Decifra-me ou te devoro. Pois é, cultura nenhuma conseguiu decifrar o Brasil, e todas acabaram devoradas. Aqui, no lugar da Esfinge temos um pajé Tupinambá trajando um manto de penas vermelhas se alimentando de carne e sabedoria ao mesmo tempo. A antropofagia moldou a arte pop brasileira desde os modernistas da década de 1920 até os rimadores de trap e funk da atualidade.
E assim foi com a música, com a literatura, com a moda. E, claro, na arte. Se a Pop Art lá fora transformava objetos de consumo em ícones e celebridades em arte, por aqui esse espírito foi mastigado, deglutido e reinventado em cores vibrantes, gambiarras criativas e muito humor. É dessa digestão criativa que nasce a arte pop brasileira e, mais adiante, o Design Pop Brasileiro: uma estética que mistura o lifestyle das ruas, música, cultura e moda, sempre com a cara do Brasil. É também nesse território que a Strip Me encontra inspiração para criar suas estampas.
O que é o Design Pop Brasileiro?
O termo pode não estar nos manuais acadêmicos, mas basta andar pelas ruas para entender. O Design Pop Brasileiro é essa vertente criativa que mistura o legado da Pop Art global com a identidade tropical. Ele aparece nos lambe-lambes que grudam poesia e propaganda em postes, nos grafites que transformam muros em galerias a céu aberto, nas capas de discos que se tornaram tão icônicas quanto as músicas que marcaram gerações. Mais do que estética, é uma tradução visual das brasilidades no design: improviso, humor, cor e ousadia. Um reflexo vivo daquilo que chamamos de arte pop brasileira, ou simplesmente brasilidade.
Design e música brasileira: da Tropicália ao funk
Se a Pop Art internacional olhava para produtos de consumo e celebridades, no Brasil a inspiração veio da música. A Tropicália, nos anos 60, foi um manifesto vivo de antropofagia cultural: Gil, Caetano, Gal e os Mutantes devoraram Beatles, rock psicodélico e bossa nova para criar algo novo, embalado por cores, sons e imagens. Hélio Oiticica, com seus parangolés e instalações, também traduzia essa ideia de que tudo podia ser arte, de que nada estava fora do cardápio. Essa conexão entre design e música brasileira foi decisiva. Do samba e o Carnaval cheio de cores e alegorias, ao minimalismo sofisticado da gravadora Elenco, passando pelo rock nacional dos anos 80 até a estética vibrante do funk com seus bailes e ostentações, cada movimento deixou sua marca visual. Esse diálogo entre música e imagem ajudou a consolidar a arte pop brasileira como linguagem visual. E todos eles ajudaram a consolidar a identidade única da cultura pop no Brasil.
As ruas como vitrine: cartazes, cores e humor
O coração do design brasileiro sempre esteve nas ruas. É ali que nasce a tipografia vernacular, o lambe-lambe, o grafite. Letras pintadas à mão, cartazes coloridos que disputam atenção, muros que viram outdoors improvisados. Esse ruído visual, cheio de humor e espontaneidade, é um patrimônio cultural. Ele mostra como o brasileiro transforma necessidade em estética, e é justamente essa estética que hoje inspira coleções de moda. Sem falar no design pop brasileiro caseiro, o filtro de barro, o piso de caquinho…Algumas das nossas brasilidades no design, que antes eram vistas como “bregas”, mas hoje brilham como exemplos autênticos da arte pop brasileira.
Do underground para a moda
Por muito tempo, essa estética viveu apenas em capas de discos independentes, zines, grafites, cartazes de shows. Mas aos poucos, o Design Pop Brasileiro foi ocupando passarelas e vitrines. Marcas independentes perceberam que não havia nada mais legítimo do que vestir a cultura de onde a gente veio. É nesse momento que a Strip Me se destaca com camisetas que não são apenas roupas, mas suportes para essa mistura de referências, da malandragem do samba à rebeldia do punk, do filtro de barro ao doguinho caramelo. Aqui, a moda se encontra com a cultura pop no Brasil e mostra como a moda e cultura pop podem andar juntas, traduzindo quem somos.
Por que o Design Pop Brasileiro conquista hoje a moda e a cultura pop?
Vivemos uma era em que autenticidade vale mais do que qualquer logo de marca famosa. O público jovem e adulto busca peças que tenham história, identidade e, claro, humor. O Design Pop Brasileiro entrega tudo isso: conecta com a nostalgia das capas de vinil, com a estética das ruas e com a vontade de vestir algo que seja verdadeiramente nosso. Mais do que tendência, é uma forma de afirmação cultural. É dizer: “esse sou eu, esse é o meu país, essa é a minha mistura.” É nesse cenário que a moda e cultura pop se encontram de forma natural, dando corpo a uma geração que busca referências próprias. É a cultura pop do Brasil que se transforma em atitude. E a Strip Me está nessa junto, transformando cultura em moda com muita autenticidade.
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O Design Pop Brasileiro é a fusão de arte, música e brasilidade que colore muros, enche olhos e veste pessoas. É improviso, é criatividade, é memória coletiva. Esse é um dos capítulos mais vibrantes da cultura pop no Brasil, e ele encontra na moda e cultura pop uma forma de se materializar com originalidade e vigor. Quer ver como essa estética se transforma em camiseta? Dá uma olhada nas coleções da Strip Me. São camisetas de música, arte, cinema, cultura pop, brasilidades e muito mais. Cola lá no nosso site e descubra como o design brasileiro pode virar sua próxima peça favorita.
Vai fundo!
Para ouvir: Já que falamos de tropicalismo, tá aí uma playlist deliciosa com o que de melhor foi feito neste movimento divino maravilhoso. Tropicalismo Top 10 tracks,
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Esqueça os camarotes VIP, as abadás caríssimos e a fila para pegar aquela cerveja morna. Nos bloquinhos, a festa é democrática e a diversão é garantida. A Strip Me te ajuda a cair na folia elencando os melhores blocos de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Pois é. Se tem uma coisa que o Brasil sabe fazer como ninguém, é Carnaval. E o fenômeno dos blocos de rua, também chamados carinhosamente de bloquinhos, é cada vez mais popular e se mostra a melhor parte do Carnaval esbanjando diversidade. Uma festa democrática, na rua e totalmente de graça, onde a única pulseirinha possível é a da hidratação (fica a dica). Você bem sabe que os blocos de Carnaval não surgiram ontem e, muito menos, como tendência pra postar no Instagram. No começo do século XX, os primeiros cortejos carnavalescos já reuniam multidões nas ruas ao som de marchinhas e batuques. Os cordões carnavalescos e os ranchos foram precursores do que hoje conhecemos como bloquinhos.
Atualmente, os bloquinhos arrastam milhões de foliõesBrasil afora. São festas gratuitas, diversas e cheias de personalidade. Tem bloco de axé, de samba, de rock, de pop, de funk, de música brega, de tudo junto e misturado! Sem falar nos blocos temáticos, inspirados em séries, filmes, memes e até ciências (sim, existe um bloco que exalta a tabela periódica, por exemplo). Sem falar que o bloquinho virou palco para fantasias que vão do clássico pirata ao inovador Tia do Zap. Para você curtir o Carnaval de rua em todo o seu esplendor, a Strip Me elenca os melhores e mais famosos blocos de São Paulo e Rio de Janeiro. Confira.
Em 2015 duas amigas resolveram criar um bloco que fosse a cara da cidade e encontraram na obra de Rita Lee todos os elementos que procuravam. A celebração do feminino, a irreverência e músicas maravilhosas que facilmente poderiam empolgar multidões. Afinal, Caetano já cravou que Rita Lee é a mais concreta tradução de São Paulo, né? Há exatos 10 anos que o bloco Ritaleena é sucesso absoluto no Carnaval paulistano, atraindo milhares de pessoas. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @bloco_ritaleena
Bloco do Sargento Pimenta 23/02 – 11h – Ibirapuera
Bloco criado em 2010 no Rio de Janeiro, logo de cara fez o maior sucesso. Afinal, não tinha como dar errado, tocar clássicos dos Beatles em versões carnavalescas. Dois anos depois de sua criação, a trupe participou também do Carnaval de rua de São Paulo e conquistou o coração dos paulistanos. De lá pra cá o bloco se divide todo ano com datas em São Paulo e no Rio, além de constantemente viajar para outras cidades do Brasil. Neste ano, o bloco se apresenta no Rio de Janeiro no dia 03 de março, 10h no aterro do Flamengo. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @blocodosargentopimenta
Tradicionalíssimo bloco paulistano, em atividade desde 1999. Desde sua criação já tinha a o intuito de inserir cada vez mais diversidade no Carnaval de rua de São Paulo. Assim foi feito, através da fusão de ritmos como o samba, baião e maracatu. É, sem dúvida, um dos mais animados da capital paulista e faz questão de não se limitar a um só bairro da cidade. Neste ano, estarão em Pinheiros e na Vila Madalena. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @blocobatunta
Monobloco 23/02 – 14h – Ibirapuera
Mais um bloco carioca que conquistou os paulistanos. Criado em 2000 como uma oficina de percussão para jovens, no ano seguinte, fez um desfile nas ruas do Rio de Janeiro no Carnaval e se tornou um bloco permanente desde então. A passagem por São Paulo é obrigatória em todo Carnaval já faz muitos anos. Mas o bloco ultrapassou as barreiras carnavalescas, já tendo lançado 4 discos e dois DVDs, faz shows Brasil afora o ano todo e ainda segue sendo oficina de percussão, ensinando música para jovens da periferia carioca. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @monoblocooficial
Acadêmicos do Baixo Augusta 23/02 – 14h – Consolação
Acadêmicos do Baixo Augusta é um dos blocos mais importantes de São Paulo. Foi criado em 2009 já pensando que o Carnaval paulistano precisava de um bloco com foco na inclusão e diversidade. A região conhecida como Baixo Augusta é desde sempre um local de boemia, onde misturam-se diferentes tribos em democrática harmonia. O bloco procura manter essa aura. Além de tudo, é conhecido por aglutinar grandes nomes do meio artístico. Por exemplo, quem comanda a banda do bloco é o Simoninha, a rainha do bloco é a adorável Alessandra Negrini e o porta estandarte é o talentoso escritor Marcelo Rubens Paiva, que, aliás, é cadeirante. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @academicosdobaixoaugusta
Cordão da Bola Preta 23/02 – 9h – Rua da Relação + 01/03 – 9h – Rua Primeiro de Março
Este é o maior e mais antigo bloco de Carnaval do Brasil (e, consequentemente, do mundo, né…). Iniciou suas atividades no Carnaval de 1918, no centro do Rio de Janeiro. Desde então, desfila tradicionalmente todo ano, no sábado de carnaval, no centro da cidade, começando por volta das 9h da manhã. O bloco também sai na sexta-feira imediatamente anterior à abertura do Carnaval, no mesmo local. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @cordaodabolapretaoficial
Amigos da Onça 01/03 – 9h – Praia do Flamengo
Em atividade desde 2012, o grupo se apresenta não só como bloco, mas também no formato banda, com um estilo performático espalhafatoso e irreverente, trazendo em seu repertório, além de composições autorais, uma mistura de ritmos, que passa pelo pop, salsa, rock, reggae, samba, funk, carimbó, maracatu, baião, pagode baiano e pagodes dos anos 90. É diversão garantida ou seu dinheiro de volta. Mas como é de graça…fica elas por elas. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @blocoamigosdaonca
Bangalafumenga 02/03 – 9h – Monumentos aos Pracinhas
O bloco surgiu em 1998, inicialmente apenas como um grupo de amigos, artistas que se dedicavam a poesia, samba e improvisos, no Planetário da Gávea. No mesmo ano eles decidiram desfilar no Carnaval, nas ruas do Leblon, se tornando oficialmente um bloco. Em 2001 os músicos do bloco passaram a se apresentar como banda, e seguem fazendo shows para além dos carnavais, e já estão com 3 discos lançados. Para mais informações siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @bangalafumenga
Carmelitas 28/02 – 13h – Largo do Curvelo + 04/03 – 8h – Largo do Curvelo
Outro bloco super tradicional do Rio de Janeiro, e com uma história maravilhosa. Rolava uma lenda nos anos oitenta de que uma freira havia sido vista pulando o muro do Convento das Carmelitas, no bairro de Santa Teresa, e se misturado aos foliões de um bloco na sexta feira de Carnaval, e depois fora flagrada pulando de volta para dentro do convento na terça feira. Em 1990 foi criado o Bloco das Carmelitas, que desfila em Santa Teresa toda sexta e toda terça de Carnaval, e muitos dos foliões vão fantasiados de freira e padre, para que a verdadeira freira passe despercebida. E é um dos blocos mais animados do Rio de Janeiro até hoje. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @blocodascarmelitas
Fundado originalmente em Salvador, Bahia, no ano de 1949, Filhos de Gandhi é um afoxé, ou seja, é um cortejo de rua que sai durante o Carnaval, sendo uma manifestação com raízes no povo Iorubá. Geralmente, seus integrantes são vinculados a um terreiro de Candombléou de Umbanda. Em 1951 o alguns baianos que se mudaram para o Rio de Janeiro, fundaram o afoxé com o mesmo nome na capital carioca em 1951. E ele segue como bloco carnavalesco desde então exaltando os ritmos e crenças das religiões de matrizes africanas com muita beleza e animação. Para mais informações, siga o bloco não só na rua, mas também no Instagram @filhosdegandhirio
Então é isso. Foliões, uni-vos! Porque o Carnaval já nos bate à porta. E se você nunca foi num bloquinho, se joga sem medo, porque é bom demais! Pode se lambuzar de glitter (mas daquele biodegradável, de preferência) sem medo de ser feliz e cair no samba! E pra você curtir no estilo e com muito conforto, a Strip Me tem as coleções de Carnaval, Verão, Brasilidades, Bebidas, e até uma especial do Cartola, pra você usar e abusar, lembrando que são camisetas 100% algodão certificado, mega confortáveis e com caimento perfeito, seja no P ou no XGG. Cola lá no nosso site pra conferir.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist perfeita pra fazer aquele esquenta com os maiores sucessos dos principais blocos do Brasil! Bloquinho top 10 tracks.
