Os anos 80 foram marcados por uma mudança drástica na indústria cinematográfica, com uma profusão incontável de filmes com uma nova estética e linguagem. A Strip Me dá uma geral nessa década única para o cinema, elencando os filmes mais emblemáticos dos anos oitenta.
O cinema dos anos 80 foi um verdadeiro furacão cultural. Foi a década que consolidou o blockbuster, elevou os efeitos especiais a um novo patamar e nos presenteou com algumas das histórias mais incríveis já contadas na telona. Além disso, a estética vibrante, as trilhas sonoras inesquecíveis e o carisma dos personagens criaram um legado que nos atrai até hoje. Dos filmes de ação aos sci-fi visionários, passando pelas comédias adolescentes e aventuras inesquecíveis, essa foi uma época em que Hollywood encontrou a fórmula perfeita para capturar a imaginação do público.
Não é à toa que o cinema dessa década ainda influencia produções atuais, seja por meio de continuações tardias, reboots, ou pela infinidade de referências espalhadas em filmes e séries modernas. Para não deixar dúvida a esse respeito, a Strip Me fez um difícil recorte para chegar a um top 10 definitivo dos filmes mais marcantes dos anos 80. A lista está em ordem cronológica, já que a intenção não é estabelecer que um é melhor que o outro.
A continuação que não apenas superou o original, mas também elevou a franquia Star Wars a um nível de excelência raramente visto em sequências. Isso sem falar das cenas inesquecíveis e largamente parodiadas. “Luke, eu sou seu pai”… precisa dizer mais alguma coisa?
Apertem Os Cintos, O Piloto Sumiu ( 1980)
Jim Abrahams, David Zucker e Jerry Zucker reinventaram a comédia nonsense neste clássico repleto de referências à cultura pop, que gerou dezenas de filmes semelhantes nas décadas seguintes, de Corra que A Polícia Vem Aí até Todo Mundo em Pânico.
Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
Aventuras nunca mais foram as mesmas depois que Harrison Ford colocou o chapéu e empunhou o chicote e quase foi esmagado por uma bola de pedra gigante. Steven Spielberg e George Lucas redefiniram o gênero com esse clássico, que deu origem a uma franquia campeã de bilheteria com 5 filmes lançados.
Blade Runner (1982)
O cyberpunk nasceu aqui. Visualmente deslumbrante e filosoficamente profundo, esse sci-fi influenciou tudo que veio depois, de Matrix a Westworld. Além do texto brilhante, trouxe inovações em efeitos especiais nunca vistos antes.
Steven Spielberg em sua melhor forma emocional, consegue traçar a linha mais evidente que diferencia os anos 70 e os anos 80 no cinema. Ele próprio dirigiu, em 1977, um outro filme envolvendo aliens, que é muito mais denso e sombrio. Já em E.T. ele traz uma história cheia de aventura, leve e envolvente sobre a amizade entre um menino e um alienígena, que conquistou corações no mundo todo. Além de redefinir a imagem que todo mundo tinha de um alienígena.
Quem você vai chamar? Essa mistura de comédia, terror e ficção científica trouxe efeitos inovadores e personagens que são lembrados até hoje. Isso sem falar no visual, o carro, a logo, os uniformes, os equipamentos… E, pra completar o pacote, uma trilha sonora inesquecível.
De Volta Para o Futuro é a síntese dos anos 80, evidenciando sua estética, o comportamento e a sociedade em geral. Até porque evidenciando tais características, reforça a diferença entre épocas tão distintas como os idílicos anos 50 e os caóticos anos 80. Essa diferença na cara, deixa o filme bem mais divertido. Viagens no tempo, DeLorean, Marty McFly e Doc Brown formam um combo inesquecível que ainda gera discussões e teorias entre os fãs.
O Clube dos Cinco (1985)
Sem sombra de dúvidas, este é o filme que capturou o espírito adolescente da década de 80. John Hughes definiu o gênero com esse drama sensível e atemporal sobre cinco jovens descobrindo suas identidades. É um filme teen, mas com uma profundidade poucas vezes vista antes no gênero. Um clássico atemporal.
Top Gun (1986)
Está tudo lá! Cenas deslumbrantes de ação, aviões fazendo manobras, Tom Cruise, óculos aviador, jaqueta de couro e uma trilha sonora arrebatadora. Esse filme elevou o conceito de blockbuster a um novo patamar e virou sinônimo de cultura pop oitentista.
Duro de Matar (1988)
John McClane chegou para reinventar o cinema de ação. Um herói improvável preso em um arranha-céu tomado por terroristas. Fórmula perfeita para um dos maiores thrillers de todos os tempos. Depois dele, se tornou comum ver no cinema um cara sozinho explodindo coisas aos borbotões e salvando o dia. Yippee-Ki-Yay, motherf*cker!
Bateu na trave, mas não entrou.
Alguns filmes foram deixados de fora com muita dor no coração, mas não podemos ignorar sua importância. Afinal são filmes populares até hoje, influenciaram muita gente e tem a cara dos anos 80. São eles:
Curtindo a Vida Adoidado Os Goonies Dirty Dancing Quero Ser Grande Máquina Mortífera
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O cinema dos anos 80 moldou a cultura pop de forma única, criando personagens, visuais e histórias que continuam vivos na memória coletiva. Seja revendo essas obras ou percebendo suas influências em filmes e séries modernos, uma coisa é certa: essa década colorida e tresloucada nunca será esquecida! E, no que depender da Strip Me, não só não será esquecida, como será sempre celebrada. Dá uma conferida na nossa coleção de camisetas de cinema pra ver. E não é só isso, tem as camisetas de música, cultura pop, bebidas e muito mais. Além disso, no nosso site você fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Claro, uma playlist caprichada com o que tem de melhor nas trilhas sonoras dos filmes citados no texto. Cinema 80’s top 10 tracks.
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Entre todos os clichês do cinema, certamente o beijo entre o casal protagonista de um filme é o mais antigo, e segue firme, forte e necessário. Portanto, a Strip Me se enche de romantismo para listar as 10 cenas de beijo mais marcantes do cinema.
O beijo no cinema é um dos artifícios mais antigos da sétima arte para transmitir paixão, desejo, romance ou até mesmo um alívio cômico. Quando bem feito, um beijo na tela pode mudar completamente a percepção do filme e se tornar um ícone da cultura pop. São tantos momentos importantes, alguns deles sendo o clímax do filme, que fica difícil simplesmente listas os 10 melhores. Até porque isso vai depender muito dos critérios adotados para tal seleção, o gosto e o conhecimento sobre filmes de cada pessoa. Ou seja, é uma lista polêmica, que com certeza vai ficar faltando aquele beijo daquele filme que você ama.
Mas a Strip Me está aqui para encarar esses desafios! E listas são com a gente mesmo! Portanto, confira a nossa lista dos beijos mais marcantes da história do cinema.
O beijo de George McFly (Crispin Glover) e Lorraine Baines (Lea Thompson) pode não ser o mais arrebatador da lista, mas é, sem dúvida, um dos mais importantes. Afinal, sem ele, Marty McFly (Michael J. Fox) literalmente deixaria de existir! Esse beijo não apenas sela o destino do casal, mas também garante a continuidade da linha do tempo.
Cidade de Deus (2002)
O filme que marca a retomada do cinema brasileiro no século XXI. Um verdadeiro clássico, com uma fotografia lindíssima, trilha sonora arrebatadora e roteiro impecável! E não podia faltar, é claro, uma cena de beijo pra ninguém botar defeito. Beijo apaixonado tendo praia como plano de fundo é clichê? É, mas também é um filme quer é a cara do Rio de Janeiro. O beijo entre Buscapé (Alexandre Rodrigues) e Angélica (Alice Braga) é um raro momento de doçura em meio ao caos da favela. É tímido, mas cheio de significado.
Homem Aranha (2002)
Quem diria que um filme de super herói iria gerar uma das cenas românticas mais criativas dos últimos tempos. Mais uma dessas cenas que muito casal certamente já reproduziu. O beijo de cabeça para baixo entre Peter Parker (Tobey Maguire) e Mary Jane (Kirsten Dunst) redefiniu as cenas de beijo no cinema. É icônico, inesperado e genuinamente criativo.
Diário de Uma Paixão (2004)
Não dá pra negar que se trata de um filme ousado. Afinal, é muito cômodo fazer um filme cheio de referência e reverência a gêneros como o terror, filmes de guerra e até mesmo filmes western ou de kung fu. Mas aqui trata-se de um filme que homenageia o melodrama, os filmes românticos como Casablanca. E o faz com perfeição. A cena do beijo apaixonado de Noah (Ryan Gosling) e Allie (Rachel McAdams) debaixo de uma chuva torrencial é tão linda, que virou até o cartaz do filme.
Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembrança (2004)
O filme mais triste do genial roteirista Charlie Kaufman, um filme de romance todo desconstruído e encharcado em filosofia. É uma verdadeira obra de arte. O beijo entre Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) na praia é um dos mais melancólicos e simbólicos do cinema. Em meio ao apagamento de memórias, esse beijo expressa o desejo de preservar um amor que, mesmo fadado ao esquecimento, continua a se repetir de forma inevitável e apaixonada.
Lisbela e o Prisioneiro (2004)
Guel Arraes acertou a mão mais uma vez com este filme delicioso, uma comédia romântica com todos os clichês do mundo, e que fazem com que o filme funcione muito bem, justamente por isso. A cena em que Lisbela (Débora Falabella) e Leléu (Selton Mello) se beijam dentro da sala de cinema é metalinguagem pura, e uma cena encantadora.
O Segredo de Brokeback Mountain (2005)
Um filme corajoso, acima de tudo. Mas, claro, é sim um ótimo filme, esteticamente lindo, com um roteiro muito bom e com atuações impecáveis! O primeiro e revelador beijo entre Ennis Del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhaal) é um momento de pura emoção e intensidade. Carregado de desejo reprimido e sentimentos conflitantes, esse beijo não é apenas um marco para a história do cinema, mas também um dos mais impactantes e inesquecíveis já filmados.
O Homem do Futuro (2011)
Nesse divertido filme que mistura comédia romântica e ficção científica, a cena crucial do beijo acontece justamente quando o protagonista desiste de ir e voltar no tempo tentando resolver seus problemas, para se entregar à sua paixão. O beijo em questão acontece entre João (Wagner Moura) e Helena (Alinne Moraes) e carrega um misto de nostalgia e emoção, já que ele tenta corrigir os erros do passado e reconquistar seu amor.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)
Esse é um dos filmes mais belos e sensíveis do cinema brasileiro dos últimos vinte anos. Uma obra singela, e ao mesmo tempo corajosa sobre a descoberta do amor e aceitação. O beijo entre Leonardo (Guilherme Lobo) e Gabriel (Fabio Audi) é um dos mais sensíveis e marcantes do cinema nacional recente. É a materialização do despertar do primeiro amor de forma delicada e natural.
Bacurau (2019)
Uma das obras mais impactantes do cinema brasileiro dos últimos tempos. Apesar de ser um filme de ação e suspense, há uma cena de beijo intensa entre Teresa (Bárbara Colen) e Acácio (Thomas Aquino), que acontece em meio à tensão e ao espírito de resistência da história.
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Que lista maravilhosa, hein!? Claro, faltam dezenas de beijos memoráveis. Afinal, seja um beijo clássico de Hollywood ou uma cena moderna, poucas coisas na telona são tão mágicas quanto um beijo bem dado. E a Strip Me celebra cada momento mágico do cinema, e neles se inspira para criar camisetas lindas e super descoladas. Vai lá no nosso site e confere a coleção de camisetas de cinema, de música, de cultura pop, arte, bebidas e muito mais. Por lá você também ficva por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist super romântica, totalmente dedicada a um bom beijo! Beijo Top 10 tracks.
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Desde sempre o cinema tem uma relação íntima com a literatura. Acontece que, de vez em quando, essa relação é meio escondida, e pouca gente fica sabendo. Por isso, hoje a Strip Me revela 10 filmes excelentes que são baseados em livros, e provavelmente, você não sabia.
É bem óbvio, na real, que o cinema tenha se desenvolvido muito graças a literatura. Pensa bem, quando se descobriu que dava pra gerar imagens em sequência, com movimento e tudo, os primeiros experimentos foram feitos procurando contar histórias simples e conhecidas. Ou seja, histórias contadas em livros. A primeira adaptação literária para o cinema mais conhecida é Cinderella, curta metragem de 1899, dirigida pelo francês Georges Méliès, que utilizou como roteiro o livro Cendrillon ou La Petite Pantoufle de Verre (mais conhecido por aqui simplesmente por Cinderela), de Charles Perrault, escrito e publicado em 1697. De lá pra cá, o cinema usou e abusou das mais diversas obras literárias. De Os Miseráveis a Harry Potter. Ou seja, uma das questões mais emblemáticas da sociedade moderna certamente é: Qual é melhor, o filme ou o livro?
Claro, além de subjetiva, é uma resposta muito pessoal. Mas dá pra gente afirmar que, de maneira geral, o livro é melhor que o filme por uma única razão: A imaginação é ilimitada, já o cinema, por mais que tenha efeitos visuais modernos, tem suas limitações. Por exemplo, as imagens que você vai criando na sua mente ao ler Alice no País das Maravilhas são únicas. Além disso, o livro não tem a limitação de tempo que o o cinema impõe. Assim, pode descrever cenas e contar detalhes sobre determinada história que acabam não entrando no filme. E, no final das contas, não importa muito qual é melhor, porque são experiências diferentes, ler um livro e assistir a um filme. Por isso, a gente recomenda que você faça os dois. Leia o livro e assista ao filme. Para te incentivar, listamos aqui 10 filmes que são adaptações de obras literárias e pouca gente sabe.
