Os 10 maiores êxitos (até agora) da carreira premiada de Fernanda Torres.

Os 10 maiores êxitos (até agora) da carreira premiada de Fernanda Torres.

A atriz Fernanda Torres fez história ao ser premiada com o Globo de Ouro pela sua atuação no filme Ainda Estou Aqui. Mas além desse feito, a história da atriz tem muitos outros momentos marcantes. A Strip Me compilou os 10 mais importantes para você conhecer.

Começamos 2025 com o pé direto! Aliás, com os dois pés, escancarando a porta do cinema mainstream mundial (leia-se Hollywood)! Fernanda Torres desbancou Nicole Kidman, Kate Winslet e Angelina Jolie, trazendo pra casa o caneco do Golden Globe Awards. É claro que uma conquista dessa não acontece da noite pro dia, é toda uma construção e evolução de uma carreira sólida e plural. A história de Fernanda Torres passa por quase todas as manifestações artísticas com muito sucesso.

Para celebrar a premiação da Fernanda Torres no Golden Globe de 2025, a Strip Me selecionou os 10 maiores êxitos da história da atriz até agora. Confira.

Genética.

Obviamente não existe nenhuma comprovação científica que o talento para determinada expressão artística seja hereditário. Tá aí o Julian Lennon que não nos deixa mentir. Mas certamente rola uma influência, não só dos pais, mas também do ambiente em que uma criança vive, para despertar certas aptidões. E, muitas vezes, isso pode até atrapalhar, já que se o pai e/ou a mãe são muito famosos, o filho que seguir os passos dos pais pode acabar sempre sendo alvo de comparações e tendo dificuldade para sair da sombra deles. O primeiro êxito da carreira da Fernanda Torres foi ser filha de dois gigantes da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro e Fernando Torres, conseguir absorver tudo que eles poderiam ensinar e ter autenticidade suficiente para se esquivar de possíveis comparações.

Teatro.

Como a maioria dos atores e atrizes, os primeiros passos de Fernanda Torres na dramaturgia aconteceu no teatro. E mesmo tendo ela explorado muitas outras mídias ao longo de sua história, ela nunca abandonou os palcos. Aos treze anos de idade, Fernanda Torres ingressou na Escola de Teatro Tablado, no Rio de Janeiro, celeiro de boa parte dos grandes atores do país. Alguns meses depois ela já estreou atuando na peça Um Tango Argentino, da dramaturga Maria Clara Machado. De lá pra cá, não parou mais. Nos palcos de teatro, fez de tudo, do drama à comédia, sempre elogiada. Mas, sem dúvida, seu maior sucesso no teatro foi o monólogo A Casa dos Budas Ditosos, texto inspirado no romance de João Ubaldo Ribeiro. A peça estreou em 2003, rendeu vários prêmios à atriz, foi visto por mais de dois milhões de pessoas e segue sendo sucesso, tanto que, vira e mexe, volta a estar em cartaz até hoje.

Novela.

A migração do teatro para a TV era inevitável, dado o talento e carisma de Fernanda Torres. Ela tinha apenas três anos de carreira no teatro quando fez sua primeira novela. E começou bem, numa novela do já renomado Manoel Carlos. A novela era Baila Comigo, e foi ao ar entre 1981 e 1983. Na sequência, já emendou participações em novelas de grandes nomes como Gilberto Braga e Janete Clair. No total, foram 5 novelas onde Fernanda Torres atuou, todas com grande sucesso. Parece pouco, é verdade, mas certamente sua presença na televisão brasileira não se limitou às novelas.

Música erudita.

Entre 1965 e 1985, a Rede Globo exibiu nas manhãs de domingo um ousado programa chamado Concertos para a Juventude. O intuito do programa era estreitar os laços, não só dos jovens, mas de toda a população, com a música erudita. Tudo acontecia ao vivo, com plateia, orquestras interpretando peças de Mozart, Stravinsky, Weber, Tchaikovsky e tantos outros. Entre uma e outra apresentação os apresentadores faziam comentários sobre as obras, seus autores e etc, tornando tudo muito didático. E fazia muito sucesso. Até o início dos anos 80 o programa era apresentado pela atriz Bibi Vogel. Em 1982 ela foi substituída pela Fernanda Torres. Com Fernanda, o programa seguiu até 1985. O último programa foi uma belíssima homenagem a Heitor Villa-Lobos. Concertos para a Juventude chegou a ser reconhecido pela Unesco como modelo de programa de TV, e também virou bordão do Faustão, quando o apresentador chamava números musicais ao vivo em seu programa dominical.

Cinema.

Sem dúvida é no cinema que Fernanda Torres consegue expressar toda a sua potência artística. São mais de 20 longas feitos pela atriz, a maioria deles com atuações surpreendentes, e alguns beirando a perfeição. Ela estreou no cinema em 1983 protagonizando o filme Inocência, dirigido por Walter Lima Jr, que contava com a trilha sonora composta por Wagner Tiso, diga-se. Entre suas atuações mais marcantes estão o combativo O Que É Isso, Companheiro, de Bruno Barreto, Com Licença, Eu Vou à Luta, de Lui Ferreira, O Judeu, de Jom Tob Azulay, Terra Estrangeira, de Walter Salles, Eu Sei que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor e, é claro, acima de todos, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles.

A primeira premiação a gente nunca esquece.

Não pense você que o Globo de Ouro foi o primeiro prêmio internacional de peso que Fernanda Torres ganhou. Lá em 1987, pela sua atuação no delicado e muito bem feito filme Eu Sei que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor, Fernanda Torres ganhou dois prêmios muito importantes. O primeiro foi o de melhor atriz no celebrado Festival de Cinema de Cannes. Em seguida, levou, na mesma categoria, o prêmio no Festival de Cinema de Cuba, que, na época, era um dos mais importantes festivais de cinema das Américas. Já aqui no Brasil, são dezenas de premiações, do Festival de Cinema de Gramado ao Troféu APCA, do Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro ao Troféu Imprensa.

A parceria com Walter Salles.

Fernanda Torres é para Walter Salles o que Uma Thurman é para Quentin Tarantino. Assim como Thurman para Tarantino, Fernanda Torres não está em todos os filmes de Walter Salles, mas está nos mais importantes do cineasta, e sempre entregando atuações impressionantes, fortalecendo assim uma parceria duradoura e de muito sucesso. São apenas 3 longas que Fernanda Torres protagoniza, na extensa filmografia de Walter Salles. Mas são três obras marcantes. Terra Estrangeira, lançado em 1995, O Primeiro Dia, de 1998, e o recente e aclamado Ainda Estou Aqui, lançado ano passado.

Comédia na TV.

Como já dissemos, Fernanda Torres fez poucas novelas, mas está presente na TV desde os anos 80 em diversos programas, desde humorísticos até minisséries, além de apresentar programas e etc. E o que tornou Fernanda Torres realmente famosa e uma das atrizes mais queridas em todo o país foi sua leveza e naturalidade para fazer comédia. O primeiro programa em que ela se destacou neste segmento foi na excelente série Comédia da Vida Privada, exibida entre 1995 e 1997 na Globo, com textos maravilhosos de Luis Fernando Veríssimo e direção que variava entre nomes como Fernando Meirelles, Guel Arraes e Mauro Mendonça Filho. Tapas e Beijos foi outra série onde Fernanda Torres brilhou e fez muita gente gargalhar, dividindo cena com a também maravilhosa Andréa Beltrão. Mas o que fez Fernanda Torres realmente estourar de popularidade foi a série Os Normais, que ela protagonizou com Luis Fernando Guimarães. E era realmente uma série brilhante, divertidíssima, com texto afiadíssimo da Fernanda Young. Os Normais até hoje é lembrado por muita gente, influenciou toda uma geração de comediantes brasileiros e rendeu dois longas metragens.

Literatura.

Pois é. Além de atuar em cinema, teatro e TV, Fernanda Torres ainda encontra tempo para escrever. Ela é autora de três livros, todos eles muito elogiados pela crítica. Seu primeiro livro lançado foi Fim, romance editado pela Companhia das Letras em 2013. Livro este que acabou sendo adaptado para a TV em 2023, virando uma série. Em 2014 ela suaviza um pouco lançando uma deliciosa coletânea de crônicas chamada Sete Anos. Em 2017 sai seu segundo romance, o impactante A Glória e Seu Cortejo de Horrores. Assim como o primeiro, esses dois livros também saíram pela editora Companhia das Letras e são todos altamente recomendados!

Ainda Estou Aqui.

Fernanda Torres não trabalhava diretamente com Walter Salles desde o fim dos anos 90. O retorno da parceria aconteceu de uma maneira tão intensa, que só poderia mesmo terminar de maneira magistral, com a premiação da Fernanda Torres no Globo de Ouro, a primeira atriz brasileira a receber o prêmio. Ainda que o filme não tenha ganho o prêmio de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, a premiação de Fernanda Torres mostra a força do cinema brasileiro, ainda mais se pensarmos que ela concorria com atrizes espetaculares e premiadas como Nicole Kidman, Angelina Jolie e Kate Winslet. E ainda não acabou, afinal, temos pela frente o Oscar, e, vai que…

Que orgulho podermos fazer o primeiro post do ano no blog da Strip Me comemorando a premiação da inigualável Fernanda Torres no Globo de Ouro. O cinema é certamente uma das fontes essenciais de inspiração e referência para a Strip Me produzir camisetas tão incríveis e originais. E a brasilidade, outro elemento primordial para nós, também se faz presente. Ver uma atriz brasileira vencendo um prêmio tão importante só nos instiga a querer fazer mais. E vamos aguardar porque ainda tem o Oscar. É claro, a gente tem que ir com calma, não dá pra ser tão otimista, mas… VAMO PRA CIMA, PORR@! AQUI É BRASIL NO OSCAR!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist saborosa onde a música brasileira e o cinema se encontram. Música & Cinema BR Top 10 tracks.

10 motivos para você assistir Twin Peaks.

10 motivos para você assistir Twin Peaks.

Uma das séries mais importantes da história da televisão, saída da cabeça privilegiada de David Lynch e influente até hoje, Twin Peaks é uma obra prima! A Strip Me celebra este clássico revelando 10 motivos para você assistir (ou rever) essa série maravilhosa.

Na noite do dia 8 de abril de 1990, quem assistia televisão nos Estados Unidos foi transportado para um mundo de mistério e muita esquisitice. E a maioria dessas pessoas fez questão de não sair desse mundo, deixando ecoar na mente uma só pergunta: “Quem matou Laura Palmer?”, a garota encontrada embrulhada em plástico na beira de um rio. A pequena cidade de Twin Peaks, que dá nome à série, é fictícia, porém, a cidade de Snoqualmie, no estado de Washington e pertinho de Seattle é conhecida hoje por muita gente como a verdadeira Twin Peaks, afinal foi lá que boa parte da série foi filmada. A cidade recebe fãs da série o ano todo, e por isso mesmo, mantém muitos dos imóveis e até mesmo a entrada da cidade, como foi retratado na série.

Twin Peaks é uma criação do cineasta David Lynch em parceria com o roteirista Mark Frost. Muitas são as lendas e curiosidades que envolvem a série. Exibida inicialmente em duas temporadas, em 1990 e 1991, teve dois longas metragens dirigidos pelo próprio Lynch e uma nova temporada, que deu sequência às duas primeira, lançada em 2017. Cultuada desde seu lançamento até hoje em dia, Twin Peaks é um marco do entretenimento e merece ser vista pelas novas gerações e revisitada por quem já viu mais de uma vez. Pra deixar isso claro, a Strip Me te dá 10 motivos para assistir Twin Peaks.

Tudo começou com a Marilyn Monroe.

No final dos anos oitenta, David Lynch e Mark Frost estavam trabalhando na adaptação para o cinema de um livro sobre a biografia de Marilyn Monroe. A coisa desandou e o projeto foi abortado, reza a lenda, porque Lynch insistia numa teoria da conspiração de que JFK esteve envolvido na morte da estrela, e estúdio nenhum de Hollywood queria comprar uma briga dessa. De qualquer forma, alguns elementos dessa biografia foram aproveitados na elaboração da série, como a morte de Laura Palmer, que aconteceu antes que ela contasse que estava envolvida com uma famosa figura da cidade, informação esta que constava em seu diário. O mesmo aconteceu com Monroe, que mantinha um diário e estava decidida a revelar seu relacionamento extraconjugal com Kennedy quando morreu, segundo o livro e as teorias de Lynch.

Os sinais estão noir.

