| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em SUMMER DAYS!
O mês de janeiro é sinônimo de férias e verão. É época de juntar a turma, encher o carro com cooler, cadeira, guarda sol, toalha e botar o pé na estrada! É tempo de acordar um pouquinho mais tarde, pegar a bike e sair de rolê. Usar e abusar daquela piscina que fica coberta e esquecida no meio do ano. É quando o calor faz do ar condicionado seu melhor amigo. É quando a gente fica ativado no modo barman e começa a criar variados drinks com bastante gelo. Sem falar nos dias de chuva, que se você está em casa, começa a ouvir sua cama chamar baixinho, e se está na rua, nem liga de se molhar e acaba curtindo o rolê.
E, pode reparar, a Strip Me tem as camisetas mais f#@*s para os rolês de verão! Convenhamos que não tá dando pra sair muito de casa, né? Tá um fuzuê lá fora e, enquanto a tão aguardada vacina não estiver no esquema pra nós, o jeito é segurar a onda mesmo. Ainda bem que o tecido das nossas camisetas é 100% algodão de alta qualidade, tornando as camisetas super leves e frescas. Ideal pra ficar em casa e curtir aquele meeting com a galera no Zoom com o copinho de gin tônica na mão, ou se jogar no sofá pra curtir um filminho ou uma série e até pra ficar na beira da piscina jogando conversa fora com a família.
Mas claro que dá pra dar uma escapada de dentro de casa pra curtir o verão em sua plenitude, ao ar livre. É só ter responsabilidade. Pega o carro, se abasteça de bebidas, comidinhas, pega o crush e vai acampar, procura uma praia mais deserta ou simplesmente faz um piquenique num parque que esteja mais vazio. Explore lugares novos, tem essas pousadas mais afastadas da cidade que tem cachoeiras na redondeza, dá pra fazer umas trilhas. O segredo é manter a caixinha de som carregada pra poder sempre curtir um sonzinho e esquecer a correria da cidade, se ligar mais na natureza.
Agora, se você tem aí um baita espaço legal ao ar livre e tem um grupo pequeno (eu disse pequeno, hein) de amigos que estão se cuidando e tal… olha, dá até pra juntar pra tomar uma cervejinha, pegar uma piscina, relaxar e esquecer um pouco dos problemas. É só ficar todo mundo numa boa distância um do outro, cada um levar sua bebida e seu rango, usar máscara… enfim. Você já tá ligado como funciona, né? Por mais que a gente esteja de saco cheio disso tudo, fazer diferente é pior pra todo mundo Mas fazendo a parada direitinho, dá pra aproveitar muito bem o verão com poucos, mas bons, amigos.
O verão é a estação mais divertida do ano, e isso ninguém pode negar! E a gente só quer que você aproveite cada minuto! Seja na praia, na beira da piscina, acampando, andando de bike, tomando banho de chuva, ou pegando um ar condicionado fresquinho em casa, a Strip Me tem sempre a camiseta certa! Diversão e arte! E responsabilidade, claro! Aproveite o verão! E aproveite também a nossa Summer Sale, com várias estampas com um descontinho esperto! Confere lá no site!
Para assistir: Vamos combinar que verão também é ficar em casa de bobeira de tarde e assistir de novo aquele filme que você já viu dezenas de vezes! Neste quesito, Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off) é imbatível Filme que todo mundo já viu e não cansa de ver de novo! Filminho que é a cara do verão!
Para Ler: Todo mundo conhece o Vinícius de Moraes pelas suas parcerias com Tom Jobim e Toquinho ou pelos seus sonetos. Mas Além de poeta, Vinícius era um cronista dos mais encantadores. Para Viver um Grande Amor é um livro delicioso que reúne várias crônicas bem humoradas e inspiradas do Poetinha, desses que você pode abrir em qualquer página que vai se encantar. Leitura recomendada para aqueles momentos relax na beira da piscina.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Perfil Collab STM: As curvinhas mágicas de IAANKS
A gente gosta do mundo assim: sem barreiras, sem limites para a arte, com muito bom humor, e onde todo mundo, mas todo mundo mesmo, tenha seu espaço para se expressar. Não por mera coincidência, rola essa identificação tão massa entre a Strip Me e a Iaanks, afinal a gente acredita nas mesmas coisas.
A Iaanks é uma artista que representa com fidelidade o mundo novo. Nascida no Piauí, passou a infância no Maranhão e hoje, morando em Goiás, ela traz dentro de si a cultura nordestina do cordel e suas instigantes xilogravuras, mas carrega também as delícias dos desenhos animados matutinos, de He-Man a O Fantástico Mundo de Bobby. Na juventude, pintaram Laerte, Angeli, Adão Iturrusgarai, Robert Crumb, Hayao Miyazaki… só mestre, né? Além de todas essas referências, ela é formada em Artes Visuais na UFG (Universidade Federal de Goiás) e atualmente é mestranda em Arte e Cultura Visual na mesma universidade. Ou seja, um encontro entre a brasilidade com a cultura global, a intersecção entre o conhecimento acadêmico e a leveza da simplicidade pop. Enfim, já deu pra sacar o quanto a Iaanks manja do riscado.
Aliás, curioso notar que ela costuma se referir aos seus desenhos como rabiscos, que, no fim das contas não deixam de ser, só que são muito mais. Suas ilustrações de curvinhas acabam definindo um traço único, cheio de personalidade e vida. Segundo ela mesma, são desenhos que falam “sobre situações rotineiras que atravessam medos, angústias e desejos, manifestando crises, conquistas e relatos que vão além do meu olhar.”. Justamente por serem uma interpretação de um olhar tão pessoal, os desenhos da Iaanks são muito originais. Com muito sarcasmo e cores pastéis eles refletem uma mulher consciente, forte e muito criativa.
Importante reforçar isso. Uma mulher. Em especial no cartum, mas nas artes visuais de maneira geral, poucas são as mulheres que tem sua arte devidamente valorizada, em contra partida, são muitas as artistas mulheres que produzem obras de qualidade incansavelmente. A Iaanks citou algumas delas: Tais Koshino, Flávia Brioschi, Júlia Balthazar, Helena Obersteiner, Lara Fuke, Estela May, Fabiane Langona, Fernanda Bornancin, Mariana Corteze e muitas outras. A gente quer um mundo sem barreiras, mas ainda há muitas a serem quebradas.
Mas a gente vai quebrando essas barreiras como dá! De preferência com bom humor, dando aquelas alfinetadas gostosas em quem merece e com muita diversão e arte! Por isso que a collab da Iaanks com a Strip Me segue firme e forte. Pra finalizar você confere um pouco do nosso bate papo com a Iaanks.
STM – Analógica ou digital? Você desenha direto no computador/tablet ou curte a tinta no papel?
Iaanks – Dos dois modos, não abro mão da experiência de desenhar no papel mas peguei uma birrinha de tinta e lápis de cor então, faço o desenho com lápis e canetinha nanquim, digitalizo em um scanner velho, jogo no Photoshop e faço todo o restante, cor, luz etc. É basicamente esse todo o processo, sigo acumulando pilhas de papel que acabam virando outros trabalhos, mas não ando fazendo as melequinhas bouas com tinta ou lápis de cor.