Já começamos com os dois pés no peito, com um clássico absoluto do cinema. O excelente filme Hitchcock, de 2012, com Anthony Hopkins interpretando o cineasta magistralmente, retrata bem a concepção de Psicose, incluindo o momento em que Hitchcock lê o livro de mesmo nome, escrito pelo autor Robert Bloch e publicado em 1959. Hitchcock pirou no livro e correu para comprar os direitos da obra. Em seguida fez com que a editora recolhesse todos os livros das livrarias, para que ninguém lesse o livro e soubesse o final. Funcionou. O filme fez um sucesso retumbante e se tornou um divisor de águas para o gênero suspense no cinema. E, realmente, pouca gente soube que se tratava de uma adaptação de um livro, e até hoje não é fácil encontrar alguém que o tenha lido. Mas, claro, depois do sucesso do filme, o livro foi reeditado no mundo todo. Onde assistir:Amazon Prime – Apple TV Onde ler:Psicose – Robert Bloch – Darkside Books (2013) O livro é melhor que o filme?Dá pra dizer que fica pau a pau. A maestria com que Hitchcock filmou determinadas cenas, inclusive a do chuveiro, elevam demais o filme.
O Exorcista (1973)
Quando de seu lançamento, O Exorcista foi um filme muito polêmico. Já existiam filme s de terror, com cenas grotescas e tal. Mas eram filmes que tinham um público restrito. O Exorcista foi o primeiro filme de terror a ser exibido indiscriminadamente nas salas de cinema, buscando atingir um público maior. O resultado foi muita gente saindo no meio da sessão horrorizada, algumas até passando mal, vomitando… o que gerou ainda mais interesse do público pela obra. No fim, passou batido pela imprensa e pelo público que o filme fora baseado num livro de mesmo nome, escrito por William Peter Blatty e lançado em 1971. Onde assistir:Amazon Prime – Apple TV Onde ler:O Exorcista – William Peter Blatty – Editora Harper Collins (2019) O livro é melhor que o filme? Definitivamente sim. O filme é maravilhoso, claro. Mas tem muita gente que leu o livro antes de assistir ao filme. E, para essas pessoas, o filme não pareceu tão assustador, porque, sem referência das imagens do longa, as imagens criadas em suas mentes durante a leitura foram bem piores. Além do mais, o livro conta com mais cenas e detalhes de toda a trama.
Outro clássico que praticamente reinventou o suspense com uma história simples, truques sagazes de filmagem e uma trilha sonora matadora (com o perdão do trocadilho). O curioso aqui é que o livro que inspirou o filme, também chamado Tubarão, escrito por Peter Benchley e lançado em 1974 já era sucesso de vendas antes do lançamento do filme. Mas, claramente o filme atingiu um público muito maior, além de se tornar referência para o cinema, tendo algumas de suas cenas parodiadas inímeras vezes. Além do mais, ao adaptar o livro para o roteiro do filme, Spielberg soube muito bem enxugar a história, concentrando o foco na caça ao tubarão, e cortando muito das subtramas que o livro apresenta. Onde assistir:Amazon Prime Onde ler:Tubarão – Peter Benchley – Darkside Books (2021) O livro é melhor que o filme? Apesar da carga de suspense que faz com que o leitor não queira largar o livro, a escrita de Benchley se mostra cansativa em alguns momentos, e as histórias paralelas à caçada nem sempre convencem. O filme é melhor.
Rambo: Programado para Matar (1982)
Ainda que não seja um título bom, a tradução brasileira para First Blood foi o que deu pra fazer. Mas deixemos isso de lado. O filme é um dos melhores num filão que Hollywood soube (e ainda sabe) explorar muito bem: veteranos de guerra que voltam pra casa muito perturbados. De Taxi Driver a Sniper Americano, a lista de filmes nessa pegada é longa. Sem sombra de dúvida, este primeiro dos quatro filmes protagonizados por John Rambo, é o melhor. Justamente por ter sido adaptado do livro de David Morrell, lançado em 1972. O livro virou best seller na década de setenta nos Estados Unidos, mas o filme fez de Rambo um personagem único da cultura pop, e as sequências de filmes não só descaracterizaram o personagem de sua origem, como o dissociaram completamente do livro. Onde assistir:Netflix – Amazon Prime Onde ler: O livro saiu no Brasil em 1972 pela editora Record, mas está fora de catálogo há décadas. A editora Pipoca & Nanquim está com uma reedição da obra prevista para o começo de março deste ano. O livro é melhor que o filme?Sim. O livro tem força narrativa e dá profundidade aos personagens. O final do livro é completamente diferente do filme, tornando a história muito mais sombria e pessimista.
Jurassic Park (1993)
Spielberg mais uma vez nessa lista, e mais uma vez com uma história onde ele traz inovações e efeitos visuais inacreditáveis para dar vida a feras gigantes. A diferença básica entre Tubarão e Jurassic Park é que no segundo, Spielberg foi muito mais fiel ao livro. E com razão. Afinal, o que faz essa história ser tão empolgante é sua proximidade com a realidade. O livro Jurassic Park foi lançado em 1990 e escrito por Michael Crichton. O autor levou dez anos para finalizar o livro, mergulhado em pesquisas reais de paleontólogos e geneticistas que estudavam os dinossauros. Spielberg foi sábio suficiente para respeitar o texto e ousado suficiente para reviver com espantosa eficiência seres extintos milhares de anos atrás. Onde assistir:Amazon Prime Onde ler:Jurassic Park – Michael Crichton – Editora Aleph (2022) O livro é melhor que o filme?O páreo é duro. O livro tem uma escrita instigante, já o filme tem um visual deslumbrante. Mas no frigir dos ovos, o livro se sai melhor por dar mais profundidade aos personagens e trazer algumas cenas muito interessantes que não estão no filme.
A obra prima de Robert Zemeckis é a trilogia De Volta Para o Futuro. Mas Forrest Gump é sua obra mais artística e sensível. Tom Hanks entrega uma de suas atuações mais inspiradas e a trilha sonora do longa é uma das melhores seleções de música pop americana de todos os tempos. O roteiro de Eric Roth é brilhante por conseguir condensar e lapidar uma boa obra literária, o livro Forrest Gump, escrito por Winston Groom e lançado em 1986. No livro, o protagonista tem uma doença rara chamada Síndrome de Savant, já no filme, o personagem tem um déficit de QI e certo espectro autista, mas nada além disso, o que fez com que o público se conectasse mais com ele. Onde assistir:Amazon Prime – Apple TV Onde ler:Forrest Gump – Winston Groom – Editora Aleph (2016) O livro é melhor que o filme?Não. Não que o livro seja ruim, pelo contrário, é um ótimo livro, muito bem escrito e tal. Mas o filme consegue gerar mais empatia entre o público e o protagonista, além de enxugar um pouco as aventuras de Forrest, tornando o personagem e a história mais críveis. Por exemplo, no livro, além de tudo o que fez no filme, ele também foi astronauta, lutador profissional e dublê de Hollywood, passou um tempo com canibais e teve um macaco chamado Sue.
Jackie Brown (1997)
Quentin Tarantino é reconhecido e premiado por ser um roteirista formidável. Tanto que ele ganhou notoriedade em Hollywood primeiro como roteirista, ao assinar as histórias de Amor À Queima Roupa e Assassinos por Natureza, para então estrear como diretor em Cães de Aluguel. Todos os filmes de Tarantino são roteiros originais, criados por ele, exceto Jackie Brown, que ele adaptou do livro Rum Punch, escrito por Elmore Leonard e lançado em 1992. Um livro típico policial sobre crimes e etc. Tarantino o transformou num filme excelente em que ele referencia e reverencia os filmes blaxploitation dos anos 70. Claro, Tarantino assina o roteiro de Jackie Brown fazendo alterações aqui e ali em relação à história do livro. Onde assistir: Amazon Prime Onde ler:Ponche de Rum – Elmore Leonard – Editora Rocco (1997) O livro é melhor que o filme?Não. Ainda que o livro seja muito bem escrito, Tarantino deixou a trama mais envolvente e instigante, além de ter no elenco Pam Grier, Bridget Fonda, Samuel L. Jackson, Robert DeNiro e Chris Tucker.
Certos livros parecem ter sido escritos para virar filme. Não que sejam ruins como literatura, mas contam uma história tão forte em imagens e personagens densos, palpáveis, que parecem pedir para serem encarnados em película. Chuck Palahniuck escreveu o livro Clube da Luta, que foi lançado em 1996. A obra até que foi bem avaliada pelos críticos e teve uma vendagem mediana. Mas foi David Fincher quem fez o livro virar best seller e ser publicado em vários países. Em 1999 Fincher adaptou o livro para a telona e acabou realizando uma das obras mais importantes dos anos 90, e que talvez seja o melhor filme de toda sua filmografia. Onde assistir:Disney+ – Amazon Prime Onde ler:Clube da Luta – Chuck Palahniuk – Editora Leya (2012) O livro é melhor que o filme? Não. O filme é melhor. Os finais são diferentes no livro e no filme, e o do filme é melhor. Além disso outras mudanças feitas em alguns detalhes da história tornaram o filme mais instigante e divertido. Por exemplo, a breve, mas ótima cena em que rola um diálogo sobre escolher pessoas famosas para lutar, e são citados nomes como Gandhi e Abraham Lincoln, não está no livro.
Shrek (2001)
A adorável e divertida animação Shrek é um conto de fada, ainda que tenha suas particularidades, e ainda que zombe de todos os clichês contidos no gênero. Exatamente por isso, o filme agradou tanto crianças e adultos. O que pouca gente sabe é que o longa foi baseado num livro infantil lançado em 1990, escrito pelo escritor e desenhista William Steig. Não dá pra dizer que o filme foi muito fiel ao livro porque a história do filme é bem mais complexa e cheia de tensões. Ainda assim, o livro tem seu valor. Na época em que foi lançado nos Estados Unidos, chegou a ganhar alguns prêmios, entre eles o de melhor livro infantil do ano. Onde assistir:Netflix – Amazon Prime – Globoplay Onde ler:Shrek! – William Steig – Editora Companhia das Letrinhas (2001) O livro é melhor que o filme?Impossível definir, já que são obras muito diferentes em seu propósito. O filme é feito para entreter crianças e adultos, tem vários elementos e referências à cultura pop, já o livro é exclusivamente dedicado às crianças, tem uma linguagem mais simples e uma história mais direta, o que não é demérito nenhum, já que é muito bem escrito e ilustrado.
A Pele que Habito (2011)
Certamente uma das virtudes de um bom cineasta é saber identificar uma boa história e vislumbra-la na tela de cinema. Foi assim que Pedro Almodóvar, um cineasta essencialmente autoral (que escreve seus próprios roteiros) concebeu o ótimo e perturbador A Pele que Habito, após ler o livro Tarântula, do escritor francês Thierry Jonquet, lançado em 2011. A sinopse do livro e do filme são bem parecidas, mas Almodóvar, à sua maneira de sempre, fez questão de pesar a mão na tinta e tornar a história ainda mais perturbadora. Onde assistir:Amazon Prime Onde ler:Tarântula – Thierry Jonquet – Editora Record (2011) O livro é melhor que o filme?É um páreo duro. O livro é instigante, uma leitura fluída e saborosa. Hás várias diferenças entre filme e livro na história, incluindo nomes de personagens e etc. O filme tem uma fotografia magnífica, atuações soberbas. É realmente difícil cravar qual dos dois é melhor.
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Na real, não importa se o filme é melhor que o livro, mas sim consumir ambas as mídias e tirar suas próprias conclusões. E, é claro, estamos usando esse post só como desculpa pra poder chover no molhado e dizer que Ainda Estou Aqui é o Brasil no Oscar! Deixamos de ser a nação de chuteiras para ser a nação de óculos de aro grosso e cigarrinho na boca. E, tão importante quanto assistir ao filme e torcer pelo Oscar, é ler o livro do Marcelo Rubens Paiva. E para você se preparar para os próximos dias, essa mistura louca de Carnaval e premiação do Oscar, onde tudo vira festa, a Strip Me tem tudo pra te deixar no estilo com muito conforto para qualquer ocasião. É só conferir na nossa loja as coleções de camisetas de cinema e de Carnaval, além das coleções de cultura pop, brasilidades e muito mais. Além disso, no nosso site você fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.
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Para ouvir: De todos os filmes aqui citados, Forrest Gump é o que tem a trilha sonora mais saborosa. Portanto, hoje a playlist é dedicada a ele. Forrest Gump top 10 tracks.
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Inteligência artificial é um assunto em alta hoje em dia. Mas para o cinema, é assunto antigo. Muito antes de Chat GPT e Deepseek, HAL 9000 já deixava uma pulga atrás de orelhas humanas quanto a até onde uma máquina pode pensar e sentir. A Strip Me traz hoje os 10 melhores filmes envolvendo inteligência artificial.
Em abril de 1961 a Guerra Fria começava a esquentar, quando o astronauta russo Yuri Gagarin foi o primeiro ser humano a conduzir uma espaçonave e orbitar nosso planeta. Os norte americanos ficaram pistola e logo colocaram em prática o emblemático programa Apolo, que acabaria por levar Neil Armstrong e sua patota à lua em 1969. O que ficou conhecida como a Corrida Espacial entre os Estados Unidos e a Rússia. Esse frenesi de ver quem consegue elaborar a tecnologia mais eficiente e levar o homem mais longe no espaço primeiro, parece se repetir nos dias atuais. Dessa vez, no lugar da Rússia, temos a China. No lugar de espaçonaves, temos a corrida pelo desenvolvimento de plataformas de inteligência artificial que sejam cada vez mais inovadoras e versáteis. Tudo isso em meio a sanções e proibições de comércio de hardware entre os dois países. Com isso, cada vez mais se fala sobre inteligência artificial na mídia.