O gênero cinematográfico noir tornou-se incrivelmente popular entre os anos 50 e 60, e acabou por influenciar radicalmente as gerações futuras de cineastas. Lynch e Frost sempre foram apaixonados pelo gênero e, não só fizeram de Twin Peaks uma série noir surrealista e perturbadora, como inseriram inúmeros elementos que fazem referêncvia aos filmes clássicos do gênero. Por exemplo, Maddy Ferguson, por exemplo, a versão morena de Laura Palmer, interpretada pela atriz Sheryl Lee, tem o mesmo nome de uma das personagens de Kim Novak no clássico filme Vertigo, de Hitchcock. Duas personagens, porque, assim como na série, Novak interpretava duas garotas, uma loira, que foi assassinada e uma sósia de cabelos pretos. Tem também na série um agente de seguros chamado Walter Neff, nome do personagem de Fred MacMurray em Pacto de Sangue, de Billy Wilder lançado em 1944. Isso sem falar em várias referências aos filmes Laura, de 1944, Crepúsculo dos Deuses, de 1950, e muitos outros. Twin Peaks é uma ode ao cinema noir.

Spielberg ficou na vontade.

Às vezes pode parecer exagerado quando a gente fala de uma série como Twin Peaks com tamanho entusiasmo. Mas não é exagero, foi realmente uma parada muito impactante e revolucionária na época. Tanto é que na segunda temporada muita gente grande quis fazer parte de alguma forma daquilo, pois sacaram que se tratava de uma série histórica. Uma dessas pessoas foi ninguém menos que Steven Spielberg, que na época, 1991, já era um dos cineastas mais celebrados do mundo. Spielberg se encantou com a série e chegou a pedir a Lynch que ele dirigisse um episódio Cogitou-se então dar o primeiro episódio da segunda temporada na mãos de Spielberg. Mas não rolou. Dizem que Lynch e Spielberg tiveram uma longa conversa, e que Spielberg havia prometido que faria a direção deixando o episódio o mais “estranho” possível, detalhando algumas de suas ideias. No fim, Lynch achou a abordagem de Spielberg muito convencional e dirigiu ele mesmo a estreia da segunda temporada, garantindo que Spielberg iria dirigir algum episódio no futuro. Mas o criador de ET e de Indiana Jones ficou a ver navios e está até hoje esperando tal oportunidade.

Reprovado em Cannes.

Em 1992 Twin Peaks reinava absoluta como a grande série de TV do momento. Porém, Lynch e Frost não estavam prontos para uma terceira temporada. No entanto, produziram um longa metragem excelente revelando os dias que antecederam a morte de Laura Palmer. Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (título original Twin Peaks: Fire Walk With Me) foi lançado em 1992, e Lynch fez questão de apresentá-lo no Festival de Cannes. Apesar de todo o sucesso da série, da fotografia ousada do longa, do ótimo elenco, da trilha sonora inspirada… apesar de tudo isso, o filme levou uma vaia vigorosa ao final da exibição no festival. Claramente porque a platéia não entendeu nada. Não entendeu, inclusive, o que todos os admiradores de Lynch e de Twin Peaks sacaram desde sempre: não é pra entender, mas sim pra sentir, pra curtir, pra pirar, pra dar risada… Além disso, não tem nada mais antiestablishment do que ser reprovado em Cannes. Portanto, mais um ponto positivo para Twin Peaks.

David Bowie esteve aqui.

Por falar no longa metragem Twin Peaks: Fire Walk With Me, assim como Spielberg, outro admirador declarado da série é ninguém menos que David Bowie. Este sim, tem tudo a ver com a aura lynchniana de Twin Peaks. Tanto que, quando soube disso, Lynch convidou Bowie para atuar no longa e escreveu um papel especialmente para ele, o agente do FBI Phillip Jeffries. E Bowie, solto e canastrão está excelente no filme! Ele também aparece no filme de 2014, Twin Peaks: The Missing Pieces, que Lynch dirigiu. Trata-se de um compilado de cenas deletadas, tanto da série, como do filme, que com uma montagem e edição eficientes, formam um filme interessante, trazendo novos pontos de vista sobre o assassinato de Laura Palmer. Bowie estava escalado também para atuar na terceira temporada da série, que estreou em 2017, porém, ele faleceu um ano antes.

Quem matou Laura Palmer?

Pois é, como uma boa obra de cinema noir que se preze, Twin Peaks é carregada de mistério, sobretudo envolvendo um assassinato. E tudo que se quer numa história de assassinato é descobrir quem é o assassino. Lynch e Frost sempre souberam disso. Tanto que encerraram a primeira temporada sem revelar o assassino. A segunda temporada, lançada no ano seguinte, ia pelo mesmo caminho. Amontoavam-se pistas aqui e ali, teorias, bizarrices cada vez maiores… mas nada de revelar quem matou Laura Palmer. A ABC, canal de TV que transmitia a série, estava pressionando Lynch e Frost para revelarem o assassino desde a primeira temporada. Mas quando a segunda começou sem dar nenhum sinal que tal revelação ia rolar, eles pararam de pedir com gentileza, empurrando o programa para um horário péssimo que prejudicaria a audiência. Pouco depois da metade da segunda temporada, o assassino foi revelado. Lynch era contra, pois, com razão, sabia que a série se mantinha por conta do mistério, e que era muito mais sobre a cidade em si do que simplesmente sobre o assassinato de Laura. Ele estava tão certo que o tiro da ABC saiu pela culatra, e depois que o assassino foi revelado, a audiência caiu consideravelmente.

Angelo Badalamenti.

O músico e compositor Angelo Badalamenti já era amigo e parceiro de Lynch desde muito antes de Twin Peaks e fez muita coisa boa. Suas trilhas sonoras são realmente muito inspiradas, sobretudo a do filme Blue Velvet, de Lynch, lançado em 1986. Mas em Twin Peaks Badalamenti se supera, compondo uma trilha soberba, cheia de camadas e densidade. A música de abertura da série, inicialmente intitulada simplesmente Love Theme, é brilhante e, reza a lenda, foi composta em apenas 20 minutos. Além de ser responsável pelas trilhas sonoras de praticamente todos os filmes de Lynch, incluindo o excelente Cidade dos Sonhos, Badalamenti ainda compôs as trilhas de grandes filmes como O Suspeito da Rua Arlington, de Mark Pellington, lançado em 1999, o maravilhosos Secretária, de Steven Shainberg, lançado em 2002, Água Negra, do brasileiro Walter Salles, lançado em 2005 e muitos outros.

Te confundindo pra te esclarecer.

As duas primeiras temporadas de Twin Peaks, em 1990 e 1991, foram indiscutivelmente revolucionárias. Lynch e Frost (Lynch principalmente) pegou todas as regras e padrões de uma produção de série para tv e jogou no lixo (talvez tenha até colocado fogo em seguida, pra não sobrar nada mesmo). Twin Peaks não só trouxe uma linguagem mais cinematográfica para a TV, mas trouxe também conceitos de arte como o surrealismo e a psicodelia. Isso na estética. Já no roteiro, a beleza e originalidade estão justamente em dar ênfase nos personagens e na cidade, criar climas, diálogos… fazer com que o espectador se envolva de fato com a trama, sem dar respostas claras. Aliás, sem dar resposta nenhuma, praticamente, e ainda encher a sua cabeca de caraminholas, dando pano pra manga em teorias e divagações. Como já foi dito, Twin Peaks não é uma série para ser entendida racionalmente, não tem um começo, meio e fim estabelecidos, não dá muitas repostas, tem várias pontas soltas de roteiro… mas apresenta um retrato irresistível do inconsciente, do delírio e do sobrenatural! Lynch e Frost são Dali e Buñuel dos anos 90.

Tronco carismático.

Entre as milhares de bizarrices e excentricidades apresentadas na série, uma chama muito a atenção e se tornou um dos maiores ícones de Twin Peaks: o tronco de Margaret Lanterman. Margaret, mais conhecida como a Dama do Tronco, era uma moradora de Twin Peaks conhecida por carregar consigo um tronco cortado, com quem ela conversava e alegava ser capaz de prever eventos. Para a maioria dos moradores da cidade, ela era considerada apenas uma doente mental, pois frequentemente falava coisas sem sentido. No entanto, para além de suas falas aparentemente desconexas, Margaret tinha poderes xamânicos, capaz de interagir com o mundo espiritual. Margaret era interpretada pela atriz Catherine Coulson, que foi presenteada com o tal tronco quando acabaram as gravações de Twin Peaks. A atriz faleceu poucas semanas após o final das gravações da terceira temporada, em 2017, onde ela protagonizou uma cena de forte carga emocional falando sobre morte. O tronco segue com a família da atriz, que frequentemente recebe propostas de compras do objeto, chegando a valores que ultrapassam 300 mil dólares.

It’s David “Fucking” Lynch!

Se tudo que foi dito até agora não fosse suficiente, o simples fato de ser uma obra de David Lynch já deveria ser um argumento forte o suficiente para te convencer a assistir Twin Peaks. Afinal, estamos falando de um dos cineastas mais disruptivos, criativos e provocadores da história do cinema! Lynch carrega ares de divindade para caras como Tim Burton, Almdóvar, Dennis Villeneuve, Lars Von Trier e Darren Aronofsky. Lynch já estreou com um filme brilhante, o clássico Eraserhead, de 1977, depois vieram outros filmes inacreditáveis como O Homem Elefante, Blue Velvet, Coração Selvagem, Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos… enfim, David Lynch é um dos grandes mestres do cinema e só isso já é suficiente para você querer ver e rever Twin Peaks, e toda a filmografia de Lynch!

Concluindo, se você gosta de séries como Arquivo X, True Detective, Lost, Dark, Stranger Things e tantas outras, você precisa agradecer a Twin Peaks. E a Strip Me não só agradece a Twein Peaks e ao David Lynch, como faz questão de prestar sua homenagem elaborando sempre camisetas cheias de personalidade e originalidade. As camisetas de cinema, por exemplo, estão repletas de referências a grandes filmes, diretores e séries. E tem também as camisetas de música, arte, cultura pop e muito mais. Você confere tudo no nosso site, e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com os melhores sons que rolaram tanto na série quanto nos filmes. Twin Peaks Top 10 tracks.

7 curiosidades para entender o folclore brasileiro.

7 curiosidades para entender o folclore brasileiro.

Claro, ninguém está competindo, mas não dá pra negar que o folclore brasileiro é o melhor do mundo, né? plural e riquíssimo, nosso folclore vai da gastronomia às lendas mais fascinantes. A Strip Me traz 7 curiosidades sobre o folclore brasileiro, pra você ficar sabendo tudo sobre o assunto.

No dia 22 de agosto de 1846, o escritor inglês William John Thoms inventou o termo folklore, unindo as palavras folk (pessoas, povo) e lore (conhecimento, saber), para designar os conhecimentos e cultura tradicionais que formam a identidade de um povo ou sociedade. Isso significa que o termo engloba todo o tipo de manifestações culturais, como música e dança, mas a melhor e mais clara personificaçãso do folclore são histórias e lendas contadas oralmente. Tanto é que dois dos mais famosos pioneiros no estudo do folclore foram os Irmãos Grimm, que coletaram e registraram em livros muitas das lendas folclóricas da Europa, que acabariam por se tornar os populares contos de fadas (que de infantis não tinham nada). Portanto, o conceito de folclore surgiu no século XIX e foi se espalhando pelo mundo, fazendo com que cada povo buscasse seus elementos folclóricos.

Aqui no Brasil, até rolaram alguns estudos sobre o folclore brasileiro ainda na segunda metade do século XIX, mas foi só no século XX que isso se tornou uma pauta realmente relevante entre intelectuais e a coisa toda desenrolou. A Strip Me traz 7 curiosidades que vão te deixar muito bem informado sobre o folclore brasileiro e tudo que ele envolve.

Origens.

Antes de mais nada, é bom ressaltar que um dos fundamentos do folclore de maneira geral é não se saber a origem de seus elementos, uma vez que eles são natos à sua sociedade e transmitidos de maneira oral ao longo de gerações. Portanto, aqui não vamos tratar da origem de personagens, lendas e etc, mas sim dar uma geral em como esses elementos começaram a ser estudados, catalogados e etc. O nome mais importante do folclore brasileiro é o historiador e antropólogo Luiz da Câmara Cascudo. Mas não foi o único. Enquanto Câmara Cascudo fazia seus estudos no Rio Grande do Norte, em São Paulo Mário de Andrade também mergulhava no Brasil profundo, bem como Monteiro Lobato. Aliás, a Semana de Arte Moderna de 1922 foi importantíssima para gerar curiosidade e interesse de cada vez mais pessoas pelo folclore brasileiro.

Personagens mais conhecidos.

