Double Trouble

Double Trouble

Século XXI, a tecnologia se supera a cada mês! Robôs executando tarefas como limpar a casa, veículos que não precisam de um ser humano ao volante, comunicação instantânea por vídeo entre pessoas em diferentes continentes, estudos avançados por uma vacina contra o câncer. Tudo isso e muito mais já é realidade para nós. Entretanto, existe uma coisa que a ciência, a tecnologia e a medicina ainda não conseguiram realmente desvendar: a mente humana. Avançamos muito, é verdade. Hoje em dia são conhecidos vários transtornos e distúrbios mentais tais como o déficit de atenção, hiperatividade, transtorno bipolar, borderline e tantos outros. Mas tem um deles que chama mais a nossa atenção por ter inspirado algumas obras muito marcantes: o TDI, Transtorno Dissociativo de Identidade, um distúrbio mental terrível que era conhecido antigamente por Dupla Personalidade.

O TDI é um distúrbio mental causado, na maioria dos casos, por traumas muito fortes na infância, como abusos sexuais, uma morte muito trágica de alguém muito próximo e assim por diante. Para apagar este trauma, a pessoa cria uma nova personalidade, bem diferente de si e que não conhece ou vivenciou aquele trauma. Com o passar do tempo e estudando mais a fundo a doença, constataram que muitos pacientes desenvolviam mais de uma personalidade. Por isso o termo dupla personalidade foi abandonado e substituído pelo TDI. Além de ser uma doença difícil de ser diagnosticada e tratada, ela também é muito rara. Uma doença tão rara que seria improvável que nós a conhecêssemos tão bem e estivéssemos falando sobre ela num blog de cultura pop, não fosse por um único fator: o cinema!

Alguns dos grandes filmes da história do cinema trazem um protagonista ou um vilão (ou um protagonista vilão) com algum distúrbio mental, em geral o TDI. Separamos 5 filmes para comentar aqui, mas tem vários outros que merecem uma menção honrosa. O excelente Fragmentado, do M. Night Shyamalan e lançado em  é um grade exemplo de um caso com múltiplas personalidades e é um baita filme! As Duas Faces de um Crime, dirigido pelo Gregory Hoblit e lançado em 1996 é outro filmaço onde um jovem Edward Norton dá um show em seu primeiro papel de destaque. Também não dá pra deixar de fora Ilha do Medo, filme de 2010 do nosso amado Martin Scorsese. E, pra não dizer que só estamos falando de filmes densos e sombrios, também tem o divertidíssimo Eu, Eu Mesmo e Irene, escrito e dirigido pelos irmãos Bob e Peter Farrelly, lançado em 2000 com Jim Carrey como protagonista.  E, é claro, tem muitos outros. Mas vamos aos nossos escolhidos.

Já começamos com os dois pés no peito! Um filme de 1960, de um dos diretores mais geniais e controversos de todos os tempos, um filme que mudou o jeito de se fazer cinema e pautou todos os filmes de suspense e terror que viriam depois dele. Psicose é um clássico absoluto, tem a sequência de cenas mais reproduzida da história, uma trilha sonora emblemática e um roteiro brilhante que parece que vai contar a história de uma bela mulher que fica com uma bolada em dinheiro de seu chefe, mas na verdade o trunfo da história é um jovem perturbado e dominado pela mãe. Com este filme Alfred Hitchcock passou de um diretor aclamado para um dos grandes gênios do cinema.

Travis Bickle não tinha exatamente um distúrbio de dupla personalidade. Mas não dá pra dizer também que era um cara são, gozando de 100% de suas faculdades mentais. No mínimo era um sociopata com borderline fortíssima! Mas o que fez com que ele figurasse neste top 5, além de seus distúrbios mentais, é a icônica cena ao espelho onde ele fala ameaçadoramente consigo mesmo com uma arma na mão. “You talking to me? Well I’m the only one here. Who the fuck do you think you’re talking to?”. Taxi Driver é um dos mais importantes filmes de Martin Scorsese. Retrata uma cidade decadente e um veterano de guerra, que passou anos matando no Vietnã, tentando se readaptar à vida em sociedade. Além de tudo, é Robert DeNiro numa atuação impressionante.

Aqui mais um filme onde não há um caso evidente de dupla personalidade. Mas se trata de um personagem riquíssimo, divido entre diferentes temperamentos. Jack Torrance é um escritor que  leva sua família para passar o inverno em um hotel isolado, para que ele possa escrever seu livro em paz. Mas ali uma estranha aura vai dominar Jack, transformando-o num homem violento, enquanto seu filho, com dons paranormais, tem as mais bizarras visões. O Iluminado é uma verdadeira obra de arte. Esteticamente é maravilhoso, mesmo sendo um filme de terror e suspense, tem muitos momentos com cores vivas e transita entre o sombrio e o colorido com perfeição, sem falar nos enquadramentos irretocáveis. Claro, direção do mestre Stanley Kubrick, além do roteiro baseado no livro de mesmo nome de Stephen King, além de ter Jack Nicholson arrebentando no papel principal. É um filme perfeito! Foi lançado em 1980 e ainda segue incrivelmente moderno e surpreendente.

Agora sim vamos falar do supra sumo da dupla personalidade no cinema! O único problema é que a primeira regra é que a gente não pode falar sobre o Clube da Luta. Mas a gente ignora as regras pra falar deste que é um dos filmes mais impressionantes feitos nos anos 90! Um filme tão marcante que é impossível que você não tenha ouvido falar no Tyler Durden. O filme saiu em 1999, teve direção brilhante do David Fincher e roteiro baseado no excelente livro de mesmo nome de Chuck Palahniuk. Durante uma terrível crise de insônia e identidade, um jovem consumista e solitário se torna cada vez mais próximo do indomável e charmoso Tyler Durden, com quem conversa muito sobre a vida, os dilemas da sociedade, e acaba criando um clube secreto de luta, para purificar o corpo e a alma através da violência. Um filme maravilhoso e perturbador com atuações fantásticas e uma trilha sonora animal!

Finalizamos essa lista com o filme mais polêmico de 2019! Por se tratar de mais um filme de personagens de histórias em quadrinhos, muita gente desdenhou. Mas, depois de lançado, o filme gerou muita discussão, foi acusado de incentivar o caos e a violência. Tudo conversa fiada! Joker é um filme bom demais, com um protagonista carismático e intrigante, um ótimo roteiro e amparado por excelentes referências. Sim, afinal, este certamente é o filme do Todd Phillips que os fãs do Martin Scorsese mais gostam! Joker tem a estética de Taxi Driver e o roteiro muito inspirado no Rei da Comédia, ambos grandes filmes de Scorsese. Sim, o filme conta a origem do mais famosos vilão do Batman, mas vai muito além dos quadrinhos e nos entrega uma história surpreendente de um comediante com sérios problemas mentais tentando se estabelecer no meio artístico. É um filmaço!

Você já sabe que filme bom de verdade sempre dá as caras na Strip Me, não é? Além das estampas novas de Taxi Driver e Clube a Luta que você viu por aqui, tem muitas outras estampas incríveis relacionadas á sétima arte na nossa loja. É só chegar pra conferir!

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist todinha trabalhada na loucura! Canções sobre distúrbios mentais no capricho! Top 10 Broken Minds Tracks!

Para assistir: A gente falou no texto da revolução que Hitchcock causou com Psicose. Mas ainda dá pra ir mais pra trás pra entender melhor a estética dos filmes de terror e, ainda por cima, contemplar a primeira vez em que aparece no cinema um evidente caso de distúrbio de dupla personalidade.  Estamos falando do clássico de 1920 O Médico e o Monstro, título original Dr. Jekill and Mr. Hyde, dirigido pelo aclamado John S. Robertson. Pra quem gosta decinema e curte tentar entender quem somos e de onde viemos, este filme é indispensável! E dá pra ver todinho de graça no Youtube!

Para ler: Vamos recomendar aqui a leitura do, já citado no texto acima, livro Clube da Luta, do Chuck Palahniuk. Além de ser uma história incrível e super bem contada, o livro traz muito mais detalhes sobre os planos do Projeto Mayhem e um final um pouco diferente do filme. Vale a pena demais ler! Tem uma edição de 2012 da editora Leya que é facinho de achar e num preço bem acessível.

Orgulho, diversão & arte.

Orgulho, diversão & arte.

