12 filmes que contam a história do rock! Parte 1

12 filmes que contam a história do rock! Parte 1

No mês do rock, a Strip Me apresenta 12 histórias de cinema, sobre alguns dos mais importantes artistas da música pop!

Que o rock n’ roll é mais que um gênero musical, mas um estilo de vida, todo mundo sabe. Porém, algumas vidas são mais interessantes que outras, e elevaram alguns artistas a um status de quase divindade. E, na grande maioria dos casos, esse status é, ao mesmo tempo, a glória e a ruína. Afinal, convenhamos, a maioria das histórias são bem parecidas. Um artista de origem humilde, com muito talento, ascende ao estrelato, se perde em excessos de todo tipo e alguns ficam pelo caminho e outros dão a volta por cima. Mas todos acabam virando lendas.

O cinema é prodígio em contar essas histórias com muita eficiência. São muitos os filmes que se prestam a retratar a vida de artistas famosos. O Dia do Rock é 13 de Julho. Portanto, aproveitamos para declarar o nosso amor ao rock n’ roll elencando alguns dos melhores filmes sobre artistas que ajudaram a moldar essa música e esse estilo de vida que a gente tanto adora! Selecionamos 12 filmes e dividimos este post em 2 partes. Hoje você confere 6 filmes e semana que vem, um dia antes do Dia do Rock, publicamos a segunda parte deste texto. Então prepara a pipoca e se liga na nossa lista!

Minha Fama de Mau (2019)

Assim como a maior parte das cinebiografias já feitas, este filme foi escrito baseado no livro de mesmo nome, que conta a história de Erasmo Carlos. No caso, o livro é uma autobiografia muito bem escrita e recheada de boas histórias. O filme consegue transmitir a mesma leveza e ingenuidade dos primeiros anos da Jovem Guarda e a evolução de Erasmo como músico e pessoa. Claro, sem a complexidade do livro, por falta de tempo e espaço. Mas Lui Farias dirige o filme com competência, o roteiro, escrito a seis mão por L.G. Bayão, Lui Farias e Letícia Mey, é superficial, mas se sustenta bem, principalmente por conta de seus personagens serem nossos velhos conhecidos, Erasmo Carlos é interpretado por Chay Suede com elegância. Minha Fama de Mau é um filme bem divertido, uma sincera ode aos primórdios do rock n’ roll brasileiro e a um de seus principais nomes.

What’s Love Got to Do with It (1993)

Este filme saiu no Brasil em 1994 sob o título Tina – A Verdadeira História de Tina Turner. O título original, além de aludir a uma das músicas mais famosas de Tina Turner, tem tudo a ver com o enredo do filme, que conta a história de Turner desde a infância até o auge de sua carreira, passando pelo seu conturbado casamento com Ike Turner. O filme é dirigido pelo britânico Brian Gibson, responsável pela cinebiografia de Frida Kahlo como produtor, além de dirigir o divertidíssimo Still Crazy, filme sobre uma banda fictícia dos anos 70. O roteiro é assinado por Kurt Loder e Kate Lanier, além da própria Tina Turner. É um filme muito bem executado, com uma excelente trilha sonora e cenas bem dramáticas. Tina Turner teve uma vida sofrida, mas repleta de êxitos e momentos inesquecíveis. O filme é muito bom, teve algumas indicações ao Oscar, inclusive, mas foi soterrado por uma avalanche de ótimos filmes naquele ano, como A Lista de Schindler, Philadelphia, Jurassic Park, O Fugitivo, Em Nome do Pai e Sintonia de Amor.

Elis (2016)


Não é exagero dizer que Elis Regina é a maior cantora brasileira de todos os tempos. Da mesma forma, não é forçar a barra incluí-la numa lista dedicada a artistas do rock n’ roll. Sempre foi uma artista controversa e disposta a romper com qualquer limite imposto. Por isso mesmo, ela fez parte da passeata contra a guitarra elétrica nos anos 60, e nos anos 70 não economizou nas distorções e frases bluesy para cantar canções do Belchior. Elis teve uma vida tão intensa, que as quase duas horas de filme não são suficientes, e muita coisa ficou de fora. Mas Hugo Prata, que dirigiu e escreveu o filme, com o apoio dos roteiristas Luiz Bolognesi  e Vera Egito, entrega um filme bem acabado, com uma fotografia vigorosa, boas atuações, mas um roteiro superficial e um pouco atropelado. Mas só pela trilha sonora e pela fotografia, já vale a pena assistir.

Walk the Line (2005)

Também conhecido por Johnny e June, este filme é baseado em um dos melhores livros de rock n’ roll já escritos: a autobiografia de Johnny Cash! O livro tem uma riqueza de detalhes e um tom confessional tão impactantes, que chega a ser surpreendente que o filme não deixe muito a desejar em relação ao livro. Isso quer dizer que se trata de um baita filme bom! A química entre Joaquim Phoenix e Reese Whiterspoon interpretando Johnny Cash e June Carter Cash é avassaladora! Além disso, o roteiro é muito bem amarrado e rico em grandes cenas e bons diálogos. James Mangold escreveu e dirigiu o filme com brilhantismo. Aliás, um ótimo diretor. Vamos lembrar que ele é o homem responsável por Garota Interrompida, além de ter concebido o mais profundo filme sobre um personagem de histórias em quadrinho, o excelente filme Logan, de 2017. Walk the Line é um filmaço, responsável por apresentar o contestador e cascudo Johnny Cash às novas gerações. Só por isso, já merece nosso respeito.

Cazuza: O Tempo não Pára (2004)

A verdade é que este filme acabou gerando quase tanta polêmica quanto a própria vida de seu personagem principal. Não que o filme seja ruim. É um bom entretenimento, mas deixou de fora muita coisa importante da vida pessoal e profissional de Cazuza. Um dos maiores motivos de discussão foi que o filme sequer cita os nomes de duas pessoas muito próximas de Cazuza: Lobão e Ney Matogrosso. Lobão era o melhor amigo de Cazuza, e os dois viviam juntos pra cima e pra baixo, e compuseram várias músicas juntos, a mais famosa é Vida, Louca Vida. Já Ney Matogrosso foi um dos primeiros namorados de Cazuza, o caso de amor dos dois durou pouco tempo, mas foi o suficiente para ficar na história, mas não no filme. Cazuza: O Tempo não Pára foi dirigido por Walter Carvalho e Sandra Werneck, e escrito por Lucinha Araújo, Fernando Bonassi e Victor Navas. O filme é um bom entretenimento, mas não passa disso. Quem melhor definiu o longa foi justamente Lobão, que, ao ser perguntado sobre o filme, disparou: “Parece um episódio de Malhação.”

Rocketman (2019)

Elton John é um dos artistas mais intrigantes do rock n’ roll. É originalíssimo e mega talentoso, mas também carrega uma tonelada de referências externas. Tem virtudes comparáveis aos maiores gênios. O lirismo de Freddie Mercury, as melodias de Paul McCartney e a estética de David Bowie. Essa personalidade multifacetada e exuberante é lindamente retratada no excelente filme Rocketman. Um filme de fotografia e edição impressionantes, roteiro incrivelmente bem amarrado e quebrando paredes, e uma direção fantástica. É uma das melhore cinebiografias já feitas, sem sombra de dúvidas. Há quem torça o nariz para o filme, por ele ser muito próximo de um musical. Mas as pessoas esperavam o que? Afinal é a vida do Elton John! Só poderia ser contada através da música (e de figurinos excêntricos, claro). O filme tem a direção de Dexter Fletcher e roteiro de Lee Hall. E é um filme imperdível!

Essa foi a primeira parte da celebração da Strip Me pelo ia do Rock! Na semana que vem você confere a segunda parte dessa lista, com mais 6 filmes sobre grandes nomes do rock ‘n roll. Enquanto não chega essa parte 2, você pode dar aquela conferida no nosso site e escolher suas camisetas favoritas da nossa coleção de camisetas de música. Aproveita e dá uma olhada nos lançamentos, que pintam na nossa loja toda semana, além de camisetas de cinema, arte, cultura pop e muito mais. Barulho, diversão e arte é com a gente mesmo!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com músicas dos artistas biografados nos filmes citados neste texto! Rock no Cinema (Parte 1) top 10 tracks.

Para ler: Sem dúvida, entre todos os livros que inspiraram filmes, um dos melhores e mais impactantes é Cash, a autobiografia de Johnny Cash. Direto ao ponto, com uma escrita fluída e simples, Johnny Cash coloca nas páginas toda a sua vida, suas virtudes, seus pecados, seus altos e baixos, sua relação com a família, com a música, com o amor, com a religião e consigo mesmo. É um relato fortíssimo e inspirador. Livro praticamente obrigatório, de tão bom.

Os 10 melhores filmes do gênio Martin Scorsese

Os 10 melhores filmes do gênio Martin Scorsese

A Strip Me não tem medo da polêmica e, para homenagear Martin Scorsese, elencou entre os mais de 25 filmes do diretor, seus 10 melhores.

Imagine um menino que nasceu em New York na década de 1940, descendente de sicilianos, crescendo num bairro de imigrantes, onde a pobreza contrasta com alguns homens de ternos bem cortados tomando café na porta de alguns estabelecimentos, com cara de poucos amigos. O que se pode esperar do futuro desse menino? Ora, ser padre, é claro! Pois era o que queria ser quando adulto o adolescente Martin Scorsese, nascido no Queens em 1942. Porém, por ter uma saúde frágil, o jovem Scorsese quase não saía para a rua e faltava muito na escola. Para compensar, seus pais frequentemente o levavam para se distrair no cinema. Acontece que nos anos 50, quando Martin passava da infância para a adolescência ainda não tinha essa coisa de filmes para crianças. Então, com 12 para 13 anos, ele assistia filmes de Alfred Hitchcock e Ingmar Bergman. E tudo mudou.

Hoje Martin Scorsese é facilmente reconhecido como um dos maiores nomes do cinema de todos os tempos. E é curioso notar que tudo em sua vida pessoal colaborou para que ele fosse um cineasta tão autêntico, realista e de alto primor técnico. Ter crescido nos arredores de Little Italy,  em New York, nos anos 50, sendo ele próprio descendente de sicilianos, lhe deu uma visão única da máfia em seu auge. Sua religiosidade fez com que o catolicismo e a cristandade estivessem sempre presente em sua obra, mas sob um viés questionador, provocador até, justamente por ele ter muitas vezes questionado a sua fé, depois que o cinema e a literatura, e consequentemente a reflexão sobre a religiosidade, se tornaram um hábito.

A obra de Scorsese é vasta e impressionante, tamanha a qualidade de praticamente todos os seus filmes. São 25 filmes entre 1968 e 2019, sendo que tem mais um a caminho, que será lançado ainda neste ano. E isso só ficção, sem falar nos documentários, que são 12 no total, e pelo menos 3 são realmente fabulosos. Além disso, a obra de Scorsese é marcada por parcerias longevas e de muito sucesso, em especial com o ator Robert De Niro, e atualmente com Leonardo Dicaprio.  Há quem diga que a melhor forma de conhecer um artista é através de sua obra. Então, resolvemos selecionar os 10 filmes mais importantes da carreira do diretor. Não foi fácil escolher só 10 entre tantos filmes incríveis.  Então, você confere a seguir os 10 melhores filmes de Martin Scorsese segundo a Strip Me.

10 – O Rei da Comédia (1982)
Um filme excelente, apesar de menosprezado. Mas é compreensível que assim seja. O Rei da Comédia foi o filme que sucedeu Touro Indomável. O filme é empolgante ao misturar comédia e drama para contar a história de um homem perturbado, que vive entre sua própria imaginação e a realidade, cujo desejo é ser um grande comediante. Para alcançar seu objetivo, ele vai até as últimas consequências para se apresentar no talk show mais famoso da TV, apresentado por um renomado comediante. Protagonizado por Robert De Niro e Jerry Lewis, O Rei da Comédia é um baita filme, que ganhou mais atenção do público recentemente. Afinal, claramente o elogiadíssimo filme Joker, lançado em 2019, é mais que uma clara homenagem, é praticamente um remake do filme de Scorsese.

9 – Vivendo no Limite (1999)
Mais um filme sensacional de Scorsese que é pouco conhecido. Também compreensível que assim seja. 1999 foi um ano abençoado para o cinema. No mesmo ano foram lançados Clube da Luta, De Olhos Bem Fechados, Garota Interrompida, Beleza Americana e A Espera de um Milagre. Porém, Vivendo no Limite não deixa nada a desejar a estes filmes. Scorsese traz a história de um motorista de ambulância workaholic, que começa a ver fantasmas dos pacientes que não conseguiu salvar e, ao invés de diminuir, aumenta sua entrega ao trabalho. O filme é alucinante, com uma fotografia e edição fantásticas, uma trilha sonora arrebatadora com The Clash, Van Morrison, Johnny Thunders, R.E.M. e The Who. Além disso, Scorsese consegue arrancar de Nicolas Cage, que sempre foi um ator mediano, uma atuação vigorosa.