STM – Além de desenhar e passar nervoso, o que tem feito em casa, durante a pandemia?
Iaanks – Tenho estudado e escrito bastante porque estou chegando na fase final da minha pesquisa de mestrado, inclusive tem sido difícil conciliar o trabalho de pesquisadora com os trabalhos de ilustração, um dos lados sempre acaba sofrendo e minha ansiedade escalando alturas maiores. rs
STM – Não precisa nem dizer que sua arte sempre passa uma mensagem, de todo o tipo, aliás. Tem alguma coisa que você queria dizer para as pessoas e ainda não conseguiu traduzir em um desenho?
Iaanks – Pizza com café é uma delícia!
STM – Quem ou o quê te inspira e te faz querer desenhar? E quem ou o quê te desanima a pegar na caneta?
Iaanks – Minhas amigas e amigos me inspiram diariamente, sempre que me sinto frustrada em relação a alguma situação complicada ou desanimada em concluir projetos super desgastantes elas/eles estão por perto me arrancando um riso frouxo com os causos mais bestas, esses causos sempre se contorcem em várias ilustrações. Estou em um relacionamento há onze anos e dessa história também saem muitos desenhos, bons, ruins, engraçados, aleatórios do tipo “que merda é essa?” Meu companheiro também é ilustrador então, nossas ideias se cruzam por vezes resultando em muitas ilustrações que as vezes até seguem a mesma linha de pensamento, apesar de muito diferentes. Mas costumo me inspirar mesmo é nas pessoas que observo de longe, pessoas que vejo na rua, nos lugares onde frequento (ou frequentava, pois, pandemia!), nas atitudes rotineiras vistas pela janela do ônibus, durante a aula, no balcão do bar… Sabe aquela pessoa que fica de ouvidão nas conversas do ônibus, sou eu, é eu sei… Pois dessas conversas ouvidas pela metade, saem muitos desenhos. Hehe
O que me desanima de verdade é ver gente que descredita meu trabalho, que divulga minhas artes apagando minha assinatura ou sem citar meu nome, que usa sem autorização para fins que nem de longe se aproximam com o que acredito e defendo.
STM – Os heróis do Cazuza morreram de overdose. E os seus heróis, na vida e na arte, ainda estão por aí? Quem são eles?
Iaanks – São elas! Mulheres que fazem e fomentam arte independente, que estão no corre diário por um espaço onde seu trabalho possa ser protagonista de novas narrativas. Mulheres empreendedoras, cientistas sociais, professoras como minha mãe, nordestina paulera que apesar de todas as condições de insalubridade nos presídios onde deu aula, nunca deixou de lado os desejos que impulsionavam a gastança de canela debaixo de um sol de 40 graus…
STM – Diversão e arte além dos teus desenhos, o que você curte?
Iaanks – Gosto muito de patinar, jogar vídeo game, fazer festinha aqui em casa e chamar gente até não caber mais (inclusive, vem logo vacina!), ler quadrinho, ver filme de animação 2D e sair pra conhecer gentes, gosto muito de falar então conhecer gente me dá margem pra exercitar o cunversêro. :p
STM – Qual a sensação de saber que seus desenhos enchem o peito de muita gente Brasil afora através da Strip Me?
Iaanks – Coração vira uma bolinha de manteiga derretendo no fundo da frigideira quente, bestinha de alegria.
STM – Manda aquele recadinho fofo de Ano Novo pro pessoal.
Iaanks – 2021 também vai ser uma merda.
É isso. Sendo este o primeiro post do ano, mandamos aquele f*32-se caprichado pra 2020, e que venha 2021! A Strip Me já vai começar o ano cheia de novidades. Fica de olho!
Para assistir: Na onda de valorizar cada vez mais a arte feita por mulheres, recomendo demais o ótimo filme A Voz Suprema do Blues (título original: Ma Rainey’s Black Bottom). Produção da Netflix, esse filmaço mostra uma sessão de gravação tensa da Ma Rainey, a primeira cantora de blues a ter um contrato numa grande gravadora. A atuação de Viola Davis é absurda e o filme como um todo é sensacional! Tem na Netflix e é recomendadíssimo!
Para ler: Gemma Correll é uma ilustradora britânica muito criativa! Ela já tem vários livros lançados, infelizmente, nem todos saíram aqui no Brasil O que eu recomendo hoje é um dos que não tem versão em português, entretanto, vale a pena demais conferir! É tão crítico quanto engraçado e com ótimos desenhos. O livro se chama The Worrier’s Guide to Life e dá pra comprar o ebook facinho.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Nostalgia da modernidade.
A escalada tecnológica que presenciamos ao longo dos últimos 25 anos é assombrosa. E é um tema muito interessante para uma boa conversa. Porém, a não ser que você seja um especialista em ciência da computação, TI, ou qualquer coisa assim, a única forma de abordar este tema de forma relevante é contando suas próprias experiências, já que a mesma história já foi contada e recontada de todas as formas, do Netscape até o Google Chrome, do Napster ao Spotify, do IBM 486 ao iPhone. Inspirado nas estampas analógicas e com uma pegada de informática old school da Strip Me, resolvi ser mais pessoal neste texto, apresentando a perspectiva do Paulo, 38 anos, formado em publicidade e ligado no 220w em música e cinema, sobre a evolução da internet.
Fui ter acesso à internet pela primeira vez por volta de 1997, em um computador na biblioteca do colégio onde estudei. Um ano depois meu pai passou a liberar o computador do escritório dele para mim e minha irmã. O escritório ficava a duas quadras da nossa casa e íamos pra lá por volta de onze e meia da noite pra ficar uns 40 minutos cada um na internet. Vamos lembrar que nessa época a internet era via telefone. Entrávamos depois da meia noite, porque o pulso telefônico ficava mais barato. Eu usava boa parte do meu tempo conectado para ler sobre as bandas que eu gostava e em sites de humor. Quando eu dava sorte de ir pro escritório sozinho, sem a minha irmã junto, claro que aproveitava para consumir conteúdos mais picantes, que se limitavam a fotos que demoravam uma eternidade para carregar.
Em 1999 o mundo mudou pra todo mundo que curtia música. Surgiu o Napster compartilhando MP3 gratuitamente. Rolou aquela polêmica com o Metallica, processando o Napster, por outro lado, bandas como Radiohead declaravam que viam com bons olhos aquilo tudo. E nós só baixando as músicas enquanto artistas, gravadoras e donos das plataformas de compartilhamento batiam cabeça. Eu entrava no saudoso site Dying Days, lia sobre alguma banda que ainda não conhecia e corria pro Napster pra baixar e poder ouvir. Eu ia pro escritório do meu pai meia noite, selecionava algumas músicas que eu queria baixar, deixava o computador lá ligado a noite toda fazendo o download e ia pra casa dormir. É, demorava, bicho…
Em 2001 entrei na faculdade de jornalismo, que acabei não concluindo. Nessa época, já tínhamos um computador em casa. Essa foi a época que eu mais conheci bandas diferentes, entrava em contato com bandas independentes, que me enviavam demos, tinha descoberto o Audiogalaxy, que foi a melhor plataforma de compartilhamento de música que eu já vi, depois veio o Soulseek… era foda! Todo CD que caía na minha mão, eu ripava e compartilhava nessas plataformas, fosse a demo de uma banda de Sorocaba, fosse o disco novo do Pearl Jam. Da mesma maneira, tantas outras pessoas faziam isso, então era muito fácil achar coisas legais e novas pra baixar e conhecer.
