Foo Fighters One by One: Todos os discos, do pior ao melhor!

Foo Fighters One by One: Todos os discos, do pior ao melhor!

O queridão Dave Grohl e sua turma tocam no Brasil neste fim de semana. Para esquentar os motores para os shows, a Strip Me deu uma geral na discografia da banda.

É realmente incrível que os Foo Fighters estejam em turnê depois de tanta coisa. Nós, brasileiros, lembramos muito bem de março do ano passado, quando fomos surpreendidos com o cancelamento do show da banda no Lollapalooza, por conta da morte de Taylor Hawkins. Em agosto do mesmo ano, a mãe de Dave Grohl também faleceu, deixando o vocalista despedaçado. Com tanta tragédia, era de se esperar que a banda, ainda que não encerrasse oficialmente suas atividades, pelo menos embarcasse num hiato por um período de tempo. Mas qual o quê! Após poucos meses de luto, os Foos se juntaram em estúdio com um novo baterista, o competente Josh Freese, e conceberam, simplesmente, um dos melhores discos de 2023, o excelente But Here We Are. O disco saiu em junho deste ano e a banda já está em turnê mundo afora. Eles tocam no Brasil no dia 7 de setembro em Curitiba e no dia 9 em São Paulo, como atração do festival The Town.

Para se preparar para os shows, nada melhor do que dar uma geral na carreira da banda e ouvir alguns discos. Por isso, a Strip Me realizou a quase hercúlea tarefa de selecionar todos os discos dos Foo Fighters do pior ao melhor. Então confere aí como ficou essa lista. Ah, sim, estão inclusos aqui somente os 11 discos de estúdio, com canções inéditas. Discos ao vivo e coletâneas não entraram.

11 Concrete and Gold (2017)

No final de 2015 os Foo Fighters lançaram um EP chamado Saint Cecilia, com 5 canções. O lançamento foi feito em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de Paris, em novembro daquele ano. Com o EP. Dave Grohl divulgou uma carta aberta, que dava a entender que a banda poderia encerrar as atividades, mas que um novo disco seria feito antes. Este disco é Concrete and Gold. Sem dúvida o disco menos inspirado dos Foo Fighters, apesar das boas influências que ele carrega. Dave Grohl parece ter entrado no estúdio com o Álbum Branco dos Beatles embaixo do braço. Mais do que isso, Paul McCartney em pessoa participa do disco. Talvez a sanha de misturar essas influências sessentistas com o rock de arena da banda tenha feito Dave Grohl escrever boas canções, mas sem aquele brilho que faz o parquinho pegar fogo. É um disco morno. A maior prova de que a banda estava desmotivada e sem vontade de trabalhar pra valer é que subutilizaram a presença de Paul McCartney, o colocando para tocar bateria em uma das faixas, e nada mais!

10 Sonic Highways (2014)

Em 2012 Dave Grohl disse que os Foo Fighters fariam uma pausa por tempo indeterminado, para descansar, depois de anos ininterruptos de turnês intermináveis. Mas, como tem gente que gosta de descansar carregando pedra, Grohl pegou esse tempo livre e concebeu o ótimo documentário Sound City. Em meados de 2013 já rolava um zum zum zum de que a banda estava em estúdio produzindo material novo. Em dezembro, Grohl confirmou os boatos e disse que o disco já tinha nome, Sonic Highways, e que seria feito de uma maneira muito diferente. De fato, o disco foi gravado na estrada, cada música gravada numa cidade diferente com algum convidado local e com um contexto. A ideia é realmente ótima. Mas nem sempre uma boa idéia acaba sendo bem realizada. O disco é irregular e sem inspiração nenhuma. Sabe quando a gente vê na tv aqueles reality shows de culinária e alguém faz um prato lindo, cheio de conceito, mas que quando os jurados provam, não tem gosto de nada? Então. É isso. Sonic Highways é um um prato lindo e cheio de conceito, mas sem nenhum tompêro.

9 In Your Honor (2005)

Apesar de Dave Grohl parecer um cara simples, sem afetações, hábitos excêntricos ou vaidade, ele certamente tem alguns arroubos de megalomania em se tratando de música. In Your Honor foi o primeiro deles. Depois de passar meses compondo ao violão em sua casa, Grohl decidiu que o próximo disco dos Foos seria um disco duplo, onde um disco conteria somente músicas agitadas e cheias de distorção e outro somente com faixas acústicas. Além disso, o vocalista acabara de construir em sua casa, em LA, um estúdio profissional. Foi lá que a banda gravou todo o disco, e também a banda assina a produção da obra. É complicado dizer que o disco que entrega Best of You é um dos mais fracos da banda. Mas é a mais pura verdade. A real é que o disco plugado é bem bom e traz os destaques do álbum como um todo. Best of You, DOA e No Way Back são ótimas músicas. Do acústico, salvam-se ali Friend of a Friend e Miracle. O fato é que se condensassem os dois discos num só, teríamos um álbum muito bom. Mas acaba ficando pra trás por ser um disco longo e cansativo, com uma ou outra pérola no caminho.

8 Medicine of Midnight (2021)

Apesar da recepção fria de Concrete and Gold por parte de crítica e público em 2017, a banda se lançou em suas costumeiras turnês mundiais e tudo estava bem. Em 2019 Grohl já acumulava uma boa quantidade de músicas novas e a banda começou a produzir o disco no fim daquele ano. Era para o disco sair no início de 2020. E aqui entra aquela frase, a mais dita na década atual: Mas aí veio a pandemia, né? Por fim, o disco foi lançado em fevereiro de 2021 e foi uma grata surpresa! A banda que vinha desacreditada, depois de dois discos fracos, ressurgiu com um disco moderno, inspirado e divertido de se ouvir, sem perder a mão do bom, velho e sujo rock n` roll. O disco equilibra bem as guitarras saturadas com batidas e ritmos inspirados, com Taylor Hawkins em seu auge como baterista. O disco emula um som oitentista, mas sem soar datado. Em vários momentos lembra Bowie na fase Let`s Dance/Scary Monsters. Um disco revigorante para uma banda que estava se perdendo dentro de si mesma.

7 Echoes, Silence, Patience and Grace. (2007)

Lá em 1997, depois de uma exaustiva turnê, Pat Smear, guitarrista que acompanhava Grohl em empreitadas musicais desde os tempos do Nirvana, resolveu deixar os Foo Fighters, alegando esgotamento. Em 2005, durante a turnê de In Your Honor, Pat Smear fez algumas participações com a banda, mas ainda receoso de voltar definitivamente. Ainda sem Smear de volta, mas vira e mexe tocando em alguns shows, a banda lança o ao vivo Skin and Bones em 2006 e se recolhe para compor material novo. Para alavancar o disco,. Grohl convidou o produtor Gil Norton, responsável pelo clássico The Colour and the Shape e Pat Smear para gravar uma canção. Echoes, Silence, Patience and Grace foi recebido com entusiasmo. Emplacou 3 singles no primeiro lugar da Billboard e trouxe de volta um Foo Fighters direto e cheio de energia, com grandes canções como The Pretender, Long Road to Ruin e Let it Die. É um disco que só não está mais perto do top 5 porque acaba tendo algumas canções sem graça, que tornam o disco um pouco cansativo do meio para o fim. É o caso da balada insossa Stranger Things Have Happened e da dispensável instrumental Ballad of the Beaconsfield Miners.

6 But Here We Are (2023)

Como foi dito no início, é fantástico que depois de tanta tragédia, em especial para Dave Grohl, a banda esteja tão afiada, e tenha concebido um disco tão brilhante. Mas, na real, é aquela coisa, a dor foi transformada em música. A faixa título do disco diz tudo. “Você está pronto agora? Dor. Separação. Reverência. De braços dados, estamos para sempre. Eu te dei meu coração. Mas aqui estamos nós.” Acontece que, além dessa carga dramática toda transformada em arte, Dave Grohl foi capaz de revisitar praticamente todas as fases da banda, em especial as mais prolíficas. Show me How e Under You poderiam facilmente figurar entre o repertório de There`s Nothing Left to Lose. Rescued poderia estar no The Colour and the Shape. But Here We Are é um disco coeso, empolgante e inspirador! Só não entrou no top 5 porque… porra, porque daqui pra frente é só disco muito f#d@!

5 One by One (2002)

One by One é o terceiro disco da banda. Foi concebido em meio a muita treta e insegurança. O disco anterior, There`s Nothing Left to Lose tinha ido super bem, rolou uma mega turnê bem sucedida… mas quando a banda parou para compor novas canções o clima não foi dos melhores. Discussões começaram a pintar entre os músicos quanto a que rumo tomar com o novo disco, estavam inseguros com relação a qualidade das novas músicas… E, numa hora de crise, Dave Grohl fez o que qualquer um faria: Deixou tudo de lado e foi tocar bateria com outra banda. Grohl assumiu temporariamente as baquetas do Queens of the Stone Age e, com eles, gravou o disco Songs for the Deaf e saiu em turnê com a banda no primeiro semestre de 2002. No segundo semestre, os Foo Fighters estavam escalados para tocar em alguns festivais. Mas o clima estava péssimo, e a banda em voltas de terminar. Porém, os shows que fizeram foram muito empolgantes, a banda se reconectou e foi todo mundo para Alexandria, cidade do estado de Washington onde Grohl morava, e gravaram ali o One By One. E é um petardo. O disco já abre com All My Life. Depois seguem Times Like These, Tired of You, Halo, Burn Away e muitas outras. Um disco sensacional! Talvez um pouco longo (15 canções). Mas ainda assim, um disco muitíssimo acima da média.

4 Foo Fighters (1995)

O primeiro disco dos Foo Fighters é um disco solo do Dave Grohl. Ele só batizou a obra como Foo Fighters porque não queria que o disco ficasse conhecido como “o disco do cara do Nirvana”. Funcionou. O disco foi gravado em outubro de 1994, seis meses depois de Kurt Cobain cometer suicídio. Após a morte de Cobain, Dave Grohl cogitou abandonar a vida de músico. Mas acabou encontrando na música uma forma de se curar. Ele já vinha compondo algumas músicas desde 1991, 1992, quando morou com Kurt compôs músicas como Marigold, que chegou a ser gravada pelo Nirvana. Depois de gravar e batizar a compilação de músicas simplesmente como Foo Fighters, Grohl saiu distribuindo cópias. Quando viu que todo mundo curtiu e tinha até uma gravadora interessada, recrutou Nate Mendel e William Goldsmith, baixista e baterista da banda Sunny Day Real Estate, e Pat Smear, seu parceiro no Nirvana, e colocou a banda na estrada para divulgar o disco. Assim surgiu Foo Fighters como banda propriamente dita. Ah, sim, e o disco é ótimo, assim como em But Here We Are quase trinta anos depois, Grohl transformou sofrimento em grandes canções. Destaque para Big Me, This is a Call, Alone + Easy Target e I`ll Stick Around. É um disco com grandes canções, mas sem muito equilíbrio. Mas Dave Grohl só estava começando a moldar sua inigualável fórmula para unir barulho e melodia.

3 Wasting Light (2011)

Em 2009 os Foo Fighters encerraram a turnê do disco Echoes, Silence, Patience and Grace e resolveram tirar uns meses de férias. Mais uma vez, Dave Grohl foi descansar carregando pedra e montou a banda Them Crooked Vultures, uma superbanda na real, já que contava com Grohl na bateria, Josh Homme, do Queens of the Stone Age, na guitarra e ninguém menos que John Paul Jones, ex baixista do Led Zeppelin! A banda passou o ano fazendo shows e gravou um ótimo disco. Com todo mundo descansado e cheio de energia, os Foo Fighters voltam a se reunir em 2010 e Pat Smear é oficialmente reintegrado à banda. E os planos eram promissores. O novo disco seria gravado na garagem da casa de Dave Grohl, usando somente equipamentos analógicos e tendo como produtor Butch Vig, o cara que produziu o Nevermind, o clássico do Nirvana. Tudo conspirou e o disco é sensacional! Pesado, com boas melodias e algumas canções memoráveis. A cereja no bolo para os fãs mais antigos de Dave Grohl foi a participação de Krist Novoselic no disco. O ex baixista do Nirvana toca na faixa I Should Have Known. O disco ainda conta com a participação de Bob Mould, do Husker Dü, tocando guitarra e fazendo backing vocals em Dear Rosemary, umas das melhores músicas do disco. Wasting Light é um dos melhores discos dos Foos por trazer canções brilhantes interpretadas por uma banda madura e bem entrosada.

2 There’s Nothing Left To Lose (1999)

Fãs do Foo Fighters com uma queda por rock mais pesado certamente colocariam Wasting Light como o segundo melhor disco da banda. Mas vamos segurar essa emoção e pensar racionalmente. There`s Nothing Left To Lose é um disco impecável. Mas como Dave Grohl e companhia chegaram a ele?  Bom, pra começo de conversa, este disco marca a entrada de Taylor Hawkins na bateria. Na real, foi uma fase de muita mudança na formação da banda. Vamos lembrar que Pat Smear deixou a banda em 1997, depois da tour de The Colour and the Shape. O baterista William Goldsmith também já tinha deixado a banda. Goldsmith foi substituído por Hawkins e Pat Smear foi substituído por Franz Stahl, guitarrista que tocara com Grohl na banda Scream nos anos 80. Em 1998 Grohl, Mendel, Stahl e Hawkins se reuniram para compor material para um disco novo. Porém, as ideias não estavam batendo entre Stahl e o resto da banda, o que culminou em sua demissão. There`s Nothing Left To Lose foi concebido e gravado basicamente pelo trio Grohl, Mendel e Hawkins. Como sempre, na adversidade, Dave Grohl tira da cartola canções inspiradíssimas. Trata-se de um disco impecável porque é nele que Grohl encontrou o equilíbrio perfeito na sua fórmula de misturar barulho e melodia. A união do Teenage Fanclub com o Motorhead. Neste disco estão clássicos absolutos como Learn to Fly, Next Year, Breakout e Generator, além de pérolas como Aurora e Headwires. É um disco que não tem como não gostar!

1 The Colour and the Shape (1997)

Quis o destino que o disco mais impactante e que ficaria para sempre estabelecido como o melhor  de toda a obra da banda de Dave Grohl fosse o segundo disco, assim como Nevermind foi o segundo disco do Nirvana. E não é exagero nenhum cravar que The Colour and the Shape é um dos melhores discos da segunda metade dos anos 90. Depois de gravar sozinho o disco de estreia da banda, Dave Grohl conseguiu o que queria. Não ser mais visto como “o cara do Nirvana”, mas sim como o vocalista dos Foo Fighters. A boa aceitação da de crítica e público e a boa relação entre os músicos dentro da banda, que na época contava com Dave Grohl e Pat Smear nas guitarras, Nate Mendel no baixo e William Goldsmith na bateria, inspirou Grohl a compor canções grandiosas e irresistíveis! Vale dizer aqui que uma das grandes forças do disco é a bateria cavalar… que foi gravada pelo próprio Dave Grohl. Reza a lenda que, após ouvir a primeira mixagem das músicas, com Goldsmith na bateria, Grohl achou as baterias das músicas sem pegada, sem inspiração. E ele foi lá e regravou tudo. Lógico que Goldsmith ficou puto e saiu da banda. Foi quando Grohl, que precisava de alguém pra começar a tour do disco, conseguiu convencer o baterista da banda da Alanis Morissette a abandonar a cantora e se juntar a ele nos Foos. E Taylor Hawkins estava dentro. Bom, The Colour and the Shape é um disco brilhante, impecável e atemporal. Duvida? Ouça ele inteiro. O disco fala por si. E ali estão alguns dos maiores clássicos da banda, como Monkey Wrench, Everlong e My Hero.

