantino anunciou no começo deste ano que finalizou o roteiro de seu décimo filme, e aproveitou para dizer que será seu último. Se ele vai mesmo pendurar a claquete, só o tempo dirá. Mas a expectativa sobre seu último filme é enorme. Intitulado The Movie Critic, o longa será ambientado em 1977. Em entrevistas o diretor não deu pistas sobre a história, mas afirmou de antemão que não se trata de um crítico de cinema específico, não é uma cinebiografia ou algo assim. As filmagens estão programadas para o outono deste ano, que no Hemisfério Norte começa em setembro. Pra amenizar essa expectativa, fizemos um ranking de todos os filmes do Tarantino, do pior para o melhor. Onde The Movie Critic se encaixará nessa lista, ainda não sabemos. Mas sabemos que muita gente vai concordar com o nosso ranking, e muita gente vai discordar. E, no fim das contas, essa é a graça de fazer listas. Então vamos a ela.

Death Proof
Lançado em 2007, este é o filme mais fraco de Quentin Tarantino. É lógico que o filme mais fraco do Tarantino ainda é melhor que muita coisa feita nos últimos vinte anos no cinema. Sim, é um filme divertido, com aquela linguagem de filme B dos anos 70, diálogos maravilhosos e algumas cenas memoráveis. A cena da colisão frontal dos carros é linda! Mas é um file propositalmente galhofeiro, tem uns cortes desnecessários de cenas e um roteiro desleixado. A história é fraca.

Os Oito Odiados
Filme lançado em 2015, com um elenco fantástico. Numa espécie de volta às origens, Os Oito Odiados é como se fosse uma refilmagem do Cães de Aluguel, só que numa cabana congelada no meio do nada no século XIX. Claro, as atuações e os diálogos fazem com que o filme funcione muito bem. Mas acaba que é um filme cansativo e arrastado, ainda mais para quem vinha de esperando um novo Django Livre ou Bastardos Inglórios. Requer certa paciência para assistir as quase três horas de filme numa tacada só.

Jackie Brown
Veja você que o terceiro filme mais fraco de Tarantino tem no elenco Robert DeNiro, Bridget Fonda, Pam Grier, Michael Keaton e, é claro, Samuel L. Jackson. Além de ser o único dos filmes que Tarantino dirigiu, mas não escreveu, Jackie Brown é um filme muito bom. Na real, nem tem muito o que criticar. Tem atuações muito boas, uma história bem amarrada e uma trilha sonora focada no soul e funk dos anos 70 que é um deslumbre. Foi lançado em 1997 e é altamente recomendado. Mas, ao continuar lendo, você vai entender porque ele está entre os três “piores” do Tarantino.

Django Livre
Aqui a coisa já começa a complicar. Porque daqui pra frente são filmes realmente incríveis, e chega a ser injusto dizer que um é pior, ou mais fraco, que outro. Django Livre foi lançado em 2012 e é um filme grandioso. Tarantino recriou um filme western com maestria, mas colocando um negro como protagonista. Aqui temos um Leonardo DiCaprio numa atuação irretocável, aliás todas as atuações são muito acima da média. A trilha sonora que mescla clichês do western spaghetti com rap é genial. Mas é isso. É um western sob o olhar do século XXI. Uma boa história, boas atuações, mas sem grandes transgressões ou ousadias.

Bastardos Inglórios
Entramos no Top 5. E de cara podemos afirmar sem medo de errar que Bastardos Inglórios já é um clássico do cinema de todos os tempos. Foi neste filme que Tarantino, pela primeira vez, subverteu seu próprio método. Concebeu um filme numa linha do tempo linear, sem flashbacks, usou pelo menos umas 3 tipografias diferentes ao apresentar os créditos e retratou personagens históricos reais. Foi aqui que Tarantino mostrou ao mundo o brilhante ator Christoph Waltz, que roubou a cena como um general da SS culto e inescrupuloso. Outra subversão de Tarantino foi com a própria história mundial. Neste filme, lançado em 2009, os nazistas são derrotados em 1944, com a cúpula nazista, incluindo Hitler, morta num incêndio de um pequeno cinema em Paris. É um filme imperdível.

Cães de Aluguel
Lançado em 1992, é o filme de estreia de Tarantino como diretor. E é um dos filmes mais empolgantes dos anos 90. Tudo que o mundo viria a conhecer dois anos depois com o sucesso de Pulp Fiction já estavam neste filme. Litros de sangue, diálogos impagáveis, sarcasmo, uma linha temporal bagunçada e criminosos como protagonistas. Cães de Aluguel é brilhante por inúmeros motivos, mas um deles certamente é o fato de o filme se passar por mais da metade do tempo dentro de um barracão vazio. As atuações e os diálogos são maravilhosos. Sem falar na memorável cena da tortura do policial, que imortalizou a música Stuck in the Middle With You, da banda Stealers Wheel. Em se tratando de um diretor estreante, é um filme realmente inacreditável de tão bom.

