Paul McCartney em SP: imperdível

Paul McCartney em SP: imperdível

Quatro anos depois das antológicas apresentações de novembro de 2010 em São Paulo, o eterno Beatle Paul McCartney retorna à capital paulista, dessa vez no Allianz Parque (obrigado por não me obrigar a ir até o Morumbi) nos dias 25 e 26 de novembro, terça e quarta-feira, e já deixa todos os fãs contando as horas para ver o ídolo de perto novamente.

show 2014

Sir Paul é conhecido por fazer show de quase 3 horas, com aproximadamente 40 músicas de todos os seus 50 anos de carreira, e tem de tudo, de Beatles até Wings, passando por sua excelente carreira solo, um pedaço de cada material que esse ícone da cultura pop lançou entre 1963 e 2013, data de lançamento de seu último álbum, está presente na turnê “Out There!” que já viajou o mundo em mais de 60 apresentações.

De olho em todos esses setlists, nós aqui da Strip Me escolhemos seis músicas que melhor representam o clima da apresentação, ajudando a segurar a ansiedade daqueles que estarão presentes e consolar os que vão acompanhar de casa.

All My Loving

Logo no começo do show, Paul já revive os Beatles com um de seus primeiros sucessos. A cada nova apresentação a Beatlemania nasce novamente, pessoas gritando, cantando, chorando, dançando, enfim. É pra confirmar de cara que você está na presença de algo único.


Maybe I’m Amazed 

O primeiro lançamento após o fim dos Beatles da início a uma seção de baladas na apresentação, deixando todos mais uma vez em lágrimas. A música, dedicada a sua eterna companheira Linda McCartney, é também uma das muitas homenagens a pessoas que inspiraram e fizeram parte de todo o folclore de sua carreira.

https://www.youtube.com/watch?v=CQgAnFLEDAU


Queenie Eye

Para aqueles que gostam de reclamar e alegar saudosismo exacerbado no show, o mimimi acaba aqui. Uma das quatro músicas do álbum “New” presentes nessa turnê mostra que a habilidade de fazer músicas agradáveis a todos os ouvidos e atemporais não tem prazo de validade para Paul McCartney.

https://www.youtube.com/watch?v=DomUd0N8-a8


Live and Let Die

Talvez o maior sucesso da banda The Wings, essa música já foi regravada e reproduzida por inúmeros artistas desde a década de 1980, mas quando McCartney senta no piano e toca os primeiros acordes, não deixa dúvida de quem a escreveu. A música é um microcosmo do show: é agitada, tem momentos calmos, grande produção visual, execução impecável. Outro momento inesquecível.


Yesterday

Acompanhado apenas de seu violão, Sir Paul emociona todo o público mais uma vez e antes que a multidão tenha tempo de respirar são atingidos com Helter Skelter e o medley que fecha Abbey Road: Golden Slumbers/Carry that Weight/The End.


Hey Jude 

60 mil pessoas cantando com todo o ar de seus pulmões. Poucos artistas conseguem provocar tal fenômeno. Esse é Paul McCartney, por isso todos temos o dever civil de presenciar todo seu carisma, sensibilidade e naturalidade.

https://www.youtube.com/watch?v=PnnG80lHwJE

 


 

Sobre a Strip Me:

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Zounds: por Depizol

Zounds: por Depizol

Zounds: Animadão, emputecido, letárgico.

por Alisson Depizol

Olá! Como este é o primeiro de, espero, uma série de posts, gostaria de dizer qual é a dessa bagaça. A idéia é, basicamente, juntar três estados de espírito, três ações ou uma combinação disso e apresentar bandas que tenham uma sonoridade que funcione como trilha sonora. É claro que discos tem uma série de músicas que nem sempre tem o mesmo clima, assim como bandas mudam ao longo da trajetória e a coisa pode perder o rumo, então sempre vou tentar pontuar a parada com uma música de cada banda, só não espere um clipe porque as vezes a música de trabalho não é a melhor ;D

“Atenção: isso é um lance bem subjetivo, assim sendo minha interpretação pode não coincidir com a sua, mas a vida é assim mesmo.”