Certa vez, Grohl disse numa entrevista: “Adoro estar em uma banda de rock, mas não sei se necessariamente quero estar em uma banda de rock alternativo dos anos 90 pelo resto da minha vida.” A frase é perfeita e explica a longevidade dos Foo Fighters. Fazer o que ama, mas não se acomodar. Procurar sempre inovar, encontrar caminhos diferentes, mas sem perder a personalidade e originalidade. Uma inspiração e tanto para a Strip Me, que está às margens de completar 10 anos de barulho, diversão e arte, procurando sempre novos caminhos. E é claro que você encontra estampas referentes aos Foo Fighters e muitas outras bandas na nossa coleção de camisetas de música, pra você curtir o show dos Foos no maior estilo! Além disso, na nossa loja ainda tem as camisetas de cinema, bebidas, arte, cultura pop e muito mais. Dá uma olhada lá no nosso site, e aproveita para ficar por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Nossa prática aqui é sempre fazer um top 10. Mas hoje vamos abrir uma exceção para essa banda tão maravilhosa e fazer um top 11, com uma música de cada discos dos Foo Fighters. Mas não aquelas óbvias, tá? Everlong, Learn to Fly, Best of You… todo mundo conhece. Vamos pinçar aqui músicas menos óbvias, porém igualmente excelentes. Foo Fighters top 11 Tracks.

Para assistir: É imperdível o divertidíssimo documentário Foo Fighters Back and Forth, dirigido pelo James Moll e lançado em 2011, praticamente junto com o disco Wasting Light. O doc dá uma geral na história da banda e apresenta sua trajetória desde as gravações de Grohl sozinho 1994 até os bastidores de Wasting Light. Enfim, é bom demais e vale a pena ver.

Para ler: Dave Grohl já foi contemplado com pelo menos três bons livros contando sua trajetória. Mas o definitivo, claro, é o escrito por ele mesmo. Bom humorado e com muita fluidez Grohl escreve suas memórias no excelente livro Contador de Histórias: Memórias da Vida e Música, lançado em 2022 no Brasil pela editora Intrínseca. Leitura recomendada!

10 curiosidades sobre a vida de Van Gogh.

10 curiosidades sobre a vida de Van Gogh.

Você conhece o mito, as lendas e, é claro, as obras, mas talvez saiba pouco sobre a vida de Vincent Van Gogh. A Strip Me está aqui pra te contar um pouco mais.

É uma triste verdade. Se tornou um clichê do mundo das artes, um artista ser reconhecido como gênio somente depois de morto. E um dos maiores representantes deste clichê é o pintor holandês Vincent Van Gogh. Na real, Van Gogh é quase uma caricatura, um amontoado de clichês, da persona de um artista. Absurdamente talentoso, visceral, mas inseguro, recluso, perturbado e desesperado por ter a aprovação de qualquer pessoa. Apesar de demonstrar aptidão para as artes desde criança, começou a pintar pra valer já durante a vida adulta, depois de ter passado por diferentes e mundanos empregos comuns. Se apaixonava e era rejeitado com frequência, o que contribuía para uma acentuada depressão. E, é claro, não pode faltar aquele ingrediente essencial aos grandes gênios: o abuso de álcool. Por consequência, uma morte prematura e trágica. Pronto, eis a receita de um típico artista genial.

Mas calma! É lógico que não é pra ninguém levar isso ao pé da letra. Você pode muito bem ser um gênio e ser abstêmio e com uma vida amorosa bem resolvida. E você sair por aí enchendo a cara e se sentindo injustiçado por ter sido o último a ser escolhido no futebol do fim de semana não faz de você um expoente de qualquer coisa. Isso estabelecido, podemos nos debruçar na vida e obra de Van Gogh e tirar dessa história toda algum aprendizado e inspiração. Afinal, nem tudo era talento, houve ali muito estudo e dedicação. A obra de Van Gogh é vasta e muito conhecida. Além disso, super acessível. Em São Paulo, por exemplo, vai estrear no dia 15 de setembro uma exposição imersiva incrível chamada Van Gogh Live 8K, no Shopping Lar Center, na Vila Guilherme. A exposição já passou pelo Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife com muito sucesso. São mais de 250 obras expostas em ambientes com projetores de alta definição e com trilhas sonoras que vão de Bach a Pink Floyd. Bom, as obras você já conhece, agora a Strip Me te mostra um pouco mais sobre a vida deste grande artista.

Autorretrato com Orelha Cortada (1889)

1 Essa família é muito unida…

Van Gogh nasceu em 1853. Foi batizado como Vincent, nome de seu avô. E também o nome de seu irmão mais velho (que morreu logo após o parto) e de seu tio-avô. Ou seja, era um nome comum na família. Uma família de classe média alta e muito ligada ao mundo das artes. O pai de Van Gogh, Theodorus, era pastor protestante, assim como o vovô Vincent também era, e tinha cinco irmãos. Dos cinco, três eram marchands, ou seja, mercadores de obras de arte. Além disso, o tio-avô Vincent era escultor. Portanto se tratava de uma família muito religiosa e também intimamente ligada às artes.Após a morte prematura de seu irmão mais velho, Vincent Van Gogh se tornou o primogênito. Com o tempo, ele ganhou um casal de irmãos: Wil e Theo Van Gogh. Vincent e Theo logo se tornaram amigos inseparáveis. Durante a vida adulta, trocavam cartas com frequência. Muito do que sabemos sobre a vida do artista vem do conteúdo dessa intensa correspondência.

2 Não é fácil ser criança.

Van Gogh era uma criança séria e tímida. O fato de ele ter sido alfabetizado e tido aulas em casa até os dez anos de idade ajudou a moldar essa personalidade. Aos onze anos ele finalmente foi mandado para um colégio. Porém, era um internato. Lá ele se sentia mais do que deslocado, por não saber como socializar com outras crianças, se sentia também abandonado pela sua família. Mas foi na escola que ele começou a desenhar. Lá lecionava um professor excêntrico, que via como secundária a técnica e priorizava a captura das impressões das coisas, em especial a natureza e os objetos comuns, antevendo o que viria a ser o Expressionismo no século XX. Esse professor influenciou muito a maneira como Van Gogh viria a pensar e produzir sua arte. Entretanto, de maneira geral, foi uma infância e adolescência muito dura. Em uma de suas cartas a seu irmão anos depois, ele descreveu sua juventude como “austera, fria e estéril”.

Os Comedores de Batata (1885)

3 Tava ruim, tava bom, agora parece que piorou.

Quando tinha 17 para 18 anos de idade, um de seus tios conseguiu um emprego para Van Gogh numa empresa que comerciava obras de arte e realizava exposições em várias cidades da Europa. De início, ele foi trabalhar na cidade de Haia, mas logo em seguida foi transferido para a filial de Londres. Tudo ia bem e Van Gogh estava feliz da vida. Ele já tinha um salário superior ao de seu pai e morava na principal cidade da Europa economicamente. Mas a alegria não durou muito. Depois de um ano em Londres, ele se apaixonou pela filha do homem que era o senhorio de onde ele morava. A menina não quis nada com ele. Rejeitado, ele entrou numa bad. Na mesma época começou a questionar os critérios da empresa onde trabalha e a maneira como comercializavam obras de arte. Em 1875 ele foi transferido para Paris, numa tentativa de fazer com que ele melhorasse seu humor. Não adiantou e ele acabou sendo demitido um ano depois.

4 Os testes da fé.

Ainda desiludido pela rejeição da filha do senhorio de Londres, Van Gogh se voltou para a religião. Após ser demitido, voltou para a Holanda, na casa de seus pais. Por lá só fazia ler a bíblia e tentava evangelizar pessoas que passavam pela rua. Em 1877, numa tentativa de dar um rumo na vida do filho e incentivar sua fé, os pais de Van Gogh o mandaram para passar uns tempos com o seu tio,  Johannes Stricker, um respeitado teólogo que vivia em Amsterdam. Seu tio o ajudava a estudar para que Van Gogh ingressasse na Universidade de Amsterdam, no curso de teologia. Mas ele não passou nos exames. Desiludido, abandonou a casa de seu tio e se mudou para Laeken, na Bélgica, para entrar numa escola missionária protestante. Porém, também era necessário passar por um exame para entrar naquela escola. E mais uma vez ele foi reprovado.

Os Girassóis (1889)

5 Colocar a mão no fogo por alguém.

Van Gogh volta para a casa de seus pais em 1881, na cidade de Etten, interior da Holanda. É nessa época que ele começa a se dedicar com algum afinco ao desenho e a pintura. Nesse meio tempo, se muda para Etten a jovem Kee Vos-Stricker. Ela era prima de Van Gogh, filha do tio teólogo Johannes. Kee acabara de ficar viúva e se mudou de Amsterdam em busca de novos ares. Van Gogh se encantou pela garota. Eles se tornaram amigos, faziam longas caminhadas conversando sobre a vida. E, é claro, ele se apaixonou por ela. Ao pedi-la em casamento, Van Gogh recebeu um sonoro “Não, nunca e jamais!” como resposta. Ela voltou para Amsterdam. Com a desculpa de tentar vender suas obras recentes, ele foi para Amsterdam atrás dela. Mas Kee não queria mais vê-lo de jeito nenhum. Ele insistia toda noite, batendo na casa da família, e o pai dela o mandava embora. Certa noite, Van Gogh colocou sua mão esquerda sobre uma lamparina e disse ao seu tio: “Ao menos deixem me vê-la pelo tempo que eu puder manter minha mão na chama.” Johannes correu e apagou o fogo. E disse que a vontade de Kee deveria ser respeitada. Além do mais, ele, Johannes, não aprovava tal união pelo simples fato de Van Gogh não ter nenhuma condição de se sustentar financeiramente.

6 Óleo sobre tela.

Nessa mesma época, entre 1881 e 1882, Van Gogh procurou seu primo mais velho, Anton Mauve, um pintor conceituado na Holanda na época. Foi com Mauve que Van Gogh tomou conhecimento das técnicas de pintura sobre tela, usando aquarela e tinta a óleo. Porém, a parceria durou pouco. Os dois se desentenderam por conta da teimosia de Van Gogh, que questionava algumas técnicas de Mauve. Entretanto, apesar da experiência e talento do primo mais velho, Van Gogh estava certo, pelo menos em um aspecto. Quando começou a trabalhar com a tinta a óleo, Van Gogh ficou encantado com a textura do produto e desenvolveu uma técnica que consistia em colocar bastante tinta sobre a tela e ir raspando com uma espátula, formando camadas e dando volume aos traços. Mauve não gostava muito do resultado. Achava grosseiro e um desperdício de tinta. E estava claramente equivocado.

Terraço do Café À Noite (1888)

7 Café com pão.

Depois dos desentendimentos com Mauve, Van Gogh estava decidido a investir na carreira de artista. Mudou-se para Nuenem, no sul do Holanda, uma região rural, muito tranquila, onde começou a trabalhar retratando compos de plantação e trabalhadores da lavoura. Eram obras sombrias, quase sem vida, sempre feita numa paleta de cores terrosas e escuras. Seu irmão, Theo, passou a bancar Van Gogh e tentava vender suas obras pela região, indo de Haia até Paris. Entretanto, estava na moda o impressionismo de Monet e Renoir, com muitas cores. Em novembro de 1885 Van Gogh se muda para a Antuérpia, vivendo uma vida miserável. O dinheiro que recebia de seu irmão, Van Gogh gastava essencialmente em materiais de pintura e vivia sob uma dieta diária de pão, café e tabaco. Por outro lado, na Antuérpia, uma cidade grande, com muitos museus, ele passou a se aprofundar nos estudos da teoria das cores, estudando as obras de Peter Paul Rubens, ampliando sua paleta para incluir carmim, azul-cobalto e verde-esmeralda. Van Gogh também se encantou nessa época pelas xilogravuras ukiyo-e japonesas, como a famosa Onda de Kanagawa, passando a acrescentar em suas pinturas elementos dessa estética.

8 A patota de Paris.

Agregando novas cores e técnicas, Van Gogh evoluiu muito e suas obras começaram a ser reconhecidas. Após uma bem sucedida exposição de algumas de suas obras em Haia, ele resolve se mudar para Paris com seu irmão Theo em 1886. Na capital francesa, Van Gogh conseguiu um espaço para trabalhar no ateliê de Fernand Cormon. Logo se enturmou com outros artistas, que se reuniam na loja de produtos para pintura de Julien Tanguy. Ali se reuniam Van Gogh,  Émile Bernard, Louis Anquetin, Henri de Toulouse-Lautrec, além, é claro, de Paul Gauguin, que se tornaria amigo muito próximo de Van Gogh. Paris consumiu muito de Van Gogh. O ambiente boêmio, os amigos artistas e sua intensidade natural fazia ele beber compulsivamente. Mesmo assim, foi uma fase muito produtiva. Ele morou em Paris de 1886 a 1888. Nesse período, produziu mais de 200 telas.

A Noite Estrelada (1889)

9 Tá tudo muito bom. Mas e a história da orelha?

A gente sabe que o principal motivo pelo qual você se dedicou a ler este texto é para saber um pouco mais sobre a famosa história de Van Gogh ter decepado sua orelha esquerda. Portanto, é chegada a hora. Van Gogh foi embora de Paris e se estabeleceu em Arles, cidade no litoral sul da França, banhada pelo Mediterrâneo. O clima litorâneo fez muito bem ao artista. Foi lá que ele concebeu algumas de suas obras mais famosas, como a A Cadeira de Van Gogh, Noite Estrelada Sobre o Ródano, Quarto em Arles e Natureza Morta: Vaso com Doze Girassóis. Foi então que o amigo Gauguin aceitou ir visitar-lo e passar uma temporada morando com Van Gogh. Nos primeiros dias, tudo bem. Mas a situação foi pesando à medida que os dois se tornavam mais íntimos. Van Gogh inseguro, querendo aprovação a todo momento e teimoso, enquanto Gauguin era arrogante e dominador. Pra piorar, seguem-se alguns dias de chuva ininterruptos, que os impedem de sair de casa. Até que, após uma discussão acalorada, Gauguin vai embora. Os dois discutem mais na rua, enquanto Gauguin ruma para um hotel. Segundo seu próprio relato ao irmão, Van Gogh volta para casa desesperado e ouvindo vozes. Impulsivamente corta a orelha esquerda e logo desmaia por conta do forte sangramento. Mas antes de perder os sentidos, enrolou a orelha num papel e enviou o pacote para Gabrielle Berlatier, criada de um bordel que ele frequentou com o amigo por aqueles dias. Ela foi até a polícia, que encontrou Van Gogh desmaiado em casa e o levou para o hospital. O caso foi considerado pelos médicos como um surto psicótico. Depois disso, Gauguin nunca mais falou com Van Gogh. Episódios como a mão na lamparina e esse da orelha, além dos excessos de álcool deixavam claro que Van Gogh precisava de cuidados psiquiátricos.