Kill Bill I & II
Se o próprio Tarantino, em sua filmografia, considera os dois volumes de Kill Bill, lançados em 2003 e 2004, um filme só, quem somos nós para discordar? Kill Bill é um filme de 4 horas de duração, mas que pode ser assistido de uma vez sem cansar. Além da história ser riquíssima, tem personagens cativantes, diferentes locações e até mesmo diferentes linguagens cinematográficas, indo da animação no estilo mangá até filmes de bang bang. Apesar de se tratar de uma premissa simples, uma mulher em busca de vingança, tudo que envolve essa personagem e suas motivações são explicados num turbilhão delicioso de referências e homenagens à cultura pop, passando pela música, quadrinhos e cinema. Apesar de toda a violência, é um filme leve e divertido, desses que a gente não cansa de ver e rever.

Era Uma Vez em Hollywood…
O dedo chega a coçar para escrever que este é o melhor filme de Tarantino. Mas é claro, devemos levar em conta fatores como a maturidade, que traz consigo aprimoramento profissional, do diretor. Era uma vez em Hollywood… é seu filme mais recente, lançado em 2019. De fato, aqui Tarantino refinou sua arte em todos os sentidos. Está tudo lá. As referências pop, as influências de western e kung fu, a ambientação de época impecável e diálogos maravilhosos. Mas tudo muito bem dosado, sem exagero, e feito com esmero. É mais um filme de Tarantino com mais de duas horas de duração, mas que não dá pra sentir o tempo passar. E, é claro, as atuações irretocáveis de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Em especial DiCaprio está voando, numa atuação realmente poderosa. Mais uma vez Tarantino reescreve a história ao recontar à sua maneira o caso Sharon Tate, atacada pelos asseclas de Charles Manson. É um filme praticamente perfeito, uma das obras primas de Tarantino.

Pulp Fiction
A ordem de toda essa lista pode ser questionada, mas este primeiro lugar, dificilmente será questionado. Pulp Fiction é o melhor filme de Tarantino não só pela originalidade e inventividade, mas também por sua estética revolucionária para a época. A importância do filme para o cinema é imensa. Além de fazer com que a indústria desse mais atenção para diretores autorais, com uma pegada mais alternativa, deu aval para que filmes de violência fossem mais explícitos e, consequentemente, mais densos e realistas. O próprio Seven, de David Fincher, lançado em 1995, é filho direto de Pulp Fiction, com cenas que não economizam no sangue, coisa que não aparecia com frequência em filmes policiais até então. Falando do filme em si, Pulp Fiction impressiona pelo roteiro coeso e bem amarrado, pela diversidade de personagens interessantíssimos, e que acabam se conectando, pela linha temporal bagunçada que encanta o espectador quando o filme acaba e tudo se explica, pelos diálogos impagáveis que vão de massagem nos pés a diferentes procedências de heroína. Além de cenas icônicas como a dança de Uma Thuruman e John Travolta, ou a incrível escapada do personagem de Bruce Willis, que foge com a motoci… quer dizer, com a chopper do Zed. Pulp Fiction é um filme irresistível, desses que se você pega pela metade, zapeando os canais da TV, para pra ver até o fim, mesmo já tendo visto dezenas de vezes. É o Nevermind do Tarantino, e só por esse elogio, já se justifica ele estar no primeiro lugar dessa lista, como a melhor obra do cineasta.

Pronto! Está feita a polêmica. Agora é com você, concordar ou discordar da sequência. Unanimidade mesmo é que o Quentin Tarantino é um dos cineastas mais importantes de todos os tempos e, certamente, o mais revolucionário dos últimos 30 anos. Sendo assim, é uma das nossas inspirações aqui na Strip Me. Basta dar uma conferida na nossa loja a quantidade de camisetas baseadas na obra dele para comprovar. Isso sem falar em muitas outras camisetas inspiradas no cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, tem estampa nova toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Mais uma playlist caprichada com músicas das trilhas sonoras dos filmes do Tarantino. Tarantino Mix Top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes do Tarantino, nunca é demais recomendar o inigualável e divertidíssimo curta-metragem brasileiro Tarantino’s Mind. Lançado em 2006, escrito e dirigido pela dupla Bernardo Dutra e Manitou Felipe, o filme conta com Seu Jorge e Selton Mello nos papéis de suas vidas, falando sobre a obra de Tarantino. É sensacional e tem de graça no Youtube. Link aqui.

Flashs da fotografia moderna.

Flashs da fotografia moderna.

A Strip Me elencou os 5 fotógrafos mais inovadores e influentes da atualidade para falar sobre a fotografia moderna, que mistura arte, música, cinema e moda.

Algum tempo atrás já rolou um post aqui no blog sobre fotografia e seu lugar na cultura pop. Hoje estamos aqui para falar da fotografia contemporânea, mas sem deixar de lado sua importância histórica (afinal a história está aí, sendo escrita diariamente) e artística. Todo fotógrafo é um artista. Sendo assim, cada um tem sua própria linguagem, estilo, personalidade e discurso. Afinal, cada vez mais as mídias se misturam e cresce a necessidade de cada indivíduo se posicionar frente a suas crenças e princípios.

Seja na moda, no jornalismo ou na mais pura expressão artística, a fotografia tem muitos representantes de talento imenso e estética única. Por isso, aqui separamos 5 dos mais reconhecidos e influentes fotógrafos da atualidade, para você conhecer e se inspirar.