Hoje fechamos a trilogia de posts dedicados ao mês do orgulho LGBTI+. Já demos uma geral na história, já falamos sobre os direitos na teoria e na prática, tudo direitinho. Mas convenhamos que a gente não é de ferro e também precisa relaxar e curtir a vida, não é mesmo? Por isso, vamos fechar essa trilogia com o astral lá em cima falando do que a gente mais gosta: arte! Afinal, a arte está recheada de grandes obras e grandes personalidades que representam muito bem os homossexuais de todo o mundo. Vamos falar sobre alguns deles.

É muito legal notar que existem filmes, peças de teatro, canções e pinturas que retratam ou são inspiradas em temáticas gays, mas que são concebidas por artistas héteros. Da mesma maneira, tem muito artista homossexual que não necessariamente explora este tema em suas obras. Um grande exemplo disso é o gênio da Pop Art, Andy Warhol. Notoriamente homossexual, afeito a festas e bares que celebravam a diversidade, por onde transitavam artistas de vanguarda, transexuais e todo o tipo de pessoas que não se encaixavam nos padrões “normais” da sociedade dos anos 1960 e 1970, Warhol conseguiu ser visto e celebrado em todo o mundo como um artista genial, sem precisar esconder seu estilo de vida. Produziu obras de arte incomparáveis sem esbarrar em nenhum momento na militância. Ter o orgulho de não esconder sua vida pessoal, por mais excêntrica que fosse, mostrando que isso não interferia negativamente na sua competência como profissional já foi militância suficiente.

Na música não são poucos os exemplos de artistas gays que tem uma obra invejável sem colocar em evidência sua sexualidade. Rob Halford é um dos vocalistas de heavy metal mais influentes do estilo e fez história frente à banda Judas Priest. Ele se assumiu homossexual em 1998 numa entrevista para a MTV e chocou muita gente. O rock, e em especial o metal, é um meio muito machista e homofóbico. O fato de Halford ter se assumido publicamente ajudou muito a abrir o diálogo e quebrar esses preconceitos. Aqui no Brasil um dos músicos mais influentes da música pop também se assumiu tardiamente, porém sem causar tanta surpresa quanto o vocalista do Judas Priest. Lulu Santos é um dos músicos mais respeitados do rock e pop desde os anos 1980. Exímio guitarrista e compositor de muito bom gosto, Lulu Santos sempre foi discreto com sua via pessoal, e na música nunca foi panfletário, apesar de falar frequentemente sobre amor livre e diversidade. Ele assumiu ser gay somente em 2018 e todo mundo ficou feliz por ele, porém, surpreso mesmo, ninguém ficou.  Mas tudo bem.

Deixando um pouco de lado os artistas e falando sobre obras de arte, não há mídia melhor para representar um grupo de pessoas tão plurais, cheias de vida, de amor, de cores e de histórias fantásticas como o cinema. É onde as imagens, a música e a história se juntam para proporcionar uma experiência de vida capaz de nos encantar, inspirar, divertir e fazer pensar. Então fizemos um top 5 filmes sensacionais que representam muito bem a comunidade gay e, cada um à sua maneira, proporciona reflexões importantíssimas.

5 – Meninos Não Choram

É um filme pesado, é verdade. Mas é uma história incrível e muito bem retratada no filme. História real, aliás. Brandon era um rapaz que nasceu mulher, mas desde criança se identificava como homem e tentou se impor como tal. É uma história trágica sobre aceitação e preconceito. Um filme de roer as unhas, emocionante, e com atuações inacreditáveis. Tanto que Hilary Swank ganhou Oscar de melhor atriz em 2000 pela sua atuação como protagonista. Boys Don’t Cry foi lançado em 1999, escrito e dirigido por Kimberly Peirce e tem uma baita trilha sonora boa!

4 – Madame Satã

O representante brasileiro nesta lista é um ótimo filme, também baseado em uma história real e com atuações excelentes. Madame Satã era o “nome de guerra” de João Francisco dos Santos. Ele foi um dos primeiros transformistas do  Brasil e virou ícone da liberdade sexual no país, com uma trajetória surpreendente no Rio de Janeiro dos anos 1930. O filme foi lançado em 2002, dirigido por Karim Aïnouz e protagonizado com brilhantismo por Lázaro Ramos.

3 – Filadélfia

Um clássico, né? Este filme está aqui porque representa muito bem o preconceito que os gays sofriam nos anos 1980 e 1990, agravado pelo surgimento da AIDS. Mas além de retratar super bem este momento, é um filmaço em todos os aspectos. Uma trilha sonora arrebatadora com Bruce Springsteen, Neil Young, Sade, Maria Callas, Peter  Gabriel, atuações impressionantes de Tom Hanks e Denzel Washington e direção irretocável do gênio Jonathan Demme. O filme foi lançado em 1993 e ganhou dois Oscars no ano seguinte: Melhor Ator e Melhor Canção Original.

2 – Tudo Sobre Minha Mãe

Que o Almodóvar é um gênio, não há dúvida, né? Porém, na hora de escolher qual o seu melhor filme, aí dúvida é o que não falta, tantos são os filmes excelentes dele. Mas com certeza um que sempre vai estar entre seus 3 melhores trabalhos é este. Uma história comovente e arrebatadora, colocada impecavelmente num roteiro que consegue ser dramático e bem humorado, bem amarrado e instigante. A trama se desenrola quando uma mãe solteira tem seu filho envolvido em um acidente e vai à procura do pai da criança, que virou travesti. Uma história insólita e cheia de surpresas que acaba por tratar diversos temas espinhosos com muita propriedade. O filme escrito e dirigido por Almodóvar foi lançado em 1999 e levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

1 – Priscilla – A Rainha do Deserto

É uma escolha óbvia? Um baita clichê? É sim! Mas nenhum filme na história conseguiu com tanta perfeição representar o espirito gay com tanto brilhantismo. Está tudo lá. A alegria, o glamour, a paixão pela arte, os preconceitos, é claro, e todas as dificuldades e delícias de se assumir como é e viver assim. Priscilla – A Rainha do Deserto é um road movie delicioso, engraçado e empolgante, desses filmes que a gente já viu um monte de vezes, mas sempre acaba vendo de novo. O filme foi lançado em 1994, escrito e dirigido por Stephan Elliott e se tornou, logo de cara, um clássico absoluto. Ah, sim, e também tem uma trilha sonora daquelas!

E assim finalizamos nossa trilogia de posts especiais no mês do orgulho LGBTI+. Posts que, além de homenagear e celebrar a diversidade, reforçam o posicionamento da Strip Me como uma marca que abraça a diversidade e faz coro com todas as vozes que clamam por liberdade e igualdade. Afinal tudo que é escrito aqui representa os princípios e valores da marca. Orgulho, diversão e arte em junho, no ano todo e por toda a vida!

Vai fundo!

Para ouvir: A playlist hoje dá uma geral nas trilhas sonoras dos cinco filmes indicados neste post! Confere lá! Top 10 tracks LGBTI+ Soundtracks!

De outro mundo!

De outro mundo!

O genial comediante George Carlin, infelizmente já falecido, tem um texto muito famoso chamado “Save the Planet”. O texto fazia parte dos shows de stand up de Carlin e é super fácil, e recomendável, de se achar legendado no Youtube. Neste texto, o comediante mostra a arrogância e megalomania do ser humano frente a esta gigantesca bola girando no espaço há mais de 4,5 bilhões de anos. Realmente temos certa dificuldade em assumir nossa pequenez diante do universo. Isso fica evidente quando vemos que muita gente não acredita, ou simplesmente ignora, que haja vida em outros planetas universo afora. Em contra partida, tem um pessoal que não só acredita que haja vida extraterrestre, como afirma que eles interferem na nossa vida desde os primórdios da humanidade. Entre o 8 e o 80, é melhor a gente ficar no meio do caminho. Mas isso não nos impede de nos divertir com as teorias estapafúrdias que essa turma defende.

Pra começar pelo começo, tem a maravilhosa teoria da Sopa Primordial. Basicamente consiste no conceito de que, quando a Terra estava em desenvolvimento, partículas vivas, microrganismos  e etc, teriam vindo do espaço em meteoros e caído no mar, dando origem assim à vida no planeta. A combinação da água com as diferentes temperaturas e reações químicas fariam dos mares essa sopa primordial da vida. A história é muito bonitinha, mas sem o menor fundamento científico. O simples fato de que qualquer objeto vindo do espaço que entre na atmosfera terrestre sofre um impacto fortíssimo e entra em combustão já basta pra colocar a teoria em xeque . É muito improvável que alguma partícula viva resistisse a isso. É muito mais provável que o surgimento da vida na Terra tenha se dado sim por combinações químicas e radiação que existiam aqui mesmo, no planeta Terra, em sua origem.