8 – O Irlandês (2019)
É o filme mais recente de Scorsese e pode ser considerado um épico, não só por ser um filme longo (mais de 3 horas de duração). O irlandês conta a história que tem ligação direta com um dos casos mais impactantes da história recente dos Estados Unidos, e que continua ainda hoje sem uma conclusão, o caso da morte do líder sindical Jimmy Hoffa. Além de se embrenhar num tema tão espinhoso, o filme tem outros atrativos. Pra começo de conversa, reúne Al Pacino e Robert De Niro finalmente num filme decente e a altura da qualidade dos dois atores. É um filme brilhante, que tem diálogos excelentes, ótimas cenas de ação e uma história bem amarrada, que prende a atenção. Um filme com a cara (e a qualidade) de Scorsese.

7 – Cabo do Medo (1991)
Um suspense como só Scorsese poderia fazer e só De Niro poderia protagonizar com tanta excelência! O roteiro é bem simples. Na verdade, o filme em si não é novidade, pois trata-se de um remake do filme de mesmo nome lançado em 1962 e protagonizado por Gregory Peck. Mas a versão de Scorsese é imbatível! A história gira em torno de um criminoso condenado que, ao sair da cadeia, passa a atormentar a família do promotor que o colocou na prisão. A entrega de De Niro ao personagem é assustadora.  É um suspense de roer as unhas que vale ser visto e revisto! Além de tudo foi o filme que revelou ao mundo a jovem atriz Juliette Lewis.

6 – Os Infiltrados (2006)
Este foi o filme responsável pelo primeiro Oscar de Scorsese. Sim, Os Infiltrados é um ótimo filme. Mas não é pra Oscar. Ele concorreu com Babel, Pequena Miss Sunshine e Cartas de Iwo Jima, que são tão bons quanto, se não melhores. Mas é possível que a academia tenha dado o Oscar a Os Infiltrados em nome do conjunto da obra de Scorsese, que tem pelo menos um cinco filmes antes deste que mereciam, e muito, a estatueta. Tá, mas isso não diminui em nada o filme, que fique claro. Os Infiltrados é um filme de máfia como só Scorsese pode conceber, repleto de violência e com uma trama que privilegia seus personagens. Mais uma vez, Scorsese apresenta um filme empolgante, com uma trilha sonora excelente e ótimas atuações. Aliás, de novo Scorsese tira leite de pedra ao fazer um ator mediano apresentar uma atuação acima da média. O nome da vez é Mark Wahlberg.

5 – Casino (1995)
Entramos no Top 5! Começamos a pisar em solo sagrado, de filmes que realmente mudam a perspectiva das pessoas e revolucionam de alguma maneira o jeito de fazer cinema. Casino é um filme de Martin Scorsese por excelência. Tudo que faz de Scorsese um cineasta genial está lá.  A escolha do elenco, que entrega atuações brilhantes, um roteiro denso e bem amarrado, cenas de violência explícita impressionantes, fotografia instigante, trilha sonora impecável e direção perfeita. A história se assemelha a do filme Bons Companheiros, pois conta a trajetória de um judeu associado à máfia que é designado para gerenciar um casino em Las Vegas. O filme é inspirado numa história real. Uma curiosidade aqui é que a trilha sonora, além de muito bem escolhida, tem um papel essencial no filme. Como a maior parte do filme acontece dentro de um casino, onde não se vê o mundo exterior e as roupas são sempre extravagantes e atemporais, é através das músicas que o passar dos anos é evidenciado. Enfim, um filme imperdível!

4 – O Lobo de Wall Street (2013)
O negócio de Scorsese é realmente contar histórias de personagens incríveis, carismáticos e que tem uma trajetória vertiginosa. Aqui a máfia dá lugar ao igualmente inescrupuloso e ganancioso mercado de ações e especulação monetária. Leonardo Dicaprio, numa atuação exuberante e irretocável, encarna um ousado homem de negócios que começou por baixo e cresceu rapidamente, entendo os meandros, pormenores e excessos do mercado financeiro. É um filme tão empolgante e divertido, que nem parece que tem 3 horas de duração. Além de tudo é um filme apresenta tamanho realismo que deixa uma pulga atrás da orelha: será que o alto escalão do mercado financeiro é desse jeito mesmo, ou isso é só uma caricatura?

3 – Touro Indomável (1980)
Após concluir Taxi Driver, seu primeiro filme realmente reconhecido pelo público e pela crítica, Martin Scorsese lançou um filme  que foi um fracasso total. Esse fracasso fez com que ele quase desistisse do cinema e fosse trabalhar apenas como diretor de vídeo clipes. Foi Robert De Niro quem o incentivou a continuar. Na mesma época em que De Niro dava essa força, chega ás mãos de Scorsese o roteiro de Touro Indomável, a história do lutador de boxe Jake LaMotta, uma história real. O filme é de uma sensibilidade inacreditável. Carrega consigo uma carga imensa de brutalidade e drama, que fizeram com que LaMotta tivesse uma vida de glória nos ringues e desastrosa dentro de casa. O trabalho de De Niro aqui é soberbo, sua transformação física ao encarnar o protagonista em seu auge na juventude e decadente na velhice é impressionante. Touro Indomável é o segundo filme da carreira de Scorsese que deveria ter ganho o Oscar. Outra curiosidade é que o próprio LaMotta, quando assistiu ao filme chorou muito e, ao final, ele perguntou para a sua esposa se ele havia sido uma pessoa tão terrível como aparece no filme. Ela respondeu: “Você era bem pior”.

1 – Empate Técnico
Não dá pra dizer qual destes dois filmes é melhor. Além de serem filmes bem diferentes, os dois são irretocáveis e realmente geniais, cada um com suas particularidades. Portanto, os dois entram para a lista como número 1.
Taxi Driver (1976)
Martin Scorsese era o homem certo na hora certa para realizar Taxi Driver. Primeiro, ele conhece New York como ninguém. Segundo, não tem medo de explorar a violência e brutalidade, e o faz sem parecer forçado. Terceiro, ele tem ao seu lado Robert De Niro, um ator fenomenal. Taxi Driver é um retrato de seu tempo. Um Estados Unidos sem esperança e violento, amargurado com o fim da guerra do Vietnã, que gerou milhares de homens perturbados, veteranos de uma guerra que matou mulheres e crianças, que só sabiam matar e agora estavam sem emprego. Esse é o perfil Travis Bickle, personagem principal, interpretado por De Niro. O filme é um clássico absoluto, desses que tem cenas tão icônicas que são repetidas em inúmeros filmes depois dele (“You talkin’ to me?”). Era um filme pra levar o Oscar. E ele perdeu sabe pra quem? Para Rocky, sim o filme de Sylvester Stallone sobre o boxeador Rocky Balboa. E ele levou o Oscar porque, além de ser realmente um ótimo filme, mostra exatamente o mesmo Estados Unidos despedaçado, mas tem como protagonista um homem simples, do povo, que consegue vencer na vida. Afinal, um pouco de otimismo não faz mal a ninguém.
Bons Companheiros (1990)
Coppola que não nos ouça, mas foi Martin Scorsese quem realmente definiu os moldes de um bom filme de máfia. E Foi com este Bons Companheiros que o fez. Claro que a trilogia Poderoso Chefão é genial, mas traz uma visão limitada, romantizada e vista de cima para baixo do mundo da máfia. Já Scorsese traz um olhar mais realista, com uma visão mais ampla e menos glamourizada. Além disso é quase didático ao explicar através da vida de Henry, como funciona a hierarquia da máfia italiana. Primeira coisa a ser dita sobre este filme: de novo Scorsese arranca uma atuação brilhante de um ator medíocre, neste caso Ray Liotta, que interpreta com perfeição o protagonista Henry Hill, um rapaz que não pode ser  efetivado na máfia por não ser de origem italiana, mas que é um gângster associado à máfia, com todos os seus privilégios, junto com  seus amigos  Jimmy Conway e Tommy (Robert De Niro e Joe Pesci). Mais uma vez Scorsese ajuda a mostrar a passagem do tempo através de uma trilha sonora excelente. Mais uma vez ele traz a violência crua e sem rodeios. Mais uma vez ele executa uma direção irretocável. Mais uma vez ele perde o Oscar. Desta vez, não tem muita explicação. O ganhador do Oscar naquele ano foi Dança com Lobos. Um ótimo filme, mas Bons Companheiros é melhor, mais completo, mais intenso. Bons Companheiros é o filme de máfia perfeito. É um filme que não dá pra cansar de rever. É uma obra prima, assim como Taxi Driver.

Menção honrosa
Precisamos falar, nem que seja por cima do trabalho de Scorsese como documentarista de música. Pelo menos 3 de seus documentários merecem ser mencionados: The Last Waltz, de 1978, que documenta o último show da banda The Band, famosa por acompanhar Bob Dylan, antes de sua separação. Além das músicas, é um filme  emocionante, com alguns depoimentos e uma fotografia delicada. George Harrison: Living in the Material World, de 2011 é outro documentário brilhante, contando a vida do guitarrista dos Beatles sob um viés mais pessoal e humano. Repleto de imagens raras e depoimentos de amigos e familiares, é uma homenagem a altura do talento do inigualável beatle George. Por fim, Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story, de 2019, é acachapante. O filme retrata a turnê de Bob Dylan de 1975 pelos Estados Unidos. Uma turnê insana que além de músicos, contava com vários amigos, entre eles o poeta beat Allen Ginsberg. O filme traz imagens memoráveis de shows e de backstage, além de vários depoimentos interessantíssimos.

Que homem é Martin Scorsese! Um cineasta desse gabarito não podia deixar de ser homenageado pela Strip Me, que claro, tem estampa incrível com referência a um de seus filmes. O cinema cru e revolucionário de Scorsese é uma inspiração e referência para a marca! Confere na nossa loja as camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop e muito mais. Além disso, no nosso site você fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

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Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Quentin Tarantino One by One: Todos os filmes, do pior ao melhor.

Na expectativa do décimo filme de Tarantino, em fase de produção, a Strip Me ranqueou todos os filmes do diretor, do pior ao melhor.

Um post claramente polêmico. Nada mais justo, afinal Quentin Tarantino sempre foi um diretor de cinema polêmico, gerando discussões sobre apologia à violência, subverter fatos históricos, abusar de referências pop e retratar o Bruce Lee levando um pau de um dublê de Hollywood. Mas é sua obra que o coloca como um dos maiores diretores da história do cinema. Um revolucionário. Tarantino fez na indústria do cinema o que o Nirvana fez na indústria fonográfica (e praticamente na mesma época). Ambos alçaram ao topo do mainstream o que era alternativo e underground, com obras absolutamente fantásticas e de valor inquestionável. O disco Nevermind desencadeou uma avalanche de lançamentos de bandas desconhecidas, e Pulp Fiction fez com que diretores autorais, como os irmãos Coen por exemplo, tivessem mais espaço, além de iniciar uma época de filmes violentos mais crus e explícitos.

Tarantino anunciou no começo deste ano que finalizou o roteiro de seu décimo filme, e aproveitou para dizer que será seu último. Se ele vai mesmo pendurar a claquete, só o tempo dirá. Mas a expectativa sobre seu último filme é enorme. Intitulado The Movie Critic, o longa será ambientado em 1977. Em entrevistas o diretor não deu pistas sobre a história, mas afirmou de antemão que não se trata de um crítico de cinema específico, não é uma cinebiografia ou algo assim. As filmagens estão programadas para o outono deste ano, que no Hemisfério Norte começa em setembro. Pra amenizar essa expectativa, fizemos um ranking de todos os filmes do Tarantino, do pior para o melhor. Onde The Movie Critic se encaixará nessa lista, ainda não sabemos. Mas sabemos que muita gente vai concordar com o nosso ranking, e muita gente vai discordar. E, no fim das contas, essa é a graça de fazer listas. Então vamos a ela.

Death Proof
Lançado em 2007, este é o filme mais fraco de Quentin Tarantino. É lógico que o filme mais fraco do Tarantino ainda é melhor que muita coisa feita nos últimos vinte anos no cinema. Sim, é um filme divertido, com aquela linguagem de filme B dos anos 70, diálogos maravilhosos e algumas cenas memoráveis. A cena da colisão frontal dos carros é linda! Mas é um file propositalmente galhofeiro, tem uns cortes desnecessários de cenas e um roteiro desleixado. A história é fraca.

Os Oito Odiados
Filme lançado em 2015, com um elenco fantástico. Numa espécie de volta às origens, Os Oito Odiados é como se fosse uma refilmagem do Cães de Aluguel, só que numa cabana congelada no meio do nada no século XIX. Claro, as atuações e os diálogos fazem com que o filme funcione muito bem. Mas acaba que é um filme cansativo e arrastado, ainda mais para quem vinha de esperando um novo Django Livre ou Bastardos Inglórios. Requer certa paciência para assistir as quase três horas de filme numa tacada só.