Steven Klein
Klein é da costa leste dos Estados Unidos. Quando jovem, queria ser pintor e se inspirava em Picasso e Francis Bacon. Aos 20 anos migrou as artes plásticas para a fotografia, e logo já emplacou uma celebrada campanha para Christian Dior. Entrou de cabeça no mundo da moda e das celebridades, para poder justamente desvirtua-lo. Passou a explorar o hiper-realismo, a sexualidade e o fetichismo, dando uma cara mais soturna e enigmática para o glamourizado mundo da moda. Se assemelha a Oliviero Toscani, mais pelo discurso e retórica, do que pela estética. Mas certamente se estabeleceu hoje como uma das figuras mais influentes da fotografia fashion.

David LaChapelle
Um fotógrafo instintivo e visceral, LaChapelle despontou através da revista Interview, cujo fundador foi ninguém menos que Andy Warhol. Além de Warhol e a Pop-Art como um todo, LaChapelle é fortemente influenciado pelo surrealismo. Suas fotografias mais famosas se caracterizam pela alta saturação e o encontro da beleza coma bizarrice. Além de ser um fotógrafo de arte muito original e respeitado, ele também é conhecido por fotografar e dirigir vídeo clipes de artistas como Jennifer Lopez, Britney Spears, Avril Lavigne, No Doubt, Whitney Houston, Macy Gray, Blink-182, Elton John, Christina Aguilera eThe Vines. LaChapelle tem trabalhos expostos em galerias de vários países e lançou alguns livros de fotografia artística com suas obras.

Emilio Morenatti
Nascido na Espanha, Morenatti já entrou no hall dos fotojornalistas mais importantes da história. Em 1992 foi contratado pela Agencia EFE, a principal agência de notícias espanhola. Pouco tempo depois mudou-se para Londres, onde se graduou em Fotojornalismo. Pela Associeted Press visitou mais de 50 países cobrindo eventos importantes e muitos conflitos. Em 2009 estava no Afeganistão fotografando uma tropa norte americana quando uma bomba explodiu. Ele foi atingido e teve uma perna amputada. Suas fotografias são marcadas por uma espontaneidade rara de ser registrada, com um cuidado estético único. São fotografias que realmente conseguem comunicar muita coisa sem palavras. Em 2021 ele ganhou o Pulitzer de fotografia por um ensaio que retratava o cotidiano de idosos espanhóis durante a pandemia de Covid-19. Ao receber o prêmio mais importante do jornalismo, ele declarou que trocaria facilmente aquele prêmio por ter sua perna de volta. Para isso, inclusive, até aceitaria queimar toda sua obra.

Annie Leibovitz
Leibovitz tem uma trajetória meteórica. Ainda adolescente, ingressou na San Francisco Art Institute querendo se tornar pintora. Mas logo se envolveu com fotografia e se apaixonou. Aos 20 anos de idade foi contratada pela revista Rolling Stone. O ano era 1970 e seu primeiro trabalho para a revista foi fotografar John Lennon, logo após o anúncio da separação dos Beatles. Com 23 anos de idade ela já era chefe da seção de fotografia da revista, onde trabalhou até 1983. Por lá fotografou os maiores nomes da cultura pop do século XX, sempre com muita personalidade e esmero. Nos anos 80 trabalhou muito com publicidade e também se dedicou a exposições artísticas. Ela foi a primeira mulher a ter suas fotos expostas na National Portrait Gallery, em Washington. Ainda hoje é uma das fotógrafas mais requisitadas do meio musical. Aliás, são delas as imagens mais famosas da lendária turnê dos Rolling Stones nos Estados Unidos em 1975. Ela foi designada para registrar toda a tour e viajou com a banda. Certamente, além de bem sucedida profissionalmente, ela já se divertiu muito.

Cindy Sherman
Cindy Sherman é, acima de tudo, uma questionadora. E faz da sua arte um veículo eficiente e impactante para falar sobre identidade, sociedade, auto aceitação e, principalmente, sobre o papel da mulher como criadora de arte e seu lugar na mídia e na sociedade. A obra de Sherman é essencialmente artística, mas ela chegou a fazer campanhas publicitárias de moda para Jean Paul Gaultier e Rei Kawakubo, o que lhe proporcionou notoriedade e permitiu que ela investisse cada vez mais na sua carreira como artista. Sua obra é marcada por composições onde ela cria cenários e personas para si própria, o que faz com que muitas de suas fotos sejam autorretratos.  Atualmente sua vasta obra fotográfica está exposta em várias galerias e museus ao redor do mundo. Cindy Sherman é considerada a fotógrafa mais audaciosa de sua geração, com uma estética pós modernista, que, sem querer, previu a efemeridade de selfies e fotos postadas em redes sociais.

Não importa que esses soberbos velhotes acadêmicos cheios de si considerem apenas sete as verdadeiras artes do mundo. A saber: Pintura, Escultura, Música, Literatura, Dança, Arquitetura e Cinema. A gente sabe muito bem que a fotografia é uma expressão artística tão poderosa, verdadeira e encantadora quanto todas as outras. Por isso, a Strip Me sempre fez questão de celebrar a fotografia, inclusive com uma coleção super descolada, Camisetas de Foto e Vídeo. Além das clássicas coleções de arte, cinema, música, cultura pop e muito mais. Tudo isso na nossa loja, onde você pode explorar todas as coleções e ainda ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist toda voltada para o mundo da fotografia, canções que falam sobre o assunto e que funcionam como trilha sonora para apreciar uma boa exposição fotográfica. Fotografia top 10 tracks.