Ilustração de como seria a Terra em sua formação. Arte de Richard Bizely

Tá certo que diante do universo, o ser humano não seja lá grande coisa. Mas também não precisamos nos menosprezar tanto assim. Pois há quem diga que as pirâmides do Egito e dos povos Maia e Asteca foram erguidas por alienígenas, e não por seres humanos, que seriam incapazes de tais feitos. Os defensores dessa teoria afirmam que não tinha como o homem ter naquela época conhecimento suficiente de engenharia, nem mesmo ferramentas adequadas para erguer tais edificações, cortar pedras e etc. Pois por incrível que pareça, as pirâmides foram erguidas por seres humanos, sim senhor! No Egito, foram encontradas nos anos 1990 tumbas dos operários que trabalharam na construção da pirâmide de Gizé, uma das mais conhecidas das pirâmides egípcias. Ali encontraram fornos, onde preparavam alimentos, bem como onde dormiam, pois a obra durou mais de 30 anos para ficar pronta. Do outro lado do mundo, os povos mais avançados que viviam na América muito antes da chegada dos europeus, os maias e astecas, tinham conhecimento de matemática, astronomia e engenharia. A cidade asteca de Mexihco-Tenochtitlán, por exemplo, tinha mais de 300 mil habitantes, possuía pontes elevatórias, templos, estradas, mercado, aquedutos… era uma cidade melhor organizada e maior em extensão do que Constantinopla, a maior cidade da Europa na era medieval. Pra esse povo, construir uma pirâmide era moleza!

Ilustração da cidade deMexihco-Tenochtitlán antes da chegada dos europeus. Arte de autor desconhecido.

Mas chega de falar do passado e vamos falar de tempos atuais! Ainda hoje é alvo de muito mistério a famosa Área 51. Trata-se de uma base militar norte americana ultra restrita, que fica no meio do deserto, no estado de Nevada. No fim dos anos 40, diziam que fora levada para lá uma nave extraterrestre que teria caído no estado do Novo México. A tal nave, dizem, está lá até hoje e é objeto de estudo, bem como os seres que nela estavam, que foram dissecados. Toda e qualquer atividade suspeita de ser extraterrestre acaba indo pra lá e o caso é abafado. Tudo que é de difícil explicação ou envolve forças sobrenaturais é levado para a Área 51. Lembra do final do filme Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida? Então, depois de ser recuperada das mãos dos nazistas, a arca é entregue ao exército norte americano que a leva pra onde? Para a área 51, claro! E lá está até hoje. Mas é claro que assim como a Arca mágica que continha as pedras com os Dez Mandamentos, discos voadores e restos mortais de ETs, se existissem e lá estivessem mesmo, de algum jeito isso acabaria se tornando público. São segredos muito difíceis de se manter.  O que realmente acontece na área 51 é que ali são feitos treinamentos militares perigosos, que podem ferir e até matar algum civil que esteja passeando desavisado pela região. Por isso toda a área é cercada e muito bem protegida.

Imagem das cercanias da Área 51. Crédito da imagem: www.bbc.com

Pra concluir, apresentamos a mais recente teoria da conspiração. Pode esquecer essa balela de que o Coronavirus foi forjado em laboratório pela China ou pelos Estados Unidos. Segundo o astrônomo e astrobiólogo Chandra Wickamasinghe. do Sri Lanka, o Coronavirus veio do espaço! Sim, é um vírus alienígena! Segundo esse figura aí, o vírus veio grudado num asteroide que caiu na China em outubro de 2019 e se espalhou. Aliás, ele afirma que essa não é a primeira vez. Nos anos 1970, o doutor Wickamasinghe escreveu um livro chamado Doenças do Espaço, onde afirma que outras epidemias como a gripe, por exemplo, vieram do espaço. Eu não sei o que esses cientistas do Sri Lanka andam fumando, mas parece ser coisa muito boa, porque, olha… acreditar nessas paradas é de doer! Pra refutar essa teoria, basta lembrar da mesma justificativa que rebate a teoria da sopa primordial. Um asteroide que cai na Terra, ao entrar em contato com a atmosfera, é quase obliterado e pega fogo! Se a porcaria do vírus não resiste a um simples álcool em gel, vai resistir ao impacto e ao fogo ao entrar na atmosfera?

Dr. Chandra Wickamasinghe – Crédito da imagem: www.dailymirror.com

Mas chega de falar de vírus alienígenas, né? Se é pra falar de ETs, vamos falar de ETs grandões, asquerosos, que querem saber de vir pra Terra pra dominar a humanidade, quiçá destruir o mundo! Por isso, preparamos uma top 5 filmes de ETs. E não pense você que vamos cair no clichê de filme do Spilberg, ou Independence Day! Aqui a gente gosta de filmes que tratam este tema com a seriedade e sobriedade devidas.

5 – Eles Vivem (título original: They Live). Filme de 1988 escrito e dirigido pelo mestre John Carpenter. Nesta beleza de filme sci-fi, um homem comum encontra uns óculos escuros que o permitem ver que algumas pessoas aparentemente normais são, na real, aliens, e que rola toda uma conspiração pela dominação da raça humana. É bom de verdade, um filme muito divertido.

4 – Cowboys & Aliens. Filme lançado em 2011 e dirigido por Jon Favreau. Em pleno ano de 1873, aparece uma baita nave espacial no meio do Arizona. Mas tá tranquilo, mesmo os ETs estando super mal intencionados, estão por lá Daniel Craig e Harrison Ford pra dar fim nesses bichos! Não tem como ser ruim um filme desse, fala a verdade. É diversão garantida!

3 – Cocoon, filme de 1985 do grande Ron Howard! Este é um clássico! Uns velhinhos encontram uma espécie de fonte da juventude, mas que na verdade está cheia de casulos (cocoons) de ETs! Premissa melhor que essa, não há!

2 – MIB – Homens de Preto (título original: Men in Black). Filme de 1997 dirigido por Barry Sonnenfeld. Se é teoria da conspiração alienígena que você quer, é de MIB que você precisa! Filme empolgante, engraçado e que revela pra nós que os ETs estão por aqui há muito tempo vivendo entre nós, e tem uma polícia ultra secreta que controla isso tudo. Um clássico dos anos 90!

3 – Marte Ataca! (título original: Mars Attacks!). Filme lançado em 1996 e dirigido por Tim Burton. Olha, no quesito filmes de ETs, não existe nada igual! É o melhor filme do gênero! É divertidíssimo, com um elenco de arrasar, aquela aura de filme B. É impagável ver o Jack Nicholson como presidente dos Estados Unidos, o Tom Jones atuando com uma canastrice encantadora… é um filmaço! Com certeza um filme menosprezado pelos fãs do Tim Burton.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com canções que falam sobre ETs para acompanhar este texto do outro mundo! Top 10 tracks Músicas de Outro Mundo.

Pet Friendly?

Pet Friendly?

Não vamos negar que algumas regras existem para serem quebradas. A transgressão é um dos temperos da vida. Um tempero que deve ser usado com muita parcimônia, é claro. Afinal são só algumas regras que existem para serem quebradas. Quer saber outra coisa que dá um tempero todo especial à vida? Ter um bichinho e estimação! Ah, nada mais gostoso que ter um bichinho em casa pra fazer companhia, pra cuidar, dar e receber carinho, se divertir… e pode ser o animalzinho que você quiser, um peixinho, um cachorro, gato, passarinho, porquinho da índia, tanto faz. O importante é cuidar bem e dar bastante carinho.

Aliás, no quesito pet as regras são essenciais e, essas sim, não devem ser quebradas nunca. Se você tem um cachorro em casa, você deve dar comida duas vezes por dia, você deve passear com ele com frequência, deve dar vacina, vermífugo e por aí vai. São regras que precisam ser seguidas para o bem estar do cachorro e do seu próprio, já que você convive com ele e não quer o bichinho doente e tal. E cada pet tem suas regras específicas. Agora você pode estar pensando de onde saíram todas essas informações. De algum veterinário, ou de livros sobre o comportamento dos bichos… Não! Nada disso! Esses aprendizados foram todos tirados de um dos filmes mais emblemáticos dos anos 1980.

