Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

Humor STM – 6 shows de stand up imperdíveis na Netflix.

O humor é marca indelével de todo o catálogo da Strip Me. Seja uma piada descarada ou uma ironia discreta, as nossas camisetas unem estilo e bom gosto com muito bom humor. Por isso, não podemos deixar de falar sobre comédia e seus variados gêneros. E hoje a bola da vez é o stand up comedy.

O riso é uma reação complexa que começa no cérebro. Quando algo engraçado é percebido, o cérebro processa essa informação e desencadeia a resposta, o riso. A região do cérebro conhecida como córtex pré-frontal é a responsável por interpretar o humor. Quando uma situação é percebida como engraçada, essa informação é enviada para o sistema límbico, a área do cérebro associada às emoções. Dentro desse sistema, a amígdala e o hipotálamo desempenham papéis cruciais. A amígdala ajuda a regular as emoções e respostas emocionais, enquanto o hipotálamo coordena as reações físicas do riso, como a contração dos músculos faciais e a ativação dos sistemas respiratório e vocal. Ao rir, os batimentos cardíacos aumentam um pouco, o que melhora a circulação sanguínea, e a hipófise, uma glândula no cérebro, produz e libera a endorfina, um hormônio delícia que promove bem estar e prazer.

Muitas vezes o riso desperta de maneira involuntária. O que nos leva a crer que desde que o ser humano se entende por gente, sacou que rir é uma parada bem gostosinha e começou a criar situações engraçadas, para rir e se sentir bem. A comédia, portanto, é tão antiga quanto a humanidade e vem se desenvolvendo desde as pinturas rupestres até as plataformas de streaming. E, no meio disso, pintou a tal stand up comedy. A grosso modo, a comédia stand up surgiu nos Estados Unidos no começo do século XX com os apresentadores, ou mestres de cerimônia, de feiras de variedades, que faziam umas piadolas antes de apresentar os artistas. Se formos cavar um pouco mais fundo, podemos encontrar suas sementes plantadas nos espetáculos de vaudeville do final do século XIX, mas acaba que é quase a mesma coisa.

Na virada dos anos 50 para os anos 60 que a parada começou pra valer. Caras como Lenny Bruce e Bill Cosby se tornaram famosos se apresentando apenas fazendo observações cômicas sobre o cotidiano e sobre si mesmos. Clubes de comédia como o The Comedy Store em Los Angeles e o The Improv em New York se tornaram trampolins para comediantes que surgiam, como Woody Allen, George Carlin, Andy Kaufman, Richard Pryor, Steve Martin e muitos outros. A televisão logo viu potencial nessa turma e o legendário programa Saturday Night Live, por exemplo, virou um antro de comediantes de stand up. Nos anos 80 o gênero perdeu força, mas nunca chegou a desaparecer. Nos anos 90 uma nova geração de comediantes trouxe o stand up para as cabeças de novo, graças a Jerry Seinfeld, que inseriu o stand up numa sitcom irresistível. Paralelamente, e surfando na onda de Seinfeld, vieram grandes comediantes como Ellen DeGeneres, Tim Allen, Chris Rock e Ray Romano. Daí em diante, a popularização da TV à cabo e, posteriormente, os streamings deram a liberdade que esses artistas precisavam para filmar seus shows e se tornarem cada vez mais populares no mundo todo. Inclusive no Brasil.

Apesar de pouco popular, e sequer reconhecido pelo nome de comédia stand up, o gênero já rolava em terras tupiniquins desde os anos 70. O primeiro a fazer um show nos moldes do stand up por aqui foi o genial Zé Vasconcelos. Em seguida, Jô Soares e Chico Anysio também começaram a fazer shows no mesmo estilo. Mas a coisa virou mesmo só no começo dos anos 2000. Entre 2004 e 2005 surgem os primeiros grupos de stand up em São Paulo e no Rio de Janeiro, com comediantes veteranos como Marcelo Mansfield e Márcio Ribeiro e jovens talentos como Rafinha Bastos, Diogo Portugal, Fábio Rabin e Fábio Porchat. Uma década depois, uma nova geração revoluciona o gênero e dá, de fato, um tempero brasileiro ao stand up, com uma linguagem mais dinâmica, interações frequentes com a platéia e um foco maior em histórias pessoais. Dessa nova geração, se destacam nomes como Afonso Padilha, Igor Guimarães, Thiago Ventura, Bruna Louise e outros.

Na era dos streamings ninguém investe mais na comédia stand up do que a Netflix. A plataforma produz e veicula especiais de comédia do mundo inteiro e tem uma extensa lista de ótimos shows em seu catálogo. Para concluir esta singela celebração a este gênero tão delicioso da comédia, a Strip Me selecionou 6 shows do catálogo da Netflix para te recomendar, 3 gringos e 3 brasileiros. Confere aí.

Wanda Sykes – Not Normal 2019

Abrindo a lista com chave de ouro, a brilhante Wanda Sykes apresenta aqui um show verborrágico e engraçadíssimo, mas sempre com um subtexto corrosivo de crítica social e política. De todos os comediantes da atualidade, Sykes é quem chega mais perto do estilo feroz de George Carlin. É um show ideal para quem revira os olhos e não disfarça o desânimo quando alguém começa a falar das benesses do liberalismo e de como a meritocracia é importante.

Maurício Meirelles – Levando o Caos 2020

O título do especial de comédia de Maurício Meirelles não poderia ser mais apropriado. Seu texto de pouco mais de uma hora aborda tantos assuntos diferentes, que passa realmente a impressão de ser algo caótico. Entretanto, o comediante conduz tudo com muita firmeza e coesão, e com ótimas piadas! Ele se equilibra bem entre temas espinhosos como feminismo e drogas, intercalando com situações de sua vida pessoal. É uma ótima pedida para quem tem um churrasquinho marcado no fim de semana e quer chegar apavorando com umas opiniões descoladas e engraçadinhas sobre o cotidiano.

Ricky Gervais – Armageddon 2023

Podemos estabelecer, de cara, que Ricky Gervais é um dos melhores comediantes da atualidade, certo? Ok. Além de filmes e séries (incluindo aí The Office), Gervais lança com certa periodicidade seus especiais de stand up. E Armageddon, o mais recente, é simplesmente excelente! Nele Gervais aborda o fim dos tempos, que seria basicamente o tempo presente. Ou seja, o homem evoluiu, conquistou o planeta, dominou os outros animais… E agora se ofende com palavras! Ele costura com brilhantismo críticas à cultura woke e outras alucinações com memórias de sua infância. Show mais que recomendado para quem ouve as músicas da fase racional do Tim Maia e acha que até tem um fundo de verdade ali naquelas letras.

Bruna Louise – Demolição 2022

Bruna Louise carrega o mérito de ser a primeira mulher brasileira a ter um especial de comédia na Netflix. Também é considerada um dos grandes nomes do stand up comedy no Brasil. E isso de maneira geral, não só entre mulheres. Este seu solo, entitulado Demolição porque chega justamente para quebrar tabus (a começar pela conquista de ter seu especial na plataforma), é carregado de feminismo, sim senhor. Mas nem precisa achar ruim, porque Bruna Louise tem um ótimo texto e boas piadas, bem amarradas através de experiências pessoais e histórias hilárias de relacionamentos amorosos. Show que cai como uma luva para a galerinha que curte bloquinho do Baixo Augusta e que se recusa a admitir que leu algum livro do Monteiro Lobato na infância.

Richard Pryor – Live in Concert 1979

Pryor é um gênio. Ator estupendo e comediante mordaz. Este show é uma aula de stand up comedy. Ao assistí-lo você vai se dar conta que todo mundo que veio depois tem Richard Pryor como referência. Tem de tudo nessa apresentação. Humor físico que influenciou caras como Robin Williams, piadas de protesto que inspiraram Chris Rock, humor negro que encantou Dave Chappelle… tudo com um ritmo alucinante e timing perfeito para cada piada que Pryor vai soltando aos montes. Show indispensável para pessoas que falam que precisam acordar cedo pra não ir pra balada, mas ficam assistindo filme dos anos 80 pela milhonésima vez na TV.

Afonso Padilha – Alma de Pobre  2020

Sem dúvida Afonso Padilha é o mais workaholic dos comediantes brasileiros. O que é ótimo, porque seu texto é muito bem acabado e muito, mas muito engraçado mesmo! Quando ele se mete a falar de qualquer assunto, ele pesquisa antes, vai atrás pra saber como é… e volta com um amontoado de ótimas piadas a respeito. Neste show, no entanto, ele trocou a pesquisa pela sua própria vivência, e conta com muita graça como as pessoas que eram pobres e enriqueceram (ele incluso) não perdem uma certa essência de pobre, que pode soar pejorativa a princípio, mas ao longo do show se prova o oposto disso. Show ideal para quem já tem grana suficiente para pagar Spotify Premium sem reclamar, mas ainda compra requeijão no copo de vidro, só pra poder reutilizar o copo depois.

Bonus Track

Poderíamos aqui citar muitos outros especias de comédia de artistas incríveis. Por exemplo, o impagável show de 1999 do Chris Rock, entitulado Bigger and Blacker, onde ele destila um texto hilário e contundente sobre racismo e que está disponível na HBO Max. Ou ainda o excelente show Tá Embaçado, do Fábio Rabin, lançado ano passado na Amazon Prime Video, onde Rabin apresenta um texto envolvente sobre vários dilemas da sociedade moderna. Mas a bonus track em questão aqui é um show de 2022 produzido pela Netflix chamado The Hall, onde é criado uma espécie de Hall of Fame para comediantes, e 4 comediantes já falecidos são homenageados por 4 colegas ainda em atividade. assim, temos George Carlin, Robin Williams, Joan Rivers, e Richard Pryor sendo homenageados por Jon Stewart, John Mulaney, Chelsea Handler, e Dave Chappelle. Vale a pena demais conferir.

Pois é. A comédia nada mais é do que um espelho, mas um desses espelhos que aumentam tudo, deixando na cara todas as qualidades e todos os defeitos ali refletidos. E esse espelho pode estar voltado para a sociedade ou para o próprio comediante. E a Strip Me, muitas vezes se faz valer desse espelho, para criar camisetas incríveis que vão acabar deixando você bem na fita em qualquer situação. Em todas as nossas coleções, você vai encontrar pitadas generosas de bom humor, seja nas camisetas de música, cinema, arte, cultura pop, bebidas, games e tantas outras. Cola lá na nossa loja pra conferir e ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist hilariante só com músicas engraçadinhas. Comédia Top 10 tracks.

A era do Streaming e suas 5 melhores plataformas.

A era do Streaming e suas 5 melhores plataformas.

Há mais de 10 anos as plataformas de streaming se multiplicam, mudando completamente a nossa maneira de consumir filmes e séries. A Strip Me dá uma geral nas 5 plataformas mais populares no Brasil.

Poucas coisas são tão atrativas e maravilhosas quanto um bom rodízio. Pode ser de carnes, de comida japonesa, de pizza… só o fato de você pagar um valor fixo e poder comer à vontade o que quiser de um cardápio amplo e variado é sensacional! Por isso mesmo, nos adaptamos tão rápido e já amamos tanto as plataformas de streaming. Porque elas funcionam exatamente da mesma maneira. Um catálogo imenso de filmes e séries à sua disposição pagando um valor fixo por mês.

Imagine entrar em uma locadora com infinitas prateleiras de filmes e séries de todos os gêneros, épocas e países. Do velho oeste ao espaço sideral, está tudo lá, sem ter que rebobinar a fita antes de devolver. Mas vamos com calma. Afinal, não é assim também que tem tudo, tudo mesmo, num lugar só. São várias plataformas de streaming, cada uma com um catálogo diferente. Muitos filmes e séries se repetem em mais de uma plataforma, claro, mas cada uma tem sua particularidade. Por isso, a Strip Me te entrega hoje uma breve análise das 5 plataformas de streaming mais populares no Brasil e suas vantagens. Confira!