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Uma das séries mais importantes da história da televisão, saída da cabeça privilegiada de David Lynch e influente até hoje, Twin Peaks é uma obra prima! A Strip Me celebra este clássico revelando 10 motivos para você assistir (ou rever) essa série maravilhosa.
Na noite do dia 8 de abril de 1990, quem assistia televisão nos Estados Unidos foi transportado para um mundo de mistério e muita esquisitice. E a maioria dessas pessoas fez questão de não sair desse mundo, deixando ecoar na mente uma só pergunta: “Quem matou Laura Palmer?”, a garota encontrada embrulhada em plástico na beira de um rio. A pequena cidade de Twin Peaks, que dá nome à série, é fictícia, porém, a cidade de Snoqualmie, no estado de Washington e pertinho de Seattle é conhecida hoje por muita gente como a verdadeira Twin Peaks, afinal foi lá que boa parte da série foi filmada. A cidade recebe fãs da série o ano todo, e por isso mesmo, mantém muitos dos imóveis e até mesmo a entrada da cidade, como foi retratado na série.
Twin Peaks é uma criação do cineasta David Lynch em parceria com o roteirista Mark Frost. Muitas são as lendas e curiosidades que envolvem a série. Exibida inicialmente em duas temporadas, em 1990 e 1991, teve dois longas metragens dirigidos pelo próprio Lynch e uma nova temporada, que deu sequência às duas primeira, lançada em 2017. Cultuada desde seu lançamento até hoje em dia, Twin Peaks é um marco do entretenimento e merece ser vista pelas novas gerações e revisitada por quem já viu mais de uma vez. Pra deixar isso claro, a Strip Me te dá 10 motivos para assistir Twin Peaks.
Tudo começou com a Marilyn Monroe.
No final dos anos oitenta, David Lynch e Mark Frost estavam trabalhando na adaptação para o cinema de um livro sobre a biografia de Marilyn Monroe. A coisa desandou e o projeto foi abortado, reza a lenda, porque Lynch insistia numa teoria da conspiração de que JFK esteve envolvido na morte da estrela, e estúdio nenhum de Hollywood queria comprar uma briga dessa. De qualquer forma, alguns elementos dessa biografia foram aproveitados na elaboração da série, como a morte de Laura Palmer, que aconteceu antes que ela contasse que estava envolvida com uma famosa figura da cidade, informação esta que constava em seu diário. O mesmo aconteceu com Monroe, que mantinha um diário e estava decidida a revelar seu relacionamento extraconjugal com Kennedy quando morreu, segundo o livro e as teorias de Lynch.
Os sinais estão noir.
O gênero cinematográfico noir tornou-se incrivelmente popular entre os anos 50 e 60, e acabou por influenciar radicalmente as gerações futuras de cineastas. Lynch e Frost sempre foram apaixonados pelo gênero e, não só fizeram de Twin Peaks uma série noir surrealista e perturbadora, como inseriram inúmeros elementos que fazem referêncvia aos filmes clássicos do gênero. Por exemplo, Maddy Ferguson, por exemplo, a versão morena de Laura Palmer, interpretada pela atriz Sheryl Lee, tem o mesmo nome de uma das personagens de Kim Novak no clássico filme Vertigo, de Hitchcock. Duas personagens, porque, assim como na série, Novak interpretava duas garotas, uma loira, que foi assassinada e uma sósia de cabelos pretos. Tem também na série um agente de seguros chamado Walter Neff, nome do personagem de Fred MacMurray em Pacto de Sangue, de Billy Wilder lançado em 1944. Isso sem falar em várias referências aos filmes Laura, de 1944, Crepúsculo dos Deuses, de 1950, e muitos outros. Twin Peaks é uma ode ao cinema noir.
Spielberg ficou na vontade.
Às vezes pode parecer exagerado quando a gente fala de uma série como Twin Peaks com tamanho entusiasmo. Mas não é exagero, foi realmente uma parada muito impactante e revolucionária na época. Tanto é que na segunda temporada muita gente grande quis fazer parte de alguma forma daquilo, pois sacaram que se tratava de uma série histórica. Uma dessas pessoas foi ninguém menos que Steven Spielberg, que na época, 1991, já era um dos cineastas mais celebrados do mundo. Spielberg se encantou com a série e chegou a pedir a Lynch que ele dirigisse um episódio Cogitou-se então dar o primeiro episódio da segunda temporada na mãos de Spielberg. Mas não rolou. Dizem que Lynch e Spielberg tiveram uma longa conversa, e que Spielberg havia prometido que faria a direção deixando o episódio o mais “estranho” possível, detalhando algumas de suas ideias. No fim, Lynch achou a abordagem de Spielberg muito convencional e dirigiu ele mesmo a estreia da segunda temporada, garantindo que Spielberg iria dirigir algum episódio no futuro. Mas o criador de ET e de Indiana Jones ficou a ver navios e está até hoje esperando tal oportunidade.
Reprovado em Cannes.
Em 1992 Twin Peaks reinava absoluta como a grande série de TV do momento. Porém, Lynch e Frost não estavam prontos para uma terceira temporada. No entanto, produziram um longa metragem excelente revelando os dias que antecederam a morte de Laura Palmer. Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (título original Twin Peaks: Fire Walk With Me) foi lançado em 1992, e Lynch fez questão de apresentá-lo no Festival de Cannes. Apesar de todo o sucesso da série, da fotografia ousada do longa, do ótimo elenco, da trilha sonora inspirada… apesar de tudo isso, o filme levou uma vaia vigorosa ao final da exibição no festival. Claramente porque a platéia não entendeu nada. Não entendeu, inclusive, o que todos os admiradores de Lynch e de Twin Peaks sacaram desde sempre: não é pra entender, mas sim pra sentir, pra curtir, pra pirar, pra dar risada… Além disso, não tem nada mais antiestablishment do que ser reprovado em Cannes. Portanto, mais um ponto positivo para Twin Peaks.
David Bowie esteve aqui.
Por falar no longa metragem Twin Peaks: Fire Walk With Me, assim como Spielberg, outro admirador declarado da série é ninguém menos que David Bowie. Este sim, tem tudo a ver com a aura lynchniana de Twin Peaks. Tanto que, quando soube disso, Lynch convidou Bowie para atuar no longa e escreveu um papel especialmente para ele, o agente do FBI Phillip Jeffries. E Bowie, solto e canastrão está excelente no filme! Ele também aparece no filme de 2014, Twin Peaks: The Missing Pieces, que Lynch dirigiu. Trata-se de um compilado de cenas deletadas, tanto da série, como do filme, que com uma montagem e edição eficientes, formam um filme interessante, trazendo novos pontos de vista sobre o assassinato de Laura Palmer. Bowie estava escalado também para atuar na terceira temporada da série, que estreou em 2017, porém, ele faleceu um ano antes.
Quem matou Laura Palmer?
Pois é, como uma boa obra de cinema noir que se preze, Twin Peaks é carregada de mistério, sobretudo envolvendo um assassinato. E tudo que se quer numa história de assassinato é descobrir quem é o assassino. Lynch e Frost sempre souberam disso. Tanto que encerraram a primeira temporada sem revelar o assassino. A segunda temporada, lançada no ano seguinte, ia pelo mesmo caminho. Amontoavam-se pistas aqui e ali, teorias, bizarrices cada vez maiores… mas nada de revelar quem matou Laura Palmer. A ABC, canal de TV que transmitia a série, estava pressionando Lynch e Frost para revelarem o assassino desde a primeira temporada. Mas quando a segunda começou sem dar nenhum sinal que tal revelação ia rolar, eles pararam de pedir com gentileza, empurrando o programa para um horário péssimo que prejudicaria a audiência. Pouco depois da metade da segunda temporada, o assassino foi revelado. Lynch era contra, pois, com razão, sabia que a série se mantinha por conta do mistério, e que era muito mais sobre a cidade em si do que simplesmente sobre o assassinato de Laura. Ele estava tão certo que o tiro da ABC saiu pela culatra, e depois que o assassino foi revelado, a audiência caiu consideravelmente.
Angelo Badalamenti.
O músico e compositor Angelo Badalamenti já era amigo e parceiro de Lynch desde muito antes de Twin Peaks e fez muita coisa boa. Suas trilhas sonoras são realmente muito inspiradas, sobretudo a do filme Blue Velvet, de Lynch, lançado em 1986. Mas em Twin Peaks Badalamenti se supera, compondo uma trilha soberba, cheia de camadas e densidade. A música de abertura da série, inicialmente intitulada simplesmente Love Theme, é brilhante e, reza a lenda, foi composta em apenas 20 minutos. Além de ser responsável pelas trilhas sonoras de praticamente todos os filmes de Lynch, incluindo o excelente Cidade dos Sonhos, Badalamenti ainda compôs as trilhas de grandes filmes como O Suspeito da Rua Arlington, de Mark Pellington, lançado em 1999, o maravilhosos Secretária, de Steven Shainberg, lançado em 2002, Água Negra, do brasileiro Walter Salles, lançado em 2005 e muitos outros.
Te confundindo pra te esclarecer.