No natal de 1984 Rand Peltzer resolve comprar um presente único para seu filho, um animal de estimação diferente. Numa loja obscura em Chinatown, ele se depara com um mogwai, bichinho todo fofinho e peludinho, além de muito exótico. Era perfeito! Porém  o velho chinês dono da loja se recusa a vender o bichinho, dizendo tratar-se de um animal que requer muito cuidado, além de ser muito perigoso. Eis que enquanto o velho se ocupa de outra coisa, seu neto faz a venda, entregando o pequeno mogwai pela quantia de 200 dólares. Mas antes de entregar o animalzinho, deixou claro que 3 regras deveriam ser seguidas à risca para o bem estar de todos: 1 – o mogwai nunca deverá ser alimentado após a meia noite, mesmo que ele chore desesperadamente. 2 – Em hipótese alguma o mogwai poderá entrar em contato com água. 3 – O mogwai nunca poderá ser exposto à luz do sol. 3 regras simples que, obviamente, seriam descumpridas.

Os Gremlins foi lançado em 1984 e se tornou instantaneamente um filme aclamado pelo público. Sua mistura certeira de terror, humor negro e aventura fez dele um desses filmes para toda a família curtir, já que não contém exageros nem na parte de fantasia e aventura que conquistam crianças e nem nas piadas de humor negro, violência e eventuais sustos que conquistam os adultos.  Além do mais, ele tem aquele charme de filme B, com efeitos especiais toscos, que tornam tudo mais divertido. Apesar de não ter nenhum nome de peso no elenco e diretor e roteirista serem razoavelmente desconhecidos, o longa é produzido (leia-se bancado) por Steven Spielberg. E você sabe que o Spielberg não dá ponto sem nó. O filme foi um estouro e arrecadou milhões de dólares.

O fato de Steven Spielberg estar por trás do projeto proporciona várias referências super interessantes, os famosos easter eggs, ao longo do filme. A começar por uma ponta do próprio Spielberg em uma cena rápida, onde ele aparece numa cadeira de rodas. Homenageando  os clássicos do terror, em determinado momento um dos monstrinhos assiste na TV o icônico Invasores de Corpos (1956), de Don Siegel. No cinema onde todos os gremlins vão para se esconder da luz do dia, aparecem nos letreiros anúncios de dois filmes, A Boys Life e Watch the Skies, títulos usados provisoriamente por Spielberg durante a produção de E.T. – O Extraterrestre (1982) e Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), respectivamente. O ET de Spielberg aparece ainda quando um dos gremlins se esconde numa loja entre vários brinquedos de pelúcia, e um doesses brinquedos é o famoso ET. Outro ícone homenageado é a série Perdidos no Espaço, na cena em que acontece uma feira de ciências e aparece um robô idêntico ao da série.

Hoje estamos recordando este clássico do cinema oitentista pra te lembrar que o cinema está sempre ensinando coisas legais pra gente. Em especial os filmes dos anos 1980 nos trazem inúmeras lições para a vida, como por exemplo pintar muros e encerar carros para ser um bom lutador de caratê, não andar com um extraterrestre na cestinha da bike se você tiver medo de altura, matar aula pode fazer com que você destrua a Ferrari do pai do seu amigo, caso você vá para o passado, não entre em contato com seus familiares, mas saiba tocar Johnny B. Goode por via das dúvidas… enfim, tantos ensinamentos enriquecedores. Os Gremlins também nos lembram que, no caso de cuidar de bichinhos de estimação, acaba valendo a pena seguir as regras e conselhos para cuidar bem do seu pet. Afinal ninguém quer correr o risco de ficar com seu bichinho doente, menos ainda ninguém quer correr o risco de ter que explodir o cinema da cidade por causa dele.

Vai fundo!

Para ouvir: Uma playlist com 10 tracks que embalaram os filmes mais divertidos dos anos 80! Top 10 tracks 80’s movies!

Para assistir: Óbvio que a recomendação é para assistir ao clássico primeiro filme, lançado em 1984. Confesso que as 2 sequências que foram lançadas nos anos 90 são bem decepcionantes. Mas já estão confirmadas duas temporadas de uma série animada que contará a origem dos mogwai. A série será exibida pela HBO Max, mais uma plataforma de streaming. Apesar de ainda não ter lançamento oficialmente marcado, a série promete agradar. Vamos esperar.

Alfred Hitchcock e a invenção do suspense.

Alfred Hitchcock e a invenção do suspense.

A definição mais sintética e objetiva da arte pode ser a seguinte:
talento + técnica = arte de qualidade.
Claro que a arte é uma parada muito intangível e que tem significados e representações distintas, que variam de pessoa para pessoa. Mas, de maneira geral, a equação acima é válida. A fotografia é a manifestação artística que melhor exemplifica isso. Se o fotógrafo conhece todas as técnicas de medição de luz, proporções de abertura de diafragma e obturador, foco e etc, mas não tem um olhar apurado e a sensibilidade para captar a cena desejada, ele vai obter um bom resultado, mas não será uma grande obra de arte. Já se o fotógrafo tem a sensibilidade  e o olhar apurado suficiente para captar um momento incrível, mas não tem as técnicas de manuseio da câmera, o resultado também pode até ser bom, mas não será uma obra de arte. Agora, se o fotógrafo consegue juntar tudo, aí sim terá uma foto incrível, que será admirada como verdadeira obra de arte.

Crédito da imagem: Silverscreen Archives

Mas tem alguma coisa a mais. Tem um elemento misterioso, um brilho, uma parada natural em poucas pessoas, que, somada a técnica e ao talento, consegue conceber obras primas, incomparáveis e eternas. Já que falamos de fotografia, vamos dar um pulinho e ir pro cinema, para falar de um dos grandes mestres desta que é conhecida como a sétima arte. Alfred Hitchcock foi um dos mais produtivos e geniais cineastas da história. Concebeu mais de 50 filmes, inventou um dos gêneros  mais populares e foi responsável por uma verdadeira revolução no cinema.

Crédito da imagem: Rex Features Archives

“Todos temos dentro de si um lugar escuro, cheio de violência e horror. Eu sou apenas o cara no canto com uma câmera, assistindo.” Com essa frase, Hitchcock conseguiu resumir sua obra. O suspense e o terror psicológico são invenções dele. Numa época em que o cinema era extremamente conservador, Hitchcock apresentava tramas sombrias, repletas de traições, cobiça e mistério. Seus personagens não eram claramente bons ou ruins, apesar de serem sempre carismáticos. Desta forma, tornaram-se clássicos filmes como Festim Diabólico (1948), Disque M Para Matar (1954), Janela Indiscreta (1954), O Homem que Sabia Demais (1956), Um Corpo que Cai (1958), Os Pássaros (1963) e sua obra máxima, Psicose (1960). Com estes filmes, Hitchcock apresentou ao mundo uma nova maneira de fazer cinema, tanto na estética, como na forma de contar as histórias e até na atuação dos atores.

Quando lançou Psicose, Hitchcock já era um diretor consagrado em Hollywood, Mas foi com este filme que ele quebrou todas as barreiras. Tanto é que produtora nenhuma encarou financiar o filme, com medo de lança-lo e ter prejuízo, acreditando que o público não aceitaria tanta violência e sadismo, isso se o filme chegasse ao público, porque corria o risco de ele esbarrar na censura. Por fim, o diretor bancou o filme do seu próprio bolso, fazendo dele uma produção independente. E ele investiu pesado.

Crédito da imagem: Rex Features Archives

Pra começar, o filme é adaptado de um livro. Psicose foi escrito por Robert Bloch, publicado originalmente em 1959 e inspirado num caso de assassinatos famoso na época, o caso Ed Gein, conhecido como o assassino de Wisconsin. Quando Alfred Hitchcock leu o livro, no ato comprou os direitos para filmá-lo e mandou comprar todos os exemplares à venda em todas as grandes cidades do país, para que ninguém soubesse o final da história. O protagonista da história se tornaria no futuro um verdadeiro clichê do cinema, um clichê muito eficiente, diga-se: o assassino esquizofrênico, travestido, sedutor e violento. Isso sem falar da icônica cena do chuveiro.