Netflix

Foi a primeira plataforma a se popularizar de fato. Funcionando desde 2010, passou por algumas reformulações ao longo dos anos, melhorando a navegabilidade da plataforma e refinando seu design. O catálogo já foi melhor. Passou por muitas mudanças, e hoje se concentra mais em produções próprias.
A plataforma: Tem boa navegabilidade, é bem intuitiva e organizada. Seu algoritmo funciona bem e apresenta indicações muito interessantes, baseadas no que você costuma assistir.
O catálogo: Hoje o catálogo da Netflix se destaca pelo seu conteúdo original, produções bancadas pela própria plataforma. Mas também tem uma coleção considerável de filmes blockbuster. Além disso, tem uma rotatividade interessante. É sempre certo que vai ter novidades interessantes no catálogo, de lançamentos recentes a filmes e séries antigas.
Destaques: Filmes: O Irlandês, Rocketman, Garota Exemplar, A Lista de Schindler, O Jogo da Imitação. Séries: House of Cards, Stranger Things, Seinfeld, Breaking Bad, Ozark.

Amazon Prime

A Amazon Prime Video já rolava nos Estados Unidos há um tempo, mas chegou ao Brasil somente em 2016. É uma plataforma robusta, com um catálogo muito interessante, mas errático. Seu lay out e navegabilidade deixam um pouco a desejar, mas vem melhorando com o tempo.
A plataforma: A navegabilidade pela plataforma é funcional, mas não encanta. A organização é um pouco confusa, eles misturam filmes e séries disponíveis no catálogo com outras que é preciso alugar ou fazer assinatura de streamings parceiros. Isso incomoda um pouco.
O catálogo: Assim como a Netflix, a Amazon vem investindo em produções próprias, algumas delas muito boas. Tem uma coleção invejável de filmes clássicos e conta com a opção de assistir alguns canais de TV como a CNN ou o Universal Channel, além de muitos canais premiere de esportes.
Destaques: Filmes: Oppenheimer, A Outra História Americana, Os Infiltrados, Apocalypse Now, Noivo Neurótico Noiva Nervosa. Séries: The Boys, O Homem do Castelo Alto, Daisy Jones & The Six, Little Fires Everywhere, Hunters.

Globoplay

No ar desde 2015, a Globoplay, bresileiríssima, se destaca por seu enorme conteúdo de produções brasileiras que extrapolam em larga escala o que é feito para a TV. Atualmente, seu maior filão tem sido os documentários, a maioria excelentes, como Vale o Escrito, Doutor Castor, Sullivan & Massadas, Senna por Ayrton e outros. A plataforma permite assistir ao vivo todos os canais do Grupo Globo (Globo, GNT, Multishow, Sportv…) e outros como Megapix e Canal Brasil.
A plataforma: É direta, intuitiva e atraente, lembra muito a Netflix. A navegabilidade é boa, mas pode ser um pouco lenta, se comparada a outras plataformas. O algoritmo funciona muito bem, dando sugestões e colocando em destaque conteúdos compatíveis com o que é consumido habitualmente.
O catálogo: De maneira geral, é um catálogo ótimo. O ponto fraco definitivamente é a variedade e qualidade dos filmes, em especial filmes hollywoodianos famosos e tal. Em compensação tem um acervo de produções nacionais excelente, com filmes, documentários, séries e até mesmo as novelas e séries da tv Globo, que tem muita coisa boa. A Globoplay também tem investido pesado em produções originais e tem se saído muito bem.
Destaques: Filmes: Bacurau, Parasita, Terra em Transe, Queime Depois de Ler, Estômago. Séries: Os Outros, Sessão de Terapia, The Handmaid’s Tale, House, Vale o Escrito.

HBO Max

O canal de TV HBO entrou na onda do streaming em 2020. Não precisamos nem dizer que o seu ponto forte são as séries, já que mesmo para a TV, desde sempre a HBO já investia e produzia séries de altíssimo nível. Como o canal faz parte do grupo Warner, o catálogo de filmes da plataforma também é recheada de ótimos títulos. Com um lay out moderno e atrativo, a HBO Max é uma das melhores plataformas de streaming da atualidade.
A plataforma: Tem ótima navegabilidade, é simples e direta. Além das seções de filmes e séries, você pode acessar os conteúdos exclusivos dos canais que fazem parte do grupo Warner, como HBO, Discovery, Carton Network e outros, tudo separado e fácil de achar.
O catálogo: O acervo de filmes da plataforma é muito bom, mas o ouro está nas séries e nos conteúdos dos canais, especialmente da HBO e do Cartoon Network, ainda mais para os saudosistas da TV à cabo dos anos 90, que se divertiam com desenhos como Freakazoid, Johnny Bravo e o impagável late show Space Ghost de Costa a Costa.
Destaques: Filmes: Bons Companheiros, Joker, Zodíaco, Beetlejuice, A Origem. Séries: Família Soprano, Succession, Game of Thrones, True Detective, The Deuce.

Star+

A Star+ é basicamente a plataforma de conteúdo “adulto” da Disney, ou seja, boa parte do foi produzido e veiculado pela Fox, que foi comprada pela Disney. Começou a funcionar em 2021 tendo como atrativo todas as temporadas d’Os Simpsons, os filmes dos X-Men e outras produções. Em 2022 chamou a atenção por lançar uma série brilhante e avassaladora, The Bear. Recentemente foi anunciado que a Star+ será extinta e todo seu conteúdo será integrado à plataforma da Disney+.
A plataforma: É bem atrativa e simples de navegar. Pode ser um pouco repetitiva nos destaques apresentados na home e não explora bem o algoritmo para apresentar sugestões. Provavelmente, na migração para a plataforma da Disney isso vai melhorar.
O catálogo: É muito bom! No quesito filmes vai um pouquinho mais fundo dos que as outras plataformas nos filmes mais cults no estilo 500 Days of Summer. Não tem um número enorme de séries memoráveis, como a HBO, por exemplo, mas tem um punhado ali que são realmente boas e engrossam esse caldo.
Destaques: Filmes: Birdman, Pequena Miss Sunshine, Cisne Negro, Alta Fidelidade, Bastardos Inglórios. Séries: The Bear, American Horror Story, O Faz Nada, Only Murders in the Building, Atlanta, Walking Dead.

Para concluir, importante dizer que não entramos aqui no mérito financeiro porque cada uma das plataformas tem diferentes planos, com muitas variáveis e diferentes valores. Por isso, preferimos manter o foco no conteúdo. Até porque é disso que a gente gosta e entende, curtir bons filmes e séries! Então nada mais justo do que celebrar essas ferramentas maravilhosas que nos permitem ter acesso a tanta coisa boa. E tão variado e cheio de opções de altíssimo nível quanto os catálogos das plataformas de streaming, é o catálogo de camisetas da Strip Me, com coleções de camisetas de cinema, arte, música, cultura pop, bebidas, games e muito mais. Cola lá no nosso site para conferir e ficar por dentro dos lançamentos, que pintam lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist divertida, com canções que falam sobre o velho hábito de assistir televisão! TV Top 10 tracks.


7 filmes essenciais do cinema argentino.

7 filmes essenciais do cinema argentino.

O cinema argentino é reconhecido internacionalmente pela sua diversidade e originalidade. A Strip Me, que não fica sem um filminho no fim de semana, selecionou os 7 filmes mais marcantes do cinema produzido pelos hermanos!

O cinema argentino tem uma trajetória muito parecida com o cinema brasileiro. Teve um início iontenso, mas mais popularesco até os anos 1950, depois começou a produzir obras mais maduras durante as décadas de 1960 e 1970, mas, ao contrário do Brasil, teve sua produção estrangulada pela rigidez dos regimes ditatoriais. No fim dos anos 1980 despontou com produções inovadoras e gerou toda uma geração de grandes cineastas Como Luis Puenzo e Lucrecia Martel. Mas foi no inçio do século XXI que o cinema argentino realmente desabrochou como um dos cinemas mais inventivos e celebrados do mundo, emplacando filmes todos os anos nas mais importantes premiações cinematográficas.

O que faz do cinema argentino tão único e encantador é a capacidade de abordar uma ampla gama de assuntos, desde dramas familiares e romances até questões sociais, históricas e políticas. Essa diversidade reflete a complexidade da sociedade argentina e permite que o cinema do país alcance públicos diversos, tanto nacional quanto internacionalmente. Essa capacidade de explorar temas universais através de uma lente local, aliada ao cuidado com a técnica e excelência artística, faz com que o cinema argentino seja único e facilmente reconhecível. Para comprovar tudo isso, a Strip Me selecionou 7 filmes que refletem toda essa qualidade e originalidade do cinema argentino.

La Historia Oficial (A História Oficial) – 1985 – Luis Puenzo

A História Oficial foi o primeiro filme argentino a ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1986. Não à toa. É um filme inesquecível, denso e muito rico artisticamente. Ele conta a história de uma mãe que se vê mergulhada nos horrores da ditadura militar ao tentar descobrir a origem de sua filha adotiva. Ao mesmo tempo que tem uma pegada de protesto, o longa é um drama emocionante. Destaque para atuação impecável de Norma Aleandro. Um filme imperdível!
Onde assistir: Netflix

Nueve Reinas (Nove Rainhas) – 2000 – Fabián Bielinsky

No cinema, fazer com que a audiência se encante e torça para os bandidos é uma arte que poucos conseguem realizar com êxito. E o diretor Fabián Bielinsky conseguiu com louvor! Nove Rainhas é daqueles filmes de roubo de tirar o fôlego e deixar todo mundo aplaudindo a audácia dos ladrões. Se não o primeiro, foi um dos primeiros filmes onde Ricardo Darín mostrou o grande ator que é. Um filme que não deixa nada a desejar a seus pares hollywoodianos como Onze Homens e Um Segredo e Truque de Mestre.
Onde assistir: Star+

La Ciénaga (O Pântano) – 2001 – Lucrecia Martel

Lucrecia Martel estreou com este filme em 2001 subvertendo o cinema pop, mas muito bem feito, de filmes como Nove Rainhas e O Filho da Noiva. O Pântano é um filme pesado, denso e com uma fotografia avassaladora ,com seus contrastes e ângulos fechados, quase claustrofóbicos. É uma metáfora de uma mente solitária e perturbada, que se afunda em si mesma, enquanto, esteticamente reverbera o cinema surrealista de Buñuel. Uma verdadeira obra de arte.
Onde assistir: Mubi – Apple TV

El Hijo de la Novia (O Filho da Noiva) – 2001 – Juan José Campanella

Talvez este seja o filme que melhor representa o novo cinema argentino, que conquistou o mundo. De uma maneira singela e divertida, Juan José Campanella consegue criar um ambiente familiar a qualquer pessoa do mundo, mesmo retratando fielmente a sociedade e os costumes do típico cidadão portenho. Mérito também de Ricardo Darín, que constrói neste filme um personagem carismático e universal, um verdadeiro anti herói. Um filme que, através das relações humanas, consegue cutucar com elegância problemas sociais importantes. Mas, acima de tudo, é um entretenimento de altíssima qualidade!
Onde assistir: Mubi – Youtube

El Secreto de Sus Ojos (O Segredo dos Seus Olhos) – 2009 – Juan José Campanella

O Segredo dos Seus Olhos é um filme transcendente. Tamanha a qualidade e força do roteiro e a beleza de sua fotografia, o filme envolve de tal forma o espectador, que questões de nacionalidade e idioma tornam-se irrelevantes, pois tudo que se quer é desvendar o crime junto com o agente judiciário Benjamin Espósito, interpretado com maestria por Ricardo Darín, sempre ele! O longa ganhou prêmios no mundo todo, incluindo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e está na lista dos 100 melhores filmes do século XXI. Um filmaço obrigatório!
Onde assistir: Star+ – Amazon Prime Video

Medianeras – 2011 – Gustavo Taretto

É verdade que a sinopse de Medianeras é pouco convidativa: Uma comédia romântica dos tempos modernos, onde dois jovens se relacionam virtualmente sem saber que são praticamente vizinhos numa cidade grande. Mas o que Gustavo Taretto conseguiu fazer com esse plot é impressionante! Um filme divertido e emocionante, com um timing invejável, uma edição moderna… esteticamente é um filme deslumbrante! E o roteiro é sensacional! Bem amarrado, com ótimos diálogos e esse passeio entre o real e virtual tão interessante! Assim como fez Bielinsky em Nove Rainhas, Taretto não deixa nada a desejar frente a comédias românticas cult norte americanas como 500 Days of Summer.
Onde assistir: Mubi – Apple TV