10 O disparo da morte.

Em 1889 Van Gogh foi internado num hospício em Santo Rémy. Foi lá que ele pintou o clássico A Noite Estrelada, uma visão noturna da janela de seu quarto no hospício. Em maio de 1890 recebeu alta. Mas estava muito debilitado, ainda sofrendo de uma depressão aguda. Se mudou para a bucólica cidade de Auvers-sur-Oise, próxima a Paris. Lá viveu solitário seus últimos dias. No dia 25 de junho de 1890 ele estava num campo de trigo próximo de onde morava, fazendo esboços para pintar a paisagem. Eis que ele tira do bolso do casaco um revólver e atira contra o próprio peito. O tiro não o matou de imediato, ele se levantou e caminhou até o hospital. Morreu aproximadamente 30 horas depois do disparo, no dia 27 de junho, por conta de uma hemorragia interna e falência dos órgãos. Van Gogh demorou para morrer. Mais ainda demorou para ele ser reconhecido. Somente dez anos depois, ele seria reverenciado como grande gênio e considerado o pai do movimento expressionista de Munch e Kandinsky.

Tá aí. Vida de artista não é nada fácil. É sofrida e cheia de perrengues, pra no fim ainda morrer sem ter seu valor reconhecido. Mas, como diz o ditado, antes tarde do que nunca. Então estamos aqui para celebrar a vida e obra de Vincent van Gogh, o colocando no lugar que merece: no panteão dos grandes gênios da pintura de todos os tempos. E a Strip Me tem várias camisetas incríveis homenageando este grande mestre nas coleções de camisetas de arte e cultura pop. Dá uma olhada na nossa loja para conferir estas e outras estampas, como as coleções de camisetas de cinema, música, games, vida digital, bebidas e muitas outras. No nosso site você também fica por dentro dos lançamentos, que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist derretendo de tanta psicodelia e músicas viajandonas, ideais para se ouvir enquanto aprecia algumas obras do Van Gogh. Para ver Van Gogh top 10 tracks.

Para assistir: Vale conferir o filme de 2018 At Eternity’s Gate, dirigido por Julian Schnabel e com Willen Dafoe no papel de Van Gogh mandando muito bem. Um filme muitíssimo bem dirigido, com uma plasticidade linda e excelentes atuações, além de um roteiro muito bem amarrado. Retrata o florescer do talento de Van Gogh, sua amizade com Gauguin e sua internação.

Para ler: Claro que a gente podia recomendar aqui alguma biografia e tal… Mas não resistimos a recomendar a leitura saborosíssima de um dos melhores escritores que o Brasil já teve! O gaúcho Moacyr Scliar foi um brilhante contista e um de seus livros mais célebres é a coletânea de contos A Orelha de Van Gogh, que é também o título de um dos contos do livro. No conto em questão um comerciante esperto afirma ter num pote a orelha cortada de Van Gogh. Olha, é leitura obrigatória e diversão garantida. Ah, sim, o livro foi lançado em 1989 e está em catálogo até hoje pela editora Companhia das Letras.

6 obras reveladoras de Roy Lichtenstein.

6 obras reveladoras de Roy Lichtenstein.

Em outubro deste ano Roy Lichtenstein completaria 100 anos de idade. Para celebrar, a Strip Me dá uma geral nas obras mais impactantes do artista.

Não tem nada que represente melhor o século XX do que a Pop Art. Um movimento artístico que personificou todas as grandes mudanças da sociedade desde a Revolução industrial até o pós Segunda Guerra e a cristalização do American Way of Life. Neste cenário, Roy Lichtenstein teve um protagonismo indiscutível, moldando uma estética absolutamente antropofágica, se fazendo valer de elementos da publicidade e das histórias em quadrinhos para compor obras de arte questionadoras e satíricas. Lichtenstein era o tipo de artista low profile. Não era um cara excêntrico, chegado a excessos ou com uma vida pessoal conturbada. Mas isso não o impediu de fazer parte do movimento Pop Art e conviver com artistas como Andy Warhol, que além de ser igualmente genial, era quase uma caricatura de um artista excêntrico e visceral.

Roy Lichtenstein. 1963

Roy Lichtenstein nasceu no dia 27 de outubro de 1923. Neste ano ele completaria 100 anos, se vivo. Para além de sua vida artística, Lichtenstein nasceu em New York, teve uma boa educação, serviu o exército e lutou na Segunda Guerra Mundial, se casou, teve filhos, foi professor de arte em universidade e faleceu no dia 29 de setembro de 1997, aos 73 anos, vítima de complicações de uma pneumonia. Para celebrar os 100 anos deste grande gênio, a Strip Me dá uma geral na obras mais importantes de sua carreira, que por si só, contam a história da Pop Art.

1 Nota de Dez Dólares. 1956.

Foi a primeira obre de Lichtenstein a ganhar notoriedade. Muito influenciado pelo cubismo de Picasso, o artista fez uma bem humorada e desconstruída caricatura de uma nota de dez dólares. Feita com a técnica de litografia, esta é considerada uma das primeiras obras de Pop Art. Apesar de sua estética cubista, a obra usa um ícone da sociedade (uma cédula de dinheiro) sendo reinterpretada.

2 Whaam! 1963

Foi nos anos 60 que Lichtenstein encontrou sua forma mais expressiva e original, ao utilizar a linguagem e estética das histórias em quadrinhos para expressar suas ideias. Trata-se de um desenho retirado de uma história em quadrinhos de guerra. A obra é um díptico, ou seja o desenho está dividido em dois painéis que funcionam separados, mas também se completam, tipo aquelas dobradinhas da Mad (referência de velho). Whaam! é uma obra emblemática por ter tantos significados intrínsecos, ainda que o próprio Lichtenstein nunca tenha se pronunciado explicitamente explicando o significado da obra. Mas, na época, os Estados Unidos começavam a mandar soldados para o Vietnã. Lichtenstein fazia retratos realistas de um mundo irreal. Neste caso, o mundo da fantasia ecoa na vida real.

3 Oh, Jeff…I Love You Too…But… 1964

Refinando cada vez mais sua técnica e linguagem, Lichtenstein Passou a reproduzir deliberadamente desenhos retirados de histórias em quadrinhos, mas imprimindo mais dramaticidade e sentimento ao desenho original, tido como ordinário. Nesta obra, especificamente, isso fica evidente. As cores são realçadas, há o uso do pontilhismo e o desenho é propositalmente recortado. Um close no rosto da mulher, mesmo eliminando parte da cabeça, e a bolha da fala comprimida e cortada na lateral direita. Essa concentração aumenta o sentimento de tensão e denuncia o melodrama presente na situação.

4 Natureza Morta com Peixe Dourado. 1974

Durante a década de 1970, Lichtenstein diversificou seu estilo, indo além das cores primárias e histórias em quadrinhos. Passou a criar composições sobrepondo, fragmentando e recompondo imagens. Misturou suas técnicas imortalizadas na Pop Art com movimentos que ele admirava como o cubismo e o surrealismo. Assim, suas obras passaram a ter uma estética mais surrealista, mas sem perder a verve Pop Art. Esta é um das obras que melhor retrata esta fase.

5 O Chefe de Barcelona, 1992

El Cap de Barcelona foi a primeira empreitada do artista usando cerâmica para moldar uma escultura ao ar livre. A obra foi uma encomenda do governo catalão para decorar a cidade, que naquele ano, 1992, era sede das Olimpíadas. A obra está no centro de Barcelona, mede aproximadamente 20 metros de altura e é um retrato surrealista de um rosto de mulher. Uma obra imponente e linda, como é a cidade de Barcelona.

6 Two Nudes, 1994

No fim da vida, Lichtenstein decidiu abordar uma dos mais antigos gêneros da pintura, abordado profusamente em todos os movimentos artísticos ao longo da história: o nu. Para isso, ele acabou por voltar às suas origens da Pop Art usando a linguagem e estética dos quadrinhos, enfatizando suas técnicas como o pontilhismo, contornos fortes e cores vibrantes. Esta é a primeira de uma série de nove serigrafias feitas pelo artista, onde personagens dos quadrinhos são propositalmente retratadas de maneira provocante, como objetos genéricos de prazer.

Pois é. A Pop Art é sedutora, contemporânea, estimulante e libertária. E a obra de Roy Lichtenstein escancara todos esses elementos, além de trazer consigo um imenso repertório de cultura pop que não dispensa ruídos e exageros com suas cores vibrantes e contrastes. Mais que uma influência, a obra de Lichtenstein é inspiradora e fundamental para a Strip Me. Isso fica evidente não só na nossa coleção de camisetas de arte, mas em todas as outras coleções, como a de música, cinema, cultura pop, games, bebidas, vida digital… a Pop Art está em toda parte na Strip Me. Confere lá no nosso site e aproveita pra ficar por dentro de todos os nossos lançamentos, que pintam por lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Já que muito da obra de Lichtenstein é inspirada em histórias em quadrinhos, apresentamos hoje uma playlist com 10 canções que fazem referência direta a personagens e HQs em geral. Comic Book Top 10 Tracks.

Para assistir: Tem disponível no Youtube, de graça, um documentário feito em 1991, chamado simplesmente Roy Lichtenstein. Dirigido por Chris Hunt, o doc conta com várias entrevistas interessantes, com artistas e críticos de arte, incluindo o próprio Lichtenstein. O filme está completo no Youtube, mas não tem legendas em português. Mas vale a pena dar uma treinada no inglês para assisti-lo.

81 fatos que atestam a genialidade Paul McCartney.

81 fatos que atestam a genialidade Paul McCartney.

O bom e velho Macca completou 81 anos de idade neste ano e passará pelo Brasil com sua turnê mundial! E a Strip Me traz 81 fatos pra te inspirar a conferir os shows e toda a obra de Sir Paul McCartney.

Dia 18 de junho deste ano Paul McCartney completou 81 anos de idade. Para um ser humano comum, é uma fase da vida em que a pessoa quer descansar, curtir a vida e tomar alguns remédios. Mas McCartney não é uma pessoa comum. Não só ele foi co-fundador da maior banda de rock da história e escreveu algumas das músicas mais famosas da era contemporânea, como é um cara que não pensa em parar de trabalhar! Faz menos de três anos que lançou um disco de inéditas, com canções de altíssimo nível e está em turnê pelo mundo, com a sua Got Back Tour. Semana passada os ingressos que foram colocados á venda para os shows no Brasil se esgotaram em questão de segundos.

Para entrar no clima de empolgação e expectativa para os shows do Macca no Brasil, a Strip Me compilou um fato para cada ano de  vida de Paul, para comprovar de uma vez por todas que ele é o maior artista da música pop ainda vivo.

1 – Nasceu em 1942 numa família de classe média baixa, em Liverpool. Apesar da pouca grana, foi incentivado a estudar e se dedicar às artes desde muito pequeno.

2 – Com 13 anos de idade já tocava trompete, seu primeiro instrumento. Mas o trocou pelo violão para poder cantar.

3 – Não só aprendeu a tocar violão por conta própria, como, sendo canhoto, inverteu as cordas para se adaptar melhor.

4 – Aos 14 anos de idade já compôs sua primeira canção.

5 – Ainda em 1956, aos 14 anos, sua mãe morreu de câncer. Ele se apoiou na música para superar a perda.

6 – 1956 realmente foi um ano importante. Paul conheceu John Lennon e o impressionou ao tocar Twenty Flight Rock, do Eddie Cochran. Dias depois John o convidou para montar uma banda.

7 – Foi co-fundador da maior banda de rock de todos os tempos.

8 – Logo de cara, Paul e John fizeram um acordo, baseado apenas num aperto de mão, que todas as suas canções seriam creditadas aos dois, mesmo que uma ou outra canção fosse toda de autoria de um deles. Esse acordo se manteve de pé até a separação da banda em 1969.

9 – Em 1960 Paul fez com os Beatles sua primeira tour internacional. Com apenas 18 anos tocava nos inferninhos de Hamburgo, Alemanha, onde a banda chegava a se apresentar por 5 horas seguidas.

10 – Em 1961 abriu mão de ser guitarrista para assumir o baixo nos Beatles, substituindo Stu Sutcliffe.

11 – Imortalizou o baixo da marca Hofner.

12 – Em 1962 compôs seu primeiro hit, Love Me Do, que catapultou a carreira dos Beatles.

13 – Em 1963, em parceria com John Lennon, compôs o primeira de muitas músicas que chegariam ao número 1 nos Estados Unidos. I Want To Hold Your Hand.

14 – Em 1964 colaborou com alguns diálogos no roteiro do filme A Hard Day’s Night, que em Portugal recebeu o maravilhoso título Os quatro cabeleiras do após-calypso!

15 – Compôs a música mais regravada da história em 1965. Yesterday tem mais de 2200 versões gravadas.

16 – Em 1965, na turnê que os Beatles fizeram nos Estados Unidos, Paul insistiu que se incluísse nos contratos de shows uma cláusula dizendo que a banda não tocaria em lugares onde houvesse plateias segregadas. Seus ideais anti racistas seriam ainda mais explícitos na música Blackbird, de 1968.

17 – Em 1966 lançou seu primeiro trabalho solo, compôs a trilha sonora do filme The Family Way, lançado somente na TV britânica.

18 – No mesmo ano concebeu uma de suas maiores composições, uma pequena sinfonia chamada Eleanor Rigby.

19 – Ainda em 1966 recebeu a medalha de Membro do Império Britânico, honraria dada pela rainha Elizabeth em pessoa.

20 – É protagonista de uma das mais curiosas e longevas teorias da conspiração do mundo: A que ele morreu em 1966 e foi substituído por um sósia, que está aí até hoje sendo o Paul McCartney.

21 – Concebeu todo o conceito e a maior parte das canções que formam o disco que mudou a música pop e elevou o rock ao patamar de arte. O disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

22 – Foi dono da Apple, mas isso faz muito tempo. Na época, a maçã ainda nem tinha sido mordida.

23 – Em 1969 se casou com Linda Eastman. Um casamento exemplar. Dizem que as únicas noites em que o casal não dormiu junto foram os 10 dias em que Paul ficou preso no Japão por posse de maconha.