As duas primeiras temporadas de Twin Peaks, em 1990 e 1991, foram indiscutivelmente revolucionárias. Lynch e Frost (Lynch principalmente) pegou todas as regras e padrões de uma produção de série para tv e jogou no lixo (talvez tenha até colocado fogo em seguida, pra não sobrar nada mesmo). Twin Peaks não só trouxe uma linguagem mais cinematográfica para a TV, mas trouxe também conceitos de arte como o surrealismo e a psicodelia. Isso na estética. Já no roteiro, a beleza e originalidade estão justamente em dar ênfase nos personagens e na cidade, criar climas, diálogos… fazer com que o espectador se envolva de fato com a trama, sem dar respostas claras. Aliás, sem dar resposta nenhuma, praticamente, e ainda encher a sua cabeca de caraminholas, dando pano pra manga em teorias e divagações. Como já foi dito, Twin Peaks não é uma série para ser entendida racionalmente, não tem um começo, meio e fim estabelecidos, não dá muitas repostas, tem várias pontas soltas de roteiro… mas apresenta um retrato irresistível do inconsciente, do delírio e do sobrenatural! Lynch e Frost são Dali e Buñuel dos anos 90.
Tronco carismático.
Entre as milhares de bizarrices e excentricidades apresentadas na série, uma chama muito a atenção e se tornou um dos maiores ícones de Twin Peaks: o tronco de Margaret Lanterman. Margaret, mais conhecida como a Dama do Tronco, era uma moradora de Twin Peaks conhecida por carregar consigo um tronco cortado, com quem ela conversava e alegava ser capaz de prever eventos. Para a maioria dos moradores da cidade, ela era considerada apenas uma doente mental, pois frequentemente falava coisas sem sentido. No entanto, para além de suas falas aparentemente desconexas, Margaret tinha poderes xamânicos, capaz de interagir com o mundo espiritual. Margaret era interpretada pela atriz Catherine Coulson, que foi presenteada com o tal tronco quando acabaram as gravações de Twin Peaks. A atriz faleceu poucas semanas após o final das gravações da terceira temporada, em 2017, onde ela protagonizou uma cena de forte carga emocional falando sobre morte. O tronco segue com a família da atriz, que frequentemente recebe propostas de compras do objeto, chegando a valores que ultrapassam 300 mil dólares.
It’s David “Fucking” Lynch!
Se tudo que foi dito até agora não fosse suficiente, o simples fato de ser uma obra de David Lynch já deveria ser um argumento forte o suficiente para te convencer a assistir Twin Peaks. Afinal, estamos falando de um dos cineastas mais disruptivos, criativos e provocadores da história do cinema! Lynch carrega ares de divindade para caras como Tim Burton, Almdóvar, Dennis Villeneuve, Lars Von Trier e Darren Aronofsky. Lynch já estreou com um filme brilhante, o clássico Eraserhead, de 1977, depois vieram outros filmes inacreditáveis como O Homem Elefante, Blue Velvet, Coração Selvagem, Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos… enfim, David Lynch é um dos grandes mestres do cinema e só isso já é suficiente para você querer ver e rever Twin Peaks, e toda a filmografia de Lynch!
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Concluindo, se você gosta de séries como Arquivo X, True Detective, Lost, Dark, Stranger Things e tantas outras, você precisa agradecer a Twin Peaks. E a Strip Me não só agradece a Twein Peaks e ao David Lynch, como faz questão de prestar sua homenagem elaborando sempre camisetas cheias de personalidade e originalidade. As camisetas de cinema, por exemplo, estão repletas de referências a grandes filmes, diretores e séries. E tem também as camisetas de música, arte, cultura pop e muito mais. Você confere tudo no nosso site, e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist com os melhores sons que rolaram tanto na série quanto nos filmes. Twin Peaks Top 10 tracks.
Claro, ninguém está competindo, mas não dá pra negar que o folclore brasileiro é o melhor do mundo, né? plural e riquíssimo, nosso folclore vai da gastronomia às lendas mais fascinantes. A Strip Me traz 7 curiosidades sobre o folclore brasileiro, pra você ficar sabendo tudo sobre o assunto.
No dia 22 de agosto de 1846, o escritor inglês William John Thoms inventou o termo folklore, unindo as palavras folk (pessoas, povo) e lore (conhecimento, saber), para designar os conhecimentos e cultura tradicionais que formam a identidade de um povo ou sociedade. Isso significa que o termo engloba todo o tipo de manifestações culturais, como música e dança, mas a melhor e mais clara personificaçãso do folclore são histórias e lendas contadas oralmente. Tanto é que dois dos mais famosos pioneiros no estudo do folclore foram os Irmãos Grimm, que coletaram e registraram em livros muitas das lendas folclóricas da Europa, que acabariam por se tornar os populares contos de fadas (que de infantis não tinham nada). Portanto, o conceito de folclore surgiu no século XIX e foi se espalhando pelo mundo, fazendo com que cada povo buscasse seus elementos folclóricos.
Aqui no Brasil, até rolaram alguns estudos sobre o folclore brasileiro ainda na segunda metade do século XIX, mas foi só no século XX que isso se tornou uma pauta realmente relevante entre intelectuais e a coisa toda desenrolou. A Strip Me traz 7 curiosidades que vão te deixar muito bem informado sobre o folclore brasileiro e tudo que ele envolve.
Origens.
Antes de mais nada, é bom ressaltar que um dos fundamentos do folclore de maneira geral é não se saber a origem de seus elementos, uma vez que eles são natos à sua sociedade e transmitidos de maneira oral ao longo de gerações. Portanto, aqui não vamos tratar da origem de personagens, lendas e etc, mas sim dar uma geral em como esses elementos começaram a ser estudados, catalogados e etc. O nome mais importante do folclore brasileiro é o historiador e antropólogo Luiz da Câmara Cascudo. Mas não foi o único. Enquanto Câmara Cascudo fazia seus estudos no Rio Grande do Norte, em São Paulo Mário de Andrade também mergulhava no Brasil profundo, bem como Monteiro Lobato. Aliás, a Semana de Arte Moderna de 1922 foi importantíssima para gerar curiosidade e interesse de cada vez mais pessoas pelo folclore brasileiro.
Personagens mais conhecidos.
São muitos os personagens do folclore brasileiro. Muitos deles conhecidos apenas em algumas regiões, já que as lendas do nosso folclore são distintas nas diferentes partes de um país tão grande, afinal, tais lendas e personagens surgem em ambientes diferentes. A região norte tem suas lendas mais ligadas às florestas e aos indígenas, no nordeste tem muita influência africana, dada a alta concentração de escravizados em Pernambuco e na Bahia no período colonial. Nas regiões sul e sudeste são lendas e personagens relacionadas às fazendas e no centro oeste misturam-se lendas de fazendeiros com a cultura indígena. Entretanto, por terem sido retratados em livros, filmes e séries de TV, alguns personagens dessas lendas ficaram conhecidos no país todo. Alguns deles são:
Saci-Pererê: Entidade zombeteira, Saci é um pequeno negrinho conhecido por realizar travessuras contra viajantes e moradores da zona rural. Possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e fuma cachimbo. Boitatá: cobra de fogo que, na lenda, atacava aqueles que incendiavam a floresta. Curupira: Entidade da floresta, de cabelos vermelhos como o fogo e os pés ao contrário (com os calcanhares para frente). É o protetor da floresta, aterrorizando os homens brancos que a desmatam.. Boto cor-de-rosa: Personagem do folclore amazônico, é um boto (o golfinho de água doce) que se transforma em um homem sedutor, frequenta festas, seduzindo e engravidando mulheres solteiras. Mula sem Cabeça: A história varia um pouco de um lugar para o outro, mas em geral, trata-se de uma mulher que se deitou com um sacerdote religioso e foi amaldiçoada, se transformando em uma mula com labaredas de fogo no lugar da cabeça, que galopa pelos campos de noite, assombrando as pessoas. Iara: É a sereia brasileira. A lenda de Iara vem dos índios. Dizem que Iara era uma habilidosa guerreira, que despertava a inveja de seus irmãos homens. Os irmãos armaram uma emboscada para matá-la, mas ela não só escapou, como acabou matando seus irmãos. Seu pai, indignado pela morte dos filhos homens jogou Iara no encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Os peixes a resgataram e a transformaram em sereia. Desde então, ela aparece vez por outra para encantar com sua beleza e seu canto pescadores que se aventuram pelos rios da Amazônia. Cuca: Personagem que surgiu na Península Ibérica e se enraizou no folclore brasileiro através dos colonos portugueses e espanhóis que vieram para cá na época das grandes navegações. É uma bruxa que pode ter a forma de uma velha, ou de uma mulher com cara de jacaré. Uma das versões da lenda diz que, a cada 1.000 anos, brota de um ovo uma nova Cuca. Então, a Cuca “antiga” se transforma em um pássaro de canto triste, enquanto a nova Cuca assume seu papel, fazendo maldades maiores do que a anterior. Recentemente, muita gente tem implorado para ser pego pela Cuca, que foi repaginada e interpretada pela maravilhosa Alessandra Negrini numa série de TV.
Festas.
Nem só de lendas e personagens curiosos vive o folclore. Os costumes e cultura tradicionais de um povo também fazem parte do folclores. Desta forma, algumas festas típicas, celebradas há muito tempo e que caracterizam a cultura brasileira podem ser consideradas folclóricas. assim é o Carnaval, a Festa Junina e o Bumba Meu Boi (ou Boi Bumbá). Curiosamente, as 3 festas tem origem européia, sofrendo adaptações e transformações, se mesclando às culturas de povos originários e africanos e se tornando autenticamente brasileiras. Essas festas são todas reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Gastronomia.
E não tem festa sem comida, né? Mas falando sério, a gastronomia faz parte da cultura, principalmente quando se trata de um prato cuja a origem é desconhecida ou tem muitas versões e existe faz muito tempo. Provavelmente o mais emblemático desses pratos seja a feijoada, cuja a origem gera muita polêmica. A maioria dos historiadores negam a versão de que a feijoada foi criada pelo escravos, que pegavam as partes do porco que seus donos não comiam. Pois ensopados de feijão com aparas de carnes já eram comuns na Europa antes da colonização do Brasil. Possivelmente, a feijoada, assim como as festas e algumas lendas, é resultado da mistura de culturas, alguma receita européia que foi adaptada com ingredientes brasileiros. O mesmo vale para o pato no tucupI, o acarajé e até mesmo o churrasco de chão, típico do sul do país. Tudo isso faz parte do nosso folclore. E, claro, para ajudar na digestão, a nossa boa e velha cachaça também é folclórica!
Música.
A música é parte fundamental do folclore. Não só aqui, mas em todo lugar. Aqui no Brasil a gente se acostumou a tratar o folclore como uma coisa restrita a essa parte de lendas, do Saci e da Mula Sem Cabeça. Já em outros países, a música tradicional é tão presente que se tornou um gênero, a folk music. Claro, rolou aí uma apropriação do termo folklore entre os gringos, em especial os estadunidenses. Uma coisa é o Woody Guthrie, ou até mesmo o Bob Dylan, tocando canções antigas ao violão, outra coisa é uma gurizada mais nova tocando canções originais, novas e dizendo que fazem folk music. Mas pra nós isso não interessa. O que interessa é que a nossa música folc é riquíssima! O samba é folc, a moda de viola é folc, o frevo é folc, o baião é folc! E gente como Cartola, Luis Gonzaga, Tonico e Tinoco e muitos outros são autores autênticos da música folclórica brasileira!
Literatura.