Crédito da imagem: Silverscreen Archives

Por ser um filme independente, com orçamento reduzido, tudo foi feito a toque de caixa, além do mais, Hitchcock não entregou o roteiro todo de uma vez na mão dos atores, e filmava as cenas sem muitas repetições, para captaras reações mais naturais possível dos atores ao se depararem com as cenas. O filme todo foi filmado em 6 semanas, tempo curtíssimo para os padrões de Hollywood. Todas as cenas foram filmadas de bate pronto, no máximo com três ou quatro takes. A exceção foi a cena do chuveiro, que levou uma semana para ser concluída. Provavelmente Hitchcock tinha consciência que aquela cena seria o ponto alto do filme.

Marion Crane, a personagem interpretada pela atriz Janet Leigh, era uma mulher insatisfeita com a vida, trabalhava num pequeno escritório e tinha um amante, com quem não podia se casar. Quando ela consegue algum dinheiro, combina com seu amante que fujam para finalmente se casar. É nessa fuga que ela vai parar no Bates Motel, um hotelzinho fuleiro de beira de estrada, gerenciado por Norman Bates, um homem simples, que vive sob os caprichos de sua velha mãe. Marion é a protagonista do filme. E, passada apenas meia hora do início do longa, ela é morta a facadas no chuveiro. Além da cena ser icônica, era novidade no cinema uma personagem principal morrer tão cedo, aliás, de maneira geral, personagens principais raramente morriam. Os cortes rápidos, tensão, uma trilha sonora inacreditável, closes e ângulos fechados, fizeram da cena do chuveiro a cartilha que todos os filmes de suspense e terror até hoje seguem.

A extensa filmografia de Alfred Hitchcock é permeada de filmes brilhantes, como os que já foram citados aqui. Não é à toa que ele é conhecido como o mestre do suspense. Hitchcock mudou o jeito de se fazer e de se consumir cinema. Para se ter ideia, antes de Psicose, era muito comum as pessoas entrarem numa sala de cinema com o filme já pela metade, aí a pessoa voltava em outra sessão para ver do começo e ia embora  quando entrava a parte que já tinha visto. Ou seja, era um entra e sai dos infernos durante a sessão. Os primeiros cartazes de divulgação de Psicose traziam uma foto do próprio Hitchcock informando que ninguém deveria entrar na sala de cinema se o filme já tivesse começado, além de instruir os donos de cinema a impedirem que isso acontecesse, para que as pessoas tivessem a experiência completa.

Enfim, Hitchcock foi um cineasta genial, uma dos maiores nomes do cinema, cultuado até hoje. Por isso ele tem tudo a ver com a Strip Me, um cara que representa o encontro entre o entretenimento (diversão) e a arte, com personalidade e sem barreiras para a criatividade.

Vai fundo!

Para ouvir: Já que o filme mais famoso de Hitchcock é Psicose, preparamos uma playlist com 10 canções sobre psicopatas, esquizofrênicos e malucos em geral. Curte aí esse Top 10 Psycho Tracks!

Para assistir: Lógico que toda a obra do Hitchcock é mai que recomendada e está espalhada por aí, em plataformas digitais, boxes de DVDs e blurays e etc. Então, vamos recomendar o ótimo filme Hitchcock, lançado em 2012 e que conta a história da produção de Psicose com um elenco matador (com o perdão do trocadilho). Hitchcock é interpretado por Anthony Hopkins, Helen Mirren interpreta Alma, a esposa do diretor e Scarlett Johansson interpreta Janet Leigh. A direção é de Sacha Gervasi e é um filme mais que recomendado.

Para ler: A excelente editora Darkside, especializada em literatura de terror e livros com um acabamento e concepção gráfica invejáveis, relançou Psicose, o livro de Robert Bloch lançado originalmente em 1959, numa edição lindíssima. Além do livro ser uma delícia de se ler e ter muito mais detalhes sórdidos dos crimes do que no filme, tem uma capa linda. Um livro que vale a pena ler e ter em destaque na estante.

Rolê After (Pandemia)

Rolê After (Pandemia)

A empatia, paciência e compreensão são algumas das mais louváveis características que o ser humano pode ter. E muitos de nós temos sido pacientes, compreensivos e empáticos uns com os outros. Mas a verdade é que já deu, né? O Coronavírus já consumiu tanto da gente, que fica cada vez mais difícil continuar acompanhando as notícias, conversar com pessoas mais radicais e tal. É por isso que hoje estamos aqui pra falar sobre um futuro de esperança, sobre a volta às coisas boas da vida! Afinal de contas a vacina já é uma realidade e agora é só esperar chegar a nossa vez de tomar essa agulhada delícia e correr pro abraço! E já vamos nos preparando porque rolê bom é o que não vai faltar!

Claro que ainda vai demorar um pouquinho. Por mais ansiosos que a gente esteja, ainda vão uns bons meses aí. O pessoal do legendário festival Coachella, na California, por exemplo, está otimista até demais. O festival está com as datas confirmadas para os dias 9, 10 e 11 de abril! Porém, não há nenhuma informação sobre o lineup. Levando em consideração que os Estados Unidos não estão numa situação muito mais confortável que a nossa, aqui no Brasil, em relação a pandemia, 3 meses é muito pouco tempo pra conseguir normalizar tudo, e para que as pessoas se sintam seguras suficiente para se acotovelar na frente de um palco entoando hinos do rock. Outra lenda dos festivais, o Tomorrowland, que rola na Bélgica e reúne a nata da música eletrônica, também está confirmado. Mesmo ainda sem lineup anunciado, a data está confirmada: 16 a 18 de julho. São grandes festivais, com um otimismo quase utópico. Pouco provável que eles se realizem nessas datas, mas não custa sonhar.

No Brasil a turma está sendo um pouco mais modesta e menos afobada nas datas. Por aqui as programações são todas para o segundo semestre, com exceção de um. O João Rock, festival super concorrido, que acontece em Ribeirão Preto (SP) já há 20 anos, segue com data confirmadas para 19 de junho. Porém, é claro, sem lineup definido. A edição que rolaria em 2020 e foi adiada tinha nomes como Gabriel, o Pensador, Erasmo Carlos, Planet Hemp, Titãs, CPM 22 e outros. Especula-se que este lineup será mantido. Outro que ainda não tem nenhum artista confirmada no cast, mas já tem data certa e ingresso á venda é o mundialmente famoso Lollapalooza. A edição brasileira está confirmada para 10, 11 e 12 de setembro. Na real, parece que todo mundo está apostando em setembro como o mês do liberou geral! O Coala Festival, que também rola na cidade de São Paulo e é mais ligado à MPB também está confirmado. E adivinha pra quando. Dias 11 e 12 de setembro! No mesmo fim de semana do Lolla! Pelo menos no quesito lineup o Coala saiu na frente. Já tem confirmados nomes como Gal Costa, Alceu Valença e Maria Bethânia.

Mas calma que ainda tem mais coisa para setembro, o mês da esperança! 24, 25, 26 e 30 de setembro, bem como 1, 2 e 3 de outubro, rola o inabalável Rock In Rio! Convenhamos que um festival que, em sua primeira edição, em 1985, com o Brasil nadando numa inflação estrambólica, conseguiu trazer Queen, AC DC, Iron Maiden e mais uma car@*#%da de artistas grandes, realizou edições especiais fora do Brasil e etc, merece a alcunha de inabalável. Pois bem. Tem lineup confirmado? Claro que tem! Tem novidade?  Novidade, novidade mesmo, não tem. É o Iron Maiden de novo, o Dream Theater, Megadeth, Sepultura… que são bandas legais, mas já tocaram mais de uma vez no Brasil e tal. De diferente mesmo, vai rolar o Living Colour, uma baita banda bacana e que vai ter participação do Steve Vai, um show que, com o perdão do trocadilho com o guitarrista, vai valer a pena ver.