Animadão: Flaming Sideburns

Cara, imagine: é sexta, sábado ou sabe-se lá o dia em que você sai para se divertir, um par de cervejas e você quer aquela sensação de quando ouviu Stones, Ramones ou qualquer coisa rápida e ligada no 220v pela primeira vez. Flaming Sideburns é essa banda. O som dos caras é a soma de tudo que deu ao rock ‘n’ roll a má fama (e o fez legal pra caralho por um tempo): é rápido, barulhento, sujo e divertido. Direto da Finlândia, com um vocalista argentino.

http://www.youtube.com/watch?v=xT58daAl-xg


Emputecido: Zen Guerrilla

Hora extra na sexta-feira? Dois pauzinhos azuis no whats app há mais de 4 horas e ainda sem resposta? Aquele desejo incontrolável de tomar um café, fumar um cigarro ou quebrar algo? Vai que é tua Tafarel. Zen Guerrilla exprime bem essas sensações que só o mundo moderno nos proporcionam.


Letárgico: Soledad Brothers

Sabe aquela ressaca brava? O famoso bode pós noitada. Aquela vontade de ficar jogado no sofá olhando para o teto, sentindo uma mistura de arrependimento com foda-se? Então essa é a minha trilha sonora, os riffs primitivos dão o conforto do sofá de casa enquanto a gaita funciona como o miojo lutando para ficar dentro da barriga. Uma beleza, melhor que chá de boldo.

 


Sobre a Strip Me:

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Lollapalooza 2015: ir ou não ir?

Lollapalooza 2015: ir ou não ir?

A espera acabou e o Lollapalooza finalmente liberou o lineup da edição de 2015. Teve gente que amou, teve gente que odiou e teve gente que fez piadinha, algumas ótimas diga-se de passagem (ah, a internet!). Então, nesse clima, decidimos fazer uma playlist de sons que vão rolar por lá. Quem sabe você se inspira, seja pra ir ou pra ficar em casa.

HEADLINERS

Jack White

O esquisitão Jack White está com tudo com seu último álbum, Lazaretto. Lançado em junho deste ano, o disco foi sucesso de público e crítica em todo o mundo e mostra, mais uma vez, a visão peculiar do músico sobre temas baseados em R&B, Soul, Blues e Rock And Roll. Shows de mais de duas horas e meia de duração são comuns nas turnês do músico e, deve ser, com certeza, o grande nome do festival.


Pharrell Williams

Ícone cool da geração atual, Pharrel deitou e rolou em 2013 e 2014. Alcançou o topo do mundo ao lado do duo Daft Punk (quem é que não gastou o play em sons como Lose Yourself to Dance e Get Lucky?) e, de quebra, manteve o sucesso com seu álbum solo G I R L. Uma mistura divertida de pop, hip hop, rap e até rock deve embalar o show do músico no lollapalooza 2015.


Calvin Harris

Música eletrônica, refrão pop e megaprodução em clipes e show. O sucesso do artista escocês veio mesmo em 2012, quando colocou na parada inglesa nada mais nada menos do que 8 singles entre os top 10. O novo álbum, lançado em outubro de 2014, já emplacou vários hits em rádios pop e pistas de dança de todo o mundo. Pra quem curte o som e o estilo, o show deve ser um prato cheio.


Robert Plant

Mesmo que esteja lançando álbum novo e seja um músico único, capaz de misturar inúmeras influências e estilos musicais bastante diferentes em cada um de seus trabalhos, Robert Plant é e será o eterno vocalista do Led Zeppelin. Além das músicas novas, ele costuma brindar os fãs com alguns hits da antiga banda, o que, por si só já vale o ingresso.

http://www.youtube.com/watch?v=8oVrITtClHc


Skrillex

Dj, produtor e vocalista, o músico norte-americano Skrillex já passou por diversas bandas até se lançar em carreira solo e estourar em todo o mundo em 2011, com o álbum “More Monsters and Sprites”. Ícone da música DubStep, o músico lançou o álbum Recess em 2014. Para fãs do estilo é imperdível.