Jackie Brown
Veja você que o terceiro filme mais fraco de Tarantino tem no elenco Robert DeNiro, Bridget Fonda, Pam Grier, Michael Keaton e, é claro, Samuel L. Jackson. Além de ser o único dos filmes que Tarantino dirigiu, mas não escreveu, Jackie Brown é um filme muito bom. Na real, nem tem muito o que criticar. Tem atuações muito boas, uma história bem amarrada e uma trilha sonora focada no soul e funk dos anos 70 que é um deslumbre. Foi lançado em 1997 e é altamente recomendado. Mas, ao continuar lendo, você vai entender porque ele está entre os três “piores” do Tarantino.

Django Livre
Aqui a coisa já começa a complicar. Porque daqui pra frente são filmes realmente incríveis, e chega a ser injusto dizer que um é pior, ou mais fraco, que outro. Django Livre foi lançado em 2012 e é um filme grandioso. Tarantino recriou um filme western com maestria, mas colocando um negro como protagonista. Aqui temos um Leonardo DiCaprio numa atuação irretocável, aliás todas as atuações são muito acima da média. A trilha sonora que mescla clichês do western spaghetti com rap é genial. Mas é isso. É um western sob o olhar do século XXI. Uma boa história, boas atuações, mas sem grandes transgressões ou ousadias.

Bastardos Inglórios
Entramos no Top 5. E de cara podemos afirmar sem medo de errar que Bastardos Inglórios já é um clássico do cinema de todos os tempos. Foi neste filme que Tarantino, pela primeira vez, subverteu seu próprio método. Concebeu um filme numa linha do tempo linear, sem flashbacks, usou pelo menos umas 3 tipografias diferentes ao apresentar os créditos e retratou personagens históricos reais. Foi aqui que Tarantino mostrou ao mundo o brilhante ator Christoph Waltz, que roubou a cena como um general da SS culto e inescrupuloso. Outra subversão de Tarantino foi com a própria história mundial. Neste filme, lançado em 2009, os nazistas são derrotados em 1944, com a cúpula nazista, incluindo Hitler, morta num incêndio de um pequeno cinema em Paris. É um filme imperdível.

Cães de Aluguel
Lançado em 1992, é o filme de estreia de Tarantino como diretor. E é um dos filmes mais empolgantes dos anos 90. Tudo que o mundo viria a conhecer dois anos depois com o sucesso de Pulp Fiction já estavam neste filme. Litros de sangue, diálogos impagáveis, sarcasmo, uma linha temporal bagunçada e criminosos como protagonistas. Cães de Aluguel é brilhante por inúmeros motivos, mas um deles certamente é o fato de o filme se passar por mais da metade do tempo dentro de um barracão vazio. As atuações e os diálogos são maravilhosos. Sem falar na memorável cena da tortura do policial, que imortalizou a música Stuck in the Middle With You, da banda Stealers Wheel. Em se tratando de um diretor estreante, é um filme realmente inacreditável de tão bom.

Kill Bill I & II
Se o próprio Tarantino, em sua filmografia, considera os dois volumes de Kill Bill, lançados em 2003 e 2004, um filme só, quem somos nós para discordar? Kill Bill é um filme de 4 horas de duração, mas que pode ser assistido de uma vez sem cansar. Além da história ser riquíssima, tem personagens cativantes, diferentes locações e até mesmo diferentes linguagens cinematográficas, indo da animação no estilo mangá até filmes de bang bang. Apesar de se tratar de uma premissa simples, uma mulher em busca de vingança, tudo que envolve essa personagem e suas motivações são explicados num turbilhão delicioso de referências e homenagens à cultura pop, passando pela música, quadrinhos e cinema. Apesar de toda a violência, é um filme leve e divertido, desses que a gente não cansa de ver e rever.

Era Uma Vez em Hollywood…
O dedo chega a coçar para escrever que este é o melhor filme de Tarantino. Mas é claro, devemos levar em conta fatores como a maturidade, que traz consigo aprimoramento profissional, do diretor. Era uma vez em Hollywood… é seu filme mais recente, lançado em 2019. De fato, aqui Tarantino refinou sua arte em todos os sentidos. Está tudo lá. As referências pop, as influências de western e kung fu, a ambientação de época impecável e diálogos maravilhosos. Mas tudo muito bem dosado, sem exagero, e feito com esmero. É mais um filme de Tarantino com mais de duas horas de duração, mas que não dá pra sentir o tempo passar. E, é claro, as atuações irretocáveis de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Em especial DiCaprio está voando, numa atuação realmente poderosa. Mais uma vez Tarantino reescreve a história ao recontar à sua maneira o caso Sharon Tate, atacada pelos asseclas de Charles Manson. É um filme praticamente perfeito, uma das obras primas de Tarantino.

Pulp Fiction
A ordem de toda essa lista pode ser questionada, mas este primeiro lugar, dificilmente será questionado. Pulp Fiction é o melhor filme de Tarantino não só pela originalidade e inventividade, mas também por sua estética revolucionária para a época. A importância do filme para o cinema é imensa. Além de fazer com que a indústria desse mais atenção para diretores autorais, com uma pegada mais alternativa, deu aval para que filmes de violência fossem mais explícitos e, consequentemente, mais densos e realistas. O próprio Seven, de David Fincher, lançado em 1995, é filho direto de Pulp Fiction, com cenas que não economizam no sangue, coisa que não aparecia com frequência em filmes policiais até então. Falando do filme em si, Pulp Fiction impressiona pelo roteiro coeso e bem amarrado, pela diversidade de personagens interessantíssimos, e que acabam se conectando, pela linha temporal bagunçada que encanta o espectador quando o filme acaba e tudo se explica, pelos diálogos impagáveis que vão de massagem nos pés a diferentes procedências de heroína. Além de cenas icônicas como a dança de Uma Thuruman e John Travolta, ou a incrível escapada do personagem de Bruce Willis, que foge com a motoci… quer dizer, com a chopper do Zed. Pulp Fiction é um filme irresistível, desses que se você pega pela metade, zapeando os canais da TV, para pra ver até o fim, mesmo já tendo visto dezenas de vezes. É o Nevermind do Tarantino, e só por esse elogio, já se justifica ele estar no primeiro lugar dessa lista, como a melhor obra do cineasta.

Pronto! Está feita a polêmica. Agora é com você, concordar ou discordar da sequência. Unanimidade mesmo é que o Quentin Tarantino é um dos cineastas mais importantes de todos os tempos e, certamente, o mais revolucionário dos últimos 30 anos. Sendo assim, é uma das nossas inspirações aqui na Strip Me. Basta dar uma conferida na nossa loja a quantidade de camisetas baseadas na obra dele para comprovar. Isso sem falar em muitas outras camisetas inspiradas no cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, tem estampa nova toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Mais uma playlist caprichada com músicas das trilhas sonoras dos filmes do Tarantino. Tarantino Mix Top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes do Tarantino, nunca é demais recomendar o inigualável e divertidíssimo curta-metragem brasileiro Tarantino’s Mind. Lançado em 2006, escrito e dirigido pela dupla Bernardo Dutra e Manitou Felipe, o filme conta com Seu Jorge e Selton Mello nos papéis de suas vidas, falando sobre a obra de Tarantino. É sensacional e tem de graça no Youtube. Link aqui.

Um brinde ao cinema!

Um brinde ao cinema!

A Strip Me traz um top 5 de Drinks que foram imortalizados pelo cinema!

Que o cinema sempre gerou tendências, isso não é novidade. Desde James Dean vestindo calça jeans, camiseta branca e jaqueta até a Reese Whiterspoon de vestido cor de rosa no tribunal. É evidente que o cinema tem uma influência brutal sobre a sociedade. Não só no vestuário, mas no comportamento e no consumo em geral. Já faz tempo que a indústria cinematográfica inventou o merchandising. Então, a gente sabe que não é à toa que o Marty McFly toma Pepsi no passado, no futuro e no presente ou que o Forrest Gump calce tênis Nike para correr pelos Estados Unidos. Mas muitas vezes, algumas tendências surgem involuntariamente.

Todo mundo gosta de tomar um bom drink entre amigos. Num encontro amoroso então, é ainda mais charmoso degustar um atraente drink bem elaborado. E nisso o cinema sempre se mostrou prodigioso em mostrar. Tanto que muitos drinks ganharam fama mundial e são consumidos até hoje graças ao cinema. E essa união de cinema e drinks é tão deliciosa, que a Strip Me resolveu apresentar um top 5 dos melhores e mais famosos drinks no cinema, pra você tomar no balcão do bar no maior estilo, ou até mesmo reproduzi-los em casa.

Manhattan

Pra começar vamos com um clássico em todos os aspectos. Quanto Mais Quente Melhor é considerado um dos melhores filmes do diretor Billy Wilder. Lançado em 1959, o longo conta com Tony Curtir, Jack Lemmon e Marilyn Monroe. Ficou famosa a cena em que uma sedutora Marilyn prepara um drink para a dupla de fugitivos interpretados por Curtis e Lemmon, dentro de um trem. Ela mistura vermute e bourbon e diz que o drink se chama Manhattan. Essa cena foi o suficiente para imortalizar o drink e fazer dele um dos mais pedidos nos bares dos Estados Unidos no anos 60.
O Manhattan clássico leva uma dose de vermute, duas doses de bourbon, gelo, uma cereja uma lasca de casca de laranja para decorar. Coloque o vermute, o bourbon e o gelo numa coqueteleira, misture bem e sirva na taça, finalizando com a cereja e a casca da laranja. É servido numa taça do tipo coupette. Se quiser, é uma boa ideia deixar a taça no congelador por uns 15 minutos antes de servir o drink.

Dry Martini

A primeira vez que James Bond explicou como gosta de seu Dry Martini foi no filme 007 Contra Goldfinger, de 1964. Na famosa cena, Sean Connery explica que ao drink deve ser batido e não mexido. Um comentário controverso, diga-se. Mas  a gente chega lá. Bond foi adaptado para o cinema, vindo dos livros de Ian Fleming. E logo no primeiro livro, Casino Royale, lançado em 1953, o personagem dá uma descrição detalhada do preparo de seu drink favorito. “três medidas de gin Gordon’s, uma de vodka, meia medida de licor Kina Lillet, bem agitada até que esteja gelada, em seguida, adicione uma fatia grande e fina de casca de limão”. Nos filmes que vieram depois de Goldfinger, James Bond repetiu inúmeras vezes que prefere seu Dry  Martini batido, não mexido. O fato é que o correto é que o drink seja servido coado, límpido, sem nenhum vestígio sólido de gelo. Entretanto, o drink deve ser servido bem gelado. Por isso, alé de manter a taça resfriada antes de servir, a mistura das bebidas deve ser feita numa coqueteleira ou num mixing glass com bastante gelo, e depois coada para ser servida. Mexer a mistura com uma colher é mais apropriado, porque, ao ser batido na coqueteleira, o gelo se quebra em pedaços pequenos e derrete mais rápido. Assim, o drink fica diluído e com cristais de gelo que não são retidos na coagem. Mas, convenhamos, quem somos nós pra questionar o gosto do 007?
Para preparar seu próprio Dry Martini, antes de tudo, coloca a taça para resfriar. Numa coqueteleira com bastante gelo, coloque 60ml de gim, 20ml de vodca e 10ml de vermute branco. Mexa (ou bata, como preferir) bastante. Coe, sirva na taça fria e coloque uma lasca fina de casaca de limão siciliano. Ah, sim. O dry martini tradicional é servido com uma azeitona dentro. O do James Bond, porém, não leva azeitona. Aí fica a seu critério.

The Red Eye

Só mesmo o Tom Cruise exalando juventude seria capaz de convencer alguém a beber uma parada que mistura cerveja, suco de tomate e ovo cru. No clássico oitentista Cocktail, um filme de gosto questionável, mas sucesso de bilheteria, Cruise interpreta um barman e prepara esse drink inusitado chamado Red Eye. Desde então, o drink passou a ser solicitado em bares em todo o mundo. O filme é de 1988, e o personagem de Tom Cruise é um jovem ambicioso que abandona o exército e quer subir na vida. Acaba arranjando um trampo de barman, se dá bem, mas acaba tendo alguns conflitos or causa de uma paixão. Enfim, um roteiro fraquíssimo. Mas o filme acaba sendo um bom entretenimento. Já o drink Red Eye não consegue ficar no meio termo. Ou é amado ou é odiado. É um sabor que não dá pra explicar. Só experimentando mesmo. Então segue a receita.
Como boa parte dos drinks, é legal resfriar o recipiente onde a bebida será servida. Neste caso, uma caneca de 500ml. Na caneca resfriada, coloque 1 lata de cerveja de 350ml, 30ml de vodca, 180ml de suco de tomate e mexa bem como uma colher. Como o drink não leva gelo, é legal que todas as bebidas estejam geladas. Em seguida quebre o ovo cru na caneca e não mexa mais. O ideal é que a gema não se quebre. Para decorar, você pode colocar um talo de salsão. Aí é só respirar fundo e mandar essa mistura pra dentro.
Boa sorte.