Para assistir: Cindy Sherman, além da fotografia, também se dedicou ao cinema. Dirigiu um único longa metragem. O filme se chama Mente Paranóica, mas o título original funciona bem melhor: Office Killer. O filme é de 1997 e é uma mistura de suspense e comédia. O roteiro chega a ser meio bobo, mas ao que se propõe, até que funciona bem. E, claro, esteticamente é um filme bem legal, com uma fotografia e montagem interessantes.

Para ler: Em 1999 Annie Leibovitz lançou um livro muito impactante. Intitulado Mulheres, o livro conta com um ensaio fotográfico de mulheres dos Estados Unidos, desde juízas da suprema corte até prostitutas de Las Vegas e textos da escritora, crítica de arte e ativista Susan Sontag. Um livro mais que recomendado, fundamental.

Um brinde ao cinema!

Um brinde ao cinema!

A Strip Me traz um top 5 de Drinks que foram imortalizados pelo cinema!

Que o cinema sempre gerou tendências, isso não é novidade. Desde James Dean vestindo calça jeans, camiseta branca e jaqueta até a Reese Whiterspoon de vestido cor de rosa no tribunal. É evidente que o cinema tem uma influência brutal sobre a sociedade. Não só no vestuário, mas no comportamento e no consumo em geral. Já faz tempo que a indústria cinematográfica inventou o merchandising. Então, a gente sabe que não é à toa que o Marty McFly toma Pepsi no passado, no futuro e no presente ou que o Forrest Gump calce tênis Nike para correr pelos Estados Unidos. Mas muitas vezes, algumas tendências surgem involuntariamente.

Todo mundo gosta de tomar um bom drink entre amigos. Num encontro amoroso então, é ainda mais charmoso degustar um atraente drink bem elaborado. E nisso o cinema sempre se mostrou prodigioso em mostrar. Tanto que muitos drinks ganharam fama mundial e são consumidos até hoje graças ao cinema. E essa união de cinema e drinks é tão deliciosa, que a Strip Me resolveu apresentar um top 5 dos melhores e mais famosos drinks no cinema, pra você tomar no balcão do bar no maior estilo, ou até mesmo reproduzi-los em casa.

Manhattan

Pra começar vamos com um clássico em todos os aspectos. Quanto Mais Quente Melhor é considerado um dos melhores filmes do diretor Billy Wilder. Lançado em 1959, o longo conta com Tony Curtir, Jack Lemmon e Marilyn Monroe. Ficou famosa a cena em que uma sedutora Marilyn prepara um drink para a dupla de fugitivos interpretados por Curtis e Lemmon, dentro de um trem. Ela mistura vermute e bourbon e diz que o drink se chama Manhattan. Essa cena foi o suficiente para imortalizar o drink e fazer dele um dos mais pedidos nos bares dos Estados Unidos no anos 60.
O Manhattan clássico leva uma dose de vermute, duas doses de bourbon, gelo, uma cereja uma lasca de casca de laranja para decorar. Coloque o vermute, o bourbon e o gelo numa coqueteleira, misture bem e sirva na taça, finalizando com a cereja e a casca da laranja. É servido numa taça do tipo coupette. Se quiser, é uma boa ideia deixar a taça no congelador por uns 15 minutos antes de servir o drink.

Dry Martini

A primeira vez que James Bond explicou como gosta de seu Dry Martini foi no filme 007 Contra Goldfinger, de 1964. Na famosa cena, Sean Connery explica que ao drink deve ser batido e não mexido. Um comentário controverso, diga-se. Mas  a gente chega lá. Bond foi adaptado para o cinema, vindo dos livros de Ian Fleming. E logo no primeiro livro, Casino Royale, lançado em 1953, o personagem dá uma descrição detalhada do preparo de seu drink favorito. “três medidas de gin Gordon’s, uma de vodka, meia medida de licor Kina Lillet, bem agitada até que esteja gelada, em seguida, adicione uma fatia grande e fina de casca de limão”. Nos filmes que vieram depois de Goldfinger, James Bond repetiu inúmeras vezes que prefere seu Dry  Martini batido, não mexido. O fato é que o correto é que o drink seja servido coado, límpido, sem nenhum vestígio sólido de gelo. Entretanto, o drink deve ser servido bem gelado. Por isso, alé de manter a taça resfriada antes de servir, a mistura das bebidas deve ser feita numa coqueteleira ou num mixing glass com bastante gelo, e depois coada para ser servida. Mexer a mistura com uma colher é mais apropriado, porque, ao ser batido na coqueteleira, o gelo se quebra em pedaços pequenos e derrete mais rápido. Assim, o drink fica diluído e com cristais de gelo que não são retidos na coagem. Mas, convenhamos, quem somos nós pra questionar o gosto do 007?
Para preparar seu próprio Dry Martini, antes de tudo, coloca a taça para resfriar. Numa coqueteleira com bastante gelo, coloque 60ml de gim, 20ml de vodca e 10ml de vermute branco. Mexa (ou bata, como preferir) bastante. Coe, sirva na taça fria e coloque uma lasca fina de casaca de limão siciliano. Ah, sim. O dry martini tradicional é servido com uma azeitona dentro. O do James Bond, porém, não leva azeitona. Aí fica a seu critério.