Voltando aos personagens e lendas, o folclore, como já dissemos aqui é essencialmente formado por histórias contadas de forma oral e transmitidas de geração para geração. Mas alguns escritores ajudaram a popularizar essas lendas para além de suas regiões de origem através da literatura. Muitos livros foram escritos tanto romances e contos, como compêndios e estudos sobre lendas do folclore. Aqui vamos citar os dois mais importantes, um na área do romance e outro na área dos estudos. O modernista Mário de Andrade escreveu uma obra definitiva sobre o folclore brasileiro, o livro Aspectos do Folclore Brasileiro. Um compilado de ensaios sobre diferentes pontos de vista e abordagens do nosso folclore. Foi relançado pela Editora Global em 2019 sob a supervisão de mestres e doutores titulares do curso de antropologia da USP (Universidade de São Paulo). Outra obra que não pode deixar de ser citada é O Sítio do Pica Pau Amarelo, a obra mais conhecida de Monteiro Lobato. Trata-se de 23 volumes, escritos entre 1921 e 1947. Entre os volumes mais célebres estão Reinações de Narizinho, O Saci, Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática e Histórias de Tia Nastácia. Todas as histórias se passam num sítio e são permeadas por lendas e personagens do folclore brasileiro. Todos os 23 livros foram lançados por várias editoras ao longo dos anos, mas os mais caprichados são os lançados pela Editora Brasiliense, em capa dura.
Filmes e Séries.
TV As produções do audiovisual envolvendo o folclore brasileiro não é assim tão vasto quanto a literatura. Claro, é uma mídia bem mais cara e trabalhosa. Ainda assim, existem vários títulos excelentes disponíveis por aí, alguns não tão fáceis de serem encontrados, é verdade, mas que vale a pena procurar. Entre os filmes, recomendamos duas produções recentes e muito interessantes. A primeira é Recife Assombrado, um filme de terror muito bem executado, dirigido por Adriano Portela e lançado em 2019. Trata-se da história de um jovem que procura seu irmão desaparecido na cidade de Recife, e acaba se deparando com assombrações, muitas delas ligadas a lendas do folclore. Na mesma pegada de terror, dirigido por Erlanes Duarte e lançado em 2021, temos Curupira, O Demônio da Floresta. Um filme intenso onde um grupo de jovens se perde na floresta amazônica e enfrentam um truculento caçador e o assustador Curupira. Recife Assombrado é um filme mais difícil de ser encontrado, já Curupira, O Demônio da Floresta está disponível na Amazon Prime e na Apple TV.
Já as séries, temos a clássica produção da TV Globo de Sítio do Pica Pau Amarelo, lançada em 1977 e feita até 1986, tendo 14 temporadas. A série adapta para a TV boa parte da obra de Monteiro Lobato com muita eficiência, além de ter na abertura a música de Gilberto Gil que se tornou um clássico absoluto. Mais recente, a Netflix produziu entre 2021 e 2023 a série Cidade Invisível, onde as criaturas folclóricas vivem na atualidade disfarçadas entre as pessoas comuns, mas acabam sendo ameaçadas. A série tem apenas duas temporadas, a segunda é mais fraquinha, mas a primeira é excelente e vale muito a pena assistir.
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| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.
O humor é marca indelével de todo o catálogo da Strip Me. Seja uma piada descarada ou uma ironia discreta, as nossas camisetas unem estilo e bom gosto com muito bom humor. Por isso, não podemos deixar de falar sobre comédia e seus variados gêneros. E hoje a bola da vez é o stand up comedy.
O riso é uma reação complexa que começa no cérebro. Quando algo engraçado é percebido, o cérebro processa essa informação e desencadeia a resposta, o riso. A região do cérebro conhecida como córtex pré-frontal é a responsável por interpretar o humor. Quando uma situação é percebida como engraçada, essa informação é enviada para o sistema límbico, a área do cérebro associada às emoções. Dentro desse sistema, a amígdala e o hipotálamo desempenham papéis cruciais. A amígdala ajuda a regular as emoções e respostas emocionais, enquanto o hipotálamo coordena as reações físicas do riso, como a contração dos músculos faciais e a ativação dos sistemas respiratório e vocal. Ao rir, os batimentos cardíacos aumentam um pouco, o que melhora a circulação sanguínea, e a hipófise, uma glândula no cérebro, produz e libera a endorfina, um hormônio delícia que promove bem estar e prazer.
Muitas vezes o riso desperta de maneira involuntária. O que nos leva a crer que desde que o ser humano se entende por gente, sacou que rir é uma parada bem gostosinha e começou a criar situações engraçadas, para rir e se sentir bem. A comédia, portanto, é tão antiga quanto a humanidade e vem se desenvolvendo desde as pinturas rupestres até as plataformas de streaming. E, no meio disso, pintou a tal stand up comedy. A grosso modo, a comédia stand up surgiu nos Estados Unidos no começo do século XX com os apresentadores, ou mestres de cerimônia, de feiras de variedades, que faziam umas piadolas antes de apresentar os artistas. Se formos cavar um pouco mais fundo, podemos encontrar suas sementes plantadas nos espetáculos de vaudeville do final do século XIX, mas acaba que é quase a mesma coisa.
Na virada dos anos 50 para os anos 60 que a parada começou pra valer. Caras como Lenny Bruce e Bill Cosby se tornaram famosos se apresentando apenas fazendo observações cômicas sobre o cotidiano e sobre si mesmos. Clubes de comédia como o The Comedy Store em Los Angeles e o The Improv em New York se tornaram trampolins para comediantes que surgiam, como Woody Allen, George Carlin, Andy Kaufman, Richard Pryor, Steve Martin e muitos outros. A televisão logo viu potencial nessa turma e o legendário programa Saturday Night Live, por exemplo, virou um antro de comediantes de stand up. Nos anos 80 o gênero perdeu força, mas nunca chegou a desaparecer. Nos anos 90 uma nova geração de comediantes trouxe o stand up para as cabeças de novo, graças a Jerry Seinfeld, que inseriu o stand up numa sitcom irresistível. Paralelamente, e surfando na onda de Seinfeld, vieram grandes comediantes como Ellen DeGeneres, Tim Allen, Chris Rock e Ray Romano. Daí em diante, a popularização da TV à cabo e, posteriormente, os streamings deram a liberdade que esses artistas precisavam para filmar seus shows e se tornarem cada vez mais populares no mundo todo. Inclusive no Brasil.
Apesar de pouco popular, e sequer reconhecido pelo nome de comédia stand up, o gênero já rolava em terras tupiniquins desde os anos 70. O primeiro a fazer um show nos moldes do stand up por aqui foi o genial Zé Vasconcelos. Em seguida, Jô Soares e Chico Anysio também começaram a fazer shows no mesmo estilo. Mas a coisa virou mesmo só no começo dos anos 2000. Entre 2004 e 2005 surgem os primeiros grupos de stand up em São Paulo e no Rio de Janeiro, com comediantes veteranos como Marcelo Mansfield e Márcio Ribeiro e jovens talentos como Rafinha Bastos, Diogo Portugal, Fábio Rabin e Fábio Porchat. Uma década depois, uma nova geração revoluciona o gênero e dá, de fato, um tempero brasileiro ao stand up, com uma linguagem mais dinâmica, interações frequentes com a platéia e um foco maior em histórias pessoais. Dessa nova geração, se destacam nomes como Afonso Padilha, Igor Guimarães, Thiago Ventura, Bruna Louise e outros.
Na era dos streamings ninguém investe mais na comédia stand up do que a Netflix. A plataforma produz e veicula especiais de comédia do mundo inteiro e tem uma extensa lista de ótimos shows em seu catálogo. Para concluir esta singela celebração a este gênero tão delicioso da comédia, a Strip Me selecionou 6 shows do catálogo da Netflix para te recomendar, 3 gringos e 3 brasileiros. Confere aí.
Wanda Sykes – Not Normal 2019
Abrindo a lista com chave de ouro, a brilhante Wanda Sykes apresenta aqui um show verborrágico e engraçadíssimo, mas sempre com um subtexto corrosivo de crítica social e política. De todos os comediantes da atualidade, Sykes é quem chega mais perto do estilo feroz de George Carlin. É um show ideal para quem revira os olhos e não disfarça o desânimo quando alguém começa a falar das benesses do liberalismo e de como a meritocracia é importante.
Maurício Meirelles – Levando o Caos 2020
O título do especial de comédia de Maurício Meirelles não poderia ser mais apropriado. Seu texto de pouco mais de uma hora aborda tantos assuntos diferentes, que passa realmente a impressão de ser algo caótico. Entretanto, o comediante conduz tudo com muita firmeza e coesão, e com ótimas piadas! Ele se equilibra bem entre temas espinhosos como feminismo e drogas, intercalando com situações de sua vida pessoal. É uma ótima pedida para quem tem um churrasquinho marcado no fim de semana e quer chegar apavorando com umas opiniões descoladas e engraçadinhas sobre o cotidiano.
Ricky Gervais – Armageddon 2023
Podemos estabelecer, de cara, que Ricky Gervais é um dos melhores comediantes da atualidade, certo? Ok. Além de filmes e séries (incluindo aí The Office), Gervais lança com certa periodicidade seus especiais de stand up. E Armageddon, o mais recente, é simplesmente excelente! Nele Gervais aborda o fim dos tempos, que seria basicamente o tempo presente. Ou seja, o homem evoluiu, conquistou o planeta, dominou os outros animais… E agora se ofende com palavras! Ele costura com brilhantismo críticas à cultura woke e outras alucinações com memórias de sua infância. Show mais que recomendado para quem ouve as músicas da fase racional do Tim Maia e acha que até tem um fundo de verdade ali naquelas letras.
Bruna Louise – Demolição 2022
Bruna Louise carrega o mérito de ser a primeira mulher brasileira a ter um especial de comédia na Netflix. Também é considerada um dos grandes nomes do stand up comedy no Brasil. E isso de maneira geral, não só entre mulheres. Este seu solo, entitulado Demolição porque chega justamente para quebrar tabus (a começar pela conquista de ter seu especial na plataforma), é carregado de feminismo, sim senhor. Mas nem precisa achar ruim, porque Bruna Louise tem um ótimo texto e boas piadas, bem amarradas através de experiências pessoais e histórias hilárias de relacionamentos amorosos. Show que cai como uma luva para a galerinha que curte bloquinho do Baixo Augusta e que se recusa a admitir que leu algum livro do Monteiro Lobato na infância.
Richard Pryor – Live in Concert 1979
Pryor é um gênio. Ator estupendo e comediante mordaz. Este show é uma aula de stand up comedy. Ao assistí-lo você vai se dar conta que todo mundo que veio depois tem Richard Pryor como referência. Tem de tudo nessa apresentação. Humor físico que influenciou caras como Robin Williams, piadas de protesto que inspiraram Chris Rock, humor negro que encantou Dave Chappelle… tudo com um ritmo alucinante e timing perfeito para cada piada que Pryor vai soltando aos montes. Show indispensável para pessoas que falam que precisam acordar cedo pra não ir pra balada, mas ficam assistindo filme dos anos 80 pela milhonésima vez na TV.
Afonso Padilha – Alma de Pobre 2020
Sem dúvida Afonso Padilha é o mais workaholic dos comediantes brasileiros. O que é ótimo, porque seu texto é muito bem acabado e muito, mas muito engraçado mesmo! Quando ele se mete a falar de qualquer assunto, ele pesquisa antes, vai atrás pra saber como é… e volta com um amontoado de ótimas piadas a respeito. Neste show, no entanto, ele trocou a pesquisa pela sua própria vivência, e conta com muita graça como as pessoas que eram pobres e enriqueceram (ele incluso) não perdem uma certa essência de pobre, que pode soar pejorativa a princípio, mas ao longo do show se prova o oposto disso. Show ideal para quem já tem grana suficiente para pagar Spotify Premium sem reclamar, mas ainda compra requeijão no copo de vidro, só pra poder reutilizar o copo depois.