São muitos os personagens do folclore brasileiro. Muitos deles conhecidos apenas em algumas regiões, já que as lendas do nosso folclore são distintas nas diferentes partes de um país tão grande, afinal, tais lendas e personagens surgem em ambientes diferentes. A região norte tem suas lendas mais ligadas às florestas e aos indígenas, no nordeste tem muita influência africana, dada a alta concentração de escravizados em Pernambuco e na Bahia no período colonial. Nas regiões sul e sudeste são lendas e personagens relacionadas às fazendas e no centro oeste misturam-se lendas de fazendeiros com a cultura indígena. Entretanto, por terem sido retratados em livros, filmes e séries de TV, alguns personagens dessas lendas ficaram conhecidos no país todo. Alguns deles são:

Saci-Pererê: Entidade zombeteira, Saci é um pequeno negrinho conhecido por realizar travessuras contra viajantes e moradores da zona rural. Possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e fuma cachimbo.
Boitatá: cobra de fogo que, na lenda, atacava aqueles que incendiavam a floresta.
Curupira: Entidade da floresta, de cabelos vermelhos como o fogo e os pés ao contrário (com os calcanhares para frente). É o protetor da floresta, aterrorizando os homens brancos que a desmatam..
Boto cor-de-rosa: Personagem do folclore amazônico, é um boto (o golfinho de água doce) que se transforma em um homem sedutor, frequenta festas, seduzindo e engravidando mulheres solteiras.
Mula sem Cabeça: A história varia um pouco de um lugar para o outro, mas em geral, trata-se de uma mulher que se deitou com um sacerdote religioso e foi amaldiçoada, se transformando em uma mula com labaredas de fogo no lugar da cabeça, que galopa pelos campos de noite, assombrando as pessoas.
Iara: É a sereia brasileira. A lenda de Iara vem dos índios. Dizem que Iara era uma habilidosa guerreira, que despertava a inveja de seus irmãos homens. Os irmãos armaram uma emboscada para matá-la, mas ela não só escapou, como acabou matando seus irmãos. Seu pai, indignado pela morte dos filhos homens jogou Iara no encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Os peixes a resgataram e a transformaram em sereia. Desde então, ela aparece vez por outra para encantar com sua beleza e seu canto pescadores que se aventuram pelos rios da Amazônia.
Cuca: Personagem que surgiu na Península Ibérica e se enraizou no folclore brasileiro através dos colonos portugueses e espanhóis que vieram para cá na época das grandes navegações. É uma bruxa que pode ter a forma de uma velha, ou de uma mulher com cara de jacaré. Uma das versões da lenda diz que, a cada 1.000 anos, brota de um ovo uma nova Cuca. Então, a Cuca “antiga” se transforma em um pássaro de canto triste, enquanto a nova Cuca assume seu papel, fazendo maldades maiores do que a anterior. Recentemente, muita gente tem implorado para ser pego pela Cuca, que foi repaginada e interpretada pela maravilhosa Alessandra Negrini numa série de TV.

Festas.

Nem só de lendas e personagens curiosos vive o folclore. Os costumes e cultura tradicionais de um povo também fazem parte do folclores. Desta forma, algumas festas típicas, celebradas há muito tempo e que caracterizam a cultura brasileira podem ser consideradas folclóricas. assim é o Carnaval, a Festa Junina e o Bumba Meu Boi (ou Boi Bumbá). Curiosamente, as 3 festas tem origem européia, sofrendo adaptações e transformações, se mesclando às culturas de povos originários e africanos e se tornando autenticamente brasileiras. Essas festas são todas reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Gastronomia.

E não tem festa sem comida, né? Mas falando sério, a gastronomia faz parte da cultura, principalmente quando se trata de um prato cuja a origem é desconhecida ou tem muitas versões e existe faz muito tempo. Provavelmente o mais emblemático desses pratos seja a feijoada, cuja a origem gera muita polêmica. A maioria dos historiadores negam a versão de que a feijoada foi criada pelo escravos, que pegavam as partes do porco que seus donos não comiam. Pois ensopados de feijão com aparas de carnes já eram comuns na Europa antes da colonização do Brasil. Possivelmente, a feijoada, assim como as festas e algumas lendas, é resultado da mistura de culturas, alguma receita européia que foi adaptada com ingredientes brasileiros. O mesmo vale para o pato no tucupI, o acarajé e até mesmo o churrasco de chão, típico do sul do país. Tudo isso faz parte do nosso folclore. E, claro, para ajudar na digestão, a nossa boa e velha cachaça também é folclórica!

Música.

A música é parte fundamental do folclore. Não só aqui, mas em todo lugar. Aqui no Brasil a gente se acostumou a tratar o folclore como uma coisa restrita a essa parte de lendas, do Saci e da Mula Sem Cabeça. Já em outros países, a música tradicional é tão presente que se tornou um gênero, a folk music. Claro, rolou aí uma apropriação do termo folklore entre os gringos, em especial os estadunidenses. Uma coisa é o Woody Guthrie, ou até mesmo o Bob Dylan, tocando canções antigas ao violão, outra coisa é uma gurizada mais nova tocando canções originais, novas e dizendo que fazem folk music. Mas pra nós isso não interessa. O que interessa é que a nossa música folc é riquíssima! O samba é folc, a moda de viola é folc, o frevo é folc, o baião é folc! E gente como Cartola, Luis Gonzaga, Tonico e Tinoco e muitos outros são autores autênticos da música folclórica brasileira!

Literatura.

Voltando aos personagens e lendas, o folclore, como já dissemos aqui é essencialmente formado por histórias contadas de forma oral e transmitidas de geração para geração. Mas alguns escritores ajudaram a popularizar essas lendas para além de suas regiões de origem através da literatura. Muitos livros foram escritos tanto romances e contos, como compêndios e estudos sobre lendas do folclore. Aqui vamos citar os dois mais importantes, um na área do romance e outro na área dos estudos. O modernista Mário de Andrade escreveu uma obra definitiva sobre o folclore brasileiro, o livro Aspectos do Folclore Brasileiro. Um compilado de ensaios sobre diferentes pontos de vista e abordagens do nosso folclore. Foi relançado pela Editora Global em 2019 sob a supervisão de mestres e doutores titulares do curso de antropologia da USP (Universidade de São Paulo). Outra obra que não pode deixar de ser citada é O Sítio do Pica Pau Amarelo, a obra mais conhecida de Monteiro Lobato. Trata-se de 23 volumes, escritos entre 1921 e 1947. Entre os volumes mais célebres estão Reinações de Narizinho, O Saci, Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática e Histórias de Tia Nastácia. Todas as histórias se passam num sítio e são permeadas por lendas e personagens do folclore brasileiro. Todos os 23 livros foram lançados por várias editoras ao longo dos anos, mas os mais caprichados são os lançados pela Editora Brasiliense, em capa dura.

Filmes e Séries.

TV As produções do audiovisual envolvendo o folclore brasileiro não é assim tão vasto quanto a literatura. Claro, é uma mídia bem mais cara e trabalhosa. Ainda assim, existem vários títulos excelentes disponíveis por aí, alguns não tão fáceis de serem encontrados, é verdade, mas que vale a pena procurar. Entre os filmes, recomendamos duas produções recentes e muito interessantes. A primeira é Recife Assombrado, um filme de terror muito bem executado, dirigido por Adriano Portela e lançado em 2019. Trata-se da história de um jovem que procura seu irmão desaparecido na cidade de Recife, e acaba se deparando com assombrações, muitas delas ligadas a lendas do folclore. Na mesma pegada de terror, dirigido por Erlanes Duarte e lançado em 2021, temos Curupira, O Demônio da Floresta. Um filme intenso onde um grupo de jovens se perde na floresta amazônica e enfrentam um truculento caçador e o assustador Curupira. Recife Assombrado é um filme mais difícil de ser encontrado, já Curupira, O Demônio da Floresta está disponível na Amazon Prime e na Apple TV.

Já as séries, temos a clássica produção da TV Globo de Sítio do Pica Pau Amarelo, lançada em 1977 e feita até 1986, tendo 14 temporadas. A série adapta para a TV boa parte da obra de Monteiro Lobato com muita eficiência, além de ter na abertura a música de Gilberto Gil que se tornou um clássico absoluto. Mais recente, a Netflix produziu entre 2021 e 2023 a série Cidade Invisível, onde as criaturas folclóricas vivem na atualidade disfarçadas entre as pessoas comuns, mas acabam sendo ameaçadas. A série tem apenas duas temporadas, a segunda é mais fraquinha, mas a primeira é excelente e vale muito a pena assistir.

Pois é. O folclore brasileiro é vasto, muito rico e abrangente. Igualzinho a Strip Me, que tem um catálogo vasto, muito rico e abrangente de camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas e muito mais. Tudo com o borogodó que só a gente tem, com brasilidade saindo pelos poros! Vai pro nosso site conferir, e aproveita pra ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: uma playlist caprichada com músicas inspiradas no folclore brasileiro. Folclore top 10 tracks.

10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

10 bigodes que fizeram história na cultura pop.

Determinados elementos são tão marcantes que viram referência. Na cultura pop, bigodes das mais diferentes formas e espessuras viraram verdadeiros ícones. A Strip Me elencou os 10 mais memoráveis.

Conjunto de pêlos faciais que cresce acima do lábio superior e abaixo do nariz. Resumindo muito basicamente, essa é a definição do bigode. Atualmente é meramente estético, mas na antiguidade, já foi símbolo de poder, religiosidade e bravura. Ainda que os primeiros registros mais confiáveis de homens ostentando bigode date do século IX, há indícios que já no Antigo Egito, ele já fosse utilizado. A origem da palavra mustache, bigode em inglês, tem origem no grego helenístico, vindo se transformando ao longo dos séculos. Já a palavra bigode em si tem origem mais interessante. Na Idade Média, os bárbaros germânicos usavam bigodes volumosos e tinham por grito de guerra “Bei Gott!”, ou seja, por Deus. O pessoal da península ibérica associou o grito de guerra aos homens peludos entre a boca e o nariz e passaram a chamar os bárbaros de bigode, que acabou virando a palavra latina para designar o tal conjunto de pêlos faciais.

Já no século XIX o bigode realmente se popularizou, e os homens começaram a explorar cada vez mais diferentes maneiras de ostentá-lo. Um bigode vistoso e bem desenhado era sinal de classe e elegância. E, por fim, o bigode está aí até hoje firme e forte. E durante todo o século XX, com o surgimento da mídia, celebridades e etc, alguns bigodes se tornaram icônicos, marcaram época e foram copiados à exaustão. A Strip Me selecionou os 10 bigodes mais marcantes da cultura pop. Confira.

Friedrich Nietzsche

Ainda que o filósofo alemão seja anterior à cultura contemporânea, fica impossível falar de bigodes e não citá-lo. É amplamente sabido que Nietzsche foi um dos filósofos mais influentes da segunda metade do século XIX. Seus textos críticos à religião, à moral da sociedade em que vivia, e, de certa forma, até mesmo à cultura, fizeram dele um escritor controverso e, ao mesmo tempo inovador. Ele ajudou a moldar o conceito que hoje entendemos por existencialismo. E, acima de tudo, como um bom bárbaro germânico, Nietzsche ostentava um volumoso e imponente bigode que lhe cobria toda a boca, e que se tornou sua marca registrada.

Charlie Chaplin

Sem dúvida o pioneiro da comédia no cinema, Chaplin era multi tarefa. Dirigia, escrevia e atuava. É considerado um dos criadores do cinema e referência para praticamente todo mundo que veio depois dele. Controverso e desafiador, Chaplin nunca assumiu um posicionamento político, mas acabou sendo incluído na famosa e infame Lista Negra de Hollywood no fim dos anos 40, considerado subversivo. Além de sua trajetória de grandes trabalhos, Chaplin acabou imortalizado na imagem de seu mais notório personagem, denominado simplesmente O Vagabundo, mas também conhecido por Carlitos na América Latina. O personagem aparece em vários filmes de Chaplin, sendo os mais notórios deles Luzes da Cidade e O Imigrante. Além do chapéu coco e da bengala de bambu, destaca-se o diminuto, mas marcante bigode, que virou moda nos anos 30.

Salvador Dali

O mestre do surrealismo teve não só sua obra marcada pela excentricidade e brilhantismo, mas teve também uma vida pessoal igualmente excêntrica, além de conturbada e sabidamente controversa. Por exemplo, numa época em que sequer existia o conceito de relacionamento aberto, Dali e Gala, sua esposa, já viviam um casamento aberto sem o menor pudor. Dalí morreu de insuficiência cardíaca em 1989, aos 84 anos, em Figueres, na Espanha, onde foi sepultado. Em 2017 seu corpo foi exumado para obtenção de amostras de DNA, para um processo de paternidade, que deu negativo. E o que mais chamou a atenção é que seu bigode estava intacto! Em 1955 Dali deu uma entrevista à BBC e contou o segredo para um bigode tão espevitado. Ele disse que, após um almoço, estava comendo tâmaras. Com as mãos sujas da fruta, modelou o bigode, que ficou a tarde toda daquele jeito. Foi então que ele decidiu adotar o estilo. Ficou um tempo usando a oleosidade da tâmara, mas depois passou a usar uma cera de origem húngara. Em 2010 uma pesquisa elegeu o bigode de Dali o mais famoso do mundo. Nada mais justo, para um dos artistas mais revolucionários da humanidade.