Um pouco depois disso, 2003, 2004, fui ter meu primeiro telefone celular, que não era smartphone, vale lembrar. Era só um aparelho que fazia ligações, mandava SMS e, quando muito, tinha um tetris ou aquele jogo da cobrinha que vai comendo os pontinhos e crescendo. Nessa época também começaram a aparecer as câmeras fotográfica digitais, as famosas Cybershot. Baita revolução! Daí em diante, foi tudo muito rápido. Apareceu a internet sem fio, os notebooks se popularizaram, o Google começando a mostrar a que veio, o Orkut abriu a porta para as redes sociais, depois veio Facebook, os smartphones botaram um computador inteiro no bolso da calça, apareceu Twitter, Instagram, Snapchat, TikTok… e cá estamos nós, online full time.
Quando vejo alguém hoje em dia falando que “antigamente, no meu tempo de criança, o mundo era melhor”, fico com uma pulga atrás da orelha. Será que era mesmo? Com certeza era um mundo mais simples. Sem falar que comparar a juventude, tempo de descoberta e intensidade com a vida de responsabilidades, poucas surpresas e eventuais dores nas costas da vida adulta, claro que a juventude vai parecer ter sido um tempo muito melhor. Mas também estamos falando de um tempo em que um jovem tinha que entrar na internet depois da meia noite e esperar mais de dez minutos para que uma simples foto carregasse por completo numa página, enquanto hoje um filme de duas horas de duração carrega em menos de cinco segundos no meu navegador. Um tempo em que pouquíssimas pessoas tinham telefone celular, que era um objeto grande e pesado, com uma bateria que durava duas ou três horas e que tinha um sinal péssimo. Hoje eu faço uma chamada de vídeo com o meu amigo que está na Holanda com ótima qualidade. A verdade é que, apesar de 25 anos não ser tanto tempo assim, não dá pra comparar uma época com a outra. As coisas mudaram muito. Cabe a nós aceitar, aprender a cada novo passo da tecnologia, aproveitar tudo que ela nos oferece e saborear o doce sabor da nostalgia de um tempo que não volta mais.
Ainda bem.
Vai fundo!
Para ouvir: Pra acompanhar esse mergulho no passado recente da tecnologia, separamos 10 das canções mais baixadas no Napster em 1999, ano que ele foi lançado.Só clica pra conferir as 10 tracks mais baixadas no Napster!
Para assistir: Uma das razões da gente falar sobre o passado é para tentar entender o presente e nos preparar para o futuro. Então, para complementar e aprofundar o tema aqui apresentado, recomendo o ótimo documentário O Dilema das Redes (The Social Dilemma), produção da Netflix lançada em 2020.
Para Ler: Não só para entender a evolução da tecnologia, mas também para se inspirar, recomendo a leitura do ótimo Steve Jobs – A Biografia, escrito pelo jornalista e escritor Walter Isaacson e lançado no Brasil em 2011 pela Companhia das Letras.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Perfil Collab STM: O ESTRANHO MUNO DE KAIO
Kaio era um menino introvertido, mas muito observador. Como tantas tardes, ele estava em casa lendo uma divertida história em que o Louco saía de dentro da televisão da casa do Cebolinha, quando ouviu seu pai chegar em casa vindo do trabalho. O pai foi até o garoto e entregou a ele um pedaço de papel, dizendo que um amigo do escritório havia feito. Era um desenho simples, mas muito bacana, uma caricatura. Kaio ficou empolgadíssimo e correu para pegar papel e lápis e reproduzir o desenho que acabara de ganhar. Esta cena se repetiria por muitas vezes e o futuro de Kaio começava a ser traçado ali.
Sim, essa é a história de um menino que sempre quis contar histórias, e descobriu no desenho o veículo perfeito para isso. Tudo começou em Itapevi (SP), onde o pequeno Kaio cresceu entre os livros didáticos e infantis cheios de ilustrações convidativas que sua mãe, professora, tinha em casa. Um pouquinho adiante abrem-se as portas do vasto mundo das histórias em quadrinhos. Rodeado de obras de mestres como Mauricio de Sousa, Ziraldo e Quino, Kaio já traçava seus primeiros desenhos. Com o incentivo do amigo do trabalho do pai, isso só cresceu. Até que mais uma onda atingiu esse garoto, virando seu mundo de ponta cabeça, mas aumentando ainda mais seu desejo de desenhar e contar suas histórias. Essa onda foi o cinema.
Além das animações da Pixar, DreamWorks e outras produtoras, foram os filmes do Tim Burton que despertaram o Kaio para um mundo novo, mais inventivo, mais surreal e talvez um pouquinho mais sombrio. Um mundo que viria a fazer toda a diferença no futuro, mesmo tendo ele se distanciado dessas referências no futuro, consumindo muitas outras diferentes ao longo de sua vida. Adolescente, Kaio seguia desenhando, muitas vezes sozinho, algumas vezes com amigos, agora ele já percebia que o norte de sua vida estava em seus traços e entendia que queria ser multimídia, já que o cinema e as animações inundavam cada vez mais seu imaginário. Incluindo aí até as animações malucas do Cartoon Network na TV à cabo.
O jovem Kaio entra na faculdade de Produção Audiovisual e começa uma revolução. A começar por seu modo de trabalhar. Até então ligado ao analógico: papel, lápis, caneta, tela e tintas, agora se via diante de um computador, produzindo arte de forma digital. Uma mudança muito bem assimilada, diga-se. A faculdade rendeu. Veio o aprendizado com animações, o aperfeiçoamento de novas técnicas e os contatos profissionais. O ano era 2018, e foi quando tudo começou pra valer. Aparece o primeiro trabalho profissional.
O garoto que começou copiando os desenhos do amigo do pai e seus heróis dos quadrinhos e da TV estava agora trabalhando… na TV! Sim! Logo de cara Kaio conseguiu trabalhar fazendo alguns desenhos para a animação Irmão do Jorel (que é um desenho animado divertidíssimo), justamente do canal Cartoon Network. Daí em diante, tudo aconteceu muito rápido. Convites para ilustrar revistas e livros foram pintando, ilustrar e animar clipe musical e por aí vai. O melhor de tudo é que todo mundo vem atrás do traço peculiar do Kaio, seja para a Super Interessante ou para um livro infantil, que foi ilustrado com um delicioso sabor de gratidão, já que foram os livros infantis que despertaram nele o amor pela arte.
O Kaio Mushroom hoje é um artista reconhecido. Apesar da pouca idade, já produziu muito. A história que contamos aqui em poucas linhas não é suficiente para descrever quem ele é de verdade. Um artista emocional, que tira do ambiente em sua volta inspiração para criar e se manifestar, e para se divertir. Para quem diz que o traço dele é único e muito original, ele prefere esclarecer que seu traço é só uma mistura de tantas influências… desde os desenhos do Ziraldo, até a trilha sonora do Ratatouille, passando pela chuva que cai lá fora e pela leve tristeza que passa por dentro. Um artista inquieto que quer contar histórias, inspirar as pessoas e que ama mais que tudo a liberdade.