Bonus Track
Poderíamos aqui citar muitos outros especias de comédia de artistas incríveis. Por exemplo, o impagável show de 1999 do Chris Rock, entitulado Bigger and Blacker, onde ele destila um texto hilário e contundente sobre racismo e que está disponível na HBO Max. Ou ainda o excelente show Tá Embaçado, do Fábio Rabin, lançado ano passado na Amazon Prime Video, onde Rabin apresenta um texto envolvente sobre vários dilemas da sociedade moderna. Mas a bonus track em questão aqui é um show de 2022 produzido pela Netflix chamado The Hall, onde é criado uma espécie de Hall of Fame para comediantes, e 4 comediantes já falecidos são homenageados por 4 colegas ainda em atividade. assim, temos George Carlin, Robin Williams, Joan Rivers, e Richard Pryor sendo homenageados por Jon Stewart, John Mulaney, Chelsea Handler, e Dave Chappelle. Vale a pena demais conferir.
Pois é. A comédia nada mais é do que um espelho, mas um desses espelhos que aumentam tudo, deixando na cara todas as qualidades e todos os defeitos ali refletidos. E esse espelho pode estar voltado para a sociedade ou para o próprio comediante. E a Strip Me, muitas vezes se faz valer desse espelho, para criar camisetas incríveis que vão acabar deixando você bem na fita em qualquer situação. Em todas as nossas coleções, você vai encontrar pitadas generosas de bom humor, seja nas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas, games e tantas outras. Cola lá na nossa loja pra conferir e ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist hilariante só com músicas engraçadinhas. Comédia Top 10 tracks.
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| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em A era do Streaming e suas 5 melhores plataformas.
Há mais de 10 anos as plataformas de streaming se multiplicam, mudando completamente a nossa maneira de consumir filmes e séries. A Strip Me dá uma geral nas 5 plataformas mais populares no Brasil.
Poucas coisas são tão atrativas e maravilhosas quanto um bom rodízio. Pode ser de carnes, de comida japonesa, de pizza… só o fato de você pagar um valor fixo e poder comer à vontade o que quiser de um cardápio amplo e variado é sensacional! Por isso mesmo, nos adaptamos tão rápido e já amamos tanto as plataformas de streaming. Porque elas funcionam exatamente da mesma maneira. Um catálogo imenso de filmes e séries à sua disposição pagando um valor fixo por mês.
Imagine entrar em uma locadora com infinitas prateleiras de filmes e séries de todos os gêneros, épocas e países. Do velho oeste ao espaço sideral, está tudo lá, sem ter que rebobinar a fita antes de devolver. Mas vamos com calma. Afinal, não é assim também que tem tudo, tudo mesmo, num lugar só. São várias plataformas de streaming, cada uma com um catálogo diferente. Muitos filmes e séries se repetem em mais de uma plataforma, claro, mas cada uma tem sua particularidade. Por isso, a Strip Me te entrega hoje uma breve análise das 5 plataformas de streaming mais populares no Brasil e suas vantagens. Confira!
Foi a primeira plataforma a se popularizar de fato. Funcionando desde 2010, passou por algumas reformulações ao longo dos anos, melhorando a navegabilidade da plataforma e refinando seu design. O catálogo já foi melhor. Passou por muitas mudanças, e hoje se concentra mais em produções próprias. A plataforma: Tem boa navegabilidade, é bem intuitiva e organizada. Seu algoritmo funciona bem e apresenta indicações muito interessantes, baseadas no que você costuma assistir. O catálogo: Hoje o catálogo da Netflix se destaca pelo seu conteúdo original, produções bancadas pela própria plataforma. Mas também tem uma coleção considerável de filmes blockbuster. Além disso, tem uma rotatividade interessante. É sempre certo que vai ter novidades interessantes no catálogo, de lançamentos recentes a filmes e séries antigas. Destaques:Filmes: O Irlandês, Rocketman, Garota Exemplar, A Lista de Schindler, O Jogo da Imitação. Séries: House of Cards, Stranger Things, Seinfeld, Breaking Bad, Ozark.
Amazon Prime
A Amazon Prime Video já rolava nos Estados Unidos há um tempo, mas chegou ao Brasil somente em 2016. É uma plataforma robusta, com um catálogo muito interessante, mas errático. Seu lay out e navegabilidade deixam um pouco a desejar, mas vem melhorando com o tempo. A plataforma: A navegabilidade pela plataforma é funcional, mas não encanta. A organização é um pouco confusa, eles misturam filmes e séries disponíveis no catálogo com outras que é preciso alugar ou fazer assinatura de streamings parceiros. Isso incomoda um pouco. O catálogo: Assim como a Netflix, a Amazon vem investindo em produções próprias, algumas delas muito boas. Tem uma coleção invejável de filmes clássicos e conta com a opção de assistir alguns canais de TV como a CNN ou o Universal Channel, além de muitos canais premiere de esportes. Destaques:Filmes: Oppenheimer, A Outra História Americana, Os Infiltrados, Apocalypse Now, Noivo Neurótico Noiva Nervosa. Séries: The Boys, O Homem do Castelo Alto, Daisy Jones & The Six, Little Fires Everywhere, Hunters.
Globoplay
No ar desde 2015, a Globoplay, bresileiríssima, se destaca por seu enorme conteúdo de produções brasileiras que extrapolam em larga escala o que é feito para a TV. Atualmente, seu maior filão tem sido os documentários, a maioria excelentes, como Vale o Escrito, Doutor Castor, Sullivan & Massadas, Senna por Ayrton e outros. A plataforma permite assistir ao vivo todos os canais do Grupo Globo (Globo, GNT, Multishow, Sportv…) e outros como Megapix e Canal Brasil. A plataforma: É direta, intuitiva e atraente, lembra muito a Netflix. A navegabilidade é boa, mas pode ser um pouco lenta, se comparada a outras plataformas. O algoritmo funciona muito bem, dando sugestões e colocando em destaque conteúdos compatíveis com o que é consumido habitualmente. O catálogo: De maneira geral, é um catálogo ótimo. O ponto fraco definitivamente é a variedade e qualidade dos filmes, em especial filmes hollywoodianos famosos e tal. Em compensação tem um acervo de produções nacionais excelente, com filmes, documentários, séries e até mesmo as novelas e séries da tv Globo, que tem muita coisa boa. A Globoplay também tem investido pesado em produções originais e tem se saído muito bem. Destaques:Filmes: Bacurau, Parasita, Terra em Transe, Queime Depois de Ler, Estômago. Séries: Os Outros, Sessão de Terapia, The Handmaid’s Tale, House, Vale o Escrito.
HBO Max
O canal de TV HBO entrou na onda do streaming em 2020. Não precisamos nem dizer que o seu ponto forte são as séries, já que mesmo para a TV, desde sempre a HBO já investia e produzia séries de altíssimo nível. Como o canal faz parte do grupo Warner, o catálogo de filmes da plataforma também é recheada de ótimos títulos. Com um lay out moderno e atrativo, a HBO Max é uma das melhores plataformas de streaming da atualidade. A plataforma: Tem ótima navegabilidade, é simples e direta. Além das seções de filmes e séries, você pode acessar os conteúdos exclusivos dos canais que fazem parte do grupo Warner, como HBO, Discovery, Carton Network e outros, tudo separado e fácil de achar. O catálogo: O acervo de filmes da plataforma é muito bom, mas o ouro está nas séries e nos conteúdos dos canais, especialmente da HBO e do Cartoon Network, ainda mais para os saudosistas da TV à cabo dos anos 90, que se divertiam com desenhos como Freakazoid, Johnny Bravo e o impagável late show Space Ghost de Costa a Costa. Destaques:Filmes: Bons Companheiros, Joker, Zodíaco, Beetlejuice, A Origem. Séries: Família Soprano, Succession, Game of Thrones, True Detective, The Deuce.
Star+
A Star+ é basicamente a plataforma de conteúdo “adulto” da Disney, ou seja, boa parte do foi produzido e veiculado pela Fox, que foi comprada pela Disney. Começou a funcionar em 2021 tendo como atrativo todas as temporadas d’Os Simpsons, os filmes dos X-Men e outras produções. Em 2022 chamou a atenção por lançar uma série brilhante e avassaladora, The Bear. Recentemente foi anunciado que a Star+ será extinta e todo seu conteúdo será integrado à plataforma da Disney+. A plataforma: É bem atrativa e simples de navegar. Pode ser um pouco repetitiva nos destaques apresentados na home e não explora bem o algoritmo para apresentar sugestões. Provavelmente, na migração para a plataforma da Disney isso vai melhorar. O catálogo: É muito bom! No quesito filmes vai um pouquinho mais fundo dos que as outras plataformas nos filmes mais cults no estilo 500 Days of Summer. Não tem um número enorme de séries memoráveis, como a HBO, por exemplo, mas tem um punhado ali que são realmente boas e engrossam esse caldo. Destaques:Filmes: Birdman, Pequena Miss Sunshine, Cisne Negro, Alta Fidelidade, Bastardos Inglórios. Séries: The Bear, American Horror Story, O Faz Nada, Only Murders in the Building, Atlanta, Walking Dead.
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Para concluir, importante dizer que não entramos aqui no mérito financeiro porque cada uma das plataformas tem diferentes planos, com muitas variáveis e diferentes valores. Por isso, preferimos manter o foco no conteúdo. Até porque é disso que a gente gosta e entende, curtir bons filmes e séries! Então nada mais justo do que celebrar essas ferramentas maravilhosas que nos permitem ter acesso a tanta coisa boa. E tão variado e cheio de opções de altíssimo nível quanto os catálogos das plataformas de streaming, é o catálogo de camisetas da Strip Me, com coleções de camisetas de cinema, arte, música, cultura pop, bebidas, games e muito mais. Cola lá no nosso site para conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam lá toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist divertida, com canções que falam sobre o velho hábito de assistir televisão! TV Top 10 tracks.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em 7 filmes essenciais do cinema argentino.
O cinemaargentino é reconhecido internacionalmente pela sua diversidade e originalidade. A Strip Me, que não fica sem um filminho no fim de semana, selecionou os 7 filmes mais marcantes do cinema produzido pelos hermanos!
O cinemaargentino tem uma trajetória muito parecida com o cinema brasileiro. Teve um início iontenso, mas mais popularesco até os anos 1950, depois começou a produzir obras mais maduras durante as décadas de 1960 e 1970, mas, ao contrário do Brasil, teve sua produção estrangulada pela rigidez dos regimes ditatoriais. No fim dos anos 1980 despontou com produções inovadoras e gerou toda uma geração de grandes cineastas Como Luis Puenzo e Lucrecia Martel. Mas foi no inçio do século XXI que o cinema argentino realmente desabrochou como um dos cinemas mais inventivos e celebrados do mundo, emplacando filmes todos os anos nas mais importantes premiações cinematográficas.
O que faz do cinemaargentino tão único e encantador é a capacidade de abordar uma ampla gama de assuntos, desde dramas familiares e romances até questões sociais, históricas e políticas. Essa diversidade reflete a complexidade da sociedade argentina e permite que o cinema do país alcance públicos diversos, tanto nacional quanto internacionalmente. Essa capacidade de explorar temas universais através de uma lente local, aliada ao cuidado com a técnica e excelência artística, faz com que o cinema argentino seja único e facilmente reconhecível. Para comprovar tudo isso, a Strip Me selecionou 7 filmes que refletem toda essa qualidade e originalidade do cinema argentino.