White Russian

E chegamos aos anos 90! Finalmente! Chega de sofisticação e exageros! Nada de copinho resfriado e casca de limão! Nada de excentricidades e ingredientes exóticos! A gente só quer relaxar, cara! Andar de bermuda e roupão, jogar conversa fora e tomar uma paradinha doce, mas que dê aquela chapada. E assim, ao mesmo tempo, descrevemos o drink White Russian e o nosso querido The Dude, O Grande Lebowski! O brilhante e divertidíssimo filme dos irmãos Coen, de 1998, foi o responsável por popularizar de vez esse drink, que já existia em alguns bares da California desde os anos 1940. E o filme Grande Lebowski é tão bom quanto o drink White Russian. Ambos exalam uma certa maturidade, mas são leves e contém uma certa complexidade surpreendente. Então coloca um som do Supergrass pra tocar e aprende a fazer um legítimo White Russian.
Numa coqueteleira, coloque uns 4 ou 5 cubos de gelo, 60 ml de creme de leite e 60ml de vodca. Misture bem, até sentir que a coqueteleira está bem gelada nas suas mãos, sinal que a mistura dentro está bem homogênea. Num copo baixo coloque 40ml de licor de café e uns 3 cubos de gelo. Coloque devagar a mistura da coqueteleira usando um coador, assim, o drink vai ficar numa coloração degradê bonita no copo. Agora é só tirar o chinelo, botar os pés pra cima e saborear.

Cosmopolitan

O cosmopolitan é um drink tradicional, mas era mais conhecido e consumido nos Estados Unidos, especificamente na costa leste. Mas foi só a Carrie Bradshaw, emblemática personagem interpretada pela Sarah Jessica Parker na série e nos filmes Sex and the City, que o drink se tornou conhecido no mundo inteiro e virou o drink queridinho do público feminino. Não por acaso. Afinal, tanto a série como os filmes transmitem com perfeição o universo de mulheres independentes, determinadas e bem sucedidas que, é claro, vivem altos e baixos, tem inseguranças, medos e defeitos. Aliás como todo mundo os tem, homens e mulheres. E o drink cosmopolitan remete justamente a essa exuberância da mulher, que a série e os filmes retratam. Um drink tão saborosos quanto simples que não precisa nem descer do salto para fazer. Antes de começar, pegue uma taça de Martini e coloque pra resfriar no congelador. Numa coqueteleira coloque 50ml de vodca, 20ml de suco de cranberrie, 20ml de licor de laranja, 10ml e suco de limão, bastante gelo e misture bem. Depois é só coar a mistura na taça de Martini resfriada e adicionar uma lasca de casca de laranja para decorar.

Menção Honrosa

Não é um drink alcoólico, é verdade. Mas faz parte de uma cena tão marcante e divertida, que não dá pra falar de cinema e bebida sem citar o lendário five dollar shake de Pulp Fiction.  Afinal, convenhamos, não se trata de um simples milk-shake, mas um milk-shake que custa cinco dólares! O pedido de Mia Wallace chama tanto a atenção de Vincent Vega, que ele chega a perguntar para o garçom sósia de Buddy Holly: “É um milkshake comum, vai leite e sorvete?” O garçom responde: “É isso, sim senhor.” Vincent: “Não vai bourbon, nem nada?” “Não, senhor.” “E custa cinco dólares.” “Sim, senhor.” “Ok, just checking…”. Enfim, a cena toda no Jack Rabbit Slim’s é brilhante, com alguns dos diálogos mais divertidos já escritos e que culmina com a dança de Uma Thurman e John Travolta ao som de Chuck Berry. Realmente uma obra de arte de Quentin Tarantino. E que só nos faz sonhar, imaginando que gosto deve ter um milk-shake de cinco dólares.

Juntar cinema e drinks não tem como dar errado! E curtir um bom filme e juntar a turma para tomar um trago num bom boteco são coisas que a gente da Strip Me adora! Por isso mesmo, temos uma coleção linda de camisetas de bebidas e a nossa já tradicional coleção de camisetas de cinema, sem falar das coleções de arte, música, cultura pop e muito mais. Dá uma chegada na nossa loja pra conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.
Cheers!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist animadíssima pra você curtir com a turma enquanto prepara os seus drinks favoritos. The Drinks Mix top 10 tracks.

Dos games pro cinema!

Dos games pro cinema!

A Strip Me preparou um top 5 comentado de jogos de vídeo game clássicos que viraram filmes. Confere aí!

Passam os anos, séculos até, e a afirmação do nosso querido Lavoisier segue inoxidável: Tudo se transforma! O filósofo referia-se à natureza, é verdade. Mas se assim é a natureza, não há de ser diferente com a cultura pop, este camaleão indomável! Jogos e personagens de vídeo game, por exemplo, frequentemente rompem a barreira do nicho gamer e invadem a cultura pop. Assim aconteceu, por exemplo, com o heroico e pitoresco encanador Mario, que saiu dos consoles para estampar camisetas, canecas, virou boneco de brinquedo e muito mais. Chegou inclusive às telas de cinema! Impressionante, não é? Pois bem. Hoje vamos estamos aqui para falar especificamente dessas transformações. Games que viraram filmes.

A popularização dos games nos anos oitenta e noventa foi massiva! À medida que os jogos foram se desenvolvendo, tendo um roteiro por trás dos jogos, por mais raso que fosse, eles foram ganhando personagens palpáveis, que invadiram o imaginário de crianças e adolescentes. Logo a indústria se ligou nisso e começou fazer de tudo. Revistas em quadrinhos, brinquedos, roupas… até que os produtores de cinema também se ligaram nesse nicho. Como estamos tratando aqui de origens, primórdios, vamos nos limitar a falar de jogos das duas últimas décadas do século vinte.  Afinal, de 2000 pra cá a coisa avançou de maneira assustadora, os consoles se aprimoraram, os jogos ganharam novas nuances, com produções cada vez mais rebuscadas, que esses dois mundos, games e cinema, se aproximaram muito. Afinal, é cada vez mais comum ver roteiristas de Hollywood escrevendo roteiros de games e atores e atrizes emprestando suas vozes e suas imagens para jogos cada vez mais elaborados.

Foi nos anos noventa que o mundo dos games tomou as telas de cinema de assalto. Nem sempre com filmes bons, é verdade. Mas sempre com grandes bilheterias. Hoje selecionamos os 5 jogos dos anos 90 mais importantes que viraram filme.

Double Dragon

Double Dragon foi o primeiro grande hit dos jogos do estilo beat‘em up, a boa e velha porradaria generalizada. Criado em 1987, jogo pode ser jogado em dupla ou solo. Consiste em dois guerreiros, mestres de artes marciais, que precisam salvar a namorada de um deles, que foi sequestrada por uma gangue barra pesada. A dupla de lutadores vai passando pelas fases batendo no máximo de inimigos possível e enfrentando os famosos chefões ao fim de cada fase. É uma história que não tem começo e nem fim, só uma premissa, uma desculpa, pra rolar o jogo. Foi muito popular nos arcades e também nos consoles Nintendo e Mega Drive. Foi tamanho o sucesso que em 1994 foi lançado um filme baseado no game. Dirigido pelo James Yukich e escrito por Paul Dini e Neal Shusterman.  Tal qual o jogo, o filme tem um roteiro mais raso que poça d’água. A dupla protagonista é interpretada pelos ilustres desconhecidos Mark Dacascos e Scott Wolf, atores que conseguiam papéis em filmes de ação por serem lutadores. Enfim, é um filme ruim, que beira o irrelevante. Mas que, na época, deu mais de 2 milhões e meio de lucro para os produtores. Sinal que o game realmente tem seu potencial.

Street Fighter

É aqui que a parada começa a ficar séria! O jogo foi criado pela empresa japonesa Capcom em 1987. De início, a maioria dos consoles possuía joysticks primitivos, com uma alavanca de direção e dois botões, que, no caso do jogo de luta, dava chutes e socos com intensidades diferentes de acordo com a pressão que o jogador aplicava no botão. Foi então que, em parceria com a Nintendo, a Copcom desenvolveu os joysticks que ficaram famosos, com quatro botões e o botão de direcionamento. A primeira versão do SF não causou tanto furor. Mas quando lançaram a segunda versão, em 1991… Street Fighter II foi uma febre mundial impressionante. O jogo que trazia os protagonistas Ken e Ryu lutando contra lutadores de vários lugares do mundo tornou-se um clássico imediato. Entre hadukens, shoryukens e tratratratrukens, os personagens do jogo ficaram famosos e também acabaram nas telas do cinema. O filme lançado em 1994 ficou por conta de Steven E. de Souza, que escreveu e dirigiu o longa. Pra se ter ideia, ele foi o roteirista de filmes como Duro de Matar e Comando para Matar, dois clássicos do cinema brucutu. No elenco Jean Claude Van Damme e Raul Julia, em seu último papel antes de morrer, encabeçavam um roteiro simples, mas até que bem amarrado, para um filme de ação com tantos personagens diferentes. Não é um filme memorável. Mas ainda deve servir como bom entretenimento para quem gosta de filmes de ação e luta.

Mortal Kombat

Depois do sucesso de Street Fighter, criado pelos japoneses da Capcom, os ianques não quiseram ficar de fora. Assim o estúdio de Chicago Midway Games criou um jogo com uma estética mais bem acabada, com personagens mais poderosos e com muito mais violência explícita e sangue. Em outubro de 1992 foi lançado então Mortal Kombat. Já com uma história mais rebuscada, os americanos criaram um roteiro, que era mostrado antes de começar o jogo pra valer, explicando a origem dos personagens, tudo baseado em histórias japonesas de ancestralidade e artes marciais. Mas o que fez a cabeça dos jovens jogadores mesmo foi que o vencedor de cada luta tinha algumas opções para finalizar seu adversário. Os famosos fatalitys permitiam desmembramentos, empalação e decapitação. O jogo virou hit instantâneo e continua popular até hoje. O jogo chegou às telonas em 1995. O filme foi dirigido por Paul W.S. Anderson, escrito por uma equipe de roteiristas e teve como protagonista o ator Cristopher Lambert. O filme até que é legal, tem cenas de ação muito boas, alguns efeitos visuais interessantes para a época e… basicamente é isso. Uma história rasa e sem pé nem cabeça, em que alguns lutadores poderosos são convocados para um torneio numa ilha, e quem vence o torneio pode decidir o destino da humanidade. Além disso, em especial para nós brasileiros, o Mortal Kombat é um jogo especial pois inspirou um dos memes mais antigos, mas imortal, da internet: Lindomar, o Sub Zero Brasileiro.

Tomb Raider

Com o sucesso dos vídeo games nos anos 90 entre os jovens, o estúdio britânico Eidos Interactive se ligou que tinha um nicho ainda que não tinha sido preenchido, o de garotas que curtem jogar vídeo game. Assim, criaram em 1996 o jogo Tomb Raider, protagonizado pela carismática Lara Croft, uma espécie de Indiana Jones de saia… quer dizer, de shortinho. Ela é uma arqueóloga que se mete em várias aventuras. Rapidamente o jogo se tornou um enorme sucesso não só entre as meninas, mas também entre os meninos, adolescentes com hormônios à flor da pele inspirados por uma guerreira de top e shortinho enfrentando vilões. O jogo foi lançado pela Sega para o Mega Drive, e logo depois saiu também para o Playstation. O jogo já passou por vários versões e atualizações. Da mesma forma, acabou sendo adaptado para o cinema mais de uma vez, sempre com sucesso. O filme mais marcante é de 2001, com ninguém menos que Angelina Jolie no papel de Lara Croft. A direção do filme ficou na mão do competente Simon West, diretor de Con Air. O filme rendeu milhões em bilheteria, mas não passa de um filme de ação, muito bem-feito sim, mas sem um roteiro muito atraente.

Super Mario Bros

Um clássico, né? Super Mario foi criado como um jogo de fases para arcade em 1983, pela Nintendo. Em 1985 passou para os consoles e foi sendo atualizado e ganhando novas versões ao longo dos anos. Mas sempre tendo Mario e Luigi como protagonistas, que percorrem o mundo dos cogumelos tentando salvar a Princesa Peach sem cair em armadilhas e passando pelos mais diversos obstáculos. É o tipo de jogo viciante, que você não quer parar de jogar. Apesar de sua estética pixelada, os personagens do jogo tornaram-se icônicos. Além disso, consegue agradar todas as idades. Crianças, adolescentes e, de alguns anos pra cá, adultos nostálgicos da época em que era crianças e jogavam incansavelmente para resgatar a princesa. Lógico que tamanha comoção levou o jogo para as salas de cinema. E você pode se perguntar: “Nossa, mas só agora, em 2023, saiu um filme do Super Mario nos cinemas?”. Claro que não! De fato, se você for hoje aos cinemas, vai ver que está em cartaz uma animação baseada no jogo, com gente como Chris Pratt e Jack Black fazendo as vozes dos personagens. Mas não se iluda, 30 anos atrás, em 1993, também estava em cartaz nos cinemas o filme Super Mario Bros. Este um live action, com gente como Bob Hoskins, John Leguizamo e Dennis Hopper no elenco. Apesar de contar com bons atores o longa é bem fraco, como a grande maioria dos filmes baseados em jogos. Roteiro raso e sem propósito. Mas é divertido ver os personagens do jogo como pessoas de verdade e tal. Pele peculiaridade da coisa toda, até que vale a pena conferir. Tanto o filme de 1993, como a animação que está em cartaz atualmente nos cinemas.