O encontro do Kaio com a Strip Me parece que seria inevitável. Pois o que chamou a atenção dele na marca e fez com que ele entrasse em contato para uma parceria, foi justamente a diversidade de estampas, o cuidado com a estética e a liberdade que a marca inspira. Atualmente o Kaio integra o seleto hall dos collabs da Strip Me, numa parceria cada vez mais bem entrosada e que não dá sinais de cansaço.
Você acompanha o trampo do Kaio no Instagram dele: @kaiomushroom
Na Strip Me você confere todas as estampas do Kaio clicando aqui.
Vai Fundo!
Para ouvir: Como em todo post, temos uma playlist matadora pra você. Hoje trazemos 10 tracks escolhidas pelo próprio Kaio Mushroom, as favoritas dele! Se liga que tá especial!
Para assistir: Já que o Tim Burton é uma das grandes referências do Kaio, hoje eu recomendo uma das produções mais divertidas de Burton: O Estranho Mundo de Jack (título original: The Nightmare Before Christmas), uma animação lançada em 1993 e que apresenta um bizarro conto de natal e/ou de Halloween. Dá pra assistir de graça completinho no Youtube.
Para ler: Outra referência do Kaio é a Turma da Mônica. Pra ser honesto, eu queria recomendar toda a coleção Graphic MSP, HQs incríveis que fazem interpretações dos personagens do Maurício de Sousa de maneira brilhante. Mas pra sugerir um título só, eu escolho Arvorada, uma história ótima com ilustrações inacreditáveis do super talentoso Orlandeli.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em O que há de novo.
Desde a Semana da Arte de 1922 até o Tropicalismo, é evidente que o brasileiro entende de se reinventar, misturar, desvirtuar e encantar. A arte brasileira, seja nas artes plásticas, música e outras manifestações, evoluiu muito e continua evoluindo. Assimilando as mudanças de mídia, tecnologia e comportamento, hoje não há como categorizar tudo que é produzido, cunhar um movimento artístico novo, querendo juntar determinados artistas com estética e ideologia semelhantes. A produção artística nunca foi tão plural e homogênea ao mesmo tempo. O rock flerta com o funk, o pop flerta com o rap, tudo já sendo veiculado com um vídeo que supera em muito o videoclipe. Enquanto isso, você tem exposições artísticas dentro do museu que misturam fotografia, escultura e pintura, são ambientes com vida própria que, vez por outra, saem das galerias e vão para as ruas em intervenções em praças, muros, viadutos, monumentos… não há limites! Tudo mudou.
Nunca vi Adriana Varejão no meu bairro – Renan Aguena (2020)
As regras do mundo mudaram. Aliás, mudaram não, elas não mais se aplicam. E as regras não mais se aplicam porque são regras antigas. É como querer consertar um bug de um software usando uma chave de fenda. Não faz o menor sentido. A última corrente artística de que se tem notícia já cantava essa bola. A Arte Contemporânea, também conhecida como Pós Moderna, já falava que rótulos não importam, que na arte a atitude deve falar mais alto que a estética. A Arte Contemporânea engloba movimentos como a Pop Art e o Minimalismo, que nós já dissecamos aqui alguns posts atrás. É a corrente artística que surge pós Segunda Guerra Mundial e deixa para trás o Modernismo e Surrealismo dos anos 1930. Em pleno 2020 até mesmo o termo Arte Contemporânea soa atrasado. Fodam-se Foram-se os rótulos. Ficou a arte.
Geometrias da Terra – Clara Moreira (2020)
A artista baiana Ventura Profana é um exemplo muito claro dessa transformação. Compositora, artista visual e escritora, ela produz uma arte multimídia que retrata suas experiências de vida, suas crenças e princípios. Inclusive, vale dizer que esta é outra característica dos artistas da atualidade: Vincular sem pudores seus princípios e posicionamentos sociais e políticos a sua arte. A arte não pode ficar em cima do muro. É a atitude antes da estética. Se você disser para a Ventura Profana que a arte dela é radical e polêmica, tenho certeza que ela vai se orgulhar disso. Ainda assim, ela não deixa de ter um senso estético apurado, que passeia entre A Pop Art e o Surrealismo.
Falo – Ventura Profana (2019)
Gordo Fumante – Yuli Yamagata (2019)
Outro exemplo interessantíssimo de inventividade e renovação na arte é o paulistano Yuli Yamagata. Artista visual, ele usa peças de tecido e roupas usadas encontradas em brechós e lojas do gênero para compor suas obras. Passeando entre o cubismo, modernismo e abstrato, sua arte é sempre ligada ao cotidiano, ao ordinário fazendo relações improváveis, como a obra chamada “Gordo Fumante”, por exemplo, que é composta por retalhos de tecidos de lycra, cortados de roupas de academia.
O que acontece na beira do mar de madrugada? – Laís Amaral (2020)
Todo império quebra como um vaso – Paulo Nimer Pjota (2020)
Na música também dá pra sacar que o pessoal não anda ligando muito para rótulos e limites entre gêneros e vertentes. Na onda de artistas como Projota, que misturam a doçura e a temática leve e doce do pop com as batidas e grooves do rap, a carioca Miranda desponta como um grande nome da nova safra de artistas que apostam nessa onda.Com letras e melodias inspiradas, ela já chegou ás trilhas sonoras de novelas. Numa pegada mais “papo reto”, pero sem perder la ternura, Drik Barbosa também apresenta um trabalho excelente, com letras fortes e boas melodias. A nova MPB se apresenta com violão, batidas eletrônicas e letras inspiradas que mantém a força no flow.
Tuiuiú – Adriana Coppio (2020)
E é claro que tem muito mais, isso aqui não é nem o começo. A arte brasileira está em ebulição, ligada em tudo que acontece. Arte e artista, criatura e criador, tudo se funde. A nova arte brasileira é transformada, mas sem esquecer suas raízes. De Tom Zé a Emicida, de Volpi a Eduardo Kobra. É tudo isso que inspira a Strip Me a estar sempre com um catálogo tão completo e incrível de camisetas! Arte, diversidade, bom humor, brasilidade, responsabilidade e diversão.
Para assistir: Se é pra falar coisas novas acontecendo no Brasil, vou indicar a série brasileira produzida pela Netflix que arrenatou fãs em toda parte. Bom Dia, Verônica é uma série policial empolgante que vale demais a pena ver!
Para ler: Vá lá que não é um livro tão novo, mas se tem menos de dez anos tá valendo. Lançado em 2013, o Livro Fim, da atriz e escritora Fernanda Torres é um romance delicioso sobre vida, morte e amizade. Desses livros pra se ler numa tacada só, de tão envolvente.
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Surreal!
Vai viver, cara! Pega esses padrões que estão aí e coloca na gaveta no lugar das tuas camisetas! Deixa eles lá guardadinhos e liberta as camisetas. Pensa no que elas podem te dizer. Você tem que se lembrar que nem sempre a lógica ajuda. Muito ajuda quem não atrapalha, aliás. Imagina todo mundo vivendo a vida em paz, mas imagina mesmo! Imagina mais que o John imaginou! Sem regras, sem senso crítico. A realidade é um detalhe.