24 – Paul é tão incrível que, mesmo quando não merece, acaba levando o crédito. Quando resolveu regravar a música Something, dos Beatles, Frank Sinatra declarou que aquela era a mais linda música de Lennon & McCartney. Acontece que Something é composição de George Harrison.

25 – Foi Paul quem elaborou e colocou em prática o projeto Get Back, que culminou no filme e no disco Let It Be, no lendário show no telhado do prédio da Apple, além do recente documentário Get Back.

26 – Aliás, foi Paul quem mais lutou para que os Beatles continuassem juntos tocando e produzindo. Ele tinha o sonho de fazer a banda voltar a tocar ao vivo, fazer shows e produzir cada vez mais musica.

27 – Porém, em 1969 a banda já estava separada, e coube a McCartney anunciar oficialmente ao mundo que os Beatles encerraram suas atividades.

28 – O fim dos Beatles desencadeou em McCartney uma forte depressão, que ele superou morando numa fazenda na Escócia e gravando seu primeiro disco solo, onde toca todos os instrumentos.

29 – Depois de sair da bad, Paul lançou seu segundo disco solo em 1971, chamado Ram. Nele está a canção Too Many People, onde Paul, que não é santo, dá umas boas alfinetadas em John Lennon, seu ex-colega de banda.

30 – Paul é workaholic como poucos. Mal superou a depressão causada pelo fim dos Beatles, já convocou seu brother Danny Laine e outros músicos para montar uma banda.

31 – Paul batizou sua banda de Wings após Linda dar a luz à Stella McCartney. O parto teve complicações e quase que mãe e filha não sobrevivem. Enquanto rezava, durante o parto, Paul teve uma visão de um par de asas, como um anjo, protegendo Linda e Stella.

32 – Paul nunca deixou de se posicionar politicamente. Em 1972 escreveu e lançou a música Give Ireland back to the Irish, após o famigerado Massacre do Domingo Sangrento.

33 – Em 1974 ganha mais um disco de platina, o primeiro com os Wings: Band on the Run.

34 – Paul colocou a amizade acima das desavenças de banda e seguiu sendo amigo de John Lennon. E eles chegaram a tocar juntos após o fim dos Beatles. Em 1974 Paul participou de uma jam session tocando bateria, com John Lennon na guitarra e vocal, Stevie Wonder no piano elétrico, Harry Nilsson no vocal, Ed Davis na guitarra e Bobby Keys no saxofone. Essa jam acabou saindo como bootleg nos anos 90 com o título A toot and a snore.

35 – Foi indicado ao Oscar de 1974 por Live and Let Die, música composta para o filme de James Bond.

36 – Paul e Linda se tornaram vegetarianos na Escócia. Lá tinham uma fazenda onde criavam carneiros. Um dia estavam almoçando um pernil e viram pela janela alguns carneiros correndo felizes pelo campo. Desde então, não comeram mais carne e passaram a divulgar o vegetarianismo.

37 – O casal também passou a militar em prol da proteção aos animais, protestando contra maus tratos e crueldade contra os animais.

38 – Até hoje, Paul exige em suas turnês que os membros da equipe não podem comer carne. Nenhum alimento animal pode ser servido no backstage dos shows e também não pode haver nenhum móvel de couro ou origem animal. Mesmo os assentos de suas limusines não podem ser de couro.

39 – Por falar em turnê, quando Paul resolveu lançar seu primeiro disco ao vivo com os Wings, não economizou e lançou logo um disco triplo, o excelente Wings Over America, talvez um dos melhores discos ao vivo da história do rock.

40 – Nunca escondeu que fuma maconha e defende sua legalização. Em 1980 foi preso em Tóquio, no aeroporto, por posse de maconha. Ele ficou detido por 10 dias. Depois do ocorrido ele declarou: “Eu sabia que não conseguiria arrumar nada para fumar por lá. Esse bagulho era muito bom para jogar privada abaixo, então resolvi levar comigo.”

41 – Paul também ama flores. Em todos os seus shows, pede que haja flores em seu camarim. Suas favoritas são lírios e rosas brancas com muita folhagem, pequenas gardênias e frésias de várias cores e tamanhos.

42 – A banda Wings se separou em 1981. Um dos principais motivos da separação é que Paul ficou com receio de continuar fazendo shows após John Lennon ter sido assassinado por um fã.

43 – A morte de John causou um impacto enorme sobre Paul. Dessa tragédia, resultou uma bela canção: Here Today, uma das mais inspiradas de toda a carreira de McCartney.

44 – Já declarou ter alguma simpatia pelo Liverpool F.C. Mas seu time do coração é o pequeno Everton, também da cidade de Liverpool.

45 – No início dos anos 80 se interessou por pintura e começou a pintar algumas telas. Sua arte mistura pintura e fotografia, numa pegada meio Pop-Art. Sua primeira exposição rolou em 1999, em Siegen, na Alemanha. As pinturas traziam retratos de Lennon, Andy Warhol e David Bowie, além de fotografias de Linda McCartney.

46 – Em 1984 escreveu, produziu e protagonizou um longa metragem. O filme não teve lá muito aceitação de crítica e público, mas rendeu um clássico, a música No More Lonely Nights, que conta com David Gilmour na guitarra, mandando um solo lindo!

47 – Paul ficou amigão de Michael Jackson, compôs algumas canções em parceira com ele e lhe deu alguns ótimos conselhos sobre o mercado da música. Os conselhos foram tão bons, que Michael Jackson acabou comprando os direitos das músicas dos Beatles, azedando assim a amizade entre os dois. Who’s bad?

48 – O fato é que o próprio Paul é dono de uma empresa, a MPL Communications, que tem os direitos de mais de 25 mil músicas, entre elas as escritas por Buddy Holly e outros artistas, além de ter os direitos de alguns musicais, como Grease, por exemplo.

49 – Indiscutivelmente canhoto, em 1988, Paul lançou o disco “CHOBBa B CCPP”, exclusivamente na União Soviética. Um disco só de covers dos anos 50 e começo dos 60.

50 – Em 1988 Paul entrou para o Rock n’ Roll Hall of Fame através dos Beatles.

51 – Em 1989, Paul não se aguentou mais e voltou a fazer shows. Foi sua primeira turnê mundial, se apresentando como artista solo, usando somente seu nome.

52 – Até hoje, é dele o recorde de maior público pagante em uma apresentação musical: 184 mil pessoas no Maracanã, no Rio de Janeiro em 1990.

53 – A apresentação de Paul no Maracanã foi tão marcante que rendeu um filme documentário chamado From Rio to Liverpool.

54 – Em 1991, mesmo sem nenhuma formação musical clássica, Paul compôs uma peça para a Royal Liverpool Philharmonic Society, pelos 150 anos da orquestra. Foi a primeira incursão de Paul na música erudita. A peça se chama Liverpool Oratorio.

55 – Se aventurou na música eletrônica em 1993 com Martin Glover, produtor e baixista do Killing Joke. O duo leva o nome Fireman e tem 3 discos lançados: “Strawberries oceans ships forest” (1993), “Rushes” (1998) e “Electric arguments” (2008). Todos muito bem sucedidos na crítica e público.

56 – Paul já apareceu nos Simpsons, junto com Linda. O casal aconselha Lisa a ser uma vegetariana consciente e tolerante.

57 – Em 1997 voltou ao palácio de Buckingham, onde foi recebido pela rainha mais uma vez e ganhou o título de Sir, ao receber a honraria de Cavaleiro do Império Britânico.

58 – Linda McCartney morreu, vítima de um câncer, em abril de 1998. A morte de Linda foi devastadora para Paul, além de todo o amor pela esposa, ele havia perdido sua mãe pela mesma doença 40 anos antes.

59 – Para se recuperar da morte de Linda, Paul mergulhou no trabalho. Para isso, formou uma super banda, com David Gilmour, do Pink Floyd, na guitarra, Ian Paice, do Deep Purple, na bateria e Geraint Watkins, do Status Quo, no teclado. Com essa banda, gravou o disco Run, Devil, Run!

60 – Em 1999 Paul mais uma vez entrou para o Rock n’ Roll Hall of Fame, mas desta vez como artista solo.

61 – Quando o World Trade Center foi derrubado em 11 de setembro de 2001, ele estava em um avião pronto para decolar em Nova York. Foi forçado a ficar na cidade e acabou organizando um concerto no Madison Square Garden em prol das vítimas, com a participação de Elton John, David Bowie, Pete Townshend, Eric Clapton, Mick Jagger e outros.

62 – Se casou novamente em 2002 com Heather Mills, modelo e ativista dos direitos dos deficientes físicos. Com ela, Paul também apoiou muitos projetos contra o uso de minas terrestres.

63 – Paul já figurou entre as 10 pessoas mais ricas do Reino Unido, com uma fortuna avaliada em aproximadamente 1,2 bilhões de libras.

64 – Mas ele perdeu boa parte dessa grana ao se divorciar de Heather Mills em 2006. A modelo ficou com 23,7 milhões de libras!

65 – Foi eleito, em 2008 o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone.

66 – Em 2008 tocou pela primeira vez em Israel. Em 1965 os Beatles estavam com um show marcado por lá, mas acabaram não indo. O governo da época considerou a banda uma ameaça aos bons costumes e à juventude.

67 – Apesar de toda a treta com o Maharish em 1967, Paul seguiu desde aquela época sendo um praticante da meditação transcendental. Em 2009, participou de um evento em prol de uma fundação de meditação cujo dono é o diretor de cinema David Lynch.

68 – Paul se casou pela terceira vez em 2011, com a empresária Nancy Shevell. O casamento está de pé até hoje.

69 – Em 2011 compôs mais uma sinfonia. Desta vez para a Companhia de Balé de New York.

70 – Figurinha carimbada em praticamente todas as celebrações da realeza britânica, Paul fez um show no Palácio de Buckingham pelo Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II em 2012.

71 – Foi ele quem inventou a campanha Segunda Feira sem Carne em 2009 e hoje popular no mundo inteiro.

72 – É multi-instrumentista e um dos baixistas mais criativos e brilhantes de todos os tempos.

73 – É um vocalista absolutamente versátil

74 – Mr. Nice Guy. Além de sempre que possível, ser simpático e atencioso com os fãs, não economiza nas parcerias musicais. Já gravou com Michael Jackson, Elvis Costello, Stevie Wonder, Dave Grohl, Rihanna e Kanye West, além de outros artistas.

75 – Compositor mais bem sucedido do mundo segundo o Guinness Book. Lá consta como “The Most Successful Composer and Recording Artist of All Time”. São 60 discos de ouro e mais de 100 milhões de álbuns e 100 milhões de singles vendidos.

76 – Aos 76 anos de idade chegou novamente ao topo da Billboard, o disco Egypt Station chegou ao primeiro lugar da lista de mais vendidos em setembro de 2018.

77 – Em 2019 escreveu e lançou um livro infantil chamado Hey Grandude.

78 – Em 2022, aos 80 anos de idade, foi headliner do Festival de Glastonbury, se tornando o artista mais velho a se apresentar no festival, que é um dos mais importantes do mundo.

79 – Aí você pensa: O cara tá com 80 anos. Deve ser isso aí, fazer dois ou três shows grandes por ano e só.” Nada disso! Em abril do ano passado, foi anunciada a Got Back Tour, uma turnê mundial que se estende até o final de 2023! O homem não pára!

80 – Ainda hoje os ingressos para seus shows se esgotam em questão de minutos. Assim como acontece em outros lugares do mundo, os shows de Paul em São Paulo, que acontecerão dias 7, 9 e 10 de dezembro, já estão com ingressos todos vendidos, e se esgotaram em coisa de vinte minutos, no máximo meia hora.

81 – Era ele vestido de Leão Marinho no clipe de I Am the Walrus.

Se tem alguém nesse mundo que pode ser chamado de lenda viva, é Sir Paul McCartney. O homem já fez de um tudo, compôs mais de uma dezena de músicas que são clássicos incontestes, é ativista em prol do meio ambiente e dos animais, já escreveu livro pra criança, fez filme, gosta de puxar um fuminho de vez em quando e, aparentemente, é um amor de pessoa. É um queridão aqui da Strip Me, com várias estampas referentes aos Beatles. Dá uma conferida no nosso site, na coleção de camisetas de música. Além disso, lá você também encontra as coleções de arte, cinema, cultura pop e muito mais, além de ficar por dentro dos lançamentos que pintam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Um seleção caprichada da obra de Paul McCartney. Sir Macca Top 10 tracks.

Para assistir: A gente até poderia sugerir pra você assistir ao filme Give my Regards to Broadstreet, mas ele não é assim tão bom. Melhor mesmo é mergulhar nas gravações de algumas das músicas mais incríveis já escritas, assistindo ao documentário Get Back, lançado em 2021 e dirigido pelo Peter Jackson.

Para ler. Irrepreensível e indispensável a leitura de Paul McCartney – A Biografia escrito por Philip Norman e lançado no Brasil pela Companhia das Letras. Um livro muito bem escrito e rico em detalhes. Vale a pena demais a leitura!

10 curiosidades sobre a maconha.

10 curiosidades sobre a maconha.

Como informação nunca é demais, a Strip Me traz 10 curiosidades sobre a maconha, para ajudar a dissipar a fumaça em torno do debate sobre a descriminalização da erva.

Ela tem muitos nomes. Ganja, fumo de Angola, pango, diamba, marijuana e até mesmo cigarrinho de artista. A boa e velha cannabis é conhecida da humanidade desde tempos imemoriais. E seu uso sempre foi muito diverso. Desde o consumo através do fumo, até a o uso de suas fibras para produzir tecidos e cordas. E, é claro, tem o seu uso medicinal, que tem sido cada vez mais explorado com sucesso. A maconha é mais que uma planta versátil e polivalente, é um ícone da cultura pop. E atualmente está na boca (!) de muitos políticos e da imprensa do Brasil.

O que está em discussão no STF (Supremo Tribunal Federal) atualmente avalia a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas, de 2006, que considera crime “adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou trazer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”. O debate está em torno da quantidade que pode ser considerada para consumo ou tráfico. É um passo importante rumo à descriminalização da maconha no Brasil, como já acontece no nosso vizinho Uruguai. O assunto é deveras complexo e multifacetado. Para ajudar a expandir suas ideias e conhecer um pouco melhor o tema, a Strip Me apresenta 10 curiosidades sobre a maconha.

1 – Origem.