Charles Bronson

Tanto a carreira de Charles Bronson, como seu bigode acabam ganhando notoriedade por serem ordinários, ou seja, comuns. Já a vida pessoal do ator foi super movimentada. Filho de um casal de lituanos vivendo na Pensilvania, Bronson passou boa parte de sua infância sem falar inglês, foi aprender o idioma depois de adolescente. Serviu o exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial como artilheiro de cauda do bombardeiro B-29, chegando a ganhar a medalha Purple Heart, uma das mais importantes condecorações de guerra. Nos anos 50 ingressou no cinema por acaso, como figurante e foi ficando, ganhando papéis secundários aqui e ali. Fez vários westerns, mas foi na década de 70 que se destacou com os filmes de pouca conversa e muita ação. Seu maior sucesso foi o clássico Desejo de Matar, de 1974. Assim como seu bigode simples e ralo, no filme Bronson interpreta um pacato arquiteto, que tem sua esposa e filha estupradas e vai em busca de vingança. Desejo de Matar teve mais cinco sequências, além disso Bronson estrelou vários outros filmes do mesmo estilo. E seu bigode ajudou a criar essa imagem de tiozinho ranzinza tão cativante.

Freddie Mercury

Com vasta diversidade em cabelos compridos e vistosas costeletas, o rock n’ roll nunca foi tão marcado por bigodes. Claro, teve um ou outro, os Beatles na fase Sgt. Peppers…, Frank Zappa, Lemmy Kilmister (que, a rigor, considera-se bigode e barba). Mas pelo menos um bigode ficou realmente marcado na história do rock. Um bigode espesso e bem desenhado. Claro que estamos falando de Freddie Mercury, a colossal voz a frente da banda Queen. Desde suas primeiras experiências musicais, antes de conhecer Brian May, até seus últimos dias, Freddie Mercury mudou muito de estilo. Usava roupas psicodélicas, depois couro, collants… enfim. Mas a mudança que mais ficou marcada e imortalizou sua imagem foi a do bigode. Segundo um amigo pessoal de Mercury, dois fatores foram determinantes para que ele adotasse o bigode. Primeiro que, em meados dos anos 70, estava se criando nos Estados Unidos uma imagem de homem viril, o popular machão, que ostentava bigode. Essa imagem foi prontamente adotada pela comunidade gay e Freddie Mercury a adotou, pois além de gostar do estilo, o bigode disfarçava seus dentes levemente protuberantes que tanto o incomodavam. Assim, se consolidou o bigode mais emblemático do rock n’ roll.

Tom Selleck

Falar de bigode e não citar Tom Selleck é como falar de guitarra sem mencionar Jimi Hendrix. Sem dúvida Selleck carrega o bigode mais famoso dos anos 80. Protagonista da famosa série Magnum, Tom Selleck inspirou muitos homens a cultivar um espesso e bem aparado bigode. Bigode este que acabou por se tornar sua marca registrada. Em praticamente todos os filmes e séries em que atuou, sempre manteve o bigode, no máximo deixava crescer a barba. Agora imagine você que Selleck foi a primeira opção de Spielberg e George Lucas para interpretar seu personagem recém criado, Indiana Jones. Tratativas chegaram a ser feitas, mas os produtores da série Magnum não o liberaram para filmar o longa Caçadores da Arca Perdida, e o papel acabou caindo no colo de Harrison Ford. Certamente se Indiana Jones tivesse um bigode de respeito como aquele, não ia ter nazista nenhum querendo se meter a besta com ele.

Hulk Hogan

A luta livre é uma das formas mais curiosas de entretenimento que existem. Hoje já não é tão popular, mas entre as décadas de 60 e 80 tinham um público cativo imenso e gerava celebridades conhecidas internacionalmente. É uma mistura de luta com teatro, onde personagens se enfrentam no ringue, executam golpes mirabolantes, sendo que o resultado já é sabido por todos, pois sempre há entre os combatentes o “bom” e o “mau”. Foi nesse contexto que o personagem Hulk Hogan surgiu e transcendeu o ringue, se tornando uma persona, um alter ego, do esportista e ator Terry Gene Bollea. Carismático, Hulk Hogan se tornou a maior estrela da luta livre, além de atuar com frequência em filmes e séries. Seu bigode, que contorna todo o lábio superior e desce até o queixo se tornou sua marca registrada e virou febre nos anos 80, chegando a ter como um de seus imitadores o frontman do Metallica, James Hetfield. No Brasil a luta livre também foi muito popular através do programa de TV Telecatch, onde a estrela era o personagem Teddy Boy Marino, mas sem a mesma imponência do Hulk Hogan por não ter um fio de bigode sequer.

Sam Elliott

Depois de Tom Selleck, Sam Elliott é certamente o ator mais lembrado quando se fala em bigode. Até porque nos quesitos exuberância e volume, o bigode de Elliott é praticamente imbatível. Sam Elliott é aquele tipo de ator que sempre agrada, mas que nunca teve um papel realmente grande, como protagonista. Seus papéis mais marcantes foram no clássico western moderno Tombstone, de 1993 (onde Kurt Russell exibe um belíssimo bigode também), faz aparições cirúrgicas e excelentes no maravilhoso O Grande Lebowski, de 1998, e, talvez seu papel mais marcante, no filme A Star is Born (juntos e shallow now, lembra?) onde sua atuação foi elogiadíssima, rendendo até indicações a vários prêmios, incluindo o Oscar de ator coadjuvante. Enfim, atrás daquele imenso bigode, há um ótimo ator.

Daniel Day-Lewis

E se estamos falando de bigodes no cinema, Daniel Day-Lewis não pode ficar de fora. Ainda que o ator não use bigode frequentemente, pelo menos dois de seus mais célebres personagens ostentavam bigodes memoráveis. Em Sangue Negro, o personagem implacável Daniel Plainview tem um farto bigode que lhe confere seriedade e certo garbo. Já no épico de Martin Scorsese Gangues de Nova Iorque, o personagem Billy The Butcher apresenta o que pode ser considerado o mais imponente e vistoso bigode do cinema. Para além do fato de Day-Lewis ter ganhado o Oscar de melhor ator por ambos os personagens, Billy The Butcher , em especial, tem tamanha densidade e força no filme por combinar o talento de Day-Lewis como ator, com uma estética de época imponente, que inclui um bigode longo, mas bem aparado, com as pontas levemente retorcidas. Realmente um bigode inesquecível.

Frida Kahlo

Dá pra cravar que se trata da maior artista plástica da América Latina. Mulher que passou poucas e boas, viveu intensamente e produziu arte com paixão e talento. Mas, peraí! Mulher num texto de bigode, coisa de homem? Pois é… não é assim que Frida Kahlo fosse bigoduda, mas ela tinha sim um buço mais evidente. E ela própria não se furtava a escondê-lo. Na maioria de seus auto retratos, ela pintava a si mesma evidenciando essa característica. Portanto, em nome da diversidade (e também do bom humor) achamos por bem incluí-la nessa lista. Até porque nunca é demais falar sobre Frida Kahlo e sua obra magnífica. Portanto fica aqui a nossa homenagem a esta grande artista, que se destacou como poucas em universos tão dominados por homens, como o das artes plásticas e do bigode.

Bonus Track: Bigodes Brasileiros

O Brasil também foi prodigioso em gerar homens com bigodes marcantes. Quem viveu a redemocratização na segunda metade dos anos 80 teve que conviver frequentemente na TV, jornais e revistas com aquele largo bigode grisalho do então presidente José Sarney. Ao contrário dele, Rivelino e seu vultuoso bigode deu muita alegria aos brasileiros jogando na seleção tricampeã de 1970, bem como em times como Corinthians e Fluminense. Para encerrar, não há no Brasil bigode mais famoso e imponente que o de Belchior, sem dúvida um compositor único bem como seu bigode.

Quando uma promessa é feita “no fio do bigode” significa que é um compromisso de honra, que não precisa de assinatura. A origem da expressão é incerta, mas reza a lenda que, em algum momento da história, quando dois homens precisavam selar um acordo, arrancavam cada um um fio de seu bigode para demonstrar boa fé ou confiança. Portanto, é no fio do bigode que a Strip Me garante as melhores e mais confortáveis camisetas, que são perfeitas para qualquer rolê, do churrasquinho à balada. São camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas as coleções e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com grandes canções interpretadas por célebres bigodudos. Bigode top 10 tracks.

Ranking PTA: Todos os filmes de Paul Thomas Anderson, do “pior” ao melhor.

Ranking PTA: Todos os filmes de Paul Thomas Anderson, do “pior” ao melhor.

Um dos mais inventivos e diretores do cinema autoral dos últimos 30 anos, Paul Thomas Anderson tem uma filmografia invejável. A Strip Me listou toda a obra de PTA, do “pior” ao melhor.

O cenário é uma cafeteria na beira de uma rodovia, no meio do deserto. Em uma mesa, dois homens conversam sobre uma situação difícil, enquanto tomam café e fumam cigarros. Em outra mesa um casal em plena lua de mel tem uma DR, enquanto tomam café e o rapaz fuma um cigarro. Do lado de fora, um cara com jeitão de poucos amigos estaciona seu carro e vai ao telefone público. Em seguida, entra na cafeteria, compra café e um maço de cigarros. Os dois homens, o casal e o rapaz sozinho não se conhecem. Mas estão conectados por uma nota de vinte dólares. Foi assim que Paul Thomas Anderson ingressou no negócio do cinema. Seu curtametragem Cigarettes and Coffee, lançado em 1993, impressionou tanto os críticos que ganhou o Festival de Sundance e rendeu ao diretor a oportunidade de produzir um longa metragem.

Paul Thomas Anderson, PTA para os mais chegados, é o tipo de cineasta que parece estar jogando outro jogo, enquanto todo mundo está tentando entender as regras do jogo em curso. Nasceu em 1970, em uma Los Angeles que respira cinema. Não por acaso, a maioria dos seus filmes se passam em LA. Anderson despontou como o garoto prodígio do cinema cult dos anos 90, mas, em vez de seguir fórmulas, ele decidiu fazer um mix louco de personagens disfuncionais, roteiros ousados e uma câmera que dança ao som de sua própria música. Rankear seus 9 filmes é tarefa hercúlea, além de muito polêmica. Mas a Strip Me não tem medo de cinéfilos enfurecidos e comprou essa briga. Vale dizer, é claro, que mesmo o pior filme de Paul Thomas Anderson é um filme ótimo, muito acima da média. Também é importante ressaltar que usamos aqui critérios mais tangíveis do cinema. A maior dificuldade de se rankear os filmes de PTA é que eles, invariavelmente, envolvem emoções e geram no espectador uma conexão afetiva. Por isso, essa é uma lista que pode variar muito de pessoa para pessoa.

9 – Jogada de Risco (1996)

Pode ser considerada a versão estendida do curta Cigarettes and Coffee, até porque o longa foi feito graças ao curta ter sido premiado em Sundance três anos antes. A trama gira em torno de um veterano do blackjack em Las Vegas que começa a ensinar seus truques a um jovem rapaz. Os dois se tornam bons amigos, mas a amizade desanda depois que o rapaz se apaixona por uma cativante garçonete. O roteiro é simples, mas bem amarradinho, tem ótimas atuações, incluindo Philip Seymour Hoffman, que trabalharia com PTA dali em diante até sua morte prematura, e também já mostra a leveza e olhar aguçado de Anderson ao conduzir a câmera. Não tem nada de mais, mas é um filme acima da média, que consegue prender a atenção do espectador e entreter com eficiência.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

8 – Licorice Pizza (2021)

Curiosamente, o primeiro e o mais recente filme da carreira de PTA constam nesta lista como os “mais fracos” de sua obra. Ainda assim, trata-se de um filme delicioso, não se deixe enganar. Aqui temos um formato que Anderson utiliza em alguns de seus filmes, mas que aqui alcança um patamar diferente. É o de construir o filme todo em função dos personagens. A trama em si não tem reviravoltas ou eventos que vão mudar a vida das pessoas. Licorice Pizza se presta simplesmente a acompanhar um rapaz e uma mulher que se apaixonam e como suas vidas e o relacionamento se desenvolve. Temos como pano de fundo um bucólico subúrbio de LA nos anos 70 muito bem construído e excelentes atuações. Neste quesito, aliás, destaque para Bradley Cooper, que faz apenas uma participação e aparece em poucos momentos, mas quando o faz, rouba a cena completamente. É um filme leve e surpreendente, para assistir naquele domingo de tarde e sorrir.
Onde assistir: Amzon Prime

7 – Vício Inerente (2014)

Na mesma pegada de Licorice Pizza, Vício Inerente se presta unicamente a acompanhar as desventuras de um detetive particular doidão levando sua vida, fumando maconha, investigando seus casos, fumando maconha, tendo um romance , fumando maconha… enfim. O filme vale por ter um roteiro simples, mas que não é cansativo, uma fotografia excelente e uma atuação arrebatadora de Joaquim Phoenix. Em filmes como este, PTA mostra que é possível ser simples e cometido, sem apelar para grandes estripulias no roteiro, e ainda assim fazer cinema de altíssimo nível.
Onde assistir: Amazon Prime

6 – Boogie Nights (1997)