Acontece que para o cinema, esse papo de inteligência artificial é antigo. Está aí desde os anos 60. Claro, era uma coisa muito distante da realidade e, em alguns casos, tinha um viés apocalíptico considerável. Mas o fato é que, se a gente se acostumou tão rápido a ver uma máquina conversando com naturalidade com um ser humano, se não nos assustamos tanto ao ver uma máquina compor uma canção, ou elaborar uma ilustração, é porque a gente está vendo filmes que mostram isso tudo faz tempo. Portanto, a Strip Me selecionou os 10 melhores filmes sobre IA para te recomendar. Confere aí.
2001 Uma Odisséia no Espaço – 1968
A lista já abre com este clássico absoluto, e talvez o melhor entre os citados nesta lista (que está organizada em ordem cronológica). Já haviam muitos filmes de ficção científica até 1968. Filmes bons, inclusive. Mas Kubrick virou a página e reinventou o gênero sci-fi com 2001 Uma Odisséia no Espaço. Ele não só introduziu efeitos visuais inovadores para a época, mas também elaborou uma narrativa enigmática e uma abordagem filosófica sobre a evolução humana e a relação com a tecnologia. Sua influência perdura até hoje, sendo celebrado por cineastas e críticos como uma obra que não só redefiniu a experiência do cinema, mas também abriu caminho para discussões profundas sobre o papel da tecnologia na sociedade. Onde assistir: Max, Prime Video
Blade Runner – 1982
Quando uma obra consegue forjar um novo termo, que segue sendo usado por mais de 40 anos, já merece ser reverenciado. Até 1982, ninguém sabia o que era um cyberpunk. Hoje, cyberpunk pode até ser considerado um movimento estético e filosófico. Tudo graças à obra máxima de Ridley Scott, Blade Runner. O longa apresenta uma visão distópica de um futuro onde a linha entre o humano e o artificial se torna cada vez mais tênue, colocando em xeque temas como identidade, memória e a própria essência da humanidade. Vale lembrar que Blade Runner é uma adaptação para o cinema de um dos livros mais impactantes do celebrado autor Philip K. Dick. O livro em questão, Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?, foi lançado em 1968 e é melhor que o filme. Se você já viu o filme, e sabe que ele é incrível, imagina como é o livro! Onde assistir: Apple TV
O Exterminados do Futuro 2: O Julgamento Final – 1991
Impossível pensar na década de noventa sem se lembrar de Arnold Schwarzenegger dizendo “Hasta la vista, baby.” Aliás, Exterminador do Futuro 2 é um amontoado de clichês dos anos 90. Cenas de ação alucinantes, a franja do jovem John Connor, a trilha sonora com Guns n’ Roses… E é, indiscutivelmente um filmaço. Talvez nem seja o que aborda com mais ênfase a questão da inteligência artificial, já que o tema é abordado com mais profundidade no primeiro filme da franquia. Mas é o segundo que entrou na lista porque é mais cinemão, né? Afinal de contas, um filme que tem um ciborgue de metal líquido que leva tiro de escopeta na cara e continua correndo, enquanto ao fundo toca You Could Be Mine não tem como ser ruim! Onde assistir: Netflix, Prime Video
Matrix – 1999
Matrix é descendente direto de 2001 Uma Odisséia no Espaço e Blade Runner. Ele junta os conceitos filosóficos dos dois para criar uma trama instigante sobre controle, livre-arbítrio e tecnologia. Também é mais ampla e subjetiva a abordagem sobre a inteligência artificial especificamente. Não há no filme um robô ou uma máquina que converse com humanos ou algo assim. A inteligência artificial aqui é justamente uma poderosa plataforma que cria “realidades”. É, sem dúvida, um divisor de águas no cinema. Além de um roteiro complexo, mas cativante, traz efeitos visuais nunca vistos antes. A única coisa ruim de Matrix é que o filme inspirou um bando de homens reacionários a se juntar e criar o Movimento Red Pill. Ah, e o Matrix 3 também… que é muito, mas muito ruim. Onde assistir: Max, Prime Video
A.I. – 2001
Dirigido por Steven Spielberg a partir de um projeto idealizado por Stanley Kubrick, é uma obra que mistura a sensibilidade emocional de Spielberg com a visão filosófica fria e fatalista de Kubrick. O filme explora temas complexos como a consciência artificial, o desejo humano por imortalidade e a busca por amor e aceitação, tornando-se uma meditação melancólica sobre o futuro da humanidade e suas criações. Visualmente deslumbrante e com um roteiro ambicioso, A.I. gerou debates sobre inteligência artificial muito antes de sua popularização aqui no mundo real. Embora tenha dividido opiniões na época, seu impacto na cultura pop é inegável, antecipando discussões sobre o papel da tecnologia na definição do que significa ser humano. Onde assistir: Prime Video
Eu, Robô – 2004
Alex Proyas, responsável pelo controverso filme O Corvo, de 1994, dirige com precisão Eu, Robô. Um thriller de ação e ficção científica livremente inspirado no livro homônimo de Isaac Asimov. Embora tome grandes liberdades em relação à obra original, o filme mantém como base as Três Leis da Robótica e os dilemas éticos sobre a relação entre humanos e máquinas, que são a espinha dorsal da obra literária. Com efeitos visuais impressionantes para a época e um enredo acessível, pra não dizer simplista até demais, ajudou a popularizar conceitos de inteligência artificial e automação na cultura pop. Já o livro de Asimov, uma coletânea de contos interligados, é uma das obras mais influentes da ficção científica, trazendo reflexões sofisticadas sobre lógica robótica, moralidade e o impacto da tecnologia na sociedade. Enquanto o filme enfatiza ação e mistério, o legado literário de Asimov continua sendo referência fundamental para discussões sobre IA e ética tecnológica. Onde assistir: Disney+, Prime Video
Wall-E – 2008
Wall-E é um exemplo brilhante de como a animação pode transcender o público infantil e atingir em cheio e surpreender adultos desavisados. Com pouquíssimos diálogos na primeira metade, o filme se apoia na força visual e emocional para contar uma história envolvente sobre solidão, amor e o impacto da humanidade no meio ambiente. Seu protagonista carismático e melancólico, um robô solitário em um planeta devastado pelo consumismo, causa no espectador uma desconfortável identificação, tornando-se uma poderosa crítica à sociedade moderna. Além de sua animação impecável e texto mega sensível, Wall-E se consolidou como um dos filmes mais relevantes da Pixar, levantando questões sobre sustentabilidade e o futuro da vida na Terra sem ser panfletário, e mostrando que animações podem ir muito mais longe do que meros contos infantis. Onde assistir: Disney+
Her – 2013
Spike Jonze, ainda que com poucos filmes em sua vasta filmografia, mais calcada em vídeos musicais, pode facilmente ser considerado um dos cineastas mais brilhantes dos últimos 25 anos. Em Her, Jonze apresenta um texto sensível e envolvente, baseado basicamente em diálogos entre um ser humano e uma inteligência artificial. O longa aborda temas como solidão, conexões emocionais e a relação crescente entre humanos e inteligências artificiais. A atuação de Joaquin Phoenix é brilhante, transmitindo com nuances sutis a vulnerabilidade e complexidade de Theodore, um homem que se apaixona por um sistema operacional de voz sedutora, voz esta de ninguém menos que Scarlett Johansson. O roteiro, vencedor do Oscar, equilibra melancolia e ternura, tornando a história profundamente humana e universal. Além de sua estética delicada e trilha sonora envolvente, Her antecipou discussões sobre amor digital e a forma como a tecnologia redefine nossas relações e emoções. Onde assistir: Prime Video, Apple TV
Ex Machina – 2014
Antes de pensarmos em qualquer relação com tecnologia e IA, é necessário dizer que Ex Machina é um thriller psicológico fenomenal. E, sim, que aborda inteligência artificial de forma instigante e perturbadora. Com um roteiro afiado e minimalista, o filme questiona a consciência, o livre-arbítrio e a ética da criação tecnológica por meio da relação entre um jovem programador, um bilionário excêntrico (não é o Bruce Wayne) e a enigmática androide Ava. A estética fria e futurista, aliada a atuações intensas e um ritmo claustrofóbico, cria uma atmosfera de tensão crescente. Ex Machina se tornou um dos filmes mais influentes sobre IA na cultura pop, jogando gasolina na fogueira da discussão sobre a autonomia das máquinas e o perigo da manipulação emocional na era digital. Onde assistir: Apple TV, Prime Video
M3GAN – 2022
De cara, a gente não pensa em M3GAN como um filme muito relevante. É simplesmente como se tivessem atualizado o software do Chucky, o brinquedo assassino. Mas uma das virtudes do filme é justamente conseguir se equilibrar entre esses clichês do terror com pitadas de humor negro, mas sem perder um tom crítico, que vai se mostrando mais claro à medida que o filme avança. Em resumo, a premissa do filme se apoia na criação de uma boneca que evolui para além da programação inicial, desafiando os limites da obediência e da consciência artificial, já levantando a bola para questionamentos reais sobre a imprevisibilidade da IA e os perigos da falta de regulamentação atual. Há ainda a critica aos pais que optam por delegar aspectos emocionais e educativos a dispositivos tecnológicos, levando à perda de conexão humana genuína de seus filhos. No fim, M3GAN se estabelece como um filme de terror inteligente, reafirmando a relevância do gênero como um espelho para os medos e dilemas da sociedade contemporânea. Onde assistir: Prime Video, Apple TV
Este texto não estaria completo se a gente não citasse a série Super Vicki, mesmo sabendo que o fato de se lembrar dessa série entrega muito a idade. Então sigamos em frente. A inteligência artificial está aí e veio pra ficar. Vamos deixar governos e big techs se degladiando e simplesmente aproveitar para usufruir das facilidades que as IAs podem nos proporcionar e aprender a lidar com elas com sabedoria. Isso posto, ressaltamos que cada camiseta da Strip Me é criada com inteligência 100% orgânica e humana. São camisetas de cinema, música, cultura pop, arte, bebidas e muito mais. No nosso site, além de conferir todo nosso catálogo, você ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam por lá toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Playlist caprichada com o que há de melhor nas trilhas sonoras dos filmes aqui citados. IA no Cinema top 10 tracks.
A cultura pop norte americana indiscutivelmente influencia boa parte do mundo. Mas ela está longe de ser unicamente estadunidense. A Strip Me elencou 10 artistas latinos que deixaram sua marca e um colorido a mais na cultura pop dos EUA.
José Carlos de Brito e Cunha, mais conhecido simplesmente como J. Carlos, foi um dos maiores desenhista do Brasil no início do século XX. Chargista implacável, fez caricaturas históricas de boa parte dos presidentes da República Velha. Em 1941 Walt Disney fez uma viagem pela América do Sul, e em sua passagem pelo Brasil se encantou com as paisagens do Rio de Janeiro, com o samba e com os desenhos magníficos de J. Carlos. Disney fez questão de conhecer J. Carlos, e logo os dois se tornaram amigos. Antes de voltar para os Estados Unidos, Disney convidou J. Carlos a se mudar para Los Angeles e trabalhar nos estúdios Disney. O brasileiro recusou o convite, e presenteou o amigo estadunidense com um desenho de um papagaio abraçado ao Pato Donald. Em agosto de 1942 era lançada mundialmente a animação Saludos, Amigos!, uma produção dos estúdios Disney apresentando um novo personagem, que apresentava as belezas do Rio de Janeiro a um atônito Pato Donald ao som de Aquarela do Brasil. Era Zé Carioca, um papagaio que, reza a lenda, é igual ao desenho feito por J. Carlos. É o que diz a lenda, porque tal desenho do cartunista brasileiro nunca mais foi visto, e Walt Disney nunca sequer o mencionou como “inspiração” para criar o Zé Carioca, que se tornaria um dos personagens mais populares da Disney no final da primeira metade do século XX.
Histórias como essa são mais comuns do que se imagina. A cultura pop que consumimos vem essencialmente dos Estados Unidos. Mas ela é encharcada de influências, referências e, muitas vezes, feita por artistas estrangeiros, especialmente da América Latina. Para ficarmos na seara da animação, basta dizer que um dos filmes mais vistos em 2011 foi a animação Rio, criação do brasileiro Carlos Saldanha, arrecadou de bilheteria quase 500 milhões de dólares no mundo todo, sendo que só nos Estados Unidos, a arrecadação foi de 143.6 milhões de dólares. Ou seja, a cultura pop não só é feita a partir de elementos de diferentes nacionalidades, como o próprio público norte americano consome esse conteúdo com fervor. Para celebrar esse mundo sem fronteiras e que abraça culturas de diferentes nacionalidade, a Strip Me apresenta os 10 artistas latinos que exerceram (e ainda exercem) grande influência na cultura pop dos Estados Unidos.