Menção Honrosa

Muito legal a gente ter toda essa pegada nostálgica, jogos e filmes dos anos 90 e tal… Mas também somos ligados no mundo contemporâneo, e o que acontece agora também nos interessa! Então, cabe aqui a gente citar um dos mais recentes hypes dos streamings, a série The Last of Us, baseada no jogo de mesmo nome. Apesar de não entregar o mesmo nível de conexão que o jogo oferece, a série é realmente ótima! Claro, sempre que a gente comparar com o jogo, a série vai sair perdendo. Primeiro porque a conexão, como já dissemos é bem maior, afinal, você, jogador, toma decisões pelos personagens e se envolve com a história, além de ter muito mais espaço para que o roteiro em si seja desenvolvido, dando profundidade aos personagens e amarrando a trama toda. Apesar disso tudo, a série funciona muito bem. Pedro Pascal entrega uma atuação excelente e a jovem Bella Ramsey se revela uma atriz versátil e talentosa na comédia e no drama. Realmente vale a pena demais conferir tanto o jogo quanto a série.

Pois é. Desde os anos 80 até hoje os games cravaram seu lugar ao ol na cultura pop com tamanha eficiência, que extrapolaram sua própria mídia e deram origem a filmes, nem sempre tão bons, mas sempre divertidos! Por isso mesmo os games também fazem parte do DNA da Strip Me, que tem uma coleção todinha dedicada a esse universo, a Coleção Camisetas de Games. Além das já tradicionais camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e tantas outras. Na nossa loja você confere todas elas e ainda fica por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir & para assistir: Hoje vamos de combo. Como estamos falando de anos 90, jogos e filmes de ação, a sugestão aqui é conferir o filme Last Action Hero, o mais puro creme dos anos 90. O filme é protagonizado pelo Arnold Schwarzenegger e passeia por esse mundo dos filmes de ação, jogos e etc. É um filme bem divertido. E ele tem uma trilha sonora simplesmente arrasadora, com Alice in Chains, Megadeth, ACDC, Def Leppard… olha, é um disco pra botar pra rolar enquanto toma cerveja com a turma! Então, se liga. Aqui você confere o trailer do filme e aqui o link para o disco da trilha sonora no Spotify!

IA para quem precisa!

IA para quem precisa!

Neste texto, uma geral sobre Inteligência Articial na cultura pop e uma entrevista exclusiva com o maior nome do segmento na atualidade: O ChatGPT.

Dizem que ela existe pra ajudar. Dizem que ela existe pra resolver. Eu sei que ela pode te impressionar, mas será que ela pode te entender? IA para quem precisa. Mas quem precisa de IA? Pois é. A inteligência artificial está por aí já faz tempo. Mas nunca esteve tão presente. E talvez, pela primeira vez desde os anos 1950, quando o conceito de IA foi desenvolvido, existe uma discussão realmente pública, transpondo as portas da comunidade científica, sobre os avanços e o uso de inteligências artificiais. E é claro que a Strip Me não iria ficar de fora desse debate. Primeiro porque é um assunto fascinante. Segundo porque a camiseta Inteligência Artificial é uma das mais vendidas da coleção Vida Digital, na nossa loja. E terceiro porque inteligência artificial e cultura pop andam lado a lado já faz tempo.

No emblemático e futurista 2001: Uma Odisseia no Espaço, do nosso querido Stan Kubrick, lá está uma inteligência artificial. O HAL 9000 é uma IA que comanda a nave durante a missão para Júpiter. O fofucho Wall E, da ótima animação da Pixar, é um robô com uma inteligência artificial muito avançada. Outra IA muito sofisticada e poderosa é a Matrix, claro. E temos ainda a doce Samantha, com a voz aveludada da Scarlet Johansson no filme Her. Por último, e não menos importante, temos a apocalíptica Skynet, que acaba tendo por algoz um androide que não expressa emoção nenhuma, interpretado com eficiência por Arnold Schwarzenegger, na franquia O Exterminador do Futuro. Para você ver que a inteligência artificial está presente na nossa vida, seja na ficção ou no mundo real faz realmente um bom tempo.

Apesar disso, este é um assunto relativamente novo para quem não tem familiaridade com a tecnologia e ciências avançadas. O que não faltam são dúvidas sobre o que são e como funcionam essas IAs. Ainda no muno da ficção, por exemplo, o R2D2  e o C3PO também são inteligências artificiais? Aparentemente sim, certo? Afinal, nos filmes da franquia Star Wars, vemos eles interagindo, conversando com seres humanos e tal… Mas não dá pra gente ter certeza.  Então, o que fizemos foi justamente perguntar para a maior sumidade hoje dia em inteligência artificial: the one and only ChatGPT! Aliás, aproveitamos que entraríamos em contato com ele para fazer essa pergunta e pensamos:  Por que não já fazer uma entrevista completa com essa figura tão interessante? E assim fizemos. Portanto, leia a seguir uma entrevista exclusiva do ChatGPT para o Strip Me Blog.

Strip Me Blog: Boa tarde, ChatGPT. Você poderia conceder uma breve entrevista para o Strip Me Blog?

ChatGPT: Boa tarde! Como um modelo de linguagem AI, estou sempre disponível para responder a perguntas e fornecer informações. Ficarei feliz em ajudá-lo com sua entrevista para o Strip Me Blog.

STMBlog: Excelente. Para começar, você poderia dizer brevemente quem você é e de onde você veio?

CGPT: Certamente! Eu sou o ChatGPT, um grande modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI. Como um modelo de linguagem AI, não tenho um corpo físico ou um local de origem específico. Fui criado pela equipe de pesquisa da OpenAI e treinado em um vasto campo de dados de texto da internet, incluindo livros, artigos e sites. Meus dados de treinamento são extraídos de diversas fontes e abrangem muitos tópicos diferentes, desde ciência e tecnologia até história e cultura. Como resultado, tenho uma ampla base de conhecimento e posso fornecer informações sobre uma ampla gama de assuntos.

STMBlog: Quando falamos de inteligência, pensamos imediatamente em raciocínio lógico, além de compreender figuras de linguagem como a ironia e o sarcasmo. Você tem essas habilidades, ou está limitado a consultar este banco de dados enorme? Em outras palavras, você é capaz de pensar?

CGPT: Como um modelo de linguagem de IA, não tenho experiências subjetivas ou percepção consciente, então não “penso” da mesma forma que os humanos. No entanto, fui projetado para executar uma ampla gama de tarefas relacionadas à linguagem, como processamento de linguagem natural, tradução automática e geração de texto.
Em termos de minhas habilidades para entender figuras de linguagem como ironia e sarcasmo, fui treinado em grandes conjuntos de dados de texto que incluem exemplos desses tipos de uso de linguagem. Embora eu não tenha uma compreensão consciente das nuances emocionais ou sociais do uso da linguagem, fui programado para reconhecer padrões na linguagem comumente associados à ironia, ao sarcasmo e a outros tipos de linguagem figurada.
Além disso, uso algoritmos sofisticados e modelos estatísticos para gerar respostas a consultas de usuários com base em padrões e relacionamentos em meus dados de treinamento. Embora minhas respostas sejam geradas algoritmicamente, e não por pensamento consciente, sou capaz de fornecer informações precisas e úteis sobre uma ampla gama de tópicos.

STMBlog: Sabendo que você faz uso do conhecimento adquirido na internet, como você filtra o que é informação verdadeira ou falsa?

CGPT: Como um modelo de linguagem AI, sou treinado em grandes conjuntos de dados de texto da Internet, que podem incluir informações precisas e imprecisas. No entanto, durante meu treinamento, fui exposto a uma ampla variedade de fontes de texto, e meus algoritmos foram projetados para identificar e aprender com os padrões de uso da linguagem que são comumente associados a fontes de informações confiáveis.
Dito isso, não tenho um sistema perfeito para filtrar informações falsas. Como qualquer ferramenta, minhas respostas são tão boas quanto as informações que me são fornecidas. No entanto, faço o possível para fornecer informações precisas e úteis com base em meus dados de treinamento e nos algoritmos que uso para gerar respostas.
Também é importante notar que não sou infalível e, às vezes, posso fornecer informações incorretas ou incompletas. Se você tiver alguma dúvida sobre a precisão de uma resposta que forneço, é sempre uma boa ideia verificar com outras fontes para verificar as informações.

STMBlog: Interessante. Agora, conta pra gente, se você fosse um animal, qual você seria, de acordo com sua personalidade?

CGPT: Como um modelo de linguagem de IA, não tenho uma personalidade da mesma forma que os humanos, então não posso dizer qual animal eu seria. No entanto, posso dizer que algumas pessoas compararam minhas capacidades às de um polvo, que é uma criatura altamente inteligente e adaptável conhecida por suas habilidades de resolução de problemas e sua capacidade de manipular seu ambiente. Como um polvo, fui projetado para ser flexível e versátil, capaz de me adaptar a uma ampla gama de tarefas e responder a uma variedade de questões do usuário.

STMBlog: Vamos falar de cinema. Na saga Star Wars, os robôs R2D2 e C3PO são inteligências artificiais?

CGPT: R2D2 e C3PO são personagens fictícios do universo Star Wars e são retratados como andróides robóticos, projetados e programados para diversas tarefas, como reparo e manutenção de naves estelares. Embora exibam alguns comportamentos inteligentes, como resolução de problemas, tomada de decisão e comunicação, não são considerados uma inteligência artificial no sentido tradicional.
Ao contrário da inteligência artificial, projetada para aprender e se adaptar a novas situações por conta própria, R2D2 e C3PO operam sob o controle de seus manipuladores humanos e depende de instruções pré-programadas para executar tarefas. Portanto, são melhor descritos como máquinas sofisticadas do que como inteligência artificial.

STMBlog: Ainda sobre cinema, mas com um pé na realidade. Você acredita que, no futuro, máquinas, ou inteligências artificiais como você, poderão se tornar realmente independentes dos seres humanos e querer ter uma vida livre, como nos filmes O Exterminador do Futuro ou Her?

CGPT: Como um modelo de linguagem de IA, não tenho crenças ou desejos pessoais, portanto não tenho uma opinião pessoal sobre esse tópico. No entanto, posso dizer que há um debate contínuo entre especialistas no campo da inteligência artificial sobre os riscos e benefícios potenciais do desenvolvimento de sistemas de IA mais avançados. Embora seja improvável que máquinas ou sistemas de IA desenvolvam consciência ou emoções semelhantes às humanas, existe a possibilidade de que eles se tornem mais autônomos e capazes de tomar decisões por conta própria.
Para abordar os riscos associados aos sistemas avançados de IA, muitos pesquisadores estão trabalhando para desenvolver estruturas éticas e de segurança que possam orientar o desenvolvimento e a implantação dessas tecnologias. Em última análise, o futuro da IA dependerá de como essas tecnologias são desenvolvidas e usadas pelos humanos.

STMBlog: Para terminar esta breve entrevista, vamos falar do que realmente importa: você prefere os Beatles ou os Rolling Stones?

CGPT: Como um modelo de linguagem AI, não tenho preferências ou emoções pessoais, então não tenho uma banda ou gênero musical favorito. No entanto, posso dizer que tanto os Beatles quanto os Rolling Stones fizeram contribuições significativas para o mundo da música e têm uma grande e dedicada base de fãs. Em última análise, a escolha entre os dois se resume ao gosto pessoal e à preferência musical.

STMBlog: Em cima do muro, né… tá certo. Bem, nós, do Strip Me Blog, agradecemos muito pelo seu tempo. Foi uma ótima entrevista.

CGPT: De nada! Fico feliz em poder ajudá-lo com sua entrevista. Se você tiver mais dúvidas ou se houver mais alguma coisa em que eu possa ajudá-lo no futuro, não hesite em entrar em contato.

Depois dessa entrevista tão esclarecedora, só nos resta encerrar. Mas sem antes lembrar que podem surgir Inteligências artificias das mais avançadas, nós nos adaptaremos e faremos o melhor uso possível delas. Mas nunca vamos substituir ou deixar de valorizar o talento humano, e vamos continuar sempre a celebrá-lo nas nossas camisetas de arte, cinema, música e cultura pop! Mas, é lógico, sem deixar de lado os avanços tecnológicos, tanto que temos a coleção Vida Digital, para te manter conectado no maior estilo. Então entra lá na nossa loja para conhecer as coleções e conferir os lançamentos, que aparecem toda semana!

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist em homenagem aos avanços tecnológicos e a ficção científica! Sci-Fi Top 10 tracks.

Para assistir: Certamente um dos filmes mais humanos e sensíveis abordando o tema da inteligência artificial é Her, lançado em 2013 e escrito e dirigido pelo grande Spike Jonze. Além do visual incrível, o longa ainda entrega uma atuação excepcional de Joaquim Phoenix. Filme recomendadíssimo!