O salta de qualidade, principalmente como roteirista, que PTA deu de seu filme de estreia para este, que é o segundo de sua filmografia, é brutal! Boogie Nights é um filme cheio de camadas e simbolismos, desses que faz você repensar sobre do que ele realmente se trata quando vê mais de uma vez. Na superfície, temos um filme sobre a era de ouro das produções pornográficas no cinema e a ascensão de um grande astro. Mas, na real, é uma obra sobre pertencimento, sobre busca por raízes, por família e sobre uma utópica manifestação artística original e transcendente. Traz um elenco fabuloso e uma direção positivamente peculiar. Só não entrou no top 5 porque tem um rimo errático. Mas é um filme brilhante. Se ele está na sexta posição, imagine o que vem pela frente!
Onde assistir: HBO Max

5 – Embriagado de Amor (2002)

Sejamos francos. É uma comédia romântica. Com tudo que se espera de um filme do gênero. Incluindo o Adam Sandler. Mas calma, porque é uma comédia romântica do PTA! E isso faz toda a diferença. Temos aqui mais um filme na linha evolução de personagem. O roteiro é muito bem escrito e tem como propósito mostrar como um rapaz solitário, inseguro e reprimido vai crescer e amadurecer a partir do momento em que se apaixona por uma garota. É uma comédia romântica, mas o humor não é explícito e pastelão, mas sim um humor de desconforto, quase de vergonha alheia, mas que tem sua graça dentro do contexto da história. Temos aqui também a melhor atuação de Adam Sandler em toda sua carreira e uma excelente atuação da adorável Emily Watson. Um filme maravilhoso!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

4 – Trama Fantasma (2017)

Trama Fantasma é, indiscutivelmente, um passo a frente na filmografia de PTA. É o filme mais bonito de Anderson. Plasticamente é impecável, com uma fotografia delicada e sensível, edição e montagem que dão fluidez e ritmo perfeito, ainda mais tendo como trilha as melodias emblemáticas e belas de Jonny Greenwood, mais conhecido por ser o guitarrista da banda Radiohead, que assina a trilha sonora do longa. Para completar temos um protagonista controverso, metódico, carente e muito talentoso, interpretado pelo magnífico Daniel Day-Lewis. O filme tem como pano de fundo o glamouroso mundo da moda na alta sociedade de Londres dos anos 1950. O personagem de Day-Lewis, um costureiro aclamadíssimo e talentoso, vive vários conflitos e vê sua vida virar de cabeça pra baixo por causa de uma garota. Um filme de arte pra ninguém botar defeito.
Onde assistir: Telecine – Apple TV

3 – O Mestre (2012)

Isso aqui não é um filme, é uma catarse! PTA pegou os principais temas que trabalhou em suas obras mais relevantes até ali (Sangue Negro e Magnólia), condensou e concebeu um filme contundente e arrasador. O Mestre fala sobre fé, submissão, relações humanas e o infinito ciclo abusivo do mestre que precisa do pupilo que precisa do mestre que precisa do pupilo… Com exceção da atuação irrepreensível, que lhe rendeu o Oscar, no filme Capote (2006), de Bennett Miller, neste O Mestre Philip Seymour Hoffman entrega sua mais potente e avassaladora atuação. Da mesma forma, Joaquim Phoenix também está impressionante e Amy Adams igualmente excepcional. É um filme pesado, que levanta muitas questões fundamentais para a vida em sociedade, mas também para cada um refletir sozinho sobre si mesmo no banho ou antes de dormir.
Onde assistir: HBO Max – Amazon Prime

2 – Magnólia (1999)

É o filme mais famoso, e também o mais controverso. Daqueles que separa as pessoas em quem ama e quem detesta. Muita gente, aliás, vai dizer que ele deveria figurar na primeira colocação dessa lista. É compreensível. Um filme que traz 9 histórias distintas, mas que vão se cruzar de alguma maneira até o final do filme, todas elas histórias de conflitos, desesperança, tristeza, solidão, mentira… acaba que provavelmente o espectador vá se identificar e se conectar com pelo menos duas histórias ali. Isso faz com que quem ame este filme, tenha com ele uma conexão afetiva muito grande. É muito comum ver pela internet, em fóruns de cinema ou vídeos e podcasts, gente dizendo que Magnólia salvou sua vida, ajudou a superar uma perda, ou um vício. É muito louco isso. É um filme tão complexo, mas tão cativante, que fica quase impossível descrevê-lo. Mas é um filme genial. É a arte fazendo o seu papel, de causar no espectador as mais variadas emoções, gerar conexões com a realidade e, principalmente, fazer pensar. É um filme imperdível!
Onde assistir: HBO Max

1 – Sangue Negro (2007)

Magnólia figuraria na primeira colocação dessa lista, não fosse essa obra de arte chamada Sangue Negro. Começando pelo roteiro, soberbo, bem escrito, denso, com personagens profundos e grandes diálogos. Daniel Plainview é um dos personagens mais emblemáticos da história do cinema moderno. Ainda mais quando interpretado com verdadeira transcendência por Daniel Day-Lewis. O filme retrata a trajetória de Plainview, um homem ambicioso e incansável que, em busca de petróleo, vai entrar em conflito com um pastor de uma pequena comunidade. Esteticamente, o filme é impecável! Fotografia cheia de contrastes, montagem e edição primorosas e uma direção magistral. Em Sangue Negro PTA alcança o ápice em seu ofício. Deixando emoções e gosto pessoal de lado, sem dúvida, Sangue Negro é o filme mais completo e bem acabado de sua carreira. Uma verdadeira obra prima! Um filme que pode assustar por ser longo e com um tema tão amargo. Mas, acredite, vale cada segundo. É uma aula de cinema a cada frame.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Em resumo, a filmografia de PTA é uma caixa de surpresas: você nunca sabe o que vai encontrar, mas tem certeza de que será algo original, imprevisível e brilhante. Claro, sempre vai ter quem saia da sala de cinema sem entender metade do que viu , mas para quem se conecta com sua visão, Anderson é simplesmente um dos diretores mais inovadores do nosso tempo. Uma obra tão instigante e inspiradora não poderia ficar de foras do cardápio de referências e influências da Strip Me. Confere lá na nossa loja a coleção de camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop, games, bebidas e muito mais. No nosso site você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com o qwue de melhor rola nas trilhas sonoras dos filmes do PTA. Paul Thomas Anderson top 10 tracks.

Para assistir: Além de todos os filmes da lista, vale a pena conferir o curtametragem citado no início do texto. Cigarettes and Coffee está disponível de graça no Youtube. Só clicar aqui.

10 filmes imperdíveis sobre cassino, apostas e jogos de azar em geral.

10 filmes imperdíveis sobre cassino, apostas e jogos de azar em geral.

No auge da era das bets no Brasil, a Strip Me relembra 10 filmes imperdíveis sobre cassino e jogos de azar em geral. Filmes que certamente você vai sair ganhando se assistir.

Pode apostar. Esse ímpeto de se arriscar, enfrentar desafios e lucrar com isso está no sangue de todo ser humano desde sempre. 3000 a.C. os babilônios lançavam dados feitos de ossos de animais quando se reuniam para descansar e comer, depois de um dia de trabalho. Visionários como poucos, os gregos da Grécia Antiga, apostavam em seus atletas favoritos durante os Jogos Olímpicos, como se fossem fãs de um reality show esportivo. Os romanos faziam o mesmo, sempre copiando a cultura grega. Na Idade Média, as cartas de baralho apareceram e, com elas, as primeiras formas de jogos de cassino. Assim, a coisa toda foi evoluindo até chegar na primeira metade do século XX, quando glamourosos cassinos despertavam luxuriantes desejos e muita cobiça. Por fim, a tecnologia colocou o cassino dentro dos smartphones através dos aplicativos conhecidos como bets. Vendo pelo lado bom, pode até ser que você perca todo seu dinheiro e fique endividado , mas pelo menos, você está sozinho no seu quarto, e não corre o risco de ter que lidar com um baixinho invocado, como o Joe Pesci, com um bastão de baseball vindo te cobrar.

Como estão em alta as discussões sobre apostas e jogos de azar, a Strip Me selecionou os melhores filmes envolvendo esse tema. As cartas estão na mesa! Boa sorte.

3000 Milhas Para o Inferno (2001)

Apesar da péssima tradução do título, trata-se de um filme empolgante e muito divertido. Nele, um grupo de ladrões aproveitam uma mega convenção de sósias do Elvis num cassino em Las Vegas para cometer um grande assalto ao cofre do cassino. É um filme cheio de boas cenas de ação, generosas doses de comédia e um roteiro consideravelmente bem amarrado. O longa é muito bem protagonizado pela dupla Kevin Costner e Kurt Russell, que entregam atuações deliciosamente canastronas, como qualquer bom sósia do Elvis que se preze. Ah, sim, e sobre o título, o original é 3000 Miles to Graceland, um nome muito mais apropriado, já que Las Vegas e Graceland, a mansão de Elvis em Memphis, ficam quase que em pontas opostas do sul dos Estados Unidos.
Onde assistir: Amazon Prime

Casino Royale (2006)

Dentro da extensa saga do personagem James Bond, Casino Royale é um marco. É o primeiro filme com Daniel Craig no papel do espião. Uma escolha que gerou certa polêmica antes do filme ser lançado. Outra curiosidade é que a história aqui contada, mostra o início da carreira de James Bond e sua primeira missão como um agente com licença para matar. Desta forma, conseguimos compreender melhor o personagem para além de suas frases de efeito e traquitanas tecnológicas. Além de trocar tiros e sopapos com seus inimigos, neste filme Bond também precisa trabalhar sua poker face na mesa de carteado. É um ótimo filme. Dos que Craig protagonizou como 007 só não é melhor do que o soberbo Skyfall.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Golpe de Mestre (1973)

Este é um desses filmes atemporais. Primeiro porque se trata de um filme de época, a história de passa em 1936 e o longa é do início dos anos 70, mas poderia muito bem ser uma produção atual, que esteticamente pouca coisa mudaria, a não ser a qualidade de filmagem e audio. O longa conta a história de uma dupla de vigaristas, um já para se aposentar e o outro, um novato, que se juntam para aplicar um golpe no maior chefão do crime de Chicago, sendo que para isso, eles passam por jogos de poker e apostas em corridas de cavalo. É um filme brilhante, com uma linguagem noir e boas doses de comédia e ação. Para se ter uma ideia, o filme ganhou 7 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Diretor. Um de seus pontos altos é a atuação irrepreensível da dupla Paul Newman e Robert Redford. Um clássico!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Joias Brutas (2019)

Com uma carreira já consolidada de ator de comédia, foi só em 2002 que Adam Sandler pode mostrar que é um ator completo, capaz de entregar uma atuação dramática convincente ao protagonizar o belíssimo Embriagado de Amor, de Paul Thomas Anderson. Em 2019 ele repetiu a dose numa atuação densa e muito marcante, como um apostador incorrigível. Joias Brutas é um filme envolvente e muito bem executado sobre o submundo de apostas e comércio de joias e pedras preciosas. Uma das mais bem sucedidas produções da Netflix.
Onde assistir: Netflix

Quebrando a Banca (2008)

Sejamos francos, não é assim um filme genial ou inovador. Mas é sim muito, mas muito divertido. Tem boas cenas de ação, personagens cativantes, um roteiro cheio de reviravoltas e boas atuações. Enfim, um baita entretenimento. Trata-se da história de um aluno inteligentíssimo da MIT (Massachusetts Institute of Technology) que é convencido a se juntar a um professor que lidera um grupo de jovens treinados para contar cartas e fazer códigos para trapacear no blackjack, também conhecido como 21 (título original do filme, aliás). Essa turma vai até Las Vegas para ganhar dinheiro nas mesas de 21 dos cassinos. E é basicamente isso. Como já foi dito, um baita entretenimento. Vale a pena conferir.
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Cartas na Mesa (1998)

John Dahl é um diretor muito dinâmico e expressivo. Tanto que suas melhores realizações se deram na TV, e não no cinema. Ele dirigiu alguns episódios de algumas das melhores séries já feitas, como Breaking Bad, Dexter, The Walking Dead, House of Cards, Californication, True Blood e muitas outras. Por isso, Cartas na Mesa é um filme com um ritmo oscilante entre o frenético e o contemplativo, trazendo um equilíbrio bizarro, mas agradável. O longa conta a história de dois amigos jogadores de poker que se separam, um sendo preso e o outro abandonando as mesas de carteado. Quando um deles sai da prisão e se vê obrigado a pagar uma dívida alta, os dois se juntam novamente para correr atrás do prejuízo. Temos aqui Matt Demon e Edward Norton numa química muito boa, atuando super bem, e uma história bem amarrada. Um ótimo filme.
Onde assistir: Amazon Prime

Onze Homens e Um Segredo (1960 – 2001)