Ritchie Valens
A passagem de Ritchie Valens por este mundo foi breve. Mais breve ainda foi sua carreira musical. Entretanto, seu nome é lembrado até hoje e sua obra ajudou a moldar a música pop e o rock n’ roll como os conhecemos. Ele nasceu na California. Seus pais eram mexicanos, o que fez com que ele assimilasse muito a cultura do México, mas também consumia o que era feito nos Estados Unidos. O cinema e o bebop, e posteriormente o rock, fizeram com que ele se dedicasse ainda muito jovem a aprender a tocar guitarra. Aos 16 anos de idade, formou sua primeira banda, cuja formação era o puro suco da América: a banda chamada Satellites era formada por dois negros, um americano de ascendência mexicana e um de origem japonesa. Meses depois, influenciado por um grande empresário que investiu nele, Ritchie Valens se tornou artista solo e decolou com o sucesso Come On Let’s Go. Em 1958 emplacou a balada Donna. Consolidado como hitmaker, insistiu em gravar uma versão de uma música tradicional mexicana, cantando em espanhol mesmo. La Bamba foi seu maior sucesso, mudou um pouco a cara do rock, até então meio engessado no mesmo formato. Ritchie Valens estava a bordo do avião, que também levava Buddy Holly The Big Bopper, e se acidentou no estado de Iowa, no dia 3 de fevereiro de 1959. Evento que ficou conhecido como “o dia em que a música morreu”.
Cheech Marin
Outro californiano filho de mexicanos, Cheech Marin, ao lado de Tommy Chong, literalmente abriu um novo caminho na cultura pop, dando protagonismo a dois maconheiros convictos, sendo um deles um imigrante mexicano (o personagem de Cheech Marin). A dupla Cheech & Chong foi um sucesso arrebatador, dando início a um novo gênero de comédia, com uma pegada mais alternativa e rock n’ roll que influenciaria artistas da música, como Willie Nelson, da comédia, como George Carlin e do cinema ao inspirar, por exemplo, os irmãos Coen a desenvolver o personagem Jeffrey “The Dude” Lebowski. A duple Cheech & Chong protagonizou mais de 10 filmes, e Cheech Marin se tornou um dos atores mais requisitados de Hollywood, atuando em filmes e em séries de TV aos montes. Claro que na dublagem brasileira, mas a célebre frase que abre a música Queimando Tudo, clássico da banda Planet Hemp, é ninguém menos que Cheech Marin, displicente dizendo “Ah, desde que eu nasci que eu fumo!”
Tom Jobim
O nosso maestro maior não poderia estar de fora desta lista. Afinal, a bossa nova foi reverenciada no mundo todo, porém, nos Estados Unidos a coisa foi além. Literalmente a bossa nova foi incorporada a um dos gêneros mais originais dos Estados Unidos, o jazz. Tanto é que o saxofonista Stan Getz gravou mais de um disco dedicados somente ao gênero brasileiro, até mesmo Quincy Jones foi influenciado pelo nosso som, dedicando também um disco inteiro a bossa nova, que inclui a clássica Soul Bossa Nova. Claro, a bossa nova foi um movimento articulado por vários músicos, em especial João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e etc. Mas foi Tom Jobim quem chegou mais longe fora do Brasil, gravando um disco com Frank Sinatra e levando Garota de Ipanema a ser uma das músicas mais regravadas do mundo. Constatar ainda hoje essa influência imensa de Tom Jobim é fácil. Basta notar que em muitos, mas muitos mesmo, filmes de Hollywood, virou e mexeu tem uma bossinha rolando na trilha sonora.
Walter Salles
Mais um brasileiro nessa lista. No cinema, em especial no cinema cult, Walter Salles é visto como um grande cineasta. Aqui no Brasil encabeçou o movimento Cinema de Retomada, que rolou ali em meados dos anos 90 e fez o cinema brasileiro voltar a ser profissional e relevante. A indicação de Central do Brasil ao Oscar de melhor filme estrangeiro abriu as portas do cinema norte americano para Salles. De cara ele emplacou o excelente Diário de Motocicleta, até conseguir chegar onde muitos cineastas, incluindo nomes como Francis Ford Coppola, sonharam, mas não conseguiram realizar: adaptar para o cinema o emblemático livro On The Road, a bíblia beat de Jack Kerouac. O estilo de filmagem de Walter Salles, que consegue um equilíbrio encantador entre o o cinema underground e o pop, chama cada vez mais a atenção e certamente já influencia diretores mais novos, como os talentosos Ari Aster e Sam Levinson. Sobre Ainda Estou Aqui, falaremos depois que ganharmos o Oscar.
Carlos Santana
Santana ganhou um certo ar de bruxo da guitarra. Certamente isso se deve ao elevado grau de espiritualidade e mística que seu som emana. E esse som só foi possível por Santana se ligar que não dá pra ter fronteiras na música. Ainda pouco conhecido e com apenas um disco lançado naquele mesmo ano, Santana foi um dos maiores destaques do festival de Woodstock, em 1969. A percussão hipnótica e os solos psicodélicos de Soul Sacrifice arrebataram a multidão durante uma das tardes do evento. Carlos Santana nasceu em 1947, no México. Ele começou sua jornada musical sob forte influência do pai, um violonista mariachi. Porém, ao se mudar para os Estados Unidos na adolescência, ele mergulhou no blues e no rock, absorvendo influências de B.B. King, John Lee Hooker e Gábor Szabó. Nos anos 70, álbuns como Abraxas e Santana III consolidaram seu estilo e trouxeram hits como Black Magic Woman e Oye Como Va, uma releitura de Tito Puente, que mostraram como o rock pode abraçar o ritmo latino sem perder a potência. Enquanto o rock progressivo e o hard rock dominavam as paradas, Santana provava que havia espaço para um som mais espiritual, dançante e multicultural.
Alejandro G. Iñárritu
Nascido na Cidade do México, em 1963, Iñárritu começou sua carreira no rádio e na publicidade antes de enveredar pelo mundo do cinema. Sua estreia como diretor veio com Amores Brutos, um drama cru e visceral que entrelaça diferentes histórias. O filme foi um sucesso estrondoso, conquistando prêmios internacionais e colocando o nome de Iñárritu no radar de Hollywood. Assim, em seguida, com 21 Gramas e Babel, completou sua chamada “Trilogia da Dor” e deu uma nova cara para o cinema. Iñárritu não apenas levou uma estética inovadora para Hollywood, mas também desafiou a indústria a pensar de maneira diferente. Seus filmes lidam com temas universais como identidade, imigração, alienação e sobrevivência, tornando-se essenciais para o cinema contemporâneo. Além disso, ele foi um dos expoentes da chamada “Onda Mexicana” em Hollywood, ao lado de Alfonso Cuarón e Guillermo del Toro, provando que o cinema norte americano está longe de ser uma arte exclusivamente anglo-saxã.
Jennifer Lopez
J.Lo é filha de porto-riquenhos, cresceu no Bronx, New York, ouvindo salsa, pop e R&B, influências que mais tarde definiram seu estilo musical. Essa receita se mostrou certeira. Seu disco de estreia, On the 6, de 1999, foi um sucesso imenso, ajudando, inclusive, a catapultar a carreira da cantora também como atriz em Hollywood. Jenniffer Lopez tem uma carreira musical e como atriz repleta de grandes sucessos, mas sua importância para a cultua pop vai muito além disso. J.Lo quebrou barreiras para os latinos na indústria do entretenimento. Antes dela, era raro ver uma artista de origem latina dominar as paradas pop e o cinema ao mesmo tempo. Sua ascensão abriu portas para estrelas como Shakira, Bad Bunny e Rosalía. Ela também redefiniu padrões de beleza e representatividade. Seu corpo curvilíneo desafiou os padrões eurocêntricos de Hollywood e ajudou a mudar a forma como a mídia via a diversidade de corpos femininos. Enfim, uma diva pop pra ninguém botar defeito!
Sofía Vergara
Sofía Vergara é colombiana e começou sua carreira como apresentadora de TV e modelo. Após chamar a atenção de alguns produtores norte americanos, ela abraçou sua grande chance em 2009, quando foi escalada para viver Gloria Pritchett em ModernFamily, uma das sitcoms mais bem-sucedidas da história da TV americana. Com seu timing cômico impecável e sua representação autêntica de uma mulher latina forte e engraçada, Sofía rapidamente se tornou uma das personagens mais queridas da série. Sofía Vergara desafiou estereótipos e, ao mesmo tempo, trouxe visibilidade para as mulheres latinas na TV americana. Antes dela, os papéis destinados a atrizes latinas muitas vezes se resumiam a personagens secundárias e estereotipadas. Seu sotaque carregado, que poderia ter sido um obstáculo, virou uma marca registrada e um símbolo de orgulho latino. Em vez de tentar esconder suas origens, Vergara usou sua autenticidade como uma vantagem. Fora das telas, Sofía construiu um império empresarial, com linhas de roupas, perfumes e produtos de beleza, tornando-se uma das mulheres latinas mais influentes dos negócios nos Estados Unidos.
Shakira
Shakira Isabel Mebarak Ripoll nasceu na Colômbia em 1977, descendente de famílias libanesa e colombiana. É uma das poucas cantoras de música pop que compõe seu próprio material. E ela começou a compor desde cedo, já impregnada de influências culturais multiétnicas de sua família, misturando isso ao rock, ao pop e R&B. Nos anos 90, ela conquistou o mercado latino com álbuns como Pies Descalzos e Dónde Están los Ladrones?, que trouxeram hits como Estoy Aquí e Ojos Así. Sua autenticidade e versatilidade já eram evidentes, mas foi no início dos anos 2000 que ela deu um salto rumo ao estrelato global. Shakira fez uma transição inteligente para o mercado norte-americano ao lançar Laundry Service, seu primeiro álbum em inglês, em 2001. Daí em diante, ela não parou de crescer. Sua apresentação no Super Bowl 2020, ao lado de Jennifer Lopez, foi um marco na representatividade latina, reafirmando a influência da cultura hispânica nos Estados Unidos. No fim, Shakira não apenas levou a música latina para o topo das paradas norte americanas, ela ajudou a redefinir o que significa ser uma estrela pop global.
Guillermo del Toro
Guillermo del Toro cresceu no México dos anos 70 fascinado por histórias de terror, literatura gótica e monstros clássicos. Essa paixão foi nutrida desde cedo por cineastas como Alfred Hitchcock e o herói mexicano El Santo, além da estética sombria das histórias de H.P. Lovecraft. Ele começou jovem no cinema como maquiador de efeitos especiais, o que lhe deu uma visão detalhada sobre o design de diferentes criaturas, o que lhe seria muito útil no futuro. Mesmo sendo um cineasta de nicho, del Toro conseguiu algo raro: ser respeitado tanto pela crítica quanto pelo público. Seu talento para equilibrar terror, emoção e beleza visual fica evidente em Círculo de Fogo, por exemplo, um blockbuster que homenageia os filmes de monstros japoneses. No entanto, sua consagração veio com A Forma da Água, uma história de amor entre uma mulher muda e uma criatura aquática. O filme rendeu a del Toro o Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme, tornando-o um dos poucos latinos a conquistar essa honraria. Guillermo del Toro não apenas trouxe novas perspectivas para Hollywood, mas também quebrou barreiras para cineastas latinos. Seu trabalho celebra os monstros como metáforas para a humanidade e transforma o horror em poesia.
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Se tem uma coisa que a cultura pop dos Estados Unidos nunca conseguiu evitar foi a influência latina. Ainda bem! Apesar do discursinho vazio imperialista que pinta os Estados Unidos como uma ilha cultural autossuficiente, a verdade é que o país sempre dançou, cantou e vibrou ao som de diversos ritmos. Da música ao cinema, da televisão à literatura, a cultura norte americana seria infinitamente mais pobre sem esse tempero. Ainda bem também que a Strip Me respira e se inspira com essa latinidade, com a nossa brasilidade e com a convergência de culturas, de onde quer que elas venham! Nossas camisetas de cinema, música, cultura pop, arte e muito mais, reforçam, com muito estilo e originalidade, que não tem muro ou fronteira que a arte não consiga transpor.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist caprichada com o que de melhor os artistas da música citados neste texto produziram. Sem Fronteiras Top 10 tracks.
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Isso não é exatamente novidade, mas cada vez mais artistas brasileiros se destacam em séries e filmes internacionais. A Strip Me listou os 10 mais famosos.
Hollywood é o grande palco dos sonhos no universo cinematográfico. E, ao longo dos anos, diversos atores e atrizes brasileiros têm provado que o talento tropical pode brilhar intensamente sob os holofotes internacionais. Em performances marcantes e grandes papéis em blockbusters, nossos artistas têm deixado sua marca ao redor do mundo. Claro, para chegar lá é preciso enfrentar uma longa jornada de muito trabalho, estabelecer uma rede de contatos confiável, ultrapassar a barreira linguística, encarar alguns preconceitos e, acima de tudo, ter muito talento. Ainda bem que aqui a gente é brasileiro e não desiste nunca.
E muita gente encarou essa jornada toda e se deu bem. E quem abriu essa porteira com seus balangandãs e borogodó foi a inesquecível Carmen Miranda, que não consta nessa lista justamente por ser tão importante e já ter um texto todinho dedicado a ela aqui no blog. Para ler é só clicar aqui. Mas a lista de grandes atores e atrizes brasileiros que se deram bem nos Estados Unidos e também na Europa é consideravelmente longa. E é importante dizer que a gente importa talentos não só na atuação, mas tem muito brasileiro que manda bem demais trampando no cinema internacional como fotógrafos, editores, sonoplastas, maquiadores, figurinistas… enfim. Mas hoje a Strip Me destaca os 10 atores e atrizes mais conhecidos na gringa. Confere aí.
José Wilker
Sem dúvida, um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira. José Wilker foi um mestre no teatro, no cinema e na televisão. Ainda que não tenha tido uma carreira internacional muito prolífica, atuou em pelo menos dois filmes gringos que receberam notoriedade. O principal deles foi Medicine Man, onde Wilker atuou ao lado de ninguém menos que Sean Connery. O longa se passa na Amazônia e fala sobre um curandeiro que parece ter encontrado uma planta com propriedades altamente curativas. Além de contar ainda com Lorraine Bracco no elenco, o filme é dirigido pelo John McTiernan, o homem responsável por filmes como Duro de Matar, O Predador, O Último Grande Herói e Caçada ao Outubro Vermelho, e tem trilha sonora assinada por Jerry Goldsmith, compositor das trilhas de filmes como Poltergeist, os três filmes da franquia Rambo, Gremlins e Alien.