The Red Eye

Só mesmo o Tom Cruise exalando juventude seria capaz de convencer alguém a beber uma parada que mistura cerveja, suco de tomate e ovo cru. No clássico oitentista Cocktail, um filme de gosto questionável, mas sucesso de bilheteria, Cruise interpreta um barman e prepara esse drink inusitado chamado Red Eye. Desde então, o drink passou a ser solicitado em bares em todo o mundo. O filme é de 1988, e o personagem de Tom Cruise é um jovem ambicioso que abandona o exército e quer subir na vida. Acaba arranjando um trampo de barman, se dá bem, mas acaba tendo alguns conflitos or causa de uma paixão. Enfim, um roteiro fraquíssimo. Mas o filme acaba sendo um bom entretenimento. Já o drink Red Eye não consegue ficar no meio termo. Ou é amado ou é odiado. É um sabor que não dá pra explicar. Só experimentando mesmo. Então segue a receita.
Como boa parte dos drinks, é legal resfriar o recipiente onde a bebida será servida. Neste caso, uma caneca de 500ml. Na caneca resfriada, coloque 1 lata de cerveja de 350ml, 30ml de vodca, 180ml de suco de tomate e mexa bem como uma colher. Como o drink não leva gelo, é legal que todas as bebidas estejam geladas. Em seguida quebre o ovo cru na caneca e não mexa mais. O ideal é que a gema não se quebre. Para decorar, você pode colocar um talo de salsão. Aí é só respirar fundo e mandar essa mistura pra dentro.
Boa sorte.

White Russian

E chegamos aos anos 90! Finalmente! Chega de sofisticação e exageros! Nada de copinho resfriado e casca de limão! Nada de excentricidades e ingredientes exóticos! A gente só quer relaxar, cara! Andar de bermuda e roupão, jogar conversa fora e tomar uma paradinha doce, mas que dê aquela chapada. E assim, ao mesmo tempo, descrevemos o drink White Russian e o nosso querido The Dude, O Grande Lebowski! O brilhante e divertidíssimo filme dos irmãos Coen, de 1998, foi o responsável por popularizar de vez esse drink, que já existia em alguns bares da California desde os anos 1940. E o filme Grande Lebowski é tão bom quanto o drink White Russian. Ambos exalam uma certa maturidade, mas são leves e contém uma certa complexidade surpreendente. Então coloca um som do Supergrass pra tocar e aprende a fazer um legítimo White Russian.
Numa coqueteleira, coloque uns 4 ou 5 cubos de gelo, 60 ml de creme de leite e 60ml de vodca. Misture bem, até sentir que a coqueteleira está bem gelada nas suas mãos, sinal que a mistura dentro está bem homogênea. Num copo baixo coloque 40ml de licor de café e uns 3 cubos de gelo. Coloque devagar a mistura da coqueteleira usando um coador, assim, o drink vai ficar numa coloração degradê bonita no copo. Agora é só tirar o chinelo, botar os pés pra cima e saborear.

Cosmopolitan

O cosmopolitan é um drink tradicional, mas era mais conhecido e consumido nos Estados Unidos, especificamente na costa leste. Mas foi só a Carrie Bradshaw, emblemática personagem interpretada pela Sarah Jessica Parker na série e nos filmes Sex and the City, que o drink se tornou conhecido no mundo inteiro e virou o drink queridinho do público feminino. Não por acaso. Afinal, tanto a série como os filmes transmitem com perfeição o universo de mulheres independentes, determinadas e bem sucedidas que, é claro, vivem altos e baixos, tem inseguranças, medos e defeitos. Aliás como todo mundo os tem, homens e mulheres. E o drink cosmopolitan remete justamente a essa exuberância da mulher, que a série e os filmes retratam. Um drink tão saborosos quanto simples que não precisa nem descer do salto para fazer. Antes de começar, pegue uma taça de Martini e coloque pra resfriar no congelador. Numa coqueteleira coloque 50ml de vodca, 20ml de suco de cranberrie, 20ml de licor de laranja, 10ml e suco de limão, bastante gelo e misture bem. Depois é só coar a mistura na taça de Martini resfriada e adicionar uma lasca de casca de laranja para decorar.

Menção Honrosa

Não é um drink alcoólico, é verdade. Mas faz parte de uma cena tão marcante e divertida, que não dá pra falar de cinema e bebida sem citar o lendário five dollar shake de Pulp Fiction.  Afinal, convenhamos, não se trata de um simples milk-shake, mas um milk-shake que custa cinco dólares! O pedido de Mia Wallace chama tanto a atenção de Vincent Vega, que ele chega a perguntar para o garçom sósia de Buddy Holly: “É um milkshake comum, vai leite e sorvete?” O garçom responde: “É isso, sim senhor.” Vincent: “Não vai bourbon, nem nada?” “Não, senhor.” “E custa cinco dólares.” “Sim, senhor.” “Ok, just checking…”. Enfim, a cena toda no Jack Rabbit Slim’s é brilhante, com alguns dos diálogos mais divertidos já escritos e que culmina com a dança de Uma Thurman e John Travolta ao som de Chuck Berry. Realmente uma obra de arte de Quentin Tarantino. E que só nos faz sonhar, imaginando que gosto deve ter um milk-shake de cinco dólares.