Aqui fica inevitável não se fazer uma recomendação dupla. Afinal, muito se engana quem acha que o filme de 2001, estrelado por George Clooney, Brad Pitt e cia, foi uma criação original do Steven Soderbergh. Ocean’s 11 foi o filme que imortalizou a lendária Rat Pack, um grupo de cantores e atores amigos nos anos 50, que se reuniam em Vegas para farrear. Essa turminha do barulho era encabeçada por ninguém menos que  Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Exceto algumas diferenças sobre como o grupo se conheceu e alguns truques utilizados para o roubo dos cassinos, o filme de 2001 é bem fiel ao original de 1960. Em resumo, um grupo de 11 ladrões se reúne para praticar um roubo histórico: limpar os cofres dos 5 maiores cassinos de Las Vegas ao mesmo tempo. Os dois filmes são ótimos e divertidíssimos.
Onde assistir: Ocean’s 11 (1960) – Amazon Prime Ocean’s 11 (2001) – HBO Max – Amazon Prime

Rain Man (1988)

Um filme clássico do excelente, e injustamente pouco lembrado, cineasta Barry Levinson, que tem no currículo filmes como Bom Dia Vietnã, Bugsy e Mera Coincidência. Aqui temos uma atuação espetacular de Dustin Hoffman como Ray, um homem que hoje seria diagnosticado como autista. O fato é que Ray é muito habilidoso com números. Quando seu irmão mais novo, Charlie, interpretado também com excelência por Tom Cruise, se liga nisso, o usa para contar cartas e faturar nas mesas de Jackblack em Vegas, tal qual a turminha da MIT em Quebrando a Banca. Mas a passagem por Vegas é só uma parte deste que é um road movie emocionante, engraçado, delicado e surpreendente. Um filmaço imperdível!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Jogos, Trapaças & Dois Canos Fumegantes (1998)

Um clássico cult pra ninguém botar defeito. Guy Ritchie certamente foi o cara que melhor entendeu a linguagem de Quentin Tarantino e soube utiliza-la imprimindo sua própria personalidade e estilo. A sinopse do filme que consta no site Imdb é tão precisa que vale a pena abrir aspas e citá-la: “Um jogo de cartas em Londres desencadeia um confronto entre quatro amigos, plantadores de maconha, agiotas e cobradores de dívidas em uma série de eventos curiosos, tudo por dinheiro e duas espingardas antigas.” Guy Ritchie reinventou com propriedade o legendário Sherlock Holmes e fez outros grandes filmes como Snatch e Rock’n’Rolla, mas sem dúvida é este Jogos, Trapaças & Dois Canos Fumegantes sua obra prima! Um filme violento, engraçado e lindo esteticamente! Imperdível!
Onde Assistir: Amazon Prime

Casino (1995)

Ninguém poderia contar essa história melhor do que Martin Scorsese. O roteiro é baseado no livro de Nicholas Pileggi sobre o gângster Frank “Lefty” Rosenthal, que foi aliado da máfia italiana, mas ao ficar responsável por um dos cassinos de Las Vegas, o poder lhe subiu à cabeça e a parceria virou conflito. Falar que o Martin Scorsese é um diretor que conta histórias como essa com maestria, que o De Niro é fod@ atuando como gângster implacável, que o Joe Pesci faz sempre o mesmo personagem, mas é sempre bom pra caramba… tudo isso é chover no molhado. O destaque aqui fica por conta da atuação arrebatadora de Sharon Stone, que em geral é uma atriz mediana. Tanto que seu papel em Casino lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. É um filmaço! Violento, com uma história muitíssimo bem contada, com atuações incríveis, uma trilha sonora maravilhosa… enfim. Um filme do Scorsese, porr@! Tem que ver!
Onde assistir: Amazon Prime – Apple TV

Fazer uma aposta aqui e ali de vez em quando é divertido e não faz mal a ninguém. Mas não dá pra sdair apostando em tudo e contar com a sorte sempre. Por exemplo, pra comprar uma camiseta , não dá pra contar com a sorte, você precisa ter certeza que vai ter um caimento perfeito, que a malha é confortável e que tudo é feito da maneira mais sustentável possível, com tecido certificado e tintas biodegradáveis. A Strip Me te garante tudo isso e ainda entrega um catálogo imenso com camisetas lindas, que combinam com qualquer rolê! Dá uma olhada no nosso site pra conferir todas as coleções e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist excelente com o que de melhor rola nas trilhas sonoras dos filmes aqui citados. Pode apostar top 10 tracks!

8 filmes imperdíveis do inconfundível Wes Anderson.

8 filmes imperdíveis do inconfundível Wes Anderson.

Wes Anderson ganhou notoriedade no cinema como o mestre da simetria e das cores pastéis. Mas sua obra mostra que seu talento vai muito além disso. A Strip Me selecionou os 8 melhores filmes do cineasta para comprovar.

Wes Anderson é o tipo de cineasta que, mesmo que você nunca tenha ouvido falar dele (o que é difícil), com certeza já viu uma cena ou outra de seus filmes em algum lugar. Uma paleta de cores pastéis, personagens excêntricos que parecem saídos de uma vitrine de loja de brinquedos, e uma simetria tão precisa que faria até um engenheiro civil se emocionar. É assim que o mundo de Wes Anderson funciona, uma mistura mágica de nostalgia, humor peculiar e um toque de estranheza que só ele sabe fazer.

É verdade que ele parece ter uma régua invisível nas mãos. Os enquadramentos de seus filmes são tão meticulosamente calculados que ficam no limite entre o TOC e a genialidade. E ele adora tons suaves, que remetem à infância, como amarelo mostarda, rosa claro e verde menta. Parece que tudo no mundo dele foi pintado à mão, com pinceladas cuidadosas para criar uma sensação de sonho. Mas, se o visual já é peculiar, espere até conhecer os personagens. Anderson tem uma habilidade única de criar personagens excêntricos, como se colocassem os caras do Monty Python para escrever contos de fadas na Disney, onde as crianças são geniais e os adultos têm crises existenciais. Sim, Wes Anderson também é um roteirista brilhante e original, criando não só personagens fantásticos, mas histórias bem contadas, com diálogos muito bem construídos. Seus filmes transmitem uma teatralidade difícil de se ver nas telas de cinema e que funciona muito bem. Muitas vezes se tem a impressão de, ao ver um de seus filmes, estar presenciando uma peça de teatro.

Para celebrar a obra deste cineasta tão singular, a Strip Me pinçou da filmografia de Anderson seus 8 melhores trabalhos.

A Crônica Francesa (2021)

Ainda que não esteja entre seus melhores filmes, A Crônica Francesa é um retrato fiel da obra de Wes Anderson como um todo. Sua estética sempre tão meticulosa, com simetria e cores distintas, transmitem uma ideia de limiar entre sonho e realidade, inocência e vida mundana. Aqui, ao retratar um editor de revista à beira da morte e a virada do século com o mundo editorial se adaptando aos novos tempos, Anderson nos coloca nesse lugar entre dois mundos. Um filme delicado e cativante.
Onde assistir: Disney+

Três é Demais (1998)

Não deixe que o péssimo título em português te desanime a assistir esse ótimo filme. O título em inglês, Rushmore, é bem melhor e poderia ser mantido, afinal se trata da instituição de ensino onde Max, o protagonista, estuda. Rushmore é o segundo longa da carreira de Wes Anderson, e já traz todos os elementos que o tornariam inconfundível. A começar pelo protagonista, que, propositalmente, não gera empatia ou identificação com o espectador, mas é carismático. Sem falar, é claro, na estética marcante. É uma comédia deliciosa sobre amizade e aprendizado.
Onde assistir: Amazon Prime

Viagem a Darjeeling (2007)

A fórmula de sucesso d’Os Excêntricos Tenenbaums, de uma tragicomédia sobre uma família disfuncional se repete aqui, porém, numa pegada mais dinâmica. No fim das contas, trata-se de um road movie sobre relações interpessoais, laços familiares e redenção. A aura mística e misteriosa da Índia é o pano de fundo perfeito para uma história muito bem escrita com uma fotografia impecável. A busca do sentido da vida é ilustrado aqui através de uma viagem de trem conturbada e exuberante. Esteticamente, está entre os mais belos de Wes Anderson.
Onde assistir: Disney+

A Ilha dos Cachorros (2018)

Um dos trabalhos mais ousados de Wes Anderson por se tratar de uma animação em stop motion com uma temática aparentemente infantil, mas de profundidade filosófica impressionante. Antes de qualquer coisa, é importante dizer que é um filme visualmente lindíssimo! Livre para criar cenários sem depender de locações e paisagens reais, Anderson nos entrega uma obra de arte. O roteiro completa o longa com questionamentos fundamentais sobre a vida em sociedade, o autoritarismo, preconceito, solidariedade… olha, é muita coisa. Mas tudo embrulhado numa história de aventura bem humorada, que traz toda essa carga com certa leveza. É um filme brilhante!

Os Excêntricos Tenenbaums (2001)

Foi o filme que realmente fez com que Wes Anderson tivesse reconhecimento na indústria cinematográfica. À época do lançamento do longa, sua recepção por parte da crítica ficou dividida entre quem amou e quem odiou. Mas foi sucesso de público e rapidamente Anderson passou a figurar entre os cineastas queridinhos da turma do cinema cult, ao lado de Tarantino, os irmãos Coen e Roman Polanski. O filme retrata uma história sobre reconciliação familiar e padrões de comportamento em sociedade. Um clássico cult.
Onde assistir: Disney+ – Amzon Prime

O Fantástico Sr. Raposo (2009)

Esta foi a primeira experiência de Wes Anderson com animação em stop motion. E, olha, foi uma baita de uma estreia! O Fantástico Sr. Raposo é uma adaptação para o cinema de um livro de 1970 de mesmo título, escrito por Roald Dahl. Trata-se de um livro infantil, mas como toda boa obra infantil, tem sempre um fundo de crítica social, ou algo do gênero. Anderson captou essa essência da história para elaborar um filme, que consegue ser encantador para crianças e impactante para adultos. Uma história sobre roubo, conspiração e amor. É imperdível!
Onde assistir: Disney+

Moonrise Kingdom (2012)

Muita gente considera este o melhor filme de Wes Anderson. Pode até ser, realmente é uma obra de arte. Aqui, mais do que nunca, a estética andersoniana se faz presente de forma exuberante. A fotografia é linda! E o roteiro muito bem escrito, uma história com drama e comédia na medida certa, com personagens encantadores e diálogos espertos. Uma aventura deliciosa sobre amizade, padrões sociais questionáveis e a inconsequente inocência da juventude. A cereja do bolo é um elenco fabuloso com Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray, Frances McDormand e Tilda Swinton.
Onde assistir: Disney+ – Amazon Prime

O Grande Hotel Budapeste (2014)

A obra prima de Wes Anderson é ambientada no período entre as duas guerras mundiais, em que, num hotel, o gerente e um jovem empregado se tornam grandes amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de uma obra de arte renascentista, a fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX. É a obra máxima de Anderson porque ele conseguiu dar um passo adiante em sua fórmula, tanto na estética quanto na escrita. Além disso, o elenco todo apresenta atuações memoráveis. É desses filmes que a gente não cansa de ver, e se você esbarra nele zapeando os canais da TV, vai acabar parando pra assistir. Ah, sim, é claro que ele ganhou 4 Oscars e foi uma das maiores bilheterias daquele ano. É cult e blockbuster ao mesmo tempo!
Onde assistir: Disney+ – Amazon Prime

Como não admirar um artista que consegue absorver as melhores referências (Kubrick, Almodóvar, Lars Von Trier, Terrence Malik…) e produzir obras com tanta personalidade? Wes Anderson consegue essa proeza, evidenciar suas referências, mas ser autoral. Assim é também a Strip Me. A gente faz as camisetas mais lindas e confortáveis, ideais para qualquer rolê, com estampas que esbanjam as melhores referências, e com aquele estilo que só a gente tem. Vai lá no nosso site e confere a coleção de camisetas de cinema, de música, arte, cultura pop, bebidas e muitas outras, isso sem falar que por lá você fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

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Para ouvir: Uma playlist delícia com algumas das grandes canções que aparecem nos filmes de Wes Anderson. Wes Anderson Top 10 tracks.

Top 10: Os melhores filmes de Almodóvar.

Top 10: Os melhores filmes de Almodóvar.

Histórias únicas, personagens complexos e uma paleta de cores vibrante fazem de Pedro Almodóvar um cineasta único. A Strip Me hoje celebra a obra de mais este grande mestre da sétima arte ao elencar seus 10 melhores filmes.

La Movida Madrileña foi um movimento cultural de renascimento e liberdade. A Espanha viveu, de 1939 a 1975, uma ditadura truculenta, que, entre outras atrocidades, perseguia e calava artistas que ousavam se expressar livremente. Com a morte do ditador Francisco Franco, a Espanha voltou a ser uma democracia e finalmente as pessoas experimentavam o sabor da liberdade. Um dos movimentos mais conhecidos deste período foi a Movida Madrileña, um grupo de artistas de Madri que produziam uma arte moderna e cheia de vida, que explorava sem pudor temas como sexualidade, família, drogas e costumes. O maior expoente deste movimento foi o cineasta Pedro Almodóvar.