Sônia Braga
Depois de Carmen Miranda, certamente Sônia Braga foi a atriz que alcançou maior sucesso em Hollywood. Além de seu talento incontestável, sua beleza incomparável conquistou os norte americanos. Prova disso é sua extensa filmografia, onde dos 51 filmes em que atuou, mais de 20 são produções estadunidenses. E não estamos falando de filmes desconhecidos onde ela faz um papel coadjuvante qualquer. Ela já atuou ao lado de gente como Willian Hurt, Clint Eastwood, Robert Redford, Raul Julia, Charlie Sheen e muitos outros. Para fugir dos óbvios O Beijo da Mulher Aranha e Luar Sobre Parador, destacamos aqui o empolgante filme The Rookie, longa dirigido e protagonizado por Clint Eastwood. Foi lançado em 1990 e, apesar de não ter tido tanta repercussão na época, vale a pena conferir. Ah, sim, e vale mencionar também que ela participou de séries como Sex and the City e Luke Cage, mostrando que talento não tem prazo de validade.
Seu Jorge
Mais conhecido por sua excelente obra musical, Seu Jorge também surpreendeu como ator em produções brasileiras e internacionais. Ele interpretou Pelé dos Santos no cultuado A Vida Marinha com Steve Zissou, de Wes Anderson, onde encantou o público com versões em português de músicas de David Bowie. Sua naturalidade em cena e carisma deram todo um charme a mais para o longa. Tanto que Wes Anderson voltou a contar com a atuação de Seu Jorge no recente Asteroid City. Ainda assim, nada que ele tenha feito no cinema supera sua brilhante atuação no insuperável curta Tarantino‘s Mind ao lado de Selton Mello.
Maria Fernanda Cândido
Depois de ficar conhecida nacionalmente como a Paola, da novela Terra Nostra, e seu sotaque italiano caricato, a excelente atriz Maria Fernanda Cândido teve sua estreia no cinema internacional justamente num filme italiano. Il Traditore, dirigido por Marco Bellocchio, foi lançado em 2019 e narra a história real do mafioso Tommaso Buscetta. O filme foi muito elogiado naquele ano em Cannes e abriu as portas das produções estrangeiras para atriz. Dali em diante ela participou de mais uma produção italiana, Bastardi a Mano Armata (2021), uma francesa, Les Chambres des Merveilles (2023), e uma grande produção hollywoodiana do universo Harry Potter, o filme Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore. Ela participou também de uma ótima série chilena chamada El Presidente, que retrata o escândalo de corrupção da FIFA deflagrado em 2015.
Gabriel Leone
O jovem Gabriel Leone ganhou notoriedade por aqui recentemente por interpretar Ayrton Senna na série biográfica do piloto na Netflix. Mas ele já vinha chamando a atenção por suas atuações em novelas e na série brasileira Dom. Em 2023 já chegou chegando no mercado internacional com um papel relevante no ótimo filme Ferrari, de Michael Mann. Além disso, já está confirmado no elenco da nova temporada da série dos irmãos Russo, Citadel. Com apenas 32 anos de idade e muito talento, certamente ainda vem muita coisa boa por aí na carreira de Gabriel Leone.
Bruna Marquezine
Aqui no Brasil Bruna Marquezine é a personificação da palavra celebridade. Ficou muito famosa por atuar em novelas e séries brasileiras, ganhou status de sex symbol, protagonizou um relacionamento conturbado com um jogador de futebol… e para completar o pacote, vem ganhando destaque no cinema internacional. Sua primeira aparição em produção gringa foi no filme cult Breaking Through, de John Swetnam, lançado em 2015. Mas foi em 2023 que ela conseguiu um papel de destaque numa grande produção, o longa Besouro Azul, uma produção da DC Comics, que vem engrossar esse caldo de filmes de super heróis dos quadrinhos. Marquezine assinou contrato com a UTA (United Talents Agency), uma das maiores agências de atores e atrizes dos Estados Unidos. Portanto, é certo que novos papéis em Hollywood logo logo vão pintar para ela. Até porque, desde 2019 ela já pode ser considerada uma celebridade internacional, já que desfila como modelo nos principais eventos de moda do mundo, como a New York Fashion Week, Semana da Moda de Milão e Paris Fashion Week, desfilando por marcas como Dolce & Gabbana.
Wagner Moura
O baiano Wagner Moura conquistou o Brasil como o Capitão Nascimento em Tropa de Elite, mas foi sua atuação impecável como Pablo Escobar na série Narcos, da Netflix, que o lançou de vez no cenário internacional. Sem ser falante nativo do espanhol, Moura não apenas aprendeu o idioma, mas também deu vida a um dos personagens mais complexos da história da TV. A performance lhe rendeu indicações a prêmios importantes e consolidou sua carreira fora do Brasil. Isso sem falar nos impagáveis memes, em especial do Pablo Escobar contemplativo. Mas a carreira internacional de Wagner Moura começou antes de Narcos, e em grande estilo. Em 2013 integrou o elenco do longa-metragem de ficção científica estadunidense Elysium, contracenando com Matt Damon e Jodie Foster. Desde então, a carreira internacional do ator vem deslanchando, ele já participou de produções pequenas, mas muito elogiadas, como o longa de 2019 Wasp Network, de Olivier Assayas, até produções hollywoodianas como Agente Oculto, de 2022 e Guerra Civil, de 2024.
Morena Baccarin
Morena Baccarin é brasileira, mas passou boa parte de sua vida nos Estados Unidos. Isso certamente ajudou muito para que ela conseguisse consolidar uma carreira de atriz por lá. Ela começou se destacando em séries como Firefly e Homeland, nessa sendo indicada ao Emmy, inclusive. Mas foi na série Gotham que ela realmente mostrou a que veio. Nada mais justo, afinal, quem nasceu no Rio de Janeiro, como ela, tira de letra a violência da cidade do Batman. Já no cinema propriamente dito, ela ganhou notoriedade interpretando a namorada de Wade Wilson, no filme Deadpool, da Marvel. Reconhecimento merecido aliás, até porque não deve ter sido fácil aturar as piadas de quinta série do herói que ela namorou no filme.
Rodrigo Santoro
Rodrigo Santoro é outro nome indispensável nessa lista. Ele começou sua carreira internacional em filmes como Simplesmente Amor, de 2003, mas sua transformação como o Rei Xerxes em 300, de 2006, foi o turning point de sua carreira. Além de Hollywood, Santoro também conquistou espaço em produções latinas e europeias. Com mais de 30 filmes nas costas, sendo pelo menos uns 15 estrangeiros, Santoro já está com sua carreira internacional mega consolidada, o que nos permite aqui simplesmente relembrar seus pequenos deslizes, como a breve (e embaraçosa) participação na série Lost e o intragável filme As Panteras Detonando.
Alice Braga
Seguindo os passos de sua tia Sônia, Alice Braga despontou logo como uma excelente atriz. Fez seu nome atuando muito bem no excelente Cidade de Deus, de 2002. Como o filme teve projeção internacional, ela acabou chamando a atenção na gringa. Estreou lá fora em 2006, ao lado de Brendan Fraser, Mos Def e Caralina Sandino Mereno em Journey To The End Of The Night, que não é um baita filme, mas é um bom entretenimento. Em seguida já conseguiu um papel de destaque, co protagonizando o filme Eu Sou a Lenda, de 2007, com Will Smith. Alice Braga carrega uma filmografia de 34 filmes, sendo 22 estrangeiros. É de encher a tia Sônia de orgulho! E todos nós, brasileiros, também, é claro.
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E o que faz com que tantos brasileiros estejam se dando bem na indústria cinematográfica internacional? A resposta é uma só, e está lá no começo deste texto. É o borogodó que só a gente tem, é claro! De Carmen Miranda a Alice Braga De José Wilker a Gabriel Leone, o brasileiro chega lá e entrega o serviço bem feitinho e com um temperinho a mais. Não há quem resista. Assim como não dá pra resistir a imensa variedade de produtos da Strip Me, que exalam brasilidade por todas as fibras! Camisetas de cinema, música, cultura pop e muito mais, além de bonés, bermudas, ecobags e outros acessórios. Cola no nosso site pra conferir e ficar por dentro de todos os lançamentos.
A atriz Fernanda Torres fez história ao ser premiada com o Globo de Ouro pela sua atuação no filme Ainda Estou Aqui. Mas além desse feito, a história da atriz tem muitos outros momentos marcantes. A Strip Me compilou os 10 mais importantes para você conhecer.
Começamos 2025 com o pé direto! Aliás, com os dois pés, escancarando a porta do cinema mainstream mundial (leia-se Hollywood)! Fernanda Torres desbancou Nicole Kidman, Kate Winslet e Angelina Jolie, trazendo pra casa o caneco do Golden Globe Awards. É claro que uma conquista dessa não acontece da noite pro dia, é toda uma construção e evolução de uma carreira sólida e plural. A história de Fernanda Torres passa por quase todas as manifestações artísticas com muito sucesso.
Para celebrar a premiação da Fernanda Torres no Golden Globe de 2025, a Strip Me selecionou os 10 maiores êxitos da história da atriz até agora. Confira.
Genética.
Obviamente não existe nenhuma comprovação científica que o talento para determinada expressão artística seja hereditário. Tá aí o Julian Lennon que não nos deixa mentir. Mas certamente rola uma influência, não só dos pais, mas também do ambiente em que uma criança vive, para despertar certas aptidões. E, muitas vezes, isso pode até atrapalhar, já que se o pai e/ou a mãe são muito famosos, o filho que seguir os passos dos pais pode acabar sempre sendo alvo de comparações e tendo dificuldade para sair da sombra deles. O primeiro êxito da carreira da Fernanda Torres foi ser filha de dois gigantes da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro e Fernando Torres, conseguir absorver tudo que eles poderiam ensinar e ter autenticidade suficiente para se esquivar de possíveis comparações.
Teatro.
Como a maioria dos atores e atrizes, os primeiros passos de Fernanda Torres na dramaturgia aconteceu no teatro. E mesmo tendo ela explorado muitas outras mídias ao longo de sua história, ela nunca abandonou os palcos. Aos treze anos de idade, Fernanda Torres ingressou na Escola de Teatro Tablado, no Rio de Janeiro, celeiro de boa parte dos grandes atores do país. Alguns meses depois ela já estreou atuando na peça Um Tango Argentino, da dramaturga Maria Clara Machado. De lá pra cá, não parou mais. Nos palcos de teatro, fez de tudo, do drama à comédia, sempre elogiada. Mas, sem dúvida, seu maior sucesso no teatro foi o monólogo A Casa dos Budas Ditosos, texto inspirado no romance de João Ubaldo Ribeiro. A peça estreou em 2003, rendeu vários prêmios à atriz, foi visto por mais de dois milhões de pessoas e segue sendo sucesso, tanto que, vira e mexe, volta a estar em cartaz até hoje.
Novela.
A migração do teatro para a TV era inevitável, dado o talento e carisma de Fernanda Torres. Ela tinha apenas três anos de carreira no teatro quando fez sua primeira novela. E começou bem, numa novela do já renomado Manoel Carlos. A novela era Baila Comigo, e foi ao ar entre 1981 e 1983. Na sequência, já emendou participações em novelas de grandes nomes como Gilberto Braga e Janete Clair. No total, foram 5 novelas onde Fernanda Torres atuou, todas com grande sucesso. Parece pouco, é verdade, mas certamente sua presença na televisão brasileira não se limitou às novelas.
Entre 1965 e 1985, a Rede Globo exibiu nas manhãs de domingo um ousado programa chamado Concertos para a Juventude. O intuito do programa era estreitar os laços, não só dos jovens, mas de toda a população, com a música erudita. Tudo acontecia ao vivo, com plateia, orquestras interpretando peças de Mozart, Stravinsky, Weber, Tchaikovsky e tantos outros. Entre uma e outra apresentação os apresentadores faziam comentários sobre as obras, seus autores e etc, tornando tudo muito didático. E fazia muito sucesso. Até o início dos anos 80 o programa era apresentado pela atriz Bibi Vogel. Em 1982 ela foi substituída pela Fernanda Torres. Com Fernanda, o programa seguiu até 1985. O último programa foi uma belíssima homenagem a Heitor Villa-Lobos. Concertos para a Juventude chegou a ser reconhecido pela Unesco como modelo de programa de TV, e também virou bordão do Faustão, quando o apresentador chamava números musicais ao vivo em seu programa dominical.
Sem dúvida é no cinema que Fernanda Torres consegue expressar toda a sua potência artística. São mais de 20 longas feitos pela atriz, a maioria deles com atuações surpreendentes, e alguns beirando a perfeição. Ela estreou no cinema em 1983 protagonizando o filme Inocência, dirigido por Walter Lima Jr, que contava com a trilha sonora composta por Wagner Tiso, diga-se. Entre suas atuações mais marcantes estão o combativo O Que É Isso, Companheiro, de Bruno Barreto, Com Licença, Eu Vou à Luta, de Lui Ferreira, O Judeu, de Jom Tob Azulay, Terra Estrangeira, de Walter Salles, Eu Sei que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor e, é claro, acima de todos, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles.
A primeira premiação a gente nunca esquece.