The Return of Ulysses – Giorgio de Chirico (1968)
Engraçado que o mundo muda tanto, mas tem umas coisas que continuam iguais. A novidade de ontem já está velha, mas segue ativa, alive and kickin’! No começo do século vinte uma turma pirou no Freud e na psicanálise. Era como descobrir um novo mundo, que sempre esteve lá, novidade velha. Subconsciente, instintos, imaginação, sonhos. Um mundo além da realidade, sur real, que em francês significa além do real. Aí pegaram a conversa do Freud, juntaram com aqueles quadros incríveis e maluquíssimos do De Chirico e daquela turma dele de pintores italianos e começaram a ter ideias.
The Dioscuri – Giorgio de Chirico (1974)
he Mysterious Bath – Giorgio de Chirico (1968)
A guerra acabou! War is Over! Olha o John de novo aí. Só que no caso é a Primeira Guerra Mundial. Acabou a guerra. E agora? Tem um pessoal que acha que viver sem conflito é muito chato, monótono. E se não tem conflito do lado de fora, vamos pro lado de dentro. Mas vamos dar nome aos bois, né? André Breton, Alberto Giacometti, Antonin Artaud, Salvador Dalí, Joan Miró, René Magritte, Max Ernst, Luis Buñuel, Paul Éluard, Louis Aragon e Jacques Prévert. Tem de tudo! Escritor, cineasta, pintor, dramaturgo, escultor… os surreais surrealistas!
Femme égorgée – Alberto Giacometti (1932-1940)
Cage – Alberto Giacometti (1930-1931)
Le Nez – Alberto Giacometti (1949)
Cara, essa turma começou a criar, criar, criar, e acabou revolucionando o mundo das artes! Sim, porque começaram a criar atravessando a barreira do real, do padrão, da regra, do senso crítico! O Salvador Dalí chegou a ser expulso da academia de artes que fazia parte, porque subvertia todas as regras e conceitos artísticos vigentes na época. As obras de caras como o Dalí e o Miró fizeram artistas já famosos e considerados geniais repensarem seu jeito de produzir. Pablo Picasso foi um que acabou sendo atingido pelos surrealistas.
Dream Caused by the Flight of a Bee around a Pomegranate a Second before Awakening – Salvador Dali (1944)
The Hallucinogenic Toreador – Salvador Dali (1968-1970)
The Disintegration of the Persistence of Memory – Salvador Dali (1952-1954)
Vale dizer que essa turma toda, ainda que de origens diferentes, uns espanhóis, outros franceses… nos anos 1920 estavam todos residindo em Paris, e eram parceiros de arte e de copo, vivam pelo cafés e bares parisienses tomando conhaque e falando sobre sabe-se lá o quê. Nessa época Paris era o centro do mundo. Todo mundo ia pra lá. Inclusive, talvez você se lembre que eu já te contei aqui que a Tarsila do Amaral convivia com essa turma em Paris e foi também influenciada por eles, trazendo pro Brasil uma arte moderna e caótica que teria seu ápice com a publicação do nosso amado Manifesto Antropofágico!
The Farm – Joan Miro (1921-1922)
Maternity – Joan Miro (1924)
The Ear of Grain – Joan Miro (1922-1923)
Olha que loucura! Os surrealistas revolucionaram a porra toda, porque, à partir deles, outros artistas se sentiram livres para criar suas próprias paradas inspirados por essa visão de mundo véio sem porteira. Os escritores da geração beat são filhos diretos de Artaud, Aragon e Prévert, escrevendo num ritmo frenético, se preocupando mais com o ritmo do que com a estética e gramática. Nas artes plásticas Eduardo Paolozzi, Laurence Alloway, Reyner Banham, Smithson e Richard Hamilton pegaram a estética surrealista e a iconoclastia da indústria cultural para criar a Pop Art! Dá até pra gente ir longe e dizer que a concepção de uma arte sem limites e cheia de ruídos possa ter influenciado indiretamente o rock de vanguarda de bandas como Sonic Youth, Devo e Jesus & Mary Chain. Essa parte das bandas pode ser viagem minha, certamente é viagem minha, convenhamos. Mas meio que faz sentido, e já que estamos sendo surrealistas aqui, vou manter no texto.
Attempting the Impossible – Rene Magritte (1928)
The human condition – Rene Magritte (1935)
Time transfixed – Rene Magritte (1938)
Pois então… Vai viver, cara! Pega esses padrões que estão aí e coloca na gaveta, no lugar das tuas camisetas! Deixe que as tuas camisetas falem com você! A Strip Me te ajuda nessa libertação! Da VHS ao meme, do jazz ao punk, do Michelangelo ao grafite! Vai viver, cara!
The Virgin Spanking the Christ Child before Three Witnesses: Andre Breton, Paul Eluard, and the Painter – Max Ernst (1926)
Para assistir: Esse rolê toda da Paris da década de 1920, você confere no divertidíssimo filme Meia Noite em Paris (original: Midnight in Paris), do Woody Allen e lançado em 2011. Vale a pena demais assistir. Além de rolar a treta de viagem no tempo e tal, aparecem vários dos artistas citados aqui neste texto. E tá facinho de ver. Tem no catálogo da Amazon Prime Video.
Para ler: Cara, se você gosta de ler e quer pirar lendo uma parada nova, com uma linguagem totalmente diferente, dificilmente você vai encontrar algo mais impressionante do que os livros do Guimarães Rosa. Recomendo deste mestre o ótimo Tutameia – Terceiras Estórias, lançado em 1967. É um livro de contos curtos e fantásticos!
| Por Paulo Argollo | Comentários desativados em Diversão & Arte!
Já diz a canção: a gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte! A gente quer mais! A gente quer ser quem a gente é, e pronto! A gente quer representar e se sentir representado! E é tão bom quando encontramos alguém que combine com a gente, que dá match! E não estou falando só de relações amorosas não. Falo também de quando você encontra uma marca, um produto, que você gosta e que tudo nessa empresa condiz com o que você acredita e gosta. É como as aproximadamente 400 estampas que já passaram pelo site da Strip Me, tão diversas, mas que encontram um lugar comum, se combinam. Diversão e arte!
Identificação é quando de longe você já reconhece alguma coisa, porque você já está familiarizado, gosta… tem a ver com você. Não precisa ser um especialista em artes pra saber o que é belo. Assim como em tudo na vida, um pouco de ousadia faz muito bem! O clássico é clássico, mas não é imutável! Lembra do Warhol? Então. O toque de Deus, obra máxima de Michelangelo, se tornar um ícone moderno é prova disso. Nada mais justo, afinal, assim como hoje, Deus criou a vida simplesmente usando ativação digital.
E a arte está aí pra todos os gostos, para expressar diversos sentimentos. A complexidade de uma obra de arte é imensa. São muitos detalhes a serem apreciados e interpretados. É por isso que os museus são lugares silenciosos e agradáveis. É para que você fique ali o tempo que achar necessário apreciando cada detalhe da obra. Mas no dia a dia, a gente vai direto ao que importa. É a perfeição dos traços, a leveza e a beleza cândida da face da Vênus de Botticelli, é a expressão de pavor que grita nas cores fortes e pinceladas nervosas de Munch, que mais nos chama a atenção e resultam em obras icônicas, diretas e incríveis estampas de camiseta!