Mas não é só de shows, festivais, filas imensas para ir ao banheiro químico e enlamear o tênis que a gente sente falta, né? Também dá uma saudade danada daquele cineminha esperto no domingo de tarde, aquela pipoca e refri caríssimos, mas que são uma delícia, entrar naquela sala escura, ver um filme massa naquela puta tela enorme, com sonzão… putz! Que coisa boa! E, olha, se tudo der muito certo e a gente puder voltar a frequentar uma sala de cinema em segurança ainda neste ano, lançamento bom tem de sobra! Em março tem o curioso confronto Godzilla Vs Kong, em abril o controverso Marighella deve chegar aos cinemas e, para os fãs da Marvel, rola a Viúva Negra. Em maio tem uma das franquias mais prolíficas do cinema, Velozes e Furiosos 9 será lançado. Em junho tem mais super-heróis com Venom – Tempo de Carnificina e a sequência de terror Invocação do Mal 3. Em julho o pessoal saudoso dos anos 1980 vai pode vibrar com Top Gun – Maverick, o pessoal dos anos 1990 vai poder pirar no remake de Space Jam e o pessoal 2000 tem mais um da Marvel pra conta: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. Em agosto é a vez da DC Comics entrar em cena com o Esquadrão Suicida. Em outubro, James Bond já chega deixando claro que está sem tempo, irmão, porque estreia 007 – Sem Tempo para Morrer. Novembro chega com mais um lançamento nostálgico, Ghostbusters – Mais Além e mais uma franquia longeva, Missão Impossível 7. Pra fechar o ano, dezembro chega com Matrix 4, pra tentar corrigir a catástrofe que foram os dois últimos  filmes da franquia, ou jogar a última pá de cal na coisa toda.

É isso. 2021 chegou, já tem vacina e a gente está começando o ano a todo vapor! Tá todo mundo cansado, sem paciência e tudo mais com essa situação toda de pandemia. Mas vamos fazer essa forcinha e continuar sendo pacientes e, principalmente, tendo empatia e cuidado uns com os outros. É assim que a gente vai conseguir passar por isso mais rápido e poder curtir todos esses rolês incríveis e muitos outros, que nos fazem tão bem!

Vai fundo!

Para ouvir: Caprichamos numa playlist só com aquelas músicas clássicas pra pirar e cantar junto num festivalzão lotado! Top 10 tracks pra cantar junto em arenas!

Para assistir: A sugestão hoje é assistir Matrix, o primeiro filme da franquia e obra prima dos irmão Wachowski. É um filme que dispensa apresentações, lançado em 1999, foi super inovador nos efeitos especiais e trouxe várias questões filosóficas amarradas a um roteiro excelente. Quem sabe você não toma coragem para assistir os Matrix 2 e 3, pra esperar dezembro chegar.

Strip Me Clothing: Retrô 2020 & The Highlights Top 10

Strip Me Clothing: Retrô 2020 & The Highlights Top 10

Uma das frases mais célebres do século XX, na real, uma verdadeira profecia, foi dita por Andy Warhol nos idos dos anos 1960: “No futuro todo mundo vai ter seus 15 minutos de fama.”. Na época, Warhol se referia às suas próprias obras, baseadas em ícones passageiros como latas de sopa, garrafas de refrigerante e atrizes de cinema. Mal sabia ele que estaríamos falando dessas mesmas obras e tantas outras até hoje! E a profética afirmação de Warhol se provou cada vez mais verdadeira, com os reality shows e e suas celebridades com curto prazo de validade e youtubers que somem com a mesma rapidez que viralizam algum vídeo. E, por falar em viralizar, 2020 ficou marcado pela pandemia do Corona Vírus. Um bichinho que abusou dos seus 15 minutos de fama e se manteve em cena o ano todo.

Mas cabe a nós sempre resistir! E resistimos! Através da arte,conseguimos inspiração e força para continuar trabalhando, e você que nos apóia e incentiva comprando nossas camisetas é parte essencial nisso. Portanto, a Strip Me Clothing orgulhosamente apresenta a sua retrospectiva, destacando as estampas que mais bombaram no site neste 2020. E se todo dia a vida só começa depois de uma caneca de café goela abaixo, óbvio que a camiseta “Gimme Coffee or Gimme Death” foi um dos destaques do ano. Afinal, haja café pra se manter focado no home office! Mas não foi só pra trampar que ficamos na frente do computador. Reuniões, festinhas e etc aconteceram aos montes de maneira virtual. O que nos remete a mais um dos highlights do ano, a Monalisa Look. Quem não ficou com aquela cara de paisagem fingindo que está prestando a atenção na conversa, mas na real está mexendo no celular por baixo da câmera, né?

Mas não foi fácil ficar esse ano todo dentro de casa sem poder sair, encontrar a turma e fazer aqueles rolês delícia. Nem sair pra comprar alguma besteira, resolver aqueles pepinos de trampo que tem que ser pessoalmente, ou simplesmente ficar de bobeira pela rua a gente não pôde fazer. Todo mundo teve que inventar o que fazer dentro de casa pra espantar o tédio. E tome curso online, fazer pão, plantar suculenta, yoga, TikTok, tocar sax na varanda do apê… Ficamos parados, mas cheios de ideias, aprendendo umas paradas novas. Tudo a ver com a nossa estátua no lugar do prisma, da capa daquele disco do Pink Floyd, mais uma das camisetas mais procuradas no site neste ano.

Outra coisa que, com certeza, todo mundo fez em 2020 tendo que ficar em casa foi assistir mais filmes e séries e ouvir mais música. Todas as plataformas de streaming, tanto de vídeo como de áudio, foram uma dádiva indispensável neste ano. Amantes da música e do rock n’ roll que somos, até fizemos um post aqui elencando os principais documentários musicais encontrados pela internet, com opções do punk ao jazz. Então não é de se estranhar que a camiseta Guitarra Vintage, uma das estampas mais tradicionais da Strip Me de todos os tempos, tenha se tornado um big hit do ano.

E o que seria de nós neste ano desgraçado se não fosse a arte e os nossos amigos? Muita gente fez reuniãozinha no Zoom com a galera pra tomar cerveja, colocar a conversa em dia, reclamar da vida e xingar o Corona. With a little help from my friends, a Strip Me também se manteve firme e forte com seus camaradas. Entre as 10 mais vendidas do ano, 4 são estampas dos nossos estimados collabs! O Baby Yoda do Kaio Mushroom e o Abapulp Fiction do Adão Iturrusgarai são leituras super originais, psicodélicas até, pode-se dizer, de ícones do cinema. Já o Guilherme Hagler arrebentou ao atualizar a clássica obra de Vermeer, Moça com Brinco de Pérola, numa versão selfie moderninha! Pra balancear, a leve e divertida camiseta do bode, da Iaanks, traz a edificante mensagem “Deixa acontecer naturalmente.” #ficaadica

Importante a gente ressaltar aqui como somos gratos e orgulhosos do trampo de todos os nossos collabs!

Enfim, tá tudo muito bom, tá tudo bem, mas realmente precisamos dizer que tá todo mundo de saco cheio desse ano! Não adianta vir com essa conversinha que foi um ano de aprendizado, que veio para nos mostrar a importância de valorizar as pequenas coisas da vida, a liberdade, que foi um ano de resiliência… olha, f*#@-se! Foi um ano de m*@#a! Tá todo mundo cansado disso tudo, a gente quer mais é que tudo passe de uma vez e a gente possa voltar a viver a nossa vida como bem entendemos, sem nos preocupar em pegar essa doença maldita, ou transmiti-la sem querer para alguém.  Lógico que a camiseta Fucking Tired foi um dos maiores hits de 2020! Fucking Tired com selinho azul de verificação e tudo, pra não deixar dúvida que, olha… já deu.

Mas, por fim, fica claro que nem nós e nem vocês queremos fechar o ano de forma amarga e desanimada. Apesar de tudo, a gente tá seguindo o baile, né? A gente faz o que gosta e o que acredita, a gente coloca nas nossas camisetas todos os nossos valores e verdades. E é muito legal perceber pelas vendas que muita gente pensa e sente da mesma maneira. Exemplo disso é a camiseta Colors, uma das nossas estampas mais marcantes. É minimalista, sofisticada e tem a representatividade das cores, evidenciando a diversidade que a gente tanto valoriza! E ela também foi uma das mais vendidas em 2020.

Então é isso. Fechamos 2020 da melhor forma possível. Foi um ano punk pra todo mundo. Agora é respirar fundo, olhar pra frente, aprender com os erros e acertos da vida e encarar 2021 com saúde, esperança, garra e, é claro, muita diversão e arte!

Vai fundo!

Para ouvir: A playlist de hoje faz uma retrospectiva do que de melhor rolou nas playlists de cada post feito ao longo deste ano! Um top 10 tracks Playlists 2020 STM!

Para assistir: Eu sei que não tem nada a ver com o tema do post de hoje, mas não posso deixar de te recomendar uma minissérie documentário que assisti esses dias. Quebra Tudo: A História do Rock na América Latina! É uma produção da Netflix, um documentário dividido em 6 episódios que narra a evolução do rock nos países de origem espanhola na América. Dos anos 1960 até hoje, a gente conhece a história de bandas da Argentina, Uruguai, Chile Peru, Colômbia e México! É muito interessante e tem muita música boa!