The Smashing Pumpkins

Billy Corgan e sua trupe parecem não gostar muito de viver do passado, tanto que, no espaço de um ano, irão lançar 2 álbuns. Outro belo trabalho da banda é o disco Oceania, de 2012. Mas a verdade é que o que os trazem para o festival Lollapalooza é a coleção de hits que embalaram toda a década de 90:  “Tonight, Tonight”, “1979”, “Disarm”, “Bullet With Butterfly Wings”, “Today”, “Adore”… A lista é grande e, nos shows, eles costumam tocar todas.


Foster the People

“Pumped Up Kicks”, do álbum Torches, foi, segundo a revista SPIN, a música do ano em 2011. Nada mal para uma banda estreante. O disco atual, Supermodel, repete a fórmula do disco anterior: batidas eletrônicas, referências pop para todo o lado, pitadas de guitarra e rock em alguns momentos… tudo bastante calculado e estudado.


Kasabian

A banda inglesa de indie-rock-dance-piscodelia Kasabian é um sucesso absoluto na Inglaterra já há alguns anos, com shows lotados em locais como a gigantesca 02 Arena. Na atitude e estilo o Kasabian invoca o espírito de bandas inglesas de sucesso absoluto, como Oasis, Stone Roses e Primal Scream. Os shows também são incendiários e deve entrar para a lista de melhores do festival.

 


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10 filmes imperdíveis com temática musical

10 filmes imperdíveis com temática musical

A música no cinema pode ir muito além da trilha sonora, deixando de ser coadjuvante para se tornar o principal elemento no desenvolvimento da história. E quando essa história cai nas mãos de diretores geniais e atores inspirados, o resultado é quase sempre inesquecível. Pensando nisso, preparamos uma lista de filmes onde a música é protagonista. Aperte o play e confira!

• Sid & Nancy: Love Kills

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Sex Pistols, Sid Vicious e Nancy Spungen. Essa mistura explosiva de elementos foi retratada no filme “Sid & Nancy”, de 1986. Sexo, drogas, maluquices, violência e muito punk rock permeiam toda a história. Baseado em fatos reais, o filme faz um belo retrato do nascimento do punk rock na Inglaterra no fim dos anos 70, e é obrigatório para todos os fãs de rock and roll, punk rock e, principalmente, de Sex Pistols.


• Almost Famous (Quase Famosos)

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Possivelmente um dos melhores filmes com temática rock and roll já feitos, “Quase Famosos” é um retrato fiel do cenário rock americano dos anos 70. Dirigido por Cameron Crowe, o filme retrata o ponto de vista de um garoto de 15 anos que é contratado pela prestigiada revista Rolling Stone para acompanhar a primeira turnê da banda Stillwater. Detalhe: o próprio diretor Cameron Crowe, aos 15 anos, também trabalhou para a Rolling Stone, acompanhando excursões de bandas como Led Zeppelin.

https://www.youtube.com/watch?v=lEnYVwctef0


• Ray

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Poucos astros da música tiveram um talento tão extraordinário e uma carreira tão incrível quanto Ray Charles. Estrelado por Jamie Foxx, o filme “Ray” percorre a história de vida de Ray Charles desde sua infância pobre em uma pequena cidade no estado da Georgia até sua ascensão no mundo da música. Riquíssimo em detalhes da vida do músico, o filme deu a Jamie Foxx o Oscar de melhor ator em 2005, por sua atuação impecável. Filme inquestionável e inesquecível!


• The Runaways (Garotas do Rock)

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Estrelado por Dakota Fanning e Kristen Stewart, The Runaways é uma adaptação do livro “Neon Angel: A Memoir of a Runaway”, escrito pela vocalista original da banda, Cherie Currie. O início da banda, as dificuldades e a relação conturbada entre as duas estrelas, Joan Jett e Currie, são retratadas. Não se trata de uma megaprodução, nem mesmo de um filme de encher os olhos, mas, para os fãs de rock and roll, The Runaways é uma bela diversão.