La Historia Oficial (A História Oficial) – 1985 – Luis Puenzo
A História Oficial foi o primeiro filme argentino a ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1986. Não à toa. É um filme inesquecível, denso e muito rico artisticamente. Ele conta a história de uma mãe que se vê mergulhada nos horrores da ditadura militar ao tentar descobrir a origem de sua filha adotiva. Ao mesmo tempo que tem uma pegada de protesto, o longa é um drama emocionante. Destaque para atuação impecável de Norma Aleandro. Um filme imperdível! Onde assistir: Netflix
No cinema, fazer com que a audiência se encante e torça para os bandidos é uma arte que poucos conseguem realizar com êxito. E o diretor Fabián Bielinsky conseguiu com louvor! Nove Rainhas é daqueles filmes de roubo de tirar o fôlego e deixar todo mundo aplaudindo a audácia dos ladrões. Se não o primeiro, foi um dos primeiros filmes onde Ricardo Darín mostrou o grande ator que é. Um filme que não deixa nada a desejar a seus pares hollywoodianos como Onze Homens e Um Segredo e Truque de Mestre. Onde assistir: Star+
La Ciénaga (O Pântano) – 2001 – Lucrecia Martel
Lucrecia Martel estreou com este filme em 2001 subvertendo o cinemapop, mas muito bem feito, de filmes como Nove Rainhas e O Filho da Noiva. O Pântano é um filme pesado, denso e com uma fotografia avassaladora ,com seus contrastes e ângulos fechados, quase claustrofóbicos. É uma metáfora de uma mente solitária e perturbada, que se afunda em si mesma, enquanto, esteticamente reverbera o cinema surrealista de Buñuel. Uma verdadeira obra de arte. Onde assistir: Mubi – Apple TV
El Hijo de la Novia (O Filho da Noiva) – 2001 – Juan José Campanella
Talvez este seja o filme que melhor representa o novo cinema argentino, que conquistou o mundo. De uma maneira singela e divertida, Juan José Campanella consegue criar um ambiente familiar a qualquer pessoa do mundo, mesmo retratando fielmente a sociedade e os costumes do típico cidadão portenho. Mérito também de Ricardo Darín, que constrói neste filme um personagem carismático e universal, um verdadeiro anti herói. Um filme que, através das relações humanas, consegue cutucar com elegância problemas sociais importantes. Mas, acima de tudo, é um entretenimento de altíssima qualidade! Onde assistir: Mubi – Youtube
El Secreto de Sus Ojos (O Segredo dos Seus Olhos) – 2009 – Juan José Campanella
O Segredo dos Seus Olhos é um filme transcendente. Tamanha a qualidade e força do roteiro e a beleza de sua fotografia, o filme envolve de tal forma o espectador, que questões de nacionalidade e idioma tornam-se irrelevantes, pois tudo que se quer é desvendar o crime junto com o agente judiciário Benjamin Espósito, interpretado com maestria por Ricardo Darín, sempre ele! O longa ganhou prêmios no mundo todo, incluindo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e está na lista dos 100 melhores filmes do século XXI. Um filmaço obrigatório! Onde assistir: Star+ – Amazon Prime Video
Medianeras – 2011 – Gustavo Taretto
É verdade que a sinopse de Medianeras é pouco convidativa: Uma comédia romântica dos tempos modernos, onde dois jovens se relacionam virtualmente sem saber que são praticamente vizinhos numa cidade grande. Mas o que Gustavo Taretto conseguiu fazer com esse plot é impressionante! Um filme divertido e emocionante, com um timing invejável, uma edição moderna… esteticamente é um filme deslumbrante! E o roteiro é sensacional! Bem amarrado, com ótimos diálogos e esse passeio entre o real e virtual tão interessante! Assim como fez Bielinsky em Nove Rainhas, Taretto não deixa nada a desejar frente a comédias românticas cult norte americanas como 500 Days of Summer. Onde assistir: Mubi – Apple TV
Argentina, 1985 – 2022 – Santiago Mitre
Curiosamente, encerramos essa lista com um filme cujo tema é o mesmo do primeiro filme aqui recomendado: um retrato dos tempos da ditadura militar argentina. Porém, enquanto A História Oficial se baseia num drama familiar, em Argentina, 1985, temos uma história baseada em fatos, onde a ditadura em si é mais que discutida, mas julgada. O longa retrata o que ficou conhecido como Julgamento das Juntas Militares, o primeiro julgamento no mundo onde um tribunal civil julgou militares depois da Segunda Guerra Mundial. Só pelo contexto histórico o filme já vale a pena ser visto, no mínimo para inspirar povos e governos. Mas para além do contexto histórico e político, temos um roteiro envolvente e uma atuação irretocável do onipresente Ricardo Darín. É um filmaço, que, principalmente para nós, brasileiros, apresenta reflexões profundas. Onde assistir: Amazon Prime Video
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Diversidade temática, qualidade artística, capacidade de explorar temas universais através de um olhar local e o equilíbrio entre a tradição, a inovação e experimentação fazem com que os filmes argentinos sejam, em sua maioria, realmente irresistíveis. E a Strip Me, que manda às favas a rivalidade boba entre Brasil e Argentina, faz questão de celebrar esse cinema tão único e encantador! Aliás, como pra gente fronteiras são só linhas imaginárias, temos uma coleção imensa de camisetas de cinema, com referências de filmes de tudo quanto é lugar. E não só isso, temos também as coleções de camisetas de arte, música, cultura pop e muito mais. Dá uma conferida no nosso site e aproveita pra ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda a semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Nem só de cinema vivem os argentinos. Por lá também tem muita música boa. Aqui está uma playlist do que rola de mais legal entre as bandass argentinas. Argentina Top 10 tracks.
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| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em 10 filmes para se orgulhar do cinema brasileiro.
Nos aproximando de mais uma edição do Oscar, onde o melhor filme norte americano acaba ganhando status de melhor do mundo, a Strip Me faz questão de lembrar que o cinema brasileiro também tem seu valor.
A arte é universal. Um paradoxo curioso, já que, quase sempre, o artista se expressa de acordo com a realidade onde vive. Antes de 1967 só os moradores de Liverpool sabiam que existia uma rua chamada Penny Lane. Mas desde que a canção com mesmo nome foi lançada no disco Magical Mistery Tour, o mundo inteiro conhece o lugar. Isso acontece em todas as expressões artísticas, não só na música. O cinema brasileiro é um excelente exemplo disso.
O cinema no Brasil tem uma trajetória interessante, com altos e baixos e produções irretocáveis e desprezíveis. Uma das críticas que sempre recai sobre o cinema nacional é ser muito regionalista. Ou é sertão nordestino ou é favela carioca. Ora, há de se considerar que, ainda que o Brasil seja imenso e diverso, esses dois panos de fundo representam bem a nossa realidade, e podem muito bem ser palco de grandes histórias. Mas, ainda bem, desde o fim dos anos 90 uma vertente de cineastas começou a diversificar pra valer, produzindo um cinema mais urbano e diverso. Para ter uma dimensão da alta qualidade do cinema brasileiro, a Strip Me elencou 10 filmes excelentes, que fazem a gente realmente ter orgulho de ser brasileiro! A lista está em ordem cronológica, pois a ideia não é dizer se um é melhor que o outro.
O Pagador de Promessas (1962)
É sempre meio complicado falar de filmes com mais de 50 anos. Por mais que sejam considerados brilhantes e revolucionários, estamos tão acostumados com o cinema moderno, tão dinâmico e de alta qualidade visual, que acabamos achando esses filmes antigos lentos, cansativos. Mas, a verdade é que O Pagador de Promessas é realmente um filme bom pra c@r#l%o! Não à toa é o único filme brasileiro até hoje que ganhou a Palma de Ouro, o prêmio máximo do tradicional Festival de Cannes. O filme foi escrito e dirigido pelo cineasta Anselmo Duarte, baseado na peça de teatro do dramaturgo Dias Gomes. É uma história envolvente e emocionante que desperta discussões relevantes até hoje sobre intolerância religiosa e sensacionalismo. Filme obrigatório para quem realmente se liga em cinema!
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
DEDE
Uma das revoluções culturais que mais marcaram o Brasil foi o Cinema Novo, que pretendia trazer uma linguagem mais realista ao cinema brasileiro, até então caracterizado por filmes musicais popularescos e épicos pretensiosos. Foi quando começou essa onda de retratar o sertão seco do nordeste e as desigualdades sociais. Glauber Rocha foi um cineasta genial, autor de grandes filmes como Terra em Transe, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro e o Leão de Sete Cabeças. Mas foi em Deus e o Diabo na Terra do Sol que Glauber encontrou o equilíbrio entre seu texto contundente e cenas empolgantes. Isso faz de Deus e o Diabo na Terra do Sol a obra mais acessível do cineasta. Um filmaço!
O Bandido da Luz Vermelha (1968)
Rogério Sganzerla é considerado um dos mais inventivos cineastas brasileiros. O Bandido da Luz Vermelha comprova isso com propriedade. Foi o primeiro longa que Sganzerla escreveu e dirigiu, com apenas 22 anos de idade. Um filme que mistura realidade e ficção de maneira pungente e intensa. A história é inspirada em fatos reais, sobre um assaltante ousado e, de certa forma, carismático, que chamou a atenção da imprensa do Brasil inteiro. Um marco do cinema brasileiro!
Central do Brasil (1998)
Central do Brasil marca o movimento conhecido como Cinema de Retomada, quando o cinema brasileiro começou a receber mais incentivo e, através de novos e criativos artistas, desenvolver filmes cada vez mais relevantes. Deste movimento, Walter Salles certamente é quem mais se destacou. Central do Brasil é um filme inspiradíssimo, com um roteiro incrível, atuações brilhantes e esteticamente irretocável. Chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Fernanda Montenegro foi indicada a melhor atriz, a primeira atriz latino americana a receber tal indicação. Uma obra de arte de Walter Salles e um dos grandes filmes do cinema brasileiro.
O Auto da Compadecida (2000)
De toda a lista de filmes apresentada aqui, provavelmente apenas Cidade de Deus e Tropa de Elite possa se comparar a O Auto da Compadecida, no quesito popularidade. A maioria dos filmes aqui listados são mais artísticos e densos, características que nem sempre arrastam multidões às salas de cinema. Mas O Auto da Compadecida tem tudo que um blockbuster precisa: Um texto dinâmico, inteligente e muito engraçado, personagens carismáticos, atuações memoráveis e uma simples, mas bem contada, história. É um desses raros filmes cujas falas de personagens se tornam jargões populares no dia a dia. A união do texto exuberante de Ariano Suassuna e o talento e olhar contemporâneo de Guel Arraes fazem d’O Auto da Compadecida um dos filmes mais marcantes do cinema nacional.
Bicho de Sete Cabeças (2000)
Bicho de Sete Cabeças é um filme fundamental. Mais importante do que exaltar suas qualidades estéticas e de atuação (que são mesmo de altíssimo nível), é importante ressaltar seu valor social. Suas cenas de ação e o carisma de Rodrigo Santoro conquistaram os jovens, que levantaram duas discussões muito importantes: a relação da juventude com as drogas e a importância da luta do movimento antimanicomial. Sim, independente disso, é um filme incrível! Com certo exagero, ele chegou a ser comparado com o clássico Um Estranho no Ninho, do Milos Forman. É o tipo de filme que, além de entreter, traz consigo uma carga social inquestionável!
Abril Despedaçado (2001)
“O sangue tem o mesmo volume para todos. Você não tem o direito de tirar mais sangue do que o que foi tirado de você”. Essa é a frase que melhor define este filme emblemático e emocionante. Pra começar, vale lembrar que se trata de um roteiro adaptado de um livro chamada Prilli i Thyer, escrito pelo autor albanês Ismail Kadare. Livro, cujo título traduzido do albanês é exatamente Abril Despedaçado, narra uma história de vingança ambientada nas pradarias do leste europeu, que foi adaptada com perfeição para o árido sertão nordestino do começo do século XX. Além de um roteiro soberbo e fotografia encantadora, mais uma vez Rodrigo Santoro tem uma atuação invejável e o diretor Walter Salles se reafirma como um dos cineastas mais autênticos do Brasil. Filme imperdível!