Diversão e arte! Aliás, diversão é arte. Tá aí o cinema que não me deixa mentir. Quentin Tarantino evidencia isso de muitas maneiras. Seus filmes são repletos de ícones , referências, citações… não só relacionadas ao cinema, mas também histórias em quadrinho, arte, música. Pulp Fiction, a obra mais marcante de Tarantino, tem o poder da iconoclastia que tanto nos encanta! Um frame consegue nos remeter ao filme, à cena específica, e nos faz querer saber que gosto tem um milkshake que custa 5 dólares. Uma obra tão icônica que consegue manter sua personalidade forte, ainda que inserido no contexto tropical e positivista de uma das maiores obras de arte brasileira: o Abaporu.
Por falar em diversão, dá uma olhada no teu círculo de amizades. Pessoas bem diferentes, né? Desde a cor do cabelo até o tipo de personalidade, todo mundo é diferente, tem características próprias, é único. Mas sempre tem um ou mais pontos em comum que conectam todo mundo. A diversidade faz parte da diversão em todos os aspectos, seja no rolê, ou no trabalho, ou conversando naquela padoca ou cafeteria que é o ponto de encontro da turma. Afinal, assim como em Friends, o café une muita gente! Muita gente diferente. Tão universal quanto falar inglês, é carregar o amor e as cores da diversidade estampados no peito.
É muito legal se sentir representado. A identificação que rola entre tanta gente com a série Friends é um exemplo disso. Pessoas comuns, cheias de problema, convivendo e levando a vida. Mas mais legal ainda é quando você mesmo representa. Parece papo egoísta, mas não é. Sua vida depende muito do quanto você assume suas broncas, leva adiante suas crenças, trabalha, se diverte… tudo depende da sua própria perspectiva! O punk rock cunhou a melhor frase de efeito do século: Do it Yourself! Uma pena que o tiro saiu pela culatra e o punk virou um negócio meio esquisito… mas isso é outro papo. Assuma suas broncas, cara! Sua perspectiva! Do Epic Shit, but do it yourself!
No gancho do punk rock, voltamos ao início. Diversão e arte. Não há nada que consiga condensar arte e diversão em um elemento só como a música, em especial o rock n’ roll. Foram os Beatles quem primeiro conseguiu elevar o rock ao status de arte. Mas Jimi Hendrix foi adiante. Além de uma imagem carismática, instigante, sedutora, o cara produzia uma música genial e ao mesmo tempo divertida, cheia de energia. Barulhos, ruídos, melodias incríveis! O olhar displicente de Hendrix envolto pela fumaça de seu cigarro é a tradução mais fiel do que nós somos e queremos. Diversão e arte!
Neste post reunimos as 10 camisetas da Strip Me mais vendidas, mais curtidas, mais elogiadas e que provavelmente você já esbarrou em alguma delas por aí. Foi uma maneira que encontramos de expor, com palavras e imagens, um pouco da alma da Strip Me. Personalidade, qualidade, atitude, responsabilidade, diversidade, diversão e arte. Mas o que está aqui é só a ponta do iceberg. No site você confere todas as nossas estampas clássicas e também fica por dentro das estampas novas, que pintam por lá frequentemente! www.stripme.com.br
Para assistir: Recomendo a tão comentada e aguardada cinebiografia de Jimi Hendrix. O filme Jimi: All is by My Side, lançado em 2013 e dirigido pelo John Ridley não é um filme incrível, tem algumas falhas, é verdade. Mas ainda assim é muito divertido e conta boa parte da história do Hendrix, em especial a transição dos Estados Unidos para a Inglaterra. Vale a pena ver. Tem pra alugar no Youtube.
Para ler: Inspirado na Vênus de Botticelli, recomendo um livro de contos inacreditável do mestre Rubem Fonseca: Secreções, Excreções e Desatinos. Apesar do título pouco convidativo, este livro, lançado em 2001 pela editora Companhia das Letras, traz contos maravilhosos, deliciosos de se ler. Caso você esteja se perguntando o que tem a ver, a Vênus de Botticelli está na capa do livro e é citada em um dos contos.
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Sem rodeios. Hoje vamos falar de música e de sua mídia mais emblemática: o vinil. Também já te adianto que não vamos aqui ficar vomitando números, dados e porcentagens de venda. Vamos nos prender a o que interessa de verdade. O que faz com que o vinil seja objeto de desejo para tanta gente e a importância que a música tem na vida das pessoas.
Já até virou clichê comparar colecionadores de vinil a fetichistas. Apesar de ser uma comparação infame, não deixa de ser verdadeira. De um jeito ou de outro, o comprador de vinil (que não é necessariamente um colecionador) adquire seus discos por motivos que vão além da vontade de ouvir música. Tal qual qualquer fetiche, um disco está repleto de rituais e significados que proporcionam um prazer extra. Às vezes é pela simples satisfação de possuir em mídia física seu disco favorito. Há quem compre um ou outro disco sem sequer ter uma vitrola em casa para colocar pra tocar. É pela representatividade. O que eu quero deixar claro é que quem compra vinil, em um ou outro nível, tem uma relação com a música diferente da maioria das pessoas.
Sim, a maioria das pessoas não compra discos. Na verdade, a maioria das pessoas não liga muito para música, a verdade é essa. A maioria das pessoas gosta de ouvir música, mas não liga muito pra quem está tocando ou cantando, se limitando a colocar pra tocar a playlist das 50 mais tocadas no Spotify e segue trabalhando. Já quem compra vinil tem suas predileções bem definidas. Não importa se está comprando o disco pra deixar na estante, pra deixar de enfeite na sala ou se pra fazer parte de uma imensa coleção e este disco será apreciado e tocado algumas vezes. Este disco foi escolhido criteriosamente. “Ah, então você está dizendo que os compradores de vinil são uma casta superior entre apreciadores de música.” Olha, superior eu não diria, mas que são uma casta distinta, são sim.
Claro que existem apreciadores e amantes da música que não curtem o vinil e afirmam que a tecnologia torna tudo melhor e mais prático. Pode se conseguir grandes performances com tratamentos de áudio e remasterizações digitais, que permitem ao ouvinte perceber nuances e detalhes que se perdiam antes, além de proporcionar experiências divertidas como ouvir suas músicas favoritas isolando determinado instrumento ou as vozes. As vozes isoladas do Pet Sounds, por exemplo, são uma coisa inacreditável. Fora isso, tem a praticidade de você entrar num site ou aplicativo, apertar o play e ouvir o que quiser, ter acesso a obras que você nunca imaginou antes. Tudo isso é muito legal. A diferença do apreciador do vinil é que a música se torna uma experiência mais sensorial. O disco te prende mais, dificilmente você coloca a agulha num disco e vai fazer algum trabalho, porque você tem que ficar parando pra virar o lado e você tem uma capa com uma arte linda, eventualmente um encarte com letras das canções e informações do disco que chamam a atenção e pode te distrair, enfim, coisas que podem ser um inconveniente, mas que na verdade são a verdadeira magia do vinil. Colocar pra tocar, o cuidado com a agulha, absorver a capa, as letras, aas informações, a arte.