Nascido em 24 de setembro de 1949, na pequena cidade de Calzada de Calatrava, na Espanha, Pedro Almodóvar cresceu em uma família modesta. Sua infância foi marcada por um desejo incontrolável de contar histórias, e ele logo percebeu que a melhor forma de fazer isso era através do cinema. Nos anos 70, Almodóvar mudou-se para Madri, onde mergulhou na vibrante cena cultural da cidade. Foi nesse período que ele começou a fazer seus primeiros curtas-metragens com uma câmera Super-8. Ele mesmo fazia de tudo: roteirizava, dirigia e, se precisasse, até atuava! Naturalmente o cinema europeu já se distingue das produções hollywoodianas por ter um ritmo diferente, uma dinâmica de cenas mais bem elaborada e usar muito mais de ironia e sarcasmo no texto. Mas Almodóvar vai além, porque tem como marca registrada uma fotografia ousada e cheia de cores, além de histórias aparentemente simplórias, mas riquíssimas e carregadas de significados, além de construir muito bem seus personagens.

Almodóvar tem mais de 20 filmes no currículo, mais de 40 se juntarmos longa e curta metragens. Mas para sintetizar a genialidade deste mestre, a Strip Me selecionou os 10 melhores filmes de sua filmografia para comentar aqui. Confira.

Julieta (2016)

Julieta marca o retorno de Almodóvar a sua boa forma depois de alguns trabalhos pouco inspirados e um hiato no trabalho pra uma cirurgia nas costas. Trata-se de um filme típico de Almodóvar, porém com um clima mais contemplativo e ausência daquele humor cáustico que permeia suas boas obras. Culpa, fracassos, abandono e mentiras marcam este drama familiar denso e muito bem executado. Destaque para a fotografia, sempre impactante e as atuações arrasadoras de Emma Suárez e Adriana Ugarte.
Onde assistir: Mubi, Apple TV

Abraços Partidos (2009)

Uma verdadeira viagem sensorial e uma declaração de amor ao cinema. Em Abraços Partidos Almodóvar se permite ser auto referente e até zombar de si mesmo em certos momentos. O longa conta a história de um diretor que fica cego durante uma de suas produções mais aguardadas, cuja protagonista é uma atriz casada com um milionário magnata do cinema e tem uma vida pessoal cheia de percalços. Aliás, Penélope Cruz entrega aqui uma atuação apaixonante. É um filme delicioso, que consegue dar leveza a dramas palpáveis. Um filmaço!
Onde assistir: Mubi

Carne Trêmula (1997)

Carne Trêmula marca o amadurecimento de Almodóvar como diretor. Ele se consagrou com um cinema cheio de cores, roteiros recheados de dramalhões temperados com humor, foco em personagens femininas e uma estética kitsch. Aqui, Almodóvar apara as arestas, evita exageros e entrega um filme sóbrio, com uma história muito bem contada, com muitas camadas, uma construção de personagens masculinos mais profunda e uma fotografia de muito bom gosto. Um filme maravilhoso onde Almodóvar prova ser um cineasta versátil e sensível.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime

Má Educação (2004)

Almodóvar nunca fez um filme explicitamente autobiográfico, mas muito de suas experiências de vida permeiam seus roteiros. Má Educação talvez seja o filme onde as experiências pessoais do diretor mais apareçam. Além de ser homossexual, Almodóvar foi educado na infância em colégios católicos. Ele próprio afirmou que o filme não se trata de uma vingança e que não tem nada contra a igreja católica, mas tem lá suas críticas a fazer. De fato, críticas religiosas ficam á margem numa trama muito bem escrita de relacionamentos complicados, emoções dúbias e comportamentos duvidosos de personagens de moral questionável. Um filme brilhante, com uma atuação magistral de Gael Garcia Bernal.
Onde assistir: Netflix

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988)

O filme que fez Almodóvar ficar conhecido no mundo todo, pode facilmente ser considerado uma subversão genial do gênero comédia romântica, que se cristalizava à época no cinema norte americano depois de clássicos como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e Procura-se Susan Desesperadamente. Mulheres À Beira de Um Ataque de Nervos é uma comédia sensacional! Caótico, histriônico, com um texto excelente e uma história bem amarrada, além de trazer a estética do cinema europeu, mas com uma pegada mais dinâmica, típica dos filmes de Hollywood. Um filme imperdível! Ah, sim, e também o filme que apresentou ao mundo o sempre excelente Antonio Banderas.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime

Dor e Glória (2019)

Metalinguagem define bem Dor e Glória. Um filme onde podemos entender quem é Pedro Almodóvar através do personagem Salvador Mallo. Neste roteiro intimista e delicado, Almodóvar não expõe suas próprias vivências, mas deixa muito claro os paralelos entre a vida do protagonista do filme e sua própria. O longa retrata a vida de um diretor de cinema cansado, que interrompeu sua vida profissional por problemas de saúde, e que começa a confrontar algumas memórias e momentos do passado. Salvador Mallo é interpretado por Antonio Banderas, talvez em sua melhor performance já vista, realmente arrebatador. Filmaço mega recomendado!
Onde assistir: Apple TV

Volver (2006)

Volver é um filme impecável! Almodóvar promove uma verdadeira ode às mulheres, expondo suas forças e fraquezas com sensibilidade, sem paternalismo. Penélope Cruz, Carmen Maura e Lola Dueñas estão irrepreensíveis, atuando com leveza e muita química. Na trama, duas irmãs voltam ao vilarejo onde cresceram para o velório de uma tia, mas acabam se deparando com o fantasma de sua mãe e precisam lidar com alguns dramas familiares antigos. Apesar da temática fúnebre, é um filme inspirador e divertido, com um roteiro excelente e uma estética exuberante, com muitas cores fortes e ângulos abertos, que tão berm caracterizam o trabalho único de Almodóvar.
Onde assistir: Netflix

A Pele que Habito (2011)

Numa das primeiras entrevistas sobre o lançamento de A Pele que Habito, Almodóvar disse que sempre quis fazer um filme de terror sem sustos ou gritos. Nesta versão moderna e um pouco deturpada de doutor Frankenstein, é exatamente isso que Almodóvar entrega. Um filme sinistro, denso e impactante, sem necessariamente causar reações histéricas no expectador. No filme, um médico amargurado pela morte da esposa se dedica a construir a pele perfeita, capaz de resistir à dor, misturando DNA humano com suíno. Claramente, sua intenção é recriar a sua mulher por meio da ciência. Aqui Almodóvar dá um passo adiante em sua carreira de cineasta ao deixar de lado as fórmulas que o consagraram para conceber um filme ótimo, com a sua assinatura, mas com outra linguagem.
Onde assistir: HBO Max, Amazon Prime

Tudo Sobre Minha Mãe (1999)

Um dos filmes mais premiados de Almodóvar, incluindo o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Tudo Sobre Minha Mãe é realmente uma obra de arte. Acima de tudo, traz um roteiro sensível e envolvente, muito bem escrito e com boas pitadas de ironia ao abordar temas polêmicos. O filme conta a saga de uma mãe cujo filho acaba de falecer. O jovem queria conhecer seu pai, mas morreu antes de fazê-lo, e a mãe vai em busca deste pai, um travesti que sequer sabia da existência do filho. É uma trama complexa e densa, é verdade. Mas Almodóvar consegue contar essa história com maestria, equilibrando como ninguém as emoções e falando com naturalidade sobre sexualidade, maternidade, perda e individualidade. Uma preciosidade do cinema!
Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV

Fale com Ela (2002)

Apesar de ser esteticamente o filme mais ousado e deslumbrante de Almodóvar, Fale com Ela rendeu ao cineasta seu segundo Oscar, mas apenas na categoria Melhor Roteiro Original. Não à toa. Realmente é um roteiro brilhante! Instigante, dramático, cheio de lirismo e sentimento e, acima de tudo, com uma história bem contada, sem pontas soltas e envolvente. A trama gira em torno de dois homens que se conectam por estarem cada um cuidando de um mulher em coma. Encontros e desencontros fazem deste filme uma obra única. Com cenas lindíssimas, uma montagem dinâmica e fotografia primorosa, Fale com Ela é um afago na alma, uma expressão pura e inquestionável de arte.Se é este o melhor filme de Almodóvar? É sim, sem sombra de dúvida.
Onde assistir: Netflix

Bem vindo ao mundo de Almodóvar, onde a vida é uma tela cheia de cores, emoções e histórias incríveis. A obra de Almodóvar é desafiadora, imponente e inovadora. Para a Strip Me é uma fonte inesgotável de inspiração. Basta dar uma olhada na nossa coleção de camisetas de cinema para confirmar. Além, é claro, das nossas camisetas de arte, música, cultura pop, games e muito mais. Na nossa loja você confere todas as nossas coleções, além das camisetas básicas e os lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist delícia com algumas das músicas mais marcantes dos filmes de Almodóvar! Almodóvar top 10 tracks.

A era do Streaming e suas 5 melhores plataformas.

A era do Streaming e suas 5 melhores plataformas.

Há mais de 10 anos as plataformas de streaming se multiplicam, mudando completamente a nossa maneira de consumir filmes e séries. A Strip Me dá uma geral nas 5 plataformas mais populares no Brasil.

Poucas coisas são tão atrativas e maravilhosas quanto um bom rodízio. Pode ser de carnes, de comida japonesa, de pizza… só o fato de você pagar um valor fixo e poder comer à vontade o que quiser de um cardápio amplo e variado é sensacional! Por isso mesmo, nos adaptamos tão rápido e já amamos tanto as plataformas de streaming. Porque elas funcionam exatamente da mesma maneira. Um catálogo imenso de filmes e séries à sua disposição pagando um valor fixo por mês.

Imagine entrar em uma locadora com infinitas prateleiras de filmes e séries de todos os gêneros, épocas e países. Do velho oeste ao espaço sideral, está tudo lá, sem ter que rebobinar a fita antes de devolver. Mas vamos com calma. Afinal, não é assim também que tem tudo, tudo mesmo, num lugar só. São várias plataformas de streaming, cada uma com um catálogo diferente. Muitos filmes e séries se repetem em mais de uma plataforma, claro, mas cada uma tem sua particularidade. Por isso, a Strip Me te entrega hoje uma breve análise das 5 plataformas de streaming mais populares no Brasil e suas vantagens. Confira!

Netflix

Foi a primeira plataforma a se popularizar de fato. Funcionando desde 2010, passou por algumas reformulações ao longo dos anos, melhorando a navegabilidade da plataforma e refinando seu design. O catálogo já foi melhor. Passou por muitas mudanças, e hoje se concentra mais em produções próprias.
A plataforma: Tem boa navegabilidade, é bem intuitiva e organizada. Seu algoritmo funciona bem e apresenta indicações muito interessantes, baseadas no que você costuma assistir.
O catálogo: Hoje o catálogo da Netflix se destaca pelo seu conteúdo original, produções bancadas pela própria plataforma. Mas também tem uma coleção considerável de filmes blockbuster. Além disso, tem uma rotatividade interessante. É sempre certo que vai ter novidades interessantes no catálogo, de lançamentos recentes a filmes e séries antigas.
Destaques: Filmes: O Irlandês, Rocketman, Garota Exemplar, A Lista de Schindler, O Jogo da Imitação. Séries: House of Cards, Stranger Things, Seinfeld, Breaking Bad, Ozark.

Amazon Prime

A Amazon Prime Video já rolava nos Estados Unidos há um tempo, mas chegou ao Brasil somente em 2016. É uma plataforma robusta, com um catálogo muito interessante, mas errático. Seu lay out e navegabilidade deixam um pouco a desejar, mas vem melhorando com o tempo.
A plataforma: A navegabilidade pela plataforma é funcional, mas não encanta. A organização é um pouco confusa, eles misturam filmes e séries disponíveis no catálogo com outras que é preciso alugar ou fazer assinatura de streamings parceiros. Isso incomoda um pouco.
O catálogo: Assim como a Netflix, a Amazon vem investindo em produções próprias, algumas delas muito boas. Tem uma coleção invejável de filmes clássicos e conta com a opção de assistir alguns canais de TV como a CNN ou o Universal Channel, além de muitos canais premiere de esportes.
Destaques: Filmes: Oppenheimer, A Outra História Americana, Os Infiltrados, Apocalypse Now, Noivo Neurótico Noiva Nervosa. Séries: The Boys, O Homem do Castelo Alto, Daisy Jones & The Six, Little Fires Everywhere, Hunters.