Não pense você que o Globo de Ouro foi o primeiro prêmio internacional de peso que Fernanda Torres ganhou. Lá em 1987, pela sua atuação no delicado e muito bem feito filme Eu Sei que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor, Fernanda Torres ganhou dois prêmios muito importantes. O primeiro foi o de melhor atriz no celebrado Festival de Cinema de Cannes. Em seguida, levou, na mesma categoria, o prêmio no Festival de Cinema de Cuba, que, na época, era um dos mais importantes festivais de cinema das Américas. Já aqui no Brasil, são dezenas de premiações, do Festival de Cinema de Gramado ao Troféu APCA, do Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro ao Troféu Imprensa.
A parceria com Walter Salles.
Fernanda Torres é para Walter Salles o que Uma Thurman é para Quentin Tarantino. Assim como Thurman para Tarantino, Fernanda Torres não está em todos os filmes de Walter Salles, mas está nos mais importantes do cineasta, e sempre entregando atuações impressionantes, fortalecendo assim uma parceria duradoura e de muito sucesso. São apenas 3 longas que Fernanda Torres protagoniza, na extensa filmografia de Walter Salles. Mas são três obras marcantes. Terra Estrangeira, lançado em 1995, O Primeiro Dia, de 1998, e o recente e aclamado Ainda Estou Aqui, lançado ano passado.
Comédia na TV.
Como já dissemos, Fernanda Torres fez poucas novelas, mas está presente na TV desde os anos 80 em diversos programas, desde humorísticos até minisséries, além de apresentar programas e etc. E o que tornou Fernanda Torres realmente famosa e uma das atrizes mais queridas em todo o país foi sua leveza e naturalidade para fazer comédia. O primeiro programa em que ela se destacou neste segmento foi na excelente série Comédia da Vida Privada, exibida entre 1995 e 1997 na Globo, com textos maravilhosos de Luis Fernando Veríssimo e direção que variava entre nomes como Fernando Meirelles, Guel Arraes e Mauro Mendonça Filho. Tapas e Beijos foi outra série onde Fernanda Torres brilhou e fez muita gente gargalhar, dividindo cena com a também maravilhosa Andréa Beltrão. Mas o que fez Fernanda Torres realmente estourar de popularidade foi a série Os Normais, que ela protagonizou com Luis Fernando Guimarães. E era realmente uma série brilhante, divertidíssima, com texto afiadíssimo da Fernanda Young. Os Normais até hoje é lembrado por muita gente, influenciou toda uma geração de comediantes brasileiros e rendeu dois longas metragens.
Literatura.
Pois é. Além de atuar em cinema, teatro e TV, Fernanda Torres ainda encontra tempo para escrever. Ela é autora de três livros, todos eles muito elogiados pela crítica. Seu primeiro livro lançado foi Fim, romance editado pela Companhia das Letras em 2013. Livro este que acabou sendo adaptado para a TV em 2023, virando uma série. Em 2014 ela suaviza um pouco lançando uma deliciosa coletânea de crônicas chamada Sete Anos. Em 2017 sai seu segundo romance, o impactante A Glória e Seu Cortejo de Horrores. Assim como o primeiro, esses dois livros também saíram pela editora Companhia das Letras e são todos altamente recomendados!
Ainda Estou Aqui.
Fernanda Torres não trabalhava diretamente com Walter Salles desde o fim dos anos 90. O retorno da parceria aconteceu de uma maneira tão intensa, que só poderia mesmo terminar de maneira magistral, com a premiação da Fernanda Torres no Globo de Ouro, a primeira atriz brasileira a receber o prêmio. Ainda que o filme não tenha ganho o prêmio de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, a premiação de Fernanda Torres mostra a força do cinema brasileiro, ainda mais se pensarmos que ela concorria com atrizes espetaculares e premiadas como Nicole Kidman, Angelina Jolie e Kate Winslet. E ainda não acabou, afinal, temos pela frente o Oscar, e, vai que…
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Que orgulho podermos fazer o primeiro post do ano no blog da Strip Me comemorando a premiação da inigualável Fernanda Torres no Globo de Ouro. O cinema é certamente uma das fontes essenciais de inspiração e referência para a Strip Me produzir camisetas tão incríveis e originais. E a brasilidade, outro elemento primordial para nós, também se faz presente. Ver uma atriz brasileira vencendo um prêmio tão importante só nos instiga a querer fazer mais. E vamos aguardar porque ainda tem o Oscar. É claro, a gente tem que ir com calma, não dá pra ser tão otimista, mas… VAMO PRA CIMA, PORR@! AQUI É BRASIL NO OSCAR!
Uma das séries mais importantes da história da televisão, saída da cabeça privilegiada de David Lynch e influente até hoje, Twin Peaks é uma obra prima! A Strip Me celebra este clássico revelando 10 motivos para você assistir (ou rever) essa série maravilhosa.
Na noite do dia 8 de abril de 1990, quem assistia televisão nos Estados Unidos foi transportado para um mundo de mistério e muita esquisitice. E a maioria dessas pessoas fez questão de não sair desse mundo, deixando ecoar na mente uma só pergunta: “Quem matou Laura Palmer?”, a garota encontrada embrulhada em plástico na beira de um rio. A pequena cidade de Twin Peaks, que dá nome à série, é fictícia, porém, a cidade de Snoqualmie, no estado de Washington e pertinho de Seattle é conhecida hoje por muita gente como a verdadeira Twin Peaks, afinal foi lá que boa parte da série foi filmada. A cidade recebe fãs da série o ano todo, e por isso mesmo, mantém muitos dos imóveis e até mesmo a entrada da cidade, como foi retratado na série.
Twin Peaks é uma criação do cineasta David Lynch em parceria com o roteirista Mark Frost. Muitas são as lendas e curiosidades que envolvem a série. Exibida inicialmente em duas temporadas, em 1990 e 1991, teve dois longas metragens dirigidos pelo próprio Lynch e uma nova temporada, que deu sequência às duas primeira, lançada em 2017. Cultuada desde seu lançamento até hoje em dia, Twin Peaks é um marco do entretenimento e merece ser vista pelas novas gerações e revisitada por quem já viu mais de uma vez. Pra deixar isso claro, a Strip Me te dá 10 motivos para assistir Twin Peaks.
Tudo começou com a Marilyn Monroe.
No final dos anos oitenta, David Lynch e Mark Frost estavam trabalhando na adaptação para o cinema de um livro sobre a biografia de Marilyn Monroe. A coisa desandou e o projeto foi abortado, reza a lenda, porque Lynch insistia numa teoria da conspiração de que JFK esteve envolvido na morte da estrela, e estúdio nenhum de Hollywood queria comprar uma briga dessa. De qualquer forma, alguns elementos dessa biografia foram aproveitados na elaboração da série, como a morte de Laura Palmer, que aconteceu antes que ela contasse que estava envolvida com uma famosa figura da cidade, informação esta que constava em seu diário. O mesmo aconteceu com Monroe, que mantinha um diário e estava decidida a revelar seu relacionamento extraconjugal com Kennedy quando morreu, segundo o livro e as teorias de Lynch.
Os sinais estão noir.
O gênero cinematográfico noir tornou-se incrivelmente popular entre os anos 50 e 60, e acabou por influenciar radicalmente as gerações futuras de cineastas. Lynch e Frost sempre foram apaixonados pelo gênero e, não só fizeram de Twin Peaks uma série noir surrealista e perturbadora, como inseriram inúmeros elementos que fazem referêncvia aos filmes clássicos do gênero. Por exemplo, Maddy Ferguson, por exemplo, a versão morena de Laura Palmer, interpretada pela atriz Sheryl Lee, tem o mesmo nome de uma das personagens de Kim Novak no clássico filme Vertigo, de Hitchcock. Duas personagens, porque, assim como na série, Novak interpretava duas garotas, uma loira, que foi assassinada e uma sósia de cabelos pretos. Tem também na série um agente de seguros chamado Walter Neff, nome do personagem de Fred MacMurray em Pacto de Sangue, de Billy Wilder lançado em 1944. Isso sem falar em várias referências aos filmes Laura, de 1944, Crepúsculo dos Deuses, de 1950, e muitos outros. Twin Peaks é uma ode ao cinema noir.
Spielberg ficou na vontade.
Às vezes pode parecer exagerado quando a gente fala de uma série como Twin Peaks com tamanho entusiasmo. Mas não é exagero, foi realmente uma parada muito impactante e revolucionária na época. Tanto é que na segunda temporada muita gente grande quis fazer parte de alguma forma daquilo, pois sacaram que se tratava de uma série histórica. Uma dessas pessoas foi ninguém menos que Steven Spielberg, que na época, 1991, já era um dos cineastas mais celebrados do mundo. Spielberg se encantou com a série e chegou a pedir a Lynch que ele dirigisse um episódio Cogitou-se então dar o primeiro episódio da segunda temporada na mãos de Spielberg. Mas não rolou. Dizem que Lynch e Spielberg tiveram uma longa conversa, e que Spielberg havia prometido que faria a direção deixando o episódio o mais “estranho” possível, detalhando algumas de suas ideias. No fim, Lynch achou a abordagem de Spielberg muito convencional e dirigiu ele mesmo a estreia da segunda temporada, garantindo que Spielberg iria dirigir algum episódio no futuro. Mas o criador de ET e de Indiana Jones ficou a ver navios e está até hoje esperando tal oportunidade.
Reprovado em Cannes.
Em 1992 Twin Peaks reinava absoluta como a grande série de TV do momento. Porém, Lynch e Frost não estavam prontos para uma terceira temporada. No entanto, produziram um longa metragem excelente revelando os dias que antecederam a morte de Laura Palmer. Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (título original Twin Peaks: Fire Walk With Me) foi lançado em 1992, e Lynch fez questão de apresentá-lo no Festival de Cannes. Apesar de todo o sucesso da série, da fotografia ousada do longa, do ótimo elenco, da trilha sonora inspirada… apesar de tudo isso, o filme levou uma vaia vigorosa ao final da exibição no festival. Claramente porque a platéia não entendeu nada. Não entendeu, inclusive, o que todos os admiradores de Lynch e de Twin Peaks sacaram desde sempre: não é pra entender, mas sim pra sentir, pra curtir, pra pirar, pra dar risada… Além disso, não tem nada mais antiestablishment do que ser reprovado em Cannes. Portanto, mais um ponto positivo para Twin Peaks.
David Bowie esteve aqui.
Por falar no longa metragem Twin Peaks: Fire Walk With Me, assim como Spielberg, outro admirador declarado da série é ninguém menos que David Bowie. Este sim, tem tudo a ver com a aura lynchniana de Twin Peaks. Tanto que, quando soube disso, Lynch convidou Bowie para atuar no longa e escreveu um papel especialmente para ele, o agente do FBI Phillip Jeffries. E Bowie, solto e canastrão está excelente no filme! Ele também aparece no filme de 2014, Twin Peaks: The Missing Pieces, que Lynch dirigiu. Trata-se de um compilado de cenas deletadas, tanto da série, como do filme, que com uma montagem e edição eficientes, formam um filme interessante, trazendo novos pontos de vista sobre o assassinato de Laura Palmer. Bowie estava escalado também para atuar na terceira temporada da série, que estreou em 2017, porém, ele faleceu um ano antes.
Quem matou Laura Palmer?
Pois é, como uma boa obra de cinema noir que se preze, Twin Peaks é carregada de mistério, sobretudo envolvendo um assassinato. E tudo que se quer numa história de assassinato é descobrir quem é o assassino. Lynch e Frost sempre souberam disso. Tanto que encerraram a primeira temporada sem revelar o assassino. A segunda temporada, lançada no ano seguinte, ia pelo mesmo caminho. Amontoavam-se pistas aqui e ali, teorias, bizarrices cada vez maiores… mas nada de revelar quem matou Laura Palmer. A ABC, canal de TV que transmitia a série, estava pressionando Lynch e Frost para revelarem o assassino desde a primeira temporada. Mas quando a segunda começou sem dar nenhum sinal que tal revelação ia rolar, eles pararam de pedir com gentileza, empurrando o programa para um horário péssimo que prejudicaria a audiência. Pouco depois da metade da segunda temporada, o assassino foi revelado. Lynch era contra, pois, com razão, sabia que a série se mantinha por conta do mistério, e que era muito mais sobre a cidade em si do que simplesmente sobre o assassinato de Laura. Ele estava tão certo que o tiro da ABC saiu pela culatra, e depois que o assassino foi revelado, a audiência caiu consideravelmente.
Angelo Badalamenti.
O músico e compositor Angelo Badalamenti já era amigo e parceiro de Lynch desde muito antes de Twin Peaks e fez muita coisa boa. Suas trilhas sonoras são realmente muito inspiradas, sobretudo a do filme Blue Velvet, de Lynch, lançado em 1986. Mas em Twin Peaks Badalamenti se supera, compondo uma trilha soberba, cheia de camadas e densidade. A música de abertura da série, inicialmente intitulada simplesmente Love Theme, é brilhante e, reza a lenda, foi composta em apenas 20 minutos. Além de ser responsável pelas trilhas sonoras de praticamente todos os filmes de Lynch, incluindo o excelente Cidade dos Sonhos, Badalamenti ainda compôs as trilhas de grandes filmes como O Suspeito da Rua Arlington, de Mark Pellington, lançado em 1999, o maravilhosos Secretária, de Steven Shainberg, lançado em 2002, Água Negra, do brasileiro Walter Salles, lançado em 2005 e muitos outros.
Te confundindo pra te esclarecer.