Cidade de Deus (2002)
Se Central do Brasil marca a retomada do cinema brasileiro, Cidade de Deus marca sua consolidação. Cidade de Deus representa um cinema pungente, moderno, pop e com conteúdo! A cena inicial do filme, um plano sequência de uma galinha sendo perseguida, já dá o tom desse cinema dinâmico e vigoroso. O roteiro é excelente, uma história incrível, repleta de reviravoltas e personagens carismáticos, montagem e edição empolgantes! Enfim, tudo funciona! Fernando Meirelles, como diretor, fez um trabalho impecável! É o filme que finalmente dá ao cinema brasileiro uma identidade, juntando ação, comédia e dramas sociais. Receita que foi repetida com sucesso em Tropa de Elite. Mas enfim, Cidade de Deus é um filme imperdível! ps: Que trilha sonora deliciosa!
Tropa de Elite (2007 – 2010)
Quando pensamos no Tropa de Elite, deveríamos, na real, pensar nos dois filmes juntos. O primeiro, de 2007, e o segundo, de 2010, como um filme só. Pois veja. O segundo filme tem um roteiro muito mais bem acabado e empolgante, com uma história mais complexa e instigante. Porém, ele só pode ser tão bem sucedido porque teve no primeiro filme uma brilhante apresentação profunda dos personagens e do funcionamento da polícia e do Bope no Rio de Janeiro. Em especial a construção do personagem Capitão Nascimento, e sua desconstrução no segundo filme, é de se aplaudir de pé! O cinema brasileiro definitivamente encontrou o equilíbrio perfeito entre realidade e ficção no cinema. Tropa de Elite joga isso na sua cara sem dó nem piedade.
Bacurau (2019)
Bacurau é um dos melhores filmes de 2019. Não só no cinema brasileiro, mas no mundo. E olha que estamos falando de um ano em que foram lançados Era uma Vez em Hollywood, Joker, O Irlandês e Parasita! Bacurau reafirma a excelência do cinema brasileiro, que consegue ser inventivo e empolgante, e, ao mesmo tempo, manter suas raízes, sem parecer datado. O roteiro é impecável e a estética do filme é impressionante, de uma qualidade poucas vezes vistas por aqui. O filme foi escrito e dirigido a quatro mãos, pela dupla Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que fizeram um trabalho extraordinário! Se em seu enredo, Bacurau aponta para um futuro distópico, na vida real ele aponta para um futuro prodigioso e sem limites para o cinema brasileiro!
Menção Honrosa.
Realmente o cinema brasileiro tem muitos filmes incríveis, de altíssimo nível, que muitas vezes desafiam a própria realidade. Afinal, o Brasil é um país complicado economicamente, e as produções artísticas sempre são as primeiras a perder incentivo e suporte financeiro, sem falar os períodos que passamos sob forte censura. Por exemplo. É praticamente impensável que durante uma ditadura militar fosse concebido no Brasil um filme de terror de tamanho impacto, que acabaria influenciando cineastas do gênero no mundo todo! Em 1967 José Mojica Marins, o legendário Zé do Caixão, lança o inacreditável filme Esta Noite Encarnarei em Teu Cadáver, uma obra avassaladora! Por falar em ditadura, vale também citar o excelente O Que É Isso Companheiro? Filme de Bruno Barreto lançado em 1997 que retrata com sensibilidade esse período sombrio da nossa história. Em 2002 O Invasor, de Beto Brant, vem mostrar que nós também sabemos produzir thrillers psicológicos de primeira e, de quebra, revelou o Paulo Miklos como um baita ator. Hector Babenco concebeu em 2003 uma obra de arte chamada Carandiru, um filme denso e revelador, baseado no relato fraterno do doutor Drauzio Varella. Por fim, para mostrar a diversidade do nosso cinema, podemos citar o ótimo Cinema, Aspirinas e Urubus, um road movie irresistível do cineasta Marcelo Gomes, lançado em 2005. Apesar da pouca repercussão pelo público, foi muito elogiado pela crítica e é, de fato, um filme que merece ser visto.
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E olha, ainda faltou um monte de filme ser citado! O Cheiro do Ralo, O Céu de Suely, Pixote, Colegas, 2 Coelhos, Vidas Secas, Eles Não Usam Black-Tie, Madame Satã, Macunaíma, Durval Discos, Amarelo Manga, Saneamento Básico… é muita coisa boa! O cinema é uma arte universal, mas com esse nosso jeitinho brasileiro, ganha um borogodó a mais. E de borogodó e brasilidade a Strip Me manja! Por isso, estamos aqui celebrando a sétima arte, à nossa moda. Dá uma chegadinha na nossa loja para conhecer a coleção de camisetas de cinema, e aproveita pra conferir as coleções de música, cultura pop, arte e muito mais. No nosso site você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: A maioria dos filmes listados neste post tem trilhas sonoras instrumentais, incidentais e tal… Mas Cidade de Deus tem uma trilha sonora de canções maravilhosa, daquelas coletâneas de músicas dos anos 70 imbatíveis! Então a playlist hoje é por conta da trilha sonora do filme Cidade de Deus. Cidade de Deus top 10 tracks.
Para ler: Recomendadíssima a excelente biografia do José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Maldito! A biografia de Zé do Caixão é um livro escrito pelo André Barcinski e saiu numa edição super caprichada, em capa dura e tudo, pela Darkside Books, é claro. Um livro essencial para amantes do cinema.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Carnaval Strip Me: 10 camisetas para quem vai cair na folia.
O carnaval de rua é uma mistura de cores e ritmos que transforma as ruas em verdadeiros palcos de folia. No meio desse turbilhão de confetes e serpentinas, a Strip Me te dá a letra de como chegar no bloquinho no maior estilo!
Os bloquinhos são uma espécie de pequenas revoluções carnavalescas, são como pequenos tesouros perdidos pelas ruas das cidades, que foram redescobertos de uns tempos pra cá. Com seus temas inusitados e fantasias improvisadas, os bloquinhos democratizaram de vez o Carnaval. Aqui não tem ingresso caro, abadás nem nada do tipo. É só colar junto e sair sambando, seja você um folião de carteirinha ou se está estreando sua primeira fantasia. Pode ser ao som de marchinhas tradicionais ou de hits do momento, tanto faz. Afinal, quem tem limite é município.
A real é que os bloquinhos de rua se tornaram verdadeiros refúgios da autenticidade, onde a espontaneidade e a criatividade reinam, junto com o Rei Momo, é claro. O Carnaval é em sua essência barulho, diversão e arte. E você sabe que de barulho, diversão e arte a Strip Me entende melhor do que ninguém. Portanto, hoje estamos aqui para recomendar dez camisetas pra você cair na folia numa boa. Afinal, além de super estilosas, são camisetas feitas com tecido com certificado BCI. Ou seja, são frescas e confortáveis, com um corte que proporciona um caimento perfeito, do tamanho P ao XGG. Confere aí!
Vai desculpar, mas não tem nada desse papinho de apropriação cultural! O Carnaval pode até ter suas origens séculos atrás, com romanos e tal… mas o Carnaval mesmo é coisa nossa, ninguém faz igual. Nem Veneza, nem New Orleans. Por isso, a camiseta Feito no Brasil já escancara isso e não deixa margem para dúvida. Para reforçar a ideia, a camiseta Rosa Samba remete aos grandes clássicos do Carnaval carioca, para mostrar quem manda de uma vez por todas. Numa pegada mais contemporânea, ali entre o vintage o meme, a camiseta Carnaval de Rua dá o tom para quem é mais descolado, bem humorado e quer curtir o bloquinho na liberdade total!
Camiseta Feito no BrasilCamiseta Rosa SambaCamiseta Carnaval de Rua
Pois é. Curtir o Carnaval na liberdade total! Esse é o princípio básico da parada, né? Pode ser bloquinho, baile no salão do clube, desfile de escola de samba na avenida… o importante é curtir como cada um acha melhor. Afinal, tudo isso é Carnaval. Com muito charme e estilo, é isso que a camiseta Le Carnaval transmite, ideal para quem vai direto ao ponto. Já a camiseta Carnaval Advisory é mais sapequinha, tem essa pagada mais moderna, parodiando aquele selinho malandro que vinha nas capas dos discos com um som mais agressivo. Uma camiseta pra quem não tem medo de abrir as asas e voar. Mas tudo isso lembrando de se hidratar bem, pra aguentar o tranco. Beber água é importante, mas não só, afinal é Carnaval. Acordou, é cafezinho pra dentro, depois é só dar uma lavada no copo americano e já passar pra cervejinha! Pra quem está sempre se hidratando no Carnaval, a camiseta Café Cerveja Carnaval é ideal!
Olha, curtir o Carnaval de rua é uma delícia, mas pode ser bem cansativo. Anda-se muito. E não só isso, afinal, no bloquinho impera a caminhada dançante, modalidade exclusivamente brasileira de andar atrás do trio dançando ao som da música. Portanto, o pit stop é sempre recomendável. Aquele botequinho com mesa na calçada é o ideal para se parar por um tempinho, pra descansar e tomar uma cervejinha, observando o movimento do bloquinho. Para quem não dispensa o boteco como parte essencial do Carnaval, a camiseta Mesa de Bar é perfeita. Linda, confortável e já vem com a mensagem prontinha. Da mesma maneira, a camiseta Duas Cervejas traz essa representatividade de uma maneira mais ampla e sedutora. Uma imagem que vale mais que mil palavras, o mais puro suco de Brasil.
Camiseta Mesa de BarCamiseta Duas Cervejas
O Carnaval é uma festa. E, sejamos francos, festa sem uma biritinha não é a mesma coisa, né? Sendo o Carnaval a festa mais brasileira do mundo, se faz óbvio associá-lo à mais brasileira de todas as bebidas: a caipirinha, é claro! Assim sendo, a Strip Me apresenta a camiseta Caipirinha Receita, uma camiseta linda, minimalista e super estilosa, além de super confortável, é claro. Uma camiseta para quem está sempre em busca de combinações perfeitas! Para quem não liga tanto nos destilados, mas faz questão de se refrescar e matar a sede durante a festa, a Camiseta Cerveja é a melhor pedida, além de pedir uma cervejinha gelada no capricho, é claro! A cerveja é uma das paixões nacionais. Sim, porque no Carnaval não dá pra ter uma paixão só, é ou não é?
Camiseta Caipirinha ReceitaCamiseta Cerveja
O Carnaval está chegando. Aproveita pra dar uma olhada no nosso site e conferir as camisetas que selecionamos aqui e muitas outras. Nas coleções Carnaval, Verão, Tropics, Cultura Pop, Cartola, Bebidas e Música você encontra uma infinidade de camisetas incríveis, super confortáveis e estilosas! Na nossa loja você também pode ficar por dentro de todos os Lançamentos da Strip Me, que pintam toda semana!
Vai fundo!
Para ouvir: Depois de conferir as dez camisetas campeãs do Carnaval Strip Me, você curte uma playlist com os mais clássicos sambas enredo campeões do carnaval. Samba Enredo Campeão top 10 tracks.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Tupi or not Tupi: 5 hábitos indígenas que mantemos até hoje.
O Brasil deve muito a seus povos originários, isso todo mundo sabe. Para reforçar essa ideia, a Strip Me traz hoje 5 hábitos que mantemos atualmente, e que são herança direta dos indígenas que viviam aqui antes da chegada dos europeus.