Argentina, 1985 – 2022 – Santiago Mitre

Curiosamente, encerramos essa lista com um filme cujo tema é o mesmo do primeiro filme aqui recomendado: um retrato dos tempos da ditadura militar argentina. Porém, enquanto A História Oficial se baseia num drama familiar, em Argentina, 1985, temos uma história baseada em fatos, onde a ditadura em si é mais que discutida, mas julgada. O longa retrata o que ficou conhecido como Julgamento das Juntas Militares, o primeiro julgamento no mundo onde um tribunal civil julgou militares depois da Segunda Guerra Mundial. Só pelo contexto histórico o filme já vale a pena ser visto, no mínimo para inspirar povos e governos. Mas para além do contexto histórico e político, temos um roteiro envolvente e uma atuação irretocável do onipresente Ricardo Darín. É um filmaço, que, principalmente para nós, brasileiros, apresenta reflexões profundas.
Onde assistir: Amazon Prime Video

Diversidade temática, qualidade artística, capacidade de explorar temas universais através de um olhar local e o equilíbrio entre a tradição, a inovação e experimentação fazem com que os filmes argentinos sejam, em sua maioria, realmente irresistíveis. E a Strip Me, que manda às favas a rivalidade boba entre Brasil e Argentina, faz questão de celebrar esse cinema tão único e encantador! Aliás, como pra gente fronteiras são só linhas imaginárias, temos uma coleção imensa de camisetas de cinema, com referências de filmes de tudo quanto é lugar. E não só isso, temos também as coleções de camisetas de arte, música, cultura pop e muito mais. Dá uma conferida no nosso site e aproveita pra ficar por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda a semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Nem só de cinema vivem os argentinos. Por lá também tem muita música boa. Aqui está uma playlist do que rola de mais legal entre as bandass argentinas. Argentina Top 10 tracks.

10 filmes para se orgulhar do cinema brasileiro.

10 filmes para se orgulhar do cinema brasileiro.

Nos aproximando de mais uma edição do Oscar, onde o melhor filme norte americano acaba ganhando status de melhor do mundo, a Strip Me faz questão de lembrar que o cinema brasileiro também tem seu valor.

A arte é universal. Um paradoxo curioso, já que, quase sempre, o artista se expressa de acordo com a realidade onde vive. Antes de 1967 só os moradores de Liverpool sabiam que existia uma rua chamada Penny Lane. Mas desde que a canção com mesmo nome foi lançada no disco Magical Mistery Tour, o mundo inteiro conhece o lugar. Isso acontece em todas as expressões artísticas, não só na música. O cinema brasileiro é um excelente exemplo disso.

O cinema no Brasil tem uma trajetória interessante, com altos e baixos e produções irretocáveis e desprezíveis. Uma das críticas que sempre recai sobre o cinema nacional é ser muito regionalista. Ou é sertão nordestino ou é favela carioca. Ora, há de se considerar que, ainda que o Brasil seja imenso e diverso, esses dois panos de fundo representam bem a nossa realidade, e podem muito bem ser palco de grandes histórias. Mas, ainda bem, desde o fim dos anos 90 uma vertente de cineastas começou a diversificar pra valer, produzindo um cinema mais urbano e diverso. Para ter uma dimensão da alta qualidade do cinema brasileiro, a Strip Me elencou 10 filmes excelentes, que fazem a gente realmente ter orgulho de ser brasileiro! A lista está em ordem cronológica, pois a ideia não é dizer se um é melhor que o outro.

O Pagador de Promessas (1962)

É sempre meio complicado falar de filmes com mais de 50 anos. Por mais que sejam considerados brilhantes e revolucionários, estamos tão acostumados com o cinema moderno, tão dinâmico e de alta qualidade visual, que acabamos achando esses filmes antigos lentos, cansativos. Mas, a verdade é que O Pagador de Promessas é realmente um filme bom pra c@r#l%o! Não à toa é o único filme brasileiro até hoje que ganhou a Palma de Ouro, o prêmio máximo do tradicional Festival de Cannes. O filme foi escrito e dirigido pelo cineasta Anselmo Duarte, baseado na peça de teatro do dramaturgo Dias Gomes. É uma história envolvente e emocionante que desperta discussões relevantes até hoje sobre intolerância religiosa e sensacionalismo. Filme obrigatório para quem realmente se liga em cinema!

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)

DEDE

Uma das revoluções culturais que mais marcaram o Brasil foi o Cinema Novo, que pretendia trazer uma linguagem mais realista ao cinema brasileiro, até então caracterizado por filmes musicais popularescos e épicos pretensiosos. Foi quando começou essa onda de retratar o sertão seco do nordeste e as desigualdades sociais. Glauber Rocha foi um cineasta genial, autor de grandes filmes como Terra em Transe, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro e o Leão de Sete Cabeças. Mas foi em Deus e o Diabo na Terra do Sol que Glauber encontrou o equilíbrio entre seu texto contundente e cenas empolgantes. Isso faz de Deus e o Diabo na Terra do Sol a obra mais acessível do cineasta. Um filmaço!

O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Rogério Sganzerla é considerado um dos mais inventivos cineastas brasileiros. O Bandido da Luz Vermelha comprova isso com propriedade. Foi o primeiro longa que Sganzerla escreveu e dirigiu, com apenas 22 anos de idade. Um filme que mistura realidade e ficção de maneira pungente e intensa. A história é inspirada em fatos reais, sobre um assaltante ousado e, de certa forma, carismático, que chamou a atenção da imprensa do Brasil inteiro. Um marco do cinema brasileiro!

Central do Brasil (1998)

Central do Brasil marca o movimento conhecido como Cinema de Retomada, quando o cinema brasileiro começou a receber mais incentivo e, através de novos e criativos artistas, desenvolver filmes cada vez mais relevantes. Deste movimento, Walter Salles certamente é quem mais se destacou. Central do Brasil é um filme inspiradíssimo, com um roteiro incrível, atuações brilhantes e esteticamente irretocável. Chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Fernanda Montenegro foi indicada a melhor atriz, a primeira atriz latino americana a receber tal indicação. Uma obra de arte de Walter Salles e um dos grandes filmes do cinema brasileiro.

O Auto da Compadecida (2000)

De toda a lista de filmes apresentada aqui, provavelmente apenas Cidade de Deus e Tropa de Elite possa se comparar a O Auto da Compadecida, no quesito popularidade. A maioria dos filmes aqui listados são mais artísticos e densos, características que nem sempre arrastam multidões às salas de cinema. Mas O Auto da Compadecida tem tudo que um blockbuster precisa: Um texto dinâmico, inteligente e muito engraçado, personagens carismáticos, atuações memoráveis e uma simples, mas bem contada, história. É um desses raros filmes cujas falas de personagens se tornam jargões populares no dia a dia. A união do texto exuberante de Ariano Suassuna e o talento e olhar contemporâneo de Guel Arraes fazem d’O Auto da Compadecida um dos filmes mais marcantes do cinema nacional.

Bicho de Sete Cabeças (2000)

Bicho de Sete Cabeças é um filme fundamental. Mais importante do que exaltar suas qualidades estéticas e de atuação (que são mesmo de altíssimo nível), é importante ressaltar seu valor social. Suas cenas de ação e o carisma de Rodrigo Santoro conquistaram os jovens, que levantaram duas discussões muito importantes: a relação da juventude com as drogas e a importância da luta do movimento antimanicomial. Sim, independente disso, é um filme incrível! Com certo exagero, ele chegou a ser comparado com o clássico Um Estranho no Ninho, do Milos Forman. É o tipo de filme que, além de entreter, traz consigo uma carga social inquestionável!

Abril Despedaçado (2001)

“O sangue tem o mesmo volume para todos. Você não tem o direito de tirar mais sangue do que o que foi tirado de você”. Essa é a frase que melhor define este filme emblemático e emocionante. Pra começar, vale lembrar que se trata de um roteiro adaptado de um livro chamada Prilli i Thyer, escrito pelo autor albanês Ismail Kadare. Livro, cujo título traduzido do albanês é exatamente Abril Despedaçado, narra uma história de vingança ambientada nas pradarias do leste europeu, que foi adaptada com perfeição para o árido sertão nordestino do começo do século XX. Além de um roteiro soberbo e fotografia encantadora, mais uma vez Rodrigo Santoro tem uma atuação invejável e o diretor Walter Salles se reafirma como um dos cineastas mais autênticos do Brasil. Filme imperdível!

Cidade de Deus (2002)

Se Central do Brasil marca a retomada do cinema brasileiro, Cidade de Deus marca sua consolidação. Cidade de Deus representa um cinema pungente, moderno, pop e com conteúdo! A cena inicial do filme, um plano sequência de uma galinha sendo perseguida, já dá o tom desse cinema dinâmico e vigoroso. O roteiro é excelente, uma história incrível, repleta de reviravoltas e personagens carismáticos, montagem e edição empolgantes! Enfim, tudo funciona! Fernando Meirelles, como diretor, fez um trabalho impecável! É o filme que finalmente dá ao cinema brasileiro uma identidade, juntando ação, comédia e dramas sociais. Receita que foi repetida com sucesso em Tropa de Elite. Mas enfim, Cidade de Deus é um filme imperdível!
ps: Que trilha sonora deliciosa!

Tropa de Elite (2007 – 2010)

Quando pensamos no Tropa de Elite, deveríamos, na real, pensar nos dois filmes juntos. O primeiro, de 2007, e o segundo, de 2010, como um filme só. Pois veja. O segundo filme tem um roteiro muito mais bem acabado e empolgante, com uma história mais complexa e instigante. Porém, ele só pode ser tão bem sucedido porque teve no primeiro filme uma brilhante apresentação profunda dos personagens e do funcionamento da polícia e do Bope no Rio de Janeiro. Em especial a construção do personagem Capitão Nascimento, e sua desconstrução no segundo filme, é de se aplaudir de pé! O cinema brasileiro definitivamente encontrou o equilíbrio perfeito entre realidade e ficção no cinema. Tropa de Elite joga isso na sua cara sem dó nem piedade.

Bacurau (2019)

Bacurau é um dos melhores filmes de 2019. Não só no cinema brasileiro, mas no mundo. E olha que estamos falando de um ano em que foram lançados Era uma Vez em Hollywood, Joker, O Irlandês e Parasita! Bacurau reafirma a excelência do cinema brasileiro, que consegue ser inventivo e empolgante, e, ao mesmo tempo, manter suas raízes, sem parecer datado. O roteiro é impecável e a estética do filme é impressionante, de uma qualidade poucas vezes vistas por aqui. O filme foi escrito e dirigido a quatro mãos, pela dupla Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que fizeram um trabalho extraordinário! Se em seu enredo, Bacurau aponta para um futuro distópico, na vida real ele aponta para um futuro prodigioso e sem limites para o cinema brasileiro!

Menção Honrosa.

Realmente o cinema brasileiro tem muitos filmes incríveis, de altíssimo nível, que muitas vezes desafiam a própria realidade. Afinal, o Brasil é um país complicado economicamente, e as produções artísticas sempre são as primeiras a perder incentivo e suporte financeiro, sem falar os períodos que passamos sob forte censura. Por exemplo. É praticamente impensável que durante uma ditadura militar fosse concebido no Brasil um filme de terror de tamanho impacto, que acabaria influenciando cineastas do gênero no mundo todo! Em 1967 José Mojica Marins, o legendário Zé do Caixão, lança o inacreditável filme Esta Noite Encarnarei em Teu Cadáver, uma obra avassaladora! Por falar em ditadura, vale também citar o excelente O Que É Isso Companheiro? Filme de Bruno Barreto lançado em 1997 que retrata com sensibilidade esse período sombrio da nossa história. Em 2002 O Invasor, de Beto Brant, vem mostrar que nós também sabemos produzir thrillers psicológicos de primeira e, de quebra, revelou o Paulo Miklos como um baita ator. Hector Babenco concebeu em 2003 uma obra de arte chamada Carandiru, um filme denso e revelador, baseado no relato fraterno do doutor Drauzio Varella. Por fim, para mostrar a diversidade do nosso cinema, podemos citar o ótimo Cinema, Aspirinas e Urubus, um road movie irresistível do cineasta Marcelo Gomes, lançado em 2005. Apesar da pouca repercussão pelo público, foi muito elogiado pela crítica e é, de fato, um filme que merece ser visto.