As duas primeiras temporadas de Twin Peaks, em 1990 e 1991, foram indiscutivelmente revolucionárias. Lynch e Frost (Lynch principalmente) pegou todas as regras e padrões de uma produção de série para tv e jogou no lixo (talvez tenha até colocado fogo em seguida, pra não sobrar nada mesmo). Twin Peaks não só trouxe uma linguagem mais cinematográfica para a TV, mas trouxe também conceitos de arte como o surrealismo e a psicodelia. Isso na estética. Já no roteiro, a beleza e originalidade estão justamente em dar ênfase nos personagens e na cidade, criar climas, diálogos… fazer com que o espectador se envolva de fato com a trama, sem dar respostas claras. Aliás, sem dar resposta nenhuma, praticamente, e ainda encher a sua cabeca de caraminholas, dando pano pra manga em teorias e divagações. Como já foi dito, Twin Peaks não é uma série para ser entendida racionalmente, não tem um começo, meio e fim estabelecidos, não dá muitas repostas, tem várias pontas soltas de roteiro… mas apresenta um retrato irresistível do inconsciente, do delírio e do sobrenatural! Lynch e Frost são Dali e Buñuel dos anos 90.
Tronco carismático.
Entre as milhares de bizarrices e excentricidades apresentadas na série, uma chama muito a atenção e se tornou um dos maiores ícones de Twin Peaks: o tronco de Margaret Lanterman. Margaret, mais conhecida como a Dama do Tronco, era uma moradora de Twin Peaks conhecida por carregar consigo um tronco cortado, com quem ela conversava e alegava ser capaz de prever eventos. Para a maioria dos moradores da cidade, ela era considerada apenas uma doente mental, pois frequentemente falava coisas sem sentido. No entanto, para além de suas falas aparentemente desconexas, Margaret tinha poderes xamânicos, capaz de interagir com o mundo espiritual. Margaret era interpretada pela atriz Catherine Coulson, que foi presenteada com o tal tronco quando acabaram as gravações de Twin Peaks. A atriz faleceu poucas semanas após o final das gravações da terceira temporada, em 2017, onde ela protagonizou uma cena de forte carga emocional falando sobre morte. O tronco segue com a família da atriz, que frequentemente recebe propostas de compras do objeto, chegando a valores que ultrapassam 300 mil dólares.
It’s David “Fucking” Lynch!
Se tudo que foi dito até agora não fosse suficiente, o simples fato de ser uma obra de David Lynch já deveria ser um argumento forte o suficiente para te convencer a assistir Twin Peaks. Afinal, estamos falando de um dos cineastas mais disruptivos, criativos e provocadores da história do cinema! Lynch carrega ares de divindade para caras como Tim Burton, Almdóvar, Dennis Villeneuve, Lars Von Trier e Darren Aronofsky. Lynch já estreou com um filme brilhante, o clássico Eraserhead, de 1977, depois vieram outros filmes inacreditáveis como O Homem Elefante, Blue Velvet, Coração Selvagem, Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos… enfim, David Lynch é um dos grandes mestres do cinema e só isso já é suficiente para você querer ver e rever Twin Peaks, e toda a filmografia de Lynch!
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Concluindo, se você gosta de séries como Arquivo X, True Detective, Lost, Dark, Stranger Things e tantas outras, você precisa agradecer a Twin Peaks. E a Strip Me não só agradece a Twein Peaks e ao David Lynch, como faz questão de prestar sua homenagem elaborando sempre camisetas cheias de personalidade e originalidade. As camisetas de cinema, por exemplo, estão repletas de referências a grandes filmes, diretores e séries. E tem também as camisetas de música, arte, cultura pop e muito mais. Você confere tudo no nosso site, e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist com os melhores sons que rolaram tanto na série quanto nos filmes. Twin Peaks Top 10 tracks.
Claro, ninguém está competindo, mas não dá pra negar que o folclore brasileiro é o melhor do mundo, né? plural e riquíssimo, nosso folclore vai da gastronomia às lendas mais fascinantes. A Strip Me traz 7 curiosidades sobre o folclore brasileiro, pra você ficar sabendo tudo sobre o assunto.
No dia 22 de agosto de 1846, o escritor inglês William John Thoms inventou o termo folklore, unindo as palavras folk (pessoas, povo) e lore (conhecimento, saber), para designar os conhecimentos e cultura tradicionais que formam a identidade de um povo ou sociedade. Isso significa que o termo engloba todo o tipo de manifestações culturais, como música e dança, mas a melhor e mais clara personificaçãso do folclore são histórias e lendas contadas oralmente. Tanto é que dois dos mais famosos pioneiros no estudo do folclore foram os Irmãos Grimm, que coletaram e registraram em livros muitas das lendas folclóricas da Europa, que acabariam por se tornar os populares contos de fadas (que de infantis não tinham nada). Portanto, o conceito de folclore surgiu no século XIX e foi se espalhando pelo mundo, fazendo com que cada povo buscasse seus elementos folclóricos.
Aqui no Brasil, até rolaram alguns estudos sobre o folclore brasileiro ainda na segunda metade do século XIX, mas foi só no século XX que isso se tornou uma pauta realmente relevante entre intelectuais e a coisa toda desenrolou. A Strip Me traz 7 curiosidades que vão te deixar muito bem informado sobre o folclore brasileiro e tudo que ele envolve.
Origens.
Antes de mais nada, é bom ressaltar que um dos fundamentos do folclore de maneira geral é não se saber a origem de seus elementos, uma vez que eles são natos à sua sociedade e transmitidos de maneira oral ao longo de gerações. Portanto, aqui não vamos tratar da origem de personagens, lendas e etc, mas sim dar uma geral em como esses elementos começaram a ser estudados, catalogados e etc. O nome mais importante do folclore brasileiro é o historiador e antropólogo Luiz da Câmara Cascudo. Mas não foi o único. Enquanto Câmara Cascudo fazia seus estudos no Rio Grande do Norte, em São Paulo Mário de Andrade também mergulhava no Brasil profundo, bem como Monteiro Lobato. Aliás, a Semana de Arte Moderna de 1922 foi importantíssima para gerar curiosidade e interesse de cada vez mais pessoas pelo folclore brasileiro.
Personagens mais conhecidos.
São muitos os personagens do folclore brasileiro. Muitos deles conhecidos apenas em algumas regiões, já que as lendas do nosso folclore são distintas nas diferentes partes de um país tão grande, afinal, tais lendas e personagens surgem em ambientes diferentes. A região norte tem suas lendas mais ligadas às florestas e aos indígenas, no nordeste tem muita influência africana, dada a alta concentração de escravizados em Pernambuco e na Bahia no período colonial. Nas regiões sul e sudeste são lendas e personagens relacionadas às fazendas e no centro oeste misturam-se lendas de fazendeiros com a cultura indígena. Entretanto, por terem sido retratados em livros, filmes e séries de TV, alguns personagens dessas lendas ficaram conhecidos no país todo. Alguns deles são:
Saci-Pererê: Entidade zombeteira, Saci é um pequeno negrinho conhecido por realizar travessuras contra viajantes e moradores da zona rural. Possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e fuma cachimbo. Boitatá: cobra de fogo que, na lenda, atacava aqueles que incendiavam a floresta. Curupira: Entidade da floresta, de cabelos vermelhos como o fogo e os pés ao contrário (com os calcanhares para frente). É o protetor da floresta, aterrorizando os homens brancos que a desmatam.. Boto cor-de-rosa: Personagem do folclore amazônico, é um boto (o golfinho de água doce) que se transforma em um homem sedutor, frequenta festas, seduzindo e engravidando mulheres solteiras. Mula sem Cabeça: A história varia um pouco de um lugar para o outro, mas em geral, trata-se de uma mulher que se deitou com um sacerdote religioso e foi amaldiçoada, se transformando em uma mula com labaredas de fogo no lugar da cabeça, que galopa pelos campos de noite, assombrando as pessoas. Iara: É a sereia brasileira. A lenda de Iara vem dos índios. Dizem que Iara era uma habilidosa guerreira, que despertava a inveja de seus irmãos homens. Os irmãos armaram uma emboscada para matá-la, mas ela não só escapou, como acabou matando seus irmãos. Seu pai, indignado pela morte dos filhos homens jogou Iara no encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Os peixes a resgataram e a transformaram em sereia. Desde então, ela aparece vez por outra para encantar com sua beleza e seu canto pescadores que se aventuram pelos rios da Amazônia. Cuca: Personagem que surgiu na Península Ibérica e se enraizou no folclore brasileiro através dos colonos portugueses e espanhóis que vieram para cá na época das grandes navegações. É uma bruxa que pode ter a forma de uma velha, ou de uma mulher com cara de jacaré. Uma das versões da lenda diz que, a cada 1.000 anos, brota de um ovo uma nova Cuca. Então, a Cuca “antiga” se transforma em um pássaro de canto triste, enquanto a nova Cuca assume seu papel, fazendo maldades maiores do que a anterior. Recentemente, muita gente tem implorado para ser pego pela Cuca, que foi repaginada e interpretada pela maravilhosa Alessandra Negrini numa série de TV.
Festas.
Nem só de lendas e personagens curiosos vive o folclore. Os costumes e cultura tradicionais de um povo também fazem parte do folclores. Desta forma, algumas festas típicas, celebradas há muito tempo e que caracterizam a cultura brasileira podem ser consideradas folclóricas. assim é o Carnaval, a Festa Junina e o Bumba Meu Boi (ou Boi Bumbá). Curiosamente, as 3 festas tem origem européia, sofrendo adaptações e transformações, se mesclando às culturas de povos originários e africanos e se tornando autenticamente brasileiras. Essas festas são todas reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Gastronomia.
E não tem festa sem comida, né? Mas falando sério, a gastronomia faz parte da cultura, principalmente quando se trata de um prato cuja a origem é desconhecida ou tem muitas versões e existe faz muito tempo. Provavelmente o mais emblemático desses pratos seja a feijoada, cuja a origem gera muita polêmica. A maioria dos historiadores negam a versão de que a feijoada foi criada pelo escravos, que pegavam as partes do porco que seus donos não comiam. Pois ensopados de feijão com aparas de carnes já eram comuns na Europa antes da colonização do Brasil. Possivelmente, a feijoada, assim como as festas e algumas lendas, é resultado da mistura de culturas, alguma receita européia que foi adaptada com ingredientes brasileiros. O mesmo vale para o pato no tucupI, o acarajé e até mesmo o churrasco de chão, típico do sul do país. Tudo isso faz parte do nosso folclore. E, claro, para ajudar na digestão, a nossa boa e velha cachaça também é folclórica!
Música.
A música é parte fundamental do folclore. Não só aqui, mas em todo lugar. Aqui no Brasil a gente se acostumou a tratar o folclore como uma coisa restrita a essa parte de lendas, do Saci e da Mula Sem Cabeça. Já em outros países, a música tradicional é tão presente que se tornou um gênero, a folk music. Claro, rolou aí uma apropriação do termo folklore entre os gringos, em especial os estadunidenses. Uma coisa é o Woody Guthrie, ou até mesmo o Bob Dylan, tocando canções antigas ao violão, outra coisa é uma gurizada mais nova tocando canções originais, novas e dizendo que fazem folk music. Mas pra nós isso não interessa. O que interessa é que a nossa música folc é riquíssima! O samba é folc, a moda de viola é folc, o frevo é folc, o baião é folc! E gente como Cartola, Luis Gonzaga, Tonico e Tinoco e muitos outros são autores autênticos da música folclórica brasileira!
Literatura.
Voltando aos personagens e lendas, o folclore, como já dissemos aqui é essencialmente formado por histórias contadas de forma oral e transmitidas de geração para geração. Mas alguns escritores ajudaram a popularizar essas lendas para além de suas regiões de origem através da literatura. Muitos livros foram escritos tanto romances e contos, como compêndios e estudos sobre lendas do folclore. Aqui vamos citar os dois mais importantes, um na área do romance e outro na área dos estudos. O modernista Mário de Andrade escreveu uma obra definitiva sobre o folclore brasileiro, o livro Aspectos do Folclore Brasileiro. Um compilado de ensaios sobre diferentes pontos de vista e abordagens do nosso folclore. Foi relançado pela Editora Global em 2019 sob a supervisão de mestres e doutores titulares do curso de antropologia da USP (Universidade de São Paulo). Outra obra que não pode deixar de ser citada é O Sítio do Pica Pau Amarelo, a obra mais conhecida de Monteiro Lobato. Trata-se de 23 volumes, escritos entre 1921 e 1947. Entre os volumes mais célebres estão Reinações de Narizinho, O Saci, Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática e Histórias de Tia Nastácia. Todas as histórias se passam num sítio e são permeadas por lendas e personagens do folclore brasileiro. Todos os 23 livros foram lançados por várias editoras ao longo dos anos, mas os mais caprichados são os lançados pela Editora Brasiliense, em capa dura.
Filmes e Séries.
TV As produções do audiovisual envolvendo o folclore brasileiro não é assim tão vasto quanto a literatura. Claro, é uma mídia bem mais cara e trabalhosa. Ainda assim, existem vários títulos excelentes disponíveis por aí, alguns não tão fáceis de serem encontrados, é verdade, mas que vale a pena procurar. Entre os filmes, recomendamos duas produções recentes e muito interessantes. A primeira é Recife Assombrado, um filme de terror muito bem executado, dirigido por Adriano Portela e lançado em 2019. Trata-se da história de um jovem que procura seu irmão desaparecido na cidade de Recife, e acaba se deparando com assombrações, muitas delas ligadas a lendas do folclore. Na mesma pegada de terror, dirigido por Erlanes Duarte e lançado em 2021, temos Curupira, O Demônio da Floresta. Um filme intenso onde um grupo de jovens se perde na floresta amazônica e enfrentam um truculento caçador e o assustador Curupira. Recife Assombrado é um filme mais difícil de ser encontrado, já Curupira, O Demônio da Floresta está disponível na Amazon Prime e na Apple TV.