Muitos estudos foram feitos para saber, afinal de contas, de onde a cannabis é nativa. Depois de muito estudo, os cientistas chegaram à conclusão de que a planta é original da Ásia Central, especificamente do o Planalto do Tibete, próximo ao Lago Qinghai. Estima-se que ela está presente naquela região há cerca de 6 milhões de anos. E se expandiu para leste da China e para o norte e oeste, para Rússia e porções da Europa, há 1,2 milhão de anos. Isso quer dizer que as primeiras civilizações (sumérios e mesopotâmios)  possivelmente já tinham contato com a erva. Um dos primeiros registros documentais do uso da cannabis data de 2300 a.C. na China, falando sobre o seu uso em infusão na água, como um chá, e também o uso de suas fibras para tecido. Inclusive, tornou-se já nessa época, comum diferenciar a cannabis do cânhamo. A cannabis é a planta toda, com suas folhas finamente recortadas em segmentos lineares, suas flores com pêlos granulosos que, nas plantas femininas, produzem uma resina, cujas propriedades psicoativas funcionam como analgésico, anódino, antiespasmódico e calmante do sistema nervoso. Já o cânhamo refere-se somente ao caule da planta, que contém fibras de excelente qualidade, mas sem qualquer princípio psicoativo.

2 – A chegada da Maconha no Brasil.

Muito antes de aparecer nas praias do litoral brasileiro dentro de latas, a maconha chegou aqui… em 1500, é claro! O primeiro contato dos povos originários do Brasil com a cannabis se deu através do cânhamo. Isso porque não se conhecia no mundo fibra melhor e mais resistente do que o cânhamo para se produzir cordas e os tecidos que integravam as velas das naus portuguesas. Já a planta mesmo chegou por aqui por volta de 1549, com os escravizados da África. Os povos africanos já eram versados na arte do cultivo e consumo da cannabis, e muitos a tinham como uma erva sagrada. Tanto é que o nome maconha deriva da palavra africana ma’kaña, que significa erva sagrada! Os negros traziam as sementes de maconha costuradas em suas poucas vestes ou ainda costuradas em pequenas bonecas ritualísticas que eles traziam consigo. Já dizia Caminha que aqui plantando tudo dá, pois a maconha encontrou no Brasil solo fértil, e acabou caindo nas graças dos indígenas, que já tinham o hábito de fumar o tabaco, esta sim uma planta nativa da América. Assim, os índios passaram a utilizar também a maconha, além do tabaco, como fumo em suas cerimônias e pajelanças . Os primeiros negros a chegar no Brasil com sementes de maconha vinham de Angola. Por isso, logo se popularizou por aqui o termo fumo de Angola, para referir-se à cannabis.

3 – Cachimbo da Paz.

Alguns hábitos são comuns a povos que jamais poderiam se encontrar e trocar informações. Aparentemente, são hábitos intrínsecos na natureza humana. Assim, é comum perceber que em muitos povos e sociedades mundo afora, sempre existiram cerimônias ritualísticas, com objetivos como prosperidade, cura de enfermidades, celebração de nascimentos, casamentos, funerais e agradecimento aos deuses. Nessas cerimônias, é comum ter o consumo de alguma erva, sendo fumada. Antes dos europeus chegarem na América, os povos originários fumavam o tabaco. Mas a maconha foi muito bem recebida por eles, apesar de os índios nunca terem realmente se dado muito bem com os negros escravizados. Foi entre os índios da América do Norte que se relatou pela primeira vez o hábito de acordos de paz serem selados, entre duas tribos inimigas, fumando do mesmo cachimbo, surgindo o termo cachimbo da paz. O mesmo hábito acontecia entre as tribos brasileiras. No início, o fumo era só tabaco, mas depois da chegada dos angolanos, com certeza esse cachimbo passou produzir mais do que a paz, mas também uma leve maresia.

4 – Cânhamo e maconha.

Até o final do século XIX a maconha era um grande negócio para a maior parte dos países do mundo, inclusive o Brasil. Isso porque as fibras do cânhamo realmente são de excelente qualidade e produzem tecidos muito mais duráveis do que o algodão e cordas muito mais resistentes do que as feitas com sisal ou outros materiais. Portugal estabeleceu no Brasil em 1783 a Real Feitoria de Linho de Cânhamo, onde se plantava maconha em abundância para a extração da fibra de seu caule. Porém, já durante o reinado de Dom Pedro I, a produção de cânhamo foi deixada de lado e o consumo da cannabis foi proibido em 1830. Tempos depois, o Brasil proibiria não só o consumo, mas o plantio da maconha, independente de seu uso. Produtos como tecidos e cordas feitos de cânhamo também foram proibidos no país, e assim seguem até hoje. Algo inexplicável comercialmente, dados os baixos custos de produção e a qualidade das fibras do cânhamo.

5 – Os chás da rainha Carlota Joaquina.

A Carlota Joaquina é uma das personagens mais complexas, instigantes e polêmicas da história do Brasil. Primogênita do rei Carlos IV da Espanha, ela se casou ainda criança com Dom João, um dos filhos de D. Maria I, rainha de Portugal. Dom João não fora criado para reinar, pois não era o primogênito. Mas quis o destino que seu irmão mais velho morresse precocemente e sua mãe adoecesse, ficando conhecida como D. Maria, a Louca. Dom João e Carlota Joaquina tornaram-se rei e rainha de Portugal e acabaram sendo os primeiros monarcas a residir no Novo Mundo, na famosa vinda da família Real para o Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte. Carlota Joaquina era uma mulher amargurada, infeliz no casamento e com traços sérios de depressão. A vinda ao Brasil, de muitas formas, piorou a situação da monarca. Por outro lado, fez com que ela tomasse contato com a erva que mudaria sua vida para sempre. Diz-se que ela passava suas tardes no Rio de Janeiro na companhia de serviçais negros, que lhe preparavam chás de diamba, que a relaxavam e traziam paz, amenizando suas crises de depressão. Em seus últimos dias de vida, doente, em Portugal, ela dizia a um de seus criados: “Traga-me aquele pacotinho de flores de diamba do Amazonas, que já tanto me trouxe alívio.” Carlota Joaquina pode não ter levado a areia do Brasil em seus tamancos, mas certamente levou algumas plantinhas de recordação.

6 – Criminalização da Maconha.

Assim como no Brasil, em vários outros lugares do mundo, até o final do século XIX o consumo da maconha, principalmente para fins recreativos, era proibido, mas era tolerado. Mas, à medida que a revolução industrial avançava, as fronteiras do mundo ficavam mais acessíveis e o capitalismo prosperava, os governantes se viram no papel de impor certos limites. Na Europa o problema nem era a maconha, mas sim o ópio, uma planta psicoativa bem mais perigosa, que causa danos ao cérebro e oferece alto grau de dependência, e de onde se extrai a heroína. Em 1912 a Liga das Nações (a ONU da época) realizou em Haia a Convenção Internacional do Ópio, com diversas regras de restrição á produção e consumo da papoula. Os Estados Unidos, junto com a China e o Egito, propuseram ampliar essas restrições para o haxixe, e a coisa acabou indo pra maconha também. E o Brasil foi um dos mais atuantes países nessa conferência, apoiando a proibição e criminalização da maconha. Isso se intensificou no Brasil da década de 1930 com a ascensão de Vargas ao poder, quando a maconha realmente passou a ser tratada como droga e quem a consumisse era considerado criminoso.

Anúncio publicado num jornal do Rio de Janeiro em 1905.

7 – Rastafári e o ressurgimento da maconha.

O movimento Rastafári surgiu na Jamaica na década de 1930. O movimento Rasta é meio difícil de se explicar porque ele mistura religião e política. Basicamente, Rastafári combina o Cristianismo, o Judaísmo e uma consciência política pan-africana. Foi fundado por camponeses jamaicanos descendentes de africanos escravizados vindos da Etiópia, onde o imperador Haile Selassie I passa a ser reconhecido como a reencarnação ou a própria representação de Deus, ou seja, Jeová, e que os rastas abreviam para Jah. Entre seus costumes estão o vegetarianismo, desaprovação de modificações no corpo (tatuagens e etc) e o usa ritualístico da maconha como forma de se aproximar de Deus. O movimento Rastafári se popularizou rápido na Jamaica e muitos artistas se converteram a ele. No fim dos anos 1950, o ska, o rocksteady e o dub, gêneros musicais que precederam o reggae, começaram a extrapolar o território jamaicano e atingir alguns guetos do Reino Unido. Com a música, o Rastafári e a maconha foram de carona. Enquanto isso, outra revolução cultural dava as caras nos Estados Unidos tendo a cannabis como um de seus combustíveis.

8 – O Levante da Contra Cultura.

Enquanto os jamaicanos fumavam maconha para elevar seus espíritos, nos Estados Unidos dos anos 1940, a cannabis ganhava status ao ser consumida abertamente pelos mais importantes nomes do jazz como Charlie Parker e John Coltrane. Consequentemente, a erva se tornou um dos pilares da Geração Beat de Jack Kerouac e Allen Ginsberg. Foram eles, artistas intelectuais e, acima de tudo, brancos de classe média, que começaram a pressionar as autoridades pela descriminalização da maconha. Essa bandeira foi passada para os hippies alguns anos a frente. A luta pela descriminalização e legalização da maconha, ancorada em princípios como a liberdade e o fato de ser uma erva, ainda que psicoativa, que não causa grande dano ao corpo e tem baixa grau de dependência, segue firme até hoje e, em vários países do mundo, acabou vitoriosa. O próprio Estados Unidos, mesmo tendo uma sociedade altamente conservadora, já legalizou a erva em praticamente todos os seus estados. A mesma coisa aconteceu no nosso vizinho Uruguai e vários países da Europa. E esses movimentos, com o passar dos tempos, passaram a contar com pessoas que, não só queriam ser livres para fumar um baseadinho no fim de tarde, mas também entendiam a importância da cannabis para a medicina.

Allen Ginsberg em protesto pela legalização da maconha na década de 1960.

9 – Maconha & Medicina.

Ciência é coisa séria. Não adianta a gente se apoiar apenas nos relatos  de diversos usos da cannabis ao longo de milênios em diferentes sociedades.  É preciso que estudos confiáveis e criteriosos sejam feitos para comprovar que a maconha é uma planta com reais propriedades medicinais. Bom, a real é que esses estudos já foram feitos, tem a aprovação da classe acadêmica e científica e realmente comprovam a eficiência da cannabis no tratamento de epilepsia, Parkinson, glaucoma, câncer, esclerose múltipla e outras doenças. Tendo isso em vista, no Brasil o plantio de maconha para pesquisas e preparo de medicamentos já é permitido, mas ainda não é praticado. Ainda falta uma regulamentação da Anvisa para que isso se concretize. Faltam regras que determinem como e onde o cultivo pode acontecer. Nesse sentido, estamos muito atrasados. Afinal, uma coisa é se embrenhar num longo debate cheio de variantes sobre a legalização de uma erva psicoativa para uso recreativo. Outra coisa é regulamentar e permitir que as pessoas tenham acesso a uma planta que é barata e pode proporcionar bem estar e saúde, como já acontece em vários lugares do mundo.

10 – A maconha é pop.

O conceito de cultura pop, este conjunto de ideias, perspectivas, atitudes e imagens que emergem das massas, influenciadas pela mídia e pelo entretenimento, nasceu no início do século XX com a expansão dos meios de comunicação (rádio e cinema, posteriormente a televisão). De lá pra cá, cresceu, se tornou cada vez mais plural e democrática, e cada vez mais atuante e influente. E se tem uma coisa que faz parte da cultura pop desde o início, sendo celebrada, referenciada e ás vezes até criticada é a maconha! O que não faltam são canções de jazz e bebop sobre a erva desde os anos 1920. Depois, ela seria celebrada pelos beats em prosa e verso, viraria símbolo de liberdade nas mãos dos hippies e até hoje é tema de filmes, canções e livros, além de estampar camisetas, quadros, posters e etc. De Ella Fitzgerald a Snoop Dogg, passando por Black Sabbath e Willie Nelson, o que não faltam são canções sobre maconha, por exemplo. Desde sempre a maconha é pop!

Pois é. Realmente o tema é vasto e complexo. Mas também é interessantíssimo e muito sedutor. E nós da Strip Me estamos sempre ligados, sempre valorizando a liberdade, a diversidade e o meio ambiente. Então, se você quer incorporar uma plantinha a mais na sua urban jungle, quem somos nós para questionar! Tendo responsabilidade e consciência, tudo vale a pena, se alma não é pequena. Portanto, é claro que você vai encontrar, entre as nossas coleções de música, cultura pop, cinema, arte, dentre outras, algumas referências sempre muito descolada e bem humoradas sobre a cannabis. Confere lá na nossa loja e aproveita pra ficar ligado nos lançamentos, que pintam lá toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist pra te deixar de cabeça feita, com o que há de melhor em canções sobre a maconha. Maconha top 10 tracks.

Para assistir: Não dá nem pra pensar em outro filme senão o clássico de 1978 Up In Smoke, que imortalizou a dupla Cheech & Chong. Tá certo, não é um roteiro brilhante, mas é bem divertido e tem uma ótima trilha sonora. Além disso, é um marco do seu tempo. Um filme que merece ser visto.

Para ler: Vale a pena ler o relato bem humorado e muito bem detalhado sobre o surreal verão de 987, quando o litoral brasileiro foi inundado por latas cheias de maconha. O livro O Verão da Lata, de Wilson Aquino, lançado pela editora Leya em 2012 é um livro desses que a gente lê rapidinho, avidamente, se divertindo e sem ver po tempo passar. Leitura recomendada!

Pai pra toda obra!

Pai pra toda obra!

Tem pai de todo o jeito! E para homenagear cada um deles neste Dia dos Pais, a Strip Me selecionou 6 tipos de pais que nos representam!

Ser e estar são os dois verbos que melhor representam os pais. Afinal, uma vez que o cara se torna pai, ele vai ser pai pro resto da vida, com todas delícias e dissabores que a paternidade traz. E ser pai também significa estar sempre presente ao lado do filho, com todas as delícias e dissabores que possam surgir. A paternidade é realmente uma transformação. Mas calma. Apesar disso, o cara que se torna pai não perde sua essência, seus gostos, seus talentos… nada disso!

Por isso, a gente pode ver por aí vários tipos diferentes de pais, e todos são ótimos à sua maneira. Tem pai que é mais cuidadoso, tem pai que é mais comunicativo, tem pai que é mais engraçado, tem pai que é mais desengonçado… tem pai que é observador, tem pai que é prático, tem pai que é talentoso, tem pai que é esforçado. Pra não ficar ninguém de fora desta homenagem, selecionamos 6 tipos de pais que reúnem várias destas e outras características. Afinal, tem pai de tudo quanto é jeito. Mas só por serem pais, todos são caras f#d@s!

Tem pai que é músico e torna o ambiente da casa sempre mais divertido, repleto de sons! É o cara que tem sempre a playlist perfeita na ponta do dedo para cada ocasião, seja o churrasquinho de domingo, seja a brincadeira de esconde-esconde. Antes do bebê nascer, ele é o cara que cantava baixinho suas músicas favoritas para a barriga da mãe. Depois que o bebê nasce, não se cansa de presentear a criança com tamborzinhos e guitarrinhs de brinquedo. Afinal, vai que… Para estes pais, a Strip Me tem uma coleção sensacional de camisetas de música, que vão do rock ao samba, do pop ao jazz, com a maior personalidade e elegância!