Perfil Collab STM: O ESTRANHO MUNO DE KAIO

Perfil Collab STM:                     O ESTRANHO MUNO DE KAIO

Kaio era um menino introvertido, mas muito observador. Como tantas tardes, ele estava em casa lendo uma divertida história em que o Louco saía de dentro da televisão da casa do Cebolinha, quando ouviu seu pai chegar em casa vindo do trabalho. O pai foi até o garoto e entregou a ele um pedaço de papel, dizendo que um amigo do escritório havia feito. Era um desenho simples, mas muito bacana, uma caricatura. Kaio ficou empolgadíssimo e correu para pegar papel e lápis e reproduzir o desenho que acabara de ganhar. Esta cena se repetiria por muitas vezes e o futuro de Kaio começava a ser traçado ali.

Sim, essa é a história de um menino que sempre quis contar histórias, e descobriu no desenho o veículo perfeito para isso. Tudo começou em Itapevi (SP), onde o pequeno Kaio cresceu entre os livros didáticos e infantis cheios de ilustrações convidativas que sua mãe, professora, tinha em casa. Um pouquinho adiante abrem-se as portas do vasto mundo das histórias em quadrinhos. Rodeado de obras de mestres como Mauricio de Sousa, Ziraldo e Quino, Kaio já traçava seus primeiros desenhos. Com o incentivo do amigo do trabalho do pai, isso só cresceu. Até que mais uma onda atingiu esse garoto, virando seu mundo de ponta cabeça, mas aumentando ainda mais seu desejo de desenhar e contar suas histórias. Essa onda foi o cinema.

Além das animações da Pixar, DreamWorks e outras produtoras, foram os filmes do Tim Burton que despertaram o Kaio para um mundo novo, mais inventivo, mais surreal e talvez um pouquinho mais sombrio. Um mundo que viria a fazer toda a diferença no futuro, mesmo tendo ele se distanciado dessas referências no futuro, consumindo muitas outras diferentes ao longo de sua vida. Adolescente, Kaio seguia desenhando, muitas vezes sozinho, algumas vezes com amigos, agora ele já percebia que o norte de sua vida estava em seus traços e entendia que queria ser multimídia, já que o cinema e as animações inundavam cada vez mais seu imaginário. Incluindo aí até as animações malucas do Cartoon Network na TV à cabo.

O jovem Kaio entra na faculdade de Produção Audiovisual e começa uma revolução.  A começar por seu modo de trabalhar. Até então ligado ao analógico: papel, lápis, caneta, tela e tintas, agora se via diante de um computador, produzindo arte de forma digital. Uma mudança muito bem assimilada, diga-se. A faculdade rendeu. Veio o aprendizado com animações, o aperfeiçoamento de novas técnicas e os contatos profissionais. O ano era 2018, e foi quando tudo começou pra valer. Aparece o primeiro trabalho profissional.

O garoto que começou copiando os desenhos do amigo do pai e seus heróis dos quadrinhos e da TV estava agora trabalhando… na TV! Sim! Logo de cara Kaio conseguiu trabalhar fazendo alguns desenhos para a animação Irmão do Jorel (que é um desenho animado divertidíssimo), justamente do canal Cartoon Network. Daí em diante, tudo aconteceu muito rápido. Convites para ilustrar revistas e livros foram pintando, ilustrar e animar clipe musical e por aí vai. O melhor de tudo é que todo mundo vem atrás do traço peculiar do Kaio, seja para a Super Interessante ou para um livro infantil, que foi ilustrado com um delicioso sabor de gratidão, já que foram os livros infantis que despertaram nele o amor pela arte.

O Kaio Mushroom hoje é um artista reconhecido. Apesar da pouca idade, já produziu muito. A história que contamos aqui em poucas linhas não é suficiente para descrever quem ele é de verdade. Um artista emocional, que tira do ambiente em sua volta inspiração para criar e se manifestar, e para se divertir. Para quem diz que o traço dele é único e muito original, ele prefere esclarecer que seu traço é só uma mistura de tantas influências… desde os desenhos do Ziraldo, até a trilha sonora do Ratatouille, passando pela chuva que cai lá fora e pela leve tristeza que passa por dentro. Um artista inquieto que quer contar histórias, inspirar as pessoas e que ama mais que tudo a liberdade.

O encontro do Kaio com a Strip Me parece que seria inevitável. Pois o que chamou a atenção dele na marca e fez com que ele entrasse em contato para uma parceria, foi justamente a diversidade de estampas, o cuidado com a estética e a liberdade que a marca inspira. Atualmente o Kaio integra o seleto hall dos collabs da Strip Me, numa parceria cada vez mais bem entrosada e que não dá sinais de cansaço.

Você acompanha o trampo do Kaio no Instagram dele: @kaiomushroom

Na Strip Me você confere todas as estampas do Kaio clicando aqui.

Vai Fundo!

Para ouvir: Como em todo post, temos uma playlist matadora pra você. Hoje trazemos 10 tracks escolhidas pelo próprio Kaio Mushroom, as favoritas dele! Se liga que tá especial!

Para assistir: Já que o Tim Burton é uma das grandes referências do Kaio, hoje eu recomendo uma das produções mais divertidas de Burton: O Estranho Mundo de Jack (título original: The Nightmare Before Christmas), uma animação lançada em 1993 e que apresenta um bizarro conto de natal e/ou de Halloween. Dá pra assistir de graça completinho no Youtube.

Para ler: Outra referência do Kaio é a Turma da Mônica. Pra ser honesto, eu queria recomendar toda a coleção Graphic MSP, HQs incríveis que fazem interpretações dos personagens do Maurício de Sousa de maneira brilhante. Mas pra sugerir um título só, eu escolho Arvorada, uma história ótima com ilustrações inacreditáveis do super talentoso Orlandeli.

Diversão & Arte!

Diversão & Arte!

Já diz a canção: a gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte! A gente quer mais! A gente quer ser quem a gente é, e pronto! A gente quer representar e se sentir representado! E é tão bom quando encontramos alguém que combine com a gente, que dá match! E não estou falando só de relações amorosas não. Falo também de quando você encontra uma marca, um produto, que você gosta e que tudo nessa empresa condiz com o que você acredita e gosta. É como as aproximadamente 400 estampas que já passaram pelo site da Strip Me, tão diversas, mas que encontram um lugar comum, se combinam. Diversão e arte!

Identificação é quando de longe você já reconhece alguma coisa, porque você já está familiarizado, gosta… tem a ver com você. Não precisa ser um especialista em artes pra saber o que é belo. Assim como em tudo na vida, um pouco de ousadia faz muito bem! O clássico é clássico, mas não é imutável! Lembra do Warhol? Então. O toque de Deus, obra máxima de Michelangelo, se tornar um ícone moderno é prova disso. Nada mais justo, afinal, assim como hoje, Deus criou a vida simplesmente usando ativação digital.

E a arte está aí pra todos os gostos, para expressar diversos sentimentos. A complexidade de uma obra de arte é imensa. São muitos detalhes a serem apreciados e interpretados. É por isso que os museus são lugares silenciosos e agradáveis. É para que você fique ali o tempo que achar necessário apreciando cada detalhe da obra. Mas no dia a dia, a gente vai direto ao que importa. É a perfeição dos traços, a leveza e a beleza cândida da face da Vênus de Botticelli, é a expressão de pavor que grita nas cores fortes e pinceladas nervosas de Munch, que mais nos chama a atenção e resultam em obras icônicas, diretas e incríveis estampas de camiseta!

Diversão e arte! Aliás, diversão é arte. Tá aí o cinema que não me deixa mentir. Quentin Tarantino evidencia isso de muitas maneiras. Seus filmes são repletos de ícones , referências, citações… não só relacionadas ao cinema, mas também histórias em quadrinho, arte, música. Pulp Fiction, a obra mais marcante de Tarantino, tem o poder da iconoclastia que tanto nos encanta! Um frame consegue nos remeter ao filme, à cena específica, e nos faz querer saber que gosto tem um milkshake que custa 5 dólares. Uma obra tão icônica que consegue manter sua personalidade forte, ainda que inserido no contexto tropical e positivista de uma das maiores obras de arte brasileira: o Abaporu.