Por muito tempo eu assumi que a esmagadora maioria dos consumidores de vinil hoje em dia era feita de pessoas como eu: Com mais de 35, 40 anos de idade, que pegou o fim do primeiro reinado do vinil, no começo dos anos 90, se desfez de boa parte da sua coleção de vinil pra comprar CDs, e agora, no segundo reinado do vinil, tenta recuperar os discos que já teve e compra novos títulos, discos que eram objeto de desejo no passado e não se tinha grana pra comprar ou não se achava por aqui, numa época em que comprar produtos importados não era tão simples. Mas a verdade é outra. Conversando com o dono de uma loja de discos, soube que muitos dos compradores são jovens de vinte e poucos anos, que já cresceram com o mp3 e streaming. E é uma turma que compra ao mesmo tempo um Dark Side of The Moon e um Arctic Monkeys.
Esta é a informação mais interessante disso tudo. A descoberta do vinil por uma turma que não teve contato com essa mídia na infância, não tem esse ar de nostalgia, de recuperar um tempo perdido. É só uma maneira mais íntima de lidar com a música! Para quem é amante de música, faz sentido poder ouvir o Abbey Road no Spotify, mas fazer questão de tê-lo como ele foi concebido em 1970. E olha que nem entramos aqui na seara dos DJs, que é outro patamar de vínculo com o disco, que além de uma paixão, o disco é uma ferramenta de trabalho.
Na música não existe certo e errado, bom ou ruim. Mas uma coisa é inegável: o vinil e tudo que o envolve é a materialização mais fiel do que é de fato a música! Podemos afirmar que aproximadamente uma hora de música (uma média de 10 a 12 canções) pesam entre 120 e 180 gramas e pode contar com quantas cores e imagens seus criadores queiram numa capa de 31 centímetros.
VAI FUNDO!
Para ouvir: O post de hoje é ilustrado com 10 das capas mais bonitas e emblemáticas da música pop, que podem ser melhor apreciadas no formato do vinil. Nossa playlist de hoje traz uma canção de cada um desses discos.
Para assistir: Apesar de ser meio óbvio, não resisto a recomendar um dos filmes mais divertidos do século XXI, o Curtindo a Via Adoidado das novas gerações! Escola de Rock! Filme divertidíssimo dirigido pelo Richard Linklater e protagonizado pelo Jack Black que fala justamente sobre a paixão incondicional pela música!
Para ler: Seria outra dica óbvia, caso fosse o filme estrelado por John Cusak, mas prefiro recomendar o livro que inspirou, e é muito melhor que o filme. Alta Fidelidade. Escrito pelo ótimo autor inglês Nick Hornby, o livro narra a história de um dono de uma loja de discos e suas desventuras rumo à meia idade. Livro excelente!
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Você faz ideia do tanto de história que você carrega? Não, cara, eu não estou falando de vidas passadas, karma nem nada disso! Eu estou falando dessa camiseta que você está vestindo. Você sabe que é uma camiseta de um tecido 100% algodão, fabricada de maneira sustentável, com toda a qualidade e tudo mais. E é o algodão justamente que traz embrenhado na sua trama séculos e séculos de história. O algodão sempre esteve presente e foi responsável por grandes mudanças na humanidade.
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Ninguém sabe dizer a origem geográfica do algodão. Aparentemente, ele já estava presente em várias regiões do mundo com clima mais quente. Há registros de tecidos de algodão no oriente médio e na Ásia muito antes da era cristã, bem como também sabe-se que os povos das Américas, os Maias , Incas e Astecas, também já usavam tecidos de algodão, inclusive tingidos de várias cores, séculos antes dos europeus chegarem fazendo suas “descobertas”. Aliás, a Europa demorou muito pra conhecer os tecidos de algodão. O europeu só conheceu o algodão por volta do século II d.C. quando mouros e árabes chegaram por lá.
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Séculos depois de conquistar os europeus e se tornar produto indispensável na sociedade, o algodão foi o protagonista da maior revolução da humanidade: a Revolução Industrial. A Revolução Industrial, você já sabe, começou na Inglaterra no século XVIII, com a produção em larga escala de produtos manufaturados. O que interessa pra gente aqui é que o algodão protagonizou essa revolução porque, ao contrário de utensílios de metal, de couro e etc, que necessitavam de conhecimento e habilidade para serem manuseados e forjados, os teares de algodão eram simplíssimos, não exigiam conhecimento ou habilidade prévia para o seu uso. Até mesmo crianças eram capazes de operá-lo. Por isso, a indústria têxtil foi a que primeiro e mais rápido cresceu, e enriqueceu seus donos.
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E foi no século XIX, quando o algodão chegou nas planícies do sul dos Estados Unidos que ele protagonizou mais uma revolução imensa. Mas desta vez uma revolução cultural. Ao final do século XIX já não havia escravidão nos Estados Unidos, mas a população negra acabou sendo marginalizada e relegada a guetos, em especial no sul do país, justamente onde as plantações de algodão encontraram solo fértil para florescer. Precisando de emprego, os negros passaram a trabalhar nas lavouras de algodão em troca de baixos salários e condições precárias de trabalho. Nas lavouras, nasciam os lamentos em forma de canção. Surgia o gênero musical mais influente da música moderna, o blues.
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E não acaba aí a saga do algodão. Durante a Primeira Guerra Mundial, fez-se necessária uma vestimenta que fosse confortável e prática para que os soldados usassem por baixo das fardas. Foi desenvolvida então uma peça de roupa feita de algodão, de mangas curtas que envolvia o torso, com um corte no formato da letra T. Era a T-Shirt, a nossa camiseta! Esta peça começou a se popularizar fora dos quartéis após a década de 40, quando ainda eram peças lisas usadas exclusivamente por baixo de camisas. Em 1948 o candidato a presidência Thomas E. Dewey teve a brilhante ideia de imprimir e distribuir camisetas com seu slogan: “Dew it with Dewey”. Nos anos 50 as camisetas viraram símbolo de atitude e rebeldia juvenil através do cinema, onde Marlon Brando e James Dean apareciam vestindo jeans e camisetas lisas justas. A camiseta virou símbolo da juventude e liberdade.
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Daí pra frente, a camiseta se popularizou cada vez mais e solidificou seu status como ícone da liberdade. Indo além, passou a representar a personalidade, ideias e atitudes de quem a veste. Por exemplo, quem veste Strip Me, além de se sentir representado pelas estampas e modelos, também tem a certeza de usar uma peça feita de maneira sustentável, com um tecido 100% algodão de alta qualidade. A produção é toda on demand, ou seja, não tem estoque, logo, não há desperdício em nenhuma das fases da produção. Portanto, hoje estamos aqui para dar graças ao algodão, que tanto fez pela evolução da humanidade, nos dando o blues e as camisetas Strip Me.
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VAI FUNDO!
Para ouvir: Uma playlist caprichada com 10 tracks essenciais das raízes do blues.
Para assistir: Apesar de ser um filme difícil de achar atualmente ( não tem na Netflix, Amazon, Youtube…), vou recomendar o clássico Juventude Transviada, filme de 1955 onde James Dean está no auge e o filme é bem divertido, apesar de ser um drama. Vale a pena garimpar a internet atrás deste filme.