E olha, ainda faltou um monte de filme ser citado! O Cheiro do Ralo, O Céu de Suely, Pixote, Colegas, 2 Coelhos, Vidas Secas, Eles Não Usam Black-Tie, Madame Satã, Macunaíma, Durval Discos, Amarelo Manga, Saneamento Básico… é muita coisa boa! O cinema é uma arte universal, mas com esse nosso jeitinho brasileiro, ganha um borogodó a mais. E de borogodó e brasilidade a Strip Me manja! Por isso, estamos aqui celebrando a sétima arte, à nossa moda. Dá uma chegadinha na nossa loja para conhecer a coleção de camisetas de cinema, e aproveita pra conferir as coleções de música, cultura pop, arte e muito mais. No nosso site você também fica por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: A maioria dos filmes listados neste post tem trilhas sonoras instrumentais, incidentais e tal… Mas Cidade de Deus tem uma trilha sonora de canções maravilhosa, daquelas coletâneas de músicas dos anos 70 imbatíveis! Então a playlist hoje é por conta da trilha sonora do filme Cidade de Deus. Cidade de Deus top 10 tracks.

Para ler: Recomendadíssima a excelente biografia do José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Maldito! A biografia de Zé do Caixão é um livro escrito pelo André Barcinski e saiu numa edição super caprichada, em capa dura e tudo, pela Darkside Books, é claro. Um livro essencial para amantes do cinema.

Carnaval Strip Me: 10 camisetas para quem vai cair na folia.

Carnaval Strip Me: 10 camisetas para quem vai cair na folia.

O carnaval de rua é uma mistura de cores e ritmos que transforma as ruas em verdadeiros palcos de folia. No meio desse turbilhão de confetes e serpentinas, a Strip Me te dá a letra de como chegar no bloquinho no maior estilo!

Os bloquinhos são uma espécie de pequenas revoluções carnavalescas, são como pequenos tesouros perdidos pelas ruas das cidades, que foram redescobertos de uns tempos pra cá. Com seus temas inusitados e fantasias improvisadas, os bloquinhos democratizaram de vez o Carnaval. Aqui não tem ingresso caro, abadás nem nada do tipo. É só colar junto e sair sambando, seja você um folião de carteirinha ou se está estreando sua primeira fantasia. Pode ser ao som de marchinhas tradicionais ou de hits do momento, tanto faz. Afinal, quem tem limite é município.

A real é que os bloquinhos de rua se tornaram verdadeiros refúgios da autenticidade, onde a espontaneidade e a criatividade reinam, junto com o Rei Momo, é claro. O Carnaval é em sua essência barulho, diversão e arte. E você sabe que de barulho, diversão e arte a Strip Me entende melhor do que ninguém. Portanto, hoje estamos aqui para recomendar dez camisetas pra você cair na folia numa boa. Afinal, além de super estilosas, são camisetas feitas com tecido com certificado BCI. Ou seja, são frescas e confortáveis, com um corte que proporciona um caimento perfeito, do tamanho P ao XGG. Confere aí!

Vai desculpar, mas não tem nada desse papinho de apropriação cultural! O Carnaval pode até ter suas origens séculos atrás, com romanos e tal… mas o Carnaval mesmo é coisa nossa, ninguém faz igual. Nem Veneza, nem New Orleans. Por isso, a camiseta Feito no Brasil já escancara isso e não deixa margem para dúvida. Para reforçar a ideia, a camiseta Rosa Samba remete aos grandes clássicos do Carnaval carioca, para mostrar quem manda de uma vez por todas. Numa pegada mais contemporânea, ali entre o vintage o meme, a camiseta Carnaval de Rua dá o tom para quem é mais descolado, bem humorado e quer curtir o bloquinho na liberdade total!

Pois é. Curtir o Carnaval na liberdade total! Esse é o princípio básico da parada, né? Pode ser bloquinho, baile no salão do clube, desfile de escola de samba na avenida… o importante é curtir como cada um acha melhor. Afinal, tudo isso é Carnaval. Com muito charme e estilo, é isso que a camiseta Le Carnaval transmite, ideal para quem vai direto ao ponto. Já a camiseta Carnaval Advisory é mais sapequinha, tem essa pagada mais moderna, parodiando aquele selinho malandro que vinha nas capas dos discos com um som mais agressivo. Uma camiseta pra quem não tem medo de abrir as asas e voar. Mas tudo isso lembrando de se hidratar bem, pra aguentar o tranco. Beber água é importante, mas não só, afinal é Carnaval. Acordou, é cafezinho pra dentro, depois é só dar uma lavada no copo americano e já passar pra cervejinha! Pra quem está sempre se hidratando no Carnaval, a camiseta Café Cerveja Carnaval é ideal!

Olha, curtir o Carnaval de rua é uma delícia, mas pode ser bem cansativo. Anda-se muito. E não só isso, afinal, no bloquinho impera a caminhada dançante, modalidade exclusivamente brasileira de andar atrás do trio dançando ao som da música. Portanto, o pit stop é sempre recomendável. Aquele botequinho com mesa na calçada é o ideal para se parar por um tempinho, pra descansar e tomar uma cervejinha, observando o movimento do bloquinho. Para quem não dispensa o boteco como parte essencial do Carnaval, a camiseta Mesa de Bar é perfeita. Linda, confortável e já vem com a mensagem prontinha. Da mesma maneira, a camiseta Duas Cervejas traz essa representatividade de uma maneira mais ampla e sedutora. Uma imagem que vale mais que mil palavras, o mais puro suco de Brasil.

O Carnaval é uma festa. E, sejamos francos, festa sem uma biritinha não é a mesma coisa, né? Sendo o Carnaval a festa mais brasileira do mundo, se faz óbvio associá-lo à mais brasileira de todas as bebidas: a caipirinha, é claro! Assim sendo, a Strip Me apresenta a camiseta Caipirinha Receita, uma camiseta linda, minimalista e super estilosa, além de super confortável, é claro. Uma camiseta para quem está sempre em busca de combinações perfeitas! Para quem não liga tanto nos destilados, mas faz questão de se refrescar e matar a sede durante a festa, a Camiseta Cerveja é a melhor pedida, além de pedir uma cervejinha gelada no capricho, é claro! A cerveja é uma das paixões nacionais. Sim, porque no Carnaval não dá pra ter uma paixão só, é ou não é?

O Carnaval está chegando. Aproveita pra dar uma olhada no nosso site e conferir as camisetas que selecionamos aqui e muitas outras. Nas coleções Carnaval, Verão, Tropics, Cultura Pop, Cartola, Bebidas e Música você encontra uma infinidade de camisetas incríveis, super confortáveis e estilosas! Na nossa loja você também pode ficar por dentro de todos os Lançamentos da Strip Me, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Depois de conferir as dez camisetas campeãs do Carnaval Strip Me, você curte uma playlist com os mais clássicos sambas enredo campeões do carnaval. Samba Enredo Campeão top 10 tracks.

Tupi or not Tupi: 5 hábitos indígenas que mantemos até hoje.

Tupi or not Tupi: 5 hábitos indígenas que mantemos até hoje.

O Brasil deve muito a seus povos originários, isso todo mundo sabe. Para reforçar essa ideia, a Strip Me traz hoje 5 hábitos que mantemos atualmente, e que são herança direta dos indígenas que viviam aqui antes da chegada dos europeus.

Todo mundo que já entrou numa trip de auto conhecimento, seja na ayahuasca ou na psicanálise, teve que entrar em contato com um passado distante, entender um pouco seus antepassados e etc. Bom, faz todo o sentido, né. É como diz aquela frase, povo que não sabe de onde veio, não sabe pra onde vai. Conhecer o passado, a história, é fundamental para a gente entender o presente e evoluir na futuro. E entrar nessa onda de conhecer o passado pode ser bem interessante, a gente acaba se ligando e entendendo muita coisa mesmo! Imagina que muito antes do Cabral e sua turma chegar aqui, há milênios já existiam várias nações vivendo ao longo de todo o território da América do Sul. Dos Incas aos Tupiniquins, vários povos se espalhavam por essas bandas. Na porção mais a leste do continente, abrangendo o litoral do norte, nordeste e sudeste, predominava a nação Tupi, que tinha várias tribos diferentes, como os Tupiniquins, Tupinambás, Tamoios, Carijós e outros. Já na porção central, do cerrado até boa parte da floresta amazônica, se estabelecia a nação Jê, como os Xavantes, Bororós, Botocudos, Crenaques, Caiapós, Goitacás e outros. No sul, na região dos pampas vivia a nação Charrua, os Guayantiranes, Minuanos, Mepenes, Tocagues e outros. Por fim, mais a oeste, na região do pantanal, onde hoje temos as fronteiras com o Paraguai e Bolívia, vivia a nação Guarani, cujas tribos mais conhecidas são os Kaiowás, Mbiás, Tapietês, Nhandevas e outras. Isso pra ficar só no território brasileiro, ainda tinham outras nações ao longo da cordilheira dos Andes, no deserto da Patagônia e na mata tropical próxima ao mar do Caribe.

Photo by: Sebastião Salgado

Apesar de povos muito diferentes, com culturas e crenças distintas, essa turma toda tinha muita coisa em comum. Por conta da colonização do Brasil ter acontecido de leste para oeste, os primeiros europeus, e em especial os bandeirantes, tiveram muito mais contato com os povos Tupi do que qualquer outro. Aliás, sabemos hoje que os bandeirantes, também conhecidos como paulistas, eram homens violentos e inescrupulosos, que viviam da captura e escravização de índios. Foi por isso que eles acabaram desbravando todo o interior do Brasil. E esses paulistas viviam praticamente como os indígenas. Andavam pela mata de pés descalços, dormiam em redes e falavam fluentemente a língua tupi. Mesmo com o genocídio indígena produzido pelos europeus (mais de 5 milhões de indígenas viviam no Brasil em 1500, no início do século vinte, restavam menos de 500 mil), muitos dos seus hábitos e cultura foram incorporados pelos homens brancos ao longo do tempo e perduram até hoje. Orgulhosamente, a Strip Me resgata um pouco da história dos povos originários do Brasil falando sobre cinco hábitos que herdamos dos indígenas.

Pés Descalços.

Antes de mais nada, é sempre bom lembrar: Andar descalço pode trazer uma série de benefícios para o corpo e a mente. Os pés descalços ajudam a fortalecer os músculos dos pés, tornozelos e pernas, promovendo uma melhor postura e equilíbrio. Além disso, essa prática pode aumentar a sensação de conexão com o ambiente ao redor, estimulando os sentidos e proporcionando uma sensação de liberdade. Talvez os indígenas não tivessem consciência disso tudo, mas viviam de pés descalços, mesmo depois que o os europeus chegaram com suas botas e sapatos. E não demorou para que esses mesmos europeus se ligarem que andar na mata com os pés descalços era realmente bem melhor, pois acabavam prestando muito mais atenção por onde andavam e conhecendo com mais detalhes cada particularidade da mata. Sem falar no calorão e o bem estar que dá ficar com os pés descalços, descansando numa boa. Ainda hoje, é o que a gente faz.  A primeira coisa que a maioria das pessoas faz quando chega em casa é tirar o sapato, quem tem uma graminha em casa então, aproveita ainda mais! E aquela caminhadinha na areia da praia no fim da tarde? Andar descalço é tudo de bom!

Caiu na rede, é gente!

Dormir na rede é coisa nossa! Literalmente! Isso porque não existe registro da rede como os indígenas a utilizavam em lugar nenhum do mundo até a chegada dos europeus por aqui. Então é bem capaz de a rede ter sido uma invenção dessa turminha que vivia por aqui. E é indiscutivelmente uma maravilha! Na rede o corpo fica numa posição levemente inclinada, relaxando a coluna e as pernas, e ainda ajuda no fluxo da circulação sanguínea. O leve balanço ajuda a proporcionar um sono mais tranquilo e reparador, além de, mesmo nas noites quentes de verão, poder sentir um leve frescor. Dar uma relaxada na rede tem raízes profundas na cultura indígena, refletindo não apenas a busca por conforto, mas também uma relação com o ambiente e a natureza. A praticidade, a leveza, a facilidade de transporte e a adaptação a diferentes tipos de terreno tornaram as redes um item indispensável para os povos indígenas, e essa tradição tem sido preservada ao longo dos séculos. Hoje a rede é mais que um legado, é uma forma prática e toda nossa de descansar.