Todo mundo que já entrou numa trip de auto conhecimento, seja na ayahuasca ou na psicanálise, teve que entrar em contato com um passado distante, entender um pouco seus antepassados e etc. Bom, faz todo o sentido, né. É como diz aquela frase, povo que não sabe de onde veio, não sabe pra onde vai. Conhecer o passado, a história, é fundamental para a gente entender o presente e evoluir na futuro. E entrar nessa onda de conhecer o passado pode ser bem interessante, a gente acaba se ligando e entendendo muita coisa mesmo! Imagina que muito antes do Cabral e sua turma chegar aqui, há milênios já existiam várias nações vivendo ao longo de todo o território da América do Sul. Dos Incas aos Tupiniquins, vários povos se espalhavam por essas bandas. Na porção mais a leste do continente, abrangendo o litoral do norte, nordeste e sudeste, predominava a nação Tupi, que tinha várias tribos diferentes, como os Tupiniquins, Tupinambás, Tamoios, Carijós e outros. Já na porção central, do cerrado até boa parte da floresta amazônica, se estabelecia a nação Jê, como os Xavantes, Bororós, Botocudos, Crenaques, Caiapós, Goitacás e outros. No sul, na região dos pampas vivia a nação Charrua, os Guayantiranes, Minuanos, Mepenes, Tocagues e outros. Por fim, mais a oeste, na região do pantanal, onde hoje temos as fronteiras com o Paraguai e Bolívia, vivia a nação Guarani, cujas tribos mais conhecidas são os Kaiowás, Mbiás, Tapietês, Nhandevas e outras. Isso pra ficar só no território brasileiro, ainda tinham outras nações ao longo da cordilheira dos Andes, no deserto da Patagônia e na mata tropical próxima ao mar do Caribe.
Photo by: Sebastião Salgado
Apesar de povos muito diferentes, com culturas e crenças distintas, essa turma toda tinha muita coisa em comum. Por conta da colonização do Brasil ter acontecido de leste para oeste, os primeiros europeus, e em especial os bandeirantes, tiveram muito mais contato com os povos Tupi do que qualquer outro. Aliás, sabemos hoje que os bandeirantes, também conhecidos como paulistas, eram homens violentos e inescrupulosos, que viviam da captura e escravização de índios. Foi por isso que eles acabaram desbravando todo o interior do Brasil. E esses paulistas viviam praticamente como os indígenas. Andavam pela mata de pés descalços, dormiam em redes e falavam fluentemente a língua tupi. Mesmo com o genocídio indígena produzido pelos europeus (mais de 5 milhões de indígenas viviam no Brasil em 1500, no início do século vinte, restavam menos de 500 mil), muitos dos seus hábitos e cultura foram incorporados pelos homens brancos ao longo do tempo e perduram até hoje. Orgulhosamente, a Strip Me resgata um pouco da história dos povos originários do Brasil falando sobre cinco hábitos que herdamos dos indígenas.
Pés Descalços.
Antes de mais nada, é sempre bom lembrar: Andar descalço pode trazer uma série de benefícios para o corpo e a mente. Os pés descalços ajudam a fortalecer os músculos dos pés, tornozelos e pernas, promovendo uma melhor postura e equilíbrio. Além disso, essa prática pode aumentar a sensação de conexão com o ambiente ao redor, estimulando os sentidos e proporcionando uma sensação de liberdade. Talvez os indígenas não tivessem consciência disso tudo, mas viviam de pés descalços, mesmo depois que o os europeus chegaram com suas botas e sapatos. E não demorou para que esses mesmos europeus se ligarem que andar na mata com os pés descalços era realmente bem melhor, pois acabavam prestando muito mais atenção por onde andavam e conhecendo com mais detalhes cada particularidade da mata. Sem falar no calorão e o bem estar que dá ficar com os pés descalços, descansando numa boa. Ainda hoje, é o que a gente faz. A primeira coisa que a maioria das pessoas faz quando chega em casa é tirar o sapato, quem tem uma graminha em casa então, aproveita ainda mais! E aquela caminhadinha na areia da praia no fim da tarde? Andar descalço é tudo de bom!
Caiu na rede, é gente!
Dormir na rede é coisa nossa! Literalmente! Isso porque não existe registro da rede como os indígenas a utilizavam em lugar nenhum do mundo até a chegada dos europeus por aqui. Então é bem capaz de a rede ter sido uma invenção dessa turminha que vivia por aqui. E é indiscutivelmente uma maravilha! Na rede o corpo fica numa posição levemente inclinada, relaxando a coluna e as pernas, e ainda ajuda no fluxo da circulação sanguínea. O leve balanço ajuda a proporcionar um sono mais tranquilo e reparador, além de, mesmo nas noites quentes de verão, poder sentir um leve frescor. Dar uma relaxada na rede tem raízes profundas na cultura indígena, refletindo não apenas a busca por conforto, mas também uma relação com o ambiente e a natureza. A praticidade, a leveza, a facilidade de transporte e a adaptação a diferentes tipos de terreno tornaram as redes um item indispensável para os povos indígenas, e essa tradição tem sido preservada ao longo dos séculos. Hoje a rede é mais que um legado, é uma forma prática e toda nossa de descansar.
Banho é todo dia!
Se hoje em dia o europeu ainda tem fama de não tomar banho todo dia, imagina 500 anos atrás! Para nós, brasileiros, um banho por dia é o mínimo. Com o calor que tem feito, tem gente que toma banho igual remédio: um ao acordar, outro na hora do almoço e mais um antes de jantar. Imagine você que nosso primeiro monarca, o rei Dom João VI, no período em que esteve no Brasil, de 1808 a 1821, tomou apenas um único banho! E só o fez por recomendação médica, pois estava com alguma pereba ou irritação brava na pele, que só um banho poderia curar. Já o seu filho, o nosso galante imperador Dom Pedro I, logo que chegou no Brasil, se adaptou à vida dos nativos, tomava banhos diários nas praias do Rio de Janeiro e explorava cada centímetro da mata atlântica que cercava a quinta da Boa Vista. O fato é que desde muito antes da chegada dos europeus, os povos originários brasileiros tinham hábitos de higiene como tomar banho todo dia e manter unhas e pelos bem aparados. E muitos dos colonizadores que chegaram na América riam e desdenhavam desses costumes. Ainda bem que, nesse quesito, a gente puxou para os nossos ancestrais indígenas e prezamos por bons hábitos de higiene, e não dispensamos um bom banho, seja de chuveiro, de piscina, de rio ou de mar
Comida.
Certamente uma das heranças mais fortes e presentes dos indígenas até hoje é a culinário e os hábitos alimentares. A alta gastronomia tipicamente brasileira é cada vez mais celebrada no mundo todo, através de chefs renomados como Alex Atala e Thiago Castanho. E mesmo essa gastronomia super requintada e elitista é quase toda baseada em hábitos e conhecimentos que herdamos dos indígenas. A começar pelo uso da mandioca em seus mais diferentes formatos: cozida em pedaços, farinha e em caldo, o famoso tucupi. Além disso, os indígenas sempre foram exímios caçadores e pescadores. E costumavam secar as carnes de peixe ou de caça e misturar com a farinha de mandioca, socando no pilão, produzindo uma paçoca salgada que podia ser guardada por muitos dias e era extremamente nutritiva. Uma tribo na nação Tupi que vivia no nordeste brasileiro, por exemplo, era conhecida como Potiguara, palavra que em tupi significa comedores de camarão. Imagina se eles conhecessem a cervejinha naquele tempo! Mas é real, a nossa relação com a comida, com os bichos e frutas tem muito a ver com a cultura indígena. O peixe assado na folha de bananeira, o pato no tucupi, a paçoca, a farinha de mandioca, as frutas que nos habituamos a comer direto do pé, jabuticaba, caju, pitanga, carambola, manga, goiaba… aliás, nomes esses todos de origem indígena, né? Não dá pra negar, a nossa cozinha é raiz demais!
PT BR, A língua portuguesa é nossa!
Outra grande marca da cultura indígena que está permanentemente atrelada a nós até hoje é a nossa língua. Não é novidade pra ninguém que o português falado em Portugal é bem diferente que o falado aqui. E uma das razões para isso foi a mistura da língua de Camões com as línguas indígenas e africanas. Em especial a língua tupi se mesclou muito ao português, muitas vezes criando um novo vocabulário. Pra começar, temos ainda muitos nomes de lugares que são de origem indígena. Os estados da Paraíba e o Paraná, cidades então, tem centenas, desde Campo dos Goitacazes até Botucatu, passando por Ubatuba, Parati e tantas outras. Só na cidade de São Paulo, o tanto de lugares com nomes indígenas é incrível. Anhangabaú, Jabaquara, Tucuruvi, Tietê, Tatuapé, Itaquera, Guaianases, Ipiranga, Ibirapuera, Butantã… Isso sem falar nas inúmeras palavras que usamos e que tem origem etimológica no tupi. Confira algumas: Carioca – Do tupi kari’oca, que significa casa (oca) do homem branco (kari). Pindaíba – Do tupi pinda’ïwa, que significa pinda (anzol) + ‘ïwa (vara). Essa expressão, indicava que o índio possui apenas uma vara pra pescar, mostrando que ele estaria na miséria, daí o termo “estar na pindaíba”. Mingau – Do tupi minga’u, quer dizer comida que gruda. Peteca – Do tupi pe’teka, que indica bater com a palma da mão. Nhem-nhem-nhem – do tupi “Nhem”, que quer dizer “Falar”. Os portugueses durante o século XVI, ficavam irritados com o falatório dos índios, sem entender o que eles diziam. Assim popularizaram a expressão “Os índios só ficam de nhem nhem nhem.”, significando falatório irritante. Catupiri – Não. Não é um tipo de queijo. A palavra vem do tupi e significa “ótimo”, “excelente”. Em 1911 uma empresa desenvolveu esse queijo cremoso e adotou Catupiry como marca. Aipim – Do tupi aipĩ, é algo que nasce ou brota do fundo da terra. Samambaia– Do tupi çama-mbai, significa algo “trançado de cordas”, e faz referência às raízes da planta. Moqueca – palavra tupi que quer dizer peixe assado embrulhado em folhas, que geralmente é folha de bananeira ou de caeté. Paçoca – Do tupi pa’soka ou po-çoc, tem o sentido de esmigalhar o alimento com a mão. Capenga – Do tupi “akanga”, que é “osso” e “penga”, que significa “quebrado”. Portanto, é algo ou alguém que puxa a perna, é manco. Inhaca – Em tupi “yakwa” tem o sentido de “odoroso”, alguma coisa que tem o cheiro forte. Caipira – do Tupi caaipura, sigbnifica de dentro do mato. Nome que os índios do interior de São Paulo deram aos colonizadores.
A gente nem pára pra pensar, aí, quando a gente vê isso tudo até se espanta ao se ligar o quanto a nossa vida está ligada à cultura indígena! Uma cultura milenar, interessantíssima e ainda tão pouco conhecida por termos tão poucos registros históricos. Sem falar que, ainda por cima, tem gente que quer negar aos poucos descendentes diretos desses povos o seu direito a manter essa cultura viva e poder viver e cuidar das terras que são deles por direito! E a Strip Me que além de ter em seus princípios mais básicos o cuidado com a natureza e com os animais, não pode ver uma brasilidade que já sai correndo pra abraçar, faz questão de estampar em suas camisetas esse Brasil moleque, ou melhor, curumim! Confere lá na nossa loja as coleções Tropics, Carnaval e Verão, onde a brasilidade impera! No nosso site você ainda tem à disposição muitas outras coleções e os lançamentos, que pintam toda semana!
Para assistir:A Muralha. Série produzida pela Globo e exibida no início do ano 2000, para celebrar os 500 anos do descobrimento. A série é excelente e mostra com relativa fidelidade o início da colonização no litoral paulista, a constante travessia da grande muralha que é a Serra do Mar e a busca dos paulistas por índios para escravizar e de ouro no sertão. Tem na Globoplay e vale a pena demais conferir.
Para ler: Recomendadíssimo o box com 4 livros Coleção Brasilis. Integram o box quatro livros do jornalista Eduardo Bueno sobre a colonização do Brasil. São Eles A Viagem do Descobrimento, Náufragos, Traficantes e Degredados, Capitães do Brasil e A Coroa, a Cruz e a Espada. Todos eles livros deliciosos de se ler, com uma linguagem moderna e fluiída, além de trazer detalhes interessantíssimos sobre esse período tão instigante da nossa história. O box é um lançamento da Editora Sextante.