• Pink Floyd – The Wall

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Baseado no clássico álbum “The Wall”, do Pink Floyd, o filme foi escrito pelo próprio mandachuva da banda, o baixista Roger Waters. Poucos diálogos, cenas memoráveis, surrealismo, ótimas animações e uma bela atuação de Bob Geldof são alguns dos ingredientes do filme que, em alguns momentos, parece um videoclipe sem fim. O destaque vai para a trilha sonora, o próprio álbum “The Wall”.


• Walk the Line (Johnny and June)

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A incrível e conturbada história de vida de Johnny Cash, desde sua infância numa vila rural até o sucesso na música ao lado de nomes como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis, é retratada nesse filme sensacional, de 2005, dirigido por James Mangold. O estilo de vida rebelde e errático de Johnny Cash ganha vida na atuação impecável de Joaquin Phoenix. Destaque também para a ótima atuação de Reese Witherspoon no papel de June Carter. Tanto para fãs de cinema como para fãs de música, Johnny and June é um filme imperdível.

https://www.youtube.com/watch?v=PYy0sfFwm4E


• Cadillac Records

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Chicago, final década de 1940. O rico cenário musical da cidade é retratado nessa bela biografia musical que acompanha as tentativas de Leonard Chess, dono da gravadora Chess Records, em encontrar e gravar talentos baseados no blues. Muddy Waters, Chuck Berry, Little Walter e Etta James são algumas das estrelas que passaram pela gravadora e são retratados no filme. Cadillac Records é um belo e romântico recorte da rica música negra americana. Destaque para as atuações de Adrien Brody e Beyoncé.


• A Hard Day’s Night (Os Reis do iê iê iê)

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Primeiro filme realizado pelos Beatles, “A Hard Day’s Night” é um deleite para todos beatlemaníacos. O filme se passa em 1964, auge da beatlemania, e retrata os próprios Fab Four lidando com a histeria coletiva de milhares de fãs. Em poucas palavras, “A Hard Day’s Night” é simples, divertido e obrigatório.

https://www.youtube.com/watch?v=wiW003U4iA8


• I’m Not There (Não estou lá)

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Ícone musical, poeta, transgressor, profeta, porta-voz de uma geração… Muitos são os adjetivos possíveis para qualificar Bob Dylan, ao passo em que muitas também foram as fases distintas vividas pelo músico. Nesse filme de 2007, seis atores interpretam diferentes fases da vida de Dylan. Original e criativo, o filme se destaca também pelo belo elenco, que conta com nomes como Christian Bale, Cate Blanchett, Heath Ledger, Richard Gere, dentre outros.


• High Fidelity (Alta fidelidade)

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Baseado no best-seller homônimo de Nick Hornby, “Alta Fidelidade” retrata a vida de Rob Gordon, um dono de uma loja de discos de vinil à beira da falência e suas investidas fracassadas no amor. Enciclopédia pop ambulante, Alta Fidelidade se tornou um filme cult obrigatório para fãs de música em todo o mundo.

 


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Like a Rolling Stone: por Bruno Vinicius Silva

Like a Rolling Stone: por Bruno Vinicius Silva

Qual a razão do eterno charme dos Rolling Stones? O que esses senhores de 70 anos, que já protagonizaram escândalos que fariam bandas como os Guns´n Roses ou os Sex Pistols ficarem coradas de vergonha, representam atualmente em uma indústria de entretenimento cada vez mais escassa de atitude e que parece ser planejada por contadores americanos ávidos por dinheiro? E porque ainda precisamos dos velhos e malvados Stones?

Precisamos dos Rolling Stones basicamente porque a função do rock´n roll desde o seu início é de romper com padrões vigentes, sair do marasmo e sacudir as pessoas e a sociedade em que essas estão inseridas. Os Stones parecem viver permanentemente em um túnel do tempo, em uma era que os astros do rock não eram apenas marionetes instruídas por assessores de imprensa em sintonia com o politicamente correto e sim dândis hedonistas da livre expressão artística.

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Que figuras tristes são os astros atuais se comparados aos Stones. Mal começam a fazer sucesso e já começam a ostentar, menosprezar seu público, se acomodam e passam a se levar a sério demais.