Banho é todo dia!

Se hoje em dia o europeu ainda tem fama de não tomar banho todo dia, imagina 500 anos atrás! Para nós, brasileiros, um banho por dia é o mínimo. Com o calor que tem feito, tem gente que toma banho igual remédio: um ao acordar, outro na hora do almoço e mais um antes de jantar. Imagine você que nosso primeiro monarca, o rei Dom João VI, no período em que esteve no Brasil, de 1808 a 1821, tomou apenas um único banho! E só o fez por recomendação médica, pois estava com alguma pereba ou irritação brava na pele, que só um banho poderia curar. Já o seu filho, o nosso galante imperador Dom Pedro I, logo que chegou no Brasil, se adaptou à vida dos nativos, tomava banhos diários nas praias do Rio de Janeiro e explorava cada centímetro da mata atlântica que cercava a quinta da Boa Vista. O fato é que desde muito antes da chegada dos europeus, os povos originários brasileiros tinham hábitos de higiene como tomar banho todo dia e manter unhas e pelos bem aparados. E muitos dos colonizadores que chegaram na América riam e desdenhavam desses costumes. Ainda bem que, nesse quesito, a gente puxou para os nossos ancestrais indígenas e prezamos por bons hábitos de higiene, e não dispensamos um bom banho, seja de chuveiro, de piscina, de rio ou de mar

Comida.

Certamente uma das heranças mais fortes e presentes dos indígenas até hoje é a culinário e os hábitos alimentares. A alta gastronomia tipicamente brasileira é cada vez mais celebrada no mundo todo, através de chefs renomados como Alex Atala e Thiago Castanho. E mesmo essa gastronomia super requintada e elitista é quase toda baseada em hábitos e conhecimentos que herdamos dos indígenas. A começar pelo uso da mandioca em seus mais diferentes formatos: cozida em pedaços, farinha e em caldo, o famoso tucupi. Além disso, os indígenas sempre foram exímios caçadores e pescadores. E costumavam secar as carnes de peixe ou de caça e misturar com a farinha de mandioca, socando no pilão, produzindo uma paçoca salgada que podia ser guardada por muitos dias e era extremamente nutritiva. Uma tribo na nação Tupi que vivia no nordeste brasileiro, por exemplo, era conhecida como Potiguara, palavra que em tupi significa comedores de camarão. Imagina se eles conhecessem a cervejinha naquele tempo! Mas é real, a nossa relação com a comida, com os bichos e frutas tem muito a ver com a cultura indígena. O peixe assado na folha de bananeira, o pato no tucupi, a paçoca, a farinha de mandioca, as frutas que nos habituamos a comer direto do pé, jabuticaba, caju, pitanga, carambola, manga, goiaba… aliás, nomes esses todos de origem indígena, né? Não dá pra negar, a nossa cozinha é raiz demais!

PT BR, A língua portuguesa é nossa!

Outra grande marca da cultura indígena que está permanentemente atrelada a nós até hoje é a nossa língua. Não é novidade pra ninguém que o português falado em Portugal é bem diferente que o falado aqui. E uma das razões para isso foi a mistura da língua de Camões com as línguas indígenas e africanas. Em especial a língua tupi se mesclou muito ao português, muitas vezes criando um novo vocabulário. Pra começar, temos ainda muitos nomes de lugares que são de origem indígena. Os estados da Paraíba e o Paraná, cidades então, tem centenas, desde Campo dos Goitacazes até Botucatu, passando por Ubatuba, Parati e tantas outras. Só na cidade de São Paulo, o tanto de lugares com nomes indígenas é incrível. Anhangabaú, Jabaquara, Tucuruvi, Tietê, Tatuapé, Itaquera, Guaianases, Ipiranga, Ibirapuera, Butantã… Isso sem falar nas inúmeras palavras que usamos e que tem origem etimológica no tupi. Confira algumas:
Carioca – Do tupi kari’oca, que significa casa (oca) do homem branco (kari).
Pindaíba – Do tupi pinda’ïwa, que significa  pinda (anzol) + ‘ïwa (vara). Essa expressão, indicava que o índio possui apenas uma vara pra pescar, mostrando que ele estaria na miséria, daí o termo “estar na pindaíba”.
Mingau – Do tupi minga’u, quer dizer comida que gruda.
Peteca – Do tupi pe’teka, que indica bater com a palma da mão.
Nhem-nhem-nhem – do tupi “Nhem”, que quer dizer “Falar”. Os portugueses durante o século XVI, ficavam irritados com o falatório dos índios, sem entender o que eles diziam. Assim popularizaram a expressão “Os índios só ficam de nhem nhem nhem.”, significando falatório irritante.
Catupiri – Não. Não é um tipo de queijo. A palavra vem do tupi e significa “ótimo”, “excelente”. Em 1911 uma empresa desenvolveu esse queijo cremoso e adotou Catupiry como marca.
Aipim – Do tupi aipĩ, é algo que nasce ou brota do fundo da terra.
Samambaia – Do tupi çama-mbai, significa algo “trançado de cordas”, e faz referência às raízes da planta.
Moqueca – palavra tupi que quer dizer peixe assado embrulhado em folhas, que geralmente é folha de bananeira ou de caeté.
Paçoca – Do tupi pa’soka ou po-çoc, tem o sentido de esmigalhar o alimento com a mão.
Capenga – Do tupi “akanga”, que é “osso” e “penga”, que significa “quebrado”. Portanto, é algo ou alguém que puxa a perna, é manco.
Inhaca – Em tupi “yakwa” tem o sentido de “odoroso”, alguma coisa que tem o cheiro forte.
Caipira – do Tupi caaipura, sigbnifica de dentro do mato. Nome que os índios do interior de São Paulo deram aos colonizadores.

A gente nem pára pra pensar, aí, quando a gente vê isso tudo até se espanta ao se ligar o quanto a nossa vida está ligada à cultura indígena! Uma cultura milenar, interessantíssima e ainda tão pouco conhecida por termos tão poucos registros históricos. Sem falar que, ainda por cima, tem gente que quer negar aos poucos descendentes diretos desses povos o seu direito a manter essa cultura viva e poder viver e cuidar das terras que são deles por direito! E a Strip Me que além de ter em seus princípios mais básicos o cuidado com a natureza e com os animais, não pode ver uma brasilidade que já sai correndo pra abraçar, faz questão de estampar em suas camisetas esse Brasil moleque, ou melhor, curumim! Confere lá na nossa loja as coleções Tropics, Carnaval e Verão, onde a brasilidade impera! No nosso site você ainda tem à disposição muitas outras coleções e os lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist totalmente dedicada aos índios! Tupi or not Tupi top 10 Tracks.

Para assistir: A Muralha. Série produzida pela Globo e exibida no início do ano 2000, para celebrar os 500 anos do descobrimento. A série é excelente e mostra com relativa fidelidade o início da colonização no litoral paulista, a constante travessia da grande muralha que é a Serra do Mar e a busca dos paulistas por índios para escravizar e de ouro no sertão. Tem na Globoplay e vale a pena demais conferir.

Para ler: Recomendadíssimo o box com 4 livros Coleção Brasilis. Integram o box quatro livros do jornalista Eduardo Bueno sobre a colonização do Brasil. São Eles A Viagem do Descobrimento, Náufragos, Traficantes e Degredados, Capitães do Brasil e A Coroa, a Cruz e a Espada. Todos eles livros deliciosos de se ler, com uma linguagem moderna e fluiída, além de trazer detalhes interessantíssimos sobre esse período tão instigante da nossa história. O box é um lançamento da Editora Sextante.

As 6 obras mais marcantes de Frida Kahlo.

As 6 obras mais marcantes de Frida Kahlo.

Expoente do surrealismo na América e ícone do feminismo, a mexicana Frida Kahlo é uma das mulheres mais importantes do século XX. E a Strip Me está aqui para render homenagens a ela, elencando suas 6 obras mais impactantes.

É muito comum gostar muito da obra de um artista, mas pouco conhecer sua vida pessoal. E, ainda que a vida pessoal desse artista seja controversa, meio torta, também é comum que se separe a obra do artista, ou seja, uma coisa é a pessoa jurídica e outra é a pessoa física. Por exemplo, todo mundo sabe que o Bob Dylan é um ser humano intragável. Arrogante, mau humorado, cheio de manias. Mas ninguém nega a genialidade de sua obra. E tem muitos assim, de Axl Rose a Jack Kerouac. Em situações mais extremas e delicadas, temos casos como o cineasta Woody Allen, cuja obra é maravilhosa, mas as acusações que pesam sobre ele são inaceitáveis. Entretanto, existem casos opostos, em que a vida pessoal e a obra do artista são indissociáveis. Não dá para absorver a obra sem saber da vida do artista. E o maior exemplo desse caso é a genial pintora mexicana Frida Kahlo.

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu no dia 6 de julho de 1907 em Coyoacán, região central da Cidade do México. Quando criança, Frida teve poliomielite, o que a fez ficar anos dentro de casa. Quando adolescente, finalmente começou a sair e fazer amizades, enquanto estudava buscando fazer faculdade de medicina. Porém, aos 18 anos, ela estava dentro de um ônibus que se chocou com um bonde. O acidente foi terrível. Frida fraturou a coluna em três lugares diferentes, além da clavícula e do pé, que foi praticamente triturado. Ela também teve o abdome e o útero perfurados. Ficou meses no hospital e depois em casa, se recuperando. Três anos depois do acidente, Frida se filiou ao Partido Comunista Mexicano, onde conheceu Diego Rivera, o grande amor de sua vida. Os dois se casaram, estabelecendo uma relação intensa, recheada de traições e rompantes de romantismo. Por ter seu útero perfurado no acidente, ela não conseguiu ter filhos, apesar de muito querer. Sofreu 3 abortos espontâneos que a traumatizaram muito. Entusiasta da Revolução Mexicana de 1910, Frida Kahlo se inspirava muito no folclore mexicano e suas cores. Mas, vivendo a maior parte de sua vida numa cama de hospital ou de sua casa, sempre próxima a algum espelho, e convivendo diariamente com a dor e sofrimento, ela pintava muitos autorretratos e também sua família, além de ser comum encontrar em suas obras corpos dilacerados. Frida retratava sua própria existência. E essas são 6 de suas obras mais reveladoras.

As Duas Fridas (1939)

São tantos símbolos, que quase não dá pra contar. Uma representação clara da personalidade confusa da artista. De uma lado, uma usando um vestido pomposo à moda europeia, do outra uma vestida com uma roupa tradicional de uma camponesa mexicana. O quadro foi pintado logo após uma das separações de Frida e Diego, por isso, ambas estão com os corações à mostra e a artéria que une as duas está cortada, representando o rompimento. Ao fundo nuvens carregadas, deixando claro que o clima estava pesado e não dava sinais de melhorar.

A Coluna Partida (1944)

O retrato do sofrimento físico e emocional que a artista viveu por toda sua vida. Após passar por mais de uma cirurgia na coluna, após o fatídico acidente de ônibus, Frida vivenciou muita dor, tendo que usar desconfortáveis coletes e talas para corrigir sua postura. A paisagem seca ao fundo mostra como ela própria se sentia. Em seu corpo, pregos de diferentes tamanhos representam a dor constante que ela sentia, note que o maior de todos os pregos está cravado próximo ao coração. A coluna rachada é auto explicativa, mas o que chama a atenção na obra é o rosto de Frida. Cheio de lágrimas, mas transparecendo uma certa serenidade, como se ela tivesse aceitado que sua vida se resumia àquilo: a dor.