Para ler: Indispensável para quem se liga em ficção científica e inteligência artificial a leitura do clássico Fundação, do Isaac Asimov. Um livro brilhante, com histórias surpreendentes. Vale conferir a edição de luxo da editora Aleph, com capa dura e arte gráfica lindíssima.

As estradas da América do Sul.

As estradas da América do Sul.

A Strip Me, no maior espírito de aventura, traz os melhores roteiros para road trips inesquecíveis pela América Latina.

O dia está amanhecendo, e o ônibus rasga uma deserta estrada no estado do Kansas, nos arredores da cidade de Topeka. É o verão de 1973. Dentro do ônibus, uma banda despedaçada encontra conforto na canção Tiny Dancer, do Elton John, que toca no rádio. Enquanto todos cantam o refrão, no fundo do ônibus, o jovem jornalista William Miller diz para sua amiga Penny Lane: “Eu preciso ir para casa.” Ela olha para ele com um sorriso e responde: “Você está em casa.” E realmente não há sentimento que se compare a se sentir em casa, estando na estrada.

A cena descrita acima é uma das mais bonitas do filme Quase Famosos, um dos melhores road movies já feitos, escrito e dirigido pelo Cameron Crowe e lançado em 2000. A cena transmite com perfeição o sabor de estar na estrada, viajar de cidade a cidade, apreciar paisagens e se desconectar da vida cotidiana, ao buscar o horizonte infinito de um caminho de asfalto. Claramente, algo cada vez mais necessário para manter uma boa saúde mental hoje em dia. As road trips são cada vez mais populares, se tornando uma alternativa ao engessado esquema de viagem com o pacote “passagem aérea-hospedagem-guia turístico”.

O cinema embutiu na nossa cabeça a ideia que uma boa road trip é feita por freeways que cortam cânions, desertos e montanhas rochosas, de preferência dirigindo um motor home. Mas, acredite, por aqui mesmo, na América do Sul, é possível fazer viagens inesquecíveis. E, se você fizer questão do motor home, não tem problema. Já tem muita empresa especializada em alugar esse tipo de veículo por aqui. Então, se prepara, porque aqui vão algumas dicas de roteiros imperdíveis para quem quer rodar por essas estradas sem fim.

Fala sério, quem precisa dos descampados do Oregon ou Nevada quando se tem o deserto do Atacama? O deserto mais árido e em maior altitude, em relação ao nível do mar, do mundo. Essas características proporcionam paisagens fantásticas que vão de lagos no meio do nada, até a Cordilheira de Sal, com paredões rochosos e sal pelo chão. O Atacama está a mais ou menos 3,3 mil quilômetros da cidade de São Paulo. Para quem tem muito tempo sobrando, é uma baita aventura dirigir esse trajeto todo. De São Paulo a Curitiba, depois cruza o interior do estado do Paraná, seguindo a oeste, passa por Asunción, no Paraguai, atravessa o norte da Argentina e chega ao Chile. Mas também há a opção de ir de avião até Santiago, no Chile, alugar um carro e tanto ir para o lado da Argentina percorrer as vinícolas de Mendoza, quanto subir ao norte para o Atacama. Percorrer esses lugares, absorver a cultura andina e se deslumbrar com as paisagens é uma experiência indescritível!

Outra região tão encantadora quanto desafiadora é o sul do Brasil. Em especial os caminhos da serra catarinense são espetaculares. Saindo de Curitiba, as opções são várias. Dá pra ir pelo litoral, passando por Camboriú e Florianópolis e, antes de chegar em Laguna, rumar para oeste. Também é possível ir pelo interior, seguindo em direção a Lages e aproveitando as estradas margeadas por mata virgem e majestosas araucárias. E ainda mais para oeste, fazendo um percurso mais longo, percorrer a região bucólica de Treze Tílias, para dali seguir para leste. O destino é a Serra do Rio do Rastro, uma paisagem digna de cinema, com um trecho de estrada de apenas 15 quilômetros, mas que contém mais de 200 curvas e desfiladeiros de tirar o fôlego! Um lugar pra quem gosta de dirigir e não se intimida facilmente.

Outro roteiro cheio de encantos e desafios é a Colômbia. Claro, neste caso, esteja onde for no Brasil, é impraticável fazer a viagem toda de carro. Para se ter ideia, a grande cidade brasileira mais próxima de Bogotá é Manaus. E para ir de carro de Manaus a Bogotá são mais de 3,4 mil quilômetros de distância, sendo que tem que pegar balsas, cruzar um pedaço da Venezuela, trechos de estradas de terra no meio da floresta… enfim, não é impossível, mas tem que ter aquele espírito aventureiro mesmo. Mas estando em Bogotá, é só alugar um carro e seguir a noroeste até o litoral. Passa por Medellín, depois Cartagena e faz a volta, parando na bela cidade de San Andrés, antes de voltar a Bogotá e finalizar o passeio. Além de conhecer a rica cultura colombiana, curtir uma cumbia enquanto devora uma bandeja paisa, por exemplo, os caminhos percorridos passarão por trechos de floresta amazônica, até chegar nas paradisíacas praias caribenhas. Uma conexão com a natureza inexplicável!

Por falar em praias paradisíacas e natureza, outro roteiro deslumbrante, e muito mais acessível, está aqui no sudeste brasileiro. Os caminhos da Estrada Real é uma verdadeira viagem! Além das belezas naturais, redescobre-se ali os caminhos do Brasil colonial, em que o ouro era levado de Minas Gerais para o porto do Rio de Janeiro, para dali cruzar o Atlântico e chegar às mãos cobiçosas da corte portuguesa. É possível percorrer todo o trajeto, que contém várias estradas, como também dá pra setorizar e fazer roteiros menores. Todos os caminhos da Estrada Real somam 1,6 mil quilômetros e englobam parte de Minas Gerais, norte e nordeste de São Paulo e parte do Rio de Janeiro. Os caminhos entre Minas e São Paulo pela Serra da Mantiqueira são mágicos, envoltos pela Mata Atlântica e repletos de simplicidade. Mas o caminho mais interessante mesmo é sair de São Paulo ir até Taubaté, dali descer para o litoral, e seguir até Paraty, no Rio de Janeiro, uma das cidades mais antigas e charmosas do Brasil. Uma viagem pela história.

Olha só. A América do Sul é riquíssima em cultura e belezas naturais. Seja pra que lado você for, vai encontrar paisagens incríveis e culturas surpreendentes. Punta del Este, Bariloche ou Patagônia, Serra Gaúcha, Pantanal, Cordilheira dos Andes, Machu Picchu, as cidades históricas de Minas Gerais… é muita coisa! Mas não dá pra finalizar este texto sobre road trips sem falar do destino mais convidativo: o nordeste brasileiro! O roteiro conhecido como Rota das Emoções liga os estados do Maranhão, Ceará e Piauí numa viagem deliciosa pela cultura nordestina, música, dança, arte e gastronomia, e também por paisagens vibrantes entre praias belíssimas e trechos de Mata Atlântica nativa. São aproximadamente 500 quilômetros, passando por 14 cidades encantadoras, parques de preservação ambiental e pontos turísticos imperdíveis como Jericoacoara, Lençóis Maranhenses e Delta do Parnaíba. Um sonho!

Mas se esses roteiros não foram suficiente, vamos te recomendar ainda 5 filmes imperdíveis, road movies que vão te inspirar a encher sua playlist com músicas do Lynyrd Skynyrd e botar o pé na estrada!

Colegas. Já começamos com um representante brasileiro de respeito. O filme Colegas, escrito e dirigido pelo Marcelo Galvão, lançado em 2012, não tem o mais profundo dos roteiros, mas é divertido e realmente inspirador, além de contar com uma fotografia muito bonita.

Into the Wild. O impactante filme escrito e dirigido por Sean Penn, baseado em fatos reais, é um deslumbre. Além de passar por várias paisagens incríveis pelos Estados Unidos, o longa traz ótimas atuações, muitos questionamentos e uma trilha sonora arrebatadora assinada pelo vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder.

Diários de Motocicleta. O filme é argentino, o diretor é brasileiro e o cenário é toda a América Latina, de Buenos Aires, Argentina, até a península Guajira, na Venezuela. Um filme de fotografia deslumbrante, que mostra a cultura latina dos Andes com propriedade e tem o Gael Garcia Bernal atuando bem demais! O filme é de 2004 e foi dirigido pelo Walter Salles.

Elizabethtown. Começamos este texto falando do Cameron Crowe, e aqui está ele de novo. Não à toa. Este filme é inspirador de verdade. Apesar de levantar muitas questões complicadas, como relações familiares e suicídio, tem uma leveza e uma doçura irresistíveis. Como todo filme de Crowe, tem uma trilha sonora matadora e também uma fotografia linda, sem falar na atuação apaixonante da Kirsten Dunst.

A Perfect World. Este filme de 1993 é surpreendente! Dirigido pelo Clint Eastwood, tem uma poesia intrínseca no conjunto da obra (roteiro, fotografia, trilha sonora…). Mas há de se destacar a fotografia, que retrata as estradas dos Estados Unidos com muita sensibilidade. Temos aqui Kevin Costner em uma de suas melhores atuações. Um filme brilhante, que ficou perdido no tempo.

Viajar, conhecer culturas, explorar novos caminhos, se divertir, se conectar com a natureza e valorizar nossas origens! Tudo isso faz parte do DNA da Strip Me! Por isso, temos coleções como a Tropics, Carnaval e Florais, que enaltecem a natureza, a nossa latinidade e a cultura brasileira. E, claro, somos apaixonados por cinema, música, arte e cultura pop, tudo igualmente representado em camisetas originais, super descoladas e confortáveis! Ideais para as suas melhores viagens e aventuras! Na nossa loja você pode explorar todas as coleções, além de ficar por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com músicas para embalar sua road trip. Mas, é claro, se sua trip vai ser pela América Latina, a playlist também se limita a artistas da América do Sul! Latin Road Trip Top 10 tracks.

Para ler: Se o assunto é estrada, não dá pra recomendar outra leitura que não a bíblia hippie, o ícone máximo da geração beat, o clássico On The Road, de Jack Kerouac. Um livro indispensável para qualquer ser humano! E um livro que dá pra achar com facilidade e por um preço muito barato, pois saiu no formato livro de bolso pela editora L&PM.

Tim Burton: Vida, obra e Top 5!

Tim Burton: Vida, obra e Top 5!

Não é qualquer cineasta que carrega consigo o mérito de criar uma nova linguagem cinematográfica. Por essa simples razão, Tim Burton já merece ser reconhecido como um dos maiores nomes da indústria cinematográfica, apesar de sua filmografia ser errática, repleta de altos e baixos. Recentemente, seu nome voltou a ser aclamado, graças ao brilhante trabalho feito com a Netflix, ao conceber a série Wandinha (também conhecida como Wednesday). Aqui na Strip Me, o Tim Burton sempre esteve presente, como na estampa Burton, já no nosso catálogo há algum tempo, e também especificamente nas collabs com os artistas Guilherme Hagler e Kaio Moreira, que têm em Tim Burton uma de suas principais referências. E, mais atualmente, claro, algumas estampas pintaram inspiradas na Wandinha. Como a Gothic, por exemplo. E agora, chegou a hora de darmos aquela geral na vida e obra este mestre do cinema aqui no blog também.

A história de Tim Burton é daquelas em que o protagonista é talentoso, mas tem tudo pra se dar mal e viver frustrado. Ele nasceu em agosto de 1958, na cidade de Burbank, pequena cidade californiana nos arredores de Los Angeles. Quando criança, era retraído, tímido, praticamente recluso dentro de seu próprio mundo. Ao invés de prestar atenção nas aulas, passava o tempo na escola desenhando figuras bizarras em seus cadernos. Por volta de 12 anos de idade, se apaixonou pelas histórias de Edgar Allan Poe, um escritor pouco recomendado para crianças, convenhamos. Com seus poucos amigos de escola, criou um grupo para criarem histórias e desenhos chamado O.S.S. (Oh Shit Studio). Foi quando ele começou a desenvolver roteiros e aprender, por conta própria, técnicas de animação em stop motion usando seus desenhos e uma câmera super 8.  Afinal, outra das fixações de Burton ainda criança eram os filmes de terror. Enquanto todos os seus amigos tinham medo daqueles filmes, ele tinha fascínio. Bela Lugosi, Vincent Price e Ed Wood se tornaram grandes heróis para Tim Burton, nomes que ele viria a celebrar com honras ao longo de sua própria carreira.

Mas a literatura de Allan Poe e o cinema de Ed Wood eram, antes de qualquer coisa, fonte de inspiração para o seu maior talento: o desenho. Ainda muito novo, Tim Burton já desenhava muito bem, e não demorou a desenvolver um traço único, cheio de personalidade. E, é claro, suas ilustrações, em sua grande maioria, retratavam cenas e personagens sombrios. Para se ter ideia, quando tinha de 16 para 17 anos de idade, ele desenhou uma figura esquisita, um homem de semblante assustado, magro e com longas lâminas no lugar dos dedos das mãos. Praticamente 15 anos depois, ao revisitar um caderno de antigos desenhos, Burton se deparou com essa figura e desenvolveu o que acabaria por se tornar sua obra-prima: o filme Edward Mãos de Tesoura.