Por falar em diversão, dá uma olhada no teu círculo de amizades. Pessoas bem diferentes, né? Desde a cor do cabelo até o tipo de personalidade, todo mundo é diferente, tem características próprias, é único. Mas sempre tem um ou mais pontos em comum que conectam todo mundo. A diversidade faz parte da diversão em todos os aspectos, seja no rolê, ou no trabalho, ou conversando naquela padoca ou cafeteria que é o ponto de encontro da turma. Afinal, assim como em Friends, o café une muita gente! Muita gente diferente. Tão universal quanto falar inglês, é carregar o amor e as cores da diversidade estampados no peito.

É muito legal se sentir representado. A identificação que rola entre tanta gente com a série Friends é um exemplo disso. Pessoas comuns, cheias de problema, convivendo e levando a vida. Mas mais legal ainda é quando você mesmo representa. Parece papo egoísta, mas não é. Sua vida depende muito do quanto você assume suas broncas, leva adiante suas crenças, trabalha, se diverte… tudo depende da sua própria perspectiva! O punk rock cunhou a melhor frase de efeito do século: Do it Yourself! Uma pena que o tiro saiu pela culatra e o punk virou um negócio meio esquisito… mas isso é outro papo. Assuma suas broncas, cara! Sua perspectiva! Do Epic Shit, but do it yourself!

No gancho do punk rock, voltamos ao início. Diversão e arte. Não há nada que consiga condensar arte e diversão em um elemento só como a música, em especial o rock n’ roll. Foram os Beatles quem primeiro conseguiu elevar o rock ao status de arte. Mas Jimi Hendrix foi adiante. Além de uma imagem carismática, instigante, sedutora, o cara produzia uma música genial e ao mesmo tempo divertida, cheia de energia. Barulhos, ruídos, melodias incríveis! O olhar displicente de Hendrix envolto pela fumaça de seu cigarro é a tradução mais fiel do que nós somos e queremos. Diversão e arte!

Neste post reunimos as 10 camisetas da Strip Me mais vendidas, mais curtidas, mais elogiadas e que provavelmente você já esbarrou em alguma delas por aí. Foi uma maneira que encontramos de expor, com palavras e imagens, um pouco da alma da Strip Me. Personalidade, qualidade, atitude, responsabilidade, diversidade, diversão e arte. Mas o que está aqui é só a ponta do iceberg. No site você confere todas as nossas estampas clássicas e também fica por dentro das estampas novas, que pintam por lá frequentemente! www.stripme.com.br

VAI FUNDO!

Para ouvir: Esta playlist traz uma canção para cada uma das estampas apresentadas neste post. Top 10 tracks das top 10 camisetas!

Para assistir: Recomendo a tão comentada e aguardada cinebiografia de Jimi Hendrix. O filme Jimi: All is by My Side, lançado em 2013 e dirigido pelo John Ridley não é um filme incrível, tem algumas falhas, é verdade. Mas ainda assim é muito divertido e conta boa parte da história do Hendrix, em especial a transição dos Estados Unidos para a Inglaterra. Vale a pena ver. Tem pra alugar no Youtube.

Para ler: Inspirado na Vênus de Botticelli, recomendo um livro de contos inacreditável do mestre Rubem Fonseca: Secreções, Excreções e Desatinos. Apesar do título pouco convidativo, este livro, lançado em 2001 pela editora Companhia das Letras, traz contos maravilhosos, deliciosos de se ler. Caso você esteja se perguntando o que tem a ver, a Vênus de Botticelli está na capa do livro e é citada em um dos contos.

As tramas das revoluções.

As tramas  das revoluções.

Você faz ideia do tanto de história que você carrega? Não, cara, eu não estou falando de vidas passadas, karma nem nada disso! Eu estou falando dessa camiseta que você está vestindo. Você sabe que é uma camiseta  de um tecido 100% algodão, fabricada de maneira sustentável, com toda a qualidade e tudo mais. E é o algodão justamente que traz embrenhado na sua trama séculos e séculos de história. O algodão sempre esteve presente e foi responsável por grandes mudanças na humanidade.

Photo by: stripme.com.br

Ninguém sabe dizer a origem geográfica do algodão. Aparentemente, ele já estava presente em várias regiões do mundo com clima mais quente. Há registros de tecidos de algodão no oriente médio e na Ásia muito antes da era cristã, bem como também sabe-se que os povos das Américas, os Maias , Incas e Astecas, também já usavam tecidos de algodão, inclusive tingidos de várias cores, séculos antes dos europeus chegarem fazendo suas “descobertas”. Aliás, a Europa demorou muito pra conhecer os tecidos de algodão. O europeu só conheceu o algodão por volta do século II d.C. quando mouros e árabes chegaram por lá.

Séculos depois de conquistar os europeus e se tornar produto indispensável na sociedade, o algodão foi o protagonista da maior revolução da humanidade: a Revolução Industrial. A Revolução Industrial, você já sabe, começou na Inglaterra no século XVIII, com a produção em larga escala de produtos manufaturados. O que interessa pra gente aqui é que o algodão protagonizou essa revolução porque, ao contrário de utensílios de metal, de couro e etc, que necessitavam de conhecimento e habilidade para serem manuseados e forjados, os teares de algodão eram simplíssimos, não exigiam conhecimento ou habilidade prévia para o seu uso. Até mesmo crianças eram capazes de operá-lo. Por isso, a indústria têxtil foi a que primeiro e mais rápido cresceu, e enriqueceu seus donos.

Photo by: revistaforum.com.br

E foi no século XIX, quando o algodão chegou nas planícies do sul dos Estados Unidos que ele protagonizou mais uma revolução imensa. Mas desta vez uma revolução cultural. Ao final do século XIX já não havia escravidão nos Estados Unidos, mas a população negra acabou sendo marginalizada e relegada a guetos, em especial no sul do país, justamente onde as plantações de algodão encontraram solo fértil para florescer. Precisando de emprego, os negros passaram a trabalhar nas lavouras de algodão em troca de baixos salários e condições precárias de trabalho. Nas lavouras, nasciam os lamentos em forma de canção. Surgia o gênero musical mais influente da música moderna, o blues.

E não acaba aí a saga do algodão. Durante a Primeira Guerra Mundial, fez-se necessária uma vestimenta que fosse confortável e prática para que os soldados usassem por baixo das fardas. Foi desenvolvida então uma peça de roupa feita de algodão, de mangas curtas que envolvia o torso, com um corte no formato da letra T. Era a T-Shirt, a nossa camiseta! Esta peça começou a se popularizar fora dos quartéis após a década de 40, quando ainda eram peças lisas usadas exclusivamente por baixo de camisas. Em 1948 o candidato a presidência Thomas E. Dewey teve a brilhante ideia de imprimir e distribuir camisetas com seu slogan: “Dew it with Dewey”. Nos anos 50 as camisetas viraram símbolo de atitude e rebeldia juvenil através do cinema, onde Marlon Brando e James Dean apareciam vestindo jeans e camisetas lisas justas. A camiseta virou símbolo da juventude  e liberdade.

Photo by: imdb.com

Daí pra frente, a camiseta se popularizou cada vez mais e solidificou seu status como ícone da liberdade. Indo além, passou a representar a personalidade, ideias e atitudes de quem a veste. Por exemplo, quem veste Strip Me, além de se sentir representado pelas estampas e modelos, também tem a certeza de usar uma peça feita de maneira sustentável, com um tecido 100% algodão de alta qualidade. A produção é toda on demand, ou seja, não tem estoque, logo, não há desperdício em nenhuma das fases da produção. Portanto, hoje estamos aqui para dar graças ao algodão, que tanto fez pela evolução da humanidade, nos dando o blues e as camisetas Strip Me.

VAI FUNDO!

Para ouvir: Uma playlist caprichada com 10 tracks essenciais das raízes do blues.

Para assistir: Apesar de ser um filme difícil de achar atualmente ( não tem na Netflix, Amazon, Youtube…), vou recomendar o clássico Juventude Transviada, filme de 1955 onde James Dean está no auge e o filme é bem divertido, apesar de ser um drama. Vale a pena garimpar a internet atrás deste filme.

Para ler: Um dos maiores representantes da contra cultura norte americana foi o cartunista e escritor Robert Crumb. E ele capturou a essência do blues e as origens do que viria a ser o rock n’ roll em uma HQ incrível chamada simplesmente Blues. Dado o grau de importância do blues na música pop e a genialidade do Crumb, dá pra dizer sem medo que é um livro essencial.

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