O Veado Ferido (1946)

Mais uma obra em que Frida se apresenta, mas desta vez numa interpretação mais subjetiva e fantasiosa. Ela funde sua cabeça ao corpo de um veado, animal que representa elegância, mas também fragilidade e ingenuidade. O animal segue em movimento, quase flutuando, mesmo ferido por 9 flechas, não por acaso, a maioria delas ao longo da coluna. Em seu rosto, não há sinal de dor, mas sim de apatia e desdém. O tronco em destaque a frente, com o galho quebrado ao chão, pode representar obstáculos  que foram literalmente quebrados, da maneira que puderam.

Autorretrato com Vestido de Veludo (1926)

Frida disse certa vez: “Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que melhor conheço.” Ainda no leito de hospital, quando se recuperava do acidente de ônibus, seus pais adaptaram um cavalete à sua cama e lhe incentivaram a pintar. Também colocaram no quarta vários espelhos, para que ela visse a si mesma por vários ângulos. Assim começou sua prática de pintar autorretratos. Este em questão, foi o primeiro a ser considerado uma obra de qualidade. A escolha das cores fortes, o semblante sério, mas com certa leveza e o fundo com um mar revolto e escuro representa muito da vida da artista.

Frida e Diego Rivera (1931)

O retrato do casal foi feito por Frida em 1931, durante uma viagem que fizeram aos Estados Unidos. Diego Rivera era um pintor de renome, especializado em murais e afrescos. Frida e Diego, na época, estavam casados há pouco mais de um ano, o relacionamento ainda ia bem e ela ainda não era reconhecida como grande artista. Assim, fica evidente na obra que Rivera tem protagonismo, sendo retratado bem maior que a esposa. A pomba acima da cabeça de Frida carrega uma faixa com os dizeres: “Aqui você vê a mim, Frida Kahlo, com meu amado marido Diego Rivera. Pintei este retrato na linda cidade de São Francisco, California, para nosso amigo, o Sr. Albert Bender, no mês de abril do ano de 1931.”.  Albert Bender era amigo do casal, além de mecenas e comerciante de obras de arte.

Autorretrato com um Colar de Espinhos e Beija Flor (1940)

Ainda que Frida seja sempre lembrada como uma artista surrealista, sua obra sempre foi muito realista, baseada em fatos, mas usando de uma estética livre e repleta de cores para expressar tais verdades. Esta é provavelmente a obra mais conhecida de Frida Kahlo. Não à toa uma das mais reveladoras. A começar pelo seu rosto, como sempre com um ar resignado e sério, mas sem demonstrar sentimento. Ela tem um gato de um lado e um macaco do outro de seus ombros. Frida era sabidamente uma admiradora dos animais e tinha gatos e macacos como bichos de estimação. Seu colar de espinhos traz pendurado um beija flor morto. No México o beija flor simboliza sorte no amor. A obra foi pintada logo depois de Frida e Diego se divorciarem, o que explica o beija flor estar morto. Já o colar de espinhos, coloca Frida como uma mulher sofredora como Jesus. Mas ela emula Jesus não como divindade, mas como homem simples do povo, também representando o impacto do cristianismo nas culturas ancestrais mexicanas.

Frida Kahlo é um exemplo a ser seguido por vários motivos. Entre eles, pelo fato de conseguir transformar sentimentos e princípios em arte. Mas não só isso. Também por ser uma mulher de personalidade forte, que conseguiu se impor num mundo majoritariamente masculino como ainda é o mundo das artes. Isso sem falar na sua resiliência e coragem frente a tantos sofrimentos físicos. Por isso, a Strip Me quer mais é celebrar sua vida e obra de todas as maneiras possíveis, tanto em texto como em camisetas lindas e super sofisticadas, que você encontra na coleção de camisetas de arte no nosso site. Lá você também confere as coleções de camisetas de cinema, música, cultura pop, bebidas e muito mais, sem falar nos lançamentos, que pintam na nossa loja toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Segue uma playlist inspirada na Frida Kahlo, que era uma mexicana ativista e revolucionária, só com sons de bandas mexicanas que fazem música de protesto. Viva México y Frida top 10 Tracks.

Para assistir: Altamente recomendado o filme Frida, de 2002, dirigido pela Julie Taymor e protagonizado pela Salma Hayek. Um filme esteticamente lindo que retrata com intensidade a vida tempestuosa de Frida Kahlo.

10 curiosidades sobre a vida de Van Gogh.

10 curiosidades sobre a vida de Van Gogh.

Você conhece o mito, as lendas e, é claro, as obras, mas talvez saiba pouco sobre a vida de Vincent Van Gogh. A Strip Me está aqui pra te contar um pouco mais.

É uma triste verdade. Se tornou um clichê do mundo das artes, um artista ser reconhecido como gênio somente depois de morto. E um dos maiores representantes deste clichê é o pintor holandês Vincent Van Gogh. Na real, Van Gogh é quase uma caricatura, um amontoado de clichês, da persona de um artista. Absurdamente talentoso, visceral, mas inseguro, recluso, perturbado e desesperado por ter a aprovação de qualquer pessoa. Apesar de demonstrar aptidão para as artes desde criança, começou a pintar pra valer já durante a vida adulta, depois de ter passado por diferentes e mundanos empregos comuns. Se apaixonava e era rejeitado com frequência, o que contribuía para uma acentuada depressão. E, é claro, não pode faltar aquele ingrediente essencial aos grandes gênios: o abuso de álcool. Por consequência, uma morte prematura e trágica. Pronto, eis a receita de um típico artista genial.

Mas calma! É lógico que não é pra ninguém levar isso ao pé da letra. Você pode muito bem ser um gênio e ser abstêmio e com uma vida amorosa bem resolvida. E você sair por aí enchendo a cara e se sentindo injustiçado por ter sido o último a ser escolhido no futebol do fim de semana não faz de você um expoente de qualquer coisa. Isso estabelecido, podemos nos debruçar na vida e obra de Van Gogh e tirar dessa história toda algum aprendizado e inspiração. Afinal, nem tudo era talento, houve ali muito estudo e dedicação. A obra de Van Gogh é vasta e muito conhecida. Além disso, super acessível. Em São Paulo, por exemplo, vai estrear no dia 15 de setembro uma exposição imersiva incrível chamada Van Gogh Live 8K, no Shopping Lar Center, na Vila Guilherme. A exposição já passou pelo Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife com muito sucesso. São mais de 250 obras expostas em ambientes com projetores de alta definição e com trilhas sonoras que vão de Bach a Pink Floyd. Bom, as obras você já conhece, agora a Strip Me te mostra um pouco mais sobre a vida deste grande artista.

Autorretrato com Orelha Cortada (1889)

1 Essa família é muito unida…

Van Gogh nasceu em 1853. Foi batizado como Vincent, nome de seu avô. E também o nome de seu irmão mais velho (que morreu logo após o parto) e de seu tio-avô. Ou seja, era um nome comum na família. Uma família de classe média alta e muito ligada ao mundo das artes. O pai de Van Gogh, Theodorus, era pastor protestante, assim como o vovô Vincent também era, e tinha cinco irmãos. Dos cinco, três eram marchands, ou seja, mercadores de obras de arte. Além disso, o tio-avô Vincent era escultor. Portanto se tratava de uma família muito religiosa e também intimamente ligada às artes.Após a morte prematura de seu irmão mais velho, Vincent Van Gogh se tornou o primogênito. Com o tempo, ele ganhou um casal de irmãos: Wil e Theo Van Gogh. Vincent e Theo logo se tornaram amigos inseparáveis. Durante a vida adulta, trocavam cartas com frequência. Muito do que sabemos sobre a vida do artista vem do conteúdo dessa intensa correspondência.

2 Não é fácil ser criança.

Van Gogh era uma criança séria e tímida. O fato de ele ter sido alfabetizado e tido aulas em casa até os dez anos de idade ajudou a moldar essa personalidade. Aos onze anos ele finalmente foi mandado para um colégio. Porém, era um internato. Lá ele se sentia mais do que deslocado, por não saber como socializar com outras crianças, se sentia também abandonado pela sua família. Mas foi na escola que ele começou a desenhar. Lá lecionava um professor excêntrico, que via como secundária a técnica e priorizava a captura das impressões das coisas, em especial a natureza e os objetos comuns, antevendo o que viria a ser o Expressionismo no século XX. Esse professor influenciou muito a maneira como Van Gogh viria a pensar e produzir sua arte. Entretanto, de maneira geral, foi uma infância e adolescência muito dura. Em uma de suas cartas a seu irmão anos depois, ele descreveu sua juventude como “austera, fria e estéril”.

Os Comedores de Batata (1885)

3 Tava ruim, tava bom, agora parece que piorou.

Quando tinha 17 para 18 anos de idade, um de seus tios conseguiu um emprego para Van Gogh numa empresa que comerciava obras de arte e realizava exposições em várias cidades da Europa. De início, ele foi trabalhar na cidade de Haia, mas logo em seguida foi transferido para a filial de Londres. Tudo ia bem e Van Gogh estava feliz da vida. Ele já tinha um salário superior ao de seu pai e morava na principal cidade da Europa economicamente. Mas a alegria não durou muito. Depois de um ano em Londres, ele se apaixonou pela filha do homem que era o senhorio de onde ele morava. A menina não quis nada com ele. Rejeitado, ele entrou numa bad. Na mesma época começou a questionar os critérios da empresa onde trabalha e a maneira como comercializavam obras de arte. Em 1875 ele foi transferido para Paris, numa tentativa de fazer com que ele melhorasse seu humor. Não adiantou e ele acabou sendo demitido um ano depois.

4 Os testes da fé.

Ainda desiludido pela rejeição da filha do senhorio de Londres, Van Gogh se voltou para a religião. Após ser demitido, voltou para a Holanda, na casa de seus pais. Por lá só fazia ler a bíblia e tentava evangelizar pessoas que passavam pela rua. Em 1877, numa tentativa de dar um rumo na vida do filho e incentivar sua fé, os pais de Van Gogh o mandaram para passar uns tempos com o seu tio,  Johannes Stricker, um respeitado teólogo que vivia em Amsterdam. Seu tio o ajudava a estudar para que Van Gogh ingressasse na Universidade de Amsterdam, no curso de teologia. Mas ele não passou nos exames. Desiludido, abandonou a casa de seu tio e se mudou para Laeken, na Bélgica, para entrar numa escola missionária protestante. Porém, também era necessário passar por um exame para entrar naquela escola. E mais uma vez ele foi reprovado.

Os Girassóis (1889)

5 Colocar a mão no fogo por alguém.

Van Gogh volta para a casa de seus pais em 1881, na cidade de Etten, interior da Holanda. É nessa época que ele começa a se dedicar com algum afinco ao desenho e a pintura. Nesse meio tempo, se muda para Etten a jovem Kee Vos-Stricker. Ela era prima de Van Gogh, filha do tio teólogo Johannes. Kee acabara de ficar viúva e se mudou de Amsterdam em busca de novos ares. Van Gogh se encantou pela garota. Eles se tornaram amigos, faziam longas caminhadas conversando sobre a vida. E, é claro, ele se apaixonou por ela. Ao pedi-la em casamento, Van Gogh recebeu um sonoro “Não, nunca e jamais!” como resposta. Ela voltou para Amsterdam. Com a desculpa de tentar vender suas obras recentes, ele foi para Amsterdam atrás dela. Mas Kee não queria mais vê-lo de jeito nenhum. Ele insistia toda noite, batendo na casa da família, e o pai dela o mandava embora. Certa noite, Van Gogh colocou sua mão esquerda sobre uma lamparina e disse ao seu tio: “Ao menos deixem me vê-la pelo tempo que eu puder manter minha mão na chama.” Johannes correu e apagou o fogo. E disse que a vontade de Kee deveria ser respeitada. Além do mais, ele, Johannes, não aprovava tal união pelo simples fato de Van Gogh não ter nenhuma condição de se sustentar financeiramente.

6 Óleo sobre tela.