Tem pai que é jardineiro. Ainda que essa não seja sua profissão realmente, a jardinagem para ele já se tornou uma paixão. É o cara que está sempre cuidando das plantas da casa e faz questão que as crianças brinquem descalças, pisando na grama e tendo contato direto com a natureza. Passeios em parques e bosques são frequentes e indispensáveis! É o pai que manja qual chá é melhor a criança tomar quando está com alguma indisposição e brinca com os filhos na varanda em dia de chuva, só pra sentir o cheiro da terra molhada. Pais como estes tem à sua disposição na Strip Me uma coleção super descolada de camisetas florais e de diferentes plantas, que celebram esse verdadeiro e super saudável estilo de vida!

Tem pai que é zen e faz de qualquer ambiente um lugar de tranquilidade e beleza. É o tipo de cara inteligente, conhecedor de culturas orientais e ocidentais, que preza pelo bem estar do ser humano em primeiro lugar. Pai cuidadoso, está sempre por perto, mas permite que seus filhos fiquem livres e à vontade para explorar ambientes, texturas, cheiros e sabores, desde que isso não lhes faça mal, é claro. É o pai que acendia incensos em casa durante a gravidez da mãe, e depois do parto, ajudou a montar o quarto do bebê utilizando o feng shui. Para pais como este a Strip Me tem as coleções Hippie e Mystic, com estampas transcendentes e de muito bom gosto!

Tem pai que é atleta e está sempre animadíssimo para curtir uma tarde de sol com a criançada! É o cara que sabe da importância de cuidar do corpo e sempre separa uma horinha do dia pra fazer uma corrida, andar de bike ou fazer uns exercícios ao ar livre. É o pai que providenciou rapidamente um body com o emblema do time do coração assim que seu bebê nasceu, vai ter o maior gosto em ensinar a criança a andar de bicicleta e mostrar que toda atividade esportiva pode ser uma grande diversão! Para este tipo de pai, a Strip Me tem muitas camisetas incríveis em diversas coleções, como a Tropics e a Cultura Pop, afinal, saúde e bem estar combinam com tudo!

Tem pai que é discreto. É aquele pai super atencioso com os filhos, é mais caseiro e sossegado. Não que não goste de curtir uma festa ou sair pra se divertir com a família. Mas é um cara mais despojado, que se liga em aproveitar os pequenos momentos. E passa isso com muita naturalidade para os filhos, seja no sofá curtindo um filme juntos, ou inventando brincadeiras no quintal domingo de tarde. É o cara que, mesmo estando cansado, vê beleza em levantar de madrugada para fazer o bebê voltar a dormir e gosta de conversar com as crianças sem usar trejeitos infantis e, mesmo assim, soar carinhoso. Este tipo de pai tem tudo a ver com a coleção de camisetas básicas da Strip Me. Além de contar com cores lindas, são camisetas com um tecido super macio, sustentável e com excelente caimento.

E tem também o pai de pet, é claro! Deixe que digam, que pensem, que falem, não tem nada de errado em ser um pai queridão de um doguinho ou de um gato, que sejam tratados com muito amor! Tem um pessoal grande por aí que diz que bicho é melhor do que gente, e não dá pra nós tirarmos muito da razão deles não, viu… De qualquer forma, tem também os pais de pet em dose dupla, ou seja, que é pai de pet, mas também tem um serumaninho como filho! E nada melhor do que um pai como esse, que ensina as crianças a amar e cuidar dos bichos e dar a eles muito amor! Para esses pais, a Strip Me tem mais do que uma coleção especial, chamada Pet Friendly, com estampas maravilhosas. Na compra de qualquer produto da Strip Me você pode ajudar uma ONG, Você escolhe entre a causa animal e o combate à fome. E a gente doa através do nosso parceiro O Pólen. Ou seja, não custa nada pra você e ajuda muita gente.

Olha, realmente tem todo o tipo de pai, e todos são incríveis! Nesta homenagem da Strip Me ao Dia dos Pais, celebramos o amor paterno em todas as formas. Afinal, pai é quem gera, mas também é quem cria, quem adota, quem dá amor e quem está sempre presente! Por falar em presente, você pode dar uma conferida no nosso site, pra ver em detalhes todas as estampas sugeridas neste post, mas também explorar a nossa loja todinha e ainda ficar por dentro dos nossos lançamentos, que pintam toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Em agosto de 2020 fizemos aqui no blog um post sobre filhos de pais famosos na música, que gerou a playlist Just Like Dad. No Dia dos Pais deste ano, vamos relembrar essa playlist, mas fazer também a parte 2 dela, com outras canções dos mesmos artistas. Just Like Dad Part 2 top 10 tracks.

Para assistir: Na onda de observar os diferentes tipos de pais, vale a pena conferir a comédia Pai em Dose Dupla, filme de 2015, escrito e dirigido por Sean Anders. Protagonizada por Will Ferrell e Mark Wahlberg, a produção é uma comédia do tipo pastelão, com alguma escatologia e boa dose de violência. É um roteiro simples e previsível, mas funciona bem e tem boas piadas. É um bom entretenimento.

Para ler: Falando em filhos de pais geniais, impossível não lembrar de Luís Fernando Veríssimo, filho do brilhante Érico Veríssimo. É tarefa hercúlea escolher apenas um título dentre a vasta obra de Luís Fernando Veríssimo para recomendar. Então vamos no óbvio, a compilação de crônicas Comédias da Vida Privada, lançado em 1994 pela editora L&PM, um livro delicioso e muito engraçado! Mas vale buscar por toda a obra do autor (e de seu pai também), pois é garantia de boa leitura.

8 verdades que você precisa saber sobre a Barbie.

8 verdades que você precisa saber sobre a Barbie.

A Strip Me aproveita o hype da boneca mais famosa do mundo, para trazer alguns fatos relevantes que vão fazer você ver o filme Barbie com outros olhos.

Ah! Que época gloriosa para se viver, esta que presenciamos agora! Temos o mundo na palma da mão, na tela do celular, acesso à informação, diversidade de mídias e liberdade! O que será que Horkheimer pensaria dos tempos atuais? Será que ainda sustentaria suas ideias sobre a indústria cultural servindo aos interesses do capitalismo, manipulando as percepções e preferências das pessoas? Vendo todo o rebuliço em torno do lançamento do filme da boneca Barbie, lançado dia 20 de julho, dá pra gente afirmar sem medo de errar que os conceitos desenvolvidos pela escola de Frankfurt estão mais vivos do que nunca, independente da evolução e aparente democratização das mídias.

Desde sua criação no fim da década de 1950, a Barbie se tornou rapidamente um ícone da cultura pop, e também alvo de inúmeras polêmicas e críticas. E o filme estrelado por Margot Robbie reacendeu essa chama com uma intensidade inacreditável. Tal qual o garotinho do Sexto Sentido vendo espíritos, nós estamos vendo Barbie o tempo todo, em toda parte. E tem gente defendendo, tem gente criticando… bom, pra ter uma opinião válida a respeito de qualquer coisa, a gente precisa entender o básico, pelo menos, né. Então, hoje separarmos 8 verdades que você precisa saber sobre a Barbie. Assim você pode assistir ao filme de peito aberto e tirar suas próprias conclusões!

1 – Nasce uma estrela.

Primeira Barbie lançada, em 1959.

A fábrica de brinquedos Mattel foi fundada pelo casal Elliot e Ruth Handler. Elliot era um artista no sentido mais clássico, um cara recluso, mas talentoso, já Ruth era empreendedora e prática. Ao contrário da maioria dos brinquedos da marca, que eram desenvolvidos por Elliot, a Barbie foi uma criação exclusivamente de Ruth. Ao ver sua filha, Barbara, brincando com bonecas de papel e criando histórias como se as bonecas fossem versões crescidas dela mesma, surgiu a ideia de uma boneca que retratasse uma mulher adulta. Algo que não existia até então. As crianças brincavam com bonecas que representavam bebês ou crianças, mas nunca uma mulher adulta. A ideia de Ruth foi recebida como loucura dentro da Mattel, mas ela insistiu e a boneca Barbie, inspirada no nome da filha do casal, foi lançada em 1959 e se tornou sucesso absoluto.

2 – Ruth depois da Barbie.

Ruth Handler, criadora da Barbie.

Ruth Handler tem sua vida tão intrinsicamente ligada à Barbie que chega a ser citada no filme. Não é para menos. Após seu lançamento, a Barbie se tornou um prodígio de vendas. A Mattel cresceu vertiginosamente ao longo dos anos 60. Porém, a contra cultura dos hippies, à partir de 1967, começou a bater forte em cima da Barbie, colocando o brinquedo como símbolo de superficialidade e consumismo ilimitado. No meio disso tudo, Ruth descobre um câncer que a afasta da Mattel. E nessa altura, ela já era vice-presidente da empresa. Os anos 70 chegam trazendo recessão e uma crise econômica pesada, em especial para os Estados Unidos. As vendas da Mattel despencaram. Ruth fez uma mastectomia e começou a se recuperar do câncer, mas mesmo assim acabou sendo afastada da Mattel, após uma descoberta de declarações de vendas e receitas falsas. O casal Handler chegou a ser indiciado por fraude. Ruth voltou à Mattel na década de 90 e lá permaneceu até seus últimos dias. Ela faleceu em 2002 aos 85 anos.

3 – Barbie Pop Art.

Portrait of BillyBoy – Andy Warhol (1986)

É improvável demais pensar que um ícone pop como a Barbie passaria batido pelo crivo de Andy Warhol. Mas, por incrível que pareça, quase passou. A boneca só caiu nas graças do artista e foi retratada por ele em 1986, pouco antes de Warhol morrer. Claro que ele sabia da existência da boneca, e possivelmente curtia sua estética fashionista. Mas não passava disso. Foi graças ao designer de joias BillyBoy, amigo íntimo de Warhol, que a Barbie foi eternizada sob a estética da Pop Art. Acontece que BillyBoy sempre foi um colecionador da Barbie, tinha centenas de bonecas. E Andy Warhol vivia pedindo que BillyBoy posasse para ele ou permitisse que ele pintasse um retrato dele. Discreto, BillyBoy sempre recusou o pedido do amigo. Até que, após mais uma investida de Warhol, BillyBoy disse: “Well if you really want to do my portrait, do a portrait of Barbie because Barbie, c’est moi.” Assim, Andy Warhol fez um retrato da Barbie e entitulou a peça como Portrait of BillyBoy. E todo mundo ficou satisfeito. Inclusive os fãs da Barbie.

4 – Barbie na alta costura.

Barbie desenhada por BillyBoypara a exposição Le nouveau théâtre de la mode.

Foi justamente BillyBoy o responsável por introduzir a Barbie no mundo fashion. O cara tinha uma coleção de mais de 11.000 bonecas Barbie e 3.000 bonecos Ken. Em 1987 escreveu o livro Barbie: Her Life and Times. Ele era realmente um apaixonado pela Barbie. Em 1984 BillyBoy e a Mattel se uniram para realizar uma grande exposição. Le nouveau théâtre de la mode (Novo Teatro da Moda) era uma exposição que contava com centenas de Barbies vestindo roupas em miniatura feitas por Yves Saint Laurent, Christian Dior, Kenzo e outros grandes estilistas. BillyBoy, além de ser o curador da exposição, chegou a trabalhar para a Mattel como designer, desenhando dois modelos de Barbie: “Le Nouveau Théâtre de la mode” em 1984 e “Feelin’ Groovy” em 1986. Porém, em meados da década de 90 BillyBoy se cansou da Barbie e abandonou sua coleção. Além de ser um talentoso designer, ele é muito bem humorado e diz ótimas frases. Quando perguntado sobre o que fez com que ele perdesse o interesse pela Barbie, ele respondeu: “”I think Barbie is no longer touching on the zeitgeist of the moment,”

5 – Barbie trabalhadora.

Um dos pontos positivos da Barbie, frente à enxurrada de críticas que sempre recebeu, é que ela nunca teve preguiça de trabalhar. E já apareceu em muitas profissões diferentes. Ao todo, são mais de 180 carreiras profissionais, que incluem policial, chef de cozinha, professora, piloto de avião, médica, engenheira de computação, diretora de cinema, arquiteta, empresária e muitas outras. Isso significa que, ainda que seja um brinquedo que imponha padrões de beleza e incentive o consumismo, também estimula a criança a encontrar sua própria vocação e vislumbrar um futuro onde pode trabalhar e ser independente. Deixa de lado o estereótipo feminino retrógrado de dona de casa. As centenas de Barbies de diferentes profissões, passam a mesma mensagem: Você pode ser quem você quiser.

6 – Barbie Estereotipada.

Tá certo. Muito bonita essa história toda. Mas a gente sabe que o buraco é mais embaixo. A Mattel demorou um pouquinho demais pra se ligar que estava passando uma mensagem bacana, mas sob a sombra de um imenso porém. A mensagem era: Você pode ser engenheira, médica, professora… desde que você você seja loira, esguia e tenha olhos azuis. Realmente a maior pedra no sapato a Mattel sempre foi a representatividade. Inegavelmente, a boneca estabelecia padrões claros, e altíssimos, de beleza e estética. A primeira Barbie negra foi lançado somente em 1980. Mas sem muito alarde. Só em 2016 que a Mattel passou a investir mais pesado nessa questão e lançou Barbies com três novos tipos de corpo, sete tons de pele, 22 cores de olhos, 24 penteados e novos acessórios diversificados, com referências a diferentes culturas e etnias. Ainda assim, a imagem icônica da Barbie loira de olhos azuis, retratada por Andy Warhol e encarnada na Margot Robbie ainda sustentam esse estereótipo com um padrão de beleza inalcançável.

7 – Barbie em baixa.

A virada do século XX para o XXI foi amarga para a Mattel. Desde a metade da década de 90 a empresa assistia as vendas da Barbie despencarem. Em 2013 o faturamento que batia mais de 10 bilhões de dólares até o começo dos anos 90, baixou para 6,5 bilhões. É muita grana, claro. Mas é uma queda considerável. Principalmente depois de 2010, com a popularização das redes sociais e a internet fazendo cada vez mais parte da vida das crianças e pré adolescentes, somadas às constantes críticas que sempre sofreu, era natural que as vendas caíssem tanto. Cada vez mais, como vaticinou BillyBoy, a Barbie se afastava do zeitgeist.

8 – Barbie volta com tudo!