Juntar cinema e drinks não tem como dar errado! E curtir um bom filme e juntar a turma para tomar um trago num bom boteco são coisas que a gente da Strip Me adora! Por isso mesmo, temos uma coleção linda de camisetas de bebidas e a nossa já tradicional coleção de camisetas de cinema, sem falar das coleções de arte, música, cultura pop e muito mais. Dá uma chegada na nossa loja pra conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.
Cheers!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist animadíssima pra você curtir com a turma enquanto prepara os seus drinks favoritos. The Drinks Mix top 10 tracks.

Cartola – 10 curiosidades sobre o mestre do samba.

Cartola – 10 curiosidades sobre o mestre do samba.

Uma homenagem da Strip Me ao homem que pintou o samba de verde e rosa e fez história na música popular brasileira.

Em 1957, o jornalista e escritor Stanislaw Ponte Preta fora visitar um amigo, que morava num prédio em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Depois do jantar, Stanislaw ainda ficou no apartamento do amigo até tarde batendo papo e tomando uísque. No tempo em que esteve lá, rolou a troca de turno dos vigias na portaria do prédio. Quando finalmente Stanislaw vai embora, já era tarde e ele estava meio bêbado. Quando passou pelo balcão da portaria, olhou para o vigia e tomou um susto. Quando já estava na calçada, voltou, encarou o vigia e perguntou: “Por acaso o senhor não é o Cartola, aquele sambista, é?”. Acanhado, o vigia respondeu: “Sou eu, sim senhor.”.

Quando fora descoberto ali, trabalhando como lavador de carros e vigia de prédios em Ipanema, muita gente no morro da Mangueira tinha dado Cartola como morto. Depois de algumas desavenças com o pessoal da escola de samba, Cartola, que havia crescido na Mangueira, resolveu se mudar. Foi para Nilópolis e se entregou à bebida. Pra piorar, em 1946 pegou meningite e quase morreu. Quando estava se recuperando da doença, sua espoa na época, Deolinda, faleceu, vítima de um ataque cardíaco. Muito debilitado, com a saúde frágil e o abuso de álcool, Cartola não ia durar muito. Mas foi salvo por uma antiga admiradora de seus sambas. Eusébia Silva do Nascimento, mais conhecida como Zica, encontrou o sambista largado, bêbado, numa viela do morro do Caju. O acolheu, cuidou dele e eles acabaram se apaixonando um pelo outro. Já haviam se passado praticamente dez anos que ele tinha saído da Mangueira sem nunca dar notícia. Foi quando ele acabou arranjando uns bicos na zona sul e acabou sendo descoberto pelo Stanislaw Ponte Preta.

Cartola chegou a ganhar algum dinheiro e ter certo reconhecimento entre os músicos cariocas na década de 1930. Compôs alguns sambas que foram gravados por gente grande do rádio, como Francisco Alves e Sílvio Caldas. Ainda nessa época, conviveu com o poeta de Vila Isabel, Noel Rosa, e chegou a tocar com Pixinguinha. Era o compositor principal da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, mas se desentendeu com alguns integrantes da escola e acabou saindo. Só voltou pra lá nos anos 1960, já com Dona Zica ao seu lado. Foi quando começou a realmente ganhar reconhecimento e popularidade, ao ser exaltado por grandes nomes da música jovem da época, como Nara Leão e Paulinho da Viola. Realmente a vida de Cartola é um moinho, de tantas voltas que deu. Então separamos 10 fatos essenciais e curiosos sobre a vida deste, que é considerado o mais influente compositor do samba.

Nome errado.

Cartola nasceu  no dia 11 de outubro de 1908. Foi batizado Agenor de Oliveira. Nome que pelo qual ele deixaria de ser chamado pela maioria das pessoas alguns anos depois, ao receber o apelido de Cartola. Porém, já na década de 1960, quando foi arranjar os papéis para se casar, descobriu que seu nome fora registrado errado no cartório. E em seus documentos constava o nome Angenor de Oliveira. Como ele já era conhecido por Cartola mesmo, deixou como estava e passou a assinar “Angenor” mesmo, pra não ter problema.

O surgimento de Cartola.

Aos 15 anos Angenor largou a escola e foi trabalhar pra ajudar nas despesas da família. Logo conseguiu um emprego com um grupo de pedreiros. Estamos falando da primeira metade da década de 1920, antes da era Vargas e dos direitos trabalhistas. Se não tinham direitos, imagine se havia preocupação com segurança no trabalho. Ninguém usava capacete. Mais preocupado com o cal e cimento que se acumulavam no cabelo do que com proteção, Angenor arranjou um chapéu preto, que passou a usar para não sujar a cabeça. Como o chapéu era alguns números maior do que a cabeça do rapaz, os colegas de trabalho passaram a chama-lo de Cartola.

Cartola aos 12 anos de idade. – C´redito da imagem: Arquivo Jornal O Globo

Dureza.

Assim como a esmagadora maioria dos negros na cidade do Rio de Janeiro, Cartola e sua família eram muito pobres. Mesmo nos anos 1930, quando começou a se destacar como compositor de samba e ter suas canções gravadas por nomes como Francisco Alves, Sílvio Caldas e até mesmo Carmem Miranda, ele não era bem remunerado. Afinal, a venda de discos, que já não era muito alta, não tinha nenhum controle mais rígido. Então, incapacitados de receber direitos autorias por execução das músicas no rádio ou venda de discos, os compositores costumavam vender suas músicas por um valor fechado, com uma possível bonificação se a música estourasse. Como não era sempre que se conseguia compor um bom samba para vender, Cartola, assim como tantos outros compositores, como Noel Rosa, por exemplo, não tinham uma vida financeira estável.