Globoplay

No ar desde 2015, a Globoplay, bresileiríssima, se destaca por seu enorme conteúdo de produções brasileiras que extrapolam em larga escala o que é feito para a TV. Atualmente, seu maior filão tem sido os documentários, a maioria excelentes, como Vale o Escrito, Doutor Castor, Sullivan & Massadas, Senna por Ayrton e outros. A plataforma permite assistir ao vivo todos os canais do Grupo Globo (Globo, GNT, Multishow, Sportv…) e outros como Megapix e Canal Brasil.
A plataforma: É direta, intuitiva e atraente, lembra muito a Netflix. A navegabilidade é boa, mas pode ser um pouco lenta, se comparada a outras plataformas. O algoritmo funciona muito bem, dando sugestões e colocando em destaque conteúdos compatíveis com o que é consumido habitualmente.
O catálogo: De maneira geral, é um catálogo ótimo. O ponto fraco definitivamente é a variedade e qualidade dos filmes, em especial filmes hollywoodianos famosos e tal. Em compensação tem um acervo de produções nacionais excelente, com filmes, documentários, séries e até mesmo as novelas e séries da tv Globo, que tem muita coisa boa. A Globoplay também tem investido pesado em produções originais e tem se saído muito bem.
Destaques: Filmes: Bacurau, Parasita, Terra em Transe, Queime Depois de Ler, Estômago. Séries: Os Outros, Sessão de Terapia, The Handmaid’s Tale, House, Vale o Escrito.

HBO Max

O canal de TV HBO entrou na onda do streaming em 2020. Não precisamos nem dizer que o seu ponto forte são as séries, já que mesmo para a TV, desde sempre a HBO já investia e produzia séries de altíssimo nível. Como o canal faz parte do grupo Warner, o catálogo de filmes da plataforma também é recheada de ótimos títulos. Com um lay out moderno e atrativo, a HBO Max é uma das melhores plataformas de streaming da atualidade.
A plataforma: Tem ótima navegabilidade, é simples e direta. Além das seções de filmes e séries, você pode acessar os conteúdos exclusivos dos canais que fazem parte do grupo Warner, como HBO, Discovery, Carton Network e outros, tudo separado e fácil de achar.
O catálogo: O acervo de filmes da plataforma é muito bom, mas o ouro está nas séries e nos conteúdos dos canais, especialmente da HBO e do Cartoon Network, ainda mais para os saudosistas da TV à cabo dos anos 90, que se divertiam com desenhos como Freakazoid, Johnny Bravo e o impagável late show Space Ghost de Costa a Costa.
Destaques: Filmes: Bons Companheiros, Joker, Zodíaco, Beetlejuice, A Origem. Séries: Família Soprano, Succession, Game of Thrones, True Detective, The Deuce.

Star+

A Star+ é basicamente a plataforma de conteúdo “adulto” da Disney, ou seja, boa parte do foi produzido e veiculado pela Fox, que foi comprada pela Disney. Começou a funcionar em 2021 tendo como atrativo todas as temporadas d’Os Simpsons, os filmes dos X-Men e outras produções. Em 2022 chamou a atenção por lançar uma série brilhante e avassaladora, The Bear. Recentemente foi anunciado que a Star+ será extinta e todo seu conteúdo será integrado à plataforma da Disney+.
A plataforma: É bem atrativa e simples de navegar. Pode ser um pouco repetitiva nos destaques apresentados na home e não explora bem o algoritmo para apresentar sugestões. Provavelmente, na migração para a plataforma da Disney isso vai melhorar.
O catálogo: É muito bom! No quesito filmes vai um pouquinho mais fundo dos que as outras plataformas nos filmes mais cults no estilo 500 Days of Summer. Não tem um número enorme de séries memoráveis, como a HBO, por exemplo, mas tem um punhado ali que são realmente boas e engrossam esse caldo.
Destaques: Filmes: Birdman, Pequena Miss Sunshine, Cisne Negro, Alta Fidelidade, Bastardos Inglórios. Séries: The Bear, American Horror Story, O Faz Nada, Only Murders in the Building, Atlanta, Walking Dead.

Para concluir, importante dizer que não entramos aqui no mérito financeiro porque cada uma das plataformas tem diferentes planos, com muitas variáveis e diferentes valores. Por isso, preferimos manter o foco no conteúdo. Até porque é disso que a gente gosta e entende, curtir bons filmes e séries! Então nada mais justo do que celebrar essas ferramentas maravilhosas que nos permitem ter acesso a tanta coisa boa. E tão variado e cheio de opções de altíssimo nível quanto os catálogos das plataformas de streaming, é o catálogo de camisetas da Strip Me, com coleções de camisetas de cinema, arte, música, cultura pop, bebidas, games e muito mais. Cola lá no nosso site para conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam lá toda semana.

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Para ouvir: Uma playlist divertida, com canções que falam sobre o velho hábito de assistir televisão! TV Top 10 tracks.


30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

30 anos: Os 8 filmes mais marcantes de 1994.

Alguns dos filmes mais marcantes e revolucionários do cinema moderno foram lançados 30 anos atrás, no conturbado ano de 1994. A Strip Me te conta quais são os filmes mais importantes daquele ano.

1994 realmente foi um ano agitado. Nelson Mandela assumiu a presidência da África do Sul, depois de uma eleição conturbada, se tornando o primeiro presidente negro eleito no país. O leste europeu é abalado por conflitos sangrentos, principalmente em Sarajevo, na Bósnia. O líder palestino Yasser Arafat ganha o Nobel da Paz. No Brasil o Plano Real é colocado em prática, Ayrton Senna morre tragicamente, a seleção ganha o tetra e Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente. Isso sem falar nas mortes de Kurt Cobain e Tom Jobim, o lançamento do Dookie, do Green Day, a estréia do documentário e lançamento dos CDs The Beatles Anthology, a estréia de Friends na TV… ufa!

Assim como foi 1920 para a arte, com a convergência em Paris de Picasso, Dali, Matisse e a ascensão do surrealismo, e 1967 para a música, quando Beatles, Pink Floyd, The Doors e Velvet Underground lançaram discos seminais, 1994 foi um ano fundamental para o cinema moderno. Alguns filmes lançados 30 anos atrás trouxeram novas abordagens e perspectivas, que foram rapidamente assimiladas e incorporadas às produções cinematográficas de lá pra cá. A Strip Me selecionou os 8 filmes mais marcantes dessa safra pra você conferir.

Entrevista com o Vampiro

Um dos filmes mais caros do ano, a megaprodução trouxe uma reconstituição de época impecável e fez de um filme sombrio um sucesso de bilheteria. Claro, muito graças ao elenco que conta com Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater e uma jovenzinha promissora chamada Kirsten Dunst. Realmente é um baita filme bom! O roteiro é ótimo e bem fiel ao livro de mesmo nome, afinal, ambos foram escritos pela mesma pessoa: Anne Rice, e traz uma história instigante com personagens muito bem construídos. A direção de Neil Jordan é riquíssima e tem uma fotografia excelente. Não é um filme transformador, mas foi responsável por um crescimento geral do interesse das pessoas por vampiros e temas sobrenaturais na cultura pop.
Onde assistir: Amazon Prime

Ace Ventura

Para algumas pessoas pode ser só uma comédia boba. Mas a real é que é um baita filme de comédia que Jim Carrey carrega nas costas. Foi o filme que o lançou ao estrelato. Neste mesmo ano ainda sairia O Máscara e Debi & Loide, que solidificaram de vez, e em tempo recorde, o status de melhor ator de comédia de sua geração. Em Ace Ventura, Jim Carrey entrega um humor físico exuberante, com caretas, gestos exagerados e outras estripulias, mas também deixa claro que sabe atuar. O roteiro do filme é simples, mas bem executado e a direção, acertadamente, simplesmente volta as lentes para Carrey e o deixa solto. É um filme divertidíssimo.
Onde assistir: Amazon Prime

Ed Wood

Aqui Tim Burton realiza mais que uma cinebiografia, mas uma verdadeira homenagem a um cineasta, até então, ignorado. Edward D. Wood Jr certamente foi um dos diretores mais influentes para Tim Burton, com “clássicos” como Plano 9 Para o Espaço Sideral, A Noiva do Monstro e Noite das Assombrações. É neste filme que a parceria entre Burton e Johnny Depp se mostra mais eficaz. Tudo aqui funciona para que o espectador mergulhe de cabeça na trama, desde a estética retrô, em preto e branco, até as atuações impressionantes de Depp, Patricia Arquette e Sarah Jessica Parker. Com Ed Wood Tim Burton trouxe ao grande público um cinema até então pouco valorizado e tido como marginal. Vale muito a pena conferir!
Onde assistir: Star+

Um Sonho de Liberdade

Há de se deixar claro que estamos falando aqui da adaptação para o cinema de um dos livros mais marcantes da longeva obra de Stephen King. É também o primeiro longa metragem de Frank Darabont, que dirigiu e escreveu o roteiro adaptado. Isso posto, podemos afirmar sem medo que se trata de um filme excepcional! A história instigante e cativante escrita por King é fielmente contada em película, sob uma direção firme e elegante, impressionante para um diretor estreante. Apesar de não trazer nada de novo, nenhuma tendência inovadora, é desses filmes que justificam que o cinema seja considerado uma arte. É um filme inspirador, que só não foi mais celebrado na época porque teve a fortíssima concorrência de Forrest Gump.
Onde assistir: HBO Max, Amazon Prime

Assassinos por Natureza

É um roteiro de Quentin Tarantino, é verdade. Mas dá pra dizer que Assassinos por Natureza é uma obra majoritariamente de Oliver Stone. Prova disso é que o próprio Tarantino afirmou publicamente não gostar da abordagem de Stone para seu roteiro. De fato, esteticamente Assassinos por Natureza e Pulp Fiction são filmes bem diferentes. O fato é que Oliver Stone, além de realizar um filme empolgante e visceral, com uma história bem amarrada e um casal de protagonistas absurdamente carismáticos, institucionalizou uma linguagem cinematográfica moderna, com cara de videoclipe, que viria a influenciar muita gente, incluindo Guy Ritchie e Danny Boyle. Assassinos por Natureza é um filme brilhante e um bom resumo do que foram os anos 90.
Onde assistir: Star+

O Rei Leão

Impossível ignorar o filme que rendeu a maior bilheteria de 1994 e uma das maiores da histórias do cinema até hoje. Ainda mais sendo este uma animação da Disney, famosa por suas produções caretas e politicamente corretas. O Rei Leão se enquadra nesses termos, é verdade, mas vai muito além. Tem um roteiro impecável, uma estética linda e uma produção muito caprichada, sem falar no elenco de dublagem, que conta com nomes como Matthew Broderick, Jeremy Irons e Whoopi Goldberg, e na trilha sonora fantástica de Hans Zimmer, com canções originais de Elton John. Até hoje é um marco na produção de animações para o cinema, que vão além do público infantil para atingir em cheio pessoas de qualquer idade. Indiscutivelmente um clássico.
Onde assistir: Disney+

Forrest Gump

Ainda não havia sido feito nada parecido com Forrest Gump na história do cinema. Em certa perspectiva, é um filme épico, mas muito ousado, pretensioso até, ao inserir seu protagonista como coadjuvante, ou simplesmente espectador, de vários momentos históricos do século vinte, desde inspirar Elvis Presley a dançar até conhecer um dos primeiros investidores da Apple. O roteiro de Eric Roth é primoroso, adaptado de um livro homônimo, lançado em 1986 e escrito por Winston Groom. A direção de Robert Zemeckis é inspirada e Tom Hanks e Robin Wright entregam atuações excepcionais! Forrest Gump é um filme indispensável.
Onde assistir: Apple TV, Amazon Prime

Pulp Fiction

1994 foi o ano de Quentin Tarantino. Além de escrever o roteiro de Assassinos por Natureza, ele escreveu e dirigiu o clássico absoluto do cinema cult e inaugurou um novo estilo de filmar cenas de ação e violência. Como já foi dito, Pulp Fiction difere muito de Assassinos por Natureza na direção e fotografia. Tarantino é mais sóbrio, não abusa de efeitos especiais, contrastes ou enquadramentos esdrúxulos. Mas, ao mesmo tempo, é mais sofisticado, emula o cinema europeu, traz dinâmica, cortes bruscos e filma cenas brutais com uma naturalidade espantosa. E o roteiro… bom, o roteiro é genial! Diálogos inteligentes e bem humorados, uma história que se desdobra, mas é bem amarrada e personagens cativantes. A montagem que bagunça a cronologia foi outra novidade que Tarantino popularizou no cinema. Se Assassinos por Natureza é um retrato dos anos 90 por sua linguagem e estética, Pulp Fiction marca uma verdadeira revolução no cinema dali em diante.
Onde assistir: Netflix, Amazon Prime, Telecine

Claro que 1994 teve muitos outros filmes marcantes, mas selecionamos aqui os mais relevantes. Por exemplo, também completam 30 anos de lançados o polêmico Kids, o divertido Airheads, o meloso Lendas da Paixão, o empolgante True Lies, o denso Assédio Sexual, o esperto Cova Rasa e muitos outros. Um ano com tanto filme bom não poderia deixar de ser exaltado aqui na Strip Me. Afinal, cinema é uma das nossas paixões e uma fonte de inspiração para estampas originais lindas e super descoladas! Confere lá no nosso site a coleção de camisetas de cinema, aproveitas e dá uma olhada nas camisetas de arte, música, bebidas, games, cultura pop e muito mais. Na nossa loja você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo.

Para ouvir: Uma playlist deliciosa com as melhores músicas lançadas em 1994. 1994 top 10 tracks.

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