Em 2016 a Mattel se lança num projeto longo e ambicioso. Não só aumentar as vendas da Barbie, mas transformá-la num ícone inconteste da cultura pop e fazer da marca Barbie um estilo de vida direcionado não só para crianças, mas também para adultos nostálgicos. Em 2015 a agência BBDO San Francisco elabora para a Barbie a campanha Imagine the Possibilities, onde comunica que a Barbie também é capaz de empoderar as garotas. No ano seguinte, alinhada a esta campanha, a Mattel lança a linha de Barbies com diferentes corpos e cores de pele, que mencionamos aqui um pouco acima. Enquanto tudo isso acontecia, a Mattel já negociava com a Warner a produção do filme live action da boneca. Em 2019 Greta Gerwig foi confirmada como roteirista e diretora do longa e Margot Robbie como protagonista. De 2015 pra cá, a Barbie ganhou evidência em várias mídias, por diferentes motivos. Vários comerciais de TV e várias bonecas diferentes sendo lançadas, desde uma Barbie com deficiência física, até uma Barbie inspirada no Ziggy Stardust! Portanto, não pense você que foi mero acaso, esse barulho todo em volta do lançamento do filme. Foi tudo muito bem pensado!

Então é isso. Os fatos comprovam que Horkheimer (não confundir com Oppenheimer) continua relevante e sua teoria sobre a indústria cultural se mantém implacável! E como diria Humberto Gessinger, o pop não poupa ninguém. Com seus prós e contras, essa rotatividade da cultura pop e sua iconoclastia exuberante são fascinantes! A Strip Me e sua arte antropofágica também se alimenta de hypes e tendências, mas sempre com muita personalidade e estilo, é claro! Então, você certamente vai encontrar na nossa loja algumas camisetas fazendo referência à Barbie. Basta dar uma conferida nas coleções de cultura pop e cinema. E tem ainda camisetas de música, arte, cervejas, games e muito mais. Além disso, no nosso site você fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com músicas que fazem referência à Barbie e outras bonecas. Barbie Top 10 tracks.

O mistério irresistível! – 8 Curiosidades sobre a Mona Lisa

O mistério irresistível! – 8 Curiosidades sobre a Mona Lisa

Ícone da cultura pop contemporânea, a Mona Lisa já tem 520 anos e segue despertando o nosso interesse. A Strip Me apresenta, portanto, 8 curiosidades sobre essa obra prima!

Poucos temas são tão polêmicos e fascinantes quanto a exaltação do belo. Isso no universo das artes plásticas, é claro. Afinal, todo mundo sabe que o Belo nunca fez parte do Exalta, então, não há o que se polemizar a respeito. Piadocas à parte, a beleza dentro das artes sempre foi uma espécie de paradoxo. Afinal, nem toda obra prima é necessariamente bela, e nem toda obra que apresenta muita beleza é necessariamente genial. Um dos exemplos mais completos deste paradoxo é a mundialmente famosa Mona Lisa, a obra mais conhecida do gênio Leonardo Da Vinci.

A Mona Lisa, também conhecida como “La Gioconda”, é uma das obras de arte mais enigmáticas e icônicas da história. Um dos maiores símbolos do Renascimento, a pintura é um exemplo magistral da habilidade de Da Vinci em capturar expressões humanas e sua maestria no uso da técnica sfumato.  A mulher retratada na tela não é lindíssima, mas tem um charme inexplicável. Ou seja, não é uma obra bela no sentido mais óbvio da palavra, mas é genial e inigualável por ser tão cativante e sedutora. Além disso, é considerada um tesouro nacional francês, apesar de sua origem italiana. A Mona Lisa tem seu lar no Louvre, em Paris, onde recebe milhares de visitantes curiosos todos os anos.

São tantas as histórias, lendas e teorias que rondam a Mona Lisa, que hoje a Strip Me apresenta 8 curiosidades muito interessantes sobre este que talvez seja o maior ícone da arte mundial de todos os tempos. Confere aí!

1- Nos tempos de Mona Lisa.
Francesco de Giocondo, um dos mais ricos mercadores de Florença, encomendou a Da Vinci um retrato de sua esposa, Lisa, em 1503. Logo o artista começou a trabalhar no retrato, mas seu perfeccionismo e a timidez e relutância da jovem para posar fez com que a obra ficasse pronta somente em 1506. A roupa retratada na Mona Lisa é uma das marcas da má vontade de Lisa para posar. Na época, era comum que os retratados vestissem suas melhores e mais pomposas roupas para posar para um quadro, mas a vestimenta da Mona Lisa, apesar de super atual para a moda da época, era muito sóbria. Outra marca disso é justamente o sorriso.

2 – O sorriso de Mona Lisa.
O famoso sorriso da Mona Lisa é motivo de especulação há séculos. Especula-se até que a expressão enigmática poderia ser devido a uma condição dental, como abscesso ou desgaste dentário. Um teoria fraca, tendo em vista que numa época tão insalubre, pouca gente devia ter uma dentição admirável. Mais fácil crer que a jovem Lisa não queria estar ali posando para Da Vinci e, como uma boa jovem, não conseguia esconder seu descontentamento ao fazer algo que não queria. Vale lembrar que, como era padrão na época, Lisa tinha 15 anos de idade quando se casou com Francesco. Quando posou para Da Vinci tinha por volta de 20 anos de idade. Ainda bem que Da Vinci acabou usando essa birra a seu favor, pintando um sorriso digno de Esfinge.

03 – De mão em mão.
A obra ficou pronta em 1506, mas não foi entregue à família Giocondo, porque Da Vinci já estava há meses trabalhado na obra sem ser pago. Assim, guardou o quadro para si. Em 1517 Da Vinci é contratado pelo rei da França, Francisco I, para ser artista da corte. Ele se muda então para Paris e leva consigo a Mona Lisa. Lá, o rei fica fascinado pela pintura e decide compra-la. Desde então, ela passou a fazer parte do acervo real francês. Depois de passar por vários palácios, como o de Versalhes e de Fontainebleau, Mona Lisa finalmente encontrou seu lugar no Museu do Louvre em 1797. Durante seu reinado, Napoleão Bonaparte ficou tão encantado com a Mona Lisa que decidiu tê-la em seu quarto particular. Mas não conseguiu permissão da diretoria do Louvre para tal e teve que se contentar com uma fidelíssima réplica.

Vicenzo Peruggia, o ladrão da Mona Lisa.

04 – O roubo de Mona Lisa.
Essa é uma história maravilhosa! No começo do século XX, trabalhava no Louvre um camarada chamado Vincenzo Peruggia, um italiano, que morava em Paris já há muitos anos. Ele era um pintor que trabalhava em restaurações no museu. No dia 21 de agosto de 1911, ele aproveitou que o museu estava fechado e conhecia bem as falhas da segurança, e simplesmente tirou a Mona Lisa da parede, jogou seu casaco por cima e foi pra casa. Por 28 meses, a obra permaneceu embaixo da cama de Peruggia, até que ele conseguiu um contato na Itália com o florentino Alfredo Geri, dono de uma galeria de arte. Peruggia afirmava que roubara a Mona Lisa porque ela deveria estar exposta na Itália, já que Da Vinci, e a própria Lisa Giocondo, eram italianos. (Nós, brasileiros, vendo o Abaporu num museu em Buenos Aires, te entendemos bem, Vicenzo…) Mas quando Alfredo Geri se ligou que estava diante da autêntica Mona Lisa, e não uma cópia, chamou a polícia no ato. Peruggia foi preso e, como retribuição, antes de voltar ao Louvre, foi permitido que a Mona Lisa fosse exposta algumas semanas na Galeria Uffizi, da qual Geri era o proprietário. Detalhe: antes de Peruggia ser capturado, durante a investigação, a polícia francesa tinha como um dos suspeitos pelo roubo ninguém menos que Pablo Picasso! Isso porque ele e seu amigo Guillaume Apollinaire viviam dizendo pelos cafés de Paris que todas as obras primas dos museus deviam ser destruídas, para dar lugar à arte moderna.

05 – Mona Lisa sob ataque.
1956 não foi um ano fácil para Mona Lisa. Primeiro, no começo do ano, um homem conseguiu jogar uma quantidade de ácido, que danificou a parte inferior da pintura, resultando em uma pequena marca perto do cotovelo direito da Mona Lisa. Mas a restauração foi rápida e bem sucedida. Porém, poucos meses depois, outro homem conseguiu atirar uma pedra na obra, que danificou o canto inferior direito. Justamente para não estimular novos ataques, estes casos foram muito pouco divulgados. Então, não se sabe quais foram as motivações dos ataques. Mas isso não impediu que novos atentados acontecessem. A pobre Mona Lisa já sofreu ataques de xícaras de café, bolo e tinta spray. Mas ela segue firme e forte, com seu sorrisinho sarcástico, e cada vez mais bem protegida, no Louvre.

06 – Será que ela é?
Uma das teorias mais antigas e persistentes relacionadas à obra é sobre a identidade da figura retratada na pintura. Enquanto a maioria dos especialistas concorda que é Lisa Gherardini, esposa de Francesco de Giocondo, há teorias alternativas que sugerem que a pessoa retratada pode ser uma amante secreta de Leonardo da Vinci, o que explicaria o ar de mistério que paira sobre a obra. Outra teoria, essa até mais ventilada por aí, diz que a Mona Lisa se trata de uma versão feminina do próprio artista. Sabidamente, Da Vinci era bissexual e curtia ter relações com homens. Décadas atrás, numa época em que a homossexualidade era vista com muito mais ódio e incompreensão, muita gente vinculou a aura de mistério da obra ao fato de Da Vinci estar representando ali, secretamente, seus desejos homossexuais e femininos que seriam supostamente reprimidos. Balela! Até porque, Da Vinci era um cara pra frente e bem resolvido, e não negava e nem escondia de ninguém seus desejos carnais. Tá certo ele!

07 – Códigos secretos.
Teoria da conspiração é o que não falta em torno da Mona Lisa. Desde a sua identidade, até supostos códigos secretos que Da Vinci teria escondido na obra, inclusive símbolos ligados à maçonaria. Mas nada disso é verdade. A real é que Da Vinci era um observador silencioso que escrevia para si mesmo, e não gostava de explicar suas obras para os outros. Isso consequentemente gerava, e ainda gera, especulações e interpretações das mais inusitadas. A principal razão pela qual Da Vinci não se daria ao trabalho de entupir a Mona Lisa de mensagem cifradas e subliminares é que a pintura não passava de um job para um cliente, um quadro que ia ficar na sala da família. No fim das contas, ele não foi pago, o quadro ficou com ele e deu no que deu.

08 – Fibonacci Style.
A história dos números da sequência Fibonacci, sua materialização gráfica e do homem por trás dessa teoria toda você já conhece, nós já te contamos aqui no blog. Para relembrar, clica aqui. Bom, o fato é que Mona Lisa é um dos principais exemplos da aplicação da sequência Fibonacci para estabelecer o que é sublime dentro da arte. A sequência pode ser aplicada em pelo menos quatro maneiras na obra, e em todas o resultado é o mesmo, encaixe perfeito. Enfim, só mais uma confirmação da genializade e maestria de Leonardo Da Vinci.

A Mona Lisa é pop, e não é à toa! Ela está presente na cultura pop, sendo referenciada em filmes, músicas e livros. Além disso, inspirou inúmeras paródias ao longo dos anos, com artistas recriando a pintura em estilos diversos, fazendo girar a boa e velha roda da antropofagia da arte! Coisa que aqui na Strip Me a gente considera ouro! Por isso, ela também está entre as maiores referências nas nossas camisetas de arte! Dá uma conferida lá no nosso site. Por lá você também encontra camisetas de cinema, música, cultura pop e muito mais, além dos lançamentos que pipocam toda semana.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com músicas que são como o sorriso de Mona Lisa: são intrigantes, até esquisitas, mas irresistíveis! Mona Lisa Smile Top 10 tracks.

Para assistir e para ler: É clichê, e muita gente considera uma bobagem. Mas tanto o livro quanto o filme O Código Da Vinci são muito legais e vale a pena serem consumidos! Claro, o livro é bem melhor que o filme. Mas o filme é um baita entretenimento também. Realmente é uma bobagem, sem nenhum embasamento histórico factual. Mas é divertido!

12 Filmes que contam a história do Rock! Parte 2

12 Filmes que contam a história do Rock! Parte 2

No mês do rock, a Strip Me apresenta 12 histórias de cinema, sobre alguns dos mais importantes artistas da música pop!

O Dia Mundial do Rock é mais brasileiro do que mundial. Basta você procurar mundo afora para ver quem realmente comemora essa data fora do Brasil. A história toda por trás disso é interessante. O dia 13 de julho de 1985 entrou para a história por conta do Live Aid, o grande festival que rolou simultaneamente nos Estados Unidos e Inglaterra e foi televisionado para o mundo todo. O evento reuniu gente como Paul McCartney, The Who, Queen e muitos outros. Aqui no Brasil o festival teve uma audiência enorme, já que o país ainda respirava a euforia do Rock In Rio, que aconteceu em janeiro daquele ano. Numa entrevista, falando sobre o Live Aid, Phil Collins, emocionado após ter participado do festival, declarou: “O dia 13 de julho deveria ser lembrado como o dia mundial do rock.” Pouca gente deu atenção a isso, exceto os jornalistas brasileiros. Desde então, rádios e publicações brasileiras dedicadas ao rock passaram a celebrar a data, e a moda pegou. E cá estamos. Celebrando o nosso brasileiríssimo Dia Mundial do Rock!

Para celebrar esse dia, selecionamos 12 filmes que ajudam a contar a história do rock n’ roll mundial e brasileiro. A lista foi dividida em duas partes. A primeira, publicada semana passada, você pode ler clicando aqui. E hoje apresentamos a parte 2, celebrando não só o dia 13, mas o mês de julho, que pode ser realmente considerado o mês do rock! Então já vai treinando o air guitar aí e confira a parte 2 da nossa lista de filmes sobre o rock n’ roll.

Last Days (2005)

Keyart for Last Days.

Incluir esse filme na lista é foi uma decisão difícil. Primeiro porque não é uma obra literalmente sobre um artista real, segundo porque é um filme muito mais introspectivo, pesado, sem praticamente nenhum apelo comercial. É o que a turma costuma chamar de filme cabeça, que pode ser um sinônimo de filme chato. O longa é escrito e dirigido por Gus Van Sant e foi inspirado nos últimos dias de vida de Kurt Cobain. Na verdade trata-se sim de um relato bem fiel do que foram os últimos dias de Cobain em sua casa, antes de se matar. Os nomes dos personagens foram alterados simplesmente porque não se chegou a um acordo entre o cineasta e a família de Cobain, com relação a diretos e tal. Apesar de não ser uma produção empolgante, cheia de música e personagens carismáticos, como estamos acostumados a ver na maioria das cinebiografias, Last Days é um filme muito bom, com uma fotografia cuidadosa, ótima atuação do protagonista Michael Pitt e que transmite com eficiência desoladora a angústia de alguém que não vê mais sentido na vida.