Nessa mesma época, entre 1881 e 1882, Van Gogh procurou seu primo mais velho, Anton Mauve, um pintor conceituado na Holanda na época. Foi com Mauve que Van Gogh tomou conhecimento das técnicas de pintura sobre tela, usando aquarela e tinta a óleo. Porém, a parceria durou pouco. Os dois se desentenderam por conta da teimosia de Van Gogh, que questionava algumas técnicas de Mauve. Entretanto, apesar da experiência e talento do primo mais velho, Van Gogh estava certo, pelo menos em um aspecto. Quando começou a trabalhar com a tinta a óleo, Van Gogh ficou encantado com a textura do produto e desenvolveu uma técnica que consistia em colocar bastante tinta sobre a tela e ir raspando com uma espátula, formando camadas e dando volume aos traços. Mauve não gostava muito do resultado. Achava grosseiro e um desperdício de tinta. E estava claramente equivocado.

Terraço do Café À Noite (1888)

7 Café com pão.

Depois dos desentendimentos com Mauve, Van Gogh estava decidido a investir na carreira de artista. Mudou-se para Nuenem, no sul do Holanda, uma região rural, muito tranquila, onde começou a trabalhar retratando compos de plantação e trabalhadores da lavoura. Eram obras sombrias, quase sem vida, sempre feita numa paleta de cores terrosas e escuras. Seu irmão, Theo, passou a bancar Van Gogh e tentava vender suas obras pela região, indo de Haia até Paris. Entretanto, estava na moda o impressionismo de Monet e Renoir, com muitas cores. Em novembro de 1885 Van Gogh se muda para a Antuérpia, vivendo uma vida miserável. O dinheiro que recebia de seu irmão, Van Gogh gastava essencialmente em materiais de pintura e vivia sob uma dieta diária de pão, café e tabaco. Por outro lado, na Antuérpia, uma cidade grande, com muitos museus, ele passou a se aprofundar nos estudos da teoria das cores, estudando as obras de Peter Paul Rubens, ampliando sua paleta para incluir carmim, azul-cobalto e verde-esmeralda. Van Gogh também se encantou nessa época pelas xilogravuras ukiyo-e japonesas, como a famosa Onda de Kanagawa, passando a acrescentar em suas pinturas elementos dessa estética.

8 A patota de Paris.

Agregando novas cores e técnicas, Van Gogh evoluiu muito e suas obras começaram a ser reconhecidas. Após uma bem sucedida exposição de algumas de suas obras em Haia, ele resolve se mudar para Paris com seu irmão Theo em 1886. Na capital francesa, Van Gogh conseguiu um espaço para trabalhar no ateliê de Fernand Cormon. Logo se enturmou com outros artistas, que se reuniam na loja de produtos para pintura de Julien Tanguy. Ali se reuniam Van Gogh,  Émile Bernard, Louis Anquetin, Henri de Toulouse-Lautrec, além, é claro, de Paul Gauguin, que se tornaria amigo muito próximo de Van Gogh. Paris consumiu muito de Van Gogh. O ambiente boêmio, os amigos artistas e sua intensidade natural fazia ele beber compulsivamente. Mesmo assim, foi uma fase muito produtiva. Ele morou em Paris de 1886 a 1888. Nesse período, produziu mais de 200 telas.

A Noite Estrelada (1889)

9 Tá tudo muito bom. Mas e a história da orelha?

A gente sabe que o principal motivo pelo qual você se dedicou a ler este texto é para saber um pouco mais sobre a famosa história de Van Gogh ter decepado sua orelha esquerda. Portanto, é chegada a hora. Van Gogh foi embora de Paris e se estabeleceu em Arles, cidade no litoral sul da França, banhada pelo Mediterrâneo. O clima litorâneo fez muito bem ao artista. Foi lá que ele concebeu algumas de suas obras mais famosas, como a A Cadeira de Van Gogh, Noite Estrelada Sobre o Ródano, Quarto em Arles e Natureza Morta: Vaso com Doze Girassóis. Foi então que o amigo Gauguin aceitou ir visitar-lo e passar uma temporada morando com Van Gogh. Nos primeiros dias, tudo bem. Mas a situação foi pesando à medida que os dois se tornavam mais íntimos. Van Gogh inseguro, querendo aprovação a todo momento e teimoso, enquanto Gauguin era arrogante e dominador. Pra piorar, seguem-se alguns dias de chuva ininterruptos, que os impedem de sair de casa. Até que, após uma discussão acalorada, Gauguin vai embora. Os dois discutem mais na rua, enquanto Gauguin ruma para um hotel. Segundo seu próprio relato ao irmão, Van Gogh volta para casa desesperado e ouvindo vozes. Impulsivamente corta a orelha esquerda e logo desmaia por conta do forte sangramento. Mas antes de perder os sentidos, enrolou a orelha num papel e enviou o pacote para Gabrielle Berlatier, criada de um bordel que ele frequentou com o amigo por aqueles dias. Ela foi até a polícia, que encontrou Van Gogh desmaiado em casa e o levou para o hospital. O caso foi considerado pelos médicos como um surto psicótico. Depois disso, Gauguin nunca mais falou com Van Gogh. Episódios como a mão na lamparina e esse da orelha, além dos excessos de álcool deixavam claro que Van Gogh precisava de cuidados psiquiátricos.

10 O disparo da morte.

Em 1889 Van Gogh foi internado num hospício em Santo Rémy. Foi lá que ele pintou o clássico A Noite Estrelada, uma visão noturna da janela de seu quarto no hospício. Em maio de 1890 recebeu alta. Mas estava muito debilitado, ainda sofrendo de uma depressão aguda. Se mudou para a bucólica cidade de Auvers-sur-Oise, próxima a Paris. Lá viveu solitário seus últimos dias. No dia 25 de junho de 1890 ele estava num campo de trigo próximo de onde morava, fazendo esboços para pintar a paisagem. Eis que ele tira do bolso do casaco um revólver e atira contra o próprio peito. O tiro não o matou de imediato, ele se levantou e caminhou até o hospital. Morreu aproximadamente 30 horas depois do disparo, no dia 27 de junho, por conta de uma hemorragia interna e falência dos órgãos. Van Gogh demorou para morrer. Mais ainda demorou para ele ser reconhecido. Somente dez anos depois, ele seria reverenciado como grande gênio e considerado o pai do movimento expressionista de Munch e Kandinsky.

Tá aí. Vida de artista não é nada fácil. É sofrida e cheia de perrengues, pra no fim ainda morrer sem ter seu valor reconhecido. Mas, como diz o ditado, antes tarde do que nunca. Então estamos aqui para celebrar a vida e obra de Vincent van Gogh, o colocando no lugar que merece: no panteão dos grandes gênios da pintura de todos os tempos. E a Strip Me tem várias camisetas incríveis homenageando este grande mestre nas coleções de camisetas de arte e cultura pop. Dá uma olhada na nossa loja para conferir estas e outras estampas, como as coleções de camisetas de cinema, música, games, vida digital, bebidas e muitas outras. No nosso site você também fica por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist derretendo de tanta psicodelia e músicas viajandonas, ideais para se ouvir enquanto aprecia algumas obras do Van Gogh. Para ver Van Gogh top 10 tracks.

Para assistir: Vale conferir o filme de 2018 At Eternity’s Gate, dirigido por Julian Schnabel e com Willen Dafoe no papel de Van Gogh mandando muito bem. Um filme muitíssimo bem dirigido, com uma plasticidade linda e excelentes atuações, além de um roteiro muito bem amarrado. Retrata o florescer do talento de Van Gogh, sua amizade com Gauguin e sua internação.

Para ler: Claro que a gente podia recomendar aqui alguma biografia e tal… Mas não resistimos a recomendar a leitura saborosíssima de um dos melhores escritores que o Brasil já teve! O gaúcho Moacyr Scliar foi um brilhante contista e um de seus livros mais célebres é a coletânea de contos A Orelha de Van Gogh, que é também o título de um dos contos do livro. No conto em questão um comerciante esperto afirma ter num pote a orelha cortada de Van Gogh. Olha, é leitura obrigatória e diversão garantida. Ah, sim, o livro foi lançado em 1989 e está em catálogo até hoje pela editora Companhia das Letras.

6 obras reveladoras de Roy Lichtenstein.

6 obras reveladoras de Roy Lichtenstein.

Em outubro deste ano Roy Lichtenstein completaria 100 anos de idade. Para celebrar, a Strip Me dá uma geral nas obras mais impactantes do artista.

Não tem nada que represente melhor o século XX do que a Pop Art. Um movimento artístico que personificou todas as grandes mudanças da sociedade desde a Revolução industrial até o pós Segunda Guerra e a cristalização do American Way of Life. Neste cenário, Roy Lichtenstein teve um protagonismo indiscutível, moldando uma estética absolutamente antropofágica, se fazendo valer de elementos da publicidade e das histórias em quadrinhos para compor obras de arte questionadoras e satíricas. Lichtenstein era o tipo de artista low profile. Não era um cara excêntrico, chegado a excessos ou com uma vida pessoal conturbada. Mas isso não o impediu de fazer parte do movimento Pop Art e conviver com artistas como Andy Warhol, que além de ser igualmente genial, era quase uma caricatura de um artista excêntrico e visceral.

Roy Lichtenstein. 1963

Roy Lichtenstein nasceu no dia 27 de outubro de 1923. Neste ano ele completaria 100 anos, se vivo. Para além de sua vida artística, Lichtenstein nasceu em New York, teve uma boa educação, serviu o exército e lutou na Segunda Guerra Mundial, se casou, teve filhos, foi professor de arte em universidade e faleceu no dia 29 de setembro de 1997, aos 73 anos, vítima de complicações de uma pneumonia. Para celebrar os 100 anos deste grande gênio, a Strip Me dá uma geral na obras mais importantes de sua carreira, que por si só, contam a história da Pop Art.

1 Nota de Dez Dólares. 1956.

Foi a primeira obre de Lichtenstein a ganhar notoriedade. Muito influenciado pelo cubismo de Picasso, o artista fez uma bem humorada e desconstruída caricatura de uma nota de dez dólares. Feita com a técnica de litografia, esta é considerada uma das primeiras obras de Pop Art. Apesar de sua estética cubista, a obra usa um ícone da sociedade (uma cédula de dinheiro) sendo reinterpretada.

2 Whaam! 1963

Foi nos anos 60 que Lichtenstein encontrou sua forma mais expressiva e original, ao utilizar a linguagem e estética das histórias em quadrinhos para expressar suas ideias. Trata-se de um desenho retirado de uma história em quadrinhos de guerra. A obra é um díptico, ou seja o desenho está dividido em dois painéis que funcionam separados, mas também se completam, tipo aquelas dobradinhas da Mad (referência de velho). Whaam! é uma obra emblemática por ter tantos significados intrínsecos, ainda que o próprio Lichtenstein nunca tenha se pronunciado explicitamente explicando o significado da obra. Mas, na época, os Estados Unidos começavam a mandar soldados para o Vietnã. Lichtenstein fazia retratos realistas de um mundo irreal. Neste caso, o mundo da fantasia ecoa na vida real.

3 Oh, Jeff…I Love You Too…But… 1964

Refinando cada vez mais sua técnica e linguagem, Lichtenstein Passou a reproduzir deliberadamente desenhos retirados de histórias em quadrinhos, mas imprimindo mais dramaticidade e sentimento ao desenho original, tido como ordinário. Nesta obra, especificamente, isso fica evidente. As cores são realçadas, há o uso do pontilhismo e o desenho é propositalmente recortado. Um close no rosto da mulher, mesmo eliminando parte da cabeça, e a bolha da fala comprimida e cortada na lateral direita. Essa concentração aumenta o sentimento de tensão e denuncia o melodrama presente na situação.

4 Natureza Morta com Peixe Dourado. 1974

Durante a década de 1970, Lichtenstein diversificou seu estilo, indo além das cores primárias e histórias em quadrinhos. Passou a criar composições sobrepondo, fragmentando e recompondo imagens. Misturou suas técnicas imortalizadas na Pop Art com movimentos que ele admirava como o cubismo e o surrealismo. Assim, suas obras passaram a ter uma estética mais surrealista, mas sem perder a verve Pop Art. Esta é um das obras que melhor retrata esta fase.

5 O Chefe de Barcelona, 1992

El Cap de Barcelona foi a primeira empreitada do artista usando cerâmica para moldar uma escultura ao ar livre. A obra foi uma encomenda do governo catalão para decorar a cidade, que naquele ano, 1992, era sede das Olimpíadas. A obra está no centro de Barcelona, mede aproximadamente 20 metros de altura e é um retrato surrealista de um rosto de mulher. Uma obra imponente e linda, como é a cidade de Barcelona.