Já as séries, temos a clássica produção da TV Globo de Sítio do Pica Pau Amarelo, lançada em 1977 e feita até 1986, tendo 14 temporadas. A série adapta para a TV boa parte da obra de Monteiro Lobato com muita eficiência, além de ter na abertura a música de Gilberto Gil que se tornou um clássico absoluto. Mais recente, a Netflix produziu entre 2021 e 2023 a série Cidade Invisível, onde as criaturas folclóricas vivem na atualidade disfarçadas entre as pessoas comuns, mas acabam sendo ameaçadas. A série tem apenas duas temporadas, a segunda é mais fraquinha, mas a primeira é excelente e vale muito a pena assistir.
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Determinados elementos são tão marcantes que viram referência. Na cultura pop, bigodes das mais diferentes formas e espessuras viraram verdadeiros ícones. A Strip Me elencou os 10 mais memoráveis.
Conjunto de pêlos faciais que cresce acima do lábio superior e abaixo do nariz. Resumindo muito basicamente, essa é a definição do bigode. Atualmente é meramente estético, mas na antiguidade, já foi símbolo de poder, religiosidade e bravura. Ainda que os primeiros registros mais confiáveis de homens ostentando bigode date do século IX, há indícios que já no Antigo Egito, ele já fosse utilizado. A origem da palavra mustache, bigode em inglês, tem origem no grego helenístico, vindo se transformando ao longo dos séculos. Já a palavra bigode em si tem origem mais interessante. Na Idade Média, os bárbaros germânicos usavam bigodes volumosos e tinham por grito de guerra “Bei Gott!”, ou seja, por Deus. O pessoal da península ibérica associou o grito de guerra aos homens peludos entre a boca e o nariz e passaram a chamar os bárbaros de bigode, que acabou virando a palavra latina para designar o tal conjunto de pêlos faciais.
Já no século XIX o bigode realmente se popularizou, e os homens começaram a explorar cada vez mais diferentes maneiras de ostentá-lo. Um bigode vistoso e bem desenhado era sinal de classe e elegância. E, por fim, o bigode está aí até hoje firme e forte. E durante todo o século XX, com o surgimento da mídia, celebridades e etc, alguns bigodes se tornaram icônicos, marcaram época e foram copiados à exaustão. A Strip Me selecionou os 10 bigodes mais marcantes da cultura pop. Confira.
Friedrich Nietzsche
Ainda que o filósofo alemão seja anterior à cultura contemporânea, fica impossível falar de bigodes e não citá-lo. É amplamente sabido que Nietzsche foi um dos filósofos mais influentes da segunda metade do século XIX. Seus textos críticos à religião, à moral da sociedade em que vivia, e, de certa forma, até mesmo à cultura, fizeram dele um escritor controverso e, ao mesmo tempo inovador. Ele ajudou a moldar o conceito que hoje entendemos por existencialismo. E, acima de tudo, como um bom bárbaro germânico, Nietzsche ostentava um volumoso e imponente bigode que lhe cobria toda a boca, e que se tornou sua marca registrada.
Charlie Chaplin
Sem dúvida o pioneiro da comédia no cinema, Chaplin era multi tarefa. Dirigia, escrevia e atuava. É considerado um dos criadores do cinema e referência para praticamente todo mundo que veio depois dele. Controverso e desafiador, Chaplin nunca assumiu um posicionamento político, mas acabou sendo incluído na famosa e infame Lista Negra de Hollywood no fim dos anos 40, considerado subversivo. Além de sua trajetória de grandes trabalhos, Chaplin acabou imortalizado na imagem de seu mais notório personagem, denominado simplesmente O Vagabundo, mas também conhecido por Carlitos na América Latina. O personagem aparece em vários filmes de Chaplin, sendo os mais notórios deles Luzes da Cidade e O Imigrante. Além do chapéu coco e da bengala de bambu, destaca-se o diminuto, mas marcante bigode, que virou moda nos anos 30.
O mestre do surrealismo teve não só sua obra marcada pela excentricidade e brilhantismo, mas teve também uma vida pessoal igualmente excêntrica, além de conturbada e sabidamente controversa. Por exemplo, numa época em que sequer existia o conceito de relacionamento aberto, Dali e Gala, sua esposa, já viviam um casamento aberto sem o menor pudor. Dalí morreu de insuficiência cardíaca em 1989, aos 84 anos, em Figueres, na Espanha, onde foi sepultado. Em 2017 seu corpo foi exumado para obtenção de amostras de DNA, para um processo de paternidade, que deu negativo. E o que mais chamou a atenção é que seu bigode estava intacto! Em 1955 Dali deu uma entrevista à BBC e contou o segredo para um bigode tão espevitado. Ele disse que, após um almoço, estava comendo tâmaras. Com as mãos sujas da fruta, modelou o bigode, que ficou a tarde toda daquele jeito. Foi então que ele decidiu adotar o estilo. Ficou um tempo usando a oleosidade da tâmara, mas depois passou a usar uma cera de origem húngara. Em 2010 uma pesquisa elegeu o bigode de Dali o mais famoso do mundo. Nada mais justo, para um dos artistas mais revolucionários da humanidade.
Charles Bronson
Tanto a carreira de Charles Bronson, como seu bigode acabam ganhando notoriedade por serem ordinários, ou seja, comuns. Já a vida pessoal do ator foi super movimentada. Filho de um casal de lituanos vivendo na Pensilvania, Bronson passou boa parte de sua infância sem falar inglês, foi aprender o idioma depois de adolescente. Serviu o exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial como artilheiro de cauda do bombardeiro B-29, chegando a ganhar a medalha Purple Heart, uma das mais importantes condecorações de guerra. Nos anos 50 ingressou no cinema por acaso, como figurante e foi ficando, ganhando papéis secundários aqui e ali. Fez vários westerns, mas foi na década de 70 que se destacou com os filmes de pouca conversa e muita ação. Seu maior sucesso foi o clássico Desejo de Matar, de 1974. Assim como seu bigode simples e ralo, no filme Bronson interpreta um pacato arquiteto, que tem sua esposa e filha estupradas e vai em busca de vingança. Desejo de Matar teve mais cinco sequências, além disso Bronson estrelou vários outros filmes do mesmo estilo. E seu bigode ajudou a criar essa imagem de tiozinho ranzinza tão cativante.
Freddie Mercury
Com vasta diversidade em cabelos compridos e vistosas costeletas, o rock n’ roll nunca foi tão marcado por bigodes. Claro, teve um ou outro, os Beatles na fase Sgt. Peppers…, Frank Zappa, Lemmy Kilmister (que, a rigor, considera-se bigode e barba). Mas pelo menos um bigode ficou realmente marcado na história do rock. Um bigode espesso e bem desenhado. Claro que estamos falando de Freddie Mercury, a colossal voz a frente da banda Queen. Desde suas primeiras experiências musicais, antes de conhecer Brian May, até seus últimos dias, Freddie Mercury mudou muito de estilo. Usava roupas psicodélicas, depois couro, collants… enfim. Mas a mudança que mais ficou marcada e imortalizou sua imagem foi a do bigode. Segundo um amigo pessoal de Mercury, dois fatores foram determinantes para que ele adotasse o bigode. Primeiro que, em meados dos anos 70, estava se criando nos Estados Unidos uma imagem de homem viril, o popular machão, que ostentava bigode. Essa imagem foi prontamente adotada pela comunidade gay e Freddie Mercury a adotou, pois além de gostar do estilo, o bigode disfarçava seus dentes levemente protuberantes que tanto o incomodavam. Assim, se consolidou o bigode mais emblemático do rock n’ roll.
Tom Selleck
Falar de bigode e não citar Tom Selleck é como falar de guitarra sem mencionar Jimi Hendrix. Sem dúvida Selleck carrega o bigode mais famoso dos anos 80. Protagonista da famosa série Magnum, Tom Selleck inspirou muitos homens a cultivar um espesso e bem aparado bigode. Bigode este que acabou por se tornar sua marca registrada. Em praticamente todos os filmes e séries em que atuou, sempre manteve o bigode, no máximo deixava crescer a barba. Agora imagine você que Selleck foi a primeira opção de Spielberg e George Lucas para interpretar seu personagem recém criado, Indiana Jones. Tratativas chegaram a ser feitas, mas os produtores da série Magnum não o liberaram para filmar o longa Caçadores da Arca Perdida, e o papel acabou caindo no colo de Harrison Ford. Certamente se Indiana Jones tivesse um bigode de respeito como aquele, não ia ter nazista nenhum querendo se meter a besta com ele.
Hulk Hogan
A luta livre é uma das formas mais curiosas de entretenimento que existem. Hoje já não é tão popular, mas entre as décadas de 60 e 80 tinham um público cativo imenso e gerava celebridades conhecidas internacionalmente. É uma mistura de luta com teatro, onde personagens se enfrentam no ringue, executam golpes mirabolantes, sendo que o resultado já é sabido por todos, pois sempre há entre os combatentes o “bom” e o “mau”. Foi nesse contexto que o personagem Hulk Hogan surgiu e transcendeu o ringue, se tornando uma persona, um alter ego, do esportista e ator Terry Gene Bollea. Carismático, Hulk Hogan se tornou a maior estrela da luta livre, além de atuar com frequência em filmes e séries. Seu bigode, que contorna todo o lábio superior e desce até o queixo se tornou sua marca registrada e virou febre nos anos 80, chegando a ter como um de seus imitadores o frontman do Metallica, James Hetfield. No Brasil a luta livre também foi muito popular através do programa de TV Telecatch, onde a estrela era o personagem Teddy Boy Marino, mas sem a mesma imponência do Hulk Hogan por não ter um fio de bigode sequer.
Sam Elliott
Depois de Tom Selleck, Sam Elliott é certamente o ator mais lembrado quando se fala em bigode. Até porque nos quesitos exuberância e volume, o bigode de Elliott é praticamente imbatível. Sam Elliott é aquele tipo de ator que sempre agrada, mas que nunca teve um papel realmente grande, como protagonista. Seus papéis mais marcantes foram no clássico western moderno Tombstone, de 1993 (onde Kurt Russell exibe um belíssimo bigode também), faz aparições cirúrgicas e excelentes no maravilhoso O Grande Lebowski, de 1998, e, talvez seu papel mais marcante, no filme A Star is Born (juntos e shallow now, lembra?) onde sua atuação foi elogiadíssima, rendendo até indicações a vários prêmios, incluindo o Oscar de ator coadjuvante. Enfim, atrás daquele imenso bigode, há um ótimo ator.
Daniel Day-Lewis
E se estamos falando de bigodes no cinema, Daniel Day-Lewis não pode ficar de fora. Ainda que o ator não use bigode frequentemente, pelo menos dois de seus mais célebres personagens ostentavam bigodes memoráveis. Em Sangue Negro, o personagem implacável Daniel Plainview tem um farto bigode que lhe confere seriedade e certo garbo. Já no épico de Martin Scorsese Gangues de Nova Iorque, o personagem Billy The Butcher apresenta o que pode ser considerado o mais imponente e vistoso bigode do cinema. Para além do fato de Day-Lewis ter ganhado o Oscar de melhor ator por ambos os personagens, Billy The Butcher , em especial, tem tamanha densidade e força no filme por combinar o talento de Day-Lewis como ator, com uma estética de época imponente, que inclui um bigode longo, mas bem aparado, com as pontas levemente retorcidas. Realmente um bigode inesquecível.
Dá pra cravar que se trata da maior artista plástica da América Latina. Mulher que passou poucas e boas, viveu intensamente e produziu arte com paixão e talento. Mas, peraí! Mulher num texto de bigode, coisa de homem? Pois é… não é assim que Frida Kahlo fosse bigoduda, mas ela tinha sim um buço mais evidente. E ela própria não se furtava a escondê-lo. Na maioria de seus auto retratos, ela pintava a si mesma evidenciando essa característica. Portanto, em nome da diversidade (e também do bom humor) achamos por bem incluí-la nessa lista. Até porque nunca é demais falar sobre Frida Kahlo e sua obra magnífica. Portanto fica aqui a nossa homenagem a esta grande artista, que se destacou como poucas em universos tão dominados por homens, como o das artes plásticas e do bigode.
Bonus Track: Bigodes Brasileiros
O Brasil também foi prodigioso em gerar homens com bigodes marcantes. Quem viveu a redemocratização na segunda metade dos anos 80 teve que conviver frequentemente na TV, jornais e revistas com aquele largo bigode grisalho do então presidente José Sarney. Ao contrário dele, Rivelino e seu vultuoso bigode deu muita alegria aos brasileiros jogando na seleção tricampeã de 1970, bem como em times como Corinthians e Fluminense. Para encerrar, não há no Brasil bigode mais famoso e imponente que o de Belchior, sem dúvida um compositor único bem como seu bigode.
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Quando uma promessa é feita “no fio do bigode” significa que é um compromisso de honra, que não precisa de assinatura. A origem da expressão é incerta, mas reza a lenda que, em algum momento da história, quando dois homens precisavam selar um acordo, arrancavam cada um um fio de seu bigode para demonstrar boa fé ou confiança. Portanto, é no fio do bigode que a Strip Me garante as melhores e mais confortáveis camisetas, que são perfeitas para qualquer rolê, do churrasquinho à balada. São camisetas de cinema, música, arte, cultura pop e muito mais. No nosso site você confere todas as coleções e ainda fica por dentro de todos os lançamentos, que pintam toda semana.
Vai fundo!
Para ouvir: Uma playlist com grandes canções interpretadas por célebres bigodudos. Bigode top 10 tracks.