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E esse é um dos charmes dos Stones, não se levarem tão a sério. Como não gostar da única banda que ousou rivalizar com os sacrossantos Beatles, ao se comportarem de uma maneira tão espontânea, insolente e divertida. Algumas canções clássicas dos Stones renderiam uma visita inesperada da polícia se fossem lançadas atualmente (Exagero? Veja a letra de Stray Cat Blues de 1968 ou de Some Girls de 1978 só como exemplos).

Aliás, na contra capa de seu primeiro álbum já estava dada a dica: “Os Rolling Stones não são apenas uma banda, são um estilo de vida” – * (A contra capa do segundo disco, entretanto já ia além e sugeria ao jovem que não tivesse dinheiro para comprar o disco que roubasse de um cego, o que deu merda é lógico).

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E o que seria esse estilo de vida Stones de ser? De acordo com Bill Wyman, ser um Stone é ser um aventureiro, uma pessoa que goste de viajar, que não fica parada no tempo e faz acontecer. Em outras palavras a tradução do trecho que inspirou o nome da banda – “A Rolling Stone gathers no moss”, ou seja, Pedra que Rola não cria Limo.

Assistir um show ou ouvir um disco clássico como Sticky Fingers nos conecta imediatamente com essas figuras insolentes e suas histórias de rebeldia, transgressão, prisões, brigas e traições entre integrantes e de sobrevivência. Aliás, essa tem sido a tônica do grupo desde os anos 60. Depois de terem sido escolhidos como bodes expiatórios da sociedade conservadora e passado por um numero infindável de batidas policiais, processos, perseguições da imprensa, a banda insiste em sobreviver.

Como diriam em uma de suas canções definitivas, Jumpin Jack Flash, em que Jagger cita ser criado por uma velha e desdentada bruxa, ter sido surrado nas costas, afogado e deixado para morrer, mas que estava tudo legal, de fato isso que dá gás, o que em outras palavras significa, “Passei pelo pior, mas sobrevivi com um sorriso.”

Para se livrarem de sua antiga gravadora (A famosa Decca que recusou os Beatles e que os censurava constantemente), os Stones estavam devendo três álbuns. Depois de uma combinação ardilosa de coletâneas antigas e discos ao vivo, ficou faltando um single exigido por contrato. Mick Jagger e Keith Richards então compuseram algo que sabiam que a gravadora não teria coragem de lançar. Um single homoerótico chamado Cocksucker Blues (O Blues do chupador de p**), com diversas palavras de baixo calão que acusava o próprio dono da Decca de procurar rapazes nos becos de Londres. Obviamente o contrato foi rescindido. Algum artista atual teria a coragem e autoconfiança para isso?

Feito isso a imagem definitiva dos Rolling Stones (aquela de 1972, época do inimitável Exile on Main Street) foi construída sobre esse amálgama de sobrevivência e decadência. 24 horas no ar, com farras intermináveis, agora donos da própria gravadora e do próprio nariz, tudo que era moderno, descolado e subversivo passava pelos Stones dos anos 70. O nome do documentário que foi censurado em todos os países que registrou esse período? Cocksucker Blues.

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Keith Richards certa vez disse que Bob Dylan, no auge do seu estrelato nos 60, disse: “Eu poderia ter escrito Satisfaction, mas vocês não conseguiriam escrever Blowin in the Wind“. A resposta de Keith foi unicamente “Vá se Foder cara”.

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Depois desse entrevero com os Stones, Bob Dylan escreveu seu hino máximo “Like a Rolling Stone” em 1965, e apesar de jurar que nada teve a ver com a banda, ironicamente descreve perfeitamente seu espírito livre, desimpedido e rebelde.

“How Does it Feel ?

To be without a home?

Like a complete unknow?

Like a Rolling Stone?”

(Qual a sensação?

De estar sem lar?

Como um completo desconhecido?

Como uma pedra rolando?)

Pra tentar sintetizar o que é o estilo de vida de um Rolling Stone, dá o play na sensacional versão de Tumblin’ Dice de 1972. Os Stones no seu auge!

 


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