Estação Primeira de Mangueira.

Quando criança, Cartola morou com os pais no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Pela proximidade, acabou se tornando um apaixonado torcedor do Fluminense. Mas logo a família se mudou para o morro da Mangueira, onde uma pequena comunidade começava a se expandir. Foi ali que Cartola viveu sua adolescência e se tornou compositor de samba junto com alguns amigos. E foi com esses amigos que, em abril de 1928, Cartola juntou os quatro ou cinco blocos carnavalescos que rolavam no morro e fundaram a Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais e bem sucedidas escolas de samba do Rio de Janeiro.

Cartola e Pixinguinha – Crédito da imagem: Arquivo Jornal O Globo

Dream Team.

Em 1940 desembarcou no Rio de Janeiro o maestro erudito Leopold Stokowski, músico norte americano renomado em todo o mundo. Ele estava percorrendo a América do Sul fazendo um trabalho semelhante ao que Alan Lomax fizera no sul dos Estados Unidos 20 anos antes. Estava fazendo gravações de músicas tradicionais, nativas dos diferentes povos latinos. Ficou a cargo do também maestro erudito Heitor Villa Lobos (sim, aquele mesmo, que se apresentou de casaca e calçando chinelos, na Semana de Arte Moderna de 1922) reunir os músicos para realizar as tais gravações. Assim, Villa Lobos reuniu Pixinguinha, Cartola, Donga e João da Baiana, para tocarem juntos e, quem sabe compor alguma coisinha. Um dos sambas gravados foi Quem Me Vê Sorrindo, composição de Cartola. Claro que esse registro histórico nunca foi lançado oficialmente aqui no Brasil, mas saiu num compacto de 78rpm nos Estados Unidos. E hoje é fácil achar na internet, esse que é o encontro entre os granes e principais criadores do samba como o conhecemos.

A luz no fim do túnel.

Em 1947 o mundo de Cartola estava desmoronando. A nova direção da Mangueira não simpatizava com ele e seus sambas vinham sendo sempre reprovados para representar a escola no carnaval do ano seguinte. Para piorar, ele contraiu meningite. Foi internado, ficou 3 dias em coma e quase dois meses internado. Quando teve alta, estava muito debilitado e precisava andar com a ajuda de muletas. Somaram-se as desavenças na escola de samba com a vergonha que ele sentia de sua condição física, resolveu se mudar, ir embora do morro da Mangueira. Conseguiu um barraco em Nilópolis, onde se estabeleceu com Deolinda, sua esposa. Porém, Deolinda faleceu no fim de 1947, vítima de um ataque cardíaco. Cartola entrou numa depressão pesada, estava bebendo muito. Era comum encontra-lo caído entre Nilópolis e o Morro do Caju. Foi quando Eusébia Silva do Nascimento o reconheceu, o levou para casa e cuidou dele. Mais conhecido como Dona Zica, ela gostava dos sambas do Cartola e os dois logo se apaixonaram. Com ela, Cartola se recuperou e decidiu voltar para  Mangueira. Lá compraram uma casa no pé do morro e, já distante da música, ele arranjou trabalho como lavador de carros e porteiro em Ipanema.

Cartola em frente a seu bar, o lendário Zicartola. Crédito da Imagem: Arquivo Jornal O Globo

Zicartola.

Quando Stanislaw Ponte Preta encontrou Cartola trabalhando de porteiro, ficou inconformado. Considerava Cartola um gênio do samba e não descansou enquanto não conseguiu alguns contatos com rádios para tocar suas músicas e marcar alguns shows para o sambista. De volta ao mundo do samba, Cartola conseguiu um trabalho como zelador da Associação de Escolas de Samba do Rio de Janeiro. O lugar, um casarão no centro antigo do Rio de Janeiro, naturalmente já reunia muitos sambistas de toda a cidade com frequência. Cartola e Dona Zica, sempre por lá, transformavam tudo em festa. Dona Zica era cozinheira de mão cheia e a coisa foi se tornando ponto de encontro mesmo. Os próprios sambistas juntaram grana e convenceram o casal a abrir um bar. Assim, em 1963 foi inaugurado o Zicartola, na Rua da Carioca, centro histórico do Rio. Um bar que se tornou marco histórico na música popular brasileira. Ali, se reuniam velhos e jovens músicos, do morro e do Leblon. Foi lá que Paulinho da Viola se destacou. Era o único lugar em que era possível encontrar Nara Leão, Elizeth Cardoso, Zé Keti, Nelson Cavaquinho, além de jornalistas e artistas em geral. Era um lugar mágico. Mas Cartola e Dona Zica, como administradores era ótimos artistas. Ou seja, o bar acabou falindo e fechou as portas dois anos depois, em 1965. Foi bom enquanto durou.

Registros históricos.