Para ler: Um dos maiores representantes da contra cultura norte americana foi o cartunista e escritor Robert Crumb. E ele capturou a essência do blues e as origens do que viria a ser o rock n’ roll em uma HQ incrível chamada simplesmente Blues. Dado o grau de importância do blues na música pop e a genialidade do Crumb, dá pra dizer sem medo que é um livro essencial.
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É natural do ser humano ser questionador. Querer entender os porquês da vida fez com que a humanidade dominasse o fogo, usasse o poder das águas, gerando energia e desenvolvendo civilizações. Ainda hoje vivemos numa eterna busca de conhecimento, tentando entender o passado para trilhar os novos caminhos do futuro. Claro que toda essa gana de saber, essa curiosidade tão salutar não se volta apenas para temas antropológicos e sociais. É essa curiosidade que faz da imprensa britânica, por exemplo, uma das mais fofoqueiras do mundo. Aliás, dizem que é pra isso que a família real britânica existe, né… quem manda no país é o primeiro ministro e a família real alimenta os tabloides sensacionalistas que entretêm o povo.
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Indo além, não é à toa que um dos gêneros literários mais consumidos no mundo é a biografia. Se o livro vem com o título “Fulano de Tal – Uma Biografia Não Autorizada”, aí que vende horrores mesmo! Artistas e celebridades em geral despertam muita curiosidade nas pessoas. E se naturalmente a gente já tem o hábito de querer saber sobre o que se passa na vida dos nossos familiares e amigos, claro que também vamos querer saber sobre a vida dos nossos ídolos e artistas favoritos. Em especial na música, isso sempre foi muito forte. Desde o final dos anos 1950, quando começam a surgir os primeiros ídolos teens (James Dean, Elvis Presley…), as bancas de jornais são inundadas por publicações especializadas em vida de artistas. De 1967 pra frente, com a música pop sendo levada mais a sério, algumas dessas publicações passam a ser realmente interessantes, indo além de qual o prato favorito ou se tal artista é casado, para falar sobre influências, analisar obras, enfim, mostrar o que realmente importa de um artista.
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E assim chegamos nos documentários musicais! São filmes que contam a história de artistas, movimentos, épocas… tudo de forma muito atraente, com entrevistas de pessoas importantes e filmagens raras que ajudam a dissecar o tema abordado. Esses documentários servem tanto para deliciar aficionados como para introduzir o tema a curiosos. A música pop é uma parada bem complexa, se a gente parar pra pensar. E se cavoucar bastante, vamos acabar chegando no jazz. Tudo começou ali. Música com sensibilidade e energia para embalar ricos e pobres (no início, mais pobres do que ricos, diga-se). Um ótimo documentário que retrata isso é Miles Davis, Inventor do Cool. O filme conta a trajetória turbulenta do genial trompetista que mudou o mundo e revolucionou a música. Parece exagero, eu sei, mas basta assistir ao doc pra sacar a importância desse cara. Por falar em importância, outro documentário que envolve o mundo do jazz e o extrapola é Quincy, filme que retrata vida e obra de Quincy Jones. Quincy Jones este que não só foi um músico de jazz brilhante como trilhou uma exuberante carreira como produtor musical, tendo trabalhado com nomes como Michael Jackson, Frank Sinatra e Amy Winehouse. Outro doc imperdível é What Happened, Miss Simone. Um filme imperdível sobre uma das maiores representantes da música negra norte americana. Nina Simone era pianista e cantora que viveu uma vida turbulenta dividida entre a arte, o ativismo e uma vida pessoal complicada. E para a sua sorte, estes três documentários estão disponíveis na Netflix!
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Claro que o bom e velho rock n’ roll não deixa a desejar neste quesito. Talvez o rock seja o gênero que mais rende documentários, tantos são as bandas e artistas fundamentais para a música e cultura pop. Já começo falando do momento mais importante e cultuado da história do rock e da contra-cultura: Woodstock. O festival que rolou em 1969 em uma fazendo próxima a New York e reuniu Jimi Hendrix, Janis Jopin, The Byrds, The Who, Joe Cocker, Santana, Crosby, Stills & Nash, Jefferson Airplane… enfim, a elite do rock sessentista. Os três dias de festival foram registrados em filme e renderam um documentário clássico e memorável dirigido por Michael Wadleigh e lançado em 1970. Além de registrar as apresentações mais marcantes do festival, conta com depoimentos e cenas de bastidores e capta a aura de paz, amor e brodagem que rolava por ali. Falando em captar auras, um documentário curto, mas bem interessante, que contém várias curiosidades, imagens raras e depoimentos, é Stones in Exile, que mostra o que rolava antes e durante as míticas gravações do álbum Exile on Main Street. Este doc traz imagens e depoimentos que chegam a ser perturbadores, nos fazendo pensar como diabos alguém conseguia viver sob aquelas condições, não só simplesmente viver, mas criar e trabalhar. E o resultado é um dos discos mais impactantes da história da música moderna. Pra fechar cito um dos documentários mais legais e empolgantes que vi nos últimos tempos: Punk. Este doc é uma minissérie dividia em 4 episódios que conta toda a história do punk rock, do início das bandas de Detroit (MC5, Stooges) até a explosão pop de Green Day e Offspring. Sob a produção de Iggy Pop, literalmente o pai da matéria, este doc traz depoimentos marcantes de todas gerações. Ramones, Bad Religion, Sex Pistols, Green Day, Nofx… tá todo mundo lá! O Woodstock não sei se é tão fácil de achar, mas vale procurar. Já o Stones in Exile está disponível na Amazon Prime e o Punk na Globoplay.
Photo by imdb.com
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O texto já está enorme e nós nem falamos nos filmes que são quase como documentários de tão fiés, didáticos e divertidos, como o The Doors, do Oliver Stone, Dirt!, que conta a história do Motley Crue, Walk the Line, cinebiografia incrível do Johnny Cash… e tem os ficcionais que são tão divertidos, como This is Spinal Tap, Rock Star, Still Crazy… É muita coisa boa! Quem sabe um dia a gente não volta a falar desse assunto. Por hora, ficamos por aqui. Essa é a deixa pra você ir fazer aquela pipoquinha e escolher um desses docs sensacionais pra curtir.
Para assistir: Além dos já citados acima, vou te recomendar um documentário que não está disponível nas plataformas de streaming por aí, mas vale a pena procurar pela internet, seja pra baixar ou pra comprar o DVD. Hype! É um documentário lançado em 1996 que dá uma geral na cena grunge de Seattle que dominou o mundo no começo dos anos 90. Com uma pegada bem descontraída, muitas entrevistas legais, este doc é essencial pra quem gosta de rock!
Para ler: Já que citei as biografias no começo do texto, vou recomendar pra você a excelente autobiografia do João Gordo! Livin la Vida Tosca é um livro saborosíssimo de se ler. Apesar de todos os excessos, o João Gordo tem uma memória de elefante (desculpa o trocadilho…) e conta em detalhes toda a sua trajetória, influências, as pessoas que conheceu, shows, festas… está tudo lá de forma muito bem escrita, sob a supervisão do irrepreensível jornalista musical André Barcinski.