6 Two Nudes, 1994

No fim da vida, Lichtenstein decidiu abordar uma dos mais antigos gêneros da pintura, abordado profusamente em todos os movimentos artísticos ao longo da história: o nu. Para isso, ele acabou por voltar às suas origens da Pop Art usando a linguagem e estética dos quadrinhos, enfatizando suas técnicas como o pontilhismo, contornos fortes e cores vibrantes. Esta é a primeira de uma série de nove serigrafias feitas pelo artista, onde personagens dos quadrinhos são propositalmente retratadas de maneira provocante, como objetos genéricos de prazer.

Pois é. A Pop Art é sedutora, contemporânea, estimulante e libertária. E a obra de Roy Lichtenstein escancara todos esses elementos, além de trazer consigo um imenso repertório de cultura pop que não dispensa ruídos e exageros com suas cores vibrantes e contrastes. Mais que uma influência, a obra de Lichtenstein é inspiradora e fundamental para a Strip Me. Isso fica evidente não só na nossa coleção de camisetas de arte, mas em todas as outras coleções, como a de música, cinema, cultura pop, games, bebidas, vida digital… a Pop Art está em toda parte na Strip Me. Confere lá no nosso site e aproveita pra ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Já que muito da obra de Lichtenstein é inspirada em histórias em quadrinhos, apresentamos hoje uma playlist com 10 canções que fazem referência direta a personagens e HQs em geral. Comic Book Top 10 Tracks.

Para assistir: Tem disponível no Youtube, de graça, um documentário feito em 1991, chamado simplesmente Roy Lichtenstein. Dirigido por Chris Hunt, o doc conta com várias entrevistas interessantes, com artistas e críticos de arte, incluindo o próprio Lichtenstein. O filme está completo no Youtube, mas não tem legendas em português. Mas vale a pena dar uma treinada no inglês para assisti-lo.

O mistério irresistível! – 8 Curiosidades sobre a Mona Lisa

O mistério irresistível! – 8 Curiosidades sobre a Mona Lisa

Ícone da cultura pop contemporânea, a Mona Lisa já tem 520 anos e segue despertando o nosso interesse. A Strip Me apresenta, portanto, 8 curiosidades sobre essa obra prima!

Poucos temas são tão polêmicos e fascinantes quanto a exaltação do belo. Isso no universo das artes plásticas, é claro. Afinal, todo mundo sabe que o Belo nunca fez parte do Exalta, então, não há o que se polemizar a respeito. Piadocas à parte, a beleza dentro das artes sempre foi uma espécie de paradoxo. Afinal, nem toda obra prima é necessariamente bela, e nem toda obra que apresenta muita beleza é necessariamente genial. Um dos exemplos mais completos deste paradoxo é a mundialmente famosa Mona Lisa, a obra mais conhecida do gênio Leonardo Da Vinci.

A Mona Lisa, também conhecida como “La Gioconda”, é uma das obras de arte mais enigmáticas e icônicas da história. Um dos maiores símbolos do Renascimento, a pintura é um exemplo magistral da habilidade de Da Vinci em capturar expressões humanas e sua maestria no uso da técnica sfumato.  A mulher retratada na tela não é lindíssima, mas tem um charme inexplicável. Ou seja, não é uma obra bela no sentido mais óbvio da palavra, mas é genial e inigualável por ser tão cativante e sedutora. Além disso, é considerada um tesouro nacional francês, apesar de sua origem italiana. A Mona Lisa tem seu lar no Louvre, em Paris, onde recebe milhares de visitantes curiosos todos os anos.

São tantas as histórias, lendas e teorias que rondam a Mona Lisa, que hoje a Strip Me apresenta 8 curiosidades muito interessantes sobre este que talvez seja o maior ícone da arte mundial de todos os tempos. Confere aí!

1- Nos tempos de Mona Lisa.
Francesco de Giocondo, um dos mais ricos mercadores de Florença, encomendou a Da Vinci um retrato de sua esposa, Lisa, em 1503. Logo o artista começou a trabalhar no retrato, mas seu perfeccionismo e a timidez e relutância da jovem para posar fez com que a obra ficasse pronta somente em 1506. A roupa retratada na Mona Lisa é uma das marcas da má vontade de Lisa para posar. Na época, era comum que os retratados vestissem suas melhores e mais pomposas roupas para posar para um quadro, mas a vestimenta da Mona Lisa, apesar de super atual para a moda da época, era muito sóbria. Outra marca disso é justamente o sorriso.

2 – O sorriso de Mona Lisa.
O famoso sorriso da Mona Lisa é motivo de especulação há séculos. Especula-se até que a expressão enigmática poderia ser devido a uma condição dental, como abscesso ou desgaste dentário. Um teoria fraca, tendo em vista que numa época tão insalubre, pouca gente devia ter uma dentição admirável. Mais fácil crer que a jovem Lisa não queria estar ali posando para Da Vinci e, como uma boa jovem, não conseguia esconder seu descontentamento ao fazer algo que não queria. Vale lembrar que, como era padrão na época, Lisa tinha 15 anos de idade quando se casou com Francesco. Quando posou para Da Vinci tinha por volta de 20 anos de idade. Ainda bem que Da Vinci acabou usando essa birra a seu favor, pintando um sorriso digno de Esfinge.

03 – De mão em mão.
A obra ficou pronta em 1506, mas não foi entregue à família Giocondo, porque Da Vinci já estava há meses trabalhado na obra sem ser pago. Assim, guardou o quadro para si. Em 1517 Da Vinci é contratado pelo rei da França, Francisco I, para ser artista da corte. Ele se muda então para Paris e leva consigo a Mona Lisa. Lá, o rei fica fascinado pela pintura e decide compra-la. Desde então, ela passou a fazer parte do acervo real francês. Depois de passar por vários palácios, como o de Versalhes e de Fontainebleau, Mona Lisa finalmente encontrou seu lugar no Museu do Louvre em 1797. Durante seu reinado, Napoleão Bonaparte ficou tão encantado com a Mona Lisa que decidiu tê-la em seu quarto particular. Mas não conseguiu permissão da diretoria do Louvre para tal e teve que se contentar com uma fidelíssima réplica.

Vicenzo Peruggia, o ladrão da Mona Lisa.

04 – O roubo de Mona Lisa.
Essa é uma história maravilhosa! No começo do século XX, trabalhava no Louvre um camarada chamado Vincenzo Peruggia, um italiano, que morava em Paris já há muitos anos. Ele era um pintor que trabalhava em restaurações no museu. No dia 21 de agosto de 1911, ele aproveitou que o museu estava fechado e conhecia bem as falhas da segurança, e simplesmente tirou a Mona Lisa da parede, jogou seu casaco por cima e foi pra casa. Por 28 meses, a obra permaneceu embaixo da cama de Peruggia, até que ele conseguiu um contato na Itália com o florentino Alfredo Geri, dono de uma galeria de arte. Peruggia afirmava que roubara a Mona Lisa porque ela deveria estar exposta na Itália, já que Da Vinci, e a própria Lisa Giocondo, eram italianos. (Nós, brasileiros, vendo o Abaporu num museu em Buenos Aires, te entendemos bem, Vicenzo…) Mas quando Alfredo Geri se ligou que estava diante da autêntica Mona Lisa, e não uma cópia, chamou a polícia no ato. Peruggia foi preso e, como retribuição, antes de voltar ao Louvre, foi permitido que a Mona Lisa fosse exposta algumas semanas na Galeria Uffizi, da qual Geri era o proprietário. Detalhe: antes de Peruggia ser capturado, durante a investigação, a polícia francesa tinha como um dos suspeitos pelo roubo ninguém menos que Pablo Picasso! Isso porque ele e seu amigo Guillaume Apollinaire viviam dizendo pelos cafés de Paris que todas as obras primas dos museus deviam ser destruídas, para dar lugar à arte moderna.

05 – Mona Lisa sob ataque.
1956 não foi um ano fácil para Mona Lisa. Primeiro, no começo do ano, um homem conseguiu jogar uma quantidade de ácido, que danificou a parte inferior da pintura, resultando em uma pequena marca perto do cotovelo direito da Mona Lisa. Mas a restauração foi rápida e bem sucedida. Porém, poucos meses depois, outro homem conseguiu atirar uma pedra na obra, que danificou o canto inferior direito. Justamente para não estimular novos ataques, estes casos foram muito pouco divulgados. Então, não se sabe quais foram as motivações dos ataques. Mas isso não impediu que novos atentados acontecessem. A pobre Mona Lisa já sofreu ataques de xícaras de café, bolo e tinta spray. Mas ela segue firme e forte, com seu sorrisinho sarcástico, e cada vez mais bem protegida, no Louvre.

06 – Será que ela é?
Uma das teorias mais antigas e persistentes relacionadas à obra é sobre a identidade da figura retratada na pintura. Enquanto a maioria dos especialistas concorda que é Lisa Gherardini, esposa de Francesco de Giocondo, há teorias alternativas que sugerem que a pessoa retratada pode ser uma amante secreta de Leonardo da Vinci, o que explicaria o ar de mistério que paira sobre a obra. Outra teoria, essa até mais ventilada por aí, diz que a Mona Lisa se trata de uma versão feminina do próprio artista. Sabidamente, Da Vinci era bissexual e curtia ter relações com homens. Décadas atrás, numa época em que a homossexualidade era vista com muito mais ódio e incompreensão, muita gente vinculou a aura de mistério da obra ao fato de Da Vinci estar representando ali, secretamente, seus desejos homossexuais e femininos que seriam supostamente reprimidos. Balela! Até porque, Da Vinci era um cara pra frente e bem resolvido, e não negava e nem escondia de ninguém seus desejos carnais. Tá certo ele!

07 – Códigos secretos.
Teoria da conspiração é o que não falta em torno da Mona Lisa. Desde a sua identidade, até supostos códigos secretos que Da Vinci teria escondido na obra, inclusive símbolos ligados à maçonaria. Mas nada disso é verdade. A real é que Da Vinci era um observador silencioso que escrevia para si mesmo, e não gostava de explicar suas obras para os outros. Isso consequentemente gerava, e ainda gera, especulações e interpretações das mais inusitadas. A principal razão pela qual Da Vinci não se daria ao trabalho de entupir a Mona Lisa de mensagem cifradas e subliminares é que a pintura não passava de um job para um cliente, um quadro que ia ficar na sala da família. No fim das contas, ele não foi pago, o quadro ficou com ele e deu no que deu.

08 – Fibonacci Style.
A história dos números da sequência Fibonacci, sua materialização gráfica e do homem por trás dessa teoria toda você já conhece, nós já te contamos aqui no blog. Para relembrar, clica aqui. Bom, o fato é que Mona Lisa é um dos principais exemplos da aplicação da sequência Fibonacci para estabelecer o que é sublime dentro da arte. A sequência pode ser aplicada em pelo menos quatro maneiras na obra, e em todas o resultado é o mesmo, encaixe perfeito. Enfim, só mais uma confirmação da genializade e maestria de Leonardo Da Vinci.

A Mona Lisa é pop, e não é à toa! Ela está presente na cultura pop, sendo referenciada em filmes, músicas e livros. Além disso, inspirou inúmeras paródias ao longo dos anos, com artistas recriando a pintura em estilos diversos, fazendo girar a boa e velha roda da antropofagia da arte! Coisa que aqui na Strip Me a gente considera ouro! Por isso, ela também está entre as maiores referências nas nossas camisetas de arte! Dá uma conferida lá no nosso site. Por lá você também encontra camisetas de cinema, música, cultura pop e muito mais, além dos lançamentos que pipocam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com músicas que são como o sorriso de Mona Lisa: são intrigantes, até esquisitas, mas irresistíveis! Mona Lisa Smile Top 10 tracks.

Para assistir e para ler: É clichê, e muita gente considera uma bobagem. Mas tanto o livro quanto o filme O Código Da Vinci são muito legais e vale a pena serem consumidos! Claro, o livro é bem melhor que o filme. Mas o filme é um baita entretenimento também. Realmente é uma bobagem, sem nenhum embasamento histórico factual. Mas é divertido!

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