O sambista paulista Adoniran Barbosa costumava dizer que o Pelão, apelido de João Carlos Botezelli, era o Álvares Cabral do samba. De fato, a importância de Pelão para o samba é incalculável. No início dos anos 1970, ele entrou numa verdadeira batalha para conseguir registrar em disco os nomes mais importantes, porém deixados de lado, do samba brasileiro. Assim, Pelão conseguiu levar para o estúdio gente como Nelson Cavaquinho, Adoniran Barbosa e Cartola para gravarem seus primeiros discos solo. Eram todos artistas com mais de 60 ano de idade, que tiveram suas canções regravadas, mas que nunca tinha tido a chance de eles próprios gravarem suas músicas. Um dos diretores da gravadora onde Pelão trabalhava chegou a dizer para ele que o estúdio não era um asilo. Pelão, consciente da importância do trabalho que fazia, só mandou um sonoro “Vai tomar no c#!” e saiu andando. O primeiro disco do Cartola, portanto, foi produzido pelo Pelão e foi lançado em 1974. De cara foi um sucesso de público e critica. O disco trazia clássicos como Corra e Olha o Céu e Alvorada. O sucesso foi tamanho que Pelão insistiu em gravar mais um. Também intitulado simplesmente Cartola, seu segundo disco, lançado em 1976, foi um estrondo. Puxado pelas antológicas músicas A Vida é um Moinho e As Rosas Não Falam, o disco vendeu muito. Às beiras de completar 70 anos de idade, finalmente Cartola tinha sido reconhecido e recebia um bom dinheiro pela sua obra.

A icônica foto feita por Ivan Klingen, que virou capa de disco, em 1977.

Pausa pro café.

A icônica foto de Cartola tomando café foi tirada por Ivan Klingen em 1977. De imediato, ela já se tornou uma das imagens mais reconhecidas do sambista. A foto foi tirada numa manhã em que deveria acontecer o ensaio de fotos para a gravadora RCA, de onde seria escolhida uma foto para estampar a capa do próximo disco do sambista. Acontece que ninguém avisou Cartola sobre o tal ensaio. Ivan chegou no morro da Mangueira numa manhã e encontra Carola na porta de sua casa, de mala na mão, esperando uma carona para ir para a rodoviária, pois tinha um compromisso fora da cidade. Contrariado o sambista aceita entrar em casa para posar para algumas fotos, enquanto a carona não chegava. Foi quando Dona Zica, para acalmar os ânimos resolveu servir um cafezinho. Quando Ivan viu a xícara verde, teve a ideia da foto. Perguntou se Dona Zica não teria um pires cor de rosa. E ela tinha. Pronto! Estava feita uma das mais icônicas fotos da música popular brasileira, mesmo com o fotografado estando de péssimo humor. Claro, a imagem também capturou a essência da cultura brasileira, já que o cafezinho é parte indispensável da nossa vida cotidiana e um símbolo da nossa hospitalidade, afinal, seja onde for que você chegue, na casa de um amigo ou no consultório médico, a primeira coisa que te oferecem é um cafezinho.

Despedida.

Em 1978 Cartola não andava se sentindo bem. Sentia dores pelo corpo e fraqueza. Depois de alguns exames, foi diagnosticado com um câncer na tireoide. Chegou até a ser operado naquele mesmo ano, o que lhe deu uma boa sobrevida. Mas não o curou completamente. E tudo isso ele preferiu esconder dos amigos e da imprensa. Apenas Dona Zica e alguns poucos familiares sabiam da verdadeira condição de Cartola. No dia 27 de novembro de 1980 foi publicada uma crônica no Jornal do Brasil, sob o título Cartola, no moinho do mundo e assinada por Carlos Drummond de Andrade. A crônica exalta o poder, a transcendência e a beleza da obra de Cartola com um lirismo que só Drummond poderia produzir. Cartola leu a homenagem na cama do hospital onde estava internado. Ficou radiante e cheio de si pela homenagem vinda de um dos maiores escritores e intelectuais do Brasil. Quis o destino que aquela fosse a última homenagem que Cartola recebeu em vida. Ele faleceu no dia 30 de novembro, por complicações causadas pelo câncer. Cartola sempre dizia que no seu enterro, gostaria que o Waldomiro tocasse o bumbo. Waldomiro foi um dos fundadores da Mangueira com Cartola, além de um dos grandes amigos. Assim, no dia 1 de dezembro, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, um grupo enorme de pessoas, entre elas Clara Nunes, Alcione, Emilio Santiago, Chico Buarque, João Nogueira, Dona Ivone Lara, Nelson Sargento, Jamelão, Clementina de Jesus, Martinho da Vila, Gal Costa, Simone, Elizeth Cardoso, Beth Carvalho, Paulinho da Viola e Gonzaguinha, cantavam em coro As Rosas Não Falam, sob a marcação do bumbo de Waldomiro, enquanto o caixão de Cartola era baixado, coberto pela bandeira do Fluminense.

Realmente uma história incrível e inspiradora! São histórias como essa que instigam a Strip Me a sempre produzir mais e criar coleções que exaltam a brasilidade, as nossas raízes e a boa música! Sempre, é claro, com bom gosto e uma pegada contemporânea, como a lindíssima Coleção Cartola! Portanto, corre lá na nossa loja pra conferir as camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o melhor da obra do Cartola, pra você curtir enquanto toma um cafezinho. Cartola Top 10 tracks.

Para assistir: É ótimo o documentário Cartola: Música para os Olhos, lançado em 2007 e escrito e dirigido pela dupla Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. O doc traz não só a trajetória incrível de Cartola, mas também a evolução do samba no Rio de Janeiro. Vale a pena demais assistir e está completinho, na faixa, no Youtube. Link aqui.

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