Simonal (2018)

Wilson Simonal foi um artista como poucos no Brasil. Misturou ritmos, praticamente criou um estilo novo, que viria a influenciar toda a música pop brasileira, do samba ao rock. Chegou a ser o artista mais bem pago do país, vendeu mais discos que Roberto Carlos e, quando estava no auge de sua carreira, levou um tombo do qual nunca mais se recuperaria. Foi acusado de colaborar com os militares e dedurar artistas considerados subversivos, durante a ditadura de 1964. Até hoje essa história é questionada. Leonardo Domingues escreveu e dirigiu Simonal, filme que retrata com muita beleza e fluidez a trajetória de Simonal ao estrelato, seu posicionamento contra o racismo e a controversa relação do cantor com a política. É um filme muito bem feito mesmo, com um roteiro muito bem elaborado, uma história interessantíssima e muita música boa.

The Doors (1991)

“Is everybody in? The ceremony is about to begin.”Sim, este é um dos filmes mais icônicos dos anos 90! Tudo convergiu para que este filme se tornasse um clássico imediato. A música dos Doors, a persona de Jim Morrison, que o ator Val Kilmer incorporou de maneira quase xamânica e a estética de videoclipe do diretor Oliver Stone. Se parar pra pensar, o roteiro em si não tem nada de novo. É a história de uma banda que começa por baixo, tem talento, consegue gravar um disco, faz sucesso, se perde em excessos… Mas Jim Morrison foi um artista único no rock. Mais poeta que músico, mais blues que rock, mais inconformismo que depravação, mais alucinógenos que insanidade. Oliver Stone arrebenta na direção deste filme, a edição e montagem são alucinantes, os diálogos são ótimos, a trilha sonora excelente… tudo funciona! Um filme para ver e rever!

Legalize Já – Amizade Nunca Morre (2017)

Skunk idealizou e ajudou a compor o material da banda Planet Hemp, mas não viveu para ver o seu sucesso e a polêmica que iria causar em todo o país. Entretanto, seu legado está presente e é reverenciado até hoje. Mas ele não fez isso sozinho. Ao seu lado estava seu grande amigo Marcelo D2. O filme Legalize Já retrata com propriedade o início da amizade entre Skunk e D2, a formação da banda Planet Hemp e o início do seu sucesso com o disco Usuário, lançado em 1995. Dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, e escrito por Felipe Braga, o longa tem uma cara de filme independente, uma fotografia ousada e muito bonita, além de ótimas atuações e uma ótima trilha sonora. Um filme para o qual se mantenha o respeito.

Bohemian Rhapsody (2018)

O diretor Bryan Singer ficou conhecido por conceber os melhores filmes da franquia X Men, além de ter dirigido o excelente Os Suspeitos, um filmaço de 1995 subestimado pela crítica. Mas foi em Bohemian Rhapsody que ele mostrou o grande diretor que é, ao retratar com tanta exuberância e cuidado a vida de Freddie Mercury e a obra do Queen. É verdade que o longa tem algumas falhas.  O roteiro de Anthony McCarten e Peter Morgantem tem alguns furos, além de alguns fatos sobre a banda serem omitidos e outros inventados, mas tudo em nome da boa e velha licença poética, que libera certos dribles na realidade para tornar a obra mais suculenta e apetitosa. O filme é vigoroso e vale a pena ser visto! Ah, sim! Há de se exaltar a brilhante atuação de Remi Malek como Freddie Mercury. O cara mandou bem demais! E a reprodução no filme da apresentação do Queen no Live Aid (olha o dia do rock aí!) é impecável!

Tim Maia (2014)

A história de Tim Maia chega a ser inacreditável! Dessas que quem ouve falar diz “Nossa, a vida desse cara dava um filme”. Pois é. Não bastou ser um dos maiores cantores do país, Tim Maia ainda teve uma vida intensa e cheia de momentos dignos de nota. A infância pobre no Rio de Janeiro. A banda promissora que foi desfeita depois de uma traição, a viagem aos Estados Unidos, a juventude transviada das drogas, a deportação e finalmente a ascensão na música. Mas não pára por aí, porque depois ainda vem a fase Racional, a criação de seu próprio selo, os shows que ele foi e os que ele não foi e a morte que quase aconteceu em cima do palco. Com uma história dessas, seria muito difícil sair um filme ruim. Ainda bem que Mauro Lima, que escreveu e dirigiu o filme, que foi inspirado no livro Vale Tudo, de Nelson Motta, soube aproveitar essa história e realizar um filmaço! Com uma direção fluída, ótima fotografia e atuações espetaculares. A trilha sonora, não precisamos nem dizer, é do c#r@l§! E se você está se perguntando o que o Tim Maia tem a ver com o rock, basta você saber que, além de ter feito uma música influente em todas as vertentes, estamos falando do cara que assumia bem humorado que, antes dos shows, praticava o triátlon, ou seja, mandava pra dentro whisky, maconha e cocaína. Se isso não é rock n’ roll, meu amigo…

Menção Honrosa

Ainda que o dia 13 de julho seja considerado o Dia Mundial do Rock mais aqui no Brasil mesmo, certamente, o mês de julho deve ser celebrado como o mês do rock n’ roll, independente disso. Em especial o dia 5 de julho é deveras significativo para a história do rock. Afinal, foi nesse dia que Elvis Presley, acompanhado de Scotty Moore e Bill Black gravou no estúdio da Sun Record a música That’s Alright Mama, a primeira gravação de Elvis, que se tornou popular e influenciou gerações a seguir. Por isso mesmo, não podemos deixar de citar o ótimo filme Elvis, escrito e dirigido por Baz Luhrmann, lançado em 2022. É um filme vigoroso e muito bem produzido, que conta toda a trajetória de Elvis. O longa conta com Tom Hanks, brilhante no papel de Coronel Tom Parker, e Austin Butler numa impressionante interpretação de Elvis. Não é só que o filme é bom, mas também a história de Elvis e sua música são inigualáveis. Não é à toa que ele ficou conhecido como o Rei do Rock, tendo influenciado todo mundo que veio depois dele. Inclusive os Beatles, cuja primeira apresentação nos Estados Unidos aconteceu no dia 5 de julho de 1964. É… talvez seja boa ideia a gente rever esse dia do rock no mês de julho.

Seja dia 5 ou dia 13, não importa! Porque todo dia é dia de rock! Pelo menos pra nós aqui da Strip Me! Por isso estamos sempre produzindo camisetas instigantes e provocadoras, além de super descoladas, claro! Entra na nossa loja pra conferir! Toda semana pintam novos lançamentos, e lá você encontra camisetas de música, cinema, arte, cultura pop e muito mais!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com músicas dos artistas biografados nos filmes citados neste texto! Rock no Cinema (Parte 2) top 10 tracks.

12 filmes que contam a história do rock! Parte 1

12 filmes que contam a história do rock! Parte 1

No mês do rock, a Strip Me apresenta 12 histórias de cinema, sobre alguns dos mais importantes artistas da música pop!

Que o rock n’ roll é mais que um gênero musical, mas um estilo de vida, todo mundo sabe. Porém, algumas vidas são mais interessantes que outras, e elevaram alguns artistas a um status de quase divindade. E, na grande maioria dos casos, esse status é, ao mesmo tempo, a glória e a ruína. Afinal, convenhamos, a maioria das histórias são bem parecidas. Um artista de origem humilde, com muito talento, ascende ao estrelato, se perde em excessos de todo tipo e alguns ficam pelo caminho e outros dão a volta por cima. Mas todos acabam virando lendas.

O cinema é prodígio em contar essas histórias com muita eficiência. São muitos os filmes que se prestam a retratar a vida de artistas famosos. O Dia do Rock é 13 de Julho. Portanto, aproveitamos para declarar o nosso amor ao rock n’ roll elencando alguns dos melhores filmes sobre artistas que ajudaram a moldar essa música e esse estilo de vida que a gente tanto adora! Selecionamos 12 filmes e dividimos este post em 2 partes. Hoje você confere 6 filmes e semana que vem, um dia antes do Dia do Rock, publicamos a segunda parte deste texto. Então prepara a pipoca e se liga na nossa lista!

Minha Fama de Mau (2019)

Assim como a maior parte das cinebiografias já feitas, este filme foi escrito baseado no livro de mesmo nome, que conta a história de Erasmo Carlos. No caso, o livro é uma autobiografia muito bem escrita e recheada de boas histórias. O filme consegue transmitir a mesma leveza e ingenuidade dos primeiros anos da Jovem Guarda e a evolução de Erasmo como músico e pessoa. Claro, sem a complexidade do livro, por falta de tempo e espaço. Mas Lui Farias dirige o filme com competência, o roteiro, escrito a seis mão por L.G. Bayão, Lui Farias e Letícia Mey, é superficial, mas se sustenta bem, principalmente por conta de seus personagens serem nossos velhos conhecidos, Erasmo Carlos é interpretado por Chay Suede com elegância. Minha Fama de Mau é um filme bem divertido, uma sincera ode aos primórdios do rock n’ roll brasileiro e a um de seus principais nomes.

What’s Love Got to Do with It (1993)

Este filme saiu no Brasil em 1994 sob o título Tina – A Verdadeira História de Tina Turner. O título original, além de aludir a uma das músicas mais famosas de Tina Turner, tem tudo a ver com o enredo do filme, que conta a história de Turner desde a infância até o auge de sua carreira, passando pelo seu conturbado casamento com Ike Turner. O filme é dirigido pelo britânico Brian Gibson, responsável pela cinebiografia de Frida Kahlo como produtor, além de dirigir o divertidíssimo Still Crazy, filme sobre uma banda fictícia dos anos 70. O roteiro é assinado por Kurt Loder e Kate Lanier, além da própria Tina Turner. É um filme muito bem executado, com uma excelente trilha sonora e cenas bem dramáticas. Tina Turner teve uma vida sofrida, mas repleta de êxitos e momentos inesquecíveis. O filme é muito bom, teve algumas indicações ao Oscar, inclusive, mas foi soterrado por uma avalanche de ótimos filmes naquele ano, como A Lista de Schindler, Philadelphia, Jurassic Park, O Fugitivo, Em Nome do Pai e Sintonia de Amor.

Elis (2016)


Não é exagero dizer que Elis Regina é a maior cantora brasileira de todos os tempos. Da mesma forma, não é forçar a barra incluí-la numa lista dedicada a artistas do rock n’ roll. Sempre foi uma artista controversa e disposta a romper com qualquer limite imposto. Por isso mesmo, ela fez parte da passeata contra a guitarra elétrica nos anos 60, e nos anos 70 não economizou nas distorções e frases bluesy para cantar canções do Belchior. Elis teve uma vida tão intensa, que as quase duas horas de filme não são suficientes, e muita coisa ficou de fora. Mas Hugo Prata, que dirigiu e escreveu o filme, com o apoio dos roteiristas Luiz Bolognesi  e Vera Egito, entrega um filme bem acabado, com uma fotografia vigorosa, boas atuações, mas um roteiro superficial e um pouco atropelado. Mas só pela trilha sonora e pela fotografia, já vale a pena assistir.

Walk the Line (2005)

Também conhecido por Johnny e June, este filme é baseado em um dos melhores livros de rock n’ roll já escritos: a autobiografia de Johnny Cash! O livro tem uma riqueza de detalhes e um tom confessional tão impactantes, que chega a ser surpreendente que o filme não deixe muito a desejar em relação ao livro. Isso quer dizer que se trata de um baita filme bom! A química entre Joaquim Phoenix e Reese Whiterspoon interpretando Johnny Cash e June Carter Cash é avassaladora! Além disso, o roteiro é muito bem amarrado e rico em grandes cenas e bons diálogos. James Mangold escreveu e dirigiu o filme com brilhantismo. Aliás, um ótimo diretor. Vamos lembrar que ele é o homem responsável por Garota Interrompida, além de ter concebido o mais profundo filme sobre um personagem de histórias em quadrinho, o excelente filme Logan, de 2017. Walk the Line é um filmaço, responsável por apresentar o contestador e cascudo Johnny Cash às novas gerações. Só por isso, já merece nosso respeito.

Cazuza: O Tempo não Pára (2004)

A verdade é que este filme acabou gerando quase tanta polêmica quanto a própria vida de seu personagem principal. Não que o filme seja ruim. É um bom entretenimento, mas deixou de fora muita coisa importante da vida pessoal e profissional de Cazuza. Um dos maiores motivos de discussão foi que o filme sequer cita os nomes de duas pessoas muito próximas de Cazuza: Lobão e Ney Matogrosso. Lobão era o melhor amigo de Cazuza, e os dois viviam juntos pra cima e pra baixo, e compuseram várias músicas juntos, a mais famosa é Vida, Louca Vida. Já Ney Matogrosso foi um dos primeiros namorados de Cazuza, o caso de amor dos dois durou pouco tempo, mas foi o suficiente para ficar na história, mas não no filme. Cazuza: O Tempo não Pára foi dirigido por Walter Carvalho e Sandra Werneck, e escrito por Lucinha Araújo, Fernando Bonassi e Victor Navas. O filme é um bom entretenimento, mas não passa disso. Quem melhor definiu o longa foi justamente Lobão, que, ao ser perguntado sobre o filme, disparou: “Parece um episódio de Malhação.”

Rocketman (2019)

Elton John é um dos artistas mais intrigantes do rock n’ roll. É originalíssimo e mega talentoso, mas também carrega uma tonelada de referências externas. Tem virtudes comparáveis aos maiores gênios. O lirismo de Freddie Mercury, as melodias de Paul McCartney e a estética de David Bowie. Essa personalidade multifacetada e exuberante é lindamente retratada no excelente filme Rocketman. Um filme de fotografia e edição impressionantes, roteiro incrivelmente bem amarrado e quebrando paredes, e uma direção fantástica. É uma das melhore cinebiografias já feitas, sem sombra de dúvidas. Há quem torça o nariz para o filme, por ele ser muito próximo de um musical. Mas as pessoas esperavam o que? Afinal é a vida do Elton John! Só poderia ser contada através da música (e de figurinos excêntricos, claro). O filme tem a direção de Dexter Fletcher e roteiro de Lee Hall. E é um filme imperdível!

Essa foi a primeira parte da celebração da Strip Me pelo ia do Rock! Na semana que vem você confere a segunda parte dessa lista, com mais 6 filmes sobre grandes nomes do rock ‘n roll. Enquanto não chega essa parte 2, você pode dar aquela conferida no nosso site e escolher suas camisetas favoritas da nossa coleção de camisetas de música. Aproveita e dá uma olhada nos lançamentos, que pintam na nossa loja toda semana, além de camisetas de cinema, arte, cultura pop e muito mais. Barulho, diversão e arte é com a gente mesmo!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com músicas dos artistas biografados nos filmes citados neste texto! Rock no Cinema (Parte 1) top 10 tracks.

Para ler: Sem dúvida, entre todos os livros que inspiraram filmes, um dos melhores e mais impactantes é Cash, a autobiografia de Johnny Cash. Direto ao ponto, com uma escrita fluída e simples, Johnny Cash coloca nas páginas toda a sua vida, suas virtudes, seus pecados, seus altos e baixos, sua relação com a família, com a música, com o amor, com a religião e consigo mesmo. É um relato fortíssimo e inspirador. Livro praticamente obrigatório, de tão bom.

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