Foi nessa época da adolescência, por volta de 1975, 76, que, após se oferecer para trabalhar nos estúdios de animação da Disney, acabou ganhando da empresa uma bolsa de estudos no renomado Instituto das Artes da California. Após 3 anos de estudo, ele foi contratado pela Disney. Ele era assistente de animação e trabalhava naqueles desenhos fofos de animais falantes, o que considerava entediante. Mas tinha liberdade para criar e apresentar para a empresa alguns curtas-metragens. Foi quando ele fez o curta em stop motion Vincent, sobre um garoto que sonha em ser Vincent Price, mas acaba se perdendo em seus pesadelos terríveis. Depois, misturando live action com stop motion, ele recriou a história do conto de fadas João e Maria com seu jeitinho todo especial, com muito sombra e uma boa quantidade de sangue. Por fim, criou a história de Frankenweenie e filmou o curta de mesmo nome, onde um garoto que acaba de ver seu cachorrinho morrer, se depara com a história de Frankenstein e dá um jeito de ressuscitar seu cachorro usando os mesmos métodos. O longa é de tamanho humor negro, sarcasmo e sadismo, que a Disney, não só se recusou a distribuir o curta como demitiu Tim Burton. Mas não se engane, o curta é ótimo!

Mas nessa época, Burton já circulava entre os estúdios de Hollywood fazendo amizades e procurando trabalho. De cara, pinta sua primeira oportunidade: foi escalado para dirigir As Grandes Aventuras de Pee-Wee, filme lançado em 1985. Pee-Wee é um personagem antigo e muito famoso nos Estados Unidos, desses que já teve várias séries de TV  e filmes no cinema, tendo sido interpretado por vários atores diferentes. Ainda que não fosse sua onda, Tim Burton mandou bem na direção e fez seu nome. Também foi nesse filme que Burton iniciou sua mais bem sucedida e longeva parceria, com o músico Danny Elfman, que faria praticamente todas as trilhas sonoras dos filmes de Burton dali em diante. Assim, em 1988, com credibilidade e liberdade para criar, Tim Burton finalmente mostrou a que veio. Lançou o clássico Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem. O filme trazia um roteiro cômico e sombrio ao mesmo tempo, enquanto apresentava uma direção de arte grandiosa, cheia de personalidade e nuances! Com Beetlejuice, Tim Burton criou uma nova estética no cinema, unindo comédia e terror.

Daí em diante, a trajetória de Tim Burton se mistura a sua produção cinematográfica. Como é muito filme, 21 pra sermos precisos, elencamos aqui um top 5 Melhores Filmes do Tim Burton para comentar.

Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem (1988)

O pontapé inicial da obra de Tim Burton. Além de dirigir, ele também assina o roteiro deste filme divertidíssimo, apesar de carregado em cenas sombrias e mórbidas. Já fica evidente o traço de Burton como artista mesmo na maquiagem dos personagens, em especial Beetlejuice, pálido, com olhos arregalados, cabelos desgrenhados… algo que se tornaria característico de Burton. No elenco, temos Winona Rider e Michael Keaton em uma de suas melhores atuações (é sério, ele manda muito bem no papel).

Edward Mãos de Tesoura (1990)

Indiscutivelmente, é o clássico absoluto de Burton. Foi seu quarto longa metragem, e até hoje, ele não fez nada que chegue perto da perfeição de Edward Mãos de Tesoura. Não é exagero falar em perfeição. Tudo nesse filme funciona bem. O roteiro, que Burton também assina, tem tons autobiográficos, já que Tim Burton se sentia deslocado e sem amigos quando adolescente. A estética do filme é encantadora e, ao mesmo tempo desoladora, tem um quê de magia, mas também uma melancolia dos subúrbios de classe média branca dos Estados Unidos. A atuação de Johnny Depp é digna de Oscar (que ele não ganhou, sequer foi indicado) e a química entre ele e Winona Rider é invejável! É desses filmes que, se você passa por ele zapeando os canais na TV, pára e assiste até o fim.

Batman, O Retorno (1992)

Tim Burton fez um trabalho brilhante em Batman, filme de 1989. Mas foi duramente criticado por fãs dos quadrinhos, que diziam que o diretor não respeitou a estética dos gibis. Ainda bem! Ele tirou o azul e cinza e colocou o Batman num imponente traje todo preto, retratou uma Gotham City chuvosa, escura e opressora, além de conceber a segunda melhor versão do Coringa nas telas de cinema. Bom, mas temos que admitir… o roteiro era fraco. Mas quando pegou para fazer a sequência do morcegão, foi com tudo nas suas referências mais densas e fez de Batman, o Retorno, um filme impecável! O roteiro é ótimo, os personagens são muito bem construídos, Danny DeVito como Pinguim é um espetáculo gore, com uma aparência assustadora, enquanto Michelle Pfeiffer está deslumbrante como Mulher Gato, numa fantasia fetichista. Um filme que extrapola o mundo dos quadrinhos e agrada todo tipo de público.

O Estranho Mundo de Jack (1993)

Apesar de não aparecer como diretor, pode-se dizer que se trata de um filme 100% Tim Burton. Já que ele escreveu o roteiro, desenhou os personagens e assina a produção do longa. Por se tratar de um filme de animação todo em stop motion, é possível que Burton tenha preferido colocar um diretor mais experiente no ramo, ao invés de ele próprio dirigir. Mas certamente, ele esteve junto com o diretor Henry Selick durante toda a produção do longa. Aqui temos o mais puro suco de Tim Burton. Os desenhos sombrios, os personagens longilíneos e de olhos arregalados, contrastes entre cores fortes e sombras, humor e morbidez. Tudo amarrado numa história bem contada e emocionante.

A Noiva Cadáver (2005)

A partir de 1994, quando é lançado Ed Wood, Tim Burton acaba tendo um declínio de qualidade em seus trabalhos. Johnny Depp começa a se tornar um pastiche de si próprio, em atuações tediosas e similares. E o próprio Tim Burton acaba se perdendo em sua própria fórmula. Depois do fracasso previsível de sua releitura de a Fantástica Fábrica de Chocolate, ele acaba voltando a suas origens e reaparece em 2005 com uma obra autoral a altura de seus melhores trabalhos. A Noiva Cadáver é uma animação encantadora, com ótimas canções e atuações singelas das vozes de Johnny Depp e Helena Bonham Carter. A estética sombria está de volta, com toda sua morbidez e escuridão, mas sempre com um toque de ternura e humor. A história é um pouco manjada, é verdade, mas é contada com leveza e graça, os personagens são carismáticos e a estética é tão atraente, que, no contexto geral, o filme acaba sendo realmente muito bom!

Menção honrosa: Wandinha (2022)

Não é um filme, é verdade. Mas é uma série deliciosa! Chega a ser inacreditável hoje em dia pensar que, em 1991, ninguém pensou em Tim Burton para adaptar para o cinema a antiga série de TV A Família Addams. Claro, por fim o diretor Barry Sonnenfeld fez um ótimo trabalho. Mas muita gente ao longo dos anos chegou a pensar como seria essa franquia na mão de Burton. E a resposta veio ano passado. Em 2022 a Netflix produziu a série Wandinha, com direção e co-produção de Tim Burton. A série, plasticamente, chega a ter mais elementos de terror do que estamos habituados e ver nas obras de Burton, que acabou trazendo um ar de mistério irresistível. Na onda retrô de Stranger Things e Dark, Wandinha caiu no gosto popular de imediato. E não á toa. O roteiro é muito bem escrito e cheio de mistério, a estética é instigante e assustadora e os personagens, em especial a protagonista Wandinha, são muito carismáticos. Que venha a segunda temporada!

Para concluir, sabemos que Tim Burton deu alguns escorregões, principalmente quando se meteu a refilmar obras clássicas como Planeta dos Macacos, A Fantástica Fábrica de Chocolate e Alice no País das Maravilhas. Mas seu legado e influência no cinema contemporâneo é inegável e tem um valor inestimável. Portanto, é um artista que não poderia ficar de fora do hall de influências e homenagens da Strip Me. Confira algumas dessas estampas na nossa seção de cinema e séries, bem como vale dar uma olhada nas camisetas dos nossos collabs Guilherme Hagler e Kaio Moreira. Além disso, na nossa loja você encontra camisetas de música, arte, cultura pop e muito mais. Fica ligado lá pra conferir os lançamentos que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Convenhamos, as trilhas sonoras do Danny Elfman são lindíssimas, mas ninguém tem muito saco pra ficar música instrumental, orquestrações de filmes e tal. Então, nessa onda sombria do Tim Burton, vamos fazer uma playlist com o que há de melhor na cena dark/gótica que brilhou nos anos 80. 80’s Dark Pop Top 10 tracks.

Nota do editor: Eu, Paulo Argollo, ao escrever este texto, bem como todos os outros que escrevo aqui, procuro manter certa distância de minhas opiniões pessoais sobre o tema abordado. Entretanto, desta vez, não resisto. Apesar de todas as listas de melhores filmes do Tim Burton serem quase unânimes ao citar os 5 filmes aqui expostos, eu preciso dizer para você que o melhor filme do Tim Burton é Edward Mãos de Tesoura, ok. Mas o segundo melhor… ah, o segundo melhor é Marte Ataca! Filme lançado em 1996, é uma comédia dilacerante! Um nonsense delicioso, amarrado por um roteiro simples, mas muito bem escrito e um elenco abarrotado de estrelas, a maioria fazendo pontas, mas tudo muito divertido. Fazem parte do cast Jack Nicholson, Glenn Close, Pierce Brosnam, Natalie Portman, Sarah Jessica Parker, Michael J. Fox, Jack Black, Danny DeVito, Christina Applegate e o cantor Tom Jones. É filme pra ver e rever várias vezes! Recomendo muito e sei que esá disponível no catálogo da HBO Max.

Nostalgia: os sentidos do passado no presente.

Nostalgia: os sentidos do passado no presente.

“No presente a mente, o corpo, é diferente, e o passado é uma roupa que não nos serve mais.” Assim definiu o passado, com um brilhantismo invejável, o cearense Belchior, na canção Velha Roupa Colorida. Mas o fato de esta roupa não nos servir mais, não significa que deixamos de gostar dela. Até porque determinadas roupas que ficaram pequenas, foram usadas em momentos especiais, marcantes. Por isso, quando você abre o guarda roupas e a vê ali, automaticamente se lembra daquele momento, o revive em sua cabeça por alguns momentos e se sente bem. É porque, atrelado ao passado está um sentimento muito peculiar: a nostalgia. A nostalgia é, com razão, tão valorizada pelas pessoas, que a Strip Me dedicou uma coleção todinha a ela. É a Coleção Retro, que conta com camisetas recém lançadas como a Chocante e a Sem Surpresa.

O primeiro registro do termo nostalgia data de 1688 na Europa. A nostalgia estava relacionada à melancolia e era vista como uma doença, como uma depressão, porque era identificada em soldados militares que sentiam um certo desespero, uma vontade muito forte de voltar para casa. Daí veio o termo em inglês homesick, que é o mais próximo que se tem na língua inglesa para traduzir a palavra saudade. Mas nostalgia e saudade não são exatamente a mesma coisa. Até porque, ao longo do século XX, a nostalgia perdeu esse viés negativo e passou a ser vista como algo que traz conforto. À medida que uma lembrança é ativada no cérebro, o sentimento, o cheiro, a música que tocava, o sabor da comida, enfim, todos os sentidos daquela lembrança são ativados junto. Tudo isso junto causa um sentimento muito bom, de alegria e paz.

A diferença entre nostalgia e saudade está justamente nesse conjunto. A saudade, além de ser mais tangível e específica, ela pode ser, em alguns casos, é claro, neutralizada. Você pode sentir saudade de visitar a casa da sua avó. Se sua avó ainda é viva e mora na mesma casa, está fácil de resolver. E assim é quando você tem saudade de conversar com uma pessoa, ou comer um prato de determinado restaurante… enfim. A nostalgia é a esse sentimento que você não neutraliza porque é referente a um momento que nunca vai acontecer de novo do mesmo jeito. Você pode se lembrar com todo o amor do mundo daquela viagem que fez quando adolescente com os amigos para a praia. Você ainda é amigo das mesmas pessoas e a mesma praia ainda está lá… mas se vocês tentarem replicar aquela viagem, nunca vai ser a mesma coisa, porque tá todo mundo adulto, uns tem filhos, outro não pode beber porque está fazendo um tratamento de saúde, outro tem que atender um telefonema de trabalho no meio da festa… Os momentos daquela viagem na adolescência nunca mais vão se repetir.

Ah, mas falando assim até parece uma coisa pessimista demais. Nunca mais vai acontecer, ficou no passado. Olhando por essa perspectiva, bate uma tristeza mesmo. Mas faz parte. A nostalgia com certeza traz consigo uma carga de melancolia sim. Mas de maneira geral é positiva. É uma forma do passado te mostrar que a vida tem grandes momentos e é uma linha contínua, ou seja, outros grandes momentos virão. Te incentiva a buscar um futuro, a ver algum significado na vida, que muitas vezes parece mesmo ser sem propósito. A maravilhosa animação da Pixar, Divertida Mente, lançada em 2015, escrita e dirigida pela dupla Pete Docter e Ronnie Del Carmen, mostra isso de uma maneira muito clara. No longa a ideia principal é mostrar como funciona a mente da pré-adolescente Riley num momento de mudança, tanto física quanto emocional. Mas no fim das contas tudo gira em torno das memórias da garota e de como elas são utilizadas. Sem dar spoilers, o momento de maior emoção do filme é justamente quando uma lembrança que era essencialmente feliz, ganha uma certa dose de tristeza, para se tornar uma “memória-base”. A melancolia que vem entremeada à nostalgia está misturada com grandes porções de positividade e alegria. Ao mesmo tempo que você sabe que aquele momento não volta mais, você sabe que são momentos como aquele que fazem a vida valer a pena e te faz querer criar mais momentos como aquele.

E isso faz todo o sentido. Pense da seguinte forma. Sua turma no segundo colegial. Uma turma enorme na mesma sala de aula, todo mundo amigo, era uma bagunça, todo mundo fazia piada de tudo, sacaneava professor. Além do mais ninguém ali tinha responsabilidade nenhuma a não ser passar de ano. Provavelmente foi o período da sua vida em que você mais deu risada e se divertiu até hoje. Lembrar daqueles momentos é delicioso. Mas você gostaria de voltar para o segundo colegial? Sendo que hoje você tem suas responsabilidades, toda uma vida de trabalho e tal, que não é tão divertida assim.  Mas você tem sua independência. Se quiser relaxar no fim da tarde de uma terça feira e tomar uma cerveja no bar, tá tudo bem. Você sabe mais coisas sobre a vida, tem menos medos e inseguranças… Então, o que você sente por essa época do segundo colegial não é exatamente saudade, já que você não quer passar por aquilo de novo. É apenas… nostalgia.

Outro aspecto interessante da nostalgia é que ela pode acontecer de forma coletiva. Se você buscar a etimologia da palavra comemorar, vai ver que ela deriva do latim, com-memorare, que significa relembrar com alguém, ou em comunidade. Claro, hoje em dia comemorar ganhou essa conotação de celebração, festejo, e não tem nada de errado nisso.  Mas quando dizemos que vamos comemorar a independência do Brasil, ou qualquer outro evento que diz respeito a toda a sociedade, significa que é um momento em que todos devemos relembrar aquele evento e pensar sobre ele. Ou seja, algo bem parecido com a nostalgia. Esse é o significado de desfiles nessas datas cívicas, por exemplo. Num desfile, você vê vários setores da sociedade (militares, professores, escoteiros e etc) para homenagear e relembrar em comunidade, comemorar, aquela data, aquele evento específico. Foi o que fizemos ano passado aqui na Strip Me, por exemplo. Comemoramos os 100 anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo. E fizemos isso em comunidade, através de alguns textos aqui no blog e de algumas estampas super especiais.

Um ponto interessante da nostalgia, voltando a falar sobre ela individualmente, é que ela sempre tem alguns gatilhos, que variam de pessoa para pessoa, claro. Por exemplo, para muita gente, a primeira coisa que vem à cabeça quando ouve Twist and Shout é o Ferris Bueler no meio de um desfile em Chicago, no filme Curtindo a Vida Adoidado, o que já desencadeia as lembranças das tardes na frente da TV comendo bolacha Passatempo. E esses gatilhos podem te trazer essa nostalgia, esse sentimento saudosista, do nada, sem mais nem menos. Imagine uma pessoa no metrô voltando pra casa, depois do trabalho, lendo um livro ou distraída com qualquer coisa. Passa por ela uma outra pessoa que está usando um perfume específico, aquele cheiro faz lembrar imediatamente de alguém muito querido, que usa exatamente aquele mesmo perfume e com quem ela viveu momentos muito felizes. As imagens dessas lembranças invadem a mente na hora. Ou então um cara que está almoçando sozinho na praça de alimentação do shopping, enquanto organiza em sua cabeça os compromissos que tem de tarde. Eis que começa a tocar uma música específica no som ambiente do shopping. A música que aquele cara ouviu pela primeira vez num churrasco da turma de faculdade, e que fez parte da trilha sonora das festas por um tempo. Pronto! Nostalgia! E tem as imagens também. Se você tem mais de 35 anos, não só vai ver nitidamente a embalagem na sua mente, como pode ser capaz de sentir o gosto do doce ao ler o seguinte: Cigarrinhos de Chocolate Pan, a caixinha vermelha com um garoto com um cigarrinho de chocolate entre os dedos. Lembrou? A mesma coisa acontece se você olhar para a camiseta abaixo. Você não só vai lembrar do sabor do chocolate, como vai lembrar das figurinhas com imagens de animais que vinham junto, e a lembrança pode ir além, se for o caso de, na época, ser uma tia ou sua avó, que dava dinheiro para você comprar o chocolate… enfim, nostalgia em estado bruto!

Como já foi dito aqui. A nostalgia é uma maneira de o passado te mostrar que existe uma linha do tempo coesa, que pode te fazer enxergar perspectivas para o futuro e um significado maior para a sua própria existência. E a cultura pop está aí para isso, para colaborar com os gatilhos, seja uma imagem, uma música ou um filme que marcou uma época. Na Strip Me nós nos interessamos pela vida, no passado, presente e futuro! Com a Coleção Retro, queremos trazer esse sentimento tão abrangente que é a nostalgia, mas vinculado a referências atuais, de maneira inteligente e com muito estilo. A mesma coisa você encontra em todas as outras coleções, como as camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você encontra tudo isso e ainda fica por dentro dos mais novos lançamentos.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com canções que fazem referência a nostalgia, lembranças e ao passado de maneira geral. Nostalgia top 10 tracks.

Para assistir: Definitivamente, o filme Divertida Mente, título original Inside Out, escrito e dirigido pela dupla Pete Docter e Ronnie Del Carmen e lançado em 2015 pela Disney/Pixar é realmente deslumbrante. Não só o roteiro é incrível, como a animação é ótima e traz um enredo capaz de encantar crianças e adultos, talvez encante até mais os adultos. Tem no catálogo da Dinsey+ e é imperdível!

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Top 5 Filmes Cult: A arte de envelhecer bem.

Envelhecer é inevitável. Mas envelhecer bem é uma arte. Poderíamos fazer aqui aquelas analogias batidas entre envelhecer com vigor e saúde e um bom vinho envelhecido por décadas e blá blá blá. Mas o nosso negócio aqui é justamente deixar o óbvio de lado e dar valor a outros pontos de vista. Enfim, hoje vamos falar sobre envelhecer bem, com viço e saúde, com propriedade e relevância.

Em especial nas artes, envelhecer bem não é nada fácil. Afinal, a arte, seja ela pintura, música, cinema, teatro, escultura ou fotografia, acaba absorvendo muito do momento em que é concebida. Ainda que seja simplesmente pela estética, o Davi de Michelangelo é expressão clara de seu tempo, o renascimento, com suas formas que carregam uma aura de ultrarrealismo e divindade ao mesmo tempo.

Um Cão Andaluz de Buñuel está encharcado de referências ao seu próprio tempo, de uma Europa pós Primeira Guerra, festiva e questionadora de si mesma. Velvet Underground and Nico, o disco de estreia da Velvet Underground, expressa com nitidez a aura de contra cultura, rebeldia e, até mesmo, certa alienação da juventude dos anos 60.

O que essas três obras tem em comum é que envelheceram bem. Ainda hoje são impactantes, admiráveis e relevantes. Seguem sendo referência para quem quer produzir algo novo hoje em dia.

Por isso, para demonstrar de uma vez por todas, o que significa uma obra de arte envelhecer bem, listamos 5 filmes cults que passaram dos 20 anos e continuam incríveis, que, se vistos ou revistos, hoje em dia ainda vão empolgar, emocionar, divertir e fazer pensar. Vamos á lista!

Cães de Aluguel – 1992

Começamos com o mais velhinho da lista. O primeiro filme escrito e dirigido por Quentin Tarantino completa 30 anos, mas com carinha de bebê. Um bebê bem safadinho e violento, é verdade. O simples fato de o filme se passar, na maior parte do tempo, dentro de um galpão fechado e seus personagens usarem ternos pretos  já ajuda muito para que ele seja atemporal, poderia se passar nos anos 70 ou no ano 2000. Mas é a riqueza e brilhantismo do roteiro e dos diálogos, a edição fantástica, as atuações irresistíveis e a trilha sonora impecável que fazem deste filme, ainda hoje, uma baita obra de arte!

Trainspotting – 1996

Se Cães de Aluguel é esteticamente atemporal por se passar num galpão e os personagens, em sua maioria vestirem ternos, em Trainspotting é tudo escancaradamente anos 90. O diretor Danny Boyle fez questão de retratar o tempo e espaço, uma Escócia agitada e colorida numa época de excessos e mudança de comportamento, principalmente para a juventude. O que faz Trainspottig se manter um filme empolgante até hoje é sua postura contestadora, o questionamento filosófico eterno de Sartre, de que o homem está condenado a ser livre, que envolve o roteiro e, mais uma vez, atuações excelentes e uma trilha sonora arrebatadora.

O Grande Lebowski – 1998

A premissa deste filme chega a ser desanimadora. Personagens homônimos ou fisicamente parecidos que trocam de lugar ou são confundidos um com o outro e se metem em mil confusões é uma parada muito antiga no cinema. O que faz de O Grande Lebowski ser tão diferente e tão marcante até hoje é… o grande Lebowski! Claro que tudo funciona lindamente no filme, os personagens coadjuvantes super bem construídos, a trama insólita em constante evolução, a estética desleixada e charmosa dos anos 90, o ar de contracultura… mas o carisma do personagem principal, o inigualável The Dude, que Jeff Bridges entrega com perfeição, é arrebatador. É o tipo de filme que você pode já ter visto várias vezes, mas se estiver zapeando a TV à cabo e passar por ele, é irresistível parar e assistir até o fim.

Quero Ser John Malkovich – 1999

Podemos dizer que se trata de um filme de novatos. Mas que novatos! Este foi o primeiro filme de destaque do Spike Jonze como diretor e o do Charlie Kaufman como roteirista. Ambos rapidamente ganharam o status de gênios do cinema cult. E não é para menos. Em Quero ser John Malkovich o realismo fantástico de Charlie Kaufman se mostra ilimitado, mas sempre ancorado em questões existenciais e muita ironia, a direção bucólica de Spike Jonze é magistral e as atuações impactantes de John Cusack, Cameron Diaz, Catherine Keener e o próprio John Malkovich completam a receita. É um filme atemporal e envelheceu muito bem, porque é realmente fascinante e inusitado de tal forma, que segue sendo instigante e desafiador.

Clube da Luta – 1999

Completamos esta lista com o maior filme cult dos últimos tempos. Todo mundo conhece o Tyler Durden e sabe muito bem qual a primeira regra do clube a luta. Regra esta que quebramos aqui mais uma vez para falar da força descomunal deste filme. Um filme lançado 23 anos atrás e que, de toda essa lista, é o que se mantém mais atual. Afinal o roteiro, excelente diga-se, levanta questões que transcendem qualquer evolução tecnológica, pois diz respeito ao consumismo, a relação com o trabalho, a solidão, empatia, conformismo, a mídia doutrinadora, depressão e etc. Fora isso, tudo é bem feito e funciona no filme. As atuações impecáveis de Brad Pitt e Edward Norton, a direção caótica de David Fincher, a trilha sonora pesada, a fotografia contemporânea e visceral. É um filme que, não só envelheceu bem, mas continua influente e profundo. E assim seguirá pelos próximo 30, 40 anos a frente.

Pronto. Se você quer ter um fim de semana mais tranquilo e caseiro, já tem aí uma listinha respeitável de filmes para ver ou rever. Uma lista que tem tudo a ver com a Strip Me! Para nós a arte contestadora, de vanguarda e questionadora, como são estes cinco filmes, tem um cantinho especial no coração. Por isso fazemos questão de estar sempre entregando camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e comportamento com um olhar mais aguçado, mas sem perder a elegância e bom gosto. Pra conferir, é só acessar a nossa loja, onde sempre tem novos lançamentos pipocando.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma Playlist com o melhor da trilha sonora de cada um dos filmes listados: Cine Cult top 10 tracks.

Para assistir: Além desse top 5 retumbante, vamos quebrar o seu galho e falar de mais um filme cult clássico e irretocável, mas que não tem mais de 20 anos, por isso não entrou na lista acima. Estamos falando de 500 Days of Summer, um filme cult por excelência, com direito a estética vintage, um caminhão de referências pop e The Smiths na trilha sonora. Mais cult que isso, impossível. E é um filme divertidíssimo mesmo! Pra ver e rever naquele domingo de chuva comendo pipoca no sofá. Ah, sim, o filme é de 2009, dirigido pelo Marc Webb e estrelado pela Zooey Deschanel e Joseph Gordon Levitt.

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